EFEITOS DA SHANTALA EM BEBÊS DE UM A SEIS …fisio-tb.unisul.br/Tccs/AlanaHoffman/tcc.pdf · Onde...

53
9 ALANA HOFFMANN EFEITOS DA SHANTALA EM BEBÊS DE UM A SEIS MESES DO PROJETO DE EXTENSÃO “SHANTALA– MASSAGEM PARA BEBÊSTubarão, 2005.

Transcript of EFEITOS DA SHANTALA EM BEBÊS DE UM A SEIS …fisio-tb.unisul.br/Tccs/AlanaHoffman/tcc.pdf · Onde...

9

ALANA HOFFMANN

EFEITOS DA SHANTALA EM BEBÊS DE UM A SEIS MESES DO PROJETO DE

EXTENSÃO “SHANTALA– MASSAGEM PARA BEBÊS”

Tubarão, 2005.

10

ALANA HOFFMANN

EFEITOS DA SHANTALA EM BEBÊS DE UM Á SEIS MESES DO PROJETO DE

EXTENSÃO “SHANTALA – MASSAGEM PARA BEBÊS”

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Fisioterapia, como

requisito à obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Universidade do Sul de Santa Catarina

Orientador: Esp. Júlio César de Oliveira Araújo

Tubarão, 2005.

11

ALANA HOFFMANN

EFEITOS DA SHANTALA EM BEBÊS DE UM Á SEIS MESES DO PROJETO DE

EXTENSÃO “SHANTALA – MASSAGEM PARA BEBÊS”

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Fisioterapia, como

requisito à obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Universidade do Sul de Santa Catarina

_______________,__________, de_______________ de_____________ Local dia mês ano

_______________________________________________Profº Esp. Júlio César de Oliveira Araújo

Universidade do Sul de Santa Catarina

_______________________________________________Profª Msc. Inês A Vinadé

Universidade do Sul de Santa Catarina

_______________________________________________Profª Msc.. Adriana Reis

Universidade do Sul de Santa Catarina

12

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho com todo

amor e carinho, aos meus pais,

Léo e Dione, e ao meu irmão

Alisson.

13

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, que guiou e iluminou meus passos durante esta

caminhada, que por muitas vezes foram difíceis, dando-me paciência para continuar e

concluir mais uma etapa da minha vida.

Aos meus pais, Léo e Dione, e meu irmão Alisson, que sempre acreditaram na

minha capacidade, incentivando-me nos momentos mais complicados que surgiram durante

esses anos.

A minha prima, que a amo como se fosse minha irmã, Mauren, que sempre

soube como ajudar-me com suas sábias palavras, muito obrigada!!! Você é muito

importante na minha vida

As minhas amigas, Ivonete, Rafaela e Gislaine, que sempre me deram uma força

nas horas difíceis, valeu meninas!!

Também agradeço as meninas do projeto de extensão Shantala “Massagem para

bebês”, Juliana, Cíntia e Claudia.

Ao meu orientador, Júlio, agradeço pela dedicação e pela paciência que orientou

este estudo, muito obrigada!!!

Aos membros da banca que concordaram em avaliar este trabalho, e também a

todos aqueles que aqui não foram citados, mas que de uma forma ou outra contribuíram

para a conclusão de mais uma etapa!!

14

RESUMO

A Shantala é uma técnica de massagem em bebês com finalidade terapêutica, trazida da Índiapelo obstetra francês Frederick Leboyer. Os principais efeitos que a Shantala proporciona sãoalívio de cólicas, relaxamento, tranqüilidade, além de aumentar o vínculo entre mãe e filho. Opresente estudo é classificado como uma pesquisa exploratória, com objetivo geral de analisar ospossíveis efeitos que a Shantala pode proporcionar em bebês de um a seis meses de idadeparticipantes do projeto de extensão, “Shantala – Massagem para Bebês”, da Universidade doSul de Santa Catarina – UNISUL, campus Tubarão. Fizeram parte desta pesquisa dez bebês deum a seis meses de idade, apresentando sintomas de cólicas, alterações do sono e constipaçãointestinal. Onde os dados foram coletados através das fichas de entrevistas e das evoluçõesdiárias. Verificou-se que os bebês obtiveram uma melhora na qualidade do sono, diminuição dossintomas de cólicas e um efeito positivo no funcionamento do aparelho digestivo. Supõe-se comeste estudo, que a técnica é eficaz no que se refere ao comportamento físico e emocional,evidenciados nos resultados com os bebês desta pesquisa.

Palavras-chave: Shantala, sono, cólica intestinal, constipação.

15

ABSTRACT

Shantala is a massage technique developed on newborn babies with a therapeutic goal.Brought by the french obstetrician Frederick Leboyer. The principals effects of Shantalaare: cramps relieve, less tense and anxious, relaxing the baby. Further than that mayincrease and straight the bond between mom and child. The present study is classificated asan exploratory research. Its aim goal is to analyse the possible effects the massage couldproduces on babies from one to six months old, who are members of a extension projectcalled "Shantala - Newborn Massage"- Santa Catarina South University - Unisul -Tubarão/SC. Ten newborn babies from one to six months old were object of the presentresearch, presenting the folowing symptoms: cramps, intestinal constipation and sleepingdisorders. The facts were collected through interview forms and daily evaluation. It wasverified a better sleeping quality, cramps relieve and a positive effect on the digestiveapparatus. The technique according to the study evidence,had its effectiveness even on thephysique, as the emocional behavior .

key words: Shantala, sleep, cramp, constipation.

16

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................92 MASSAGEM....................................................................................................................11

2.1 Massagem e seus benefícios .......................................................................................112.2 História da Shantala ....................................................................................................122.3 Benefícios da Shantala................................................................................................13

2.3.1 Seqüência de movimentos da Shantala ................................................................142.3.1.1 Peito (com uso do óleo) ................................................................................152.3.1.2 Braço (com uso do óleo) ...............................................................................162.3.1.4 Mãos (sem reaplicar óleo).............................................................................172.3.1.5 Barriga (com uso do óleo).............................................................................182.3.1.6 Perna (com uso do óleo) ...............................................................................192.3.1.7 Pés (com uso de óleo) ...................................................................................202.1.3.8 Costas (com uso do óleo)..............................................................................202.3.1.9 Rosto (sem uso do óleo)................................................................................212.3.1.10 Hatha Yoga .................................................................................................22

2.3.1.10.1 Braços ..................................................................................................222.3.1.10.2 Pernas e braços.....................................................................................232.3.1.10.3 Perna em lótus......................................................................................232.3.1.10.4 Pernas flexionadas ...............................................................................23

2.4 Cólica infantil .............................................................................................................242.5 Sono ............................................................................................................................262.6 Constipação intestinal .................................................................................................28

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA ..............................................................................303.1 Caracterização da pesquisa .........................................................................................303.2 População/Amostra .....................................................................................................313.3 Instrumento utilizado para coleta de dados.................................................................313.4 Procedimento utilizado na coleta de dados.................................................................31

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.........................................................33Tipo de Sintomas.................................................................................................................34

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................39REFERÊNCIAS..................................................................................................................41Anexos ..................................................................................................................................43

Anexo A - Ficha de entrevista ..........................................................................................44Anexo B - Ficha de evolução diária..................................................................................50

9

1 INTRODUÇÃO

A massagem é a arte original de tocar com qualidade, de proporcionar descanso em

partes ou no corpo todo. Apresenta inúmeros benefícios, além de não necessitar de uma

tecnologia avançada para realizá-la. Necessita apenas de um toque firme, mas, ao mesmo tempo

com extrema suavidade das mãos sobre a pele, o toque está ligado as emoções.

O ato de tocar é um comportamento que pode conter alguns elementos fundamentais

para o desenvolvimento humano, principalmente para as crianças, desde a vida intra-uterina,

proporcionando um bem estar físico, emocional e social. A qualidade do toque na vida infantil

pode gerar tendências positivas no decorrer de seu desenvolvimento.

Em bebês, a massagem é bastante adequada. Através do obstetra francês Frederick

Leboyer, o ocidente ficou conhecendo a Shantala. É uma técnica de massagem para bebês

utilizada há milhares de anos. Foi aproximadamente em 1975, que o obstetra francês percorrendo

a Índia conheceu a técnica e a trouxe para o ocidente, para fins terapêuticos (GUIMARÃES et al,

1997).

O nome da técnica, Shantala, foi homenagem a uma mãe, que observada pelo

obstetra, massageava seu filho com extrema lentidão em uma seqüência rítmica e ordenada.

Frederick Leboyer ficou encantado com o carinho e amor que aquela mãe transmitia através dos

movimentos para seu bebê. A técnica proporciona vários benefícios tais como, fortalecer o

vínculo afetivo entre mãe e o filho, acalmar e ajudar o bebê a dormir melhor, diminuir o medo, a

ansiedade, irritação, aliviar os sintomas de cólicas e ainda favorecer o desenvolvimento

psicomotor.

10

Considerando assim, os benefícios citados, o presente trabalho têm como objetivo

geral, analisar a influência da Shantala em bebês de um a seis meses de idade. E como objetivos

específicos verificar a influência da Shantala no alívio das cólicas, identificar os efeitos na

qualidade do sono e verificar a influência na constipação intestinal.

A pesquisa em estudo foi dividida em cinco capítulos, sendo o primeiro capítulo

referindo-se a introdução, fazendo um breve comentário sobre a pesquisa realizada. O segundo

está relacionado ao referencial teórico, explicando detalhadamente sobre o assunto pesquisado. O

terceiro capítulo, refere-se a caracterização desta pesquisa, que trata-se de uma pesquisa

exploratória, expondo a população/amostra utilizada e os procedimentos de coleta de dados. Já o

quarto capítulo, consta a apresentação e discussão dos possíveis resultados, e finalizando, o

quinto capítulo, refere-se as considerações finais da pesquisa.

11

2 MASSAGEM

2.1 Massagem e seus benefícios

Durante milhares de anos, as mais diversas civilizações utilizavam alguma técnica,

seja superposição das mãos ou apenas fricção, para aliviar dores ou curar suas dores. Para estas

civilizações, a massagem era um dos principais meios de cura e alívio da dor. Segundo o grande

filósofo e cientista Avicena (apud DOMENICO; WOOD, 1998, p. 31), “[...] a massagem

consiste em dispersar as matérias gastas de disperse, removendo assim a fadiga.”

Assim como Ruffier (1996) vários autores afirmam que, a massagem traz a pele

sensações táteis multiplicadas, intermitentes, ritmadas, repetidas, quando as mãos passam de uma

região para outra, não deixam nenhum corpúsculo do tato inerte, sendo assim uma fonte de

atividade física e psíquica. Daí vem o sentimento de bem-estar e ânimo que uma massagem

proporciona.

Recentes pesquisas da medicina ocidental concluíram que a massagem pode provocar umestímulo físico que desencadeia um reflexo nervoso com efeitos terapêuticos no corpo,aumentando a redistribuição de sangue entre os órgãos e vísceras. Exemplo disto são asmudanças que podem ocorrer nos órgãos internos controlados pelo sistema nervosoautônomo, ou ainda quando são friccionadas as regiões posteriores do pescoço, a regiãosuperior das costas e dos braços, podendo provocar mudanças nos órgãos internos,ativando-os pela reação nervosa reflexa que controla os nervos autônomos da regiãocervical do sistema “simpático” , que corre pelo cordão espinhal. (CAMPADELLO,1999, P. 21).

12

Através da massagem surgem diversos efeitos como: psicológicos, fisiológicos,

mecânicos e terapêuticos. Domenico e Wood (1998) comentam que os efeitos mecânicos da

massagem dão origem a uma série de efeitos fisiológicos importantes, como o aumento da

circulação sanguínea e linfática; aumento do fluxo de nutrientes; remoção dos produtos

catabólicos e metabólicos; estimulação do processo de cicatrização; resolução de edema e

hematoma crônico; aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo; alívio da dor; aumento dos

movimentos das articulações; facilitação da atividade muscular; estimulação das funções

viscerais; remoção das secreções pulmonares; estimulação sexual; promoção do relaxamento

local e geral.

Sobre os efeitos psicológicos os autores supracitados ainda comentam que foram

publicados poucos relatos sobre os mesmos, citam, que a maioria das pessoas estão

familiarizadas com o efeito calmante de uma massagem suave, embora não esteja presente

qualquer lesão ou incapacidade física. Alguns são os efeitos psicológicos como o relaxamento

físico; alívio da tensão e da ansiedade; sensação geral de bem-estar (conforto); estimulação

sexual; estimulação da atividade física e fé em geral na deposição das mãos.

2.2 História da Shantala

Conforme Guimarães et al (1997), a massagem é uma expressão de amor através de

um tipo especial de toques acariciantes. Através do médico francês Frederich Leboyer ficou

conhecida a Shantala, que é uma massagem para bebês. Aproximadamente em 1975, o médico

francês percorrendo a Índia, espantou-se ao ver, ao nascer e ao pôr-do-sol, mães sentadas com os

bebês sobre as pernas e massageando-os; mas o que o impressionou foi o fato de ver essas mães

massagearem seus filhos com uma seqüência sempre igual, independente do lugar da Índia que o

mesmo percorresse.

13

O autor ainda cita que, o nome da técnica foi uma homenagem que o médico fez a

uma paraplégica, chamada Shantala, que vivia com seus filhos em um albergue, onde dava em

troca para as freiras que a acolheram o ato de amor de massagear os bebês daquele local, assim a

técnica ficou conhecida como Shantala.

Segundo Auckett (1983), quando as mães massageiam seus bebês nos primeiros dias

de vida, a massagem continua o processo de ligação e ajuda a estabelecer um relacionamento,

entre mãe e filho, caloroso e positivo.

Frederick Leboyer observando Shantala descreveu: parecia um ritual, tãograve e investido de extrema dignidade; parecia um ballet, devido a tanta harmonia eritmo exato, embora de extrema lentidão, e como o amor possuía tanto de abandono ede ternura. (GUIMARÃES, et al 1997, p. 4).

A massagem de Shantala é uma arte muito antiga e profunda, tão simples que até

pode parecer difícil. Logicamente existe uma técnica que é preciso ser aprendida e dominada

para poder ser considerada uma arte (CAMPADELLO, 2000).

A técnica de massagem de Shantala produz diferentes efeitos sobre osistema nervoso da criança; assim, quando aplicamos ligeiros beliscões na pele, estesexercem um efeito estimulante; quando aplica-se uma pressão ou uma fricção commovimentos circulares, estas exercem um efeito relaxante ou inibitório, cujos efeitossobre o sistema nervoso podem ser diferentes, dependendo de vários fatores. Assim,uma fricção leve e vagarosa tem um efeito relaxante, e quando queremos obter umefeito estimulante, aplicamos uma massagem com movimentos mais rápidos e maisfortes. (CAMPADELLO, 2000, p. 21).

2.3 Benefícios da Shantala

Vários são os autores que comentam sobre os benefícios da massagem infantil, e

Mazon (2002) explica que para a criança, o fato de tocar e ser tocada traz um benefício muito

grande para a sua saúde mental. A massagem realizada de mãe para filho ajuda a fortalecer os

elos já pré-estabelecidos durante o período gestacional.

14

Guimarães (2002) ressalta que a grande finalidade é trabalhar a relação mãe/bebê,

levando ao recém-nascido tranqüilidade, segurança e auto-estima. Também elimina gases,

cólicas, prisão de ventre, tranqüiliza o sono e por tudo isto, é altamente preventiva.

Segundo McClure (1996), a massagem diária eleva o limiar de estimulação do bebê.

Bebês que tem dificuldade para lidar com a estimulação constroem gradualmente uma tolerância.

Aqueles que sofrem de cólicas podem relaxar os corpinhos para que a tensão não aumente o

desconforto.

A técnica de Shantala é excelente para os sistemas circulatório e linfático da criança,

pois ativa a circulação sanguínea local, dilatando os vasos periféricos, promovendo um melhor

aporte sanguíneo e o retorno venoso do sangue das veias para o coração. Fortalece o sistema

imunológico da criança aumentando o número de plaquetas, de hemoglobinas e das células

vermelhas e brancas (CAMPADELLO, 2000).

De acordo com Guimarães et al (1997), a Shantala é indicada nos casos de distúrbio

da fala, melhora do sono, passividade, hiperatividade, irritação, tiques nervosos, distúrbios

respiratórios, enurese noturna, autismo, cegueira, surdez, Síndrome de Down, paralisia cerebral e

atraso no desenvolvimento motor normal.

A técnica da Shantala é muito fácil de aprender, qualquer pessoa comum com pouco

de vontade e habilidade na aplicação de massagens pode aplicá-la em qualquer criança, sem

precisar de uso de medicamentos ou de instrumentos especiais, utilizando tão somente as duas

mãos e uma disposição profunda de se doar. Sua aplicação não produz efeitos dolorosos,

conduzindo sempre a criança a uma sensação de bem-estar e de relaxamento (CAMPADELLO,

2000).

2.3.1 Seqüência de movimentos da Shantala

15

Campadello (2000) recomenda que a massagem deve ser feita de manhã ou à

tardinha, tomando-se cuidado para que a criança esteja de estômago vazio; em outras palavras, a

massagem não pode ser feita após a criança mamar no peito ou ter tomado a sua mamadeira.

O massageador estará sentado com os joelhos semiflexionados, os membros

inferiores do bebê deverão estar em direção ao peito da mãe. O óleo deverá ser espalhado

primeiramente nas mãos para que esteja aquecida antes do contato com o corpo do bebê

(MANUAL DA SHANTALA, 2005).

Conforme o Manual da Shantala (2005), abaixo inicia-se a seqüência de movimentos

da técnica.

2.3.1.1 Peito (com uso do óleo)

Figura 1: Aplainar o peitoFonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Coloque as duas mãos sobre o centro do peito do bebê; do centro para fora, deslize as

mãos, uma para cada lateral, como se estivesse alisando as páginas de um livro.

16

Figura 2: “Cruzar o peito”Fonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Coloque sua mão direita sobre o lado esquerdo do quadril do bebê e vá deslizando até

o ombro direito. Termine com uma leve pressionada no ombro do bebê. Faça o mesmo modo

com a mão esquerda, para alcançar o ombro esquerdo. As duas mãos vão se alternando em cruz

lentamente, mantendo o ritmo e a intensidade.

2.3.1.2 Braço (com uso do óleo)

“Deslizar do ombro ao pulso”

Obs: posicionar o bebê em decúbito lateral (de lado)

Uma das mãos segura o ombro do bebê, como um bracelete, e a outra segura o pulso; vá

deslizando a mão do ombro para o pulso. Quando elas se encontrarem, trocar de posição: a mão

que segurava o pulso passa a segurar o ombro, recomeçando o movimento. As mãos vão

deslizando e se alternando sempre do ombro para o pulso.

17

Figura 3: Tornear o bracinho com movimentos de torçãoFonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Com as duas mãos juntas, segure o bracinho do bebê na altura do ombro; comece a

escorregar as duas em direção ao pulso como se estivesse torneando o bracinho. As mãos devem

se movimentar ao mesmo tempo, mas em direções opostas; chegando ao pulso reinicie o

movimento pelos ombros.

Obs: antes do outro braço, massageie a mãozinha.

2.3.1.4 Mãos (sem reaplicar óleo)

Figura 4: Massagem na mãoFonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Com seu dedo polegar, massageie do centro da palma da mãozinha, em direção a cada

dedinho. Em seguida, passe a palma das suas mãos na palma da mãozinha do bebê; se o bebê

ficar com as mãozinhas fechadas, e oferecer resistência para não abri-las, não force.

18

2.3.1.5 Barriga (com uso do óleo)

Figura 5: “Pressão em ondas com as mãos”Fonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Coloque uma das mãos na base do peito e deslize-a em direção ao ventre, tocando

levemente os genitais; faça o movimento de forma intensa, como se quisesse esvaziar o ventre.

Quando uma mão termina o movimento, a outra recomeça, e assim sucessivamente.

Figura 6: “Pressão em ondas com o antebraço”Fonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Segure os pés do bebê com a mão esquerda, mantendo as pernas esticadas; com o

antebraço direito vá deslizando do peito até o ventre. Quando terminar, retorne ao peito e

recomece o movimento.

19

Figura 7: “Facilitando peristaltismo”Fonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Com as duas mãos fazer movimentos circulares em sentido horário na região

umbilical.

2.3.1.6 Perna (com uso do óleo)“Deslizar da coxa ao tornozelo”

Faça como se fez com os braços deslizando da coxa em direção aos tornozelos,

terminando nos pezinhos.

Figura 8: “Tornear a perninha com movimentos de torção”Fonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Deslize em movimentos de torção, sempre da coxa para tornozelos.

Obs: antes da outra perna, massageie os pés.

20

2.3.1.7 Pés (com uso de óleo)

Figura 9: “Massagem na planta dos pés”Fonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Massageie com suavidade, pois os pés do bebê são muito sensíveis. Primeiro o seu

polegar parte do calcanhar em direção a cada dedinho; em seguida, passe a palma da sua mão na

sola do pé do bebê.

2.1.3.8 Costas (com uso do óleo)

Figura 10: “Duas mãos descendo e subindo”Fonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Coloque suas mãos juntas, paralelas na nuca do bebê; alterne as mãos para frente e

para trás, deslizando ao mesmo tempo da nuca em direção das nádegas e nádegas em direção à

nuca. As mãos vão e vem, descendo e subindo, mantendo o ritmo lentamente.

21

Figura 11: “Uma mão descendo até as nádegas”Fonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Sustente as nádegas do bebê com a mão direita; a mão esquerda parte da nuca e

desliza em direção a mão direita, que permanece estática. Recomece o movimento pela nuca.

2.3.1.9 Rosto (sem uso do óleo)

Figura 12: “Contorno dos olhos”Fonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Com as pontas dos dedos, parta do centro da testa e deslize para os lados, ao longo

das sobrancelhas; reinicie sempre pelo centro e a cada movimento avance um pouco mais, até

contornar ao redor dos olhos.

“Nos lados do nariz”

22

Coloque os dois polegares entre os olhos, no alto do narizinho; deslize pelas laterais

até as narinas e suba novamente com mais intensidade.

Figura 13: “No rosto todo”Fonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

Com os polegares, feche os olhinhos do bebê e parta das sobrancelhas, passando

suavemente pelos olhos, pela lateral da narina, contornando a boca e acompanhando o maxilar

inferior, em direção as orelhas.

2.3.1.10 Hatha Yoga

2.3.1.10.1 Braços

Figura 14: “Braços”Fonte: Manual da Shantala, projeto de extensão “Shantala – Massagem para bebês, 2005.

23

Segure as mãozinhas do bebê e cruze os bracinhos sobre o peito, fechando e abrindo;

alterne a posição dos bracinhos e faça quantas vezes achar necessário.

2.3.1.10.2 Pernas e braçosSegure um pé do bebê e a mão do lado oposto, cruzando braço e perna, de forma que

o pé se aproxime do ombro e a mão da coxa oposta. Faça o mesmo movimento com a outra perna

e braço.

2.3.1.10.3 Perna em lótusSegure os dois pés e cruze as perninhas sobre o ventre, fechando e abrindo. Abra as

perninhas estenda-as e cruze novamente, invertendo a posição.

2.3.1.10.4 Pernas flexionadas

Figura 15: “Pernas Flexionadas”Fonte: ____, Manual da Shantala

Segure no tornozelo do bebê, flexionando os joelhos em direção ao ventre e

estendendo novamente, em movimentos contínuos.

Após a seqüência dos movimentos terminados, é o momento do banho para completar

a massagem.

24

Nesse momento, o banho complementa a massagem, além da função higiênica. Por

isso deixe o bebê relaxar um pouco na água, antes de inicia sua higiene completa. A água morna

é reconfortante e relaxante, pois envolve as regiões que as mãos não puderam tocar. Para o bebê,

o banho trás de volta as doces sensações de sua vida uterina e para você é mais um momento de

contato e prazer.

Figura16: O BanhoFonte: ___, Manual da Shantala

2.4 Cólica infantil

A cólica tem sido definida como um longo período de choro vigoroso que persiste

apesar de todos os esforços de consolo. O termo em si vem da palavra grega referente ao

intestino grosso, refletindo a crença de que a fonte do desconforto é um problema digestivo

(CÓLICA, 2003).

Murahovschi (2003) acrescenta que o termo cólica se refere a uma dor abdominal

aguda, espasmódica. A cólica típica se manifesta como um ataque paroxístico de choro forte,

agudo, estridente. O lactente se estica, fica vermelho, vira a cabeça para os lados, as mãos ficam

crispadas, as coxas fletidas sobre o abdômen; com freqüência ocorre a eliminação de gases, que

parece trazer alívio temporário. Com breves pausas, o choro pode se prolongar por horas; o

choro é inconsolável, o que traz aos pais sentimentos de frustação e impotência.

25

A cólica do lactente é uma condição transitória, sem riscos de mortalidade e que não

interfere no crescimento da criança. Entretanto, além de ser uma situação extremamente

estressante para a família, pode alterar o desenvolvimento pelo reflexo negativo na interação da

criança com seus pais, ainda, deixar seqüelas emocionais, levando ao surgimento de transtornos

somáticos no lactente (SAAVEDRA et al, 2003).

Segundo Silva Filho (apud MAZON, 2002, p. 36) “[...] as cólicas são um

acontecimento natural, decorrentes da imaturidade do intestino do bebê e agravados pela

ingestão de ar durante a mamada. Esta imaturidade refere-se ao fenômeno adaptativo da

capacidade de contração do intestino, os chamados movimentos peristálticos”.

A etiologia da cólica do lactente, que já é conhecida pelos pediatras há mais de um

século, continua a representar um enigma. Diferentes causas que podem ser aditivas, mas

freqüentemente são contraditórias, têm sido aventadas, e estas podem ser divididas em

gastrintestinais e não gastrintestinais. A cólica pode ser uma variante normal e estaria

relacionada a uma imaturidade fisiológica (MURAHOVSCHI, 2003).

Complementando sobre a etiologia da cólica, Saavedra et al (2003) cita que do ponto

de vista da gastrenterologia, já foram sugeridos: imaturidade ou alergia gastrintestinal,

intolerância ao leite de vaca, má absorção e refluxo gastresofágico. Reforçando a hipótese de que

a cólica pode ser decorrente da intolerância ao leite de vaca, o tratamento que utiliza leite de soja

ou fórmulas hipoalergênicas mostra redução dos sintomas.

Embora há muito se presuma que a cólica seja um sinal de dor por gases, na verdade

nunca se provou que todos os bebês ou a maioria dos bebês com cólica realmente tenham gases

abdominais. Há uma série de outras hipóteses relativas às causas da cólica, inclusive, alergia à

proteína do leite materno ou à fórmula infantil; técnicas incorretas de alimentação; espasmos do

cólon; trato intestinal imaturo e hiperativo; sistema nervoso imaturo e altamente sensível;

temperamento; tensão em casa e ansiedade dos pais (CÓLICA, 2003).

26

2.5 Sono

Para Guyton (1996) o sono é definido como um estado de inconsciência do qual a

pessoa pode ser acordada por estímulos sensoriais ou não. Acreditava-se que o sono seja causado

por um processo inibitório ativo. Uma antiga teoria apontava que as áreas excitatórias do tronco

cerebral superior, chamadas de sistema reticular ativador, e outras partes do cérebro, ficassem

simplesmente fatigadas durante o período desperto do dia, e portanto se tornariam inativas,

chamada de teoria passiva do sono.

O mesmo autor ainda complementa que, mudou esta visão para a noção atual de que o

sono seja provavelmente causado por um processo inibitório ativo. Descobriu-se que a

transecção do tronco cerebral no nível da região médio-pontina leva a um cérebro que nunca

adormece. Em outras palavras, parece haver algum centro abaixo do nível médio-pontino do

tronco cerebral, necessário para causar o sono pela inibição de partes superiores do cérebro.

Grunspun (1987) comenta que o sono é um processo primário da vida, servindo por

sua vez a necessidades biológicas e psicológicas. Sob seus aspectos funcionais e psicológicos, o

sono é uma necessidade vital de periodicidade psicobiológica imprescindível, que urge satisfazer

com pequenas variações. Contudo, as menores variações podem ser prejudicadas. Dentro da

periodicidade biológica humana, representada no ciclo: desenvolvimento, amadurecimento e

declínio, a periodicidade do sono é a mais constante e a mais importante.

Várias funções são atribuídas ao sono. A hipótese mais simples é a de que o sono se

destina à recuperação pelo organismo de um possível débito energético estabelecido durante a

vigília. Além desta hipótese, outras são atribuídas, especialmente ao sono rapid eye moviment

(REM), tais como a manutenção da homeostase, dos neurotransmissores envolvidos no ciclo

sono-vigília, sedimentação da memória, termorregulação entre outras (INSTITUTO DO SONO,

2001).

27

Existem dois tipos de sono, o rapid eye moviment (REM) e o non rapid eye moviment

(NREM). O sono NREM pode ser subdividido em quatro estágios, do estágio 1 que é um sono

bem leve ao estágio 4 que é o estágio mais profundo do sono. O sono NREM também pode ser

chamado de sono quieto pois a maior parte das funções fisiológicas estão diminuídas neste

momento. A atividade cognitiva é mínima, mas os movimentos periódicos do corpo precedem as

mudanças de um estágio para outro. Contrariamente o sono REM é também chamado paradóxio,

ativo ou rápido, pois é caracterizado por uma ativação eletroencefalográfica, atonia muscular e

movimentos oculares rápidos (DISTURBIO DO SONO, 2000).

Durante o sono NREM, as células de diferentes regiões cerebrais realizam atividades

diversificadas. A maior parte dos neurônios do tronco cerebral, situado logo acima da medula

espinhal, reduz ou interrompe os disparos, enquanto a maioria dos neurônios do córtex cerebral e

das regiões adjacentes do prosencéfalo diminui um pouco as atividades. O que muda mais

drasticamente são os padrões gerais de atividade. Na vigília, um neurônio ocupa-se em maior ou

menor grau com suas próprias atividades (INSTITUTO DO SONO, 2001).

O sono NREM está subdividido em 4 estágios. O estágio 1 é uma breve fase

transacional entre estar acordado e dormindo e dura cerca de 5 minutos. É um sono muito leve. O

estágio 2 que dura cerca de 10 a 20 minutos durante o ciclo inicial é considerado o verdadeiro

sono fisiológico. Os estágios 3 e 4, também chamados delta ou de ondas lentas são os mais

profundo, e podem durar entre 20 e 40 minutos no primeiro ciclo de sono (FASES DO SONO,

2003).

Numa noite normal de sono, episódios de sono REM durando de 5 a 30 minutos

geralmente aparecem a cada 90 minutos, em média. O sono REM tem muitas características

importantes, como: está geralmente associada a sonhos intensos, a freqüência cardíaca e

respiratória geralmente tornam-se irregulares, o que é característico, e apesar da inibição dos

músculos periféricos, ocorrem alguns movimentos musculares irregulares. Estes incluem, em

particular movimentos rápidos com os olhos (GUYTON, 1996).

28

O mesmo autor complementa que o cérebro fica muito ativo no sono REM, e o

metabolismo global do encéfalo pode aumentar até 20%. Portanto, este tipo de sono é também

freqüentemente chamado de sono paradoxal porque é um paradoxo uma pessoa ainda estar

dormindo apesar da intensa atividade do cérebro.

2.6 Constipação intestinal

As definições para constipação intestinal encontradas em livros e artigos convergem

sempre para uma mesma situação: dificuldade em evacuar. O termo se refere a condição que o

ritmo intestinal é irregular e a consistência das fezes é geralmente endurecida e ressecada. Isto

resulta da absorção excessiva de água das fezes devido à passagem lenta das fezes pelo intestino

(MARCHESINI, 2004).

Ciampo (2002) comenta que nos últimos anos, principalmente, surgiram diversas

definições de constipação intestinal, procurando aumentar a especificidade do seu diagnóstico

precoce. A Sociedade Brasileira de Gastroenterologia Pediátrica e Nutrição (SBGPN), em 1984,

definiu a constipação intestinal com uma síndrome que consiste na eliminação, com esforço, de

fezes ressecadas, ou de consistência aumentada, independentemente do intervalo de tempo entre

as evacuações.

Segundo Baker (apud CIAMPO, 2002, p. 498) “[...] a Sociedade Americana de

Gastroenterologia Pediátrica e Nutrição elaborou a definição de constipação como o retardo, ou

dificuldade nas defecações, presentes por duas ou mais semanas, e suficiente para causar

desconforto significante para o paciente”.

A constipação intestinal é um problema freqüente na infância, e constitui-se da queixa

principal em 3% das consultas pediátricas de rotina (CIAMPO, 2002).

Segundo Patara (2004), existe algumas causas que levam a criança apresentar

constipação intestinal, tais como, ausência de aleitamento ao seio, uso de leite artificial, quando

29

necessário, fora das concentrações recomendadas pelo pediatra; adição de “ engrossantes”ao leite

artificial. Ainda, o hábito de “segurar” a evacuação, as fezes endurecidas causam dor, havendo

então a inibição do esforço defecatório; as assaduras, podem em alguns casos também levar a

inibição deste reflexo, pela dor que acarretam durante a defecação.

O autor supracitado ainda comenta alguns cuidados, tais como, amamentar ao seio;

respeitar o horário da amamentação buscando sempre uma periodicidade; a mãe que amamenta

deve beber uma boa quantidade de líquido diariamente (cerca de 4 litros); ser minuciosos na

higiene, tratando possíveis afecções anorretais, como, fissuras e assaduras, que aumentariam as

dificuldades de evacuações; após a introdução de frutas, optar pelas ricas em fibras, por serem

laxantes.

30

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Segundo Gil (2002), delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensão mais ampla envolvendo tanto sua diagramação quanto à sua previsão de análise e

interpretação dos dados.

3.1 Caracterização da pesquisa

Este estudo foi constituído de uma pesquisa exploratória. Para Koche (1997), na

pesquisa exploratória não se trabalha com relação com variáveis, mas com o levantamento das

presenças das variáveis da sua caracterização qualitativa e quantitativa. O objetivo fundamental

dessa pesquisa é descrever ou caracterizar a natureza das variáveis que se quer conhecer.

São investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou

de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do

pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais

precisa ou modificar e clarificar conceitos. O investigador deve conceituar as inter-relações entre

as propriedades do fenômeno, fato ou ambiente observado (MARCONI; LAKATOS, 1996).

31

3.2 População/Amostra

O presente estudo teve como amostra bebês com idade de um a seis meses,

participantes do projeto de extensão e pesquisa intitulado “Shantala – Massagem para Bebês”, da

Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, Tubarão – SC, residentes nesta cidade.

A população do estudo foi de 10 bebês, sendo que 6 do gênero masculino e 4 do

gênero feminino. Foram realizadas em média 05 sessões com cada criança, com duração

aproximadamente 40 minutos.

3.3 Instrumento utilizado para coleta de dados

Para a realização desta pesquisa, foi utilizado como instrumentos de coleta de dados:

ficha de entrevista, utilizada no projeto de extensão “Shantala – massagem para Bebês” (Anexo

A), e uma ficha de evolução diária, como entrevista, realizada com as mães dos bebês (Anexo

B). Durante a aplicação da Shantala, foi utilizado óleo mineral infantil, afim de um melhor

deslizamento das mãos sobre a pele do bebê.

3.4 Procedimento utilizado na coleta de dados

As coletas de dados, assim como a aplicação das técnicas da Shantala foram

realizadas na Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina. Sendo

que a técnica foi executada pelas monitoras do projeto “Shantala – Massagem para Bebês”, nos

meses de abril e maio do presente ano, aproximadamente três vezes na semana. Totalizando uma

média de 05 sessões com cada componente da amostra.

32

Primeiramente, foram preenchidas as fichas de entrevistas (Anexo A) com as mães,

para ingresso do bebê no projeto. Em seguida as monitoras realizavam a primeira sessão de

Shantala no bebê, durante todas as sessões são passadas informações e demonstração da técnica,

afim de que as mães aprendam e obtenham independência na aplicação da mesma. Nas sessões

seguintes, foram aplicadas pelas monitoras as fichas de evoluções diárias (Anexo B), com a

finalidade de observar a evolução do bebê durante o período em que a técnica foi aplicada.

33

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O presente capítulo está composto pela análise e discussão dos dados que tiveram

como base às fichas de entrevistas do projeto de extensão “Shantala – Massagem para Bebês”, no

período de março à abril de 2005 na Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade do Sul de

Santa Catarina – UNISUL, campus Tubarão. Também estando relacionado com a literatura já

existente para um melhor aprofundamento dos resultados obtidos.

40%

60%

0

10

20

30

40

50

60

Per

cent

ual d

a P

opul

ação

Feminino Masculino

Sexo

Gráfico – 1: Perfil do sexo apresentado pelos bebês acompanhados na Clínica Escola deFisioterapia da UNISUL, no período de março a abril de 2005.Fonte: Fichas de entrevista do projeto de extensão “Shantala – Massagem para Bebês” - Banco de Dados daClínica Escola – UNISUL

Conforme o Gráfico 1, pode-se observar que entre os dez bebês participantes do

projeto, seis eram do sexo masculino e quatro do sexo feminino, demonstrando um predomínio

do sexo masculino.

34

10% 10%

20%

30%

20%

10%

0

5

10

15

20

25

30

Per

cent

ual d

a P

opul

ação

1 mes

2 mes

3 mes

4 mes

5 mes

6 mes

Perfil de Idade

Gráfico – 2: Perfil de Idade apresentado pelos bebês acompanhados na Clínica Escola deFisioterapia da UNISUL, no período de março a abril de 2005.Fonte: Fichas de entrevista do projeto de extensão “Shantala – Massagem para Bebês” - Banco de Dados daClínica Escola – UNISUL

A variação da idade ocorreu entre um à seis meses, sendo que a maior incidência deu-

se entre dois e quatro meses, onde pode ser melhor visualizado no gráfico 2.

70%

40%

50%

0

10

20

30

40

50

60

70

Per

cent

ual d

a P

opul

ação

Cólica SonoConstipação

Tipo de SintomasGráfico 3 –Perfil de sintomas apresentados pelos bebês acompanhados na Clínica Escola deFisioterapia da UNISUL, no período de abril a maio de 2005.Fonte: Fichas de entrevista do projeto de extensão “Shantala – Massagem para Bebês” - Banco de Dados da ClínicaEscola – UNISUL

Em relação à sintomatologia apresentada pelas crianças, observou-se uma

predominância de sete casos de cólicas intestinais, além de cinco episódios de constipação

intestinal e quatro ocorrências de distúrbios no sono, conforme apresentado no gráfico 3.

35

28,57%

71,43%

Número de pacientes que nãoobtiveram melhora da Cólica Número de Pacientes quetiveram melhora da Cólica

Gráfico 4 –Perfil de melhora do sintoma de cólica apresentada pelos bebês acompanhados naClínica Escola de Fisioterapia da UNISUL, no período de abril a maio de 2005.Fonte: Fichas de entrevista do projeto de extensão “Shantala – Massagem para Bebês” - Banco de Dados daClínica Escola – UNISUL

Através das fichas de evoluções diárias, foi possível verificar uma diminuição nos

sintomas de cólicas que os bebês apresentavam. Onde, das sete crianças que apresentavam tais

sintomas, cinco obtiveram melhora no quadro, o que equivale o efeito positivo da Shantala de

71,43% dos casos, de acordo com o gráfico 4.

McClure (1996) afirma isto quando explica que a massagem estimula o sistema

gastrintestinal, libera tensão acumulada e ajudam o bebê a relaxar, diminuindo desta forma as

cólicas, comum em bebês. Ainda complementa que a massagem diária eleva o limiar de

estimulação do bebê. Bebês que tem dificuldade para lidar com a estimulação constroem

gradualmente uma tolerância. Aqueles que sofrem de cólicas podem relaxar os corpinhos para

que a tensão não aumente o desconforto.

Para Silva Filho (apud MAZON, 2002, p. 36) “[...] comenta que as cólicas são um

acontecimento natural, decorrentes da imaturidade do intestino do bebê e agravados pela

ingestão de ar durante a mamada, esta imaturidade refere-se ao fenômeno adaptativo da

capacidade de contração do intestino, os chamados movimentos peristálticos”. Confirmando os

possíveis efeitos que a Shantala pode proporcionar em relação as cólicas, Leboyer (1998)

36

comenta que a massagem atua na normalização dos movimentos peristálticos, resultado da

estimulação proporcionada pelo toque ritmado sobre a barriga do bebê.

Pode-se constatar através dos resultados obtidos e a literatura apresentada que a

Shantala trouxe benefícios aos bebês, diminuindo assim os sintomas de cólicas.

100%

Número de pacientes comdificuldades no sono

Número de Pacientes quetiveram melhora no sono

Gráfico 5 –Perfil de melhora do sintoma de sono apresentada pelos bebês acompanhados naClínica Escola de Fisioterapia da UNISUL, no período de abril a maio de 2005.Fonte: Fichas de entrevista do projeto de extensão “Shantala – Massagem para Bebês” - Banco de Dados da ClínicaEscola – UNISUL

De acordo com o gráfico 5, pode-se observar que todos os bebês com distúrbio no

sono, tiveram um sono mais tranqüilo após a aplicação da técnica de Shantala.

Domenico e Wood (1998) confirmam isto quando ressaltam alguns efeitos da

massagem, como, aumento da circulação sanguínea e linfática; aumento do fluxo de nutrientes;

alívio da dor; aumento dos movimentos das articulações; estimulação das funções autonômicas;

remoção das secreções pulmonares; promoção do relaxamento geral.

Victor e Moreira (2002) explicam que a Shantala enquanto toque terapêutico,

proporciona a estimulação cutânea. O toque estimula a pele, que por sua vez, produz enzimas

necessárias à síntese protéica. Ainda em termos biológicos, diminui os níveis de catecolaminas e

ativa a produção de endorfinas, neurotransmissores responsáveis pelas sensações de alegria e

37

bem-estar. Como conseqüência a criança relaxa, o sono fica calmo e mais resistente a barulhos

externos.

Araújo (apud CARRADORE, 2003, p.1) complementa que “[...] a técnica aplicada

pelas mãos maternas melhora a qualidade do sono, auxilia na função intestinal, além de eliminar

secreção pulmonar”.

Comparando os resultados deste estudo com a literatura, pode-se afirmar que a

técnica da Shantala é eficaz na qualidade do sono, promovendo relaxamento e um sono mais

tranqüilo nos bebês.

60%

40% Número de pacientes comque não obtiveram melhorada constipação Número de Pacientes quetiveram melhora daconstipação

Gráfico 6 –Perfil de melhora do sintoma de constipação apresentada pelos bebês acompanhadosna Clínica Escola de Fisioterapia da UNISUL, no período de abril a maio de 2005.Fonte: Fichas de entrevista do projeto de extensão “Shantala – Massagem para Bebês” - Banco de Dados da ClínicaEscola – UNISUL

Conforme o gráfico 6, é possível observar um melhor funcionamento do aparelho

digestivo, onde constatou-se uma melhora de 60% dos casos de constipação intestinal após a

técnica aplicada nos bebês.

Capeletto (2004) confirma isto quando comenta que o funcionamento do intestino

melhora com a aplicação da massagem porque há um estímulo na musculatura lisa, melhorando

38

assim o peristaltismo. A estimulação em qualquer ponto da musculatura lisa do intestino pode

produzir o aparecimento de um anel contrátil que, a seguir, se propaga ao longo do tubo

intestinal, assim facilitanto o peristaltismo.

Ferão (2001), explica que a Shantala no Ocidente, ganhou enfoque terapêutico,

visando o equilíbrio energético nos seus aspectos fisiológicos, normalizando alterações

respiratórias e digestivas.

Guimarães (2002) afirma que a técnica de Shantala beneficia na eliminação de gases,

prisão de ventre, tranquiliza o sono e por tudo isto é altamente preventiva. Para Guimarães et al

(1997) cita que a Shantala trás benefícios, como, aumento da circulação sanguínea, alívio da dor,

estimulações das funções viscerais, além de promoção do relaxamento geral.

De acordo com a literatura e os resultados obtidos, verificou-se que a técnica de

Shantala aplicada nos bebês foi eficiente em relação à constipação intestinal. A técnica trouxe

melhora na qualidade do funcionamento do aparelho digestivo, assim melhorando a evacuação

das crianças.

39

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo procurou verificar através de entrevistas e evoluções diárias, os

efeitos da Shantala em bebês de um a seis meses de idade, do projeto “Shantala – Massagem para

Bebês” da Universidade do Sul de Santa Catarina, campus Tubarão.

A partir da análise dos resultados obtidos, foi possível estabelecer as seguintes

considerações.

Observou-se que ocorreu um predomínio do sexo masculino com 60% da amostra

analisada. Em relação a faixa etária da amostra, houve uma predominância entre 2 à 4 meses.

No que se refere aos efeitos físicos, constatou-se no decorrer da pesquisa uma

melhora na qualidade do sono de todos os bebês. Quanto às cólicas, conforme a observação das

fichas, a massagem possibilitou alívio das dores infantis em 71,43% dos casos em estudo.

Na observação dos sintomas relacionados à constipação intestinal, verificou-se uma

maior freqüência das evacuações.

É importante ressaltar que os bebês da amostra não fizeram uso de medicamentos,

durante o período da pesquisa, visto que a técnica de Shantala mostrou-se eficiente, não sendo

necessário a utilização destes recursos.

Com base nos resultados deste estudo, pode-se observar a importância da técnica

Shantala para o estabelecimento do vinculo afetivo entre mãe e filho, além de proporcionar

efeitos positivos em relação à qualidade do sono, constipação e cólicas intestinais.

40

Para maiores resultados, há necessidade de mais estudos abrangendo uma amostra

maior para validade científica.

41

REFERÊNCIAS

AUCKETT, A. D. Massagem para bebê. Trad. Francisco de Castro Azevedo. Rio de Janeiro:Ao Livro Técnico, 1983.

CAMPADELLO, P.. Massagem infantil: carinho, saúde e amor para seu bebê. MétodoShantala. 3. ed. São Paulo: Madras, 2000.

CAPELETTO, P. S. C.Os benefícios da das manobras visceriais em pacientes com constipaçãointestinal crônica. Terapia manual, São Paulo, v. 3. n.10,.. out./dez. 2004.

CARRADORE, C. Shantala, um toque de amor e harmonia, 2003. Disponível em:http://www.aun.uol.com.br. Acesso em 20 maio 2005.

CIAMPO, I. R. L. D. et al. Prevalência de constipação intestinal crônica em crianças atendidasem unidade básica de saúde. Jornal de pediatria. v. 78. n. 6, 2002.

DISTURBIO DO SONO. São Paulo, 2000. Disponível em:

DOMENICO, G.; WOOD, E. C. Técnica de massagem de Beard. 4. ed. São Paulo: Manole,1998.

FASES, do sono. Fisiologia do sono. Disponível em:http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2003/g3/fisiologia.html. Acesso 20 maio2005.

FERAO, M. I. B. Shantala: uma alternativa terapêutica para bebês dentro da saúde coletiva.Tubarão, 2001.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994.

GRUNPUN, H. Distúrbio neuróticos da criança. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 1987.

GUIMARÃES, A. E.Shantala, massagem terapêuticas para bebês. Fisioterapia em movimento.v. 9 n. 2, 1997.

42

GUIMARÃES, P.F. Shantala e seus benefícios., disponível em:www.guiabhbaby.com.br/pag_div/artigos/ar41.htm, acesso 20 de maio de 2005.

GUYTON, A. C. Fisiologia humana. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.

http:// www.virtual.emp.br/material/tis/curr-bio/trab2000/sono/htm. Acesso em: 20 maio 2005.

LEBOYER, F. Shantala: uma arte tradicional massagem para bebês. Trad. Luiz Roberto Binatie Maria Silvia Cintra Martins. 7. ed. São Paulo: Ground, 1998.

MARCON, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico. 5. ed. São Paulo:Atlas, 2001.

MAZON, K. Uso da Shantala como técnica terapêutica na melhora do sono, variações dehumor e cólicas em bebês. Tubarão, 2002.

McCLURE, V. S. Massagem infantil: um guia para pais carinhosos. Trad. Ana Maria Sarda.Rio de Janeiro: Record, 1996.

MURAHOSCHI, J. Cólicas do lactente. Jornal de pediatria. v. 79., n.2, 2003.

PATARA, C. Costipação intestinal, disponível em:http://guiadobebe.uol.com.br/bb4a5/constip_intes.htm.

RUFFIER, J. E. Guia prático de massagem. Trad. Lygia Vassalo. 5. ed. Rio de Janeiro: Record,1996.

SAAVEDRA. M. A.L. et al. Incidência de cólica no lacttente e fatores associados: um estudo decorte. Jornal de pediatria, v.79. n. 2, 2003.

SAÚDE, do bebê. Cólica, 2003. Disponível em:http://www.saudeinformacoes.com.br/bebe_colica.asp. Acesso em: 29 maio 2005.

VICTOR, J. F.; MOREIRA, T. M. M. Integrando a família no cuidado de seus bebês:ensinando a aplicação da massagem shantala. Disponível em:http://www.ppg.uem.br/Docs/ctf/Saude/2004_1/05_211-03%20Janaina%20Fonseca%20Victor_Integrando%20a%20familia.pdf. Acesso em: 20 maio2005.

43

Anexos

44

Anexo A

Ficha de entrevista

45

ENTREVISTA

Data em que respondeu o questionário: ___/___/___

Nome do paciente: __________________________________________________________

Filiação:__________________________________________________________________

I Dados de identificação

1.1 Data de nascimento:

1.2 Idade gestacional:

1.3 Idade cronológica:

1.4 Idade motora:

1.5 Sexo:

46

II Gestação

2.1 Idade da mãe:

2.2 Número de gestações:

2.3 Realizou pré-natal:

2.4 Condições especiais ou intercorrências da gravidez:

III Parto

3.1 ( ) normal ( ) cesário

3.2 ( ) domiciliar ( ) hospitalar

3.3 ( ) prematuro ( ) à termo

IV Condições do nascimento

4.1 Apgar:

4.2 Peso ao nascer:

4.3 Estatura ao nascer:

4.4 Chorou: ( ) sim ( ) não

4.5 Intercorrências:

V Amamentação

5.1 Amamentou: ( ) sim ( ) não

5.2 Exclusivo: ___________________________________________________________

VI DNPM

6.1 Firmou a cabeça:

6.2 Rolou:

6.3 Sentou:

VII Aspectos físicos

7.1 Peso atual:

47

7.2 Estatura atual:

7.3 Ausculta pulmonar:

7.4 FC: FCf

7.5 FR: FRi

7.6 Quanto ao funcionamento do intestino:

( ) apresenta-se sempre normal ou regular

( ) apresenta episódios de constipação ou intestino preso

( ) apresenta episódios de diarréia

Usa algum tipo de medicamento para tal? Qual? Com que freqüência?

7.8 O bebê costuma ter cólicas?

( ) sim ( ) não

Se a resposta for sim, com que freqüência costuma ter?

_________________________________________________________________________

Usa algum medicamento para tal? Qual? Com que freqüência?

________________________________________________________________________

Qual horário é o mais freqüente da cólica?

_________________________________________________________________________

7.9 Tem algum distúrbio respiratório? Qual?

VII Aspectos comportamentais

8.1 Como é a qualidade do sono:

( ) dificuldade para dormir ( ) dorme tranqüilo ( ) agitado

8.2 Em casa, como o bebê se comporta:

( ) Chora. Em que situação?

( ) Chora muito (diariamente)

48

( ) Chora pouco (dia sim, dia não)

( ) Raramente chora (uma vez por semana)

( ) Nunca chora

8.3 Como se comporta durante e após a massagem:

Durante Após

( ) adormece ( ) adormece

( ) apresenta alterações na pele ( ) apresenta alterações na pele

( ) apresenta sialorréia ( ) apresenta sialorréia

( ) chorou ( ) chorou

( )defecou ( ) defecou

( ) libera gases ( ) libera gases

( ) libera secreções pulmonares ( ) libera secreções pulmonares

( ) mostra-se ansioso, agitado ( ) mostra-se ansioso, agitado

( ) mostra-se calmo ( ) mostra-se calmo

( ) sorri para o terapeuta ( ) sorri para o terapeuta

( ) urinou ( ) urinou

IX Reflexos

9.1 Reflexo de sucção

( ) sim ( ) não

9.2 Reflexo de preensão palmar

( ) sim ( ) não

9.3 Reflexo de moro

( ) sim ( ) não

49

9.4 RTCA (reflexo tônico assimétrico)

( ) sim ( ) não

9.5 Reflexo de marcha automática

( ) sim ( ) não

X Evolução

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________

50

Anexo B

Ficha de evolução diária

51

ENTREVISTA DIÁRIA

Data em que respondeu o questionário: ___/___/____

Nome do paciente: _________________________________________________________

Filiação: __________________________________________________________________

Quantas sessões já realizou:___________________________________________________

Q.P.: _____________________________________________________________________

I – ASPECTOS FÍSICOS

1- Ausculta pulmonar (antes):_________________________________________________

Ausculta pulmonar (depois): _______________________________________________

2- FC: FCf

FR: FRi

3-

( ) Como está o intestino após a massagem, houve alguma mudança quanto ao seu

funcionamento?

( ) não ( ) sim. Qual?______________________________________

52

( ) As cólicas diminuíram?

( ) nada ( ) um pouco ( ) por completo

( ) O uso de medicamento para tal, diminuiu?

( ) nada ( ) um pouco ( ) por completo

( ) Provocou melhora quanto ao distúrbio respiratório?

( ) nada ( ) um pouco ( ) por completo

( ) Como está a qualidade do sono?

( ) agitado ( ) tranqüilo ( ) um pouco inquieto

( ) Em casa houve algum comportamento além do normal?

( )não ( ) sim. Qual? ____________________________________

4- Como se comporta durante e após a massagem:

Durante Após

( ) adormece ( ) adormece

( ) apresenta alterações na pele ( ) apresenta alterações na pele

( ) apresenta sialorréia ( ) apresenta sialorréia

( ) chorou ( ) chorou

( )defecou ( ) defecou

( ) libera gases ( ) libera gases

( ) libera secreções pulmonares ( ) libera secreções pulmonares

( ) mostra-se ansioso, agitado ( ) mostra-se ansioso, agitado

( ) mostra-se calmo ( ) mostra-se calmo

( ) sorri para o terapeuta ( ) sorri para o terapeuta

53

( ) urinou ( ) urinou

Evolução

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

___________________________________________

Evolução Motora

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_______________________________________________