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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ FELIPE FLORES MARTINS ELABORAÇÃO DE UM PROJETO PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA A EMPRESA EURO CRÉDITO LTDA Biguaçu 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

FELIPE FLORES MARTINS

ELABORAÇÃO DE UM PROJETO PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA

A EMPRESA EURO CRÉDITO LTDA

Biguaçu

2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

FELIPE FLORES MARTINS

Trabalho de conclusão de estágio apresentado ao curso de administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Univali, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Administração. Professor orientador: Crisanto Soares Ribeiro

Biguaçu

2008

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FELIPE FLORES MARTINS

ELABORAÇÃO DE UM PROJETO PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA

A EMPRESA EURO CRÉDITO LTDA

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do

título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração:

Finanças

Biguaçu, 25 de junho de 2008.

Prof. Esp. Crisanto Soares Ribeiro

UNIVALI - CE de Biguaçu

Orientador

Prof. Claudia Catarina Pereira M.Sc.

UNIVALI - CE de Biguaçu

Membro

Prof. Esp. Ademir Tenfen

UNIVALI - CE de Biguaçu

Membro

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Aos meus,

Pedro, Neli, Anne e a minha esposa Marcela.

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AGRADECIMENTOS

Ao orientador Prof. Crisanto Soares Ribeiro, pelo acompanhamento competente.

Aos colegas de turma, em especial Luciano Duarte Albino, pela amizade e

companheirismo demonstrados durante todo o Curso.

À Solange Tomatis d`Ávila, orientadora de campo e Maria de Lourdes

Garibotti (tia lurdinha), grande colega de trabalho que muito me ajudou na coleta dos dados.

Aos professores que se dedicaram em compartilhar de seus

conhecimentos comigo.

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Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito. (provérbios 25:28) Salomão

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RESUMO

MARTINS, Felipe Flores. Elaboração de um Projeto para Captação de Recursos para a empresa Euro Crédito LTDA. 2008. 75 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2008. O presente trabalho teve como objetivo desenvolver um projeto de captação de recursos para a empresa Euro Crédito LTDA. Para conclusão deste trabalho observou-se a estrutura já oferecida pelo BANDES – Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo S/A, desenvolvendo assim uma adaptação que melhor se aplique a empresa em estudo. Buscou-se apurar as informações econômico-financeiras e também analisar a viabilidade econômico-financeira da empresa em relação ao projeto realizado. De forma a complementar o trabalho e a conhecer melhor a empresa em estudo aplicou-se a análise SWOT, obtendo bons resultados após a aplicação desta ferramenta. Desta forma, concluiu-se após a aplicação dos indicadores econômico-financeiros que a empresa possui condições financeiras de obter o recurso desejado.

Palavras–chave: Captação de Recursos; Investimentos; Projeto.

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ABSTRACT

MARTINS, Felipe Flores. Elaboração de um Projeto para Captação de Recursos para a empresa Euro Crédito LTDA. 2008. 75 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2008. This study aimed to develop project-raising resources for the company Euro Crédito LTDA. To complete this work there was a structure already offered by BANDES – Banco de desenvolvimento do Espírito Santo S/A., thus developing an adaptation that best applies to a company study. The aim was to establish the economic-financial information and also examine the economic and financial viability of the company in relation to the project done. In order to complement the work and know the company under study applied to the SWOT analysis, obtaining good results after application of this tool. Thus, it was concluded after the implementation of economic-financial indicators that the company has financial conditions to obtain the desired feature.

Keywords: Capture of resources; Investment; Project.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Demonstração do Resultado do Exercício...........................................22

Tabela 2 - Balanço Patrimonial............................................................................23

Tabela 3 – Demonstração de Fluxo de Caixa.......................................................24

Tabela 4 – Análise do Ambiente Externo (oportunidades e ameaças,

priorização)............................................................................................................49

Tabela 5 – Análise do Ambiente Interno – Variáveis Criticas (pontos fortes e

fracos)....................................................................................................................50

Tabela 6 – Planilha de Execução da Análise Swot...............................................51

Tabela 7 – Resultado da Execução da Planilha Swot...........................................52

Tabela 8 – Indicadores econômico-financeiros.....................................................57

Gráfico 1 – Faixa de valor do crédito concedido nos últimos 6 meses.................54

Gráfico 2 – Volume de crédito por faixa de valor dos últimos 6 meses................55

Gráfico 3 – Porcentagem de atendimento/vendas dos maiores clientes dos

últimos 6 meses....................................................................................................56

Gráfico 4 – Capacidade Produtiva atual e futura..................................................60

Figura 1 – Organograma Funcional......................................................................46

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Valor Presente Líquido........................................................................26

Quadro 2 - Taxa interna de retorno ......................................................................27

Quadro 3 - Ponto de equilíbrio..............................................................................28

Quadro 4 – Composição do endividamento..........................................................29

Quadro 5 – Índice de liquidez geral.......................................................................30

Quadro 6 – Índice de liquidez corrente.................................................................30

Quadro 7 – Índice de liquidez seca.......................................................................31

Quadro 8 – Índice de liquidez imediata.................................................................31

Quadro 9 - Índice de lucratividade (margem bruta)...............................................32

Quadro 10 - Índice de lucratividade (margem operacional)..................................32

Quadro 13 - Índice de lucratividade (margem liquida)..........................................33

Quadro 12 - Índice de Atividade (giro do estoque)................................................33

Quadro 13 - Índice de Atividade (prazo médio de pagamento).............................33

Quadro 14 - Índice de Atividade (prazo médio de cobrança)................................34

Quadro 15 – Giro do ativo total.............................................................................40

Quadro 16 - Estrutura do projeto 1........................................................................40

Quadro 17 - Estrutura do projeto 2........................................................................47

Quadro 18– Localização dos Imóveis...................................................................48

Quadro 19– Média Mensal do Custo de Utilização dos Imóveis...........................53

Quadro 20– Posição da Carteira de Crédito (em milhões R$)..............................59

Quadro 21 – Usos e Fontes..................................................................................60

Quadro 22 – Detalhamento do plano de negócios................................................61

Quadro 23 – Fluxo de caixa consolidado..............................................................61

Quadro 24 – Fluxo de caixa projetado – projeto...................................................61

Quadro 25 – Critério de avaliação econômico-financeira.....................................62

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SUMÁRIO

RESUMO..............................................................................................................6 ABSTRACT..........................................................................................................7 LISTA DE TABELAS............................................................................................8 LISTA DE QUADROS..........................................................................................9 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................12

1.1 OBJETIVOS...................................................................................................12 1.1.1 Objetivo geral............................................................................................12 1.1.2 Objetivos específicos...............................................................................12 JUSTIFICATIVA...................................................................................................12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................14 2.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA...................................................................15 2.1.1 Planejamento financeiro...........................................................................17 2.1.2 Pontos fortes e fracos e oportunidades e ameaças (análise swot)......19 2.1.3 Importâncias das decisões financeiras...................................................20 2.2.1 Instrumentos de administração financeira..............................................21 2.2.2 Instrumentos de análise financeira..........................................................25 2.3 MERCADO FINANCEIRO...............................................................................34 2.3.1 Operações do mercado financeiro...........................................................37 2.4 Projeto............................................................................................................39 2.4.1 Estrutura de projetos....................................................................................40 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO...............................................................43 4 PROJETO..........................................................................................................44 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA...............................................................44 4.1.1 Identificação dos Sócios...........................................................................44 4.1.2 Administração e Capital Social................................................................45 4.1.2 Organograma.............................................................................................46 4.1.4 Parceiros.....................................................................................................46 4.1.5 Instalações..................................................................................................47 4.1.6 O mercado de crédito................................................................................47 4.7.1 Oportunidades e Ameaças, Pontos Fortes e Fracos (análise swot).....49 4.1.8 Metodologia de Crédito.............................................................................53 4.7.3 Competitividade.........................................................................................53 4.8 Impacto Ambiental........................................................................................56 4.1.9 Situação Econômico-Financeira atual.....................................................56 4.1.10 Projeto – Finalidade.................................................................................57 4.1.11 Quadro de Usos e Fontes.......................................................................58 4.1.12 Projeções Financeiras............................................................................59 4.1.15 Análise .....................................................................................................62 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................64

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REFERÊNCIAS ...................................................................................................65 APÊNDICES.........................................................................................................66

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1 INTRODUÇÃO

Devido a crescente expansão do mercado de crédito consignado,

empresas do setor buscam maneiras de se especializarem, objetivando assim,

uma ampliação da carteira de clientes, aumento na gama de serviços ou até

mesmo buscar um diferencial em novas ferramentas de prestação de serviços.

Usa-se a captação de recursos de terceiros como forma de começar uma

expansão no setor atuante da empresa, ou até mesmo, em setores indiretos que

convergem ao seu segmento, tornando assim a empresa uma forte concorrente

em seu mercado e em mercados promissores ao seu negócio.

Entende-se que para inserção de recursos de terceiros na empresa, seja

ela para um investimento em máquinas e equipamentos ou para expansão da

mesma, faz-se necessário a elaboração de um projeto para captação de

recursos. Um projeto de captação de recursos embora possa parecer simples,

requer a construção de projetos, análises e avaliações, disponibilidade para

pesquisas, entre outros aspectos de desenvolvimento. Nesse trabalho, o projeto

de captação de recursos será visto como fator estratégico para ampliação da

estrutura física da empresa, ou seja, a abertura de mais uma filial.

Um dos pontos para se facilitar o crédito para a organização será o de

contar com mecanismos de controle e de planejamento financeiro eficientes,

como forma de proporcionar a instituição financeira que cederá o crédito um

melhor entendimento do histórico de crédito da organização, facilitando desta

forma, uma rápida resposta ao recurso requerido.

Portanto, torna-se necessário o entendimento e visão de forma sistêmica

da empresa, como forma de obter os recursos necessários à elaboração do

projeto.

Vale salientar que as análises e resultados aqui encontrados cabem

somente a empresa em estudo e que, por sua vez, poderá conter dados que não

sejam aplicados a outros projetos de captação de recursos.

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Elaborar um projeto de captação de recursos junto a uma instituição

financeira para empresa Euro Crédito LTDA no período de agosto de 2007 a

junho de 2008.

1.1.2 Objetivos específicos

Buscar-se-á de forma específica:

• Apurar as informações econômico-financeiras da empresa em estudo.

• Apurar a capacidade de geração de caixa da empresa.

• Analisar a viabilidade econômico-financeira da empresa com base no

projeto realizado.

• Organizar os dados obtidos de forma a estruturar um modelo de

projeto.

• Caracterizar as principais operações financeiras de captação de

recursos.

1.2 JUSTIFICATIVA

Para uma organização o projeto de captação de recursos é um fator chave

de estudo e análise da situação da empresa, pois tem como um dos objetivos

levantar dados financeiros e gerenciais que geram informações concretas sobre a

situação financeira da empresa, com o foco central destinado ao real propósito da

busca por recursos. Este estudo reflete na criação de um planejamento

estratégico e colabora de forma a estruturar a base financeira da empresa a

longo prazo.

Para este projeto, faz-se necessário um estudo e detalhamento de todas

as informações econômico-financeiro buscando desta forma auxiliar o processo

de análise como fator principal na elaboração do mesmo. Empresas estruturadas

e com bons resultados conseguem captar recursos nas melhores linhas de

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créditos, podendo proporcionar aos acionista-sócios uma melhor posição de sua

empresa frente aos concorrentes ou stakeholders. Este trabalho visa elaborar um

projeto de captação de recursos propondo a criação de uma nova base

operacional, objetivando a ampliação da carteira de clientes e aumento das

receitas.

Desta forma o presente projeto justifica-se pela necessidade de aprimorar

a prestação de serviços e processos existentes, como também, estruturar melhor

o espaço físico da empresa proporcionando assim, um melhor conforto e

agilidade junto aos seus clientes.

No que concerne à viabilidade do estudo, pode-se afirmar que

proporcionará ao acadêmico um aumento da informação e desenvolvimento

profissional. Desta mesma forma, apresentará aos clientes ou sociedade em

geral que desejar obter um maior conhecimento desta empresa, uma maior

clareza de seus planos e objetivos.

Para o desenvolvimento deste trabalho o acadêmico teve acesso aos

dados com facilidade, pois possui conhecimento na área em estudo e dispõe de

tempo suficiente para o desenvolvimento do mesmo, não incorrendo em

despesas adicionais.

Sendo assim, o estudo visa estruturação e otimização do projeto com

relação ao recurso a ser tomado, constituindo uma grande ferramenta de auxilio

aos planos e objetivos idealizados pelos sócios e administradores da empresa.

Pelo custo benefício este estudo tem por objetivo possibilitar futuros planos e

projeções de estruturação.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo apresenta como base teórica a captação de recursos como

forma de obter uma otimização na realização de um projeto de captação.

Também apresentará os instrumentos de análise necessários para este estudo,

suas ferramentas e processos, condições de captação da empresa e uma análise

de todos os dados e informações obtidos e realizados na organização com base

em estudos científicos já realizados.

2.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Empresas que buscam um diferencial ao logo do tempo, precisam estar

capacitadas e preparadas a enfrentar os obstáculos causados pela grande

competitividade do terceiro milênio.

Segundo afirma Hoji (2000, p. 21):

Para a administração financeira, o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado a longo prazo [...] empresas privadas esperam que seu investimento produza um retorno compatível com o risco assumido [...].

Em perspectiva complementar Ross; Westerfield; Jordan (1998, p. 33)

afirmam que:

A administração financeira é mais útil para os proprietários da empresa quando ajuda a identificar bens e serviços que criam valor para a empresa porque são desejados e valorizados no mercado.

Assim sendo, entende-se que seja necessário conhecer antecipadamente

o cliente, tanto pessoa física como jurídica, para que se possa avaliar o risco

assumido na administração do capital de terceiros ou concessão do crédito.

Para Gitman (2001, p. 34): “o administrador financeiro lida com tarefas

variadas como planejamento, concessão de crédito, avaliação de investimento,

entre outros”.

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Os administradores financeiros gerenciam ativamente as questões

financeiras de muitos tipos de negócios – financeiros e não financeiros, privados

e públicos, grandes e pequenos, com ou sem fim lucrativo (GITMAN, 2001).

Com este conceito constata-se que os administradores financeiros

desempenham diversas tarefas, e por isso, precisam estar atentos a todas as

ferramentas necessárias para uma melhor administração dos recursos da

organização.

Segundo Ross; Wesefield; Jordan (1998, p. 33) o administrador precisa

estar atento as oportunidades do mercado que surgem para a empresa,

aumentando desta forma, o valor do capital dos proprietários na empresa.

Diante dos desafios como maximizar o valor da empresa diante dos

acionistas, criar diferenciais que possam gerar vantagem competitiva, criar novas

oportunidades, entre outros em que um administrador se depara. Estar atento às

oportunidades é algo que requer muita habilidade e visão sistêmica, como forma

de levar a empresa ao sucesso objetivado.

Desse modo, “os proprietários e acionistas de empresas privadas esperam

que seu investimento produza um retorno compatível com o risco assumido, por

meio de geração de resultados econômicos e financeiros” (HOJI, 2007).

Na mesma concepção ambos os autores (Ross; Wesefield; Jordan e Hoji)

apresentam o administrador como alguém que visa à maximização da empresa

no aspecto financeiro e econômico.

Percebe-se que “se os administradores fossem deixados por sua conta,

tenderiam a maximizar o volume de recursos que controlam, ou, em termos mais

amplos, maximizariam o seu poder empresarial ou a sua riqueza (ROSS;

WESEFIELD; JORDAN, 1998)”.

Administradores em geral devem estar atentos a todas as áreas da

empresa, não só financeiras, pois suas decisões podem afetar diretamente outros

setores.

Em perspectiva complementar Silva (2002, p. 34) assevera que:

No processo de gestão, os gestores responsáveis pelas funções da empresa devem ter por preocupação os aspectos operacionais, financeiros e econômicos, que são afetados simultaneamente por suas decisões, uma vez que estes aspectos contribuem para a formação do resultado (lucro) e para a manutenção do equilíbrio financeiro da empresa (liquidez).

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Tomar a decisão certa é algo imprescindível ao administrador financeiro,

pois, deve-se assumir riscos diariamente em todas as tomadas de decisões,

podendo desta forma tornar a formação do resultado (lucro), citada anteriormente

por Silva (2002), como algo cada vez mais longe.

Neste mesmo raciocínio Gitman (2001, p. 43) ressalta que:

O gerente financeiro tornaria apenas as ações que gerassem uma grande contribuição esperada para o total dos lucros da empresa. Para cada alternativa considerada, o gerente financeiro selecionaria a que ocasionasse o maior resultado monetário esperado.

Desta forma, “a noção de administração financeira é importante porque

gera uma base concreta para a tomada e a avaliação de decisões financeiras”

(ROSS; WESEFIELD; JORDAN, 1998).

Para o administrador financeiro, um fator relevante é o de poder modificar

o curso de suas estratégias, conhecendo e otimizando suas decisões financeiras.

2.1.1 Planejamento Financeiro

Obter ferramentas que ajudam ao administrador financeiro a visualizar o

futuro da empresa controlada, se torna essencial em uma era global e

extremamente rápida. Desse modo, utilizar o planejamento financeiro em sua

gestão pode criar determinantes de sucesso. Na mesma linha, a ausência de

planejamento eficaz a longo prazo é uma razão freqüentemente citada para a

concorrência de dificuldades financeiras a falência de empresas (ROSS;

WESEFIELD; JORDAN, 1998).

Para Hoji (2007, p. 415):

O planejamento consiste em estabelecer com antecedência as ações a serem executadas dentro de cenários e condições preestabelecidas, estimando os recursos a serem utilizados e atribuídos as responsabilidades, para atingir os objetivos fixados.

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Entender o mercado e buscar atentamente conhecer as mudanças do

mesmo é fator crucial no planejamento, mais abrangente, pode-se dizer que

quanto maior a experiência passada do mercado em que se atua, uma melhor

visão terá o administrador no planejamento com relação ao futuro.

Ross; Wesefield; Jordan (1998, p. 82), cita que: “o planejamento financeiro

estabelece diretrizes de mudanças e crescimento numa empresa”. [...] ele se

preocupa com uma visão global.

Ainda Ross; Wesefield; Jordan (1998, p. 82-83) enfatiza que:

O planejamento financeiro estabelece o modo pelos quais os objetivos financeiros podem ser alcançados. Um planejamento financeiro é, portanto, uma declaração do que deve ser feito no futuro. Em sua maioria, as decisões numa empresa demoram bastante para ser implantadas. Numa situação de incerteza, isso exige que as decisões sejam analisadas com grande antecedência.

Desta forma, entende-se que a necessidade de antecipar a situação futura

da empresa por meio de um planejamento é algo que demonstra uma previa dos

acontecimentos, antecipando o modo de agir do administrador com relação as

incertezas, fazendo com que o mesmo trabalhe em função dos objetivos

estabelecidos sem que seja surpreendido por supostos percalços.

Oliveira (1995, apud HOJI, 2007, P. 415) coloca os princípios gerais de

planejamento como:

I - Princípio da contribuição aos objetivos: deve-se viabilizar a realização dos objetivos máximos da empresa pela hierarquização dos objetivos estabelecidos, considerando-se a interligação entre eles; II - Princípio da precedência: corresponde a uma função administrativa que vem antes das outras (organização, direção e controle); III - Princípio da maior penetração e abrangência: o planejamento pode provocar uma série de modificações nas características e atividades da empresa e IV - Princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade: o planejamento deve maximizar os resultados e minimizar as deficiências.

O planejamento financeiro força a empresa a pensar a respeito do futuro

[...], porém, [...] não deve tornar-se uma atividade puramente mecânica (ROSS;

WESEFIELD; JORDAN, 1998).

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De forma mais abrangente, percebe-se que a gestão responsável pelo

planejamento, não deve focar apenas em números, e sim no contexto geral do

objetivo proposto desde o início. O administrador financeiro tem a sua disposição

produtos disponibilizados pelo mercado financeiro que atendem as necessidades

de investimento da empresas.

2.1.2 Pontos fortes e fracos e oportunidades e ameaças

No dia-a-dia das empresas, administradores se deparam diversos

obstáculos em relação ao objetivo que se esta buscando como foco e também

em relação ao que o ramo de atividade em que a empresa esta inserida está

focando para se tornar competitiva.

Subjacente à missão de uma empresa, existe uma análise de seus pontos

fortes e fracos internos e das oportunidades e ameaças impostas pelo ambiente

externo (KROLL, WRIGHT E PARNELL, 2007).

O propósito de uma empresa pode ser conceitualizado segundo (Kroll,

Wright e Parnell, 2007, p. 85) no contexto da análise S.W.O.T., definido por eles

como:

(os pontos fortes – Strenghts – e fracos – Weakenesses – da empresa em relação a seus concorrentes, bem como as oportunidades – Oportunities – e ameaças – Threats – do ambiente externo).

Existem diversos fatores que influenciam a empresa gerando

oportunidades e ameaças, porém, são fatores externos que não podem ser

influenciados diretamente pela empresa.

Na mesma perspectiva (Kroll, Wright e Parnell, 2007, p. 86) conceituam

que:

O objetivo da análise swot é possibilitar que a empresa se posicione para tirar vantagem de determinadas oportunidades do ambiente e evitar ou minimizar as ameaças ambientais. Com isso, a empresa tenta enfatizar seus pontos fortes e moderar o impacto de seus pontos fracos.

Desta forma, entende-se que a análise swot é uma ferramenta de gestão

que possibilita a buscar de uma posição da empresa em um patamar mais

competitivo com relação ao mercado em que atua.

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2.1.3 Importância das decisões financeiras

O dinamismo do mercado impõe as empresas a constante avaliação de

suas decisões, pois todas elas acabam se refletindo em termos financeiros. A

compra de matéria-prima, a contratação de empregados, a venda de produtos e a

captação de recursos são exemplos de ações de qualquer empresa com

repercussões financeiras.

Para Souza e Clemente (2004, p. 13):

As decisões de capital pertence tipicamente ao nível estratégico, porque implicam mudanças no relacionamento da empresa com seus clientes, fornecedores e concorrentes [...] essas decisões apresentam horizonte de médio ou longo prazo [...] envolvem grandes somas de recursos; afetam a vida da empresa por grandes períodos de tempo; são totalmente irreversíveis ou apresentam custos de reversibilidade muito elevados.

Percebe-se, portanto, que as decisões de capital podem tanto ajudar a

empresa em sua expansão, como também levá-la a um comprometimento de sua

sobrevivência.

Gitman (2000, p. 205) destaca de forma complementar que:

cada decisão financeira apresenta certas características de risco e retorno [...] o termo risco é usado alternadamente com incertezas ao se referir à variabilidade de retornos associada a um dado ativo [...] retorno é o total de ganhos ou perdas ocorridos através de um dado período de tempo.

Entende-se que ao se tomar uma decisão financeira, torna-se essencial

assumir a relação risco x retorno, percebendo-se assim, a importância na análise

do projeto ou investimento a ser feito como fator crucial de sucesso.

Entre os fatores determinantes da decisão de investir das empresas

proposto por Rossetti (2000, apud Túlio, 2005 p. 47), os de maior relevância são:

Ociosidade e obsolescência - Taxa de ociosidade no emprego dos bens de capital disponíveis; Obsolescência dos bens de capital que está sendo empregados; Ritmo das inovações tecnológicas, em matérias, processos e produtos. Crescimento da economia e “clima dos negócios” - Crescimento projetado da procura agregada.

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Expectativas dos empreendedores quanto a evolução do mercado interno e dos megamercados mundiais; Clima dos negócios. Custos, retornos e juros - Custos dos bens de capital; Taxas esperadas de retorno, em fluxos de valor atual; Nível da taxa de juros.

Na tomada de decisão com relação ao investimento de natureza

permanente, Hoji (2007, p. 166) explica e cita alguns exemplos:

Investimentos permanentes são os recursos aplicados em ativos de natureza permanente, para manutenção das atividades operacionais, e produzem resultados por longo prazo. Participações em empresas controladas ou coligadas; Terrenos e edificações; Gastos com pesquisas e desenvolvimento de novos produtos e processo; Marcas e patentes; Maquinas e equipamentos.

Alguns investimentos, tais como os aplicados em máquinas e

equipamentos, edificações e gastos com pesquisas, transformam-se em

despesas no longo prazo (HOJI, 2007).

Desta forma, observa-se que os recursos captados e a serem aplicados,

necessitam de um prévio estudo e planejamento por parte do administrador

responsável, visando à obtenção do sucesso esperado do investimento.

2.2.1 Instrumentos de Administração Financeira

Os instrumentos de administração financeira como base para a análise,

auxilia o administrador financeiro de forma a construir um resumo estratégico

preciso com relação as suas necessidades.

Existem diversos instrumentos de administração financeira. Gitman (2001,

p. 102) cita como as operações financeiras básicas:

• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);

• Balanço Patrimonial e;

• Demonstração de Fluxo de Caixa.

Ter os instrumentos de administração financeira bem transparentes, torna

a análise do administrador mais precisa. A análise das demonstrações contábeis

ao administrador torna-se importante na construção do projeto de captação.

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Para alguns, mais do que uma técnica a análise de balanços, ou ainda, a

análise de demonstrações contábeis é uma arte (SANTOS et al, 2005).

A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração contábil

que apresenta o fluxo de receitas e despesas, que resulta em aumento ou

redução do patrimônio líquido entre duas datas (HOJI, 2007).

Para Iço e Braga (2001, p. 5):

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) [...] evidencia que obtido o lucro (ou prejuízo) operacional – receita bruta de vendas e serviços, deduzida dos descontos, abatimentos e impostos, seguindo-se a dedução das despesas com vendas e serviços, das despesas financeiras subtraídas das receitas financeiras, e das despesas administrativas e gerais, entre as quais constam a depreciação e amortização – deduz-se ou adicionam-se as parcelas das atividades-afins às quais já antes referido, chegando-se então ao lucro líquido (ou prejuízo) do exercício.

Diante desta citação, observa-se que a DRE é um fator de análise para

que se saiba o lucro ou prejuízo obtido pela empresa no ano. Assim sendo,

segue modelo proposto por Hoji (2007).

Tabela 1 – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS

Vendas de produtos

Prestação de serviços

SOMA

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

Devoluções e abatimentos

Impostos incidentes sobre vendas

Impostos incidentes sobre serviços

(=) RECEITA LÍQUIDA

(-) CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS

Custo dos produtos vendidos

Custo dos serviços prestados

(=) LUCRO BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas com vendas

Despesas gerais e administrativa

Despesas financeiras líquidas

Outras receitas e despesas operacionais

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(=) LUCRO OPERACIONAL

RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

(=) LUCRO ANTES DO IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

(-) PROVISÃO P/ IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

(=) LUCRO APÓS IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

(-) PARTICIPAÇÕES E CONTRUBUIÇÕES

Empregados

Administradores

(=) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

LUCRO POR AÇÃO (em $)

Fonte: HOJI, (2007, p. 270)

Já o balanço patrimonial apresenta de forma a mostrar a posição da

empresa em dado momento. Entender os dados fornecidos no balanço viabiliza

ao administrador a obtenção de uma informação apurada da empresa.

Para Assaf Neto (2000, p. 58) a informação que esse demonstrativo

fornece é totalmente estática e, muito provavelmente, sua estrutura se

apresentará relativamente diferente algum tempo após seu encerramento.

Na mesma concepção o “balanço patrimonial á a demonstração resumida

da posição financeira da empresa em um determinado momento” (GITMAN

2001). Desta forma, segue abaixo o modelo adaptado de Gitman (2001).

Tabela 2 – Balanço Patrimonial (BP) ATIVOS 2007 2006 Ativo Circulante - -

Caixa - - Duplicatas a Receber - -

Estoques - - Total de Ativos - - Ativo Permanente - -

Terrenos e Edifícios - - Máquinas e Equipamentos - - Móveis e Utensílios - - Veículos - - Outros - -

Total de Ativo Permanentes - - Menos Depreciação Acumulada - - Ativo Permanente Líquido - - Total do Ativo - - Passivo e Patrimônio Líquido - - Passivo Circulante - -

Duplicatas a Pagar - - Títulos a Pagar - -

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Outras Contas a Pagar - - Total de Passivo Circulante - - Exigível a Longo Prazo - -

Total do Passivo - - Patrimônio Líquido - - Ações - - Lucros Retidos - -

Total Patrimônio Líquido - - Total do Passivo e do Patrimônio Líquido - - Fonte: Adaptado de GITMAN, (2001, p. 105)

Explicando sobre fluxo de caixa Hoji (2000, p. 152) apresenta que o

modelo de Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), “é baseado no método

direto, com as atividades econômicas de mesma natureza agrupadas em três

grupos: Operações, Investimentos, Financeiras”.

Nesse sentido, Hoji (2000, p. 154) apresenta o seguinte modelo de fluxo

de caixa:

Tabela 3 – Demonstração de Fluxo de Caixa

ATIVIDADES Movimento do dia

R$ Saldo Acumulado

R$ A – ATIVIDADE DE OPERAÇÕES 1. Recebimentos de vendas 2. (-) Impostos sobre vendas e compras 3. (-) Materiais e serviços 4. (-) Salários e encargos sociais 5. (-) Custos indiretos de fabricação 6. (=) Superávit (déficit) bruto operacional 7. (+) Outras receitas operacionais 8. (-) Outras despesas operacionais 9. (=) Resultados antes dos efeitos financeiros 10. (+) Juros recebidos 11.(-) Juros pagos 12. (+/-) Ganho (perda) com inflação 13. (+/-) Ganho (perda) com conversão 14. (=) Superávit (déficit) de operação B – ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS 15. (-) Investimentos permanentes – aplicação 16. (-) Imobilizado – aplicação 17. (-) Deferido – aplicação 18. (+) Investimentos permanentes – venda/dividendos

19. (+) Imobilizado – venda 20. (+/-) Resultado não operacional 21. (=) Superávit (déficit) de investimentos C - ATIVIDADES FINANCEIRAS 22. (+)Investimentos temporários – resgate 23. (+)Empréstimos – captação

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25

24. (+)Integralização de capital 25. (-) Investimentos temporários – aplicação 26. (-) Empréstimos – resgate 27. (-) Dividendos pagos 28. (=) Superávit (déficit) de financiamentos D – CAIXA 29. Superávit (déficit) (A+B+C) 30. (+) Saldo anterior 31. (=) Saldo final Fonte: Hoji (2000, p. 154)

Em perspectiva similar Gitman (2001, p. 105) aborda que a “Demonstração

de Fluxo de Caixa fornece um resumo dos fluxos de caixa operacionais, de

investimento e financiamento da empresa durante o período em questão”.

Assim sendo, conclui-se que a demonstração de fluxo de caixa apresenta

uma síntese da movimentação de caixa/capital em um determinado momento,

sendo este diário, mensal ou outro tempo definido.

2.2.2 Instrumentos de Análise Financeira

Para o administrador de um projeto, entender sobre os instrumentos e

técnicas de análise financeira é fundamental ao sucesso do projeto, pois poderá

definir a viabilidade ou inviabilidade do mesmo.

Fundamental para a decisão de investimento é a estimativa do retorno

esperado e do grau de risco associado a esse retorno (SOUZA e CLEMENTE,

2004).

Desta forma torna-se essencial ao responsável pelo projeto utilizar-se dos

instrumentos de análise financeira como forma de obter um resultado preciso.

Para Souza e Clemente (2004 p. 70):

Os indicadores de análise de projetos de investimentos podem ser subdivididos em dois grandes grupos: indicadores associados a rentabilidade (ganho ou criação de riqueza) do projeto e indicadores associados ao risco do projeto. Na primeira categoria estão o Valor Presente Líquido (VPL); [...] a Taxa Interna de Retorno [...] Na segunda categoria estão a Taxa Interna de Retorno (TIR), o Período de Recuperação do Investimento (Payback) [...].

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É importante a realização de um planejamento financeiro antes da

aplicação dos instrumentos de análise como forma de conhecer os impactos

possíveis na realização das ações propositadas.

Segundo Castor, (2000, apud CASTOR e SUGA, 1988, p. 104):

um planejamento estratégico bem executado permitiria às organizações uma permanente capacidade de antecipação (prevendo) as modificação relevantes em seus fatores operacionais, a organização seria capaz de antecipar-se a elas.

Assim, ao executarmos o planejamento, estaremos conhecendo

antecipadamente os efeitos da aplicação dos instrumentos de análise financeira.

Para Silva (2005, p. 8):

A falta de planejamento pode por a empresa em situações críticas ou até mesma levá-la a falência. Ele se faz necessário em todas as atividades das empresas, além de servir como parâmetro para posteriormente avaliar o desempenho.

Na avaliação de desempenho entra o Valor Presente Líquido (VPL) como

uma das ferramentas mais usadas como instrumentos de análise financeira.

Gitman (2001, p. 302) descreve VPL como:

Uma técnica de orçamento de capital sofisticada; encontrada ao se subtrair o investimento inicial de um projeto de valor presente de seus fluxos de entrada de caixa, descontados a uma taxa igual ao custo de capital da empresa.

Apresenta-se a seguir o modelo proposto por Gitman (2001, p. 302): Quadro 1: Valor Presente Líquido

VPL = Σ FCt – II

(1 + K) Onde; VPL – Valor presente líquido FC – Valor presente das entradas de caixa K – Valor presente da empresa proposta t – Tempo II – Investimento inicial

Fonte: Adaptado de Gitman, 2001, p. 302

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Ou seja, entende-se assim que, para que uma alternativa de investimento

seja aceita através do método Valor Presente Líquido é preciso pagar seu

investimento inicial (Valor Presente) e ainda manter na data zero um valor

positivo.

Já a Taxa Interna de Retorno (TIR) é uma taxa de juros implícita numa

série de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas), que tem a função de

descontar um valor futuro ou aplicar o fator de juros sobre o valor presente (HOJI,

2007).

Para Gitman (2001, p. 303) se apresenta da seguinte forma:

Quadro 2: Taxa Interna de Retorno

TIR $ 0 = Σ FCt – II (1 + TIR)t

Onde; TIR – Taxa Interna de Retorno FC – Valor presente das entradas de caixa K – Valor presente da empresa proposta t – Tempo II – Investimento inicial

Fonte: Adaptado de Gitman, 2001, p. 303

Ou seja, “ao se aplicar a TIR sobre os valores correntes, a soma das

saídas e das entradas numa data focal devem ser iguais para se anularem”

(HOJI, 2007).

Desta forma, entende-se que para um projeto ser aprovado como

investimento seguro é necessário ter esta ferramenta aplicada com resultado

positivo.

Em outra perspectiva, “o período de payback é o exato montante de tempo

necessário para a empresa recuperar seu investimento inicial em projeto

calculado a partir de seus fluxos de entrada de caixa (GITMAN 2001)”.

Porém, sabe-se que o método payback não considera a receita após a

recuperação do capital, analisando somente até a data da recuperação do

mesmo. Assim sendo, esta ferramenta jamais deverá ser aplicada isoladamente e

sim, em conjunto com as demais.

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Já com relação ao ponto de equilíbrio pode-se dizer que é uma ferramenta

usada na análise financeira como forma de conhecer o ponto em que as vendas

cobre os custos, custos este financeiros ou operacionais.

Na mesma perspectiva Gitman (2001 p. 371) descreve a análise do ponto

de equilíbrio como o nível de operações necessárias para cobrir todos os custos

operacionais e a lucratividade associada aos vários níveis de vendas.

Quadro 3: Ponto de Equilíbrio

LAJIR = (P x Q) – F – (V x Q)

Fonte: Gitman, 2001, p. 372.

Assim sendo, entende-se que está é uma ferramenta de análise constante

para que desta forma o administrador tenha uma visão sistêmica da situação

financeira da empresa.

Nesta mesma perspectiva, a projeção dos demonstrativos de caixa,

resultado do exercício e balanço patrimonial engloba fatores que visam uma

visão futura da empresa, não focado apenas em resultados presentes.

A preparação destes demonstrativos requer uma cuidadosa fusão de

inúmeros procedimentos para levarem em consideração lucros, custos,

despesas, ativos, passivos e capital resultante do nível esperado de operações

da empresa (GITMAN, 2001).

Gitman (2001, p. 449) enfatiza também que:

Além de estimar o montante de financiamento externo que é necessário para dar apoio a certo nível de vendas, demonstrações projetadas também provêem uma base para se analisar adiantadamente o nível de lucratividade e a performance financeira da empresa como um todo no ano seguinte.

Corroborando com Gitman, entende-se que as projeções financeiras para

empresa é uma ferramenta que auxilia o gerente financeiro nas tomadas de

decisões, podendo desta forma, solidificar seus planos financeiros para o próximo

ano.

Numa melhor complementação dos instrumentos de análise, são

apresentados também os índices financeiros.

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A técnica de análise por meio de índices consiste em relacionar contas e

grupos para extrair conclusões sobre tendências e situações econômico-

financeira da empresa (HOJI, 2004).

O índice de endividamento, também chamado de composição do

endividamento (CE), “indica quanto da dívida total vence no curto prazo” (HOJI,

2004).

Na mesma perspectiva, Gitman (2001, p. 140) apresenta que:

índice de endividamento mensura a proporção do total de ativos financiados pelos credores da empresa. Quanto maior for este índice, maior será o montante de dinheiro de outras pessoas sendo usado em ima tentativa de gerar lucro.

Quadro 4: Composição do Endividamento

CE = Passivo Circulante Exigível Total

Fonte: Hoji 2004, p. 283.

Já o índice de liquidez explana a situação financeira da empresa, ou seja,

como está a capacidade de pagamento de suas dívidas. Hoji (2004, p. 284)

explica que quanto maior o índice, melhor.

Hoji (2004, p. 285, 286) apresenta quatro tipos de índices de liquidez:

- Liquidez Geral

- Liquidez Corrente

- Liquidez Seca

- Liquidez Imediata

O índice de liquidez geral indica a capacidade de pagamento de divida a

longo prazo (HOJI, 2004).

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Quadro 5: Índice de Liquidez Geral

LG = Ativo Circulante+ Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante+ Passível Exigível a Longo Prazo

Fonte: Hoji 2004, p. 285.

O índice de liquidez corrente é um indicador que mede a capacidade de

pagamento no curto prazo, na maioria dos casos, o índice de liquidez corrente é

considerado como o melhor indicador da capacidade de pagamento da empresa

(HOJI, 2004).

Quadro 6: Índice de Liquidez Corrente

LC = Ativo Circulante Passivo Circulante

Fonte: Hoji 2004, p. 285.

O índice de liquidez seca é um índice que mede a capacidade de

obtenção de recursos imediatamente. Assim sendo, “ela poderá obter recursos

para liquidar suas dívidas de curto prazo a porcentagem resultante da aplicação

desta formula” (HOJI, 2004).

Quadro 7: Índice de Liquidez Seca

LS = Ativo Circulante – Estoques – Despesas do Exercício Seguinte Passivo Circulante

Fonte: Hoji 2004, p. 285.

A liquidez imediata é um índice que indica quanto a empresa possui de

recursos imediatamente disponíveis para liquidar compromissos de curto prazo

(HOJI, 2004).

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Quadro 8: Índice de Liquidez Imediata

LI = Disponíveis Passivo Circulante

Fonte: Hoji 2004, p. 286.

Já o índice de lucratividade avalia o lucro da empresa com relação a um

dado nível de vendas, um certo nível de ativos, ou o investimento dos

proprietários (GITMAN, 2001).

Corroborando com esta afirmação, Hoji (2004, p. 290) evidencia que :

Os índices de lucratividade (também chamado de rentabilidade) medem quanto estão rendendo os capitais investidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou o insucesso) empresarial. Os índices de rentabilidade são calculados, geralmente, sobre as receitas líquidas (alguns índices podem já ter sido calculados em análise vertical), mais, em alguns casos, pode ser interessante calcular sobre as Receitas brutas deduzidas somente das Vendas canceladas e Abatimentos.

A margem bruta mensura a percentagem de cada unidade monetária de

vendas que sobra após a empresa ter pago por seus produtos (GITMAN, 2001).

Quadro 9: Índice de lucratividade (margem bruta)

MB = Vendas – custos dos produtos vendidos = lucro bruto Vendas vendas

Fonte: Gitman 2001, p. 142.

Já a margem operacional mensura a percentagem de cada unidade

monetária de vendas que resta após todos os custos e despesas, que não juros e

imposto de renda, terem sido abatidos (GITMAN, 2001).

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Quadro 10: Índice de lucratividade (margem operacional)

MO = Lucro Operacional Vendas

Fonte: Gitman 2001, p. 143.

Na mesma linha a margem liquida mensura a percentagem de cada

unidade monetária, proveniente das vendas, que resta após todos os custos e

despesas, incluindo juros e imposto de renda, terem sido deduzidos (GITMAN,

2001).

Quadro 11: Índice de lucratividade (margem liquida)

ML = Lucro Liquido após o imposto de renda Vendas

Fonte: Gitman 2001, p. 143.

Assim sendo, entende-se de forma mais abrangente, que o índice de

lucratividade é uma relação do retorno da empresa com suas vendas.

Com relação ao índice de atividade, pode-se dizer que nem sempre

empresas que possuem índices de liquidez iguais, são igualmente líquidas, ou

seja, uma empresa pode apresentar ativos na forma de títulos negociáveis e

outra na forma de estoque. Assim sendo as duas podem possuir o mesmo

resultado na análise do índice de liquidez, porém, possuir liquidez diferenciada.

Os índices de atividades mensuram a rapidez com que varias contas são

convertidas em vendas ou caixa. Um número de índices está disponível para

mensurar a atividades das contas mais importantes (GITMAN, 2001).

O giro do estoque comumente mensura a atividade, ou liquidez, do

estoque de uma empresa e é apresentado por Gitman (2001, p. 137) da seguinte

forma:

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Quadro 12: Índice de Atividade (giro do estoque)

GE = Custo dos Produtos Vendidos Estoque

Fonte: Gitman 2001, p. 137.

Já o período médio de cobrança, ou idade média das duplicatas a receber,

é útil para se avaliar políticas de crédito e cobrança. Ele é conseguido ao se

dividir a média das vendas diárias pelo saldo de contas a receber (GITMAN,

2001).

Quadro 13: Índice de Atividade (período médio de cobrança)

PMC = Duplicatas a Receber Vendas Anuais

360

Fonte: Gitman 2001, p. 137.

O período médio de pagamento segundo Gitman (2001, p. 138) é

calculado da mesma forma que o período médio de cobrança, ou seja, da forma

que se apresenta a seguir:

Quadro 14: Índice de Atividade (prazo médio de pagamento)

PMP = Duplicatas a Pagar Compras Anuais

360

Fonte: Gitman 2001, p. 138.

Nesta mesma perspectiva, o giro do ativo apresentado por Gitman (2001,

p. 138) indica a eficiência com a qual a empresa usa seus ativos para gerar

vendas. Geralmente, quanto maior for o giro do ativo total, mais eficiente será o

uso dos ativos.

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Quadro 15: Índice de Atividade (giro do ativo total )

GAT = Vendas Total de Ativos

Fonte: Gitman 2001, p. 138.

Conclui-se, a partir daí, que os índices são importantes ao administrador,

pois o coloca em uma posição que possibilita visualizar a real situação da

empresa, podendo desta forma tomar suas decisões a curto, médio e longo prazo

com uma margem de erro menor.

2.3 MERCADO FINANCEIRO

As instituições financeiras têm grande papel na sociedade como

intermediário financeiro, fazendo com que o fluxo financeiro no país flua com

grande dinamismo. Destacam-se entre as instituições os bancos comerciais.

Fortuna (1998, p. 22) coloca que:

De acordo com o MNI (manual de normas e instruções), seu objetivo precípuo é proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, a curto e médio prazo, o comércio, a indústria [...] e as pessoas físicas.

Verifica-se nesta perspectiva que, a existência das instituições financeiras

para o desenvolvimento de um país é importante e necessário a proporcionar

suprimento de capital.

Esta estrutura é composta por diversas instituições, dentre elas estão o

COPOM – Conselho de Políticas Monetárias e o Banco Central do Brasil.

Assim sendo, Hoji (2007 p. 27) apresenta algumas instituições financeiras,

são elas: “Bancos Comerciais; Caixas Econômicas; Bancos de Desenvolvimento;

Bancos de Investimentos; Sociedades de Arrendamento Mercantil; Bancos

Múltiplos e Bolsa de Valores de Mercadorias e de Futuros”.

Além disso, um banco comercial deve operar com pelo menos duas entre

as seis carteiras a seguir: comercial, investimento, desenvolvimento, crédito-

mobiliário, financeira e leasing (SILVA, 2000).

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Na mesma linha, os bancos comerciais aproximam os agentes econômicos

como: famílias, empresas e governos, entre outros com situações financeiras

superavitárias e deficitárias visando atender as necessidades das duas partes

(SILVA, 2000).

Assim, visualiza-se o fluxo monetário do país, tendo o banco como um dos

mais importantes intermediários financeiros.

Segundo afirma Hoji (2007 p. 27):

as Caixas Econômicas são instituições com objetivos sociais, que concedem empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de habitação, assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte.

Embora as caixas econômicas tenham objetivos sociais, as mesmas

trabalham como concorrentes dentre os demais bancos comerciais.

Já em relação aos Bancos de Desenvolvimento, o BNDES destaca-se

como o principal agente do Governo Federal para financiamentos de médio e

longo prazos (HOJI, 2007).

Numa mesma perspectiva Fortuna (1998, p. 23) explana que:

Os bancos estaduais de desenvolvimento incluem-se m um conjunto de instituições financeiras controlados pelos governos estaduais e destinados ao fornecimento de credito de nédio e longo prazo às empresas localizadas nos respectivos estados. Normalmente, operam com repasses de órgãos financeiros do Governo Federal.

Quase que com o mesmo objetivo, “os Bancos de Investimentos, por sua

vez, seriam responsáveis pelos empréstimos de longo prazo, a partir da captação

de depósitos a prazo e de recursos no exterior” (PUGA, 1999).

Já para Fortuna (1998, p. 24), o objetivo maior de um Banco de

Investimento é:

dilatar o prazo das operações de empréstimos e financiamento, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das empresas, através da compra de maquias e equipamentos e da subscrição de debêntures e ações.

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Assim sendo, o banco de investimento ajuda no desenvolvimento local e

regional, pois facilita a captação de recursos por parte das empresas privadas e

públicas com o intuito de desenvolvimento empresarial.

Com relação às Sociedades de Arrendamento Mercantil, Hoji (2007 p. 27-

28) afirma que:

Captam recursos por meio de emissão de debêntures e empréstimos de médios e longos prazos [...] os Bancos múltiplos foram criados com a finalidade de racionalizar a administração das instituições financeiras [...] podendo ter as seguintes carteiras comerciais: comercial de investimentos, de crédito imobiliário, de desenvolvimento e de arrendamento mercantil. [...] As bolsas de valores, de mercadorias e de futuros são instituições civis sem fins lucrativos constituídas pelas corretoras de valores para fornecer a infra-estrutura do mercado de ações, mercadorias e futuros.

Já os bancos múltiplos, “surgiram através da resolução nº. 1.524/88, a fim

de racionalizar a administração das instituições financeiras e permite que

empresas de um mesmo grupo possam constituir-se em uma única instituição”

(FORTUNA, 1998).

Fortuna (1998, p. 29) também cita que as carteiras de um banco múltiplo

devem envolver uma das carteiras as seguir:

- Carteira comercial

- Carteira de investimento

- Carteira de crédito imobiliário

- Carteira de aceite

- Carteira de desenvolvimento

- Carteira de leasing

Já com relação as Bolsas de Valores, de Mercadoria e de Futuros Hoji

(2007, p. 28) descreve como:

Instituições civis sem fins lucrativos constituídas pelas corretoras de valores para fornecer a infra-estrutura do mercado de ações, mercadorias e futuros. A principal função das bolsas e de manter um local adequado para as negociações de compra e venda de ações, mercadorias e índices. Esse local chama-se pregão. As operações feitas fora das bolsas são chamadas operações de balcão.

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Desta forma, entende-se que as instituições financeiras servem como base

no sistema financeiro nacional, pois auxilia no desenvolvimento regional e até

mesmo do país.

No mercado financeiro praticam-se muitas taxas de juros em inúmeros

tipos de operações. Fortuna (1998, p. 89) cita algumas delas como: “TR (taxa

referencial), TJLP (taxa de juro de longo prazo), TBF (taxa básica financeira),

TBC (taxa básica do banco central), Tban (taxa de assistência do banco central)

e Taxa Selic (taxa principal do mercado financeiro)”.

Na concessão de um crédito ou qualquer outro serviço bancário, o cliente

deve estar atento às taxas de juros praticadas pelos bancos.

Alem de receber como forma de taxas de juros pelos serviços prestados,

as instituições financeiras “também colocam como algo de muita importância para

as suas receitas as tarifas cobradas por seus serviços, sendo um elemento

mercadológico da concorrência entre as instituições financeiras (FORTUNA,

1998)”.

Desta forma observa-se que “a taxa de juros ou retorno exigido representa

o custo do dinheiro” (GITMAN, 2001).

Isto é, quanto maior o risco de não recebimento dos recursos ou outros

serviços prestados, maior será a taxa de juros cobrada pela instituição financeira.

2.3.1 Operações do Mercado Financeiro

Existem diversos tipos de financiamentos para a realização de um

investimentos, seja ele para aquisição de novos equipamentos e máquinas, para

importação de máquinas que ainda não se encontra no mercado nacional ou

mesmo para expansão do negócio ou abertura de uma filial.

Fortuna (1998, p. 150-151) apresenta o BNDES como uma das fontes de

financiamento:

O sistema BNDES apóia nos setores de atividade de Indústria, Infra-estrutura, Agropecuária e Comércio e Serviços os projetos que tenham por objetivos: Implantação; Expansão; Re-localização; Modernização; Capacitação tecnológica; Exportação de máquinas e equipamentos; Melhoria de qualidade e aumento de produtividade; Reestruturação e racionalização empresarial; conservação do meio ambiente; Conservação de energia; Gastos

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com infra-estrutura econômica e social; participação de capitais privados nos investimentos em infra-estrutura.

Segundo esta colocação, entende-se que é necessário procurar observar

qual o tipo de investimento se deseja fazer, para que desta forma possa-se saber

qual tipo de produto se encaixa o investimento.

Fortuna (1998, p. 151) descreve os produtos oferecidos pelo BNDES:

Financiamento a empresa – Finem; BNDES automático, Financiamento a Marinha Mercante e à Construção Naval; Finame Agrícola; Finame Automático; Finame Especial; Finame Construção Naval; Finame a Importação de Máquinas e Equipamentos; Financiamento à Exportação de Máquinas e Equipamentos – Finamex; [...] Financiamento ao acionista; Prestação de Aval e Fiança.

Dentre os produtos oferecidos pelo BNDES descritos acima por Fortuna

(1998, p. 151), será apresentado somente o FINEM, BNDES Automático e

FINAME, por serem os que são destinados aos setores de Comércio e Serviços

que no qual está inserida a empresa em estudo.

Segundo descrito no site do BNDES segue os respectivos conceitos de

FINEM, BNDES Automático e FINAME.

• FINEM – Financiamento a Empreendimentos: são financiamentos destinado a Empreendimentos com valor superior a R$ 10 milhões, para realização de projetos de investimentos, visando a implantação, expansão da capacidade produtiva e modernização de empresas, incluída a aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, bem como a importação de maquinários novos, sem similar nacional e capital de giro associado, operado diretamente com o BNDES ou através das instituições financeiras credenciadas. • BNDES Automático: são financiamentos de valor até R$ 10 milhões, por cliente, a cada período de 12 meses, para realização de projetos de investimentos, conforme FINEM. • FINAME – Financiamento de máquinas e equipamentos: são financiamentos, através de instituições financeiras credenciadas, para a produção e comercialização de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional credenciados no BNDES.

Os recursos do BNDES são repassados através de instituições

credenciadas ou habilitadas, dentre as quais encontram as instituições privadas,

como: Bradesco , Itaú, Santander e as instituições públicas, como Banco do

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Brasil, Caixa Econômica Federal, BRDE, Banco da Amazônia, BNB e Banrisul,

um total de 6 instituições credenciadas.

Além dos recursos do BNDES, as instituições públicas também repassam

recursos de fundos federais e/ou estaduais, dentre as linhas destacam-se o

PROGER, disponibilizada as empresas, profissionais liberais e profissionais

autônomos através do BB, Caixa, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste,

BADESC e BRDE.

Para as empresas se habilitarem a captação desses recursos, estas

devem conforme orientações contidas nos sites das instituições financeiras,

desenvolverem projetos de viabilidade econômico-financeiros.

2.4 Projeto

Para que se possa fazer a captação de recurso desejado para qualquer

empresa que o necessite, torna-se essencial o desenvolvimento de um projeto,

salvo determinados valores de captação impostos por políticas interna de cada

instituição financeira. Esses projetos seguem uma ordem de desenvolvimento em

que são disponibilizadas nos site das instituições financeiras competentes, não

sendo este uma ordem rigorosa ou fidedigna, podendo-se alterar conforme perfil

da empresa tomadora do recurso.

Holanda (1987, p. 107) exemplifica que:

Para projetos específicos poderemos identificar um maior ou menor números de fases ou etapas de acordo com a maior ou menor complexidade de sua elaboração ou análise. De modo geral podemos destinguir cinco etapas principais: estudos preliminares; anteprojeto; projeto final ou definitivo; montagem e execução (colocação em funcionamento); funcionamento normal.

Entende-se assim que os princípios gerais de construção de um projeto

variam de acordo com sua complexidade e perfil da empresa.

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2.4.1 Estrutura do projeto

Existem diversas formas de se montar um projeto, assim sendo

disponibiliza-se a seguir o modelo proposto por Holanda (1987, p. 109, 110) e o

disponibilizado pelo BANDES em seu site.

Quadro 16 – Estrutura do projeto 1

I - APRESENTAÇÃO - Descrição sumária dos objetivos e características principais do projeto, com indicação dos seus promotores ou responsáveis por sua execução, do programa de produção, investimentos necessários, esquema d financiamentos e resultado esperado; II - MERCADO - Características dos produtos, estimativa do mercado atual e futuro, dimensionamento da oferta, estrutura de comercialização, condições de competições e análise dos fatores que justificam a existência de mercado para o projeto; III - TAMANHO - Justificativa da escala de operação e do montante dos investimentos previstos; IV - LOCALIZAÇÃO - Análise dos fatores locacionais que influenciam o projeto e justificativa da localização escolhida; V - ENGENHARIA - Requisitos técnicos para cumprimento do programa de produção projetado, em termos de investimentos fixos, matérias-primas, mão-de-obra e insumos diversos (água, energia, transportes, material de embalagem, combustíveis, etc.), processo tecnológico, regime de produção, fluxo de operações (lay out); VI - INVESTIMENTO - Estimativa das necessidades totais de capital fixo e capital de trabalho para execução do projeto. Calendário de execução do projeto; VII - FINANCIAMENTO - Fontes de recursos para financiamento das inversões previstas. Recursos próprios e de empréstimos. Esquema de mobilização destes recursos, em consonância com o calendário de execução do projeto; VIII - CUSTOS E RECEITAS ANUAIS - Estimativa das receitas anuais esperadas e dos custos fixos e variáveis necessários para obtenção dessas receitas; IX - ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - Estrutura organizacional e administrativa para execução do projeto. Pessoal técnico e de administração superior. Programas de treinamento de pessoal. X - JUSTIFICATIVAS ECONÔMICAS E CONCLUSÕES - Ordenação dos dados necessários à avaliação do projeto, justificativa de sua rentabilidade e análise de contribuição do projeto para o desenvolvimento país ou região considerados, efeitos sobre renda, emprego, balanço de pagamentos, nível de atividade industrial ou agrícola. Fonte: Holanda, 1987, p. 109, 110.

Quadro 17 – Estrutura do projeto (BANDES)

I - GRUPO/EMPRESA - Este item deve procurar dar uma abordagem do Grupo Empresarial do qual faz parte a empresa titular do projeto, que demonstre a sua experiência, principalmente no gênero de atividade a que se propõe o empreendimento e sua capacidade de investimento

II - A EMPRESA - Este item deve apresentar os dados gerais da empresa pretendente da colaboração financeira do BANDES e GERES. No caso de empresa não existente, prestar as informações da forma prevista de ser constituída.

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III - FINALIDADE - Relatar objetivos (implantação, ampliação ou modernização da planta industrial) e metas a atingir, além das vantagens localizacionais, de forma clara.

IV - DESCRIÇÃO/FUNDAMENTAÇÃO/CONCEPÇÃO - Descrever de forma objetiva a concepção do projeto e os aspectos que levaram a decisão da empresa/grupo à implementação do mesmo. No caso de projeto de implantação, comentar os aspectos referentes à escolha da micro-localização do projeto, suas vantagens e as disponibilidades de infra-estrutura local. Indicar os principais ganhos de produtividade e qualidade a serem obtidos com a realização do projeto, assim como inovações tecnológicas a serem incorporadas. Apresentar quadro comparativo da capacidade de produção anual antes e após o projeto, por linha de produto. Indicar os turnos de trabalho por linha/seção

V - IMPACTO AMBIENTAL - Comentar os aspectos do projeto no tocante ao meio ambiente e as exigências estabelecidas pelos órgãos ambientais. * Apresentar o projeto de tratamento dos resíduos industriais (caso houver). Apresentar a Licença Ambiental emitida pela SEAMA (Licença de Localização para Análise do Projeto, no caso de implantação de empreendimento; Licença de Instalação e/ou de Ampliação para liberação da 1º parcela de recursos e a Licença de Operação no início de operação e para emissão do CEI).

VI - QUADRO DE USOS E FONTES - Apresentar os orçamentos dos custos dos investimentos, conforme solicitado: Terraplenagem e Sistematização da área de terreno, apresentar, em anexo, orçamento detalhado de firma especializada. Apresentar planta do terreno com a localização das edificações existentes e a serem realizadas com o projeto. Apresentar listagem dos Equipamentos/Máquinas de Procedência Nacional e Estrangeira, respectivamente. Apresentar memória de cálculo das Despesas com Internalização dos Equipamentos Importados. Dimensionar as Despesas de Montagens de Equipamentos. Apresentar listagem dos investimentos com móveis/utensílios e equipamentos/sistema de informática. Gastos Complementares com a Execução do Projeto e Despesas Financeiras durante a sua implantação.

VII - A COMPETITIVIDADE - Apresentar e explicar o ramo ao qual o projeto pertence; Indicar os fatores determinantes para a competitividade no ramo de atividade; Indicar os fatores determinantes para a competitividade do projeto. Destacar e justificar os principais fatores de competitividade da empresa, como por exemplo: - Qualidade/durabilidade do produto. - Tecnologia utilizada no produto. - Grau de inovação tecnológica/mercadológica. - Diferenciação do produto/serviço. - Preço/condições de crédito/descontos. - Prazo de entrega/confiabilidade no tempo de entrega. - Assistência técnica/garantia/Atendimento pós-venda. - Canais de distribuição. - Controle e acesso de matérias-primas. - Marca. - Marketing/promoção.

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VIII - A CONCORRENCIA - Explicitar como ocorre a competição (rivalidade existente) no ramo, destacando os concorrentes estabelecidos e potenciais (padrão de concorrência); - Explicitar qual o poder de negociação dos fornecedores no ramo e como será com o projeto, destacando os seus principais; - Explicitar qual o poder de negociação dos clientes e/ou dos usuários finais no ramo e como será com o projeto, destacando os seus principais; - Explicitar quais as principais barreiras à entrada no ramo e como elas serão superadas pelo projeto; - Explicitar a tendência em termos de produtos substitutos e os mecanismos de defesa do projeto; - Explicitar a estratégia empresarial, coerente e consistente com a análise da concorrência acima.

IX - O MERCADO INTERNO - Apresentar gráfico/tabela de evolução da produção/faturamento do mercado nacional, destacando a participação da empresa nos últimos anos. Indicar a taxa média de crescimento do setor. - Indicar e comentar os principais fatores que determinaram a evolução da demanda

X - O MERCADO EXTERNO - Destacar a participação das exportações no faturamento da empresa nos últimos anos. - Há barreiras para o produto no mercado-alvo? Explicitar/justificar. - O mercado-alvo exige Certificação Internacional de qualidade? (Ex: ISO 9000, ISO 14.000 e outras). - Apresentar e comentar os principais fatores determinantes para o incremento futuro das exportações da empresa

XI - IMPACTOS DO PROJETO NA EMPRESA E NO MERCADO - Destacar os efeitos do projeto na estratégia mercadológica da empresa e o impacto no setor de atuação. XII - ASPECTOS ECONÔMICO-FINANCEIROS - Apresentar em Anexo as demonstrações contábeis oficiais da empresa, dos três últimos exercícios e balancete mais recente; apresentar resumo dos balanços da empresa/grupo, no formato: Planilha Eletrônica Excel – ANÁLISE DE BALANÇO; fazer um quadro resumo dos indicadores econômico-financeiros da empresa titular do projeto e das empresas do grupo (consolidado). Fonte: Adaptado de BANDES, 2008.

Diante dos modelos propostos, observa-se que é possível utilizar parte da

estrutura encontrada no modelo de Holanda (1987, p. 109, 110) e parte na

estrutura disponibilizada pelo BANDES, formando assim a estrutura que melhor

se adapte a empresa tomadora do recurso.

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3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

O desenvolvimento do trabalho foi realizado na Euro Crédito Serviços de

Intermediação Financeira LTDA, situado na cidade de Florianópolis-SC, tornando

assim, de fácil acesso ao acadêmico a obtenção dos dados necessários a

realização deste. Foi realizado no período de agosto de 2007 a maio de 2008.

As etapas de desenvolvimento do projeto foram as seguintes: colher todos

os dados necessários à realização do projeto, analisar os dados, organizar os

mesmos e estruturar os dados no modelo escolhido.

As informações que fizeram parte deste projeto foram compostas pelos

documentos como: balanço patrimonial, demonstração de resultado do exercício,

demonstração de fluxo de caixa e outros dados pertinentes à abertura de uma

nova base operacional. Além disso, foram utilizados livros, revistas cientificas,

teses e dissertações com o objetivo de fundamentar o projeto realizado.

Existem diversos modelos para apresentação de um projeto de captação

de recursos, porém para este projeto foi definido como modelo uma adaptação do

modelo usado pelo BANDES – Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo S/A.

Os dados colhidos neste trabalho foram analisados através de diversas

ferramentas de análise financeira, estas são: VPL, TIR, Payback e Ponto de

Equilíbrio. Também foram analisados os índices financeiros através dos dados

obtidos após esta análise.

Espera-se que através dos procedimentos a serem tomados, possa-se

construir de forma eficaz o projeto, cumprindo com o objetivo do trabalho e da

mesma forma, preenchendo as necessidades da empresa.

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4 PROJETO

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa estudada é constituída sob a forma de sociedade empresária,

limitada e com a denominação de Euro Crédito Serviços de Intermediação

Financeira LTDA - EPP e como nome fantasia Euro Crédito. É cadastrada no

CNPJ sob o número 07.015.294/0001-74, arquivada e registrada na Junta

Comercial do Estado de Santa Catarina sob o número 42203514551, em

29/09/2004 e sob o número 20072767219 em 14/09/2007 na sua quinta alteração

contratual. A empresa iniciou suas atividades em 01 de outubro de 2004, sendo

por prazo indeterminado.

A sociedade tem como objeto social a prestação de serviços de

intermediação financeira, análise de crédito e cadastro, recepção e

encaminhamento de pedidos de empréstimos e financiamentos entre consumidor

e instituição financeira, e demais serviços em conformidade com as resoluções,

3.156 e 3.110 do Banco Central do Brasil.

A Euro Crédito é especializada em crédito consignado a Servidores

Públicos em geral e aposentados pelo INSS, oferece também crédito pessoal

aqueles que não possam consignar seu empréstimo em folha de pagamento por

algum motivo. A empresa possui oito escritórios no Estado de Santa Catarina,

uma média de cinqüenta e cinco autônomos que prestam serviços como

correspondentes a empresa e vinte nove funcionários registrados distribuídos em

todo o Estado. Sua sede localiza-se à Rua Trajano, 168, sala 04, CEP 88010-010

no bairro centro da Cidade de Florianópolis – SC.

4.2 Identificação dos Sócios

A organização é composta por dois sócios, sendo estes Solange Tomatis

d´Avila e Marcelo Tomatis d´Avila.

Solange Tomatis d´Avila é brasileira, empresária, nascida em 31/03/1956,

na cidade de Porto Alegre/RS, casada no Regime de Comunhão Parcial de Bens,

residente e domiciliada na travessa Frederico Veras, nº. 418 no bairro Pantanal

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na cidade de Florianópolis/SC, CEP 88040-200, portadora da CI nº. 4.104.110-0,

emitida pela SSP/SC, expedida em 16/09/1996, e inscrita no CPF sob o nº.

221.558.050-04.

Marcelo Tomatis d´Avila é brasileiro, estudante, nascido em 15/10/1981,

na cidade de Porto Alegre/RS, solteiro, residente e domiciliado na travessa

Frederico Veras, nº. 418 no bairro Pantanal na cidade de Florianópolis/SC, CEP

88040-200, portador do CI nº. 3.656.623-3, emitida pela SSP/SC, expedida em

07/06/1994, e inscrito no CPF sob o nº. 008.215.019-25.

4.3 Administração e Capital Social

A sociedade é administrada pelos sócios Solange Tomatis d`Ávila como

gerente operacional, Nelson Carneiro d`Ávila como gerente de relacionamento e

Luiz Gustavo Silva e Silva como gerente de atendimento. Solange Tomatis

d`Ávila e Marcelo Tomatis d`Ávila são quem assinam em conjunto ou

isoladamente e a quem é atribuído todo o poder necessário à realização do

objeto da sociedade.

O capital social é de R$ 5000,00 (cinco mil reais), divididos em 5000,00

(cinco mil) cotas, cada uma no valor de R$ 1,00 (um real), totalmente

integralizado em moeda corrente nacional, divididas pelos sócios da seguinte

maneira:

- Marcelo Tomatis d`Ávila – 2.500 cotas e capital de R$ 2.500,00

- Solange Tomatis d`Ávila – 2.500 cotas e capital de R$ 2.500,00

A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas cotas, porém

todos respondem solidariamente pela integralização do capital.

A empresa é de caráter familiar, porém vem se profissionalizando

gradativamente ao longo de sua trajetória. Atualmente possui uma visão de

negócios descentralizada, tanto com seus funcionários como para com seus

parceiros.

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4.4 Organograma

Como já descrito a empresa possui três gerentes, um deles é o presidente

responsável pela gerência de relacionamento, outro responsável pelo setor de

atendimento e um pela gerência operacional. Assim sendo, segue o organograma

da organização.

Figura 1 – Organograma Funcional

Fonte: Dados primários 2008.

4.5 Parceiros

Como descrito anteriormente na Caracterização da Empresa, a sociedade

tem como objeto social a prestação de serviços de intermediação financeira,

análise de crédito e cadastro, recepção e encaminhamento de pedidos de

empréstimos e financiamentos entre consumidor e instituição financeira, por isso

procura buscar uma harmonia entre todos os seus parceiros.

A Euro Crédito mantem atualmente contrato firmado com doze empresas

para a qual presta serviços como correspondente bancário, são elas: ABM Brasil

– Associação Beneficente Mútua Assistencial ao Servidor Público do Brasil,

CREFISA Crédito Pessoal, ASB Financeira, Banco Rural S.A., Banco Santander

S.A., BV Financeira, Banco Pine S.A., Paraná Banco S.A., Mercantil do Brasil

S.A., Banco Cruzeiro do Sul S.A., Banco BMG S.A. e Banco Panamericano.

PRESIDENTE GERENTE DE

RELACIONAMENTO

GERENTE

OPERACIONAL

FINANCEIRO

GERENTE DE ATENDIMENTO

AGENTES PRESTADORES DE

SERVIÇOS

OPERACIONAL

ESCRITÓRIOS

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O fluxo de atividades mantidas com seus parceiros, em termos gerais

segue da seguinte forma:

1. Venda do empréstimo pelo agente/vendedor;

2. Assinatura do cliente no contrato do banco escolhido;

3. Reserva da margem/parcela consignável no órgão público

competente;

4. Entrega do contrato pelo agente/vendedor ao pessoal do

operacional;

5. Inclusão do contrato pelo pessoal do operacional no sistema do

banco escolhido;

6. Aguardo da aprovação no sistema e pagamento do contrato.

7. Após pagamento, envio do contato físico ao respectivo banco.

4.6 Instalações

Os imóveis utilizados pela empresa são em sua totalidade alugados, já os

equipamentos e móveis são todos de propriedade da empresa. Os imóveis estão

localizados em vários municípios do Estado de Santa Catarina utilizados como

escritórios e distribuídos da seguinte forma:

Quadro 18- Localização dos Imóveis Gaspar/SC Rua: Coronel Leopoldo, 120 – Centro Criciúma/SC Av. Central, 50 – Centro São Joaquim/SC Rua São Joaquim, 253 - Centro Curitibanos/SC Rua São José, 18 – Centro Florianópolis/SC Rua: Felipe Schmidt, 51 – Centro Florianópolis/SC Rua: Trajano, 168 - Centro Imbituba/SC Rua: da Praia, s/n – Costão Biguaçu/SC Rua: 7 de setembro, 12 - Centro Fonte: Dados Primários 2008

Cada imóvel referido possui cerca de dois micro-computadores, duas

mesas de escritório com suas respectivas cadeiras, um armário, cadeiras

quádruplos de atendimento ao cliente e ar condicionado.

Todos os imóveis estão localizados em uma área de boa localização e

ótimo acesso. Apresenta-se a seguir a média mensal do custo de utilização de

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cada imóvel, ou seja, despesa esta com aluguel, folha de pagamento, energia

elétrica, condomínio e manutenções diversas.

Quadro 19– Média Mensal do Custo de Utilização dos Imóveis Gaspar/SC R$ 1.005,00 Criciúma/SC R$ 1.321,00 São Joaquim/SC R$ 1.020,00 Curitibanos/SC R$ 985,00 Florianópolis/SC R$ 15.590,00 Florianópolis/SC R$ 3.212,00 Imbituba/SC R$ 930,00 Biguaçu/SC R$ 832,00 Fonte: Dados Primários 2008

4.7 O Mercado de Crédito

O setor de crédito consignado vem crescendo em grande escala em toda a

região atuante da empresa. Visto que novas empresas vem se inserindo neste

mercado constantemente, empresas do setor vêm buscando mecanismos que as

ajudem a se estruturarem num mercado de visível competitividade. Entendem-se

como fatores determinantes para competitividade neste ramo os números de

clientes que a empresa possui, agilidade e rapidez no atendimento, estrutura de

tele-marketing/vendas bem estruturada, treinada e agressiva, quantidade de

informações de possíveis clientes a serem explorados (listagem de nomes e

números telefônicos para realização de vendas pelo tele-marketing) e uma gama

de produtos a serem oferecidos.

A empresa Euro Crédito é uma empresa que possui a maioria destes

requisitos, tendo assim, fatores determinantes para a competitividade neste

projeto e no mercado em que atua. Dentre outros fatores a empresa Euro crédito

possui atendimento de qualidade, produtos e serviços diferenciados da

concorrência, um número grande de canais de distribuição/vendas dos seus

serviços, atendimento pós-venda e credibilidade.

Diante desses e outros fatores, é possível considerar a empresa Euro

Crédito como uma empresa competitiva no mercado em que atua. Porém, para

um melhor entendimento sobre sua situação atual será apresentado as

oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos através da análise SWOT.

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4.7.1 Oportunidades e Ameaças, Pontos Fortes e Fracos (análise swot)

Como forma de conhecer melhor a empresa buscou-se aplicar a

ferramenta que visa medir as oportunidades e ameaças e os pontos fortes e

fracos da organização, ferramenta esta conhecida como análise SWOT (S –

STRENGTHS forças; W – WEAKNESSES fraquezas; O – OPPORTUNITIES

oportunidades; T – THREATS ameaças).

Foram identificados os pontos fortes, fracos, numa análise interna,

procurando identificar quais os fatores críticos que a empresa necessita ter para

obter sucesso. Num mesmo raciocínio identificou-se as tendências macro-

ambientais (oportunidades e ameaças ) numa análise externa.

Desta forma apresenta-se a seguir o quadro da aplicação da análise do

ambiente externo (oportunidades e ameaças), conhecendo assim as

oportunidades e ameaças, quais são os stakeholders e seu poder de influência

na empresa e quais tipos de influência exercem.

Tabela 4 – Análise do Ambiente Externo (oportunidades e ameaças). (priorização)

Item Oportunidades Stakeholders

Poder de Influência

(Empresa ou Stakeholders)

Tipo de influência (+ ou -)

1 Aumento nas vendas Empresa Empresa + 2 Novas Vagas no Setor Público Governo Stakeholders + 3 Novos produtos Mercado Stakeholders + 4 Crescimento econômico Governo Stakeholders +

5 Aumento da população economicamente ativa Governo Stakeholders +

6 Incentivos Governamentais Governo Stakeholders + 7 Mão de obra qualificada Governo Stakeholders +

8 Facilidade de entrada nos setores públicos Governo Stakeholders +

9 Diminuição da burocratização no setor Governo Stakeholders + 10 Parcerias com Bancos Bancos Stakeholders +

Item Ameaças Stakeholders

Poder de Influência

(Empresa ou Stakeholders)

Tipo de influência (+ ou -)

1 Diminuição das Vendas Empresa Empresa - 2 Diminuição dos produtos Governo Stakeholders - 3 Falta de Incentivos Governamentais Governo Stakeholders - 4 Bloqueio nas Divulgações nos Setores Governo Stakeholders - 5 Falta de mão de obra qualificada Governo Stakeholders - 6 Maior Burocratização Bancos/Governos Stakeholders -

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7 Diminuição de Vagas no Setor Público (concursos) Governo Stakeholders -

8 Concorrência Empresas do

Mesmo Segmento Stakeholders + 9 Demissão no Setor Público Governo Stakeholders - 10 Leis Prejudiciais ao Setor Governo Stakeholders -

Fonte: Dados Primários (Douglas Rocha) 2007.

Nesta mesma linha apresenta-se o quadro da análise do ambiente interno

e variáveis críticas.

Tabelas 5 – Análise do Ambiente Interno – Variáveis Criticas (pontos fortes e fracos)

Item Pontos Fortes

1 Atendimento de qualidade 2 Serviços especializados 3 Localização 4 Fácil acesso 5 Agilidade/Rapidez 6 Credibilidade 7 Experiência (Know Hall) 8 Atendimento em local definido pelo cliente 9 Grande quantidade de parceiros 10 Satisfação dos Funcionários

Item Pontos Fracos 1 Falta de mão-de-obra qualificada 2 Custo alto com folha de pagamento 3 Sistema de informações (Programas) 4 Falta de Equipamentos 5 Falta de espaço físico 6 Falta de Treinamento 7 Pouco investimento com publicidade e propaganda 8 Falta de marketing 9 Horário de atendimento 10 Falta de Planejamento de longo prazo

Fonte: Dados Primários (Douglas Rocha) 2007.

Apresentado o quadro das oportunidades, ameaças, pontos fortes e

fracos, segue abaixo a planilha de execução da análise SWOT e o quadro com o

resultado da execução, podendo assim, conhecer melhor a situação atual da

empresa frente a seus concorrentes.

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Tabela 6 – Planilha de Execução da Análise Swot

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PONTUAÇÃO TOTAL

9 9 6 3 3 6 6 9 9 9 9 9 6 9 6 6 6 6 6 9

Atendimento de qualidade 9 9 3 9 1 1 1 9 9 9 9 60 540 810 9 1 0 1 9 1 3 1 0 1 26 234 810 774

Serviços especializados 9 9 3 3 1 1 3 9 9 9 9 56 504 810 0 0 0 0 3 3 0 3 0 0 9 81 810 585

Localização 6 3 3 1 1 1 1 3 3 3 3 22 132 540 1 1 0 0 0 0 1 3 0 0 6 36 540 168

Facil acesso 6 3 9 3 1 1 3 3 3 3 3 32 192 540 1 3 0 0 0 1 0 3 3 0 11 66 540 258

Agilidade/Rapidez 9 9 9 3 1 1 3 9 9 9 9 62 558 810 3 3 3 1 9 3 3 9 3 1 38 342 810 900

Credibilidade 9 3 3 1 1 1 3 1 9 9 9 40 360 810 3 3 1 1 0 1 1 9 0 1 20 180 810 540

Esperiência (Know Hall) 9 9 9 9 1 1 9 3 9 9 9 68 612 810 0 0 0 9 3 1 0 9 0 3 25 225 810 837

Atendimento em local definido pelo cliente 6 3 3 3 1 1 0 3 9 3 3 29 174 540 9 0 0 3 1 0 1 9 3 0 26 156 540 330

Grande quantidade de parceiros 9 9 9 9 1 1 3 9 9 9 9 68 612 810 9 9 3 1 1 3 1 9 1 1 38 342 810 954

Satisfação dos Funcionários 9 9 3 0 1 1 0 9 9 9 9 50 450 810 3 0 0 0 3 0 0 3 0 0 9 81 810 531

Somatório 66 54 41 10 10 26 58 78 72 72 38 20 7 16 29 13 10 58 10 7

Somatório x Peso 594 486 246 30 30 156 348 702 648 648 8022 342 180 42 144 174 78 60 348 60 63 3234

Pontuação Possível 810 810 540 270 270 540 540 810 810 810 13500 810 810 540 810 540 540 540 540 540 810 13770

59.42% 23.49%

Falta de mão-de-obra qualificada 6 9 3 9 0 0 3 9 3 0 3 39 234 540 9 0 0 3 9 1 1 9 0 0 32 192 540 426

Custo alto com folha de pagamento 9 3 0 0 0 0 0 0 1 0 1 5 45 810 0 0 0 0 9 0 1 3 0 0 13 117 810 162

Sistema de informações (Programas) 9 1 0 0 0 0 0 0 0 0 3 4 36 810 0 0 0 0 0 1 0 3 0 0 4 36 810 72

Falta de Equipamentos 6 3 3 0 0 0 3 1 0 0 1 11 66 540 1 0 3 0 0 3 0 9 0 0 16 96 540 162

Falta de espaço físico 6 3 3 0 0 0 3 1 0 0 3 13 78 540 1 1 0 0 0 0 0 3 0 0 5 30 540 108

Falta de Treinamento 6 9 1 3 0 0 0 0 3 1 3 20 120 540 9 0 0 1 3 1 1 9 0 0 24 144 540 264

Pouco investimento com publicidade e propaganda 9 9 3 3 0 0 1 0 3 3 3 25 225 810 9 3 0 1 1 0 0 9 0 0 23 207 810 432

Falta de marketing 6 3 3 1 0 0 1 0 1 0 1 10 60 540 3 3 1 1 1 1 1 3 0 0 14 84 540 144

Horário de atendimento 6 3 3 3 0 0 1 0 0 3 0 13 78 540 3 9 1 3 9 1 1 9 0 0 36 216 540 294

Falta de Planejamento de longo prazo 9 3 3 3 0 1 3 0 0 3 0 16 144 810 9 3 1 1 1 9 1 3 0 0 28 252 810 396

Somatório 46 22 22 0 1 15 11 11 10 18 44 19 6 10 33 17 6 60 0 0

Somatório x Peso 414 198 132 0 3 90 66 99 90 162 2340 396 171 36 90 198 102 36 360 0 0 2763

Pontuação Possível 810 810 540 270 270 540 540 810 810 810 12690 810 810 540 810 540 540 540 540 540 810 12960

18.44% 21.32%

PONTUAÇÃO TOTAL 1008 684 378 30 33 246 414 801 738 810 738 351 78 234 372 180 96 708 60 63

PONTOS FORTES

PONTOS FRACOS

AMEAÇASOPORTUNIDADES

Fonte: Dados Primários (Douglas Rocha) 2007.

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1

Tabela 7 – Resultado da Execução da Planilha Swot

Fonte: Dados Primários (Douglas Rocha) 2007.

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Analisando o gráfico do quadro da execução da planilha swot, observa-se

que a empresa encontra-se em um nível favorável no mercado em que atua.

4.7.2 Metodologia de Crédito

Os clientes são prospectados por diversas formas como tele-marketing,

visitas em órgãos públicos, panfletagens, entre outros. A aprovação do crédito

está submetida à disponibilidade da margem consignável ou prazo suficiente para

realização de refinanciamentos de contratos já estabelecidos anteriormente. A

contratação do crédito está sujeita a disponibilidade da margem, sendo liberado o

contrato conforme fluxo de atividades descrito anteriormente. A cobrança do

contrato é realizada pelo banco receptor do contrato, não tendo desta forma o

correspondente nenhuma responsabilidade sobre o mesmo. Os clientes têm a

sua disposição serviços como a realização de novos contratos, refinanciamento

dos já realizados e compra de dívidas (compra de um contrato realizado

passando sua dívida a outro).

4.7.3 Competitividade

Frente a uma acirrada competitividade em que se encontram as empresas

que atuam no ramo de crédito consignado, em especial na cidade de

Florianópolis, a empresa Euro Crédito vem se comprometendo com a qualidade e

responsabilidade no atendimento para com seus clientes e funcionários como

forma de se destacar em relação aos seus concorrentes. Desta forma, a empresa

vem visualizando seu crescimento ao longo de sua trajetória.

De forma a complementar sua posição no mercado, disponibiliza-se a

seguir a posição da carteira de crédito nos últimos seis meses.

Quadro 20– Posição da Carteira de Crédito (em mil R$)

Posição nos últimos 6 meses Mar/08 Fev/08 Jan/08 Dez/07 Nov/07 Out/07

Valor Total Emprestado (R$) 3.911 3.650 1.390 1.453 2.380 2.578

Nº de Créditos Concedidos 462 567 285 333 521 543

Nº de Clientes Ativos 463 491 296 334 608 553

Quadro de Pessoal Total 91 87 86 84 83 83

Nº de Agentes de Crédito 62 58 57 55 49 50

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Prazo Médio das Operações (meses)

62 58 46 41 42 43

Fonte: Dados Primários (2008)

Na mesma perspectiva, o perfil do crédito concedido se forma através da

carteira de crédito.

A natureza jurídica atendida pela empresa é exclusiva de Pessoa Física e

de ambos os sexos. Já os tipos de créditos variam entre crédito pessoal e crédito

consignado, dentre estes 98% são do consignado.

Para um melhor conhecimento do perfil de crédito apresenta-se a seguir a

faixa de valores de créditos concedidos pela empresa a seus clientes numa

distribuição percentual nos últimos 6 meses:

Gráfico 1 – Faixa de valor do crédito concedido nos últimos 6 meses.

2%12%

15%

71%

até R$ 1000.00 de R$ 1001.00 - 3000.00de 3001.00 - 5000.00 + de R$ 5000.00

Fonte: Dados primários (2008)

Dessa mesma forma, buscou-se mostrar o volume de crédito para cada

faixa de valor apresentado no gráfico 1. Assim sendo, segue abaixo o gráfico do

volume de crédito por faixa de valor:

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Gráfico 2 – Volume de crédito por faixa de valor dos últimos 6 meses.

R$2,292,918.00

R$10,941,566.32

R$ 264,396.00 R$1,864,896.00

até R$ 1000.00 de R$ 1001.00 - 3000.00de 3001.00 - 5000.00 + de R$ 5000.00

Fonte: Dados primários 2008

Conforme mencionado, 98% dos créditos concedido aos clientes são

consignado em folha de pagamento, destes apresentar-se-á somente os tipos de

clientes mais atendidos, dentre eles, 74% são concedido aos funcionários

públicos do Estado de Santa Catarina, 3% são aos funcionários Federais Civis e

Militares, 15% aos funcionários de Prefeituras, entre elas estão a de Biguaçu/SC,

Barra Velha/SC e Florianópolis e 82% aos aposentados do INSS. Desta forma,

apresenta-se a seguir o gráfico da porcentagem de atendimento/vendas dos

maiores clientes.

Gráfico 3 – Porcentagem de atendimento/vendas dos maiores clientes dos últimos 6 meses.

74%

8%

15%3%

Estado de Santa Catarina INSS

Prefeituras Federais Civis e Militares

Fonte: Dados primários (2008)

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4.8 Impacto Ambiental

Devido a Euro Crédito ser uma empresa de serviços, a mesma não dispõe

de sistemas de gestão ambiental, porém busca participar no que for preciso ao

tocante sustentabilidade social, criando um ambiente de trabalho que busca

harmonizar a relação empresa x sustentabilidade. Desta forma a empresa busca

separar os papéis usados que antes iam para o lixo comum com o intuito de

direcionar a uma empresa de reciclagem, também separa os copos plásticos

descartáveis com a mesma finalidade. Com relação à aplicação do projeto, não

se encontra nenhum obstáculo ou dificuldade quanto ao impacto ambiental, pois

não realizará grandes obras, somente alugará salas comerciais. Dando desta

forma continuidade ao trabalho que já está sendo feito pela empresa.

4.9 Situação Econômico-Financeira Atual

Diante do balanço patrimonial, demonstração de resultado do exercício e

fluxo de caixa apresentado pela empresa pode-se chegar aos respectivos

resultados apresentados na planilha a seguir.

Tabela 8 – Indicadores econômico-financeiros.

DESCRIÇÃO 31/12/07

INDICADORES DE LIQUIDEZ GERAL 25,60 CORRENTE 25,60 SECA 25,60 IMEDIATA 25,60

INDICADORES DE ESTRUTURA IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMONIO LÍQUIDO 0,02 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS 0,04 COMPOSIÇÃO DA DÍVIDA 1,00

INDICADORES DE RENTABILIDADE MARGEM OPERACIONAL BRUTA 0,97 MARGEM LIQUIDA 0,67 GIRO DO ATIVO OPERACIONAL 1,26 Fonte: Dados primários 2008.

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Após a obtenção dos resultados encontrados na aplicação dos índices

financeiros observa-se que a empresa possui índices de liquidez geral, corrente,

seca e imediata de 25,60, ou seja, na liquidez geral a empresa possui para cada

R$ 1,00 de dívida, R$25,60 de bens e direitos para liquidar seus compromissos

financeiros de longo prazo. No índice de liquidez corrente a empresa possui

R$25,60 de ativos conversíveis em dinheiro no curto prazo para liquidar cada

R$1,00 de dívida de curto prazo, sendo considerado este um bom resultado. Com

relação aos índices de liquidez seca e imediata se obteve os mesmos resultados,

considerando desta forma a empresa com índices de liquidez favoráveis.

Com relação ao índice imobilização do patrimônio liquido, pode-se

observar que para cada R$1,00 de recursos totais, o capital de terceiros participa

com R$0,04. De acordo com o índice de composição do endividamento obtido

pode-se observar que 1% da dívida da empresa vence no curto prazo. Já nos

índices de rentabilidade, foi encontrado para margem bruta um valor de 97%, ou

seja, a empresa obtém de lucro bruto 97% para cada R$1,00 de receita líquida.

Na margem liquida a empresa apresentou que depois de descontados todos os

custos e despesa, sobraram 67% das vendas liquidas da empresa. No giro do

ativo operacional, os ativos operacionais se renovaram 1,26 vezes no ano

analisado.

4.10 Projeto - Finalidade

Devido ao crescente e acirrado mercado em que se encontra a empresa

Euro Crédito, entende-se que seja preciso focar de forma clara e objetiva seus

interesses. Dessa forma, seus administradores e sócios buscam através deste

projeto um diferencial que visa atingir suas metas e objetivos.

Este projeto visa à implantação de uma base operacional próxima a da

empresa, com o objetivo de prestar atendimento somente aos clientes internos

deixando o escritório já utilizado para setores da empresa como: financeiro,

atendimento ao público, direção, e outras atividade afins. Assim sendo, o objetivo

central deste projeto de investimento será o de facilitar o fluxo de atividades entre

as partes operacionais e vendas, pois desta forma os funcionários terão a sua

disposição melhores ambientes de trabalho, ou seja, mais telefones,

computadores, bases de tele-marketing, entre outros. Facilitando a empresa

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deste modo, a aumentar seu quadro de funcionários e equipamentos tornado a

empresa maior e mais competitiva, visto assim, o grande e vasto campo de

clientes e produtos disponíveis a serem explorados.

Com esta implantação, a empresa terá um fluxo de atividades mais

facilitado com processos mais rápidos, ou seja, na hora de concretizar a

operacionalização dos contratos a empresa não encontrará obstáculos na

formalização dos mesmos.

Um dos objetivos precípuo da empresa é o de aumentar seu quadro de

funcionários, entre eles estão área operacional e de vendas, de forma a criar

postos fortes frente a concorrência.

Visto que a empresa possui material de trabalho suficiente ao desempenho

de suas atividades atuais e as que irão ser criadas em função da aplicação do

projeto proposto, cria-se assim uma oferta interna por este material, facilitando de

forma rápida e precisa o alcance de suas metas já estabelecidas. Desta forma,

aumentar o quadro de funcionários, torna-se fator estratégico para a empresa

frente aos concorrentes.

Um dos fatores de escolha a implantação desta nova base operacional é o

de se fixar próximo ao escritório já utilizado pela empresa, tendo assim,

vantagens como deslocamento dos funcionários e dos materiais de trabalho,

rotinas administrativas, treinamento entre os funcionários do escritório atual e os

da nova base, entre outras vantagens nas rotinas de trabalhos. As novas

instalações serão feitas em um imóvel alugado. Visto que na região em que a

empresa se localiza existem diversos imóveis a serem alugados, acredita-se que

não será difícil a obtenção do mesmo.

4.11 Quadro de Usos e Fontes

Buscando conhecer os valores necessários ao investimento apresenta-se

a seguir o orçamento realizado, os investimentos financeiros e as fontes de

recursos próprios e de terceiros no quadro de usos e fontes.

Quadro 21 – Usos e Fontes

Quadro de Usos e Fontes - em R$ 1,00 DISCRIMINAÇÃO VALOR TOTAL TOTAL DO

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PROJETO

USOS 1 - Investimento Fixo Máquinas e Equipamentos 28.200,00 Instal., montagem e fretes 2.100,00 Veículos 26.000,00 Móveis e utensílios 22.000,00 Estudos e Projetos 3.000,00 Eventuais 4.000,00 Outros 3.000,00 2 - Investimento Financeiro Capital de Giro 34000,00 TOTAL 122.300,00 FONTES 1 - Recursos Próprios Patrimônio Líquido 12.230,00 2 - Recursos de Terceiros Financiamentos Pretendidos - Banco do Brasil 110.070,00 - Sistema BNDES - Outras instituições TOTAL 122.300,00 122.300,00 Fonte: Dados Primários 2008.

4.12 Projeções Financeiras

Uma das metas da empresa neste novo projeto será o de aumentar as

vendas em produtos antes pouco focados pela mesma, produtos estes como:

empréstimo consignado aos servidores Federais Civis e Militares exposto no

quadro 3 com apenas 3% no ranking dos clientes mais atendidos, empréstimos

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aos servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina e ao Tribunal

Regional Eleitoral do Estado de Santa Catarina. Para isto serão criados nesta

nova base operacional setores de tele-marketing direcionados de forma

especifica a estes produtos. Outra meta a ser atingida pela empresa é a de

proporcionar um aumento de vendas do empréstimo concedido aos Servidores

do Estado de Santa Catarina. Desta forma, a empresa buscará concretizar seu

objetivo central, que é o de proporcionar a mesma um aumento das vendas totais

para os próximos 12 meses em torno de 50% maior em relação a capacidade

produtiva atual.

Neste mesmo sentido, apresenta-se o gráfico da capacidade produtiva

atual e uma projeção da capacidade futura.

Gráfico 4 – Capacidade Produtiva atual e futura.

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

Trimestre1 Trimestre2 Trimestre3 Trimestre4

Produção dos 4 Trimantecedentes a implantação doprojeto (em milhões de R$)

Produção/Projeção dos 4 Trimapós a implantação do projeto(em milhões de R$)

Fonte: Dados Primários 2008

Após a realização do orçamento, pode-se obter o seguinte resultado sobre

a necessidade de captar recursos. Serão necessários para investimentos totais o

valor de R$ 122.300,00, sendo financiados pela instituição financeira apenas 90%

deste valor, ou seja, R$110.070,00, desta forma, os outros 10% (R$12.300,00)

serão utilizados do capital próprio da empresa. Será obtido um financiamento

num prazo de 48 vezes sendo 6 deles o prazo de carência, os juros a serem

realizados estimando os médios realizados será em torno de 5% mais TJLP

resultando em 6,25% num total. Desta forma segue o quadro do plano de

negócios.

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Quadro – 22 Detalhamento do plano de negócios 90%

1 - Valor total do plano de negócio 122.300.00

2 - Valor total do financiamento 110.070.00

3 - Recursos Próprios 12.300.00

4 - Prazo de carência 6 meses5 - Prazo de amortização 42 meses Juros 5.00% TJLP 6.25%

Participação da instituição financeira no projeto

Fonte: Dados primários 2008.

Numa mesma linha de raciocínio, apresenta-se a seguir a projeção da

demonstração do fluxo de caixa do ano atual e do primeiro ano após a

implantação do projeto.

Quadro 23 - Fluxo de caixa consolidado

ANO 0 ANO I ANO II ANO III

6.475.155.60 9,547,628.40 9,547,628.40 9,547,628.40Receitas 6.364.085.60 9,547,628.40 9,547,628.40 9,547,628.40Financiamentos 110,070.00

5,077,743.50 7,329,169.50 7,329,169.50 7,329,169.50Investimentos 122,300.00Amortização/Juros (do fin.) 25,286.70 25,286.70 25,286.70Amortização/Juros (outros fin.) 93,957.20 93,957.20 93,957.20 93,957.20Imposto de Renda 374,267.00 561,400.50 561,400.50 561,400.50Custos/Despesas (exeto depreciação) 4,487,219.20 6,648,525.00 6,648,525.00 6,648,525.00

1,397,412.10 2,218,458.90 2,218,458.90 2,218,458.90

1,397,412.10 1,988,534.60 1,988,534.60 1,988,534.60SALDO DESCONTADO

PROJEÇÃODISCRIMINAÇÃO

1. ENTRADAS

2. SAIDAS

SALDO

Fonte: Dados primários 2008. Quadro – 24 Fluxo de caixa projetado - projeto

ANO 0 ANO I ANO II ANO III110,070.00 3,182,542.80 3,182,542.80 3,182,542.80

Receitas 0.00 3,182,542.80 3,182,542.80 3,182,542.80Financiamentos 110,070.00 0.00 0.00 0.00

122,300.00 2,373,726.00 2,373,726.00 2,373,726.00Investimentos 122,300.00 0.00 0.00 0.00Amortização/Juros (do fin.) 0.00 25,286.70 25,286.70 25,286.70Amortização/Juros (outros fin.) 0.00 0.00 0.00 0.00Imposto de Renda 0.00 187,133.50 187,133.50 187,133.50Custos/Despesas (exeto depreciação) 0.00 2,161,305.80 2,161,305.80 2,161,305.80

(12,230.00) 808,816.88 808,816.88 808,816.88(12,230.00) 724,989.90 724,989.90 724,989.90SALDO DESCONTADO

PROJEÇÃODISCRIMINAÇÃO

1. ENTRADAS

2. SAIDAS

SALDO

Fonte: Dados primários 2008.

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Foi presumido um aumento nas vendas por volta de 50% em relação a

produção atual, projetando-se no fluxo de caixa um aumento nas vendas de

R$6.475.155,60 para R$ 9.547.628,40 no ano seguinte a aplicação do projeto,

podendo-se observar estes valores no fluxo de caixa consolidado, com

investimentos de R$110.070,00 sendo estes 90% a serem captados na instituição

financeira, obtendo a empresa no ano 0 um saldo total de R$ 1.397.412,10

anuais. Já no ano após a aplicação do projeto observa-se além dos crescimentos

das vendas a amortização do financiamento e o aumento dos custos, porém

resultando num saldo total de fluxo de caixa num valor de R$ 2.218.458,90 e

descontado de R$1.988.534,60, apresentando o resultado esperado, ou seja,

crescimento após a realização do investimento.

A realização da projeção do fluxo de caixa aconteceu da seguinte forma:

aplicou-se o aumento desejado nas vendas, consequentemente resultou no

aumento das obrigações fiscais, após aplicou-se a porcentagem de aumento em

relação a média salarial na contratação de mais 11 funcionários, obtendo também

o aumento dos encargos sociais, com relação as despesas com pró-labore,

contador e outros honorários profissionais não se aplicou aumento para o ano

seguinte, com relação as despesas com publicidade e propaganda que é de

0,15% das vendas totais, foi colocado um aumento de 0,05% em relação ao ano

anterior, as comissões de vendas também aumentaram de R$1.074.600,20 para

R$1.623.096,80 do ano 0 para o ano projetado, as despesas gerais que eram de

9.04% em relação as vendas passaram para 10.47% na projeção.

4.13 Análise

Quadro 25 – Critério de avaliação econômica do projeto.

Fonte: Dados primários 2008.

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Um projeto deve conforme ressaltado na fundamentação teórica ser

avaliado em termos de indicadores, que têm por objetivo comprovar a viabilidade

do mesmo.

Ao utilizar a planilha de fluxo de caixa disponibilizada pela Caixa

Econômica Federal em seu site, foram evidenciados a viabilidade do mesmo em

termos do Valor Presente Líquido, Taxa Interna de Retorno e Prazo de Retorno

de Investimento (payback).

O indicador VPL demonstra que o investimento proposto pela empresa

apresenta um retorno da ordem de R$ 2.921.893,50 se considerado apenas o

projeto, já na forma consolidada, que contempla os dados atuais da empresa e o

projeto, o investimento também se evidencia viável.

A taxa interna de retorno (TIR) evidencia que o projeto apresenta uma taxa

em muito superior ao custo do financiamento que é de 11,56 ao ano.

O prazo de retorno do investimento denota que o projeto de forma isolada

se paga em 0,21 anos ou 2 meses e 15 dias.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos necessários à realização deste trabalho foram realizados com

sucesso. Foram apuradas as informações econômico-financeiras necessárias à

realização do projeto, analisou-se com os resultados obtidos à viabilidade

econômico-financeira da empresa, chegando-se ao resultado esperado, ou seja,

a empresa possui condições financeiras de captar o recurso desejado.

Para se chegar aos resultados finais foram calculados os seguintes

indicadores financeiros: VPL, TIR, Ponto de equilíbrio, Payback, Índices de

liquidez, rentabilidade, composição do endividamento e índice de atividade,

buscando desta forma conhecer e apresentar a empresa no projeto realizado.

Na percepção obtida com relação ao mercado, observa-se que a

competitividade entre empresas do setor tem se tornado cada dia mais acirrada.

Outro dado que se pode observar é a divulgação do SEBRAE com relação à alta

taxa de mortalidade das empresas recém estabelecidas. Desta forma, entende-se

que seja necessário para a empresa tomar uma decisão consistente com relação

à futura aplicação de um projeto de investimento, se dispondo a realização e

acompanhamento do mesmo.

Apenas obter aprovação do projeto para captação do recurso necessário

não torna certa a realização ou aplicação do recurso nesta nova base

operacional, ou seja, deixa-se para futuras continuações deste trabalho outras

possíveis pesquisas com o intuito de se ampliar à pesquisa de marketing,

mercado e outras necessárias a complementação deste trabalho.

Este trabalho teve como finalidade apresentar a organização de forma

objetiva, fazendo também uma análise dos dados obtidos com o intuito de

conhecer de forma prévia a viabilidade da mesma em ter condições de assumir

um compromisso financeiro em uma instituição competente. Assim sendo,

acredita-se ter sido realizado o objetivo inicial deste.

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REFERÊNCIA

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DE MORI, Flávio. Empreender: identificando, avaliado e planejando um novo negócio. Florianópolis: Escola de Novos Empreendedores, 1998. FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro. Produtos e Serviços. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998. GITMAN, Lawrence J.. Princípios de administração financeira. Essencial. Porto Alegre: Bookman, 2001. HOJI, Masakasu. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. São Paulo: Atlas, 2007. HOJI, Masakasu. Administração financeira. Uma Abordagem Prática. São Paulo: Atlas, 2000. HOLANDA, Nilson. Planejamento e projetos: uma introdução as técnicas de planejamento e elaboração de projetos. 13 ed. Fortaleza: Estrela, 1987. KROLL, Mark J. PARNELL, John Alan. WRIGHT, Peter. Administração estratégica. 4 ed. São Paulo. Atlas, 2007. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. São Paulo: Atlas, 2007. PUGA, Fernando Pimentel. Sistema financeiro brasileiro: Reestruturação recente, comparações internacionais e vulnerabilidade à crise cambial. Rio de Janeiro: BNDES, 1999, Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/conhecimento/TD/td-68.pdf>. acesso em: 24 fev. 2008. ROSS, Stephen A. WESTERFIELD, W. Randolph. JORDAN, D. Bradford. Princípios de administração financeira. Essentials of corporate finance. São Paulo: Atlas, 1998. SANTOS, Ariovaldo dos. CASA NOVA, Silvia Pereira de Castro. Proposta de um modelo estruturado de análise de demonstrações contábeis. RAE-eletrônica, v. 4, n. 1, Art. 8, jan./jul. 2005, disponível em: <http://www.rae.com.br/eletronica/index.cfm?FuseAction=Artigo&ID=2176&Secao=ARTIGOS&Volume=4&Numero=1&Ano=2005>. Acessado em: 25 fev. 2008. SILVA, Adilson Duarte da. Análise das demonstrações financeiras da Intelbrás. São José, Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI: 2005.

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SILVA, Ângelo Alves da. Gestão financeira: um estudo acerca da contribuição da Contabilidade na gestão do capital de giro das médias e grandes indústrias de confecções do Estado do Paraná. São Paulo: FEA/USP, 2002. SILVA, José Pereira da. Gestão de análise de risco de crédito. São Paulo: Atlas, 2000. SOUZA, Alceu e CLEMENTE, Ademir. Decisões financeiras e análise de investimentos. São Paulo: Atlas, 2004. TULIO, Sergio Luiz. Elementos determinantes na aprovação das operações de financiamento com recursos do BNDES em projeto de expansão: O caso do BRDE – Agência de Curitiba. Florianópolis: UFSC, 2005.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Curriculum Vitae – Luiz Gustavo Silva e Silva

LUIZ GUSTAVO SILVA E SILVA___________________________________________ Brasileiro, Solteiro, 27 anos Rua: Tertuliano Brito Xavier, 2011apto 202, Canasvieira – Florianópolis/SC Tel.: (48) 32117373 Celular: (48) 99279328 e-mail – [email protected] RESUMO DAS QUALIFICAÇÕES

� Oito anos de experiência profissional na área de financeira bancária. � Fluência em Espanhol � Inglês Intermediário

FORMAÇÃO ACADÊMICA________________________________________________

� Bacharel em Administração Bancária, ASSESC, Florianópolis, 2005. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL____________________________________________

� Euro Crédito desde jun/07 Gerente de Atendimento

� Banco Itaú set/06 a jun/07 Gerente de Relacionamento Personnalité

� Banco Safra dez/05 a set/06 Assistente de Investimento

� Banco Real 2000 a 2005

Gerente Pessoa Jurídica INFORMAÇÕES ADICIONAIS____________________________________________

� Gestão do Cliente 2002 � Técnicas de Vendas 2004 � Produtos e Operações de Investimentos Financeiros 2005 � Mercado de Capitais e Corretagem APIMEC 2007 � ANBID CPA 10 2007 � Produtos, Serviços e Atendimento Private para Clientes de Alta Renda 2007

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APÊNDICE B – Curriculum Vitae – Nelson Carneiro d´Avila NELSON CARNEIRO d´AVILA Brasileiro, Casado, 58 anos Rua: Frederico Veras, 408 Pantanal – Florianópolis/SC Tel.: (48) 32117373 Celular: (48) 99805020 e-mail – [email protected] RESUMO DAS QUALIFICAÇÕES

� 28 anos de experiência profissional na área de financeira bancária. � Fluência em Espanhol

FORMAÇÃO ACADÊMICA________________________________________________

� Bacharel em Ciências Contábeis, PUC/RS, Porto Alegre/RS. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL____________________________________________

� Euro Crédito desde 2003 Gerente de Relacionamento

� Banco HSBC 1996 a 2003 Gerente Geral

� Banco Cidade 1993 a 1996 Gerente Geral

� Banco Nacional 1990 a 1993

Gerente Geral

� Banco Geral do Comercio 1987 a 1996 Gerente Geral � Citi Bank 1965 a 1983 Vice presidente

INFORMAÇÕES ADICIONAIS____________________________________________

� Small Businees

� ESS

� Crédito

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� ANBID

� Gerência

APÊNDICE C – Curriculum Vitae – Solange Tomatis d´Avila SOLANGE TOMATIS d´AVILA Brasileiro, Solteiro, 50 anos Rua: Frederico Veras, 408 Pantanal – Florianópolis/SC Tel.: (48) 32117373 Celular: (48) 99816604 e-mail – [email protected] RESUMO DAS QUALIFICAÇÕES

� 34 anos de experiência profissional na área financeira bancária. � Espanhol Intermediário � Inglês Intermediário

FORMAÇÃO ACADÊMICA________________________________________________

� Pedagogia, PUC/RS. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL____________________________________________

� Euro Crédito 2007 Gerente Operacional

� Banco Itaú 2003 a 2007 Gerente de Pessoa Física de Alta Renda

� Banco Safra 2000 a 2003 Gerente Pessoa Física Investimentos

� Banco Real 1992 a 2000

Gerente Pessoa Física

� Banco Nacional 1988 a 1992

Gerente Corporate Financial

� Banco Geral do Comercio 1973 a 1988 Gerente Leasing

INFORMAÇÕES ADICIONAIS____________________________________________

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� Atendimento ao Cliente � Matemática Financeira � Aplicação de Contas no exterior � ANBID I � ANBID II

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