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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ EDUARDO ZANETTI BUECKMANN ELABORAÇÃO DE UM MODELO DE FLUXO DE CAIXA PARA A EMPRESA ECOLUX ENGENHARIA E ILUMINAÇÃO LTDA Biguaçu 2006

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

EDUARDO ZANETTI BUECKMANN

ELABORAÇÃO DE UM MODELO DE FLUXO DE CAIXA

PARA A EMPRESA ECOLUX ENGENHARIA E ILUMINAÇÃO LTDA

Biguaçu

2006

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

EDUARDO ZANETTI BUECKMANN

ELABORAÇÃO DE UM MODELO DE FLUXO DE CAIXA

PARA A EMPRESA ECOLUX ENGENHARIA E ILUMINAÇÃO LTDA

Trabalho de conclusão de estágio apresentado como requisito da disciplina Estágio III, do Curso de Administração, Centro de Educação de Biguaçu – Universidade do Vale do Itajaí.

Professor: Esp. Crisanto Soares Ribeiro

Biguaçu

2006

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EDUARDO ZANETTI BUECKMANN

ELABORAÇÃO DE UM MODELO DE FLUXO DE CAIXA

PARA A EMPRESA ECOLUX ENGENHARIA E ILUMINAÇÃO LTDA

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção

do título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração: Administração Financeira

Biguaçu, 22 de novembro de 2006.

Prof. Esp. Crisanto Soares Ribeiro

UNIVALI - CE de Biguaçu

Orientador

Prof. M.Sc. Cláudia C. Pereira

UNIVALI - CE de Biguaçu

Prof. Elpídio Luiz Lenzi

UNIVALI - CE de Biguaçu

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Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio ao meu

DEUS, meus pais, familiares, e todos aqueles que auxiliaram-

me, auxiliam-me, ajudam-me e apóiam-me na formação

profissional, acadêmica e social que estou construindo.

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AGRADECIMENTOS

À Universidade do Vale do Itajaí. Ao orientado Professor Crisanto Soares Ribeiro, pelo acompanhamento

pontual e competente.

Aos colegas de turma, pela amizade, companheirismo, ajuda e auxílios demonstrados durante todo o Curso.

Aos professores do Curso de Administração da UNIVALI de Biguaçu, pelo

incentivo, inspiração, motivação e exemplo demonstrados ao longo do curso. Ao colega, amigo, companheiro e chefe durante a realização deste trabalho

em sua empresa, Fernando Perardt, pela confiança e contribuição demonstrada ao longo da realização do mesmo.

A todo aquele que tenha contribuído direta ou indiretamente na realização

deste trabalho e que por algum motivo não tenha sido citado aqui.

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RESUMO

BUECKMANN, Eduardo Zanetti. Elaboração de um modelo de fluxo de

caixa para empresa Ecolux Engenharia e Iluminação Ltda. 2006. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2006.

O presente trabalho de conclusão de estágio teve como objetivo geral a elaboração de uma proposta de fluxo de caixa para a empresa ECOLUX ENGENHARIA E ILUMINAÇÃO LTDA. Para conclusão do objetivo geral foram traçados os seguintes objetivos específicos: analisar os modelos teóricos sobre fluxo de caixa presentes na literatura; investigar os itens relevantes para elaboração do fluxo de caixa e propor um modelo de fluxo de caixa para a empresa ECOLUX ENGENHARIA E ILUMINAÇÃO LTDA. Ao analisar os modelos teóricos presentes na literatura adotou-se o método direto, criando-se um modelo de fluxo de caixa baseado nos modelos apresentados por Campus Filho e Zdanowicz. Ao investigar-se os itens relevantes para elaboração do fluxo de caixa verificou-se a existência de um controle de despesas e receitas, adotando os seus dados como base para elaboração de uma proposta de fluxo de caixa. Foi proposto então uma modelo de fluxo de caixa para a empresa considerando quatro grandes itens: Receitas, Despesas Fixas, Despesas Variáveis e Fluxo de Caixa Operacional. Verificou-se a extrema concentração das receitas em um único cliente detentor de 79% das receitas anuais, sugeriu-se o aumento das receitas dos demais clientes e a busca por novos clientes visando a diminuição desta concentração. Nas despesas fixas destacou-se a conta Impostos, Taxas e Contribuições com 56% do total. Nas Despesas Variáveis destaca-se a conta Fornecedores com 76% do total. No comportamento do fluxo de caixa operacional do período analisado destacam-se os meses de fevereiro, abril, maio e agosto com fluxo de caixa positivo, e os meses de janeiro, março, junho, julho e setembro com fluxo de caixa negativo.

Palavras-chaves: Fluxo de Caixa, Método Direto, Receitas, Despesas Fixas Despesas Variáveis

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ABSTRACT

BUECKMANN, Eduardo Zanetti. Elaboração de um modelo de fluxo de caixa para empresa Ecolux Engenharia e Iluminação Ltda. 2006. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2006.

The present work experience conclusion job had the general objective of

creating a cash flown propose to ECOLUX ENGENHARIA E ILUMINAÇÃO LTDA. In order to conclude the general objective, this specifics objectives were made: analyze the theorical cash flown models presents in the literature; investigate the relevant items to the elaboration of the cash flown; and propose a cash flown model to ECOLUX ENGENHARIA E ILUMINAÇÃO LTDA. Analyzing the theorical cash flown models presents on the literature, the direct method was choose creating a cash flown model based on the models present by Campus Filho and Zdanowicz. On the investigation of relevant objectives to the elaboration of cash flown, the existence of an earning and debts control was verified, based on that data a cash flown model was propose. The propose model considered four big items: Earnings, Fixed Debts, Variable Debts and Operational Cash Flow. On the Earnings the extreme concentration on one client that had 79% of total earnings was verified. The increasing of old clients and the capture of new clients were suggested. On the Fixed Debts, Taxes and Contribution had 56% of total. On the Variable Debts with 79% of total were the company suppliers. On the operational cash flow behavior on the analyzed period the months of February, April, May and August had positive cash flown; and January, March, June, July and September had negative cash flown.

KEY WORDS: CASH FLOW, DIRECT METHOD, EARNINGS, FIXED DEBTS, VARIABLES DEBTS.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 01 – Demonstração dos Fluxos de Caixa ........................................21

Quadro 02 – Demonstração dos Fluxos de Caixa Método Indireto ..............22

Quadro 03 – Demonstração do Fluxo de Caixa............................................23

Quadro 04 – Organograma da Empresa ......................................................27

Quadro 05 – Modelo Proposto de Fluxo de Caixa .......................................28

Gráfico 01 – Composição das Receitas Anuais ...........................................29

Gráfico 02 – Evolução Mensal da Receita de 2006 .....................................30

Gráfico 03 – Composição das Despesas Fixas ...........................................31

Gráfico 04 – Evolução das Despesas Fixas de 2006 ..................................31

Gráfico 05 – Composição das Despesas Variáveis ....................................32

Gráfico 06 – Evolução Mensal das Despesas Variáveis .............................33

Gráfico 07 – Evolução do Fluxo de Caixa de 2006 .....................................33

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SUMÁRIO RESUMO..................................................................................................................6 ABSTRACT..............................................................................................................7

LISTA DE ILUSTRAÇÕES.......................................................................................8

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................10 1.1 OBJETIVOS.......................................................................................................11

1.1.1 Objetivo geral...............................................................................................11 1.1.2 Objetivos específicos..................................................................................11

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................12

2.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA.......................................................................12

2.1.1 FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO..........................................................14

2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO........................................................................15

2.3. FLUXO DE CAIXA.............................................................................................17

2.3.1 Objetivos do fluxo de caixa..........................................................................18

2.3.2 Métodos de fluxo de caixa .......................................................................... 20 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO..................................................................26

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS..................................................27 4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO...................................................................27 4.2 MODELO DE FLUXO DE CAIXA PROPOSTO...............................................28 4.3 RECEITAS.......................................................................................................28 4.4 DESPESAS FIXAS..........................................................................................30 4.5 DESPESAS VARIÁVEIS..................................................................................32 4.6 FLUXO DE CAIXA............................................................................................33 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................34 REFERÊNCIAS .....................................................................................................35

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1. INTRODUÇÃO

Muito se tem falado, nestes últimos anos, sobre a dificuldade que as micro e

pequenas empresas vem enfrentando para se manterem abertas e conforme atesta

Dornelas (2005, p.19, apud Sebrae-SP, 2003) em um ano de atividade cerca de 31%

das micro e pequenas empresas fecham as portas, em dois anos este número

aumenta para 37% e assim por diante até chegar a 60% em cinco anos de atividade,

caracterizando então, uma clara necessidade de aprimoramento na gestão das

empresas.

A empresa Ecolux Engenharia e Iluminação Ltda é uma empresa que atua há

dez anos no setor de serviços elétricos na região da grande Florianópolis.

O ambiente acima descrito no qual está inserida a Ecolux Engenharia e

Iluminação Ltda proporciona uma situação ideal para a aplicação deste estágio na

mesma.

A partir das questões anteriores, pode-se perceber a relevância da

elaboração de um fluxo de caixa para as organizações. Dessa forma, a presente

pesquisa procura responder a seguinte questão problema: Como elaborar um

modelo de fluxo de caixa para a empresa Ecolux Engenharia e Iluminação Ltda?

Desse modo, a fim de melhor direcionar os estudos e atividades, referentes

ao presente estudo, definiu-se os objetivos, que serão apresentados na seqüência.

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Elaborar um fluxo de caixa para a empresa Ecolux Engenharia e Iluminação Ltda,

localizada em São José, no período de março a setembro de 2006.

1.1.2 Objetivos específicos • Analisar os modelos teóricos sobre fluxo de caixa abordados na

literatura;

• Investigar itens relevantes para elaboração do fluxo de caixa,

entradas e saídas da empresa Ecolux Engenharia e Iluminação Ltda;

• Propor um modelo de fluxo de caixa para a empresa Ecolux

Engenharia e Iluminação Ltda.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A presente fundamentação teórica buscará reunir o maior número possível de

idéias e conceitos já publicados em livros, periódicos, revistas, anais e em meio

eletrônico, sobre o tema fluxo de caixa, montando com isso uma base teórica para

servir de fundamento a ser aplicado neste projeto de estágio na empresa Ecolux

Engenharia e Iluminação Ltda.

2.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Segundo atesta Brigham (1999, p.2-8) a administração financeira é a área

responsável pela previsão e planejamento financeiro da empresa, pelas decisões

importantes de investimentos e financiamento, pela coordenação e controle

financeiro da empresa e pelo trabalho com os mercados financeiros. A

administração financeira é dividida em três grandes subáreas de atuação: mercados

monetários e de capital, que tratam dos mercados de títulos e das instituições

financeiras, investimentos, que tem foco nas decisões dos investidores tanto

indivíduos quanto instituições em relação aos títulos para suas carteiras de

investimento, e administração financeira que envolve a efetividade administrativa de

uma empresa.

Em perspectiva similar, Gitman (2002, p.4–15) afirma que a administração

financeira é uma mistura de arte e ciência de administração de fundos, sendo a

mesma a grande responsável pelo processo de transferência de fundos entre

pessoas, empresas e governos. Esta transferência é o elo final de uma cadeia de

atividades que começa com a analise e planejamento financeiro, passando para

decisões de investimento e finalmente para as decisões de financiamento. A

administração financeira é ainda subdividida em duas grandes áreas: serviços

financeiros, que cuida da concepção e prestação de assessoria financeira, e

administração financeira, que cuida da administração geral dos valores em uma

organização envolvendo tarefas como realização de orçamentos, previsões

financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de

investimentos e captação de fundos.

Na mesma linha, Zdanowicz (2004, p.22-23) sustenta que a administração

financeira é centralizada no processo de captação, aplicação, e distribuição eficiente

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dos recursos necessários para que a empresa possa operar de acordo com os

objetivos e metas estabelecidos por sua cúpula administrativa diretiva, cumprindo

assim o princípio fundamental da administração financeira: dispor o numerário

necessário para saldar em tempo hábil os compromissos assumidos com terceiros e

maximizar os lucros.

Zdanowicz (2004, p.22) ainda ressalta que o gerenciamento financeiro constitui-se

no conjunto de operações a serem destinadas à formação de recursos financeiros

necessários ao pagamento dos fatores de produção ou serviços, sua distribuição, as

obrigações decorrentes das transações comerciais e os créditos obtidos pela

empresa.

Em concordância Hoji (2000, p.21-24) atesta que a administração financeira é

a grande responsável pelo cumprimento do objetivo geral de uma empresa, que é a

maximização de seu valor de mercado a longo prazo, através da geração de

resultados econômicos e financeiros positivos, que seriam o lucro e o caixa. Para

conseguir obter tais resultados, uma empresa está dividida em três atividades

principais: atividades de operação, atividades de investimento, atividades de

financiamento. A função da administração financeira seria auxiliar as atividades

produtivas e administrar as atividades de investimento e financiamentos.

Na mesma perspectiva Ross, Westerfield e Jaffe (1995, p. 26-27) sustentam

que a administração financeira deve estar baseada no principal valor de uma

empresa que é a criação de valor para o seu proprietário. Assim sendo, Ross

Westerfield e Jaffe (1995, p. 26-27) dividem a administração financeira em três

atividades básicas: a administração de orçamentos de capital e dispêndio de capital,

que buscará definir em quais bens de longa duração a empresa deverá investir

descrevendo o processo de realização e gestão de gastos com esses bens, a

administração da estrutura de capital, que buscará definir de que maneira a empresa

poderá levantar recursos para custear os dispêndios de capital necessários

indicando quanto do capital deve ser próprio e quanto deve ser de terceiros, e a

administração do capital de giro líquido, que buscará definir a maneira que a

empresa deverá gerir a movimentação das suas entradas e saídas de dinheiro, em

um horizonte de curto prazo, buscando sempre conciliar as duas de maneira a

honrar os compromissos assumidos nas datas previamente acordadas.

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Para conseguir-se obter uma administração financeira eficaz há a

necessidade de se demonstrar quais são as qualidades necessárias de um

administrador financeiro, o que busca-se explicitar no próximo tópico.

2.1.1 Funções do Administrador Financeiro

Conforme afirma Gitman (2000, p.4-14), o administrador financeiro é

responsável pela administração ativa das finanças de todo e qualquer tipo de

empresa, seja ela grande, pequena, média, privada, pública, com fins financeiros ou

sem fins financeiros. O mesmo autor afirma que as principais atividades do

administrador financeiro são a realização de análises e planejamento financeiro, a

tomada de decisões sobre investimentos e a tomada de decisões sobre

financiamentos, além destas três atividades, o administrador financeiro é

responsável pela administração do fluxo de caixa, ou seja, as entradas e as saídas

de dinheiro da empresa, onde o mesmo busca manter a solvência da empresa

honrando os compromissos assumidos e canalizando o dinheiro para as atividades

necessárias para o funcionamento da empresa.

Em perspectiva similar, Hoji (2000, p.23) atesta que o administrador financeiro

possui como suas principais funções básicas a análise, planejamento e controle

financeiro, a tomada de decisões de investimentos e a tomada de decisões de

financiamento.

Na mesma concepção, Zdanowicz (2004, p.29) sustenta que o administrador

financeiro deve manter a empresa em uma permanente situação de liquidez,

maximizar o retorno sobre o capital investido, administrar o capital de giro, avaliar

investimentos feitos sobre itens do ativo permanente, estimar o custo da captação

de recursos de terceiros, analisar as aplicações financeiras melhores para empresa,

informar as condições atuais e futuras econômico-financeiras da empresa,

interpretar as demonstrações financeiras da empresa e manter-se sempre atualizado

em relação as linhas de crédito oferecidas e ao mercado. Zdanowicz (2004) destaca

que o administrador financeiro busca conciliar a manutenção da liquidez e do capital

de giro da empresa através da elaboração do fluxo de caixa, podendo, com isso,

maximizar os lucros e honrar as obrigações assumidas nas datas dos seus

respectivos vencimentos.

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Na mesma linha, Ross, Westerfield e Jaffe (1996, p.28) afirmam que a

principal atividade de um administrador financeiro é a criação de valor para a

empresa e seus proprietários, sendo que esta criação estaria baseada nas

atividades de orçamento de capital, financiamento e liquidez da empresa. Ross,

Westerfield e Jaffe (1996, p.28) ainda atestam que este valor seria criado através da

procura por ativos que gerem mais dinheiro do que o seu valor de custo, da venda

de obrigações, ações e outros instrumentos financeiros que gerem mais valor do que

os seus custos, e da geração de um volume de fluxo de caixa maior do que o

volume de recursos utilizados.

2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Segundo Gitman (2002, p.588), o planejamento financeiro busca fornecer

para a empresa roteiros para dirigir, coordenar e controlar as suas ações na busca

de seus objetivos. Conforme Gitman, o planejamento financeiro divide-se em duas

partes principais: o planejamento financeiro a longo prazo, que busca elaborar

planos para atingir uma determinada posição financeira num futuro próximo superior

a um ano, e o planejamento financeiro a curto prazo, que elabora planos para atingir

metas no curto prazo, que venham a sustentar as metas do planejamento a longo

prazo, sendo o planejamento de caixa e o planejamento de lucros, os dois aspectos

chaves na elaboração de um planejamento financeiro.

A este propósito Hoji (2000, p.359-361) afirma que o planejamento consiste

em estabelecer com uma determinada antecedência as ações para serem

executadas em determinados cenários e em determinadas condições estimando os

recursos necessários e atribuindo as responsabilidades necessárias para se atingir

os objetivos previamente fixados, que somente se realizaram com um sistema de

planejamento adequadamente estruturado. O mesmo autor afirma que para se

conseguir esse sistema de planejamento adequadamente estruturado deve-se

colocar em prática os princípios do planejamento, a filosofia de planejamento e os

tipos de planejamentos mais adequados para aquela situação.

Hoji (2000) divide os princípios de planejamento em princípios gerais, que são:

princípio da contribuição do objetivo, princípio da precedência, princípio da maior

penetração e abrangência, princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade, e os

princípios específicos que são: planejamento participativo, planejamento

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coordenado, planejamento integrado e planejamento permanente. Há ainda a

divisão das filosofias de planejamento: filosofia da satisfação, filosofia da otimização

e filosofia da adaptação, e a divisão dos tipos de planejamento: planejamento

estratégico, planejamento tático e planejamento operacional.

Em concordância Ross, Westerfield e Jaffe (1996, p.523-527) sustentam que o

planejamento financeiro é uma declaração formal do que deverá ser feito no futuro,

sendo o mesmo uma determinação das diretrizes de mudança da empresa e uma

formalização do método pelo qual as metas financeiras devem ser alcançadas. Para

Ross, Westerfield e Jaffe (1996) o planejamento financeiro leva em consideração

diretrizes que incluem a identificação das metas financeiras da empresa, a análise

das diferenças entre essas metas e a situação financeira corrente da empresa, e um

enunciado das ações necessárias para que a empresa atinja as metas financeiras

estabelecidas. Ross, Westerfield e Jaffe (1996) afirmam ainda que a necessidade de

um planejamento financeiro em uma organização está baseada na condição de se

estabelecer metas para motivar, organizar e gerir marcos de avaliação de

desempenho da organização, criando uma iteração financeira na empresa de

maneira a tomar decisões que venham a agregar valor ao conjunto englobado pela

mesma, e uma preparação para os mais variados cenários que poderão ser

apresentados pelo economia no futuro considerado.

Ross, Westerfield e Jaffe (1996) sustentam ainda que o planejamento financeiro

consiste em um modelo de etapas divididas da seguinte forma: previsão de vendas,

onde se é projetado uma proposta de vendas para o período considerado,

demonstrações financeiras projetadas, onde é realizada a projeção das

demonstrações financeiras com base nas vendas projetadas anteriormente,

necessidade de ativos, onde é verificada a necessidade de ativos para satisfazer o

volume de vendas projetadas, necessidade de financiamentos, onde é verificado a

necessidade de financiamentos para obter os ativos necessários para o volume de

vendas projetado, e por último, fechamento que é a comparação e a adequação dos

resultados obtidos nas três etapas anteriores de forma a obter um conjunto que

satisfaça as necessidades projetadas.

Em perspectiva diferente, Brigham e Houston (1999, p. 531) atestam que o

planejamento financeiro tem início com a projeção das vendas para os próximos

cinco anos, sendo seguida pela determinação dos ativos necessários para

cumprimento destas metas de vendas, em seguida, determina-se os financiamentos

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capazes de suprir as necessidades de ativos projetadas. Com base nestes dados

são feitas as projeções dos resultados e do balanço patrimonial, que servirão de

base para as decisões de metas do planejamento financeiro da empresa.

2.3 FLUXO DE CAIXA

Conforme afirmado por Assef (1999, p.1), o fluxo de caixa de uma empresa

mede as suas necessidades futuras de recursos, a sua capacidade pontual de

pagamento dos compromissos assumidos e a sua disponibilidade para

investimentos atuais e futuros. Assef atesta que o correto dimensionamento do fluxo

de caixa de uma empresa é uma das suas mais árduas tarefas, sendo que o

mesmo, composto basicamente de contas a pagar e contas a receber, deve possuir

a capacidade necessária de flexibilidade para poder adaptar-se de maneira a

conseguir ajudar a empresa a se destacar nos inúmeros cenários econômicos

financeiros encontrados pela mesma durante a sua vida econômica.

Em perspectiva similar, Zdanowicz (2004, p.23) atesta que fluxo de caixa é

um instrumento que relaciona o conjunto futuro de ingressos e desembolsos de

recursos financeiros de uma empresa em um determinado período de tempo, sendo

o fluxo de caixa um conceituado instrumento utilizado pelo administrador financeiro

para apurar o somatório de entradas e saídas de recursos financeiros de uma

empresa em determinado período de tempo, verificando assim se há um excedente

ou uma escassez de recursos financeiros, podendo assim tomar as devidas

providências com a antecedência necessária para se evitar uma crise financeira na

empresa.

Zdanowicz (2004) ressalta ainda que o fluxo de caixa pode ser elaborado em função

do tempo de sua projeção com o intuito de adaptar-se às necessidades da

organização, sendo os mais comuns o fluxo de caixa de curto prazo, que busca

monitorar o capital de giro da empresa, e o fluxo de caixa de longo prazo, utilizado

para monitorar os recursos para investimentos em ativos permanentes.

Em concordância, Assaf Neto e Silva (1997, p.36) atestam que o fluxo de

caixa se destaca como um instrumento que possibilita o planejamento e o controle

dos recursos financeiros de uma empresa, sendo em todo o processo de tomada de

decisões financeiras, uma ferramenta gerencial indispensável. Assaf Neto e Silva

(1997) afirmam que o fluxo de caixa é um instrumento que relaciona os ingressos e

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saídas de recursos monetários de uma empresa em um determinado intervalo de

tempo, sendo que é partir da sua elaboração que torna-se possível prognosticar

eventuais excedentes ou escassez de caixa na empresa, podendo assim tomar as

determinadas medidas cabíveis com a antecedência necessária.

Na mesma concepção, Ross, Westerfield e Jaffe (1996, p. 46-48) sustentam

que o fluxo de caixa é gerado pela empresa e pago aos credores e acionistas da

mesma, sendo que este fluxo de caixa pode ser assim classificado: fluxo de caixa

das operações, fluxo de caixa de variações do ativo imobilizado, e fluxo de caixa de

variações do capital de giro.

Em perspectiva similar Brigham e Houston (1999, p. 35-42) afirmam que o

fluxo de caixa é o caixa liquido efetivo que uma empresa gera durante algum período

especificado, sendo que o seu ciclo mostra como este caixa entra e sai da empresa.

Brigham e Houston (1999) sustentam ainda que a demonstração contábil

denominada demonstração do fluxo de caixa relata o impacto das atividades

operacionais de investimento e finanças de uma empresa sobre o fluxo de caixa ao

longo de um período contábil.

Corroborando esta afirmação, Gitman (2002, p.294) sustenta que o fluxo de

caixa de qualquer projeto de padrão convencional pode incluir até três componentes

básicos: investimento inicial, que é a saída de caixa no instante zero, entradas de

caixa operacionais, que são as entradas incrementais após os impostos, e o fluxo de

caixa residual, que é o fluxo de caixa não operacional após o imposto de renda que

ocorrerá no final do projeto.

Na mesma linha Silva (2005, p.11) afirma que o fluxo de caixa é considerado

como o principal instrumento de uma gestão financeira para planejar, controlar,

analisar as receitas, investimentos e despesas de uma organização em um

determinado período projetado. O mesmo autor ressalta que o fluxo de caixa é uma

representação gráfica cronológica das entradas e saídas de recursos monetários,

permitindo a organização realizar a execução projetada de programações

financeiras e operacionais em um período de tempo considerado.

2.3.1 Objetivos do Fluxo de Caixa

Conforme afirmam Assaf Neto e Silva (1997, p.35-37), os objetivos do fluxo

de caixa são: possibilitar o planejamento e o controle dos recursos financeiros da

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empresa, prognosticar eventuais excedentes ou escassez de caixa fornecendo

informações para tomar as medidas saneadoras necessárias, preservar uma liquidez

imediata essencial a manutenção das atividades da empresa, atribuir maior rapidez

às entradas de caixa em relação aos desembolsos, ou seja, otimizar a

compatibilização entre posição financeira da empresa e suas obrigações correntes.

Na mesma perspectiva, Zdanowicz (2004, p.41-42) afirma que o fluxo de

caixa possui como objetivos facilitar a análise e o cálculo na seleção das linhas de

crédito; programar de forma criterioso os ingressos e desembolsos de caixa,

permitindo a identificação do período de maior carência e o montante a ele

relacionado, criando com isso tempo necessário para a tomada das medidas

cabíveis; permitir o planejamento do desembolso de acordo com as disponibilidades

de caixa, evitando assim o acúmulo vultoso de dinheiro em épocas de pouco

encaixe; determinação dos recursos próprios em determinado período, podendo

assim aplicá-los de forma mais rentável possível; proporcionar o intercâmbio das

outras áreas da empresa com o departamento financeiro; desenvolver o eficiente e

racional uso do disponível; financiar as atividades sazonais ou cíclicas da empresa;

providenciar recursos para os projetos de expansão, implantação, modernização ou

relocalização industrial ou comercial da empresa; fixar o nível de caixa para o capital

de giro; auxiliar na análise de contas a receber e estoques, para poder se julgar a

conveniência em aplicar ou não nesses itens; verificar a possibilidade de aplicar

possíveis excedentes de caixa; estudar um saudável programa de financiamentos e

empréstimos; projetar um efetivo plano de pagamento de débitos; analisar a

viabilidade de comprometimento de recursos da empresa; integrar e participar de

todas as atividades da empresa, facilitando os controles financeiros.

O principal objetivo do fluxo de caixa, para Zdanowicz (2004), é a otimização da

aplicação dos recursos próprios e de terceiros nas atividades da empresa de forma a

maximizar os retornos sobre estas aplicações e diminuir os riscos relacionados às

mesmas.

Em concordância, Brigham e Houston (1999, p.41) sustentam que o fluxo de

caixa tem como objetivo ajudar os administradores financeiros a gerir o caixa de

maneira a comprar os ativos necessários para o seu crescimento e gerar fundos

adicionais para quitar dividas ou investir em novos produtos.

Corroborando esta afirmação Silva (2005, p.19) atesta que os principais

objetivos do fluxo de caixa são a visão geral diária das atividades do grupo de

19

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contas do ativo circulante, o planejamento das necessidades de captação de

recursos buscando preservar a liquidez da organização, o fornecimento dos recursos

para a realização das transações apresentadas no planejamento financeiro, o

pagamento das obrigações no prazo de vencimento, a aplicação eficaz dos recursos

disponíveis não comprometendo a liquidez da organização, o planejamento e o

controle dos recursos financeiros, a verificação das fontes de crédito onerosas de

maneira a minimizar os custos de uso, visar o equilíbrio financeiro dos fluxos de

entrada e saída de recursos, a prognosticação de desembolsos de caixa elevados

em ocasiões de encaixe baixo e a coordenação dos diversos recursos a serem

utilizados em atividades de investimento.

2.3.2 Métodos de Fluxo de Caixa

Conforme perspectiva apresentada por Hoji (2000, p.152-153), o fluxo de

caixa pode ser realizado através do método direto, no qual as atividades econômicas

de mesma natureza são agrupadas em três grupos: operações, investimentos e

financeiras, sendo que as operações correspondem às contas de Demonstração do

Resultado do Exercício, as atividades de investimento correspondem as decisões de

aplicações em caráter permanente e os recursos necessários para a

operacionalização das mesmas, e as atividades financeiras são as aplicações

financeiras realizadas e as atividades executadas para o financiamento das

operações.

Na mesma linha, Campus Filho (1999, p.32-33) afirma a existência de dois

métodos para a elaboração de um fluxo de caixa: método direto e o método indireto.

Para Campus Filho (1999) o método direto consiste na divisão do fluxo de caixa em

três grandes contas: operacional, investimentos e financiamentos, sendo o

somatório destas contas o resultado final do fluxo de caixa para o período apurado.

A conta operacional envolve a produção, a entrega e a prestação dos bens e

serviços da organização. Esta conta é composta basicamente de recebimentos

operacionais e pagamentos operacionais. A conta investimentos corresponde aos

bens físicos, participações em outras empresas, aplicações financeiras de longo

prazo que a organização possui. A conta financiamentos corresponde aos recursos

utilizados para financiar a empresa como empréstimos bancários, financiamentos,

leasings e recursos próprios, conforme demonstrado no quadro 01.

20

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Demonstração dos Fluxos de Caixa - Método Direto

Atividades Operacionais Recebimento clientes 560.000Pagamento fornecedores (600.000)Pagamento aluguel (40.000)Pagamento salários e encargos (50.000)Fluxo de caixa líquido operacional - FCOL (130.000) Atividades de Investimento Móveis e utensílios (100.000)Máquinas e ferramentas (200.000)Caixa líquido das atividades de investimento (300.000) Atividades de Financiamento Recursos próprios 500.000 Caixa líquido do período 70.000Saldo inicial das disponibilidades 0Saldo final das disponibilidades 70.000Quadro 01: Demonstração dos Fluxos de Caixa. Fonte: Campus Filho (1999, p.32)

Campus Filho (1999) afirma que o método indireto é elaborado a partir do balanço

patrimonial de uma empresa e da norma contábil presente utilizada para este

modelo de fluxo de caixa. Campus Filho (1999) destaca que a partir destas duas

informações se dá início a associação das contas do Balanço Patrimonial com as

contas da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a partir desta classificação se

realizam cálculos que obterão o fluxo de caixa operacional líquido, o total dos

investimentos pagos, o total dos financiamentos, o caixa líquido no período, o saldo

inicial de disponibilidades e o saldo final de disponibilidades, conforme demonstrado

no quadro 02.

21

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Demonstração dos Fluxos de Caixa - Método Indireto

Lucro Líquido 154.996 (-)aumento Estoque veículos novos (354.000)(-)aumento Estoque veículos usados (71.000)(-)aumento Estoque peças (26.000)(-)aumento Clientes peças/assit.tec. (18.000)(+)aumento Salários enc. Pagar 50.800 (+)aumento contas pagar - operacional 25.200 (+)aumento Tributos a pagar 24.800 (+)aumento Fornec. Veículos novos 680.000 (+)aumento Fornec. Peças 51.000 Fluxo de caixa operacional líquido - FCOL 517.796 Atividades de Investimento Terrenos (70.000)Obras Civis (126.000)Móvies e utensílios (43.000)Máquinas e equipamentos (70.000)Veículo de uso (36.000)Computadores/software (21.000)(-)Investimentos a pagar (13.000)Total dos investimento pagos (379.000) Atividades de Financiamento Recursos próprios (capital) 280.000 Financiamentos leasing 44.376 Total financiamentos 324.376 Caixa líquido do período 463.172 Saldo incial das disponibilidades 0 Saldo final das disponibilidades 463.172 Quadro 02: Demonstração Fluxo de Caixa Indireto. Fonte:Campus Filho (1999, p.45)

Em outra perspectiva, Zdanowicz (2004, p.145-149) apresenta um único

método de fluxo de caixa, onde divide-se os ingressos e desembolsos financeiros

da organização nas seguintes contas: ingressos, onde se projetam todos os

ingressos de dinheiro da empresa; desembolsos, composta de todas as operações

financeiras decorrentes de pagamentos gerados pelos processos de produção,

comercialização e distribuição dos produtos da empresa; diferença do período,

composta pela diferença entre os valores projetados em diversos períodos; saldo

inicial de caixa, composta do saldo final de caixa do período anterior; disponibilidade

acumulada, composta do resultado da diferença do período apurada mais o saldo

inicial de caixa; nível desejado de caixa, elaborada pela determinação do capital de

giro necessário pela empresa para o período seguinte; empréstimos ou aplicações

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em recursos financeiros, elaborada pelos empréstimos ou aplicações financeiras

realizadas; amortizações ou resgate das aplicações, recebimento integral de

aplicações financeiras realizadas e devoluções do principal do capital emprestado;

saldo final de caixa, nível desejado de caixa projetado para o período seguinte,

conforme apresentado no quadro 03.

Modelo de Fluxo de Caixa

Períodos Jan ... Total Itens P R D P R D P R D

1. INGRESSOS Vendas a vista Cobranças em carteira Desconto de duplicatas Vendas ativo permanente Aluguéis recebidos Aumentos do capital social Receita financeiras Outros SOMA 2. DESEMBOLSOS Compras à vista Fornecedores Salários Compras ativo permanente Energia elétrica Telefone Manutenção máquinas Despesas Administrativas Despesas com vendas Despesas Tributárias Despesas Financeiras Outros SOMA 3. DIFERENÇA PERIODO (1-2) 4.SALDO INICIAL DE CAIXA 5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (-+3 +4) 6. NÍVEL DESEJADO DE CAIXA PROJETADO 7. EMPRÉSTIMOS A CAPTAR 8. APLICAÇÕES NO MERCADO FINANCEIRO 9. AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS 10. RESGATE DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS 11.SALDO FINAL DE CAIXA PROJETADO P= projetado; R=realizado; D=defasagem. Quadro 03: Demonstração Fluxo de Caixa. Fonte: Zdanowicz(2004, p.145)

Em concordância, Assef (1999, p.3) apresenta um método de fluxo de caixa

em tabela, onde as contas seriam classificadas em colunas assim nomeadas: dia da

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semana, data, saldo inicial, receita real, receita estimada, fornecedores, pessoal,

impostos, outras despesas, despesas bancárias, saldo do dia e saldo final.

Apresentando uma perspectiva similar às anteriores, Yoshitake e Hoji (1997,

p.149-153) atestam que o fluxo de caixa poderá ser dividido em dois métodos:

método direto e método indireto. Yoshitake e Hoji (1997) afirmam que o métod direto

demonstra efetivamente as movimentações de recursos financeiros ocorridos no

período através da classificação das contas em dois grandes grupos: ingressos de

recursos, que relata as entradas de recursos e as saídas relacionadas as atividades

operacionais da empresa, e as destinações de recursos, que demonstra aonde

foram aplicados os recursos da empresa, a nível permanente e financeiro. Yoshitake

e Hoji (1997) atestam que o método indireto de fluxo de caixa é conhecida como

demonstração de fluxo líquido de caixa, classificando as contas do balanço

patrimonial nas contas descritas nesta demonstração de fluxo líquido de caixa,

divididas em origens, aplicações, saldo inicial e saldo final das disponibilidades.

Em linha diferente, Brigham e Houston (1999, p.41) apresentam um método

de fluxo de caixa composto pelas contas: atividades operacionais, atividades de

investimento de longo prazo, e atividades de financiamento, conforme anteriormente

descrito por Campus Filho (1999). Neste modelo o saldo final do fluxo de caixa é

resultante da soma destas três contas sendo a conta atividades operacionais

composta por valores positivos, a conta atividades de investimentos a longo prazo

composta por valores negativos e a conta atividades de financiamento composta

pelo somatório de subcontas positivas e negativas.

Na mesma concepção, Marion (1997, p.380-405) sustenta que o fluxo de

caixa indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa, a aplicação de todo o

dinheiro que sai do caixa, e o resultado do fluxo financeiro em um determinado

período. Marion (1997) apresenta um método de fluxo de caixa dividido em quatro

contas principais: saldo inicial, que demonstra o valor do caixa ao se iniciar o

período, entradas, que engloba todas as entradas de caixa no período em questão,

saídas, que engloba todas as saídas de caixa no período em questão, e por último,

saldo final, que é o somatório destas três contas acima detalhadas, demonstrando a

real situação do caixa no final do período analisado. Marion (1997) defenda ainda

que para a elaboração e coleta de dados do seu modelo de fluxo de caixa, deve-se

utilizar as seguintes demonstrações contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração

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do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração dos Lucros ou Prejuízos

Acumulados, Demonstração das Origens a Aplicações de Recursos.

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3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

O presente projeto de estágio foi realizado na empresa Ecolux Engenharia e

Iluminação Ltda, localizada na Rua Irmãos Vieira, número 661, Sala 01, bairro

Campinas, cidade de São José, Santa Catarina, sendo o período de realização

abrangido entre março de 2006 a novembro de 2006.

Na a coleta de dados foi utilizada a pesquisa bibliográfica que, conforme

atesta Gil (2002, p.44), é desenvolvida com base em matérias já elaborados,

principalmente livros e artigos científicos; e segundo afirma Vergara (2003, p.48), é o

desenvolvimento de um estudo sistematizado com base em material já publicado em

livros, revistas, jornais e internet.

Também foi utilizada para a coleta de dados a pesquisa documental que, conforme

atesta Vergara (2003. p.48), é a realização de uma pesquisa em documentos

conservados no interior de órgãos públicos ou privados, documentos estes como:

registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes,

comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, informações em disquetes,

diários, cartas pessoais e outros; e conforme Gil (2002, p.45), a pesquisa

documental utiliza-se de materiais que ainda não receberam um tratamento

analítico, ou podem ser reelaborados conforme os objetivos da pesquisa. No caso a

pesquisa documental foi feita com base em documentos internos da empresa Ecolux

Engenharia e Iluminação Ltda a serem fornecidos pelo sócio gerente da mesma.

Para análise do fluxo de caixa foi escolhido o método direto de fluxo de caixa

baseado nos métodos apresentados por Campus Filho e Zdanowicz. Esta escolha

foi baseado no fato da empresa estudada já apresentar um modelo simples de

controle de caixa, contabilizando despesas e receitas futuras e realizadas.

Para a análise dos dados coletados foi utilizado o Microsoft Exccel. Através

destes se realizou a analise dos dados, operacionalizando-os em planilhas e

gráficos para a sua melhor visualização.

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4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Neste tópico se buscará apresentar os resultados dos dados coletados

durante os meses de janeiro a setembro de 2006, suas interdependências e

importância para o futuro da organização. Para tanto se dará inicio através da

analise das Receitas da organização no período considerado.

4.1 Histórico da Organização

A empresa Ecolux Engenharia e Iluminação Ltda, uma empresa tipo

sociedade por cotas de responsabilidade, iniciou suas atividades em abril de 1996

oferecendo serviços na área de engenharia elétrica para pessoas físicas e jurídicas

da região da grande Florianópolis.

Atualmente, passados dez anos, a empresa especializou-se em serviços de

projetos, execução, manutenção e consultoria de instalações elétricas de média

tensão possuindo aproximadamente 140 clientes e 4 funcionários.

Quadro 04 – Organograma Ecolux. Fonte: Dados interno (2006).

Diretor

Sócio-Gerente

Técnico Operacional

Secretária Gerente Operacional

Colaboradores Operacionais

Técnico Operacional

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4.2 Modelo de Fluxo de Caixa Proposto

Baseado no método direto proposto por Zdanowicz, no método direto

proposto por Campus Filho e no dados provenientes do controle de despesas e

receitas apresentado pela empresa, foi proposto para empresa o modelo de fluxo de

caixa abaixo apresentado.

Contas jan-06 ... set-06 Geral RECEITAS

A B C D E F G H

OUTROS DESPESAS FIXAS Instalações Físicas Telecomunicações

Transportes Alimentação Publicidade

Impostos, Taxas e Cont.

Folha de Pagamento DESPESAS VARIÁVEIS

Fornecedores Insumos

Mão de Obra Outras

Manutenção Saldo Fluxo de Caixa Saldo Mês Anterior

Saldo Atual Quadro 05: Modelo de Fluxo de Caixa Proposto. Fonte: Dados primários.

4.3 Receitas

A composição das receitas da companhia no período de janeiro a setembro

de 2006 conforme descrito no gráfico 01 foi: 79% cliente A, 8% outros clientes

(composto por clientes com menos de 1% de participação na receita total), 5%

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cliente B, 2% cliente E, 2% cliente G, 1% cliente C, 1% cliente D, 1% cliente F, 1%

cliente H.

A classificação dos clientes, a partir da utilização de identificadores

alfabéticos, deve-se a preservação do sigilo comercial da empresa.

Composição das Receitas Anuais

2% 1%8%

1%

1%

2%

1%

5%

79%

A

B

C

D

E

F

G

H

Outros

Gráfico 01: Composição das Receitas Anuais Fonte: Dados primários Conforme observa-se no gráfico 01 acima descrito, a empresa Ecolux

Engenharia e Iluminação Ltda depende praticamente de um único cliente que

contribui com 0,79 centavos para cada 1,00 faturado. Recomenda-se neste caso

aumentar as receitas nos demais clientes atendidos pela organização.

O gráfico 02 demonstra a evolução mensal das receitas da empresa no

decorrer do período analisado. Conforme apresentado a organização teve seu ápice

de faturamento no mês de fevereiro quando alcançou a cifra de R$ 74907,80

representando um percentual de aproximadamente 30% do período analisado. O

seu ponto mais baixo no faturamento foi o mês de janeiro quando faturou um total de

R$ 1940,00 representando aproximadamente 0,8% do total da receita do período.

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Evolução Mensal da Receita de 2006

3342,00

74907,80

22007,06

29094,70

8284,45

24017,66

44548,3134841,96

1940,00

0,00

10000,00

20000,00

30000,00

40000,00

50000,00

60000,00

70000,00

80000,00

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setem

bro

Gráfico 02: Evolução Mensal da Receita de 2006. Fonte: Dados primários.

4.4 Despesas Fixas

As despesas fixas foram divididas em sete grandes grupos assim

denominados: Instalações Físicas (Aluguel, Água, Luz, Condomínio, Material de

escritório, Material de Limpeza e Contabilidade), Telecomunicações (Telefone Fixo,

Telefone Móvel e Internet), Transportes (IPVA, Seguro Obrigatório, Seguro Veículo e

Combustível), Alimentação, Folha de Pagamento, Publicidade, e Impostos, Taxas e

Contribuições (INSS, IPTU, PIS, COFINS, ISS, ICMS, Contribuição Social, Alvará de

Funcionamento, CREA/SC, FGTS, IRPJ e Sindicato das Indústrias de Construção

Civil).

Conforme gráfico 03, a despesas fixa com maior incidência foi Impostos,

Taxas e Contribuições com 56% do total. As despesas fixas ainda são compostas

por Transportes com 14%, Folha de Pagamento com 11%, Telecomunicações com

11% e Instalações Físicas com 5%. Não foram realizadas despesas com publicidade

no período.

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Composição das Despesas Fixas

5%11%

14%

3%

0%56%

11%

Instalações Físicas

Telcomunicações

Transportes

Alimentação

Publicidade

Impostos, Taxas eContribuições

Folha de Pagamento

Gráfico 03: Composição das Despesas Fixas Fonte: Dados primários.

Conforme o gráfico 04 abaixo, o mês com maiores despesas fixas foi março

com R$ 12186,19 representando aproximadamente 19% do total das despesas. O

mês com menores despesas fixas foi fevereiro com R$ 3912,98 representando

aproximadamente 6% do total das despesas fixas.

Evolução das Despesas Fixas de 2006

3912,98

12186,19

8004,2

4662,06

9031,3

5563,03

10517,69

5960,58

5548,72

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro

Gráfico 04: Evolução das Despesas Fixas de 2006. Fonte: Dados primários.

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4.5 Despesas Variáveis

As despesas variáveis compõem-se de 5 grandes contas que abrangem as

demais: Fornecedores (abrange a conta Fornecedores), Mão de Obra (Mão de Obra

Terceirizada, Treinamento, Alimentação Terceiros), Insumos (Uniformes,

Ferramentas, Fretes, Locação de equipamentos), Manutenção (Manutenção predial,

manutenção de equipamentos e manutenção de veículos) e Outras Contas (engloba

outros tipos de conta como reserva de contingência).

Segundo gráfico 05, abaixo descrito, as despesas variáveis estão assim

compostas: Fornecedores com 76%, Mão de Obra com 15%, Insumos com 5%,

outros com 4% e manutenção com menos de 1%.

Gráfico 05: Composição das Despesas Variáveis. Fonte: Dados primários.

Conforme descreve o gráfico 06, evolução das despesas variáveis, o mês que

apresentou maiores despesas variáveis foi junho com R$ 47662,04 e

aproximadamente com 23% do total. O mês que apresentou menores despesas

variáveis foi julho com R$ 2282,89.

Composição das Despesas Variáveis

6%

%

5%

%

%

Fornecedores nsumos

Mão de Obra utras

Manutenção

32

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Evolução Mensal das Despesas Variáveis 2006

47662,04

15562,27

15486,44 2822,897101,77

38429,3446147,19

16593,34

15517,25

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setem

bro

Gráfico 06: Evolução Mensal das Despesas Variáveis de 2006. Fonte: Dados primários. 4.6 Fluxo de Caixa

Conforme demonstrado no gráfico 06 abaixo a empresa apresentou fluxo de

caixa operacional positivo nos meses de fevereiro, abril, maio e agosto; sendo que

nos meses de janeiro, março, junho, julho e setembro o fluxo de caixa operacional

foi negativo.

Evolução Mensal do Fluxo de Caixa 2006

-80000

-60000

-40000

-20000

0

20000

40000

60000

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setem

bro

Gráfico 07: Evolução do Fluxo de Caixa 2006. Fonte: Dados primários.

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5. Conclusões

O presente trabalho de conclusão de curso tinha como objetivo principal a

elaboração de um modelo de fluxo de caixa para a empresa Ecolux Engenharia e

Iluminação Ltda. Para atingir este objetivo foram traçados três objetivos específicos

que seriam analisar os modelos teóricos sobre fluxo de caixa abordados na

literatura, investigar itens relevantes para elaboração do fluxo de caixa, entradas e

saídas da empresa Ecolux Engenharia e Iluminação Ltda, e propor um modelo de

fluxo de caixa para a empresa Ecolux Engenharia e Iluminação Ltda. Uma vez

alcançados estes objetivos específicos, se chegaria ao objetivo central.

O objetivo de analise de modelos de fluxo de caixa existentes foi concluído e

atingido, uma vez que como demonstra o capitulo relacionado a fundamentação

teórica, há uma ampla gama de modelos de fluxo de caixa, sendo que optou-se por

buscar um modelo misto que melhor se modela as necessidades da empresa. O

objetivo de investigar os itens relevantes para elaboração do fluxo de caixa da

empresa, como entradas e saídas, foi concluído com certa facilidade pelo fato da

empresa já apresentar uma planilha simples para controle de custos, que acabou

servindo de base para construção do fluxo de caixa através do fornecimento da

estrutura das contas e dos dados já coletados.

O objetivo especifico de proposta de um modelo de fluxo de caixa para a

empresa foi concluído com facilidade, devido ao fato de haver-se concluído os dois

objetivos anteriores que serviram de base para a construção do modelo de fluxo de

caixa.

Com base nisso atingiu-se o objetivo geral, a elaboração de um modelo de

fluxo de caixa para a empresa Ecolux Engenharia e Iluminação Ltda, evidenciando a

necessidade de um maior controle de caixa da empresa, buscando traçar um política

financeira para a mesma, com objetivo de maximizar o retorno financeiro da

empresa e diminuir os riscos financeiros relacionados a atividade da mesma.

Sugere-se a empresa o aumento da receita relacionada aos clientes

pequenos, através da conquista de novos clientes e do aumento de serviços para os

clientes já existentes.

Sugere-se ainda a criação de um serviço de tratamento diferenciado para

grandes clientes, buscando uma relação de parceria fiel com os mesmos. Isto se

deve ao fato da empresa apresentar um único cliente 79% das receitas da mesma.

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REFERÊNCIAS

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