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MANAUS, SEXTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2014 politica@emtempo.com.br (92) 3090-1019

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Urnas eletrônicas chegam ao interior do AmazonasPrimeiro município a receber o material eleitoral será Manacapuru. Previsão é que 4 mil urnas sejam utilizadas no interior

As urnas eletrônicas que serão utilizadas no pleito deste ano já começaram a ser dis-

tribuídas ontem para os municí-pios do Estado pelo Tribunal Re-gional Eleitoral do Amazonas (TRE). A primeira remessa do material deverá chegar hoje a Manacapuru (a 84 quilômetros da capital). A estimativa do tribunal é que, só no interior, 4 mil urnas sejam utilizadas para o pleito deste ano.

O Amazonas conta com cer-ca de 7 mil urnas - dentre as quais pelo menos 4 mil estão no interior e pelo menos 3.100 encontram-se em Manaus. Para Manacapuru foram disponibi-lizadas 321 urnas, que serão redistribuídas nas cidades de Anamã, Beruri e Caapiranga. Outras 200 urnas deverão ser encaminhadas hoje também para Itacoatiara, que atenderá as cidades de São Sebastião do Uatumã e Urucará.

Segundo o secretário de tec-nologia de informação (STI), Messias Sampaio, aproximada-mente 4 mil urnas devem aten-der todo o interior do Estado. Na capital, a distribuição começará no fi nal de setembro, sendo 3,2 mil urnas para Manaus. “Além das urnas, são encaminhadas também as urnas contingentes, que são uma forma de backup, no caso de algum aparelho apresentar problema. No total teremos mais de 7 mil urnas em

todo o Estado para este pleito”, explicou Sampaio.

O secretário destacou ainda que a distribuição das urnas se dá em três etapas: distribuição por polos do interior, por polo Manaus e na capital. Os polos do interior são oito: Manacapu-ru, Itacoatiara, Parintins, Silves, Eirunepé, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença e Tefé.

Já os que compõem o Polo Manaus são cidades que não têm condições de receber as car-gas (carregamento das urnas)

no próprio local e, por isso, o sistema com os dados do eleitor e do candidato são instalados na capital, e posteriormente enviados aos municípios. São eles: Anori, Apuí, Boca do Acre, Borba, Canutama, Carauari, Ca-reiro, Careiro da Várzea, Fonte Boa, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Iranduba, Juruá, Jutaí, Manaquiri, Manicoré, Nova Olinda do Norte, Novo Aripuanã, Pauini e Tapauá. Essas cidades devem receber as urnas, após a instalação do sistema até fi nal de setembro.

“Apesar de terem cidades aqui próximas a Manaus, como Iranduba, essas áreas não tem condições por questão de in-fraestrutura e de segurança, de receberem as urnas. Por isso, as cargas são feitas aqui em Manaus e só então, en-caminhadas para cada local”, explicou Sampaio.

De acordo com Sampaio, as urnas ainda não estão prontas para o uso no dia das eleições, pois o carregamento do sistema só começa a partir do dia 20 de setembro, quando 33 técnicos estarão indo aos polos para fazer a carga e teste nas urnas.

“Essas urnas são encaminha-das a cada polo sem sistema nenhum. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) libera o carre-gamento a partir do dia 10 de setembro. Aqui no Amazonas, a partir do dia 20 os técnicos estarão indo aos polos para re-alizarem as cargas”, disse.

O secretário de tecnologia disse ainda que ao participar de um encontro com secretários de tecnologia de informação, foi possível constatar que o sis-tema que vem sendo utilizado nas eleições, até pelo tempo de uso e maturação, nunca esteve tão estável.

“Nesse encontro e através dos testes que já foram fei-tos, a gente pode confirmar a confiabilidade e a segurança desse sistema. Na semana de teste o nível de erro foi menor que 0,5%, isso garante que nossa eleição ocorrerá tudo tranquilo”, destacou.

ESTATÍSTICA O Amazonas conta com cerca de sete mil urnas - dentre as quais pelo me-nos quatro mil serão disponibilizadas para o interior e o restante fi cará para atender as sessões da capital

Para as eleições deste ano, sete cidades do Amazonas deverão utilizar o voto bio-métrico. A Justiça Eleitoral do Amazonas iniciou, no dia 22 de abril, os trabalhos de recadastramento dos elei-tores. Presidente Figueiredo foi o primeiro município a fazer o uso da tecnologia com identifi cação digital.

Outras cidades que fazem parte da Região Metropo-litana de Manaus (RMM) também já utilizarão a

tecnologia nessas eleições, como Careiro da Várzea, Itacoatiara, Iranduba, Novo Airão, Manacapuru e Rio Preto da Eva.

Mesmo com mais de 50% do eleitorado do Amazonas, a capital Manaus fi cou de fora da primeira fase do cadastramento. A intenção é cadastrar os eleitores da ca-pital após as experiências ob-tidas nas cidades menores. Portanto, pelas previsões, Manaus deve contar o voto

biometricamente nas elei-ções municipais de 2016.

De acordo com o secretá-rio de tecnologia, Messias Sampaio, o diferencial é a segurança ao processo eleitoral. “A biometria não vai agilizar o tempo de votação, ela vai comprovar que você é você na hora da votação, para acabar com eleitores fantasmas”, disse ao acrescentar que o principal ganho com a biometria é a segurança.

Sete cidades com voto biométrico

O pessoal permanente efetivo do TRE é de menos de 400 pessoas em todo o território do Estado, segun-do publicação no site do colegiado. No entanto, para garantir sucesso no pleito deste ano, serão mobiliza-das 35 mil pessoas para a época das eleições.

De acordo com o Coorde-nador de Educação e Desen-volvimento do TRE, Sandro Rodrigues, sete são mem-bros do tribunal, 70 Juízes Eleitorais, 303 servidores do quadro funcional pró-

prio, reforçados com 176 servidores requisitados de outros órgãos governamen-tais, estes últimos, em sua maioria, passam a com-por a força de trabalho no ano eleitoral. Há ainda um total de 74 terceirizados e 84 estagiários. O maior acréscimo é o do grupo que vai trabalhar diretamente com as eleições, que são os mesários, coordenado-res e presidentes de mesa, entre outros, que totalizam 35.321 pessoas.

Segundo Rodrigues, o

quadro efetivo do TRE es-tava defasado, o que levou a um concurso em fevereiro deste ano, nomeando mais 41 novos servidores.

“O desafio foi treinar esse grupo em tempo há-bil para os trabalhos das eleições. Ao longo do mês de agosto, seguem as con-vocações de mesários, que serão treinados por multi-plicadores preparados em curso de formação promo-vido pela Coordenadoria de Educação e Desenvol-vimento TRE”, disse.

Quadro funcional será reforçado

Na tarde de ontem, o Tribunal Regional Eleitoral organizou as urnas que serão levadas para o interior. Primeiro lote sai da capital hoje, com destino às cidades de Manacapuru e Itacoatiara

MOARA CABRALEquipe EM TEMPO

ARQUIVO EM TEMPO

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José Melo faz visita aos trabalhadores do DistritoCandidato à reeleição esteve na manhã de ontem visitando fábricas do PIM para apresentar suas propostas de governo

Braga incluiu propostas no planoApós assumir compromis-

so, na última quarta-feira, dia 13, durante o Encontro com Lideranças Rurais e Coopera-tivistas, de adotar em seu pro-jeto para governar o Estado as propostas apresentadas pela Federação da Agricul-tura e Pecuária do Amazonas (FAEA) e pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB-Amazonas) no docu-mento “O que esperamos do próximo governador”, o sena-dor Eduardo Braga se reuniu nesta quinta-feira (14) com sua equipe de elaboração do programa de governo para discutir a efetiva inclusão das propostas da federação.

Na ocasião do encontro com as lideranças do setor primário, Braga, candidato ao Governo do Amazonas, fez o anúncio publicamente. “Nós estamos assumindo o compromisso com a federa-ção de que todas as propos-tas da FAEA e da OCB farão parte do nosso programa de governo”, afi rmou. E como seu programa de governo permanece em construção – com participação popular garantida por meio do site www.eduardobraga15.com.br – o senador decidiu já incluir as propostas.

Vale ressaltar que muitas das demandas apresenta-

das pela FAEA e OCB aos candidatos já constavam do programa de governo de Edu-ardo Braga no capítulo intitu-lado “Produção rural”, como a maior celeridade aos pro-cessos de regularização fun-diária e desburocratização do licenciamento ambientalem áreas rurais.

Reivindicações como o aumento da participação do setor primário no orçamento do governo do Estado e a continuidade e ampliação do programa de regionalização da merenda escolar também serão contemplados no pró-ximo governo de Eduardo Braga, caso seja eleito.

As políticas públicas para o setor agrícola fazem parte do projeto que Eduardo Braga tem para a criação de polos de desenvolvimento econô-mico e social no interior, daí a importância dispensada ao primeiro setor na construção do programa de governo do candidato. As reuniões com assessores ontem deram lu-gar aos compromissos pre-viamente agendados, já que a agenda ofi cial permane-ceu cancelada em respeito à trágica perda de Eduardo Campos, descrito por Eduar-do Braga como “um dos mais obstinados e determinados políticos da nova geração”.

FAEA E OCB

O governador do Ama-zonas José Melo (Pros), candidato à reeleição, tomou café

da manhã ontem com a classe operária do Distrito Industrial. Esse foi o primeiro encontro com trabalhadores do Polo In-dustrial de Manaus (PIM) para apresentação das propostas do plano de governo do candidato da coligação Fazendo mais por Nossa Gente. A reunião aconte-ceu na empresa Amazon Postes, localizada no Distrito Industrial II, Zona Leste da capital.

A conversa com os funcio-nários começou cedo, antes das 7h da manhã. Segundo o governador, o principal obje-tivo era abrir diálogo com a

classe tra-balhadora para apre-sentar as propostas de gover-no e rece-ber novas sugestões. Na con-versa, Melo falou sobre edu-cação, saúde, infraestrutura e desenvolvimento econômico eouviu questionamentos.

O fortalecimento do modelo Zona Franca foi um dos des-taques da conversa. José Melo ressaltou ainda seus projetos para desenvolvimento da eco-nomia em outros eixos, como o incentivo à produção rural,

à exploração mineral, estímulo à piscicultura, fruticultura e a criação de condições para a instalação de um polo gás-quí-mico no Estado.

“Nosso encontro foi muito produtivo. Foi uma conversa essencial para apresentar di-retamente propostas e ouvir sugestões e questionamentos de quem vive diariamente as políticas públicas do Estado”, frisou o candidato ao governo.

Durante a conversa, Melo en-fatizou suas propostas para in-teriorizar a saúde, com a criação do programa Pronto Especialis-ta, que vai levar médicos espe-cialistas para municípios-polo, e o fi nanciamento da atenção básica nos municípios.

A coligação do governa-dor e candidato à reeleição José Melo (Pros) teve dia de intensas ações polí-ticas em Manaus. Nesta quinta-feira, a chapa que tem o deputado federal Henrique Oliveira (SD) como vice-governador e o ex-governador Omar Aziz (PSD) disputando o Se-nado fez caminhadas nos bairros Grande Vitória, na Zona Leste, Novo Aleixo, na Zona Norte, e União, Zona

Centro-Sul.Acompanhados de co-

mitiva de candidatos aos parlamentos estadual e federal e da presidente municipal do PSD Nejmi Aziz, Melo e Omar fi ze-ram caminhada no bairro Grande Vitória, na Zona Leste da capital, no fi nal da tarde. O candidato a vice Henrique Oliveira fez o corpo a corpo pela manhã com moradores do Novo Aleixo e, à tarde, no bairro

da União.Segundo Melo, a pre-

sença nos bairros tem demonstrado a aceitação e o crescimento da candi-datura. “O sentimento é de que estamos no caminho certo pela resposta cari-nhosa que temos recebido”, disse. Melo e seu candi-dato a vice-governador têm se movimentado em duas frentes, como for-ma de ampliar o alcanceda candidatura.

Caminhadas em três bairros D

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Para o candidato, o encontro com os traba-lhadores do polo indus-

trial foi produtivo

Senador não cumpriu agenda de campanha nesta quinta-feira

AGECOM

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Agenda dos candidatos

Candidato reúne pela manhã com lideranças da Igreja Universal do Reino de Deus. À tarde, concede entrevista para um jornal local.

EDUARDO BRAGA

Candidato viaja para Pernambuco para acompanhar o velório do presidente nacional do seu partido e deverá retornar a Manaus somente na segunda-feira.

MARCELO RAMOS

Candidato fará panfl etagem pela manhã em área não divulgada. À tarde, concede entrevista a uma rede de televisão local e reúne com apoiadores de campanha.

HERBERT AMAZONAS

Candidato não divulgou agenda.

ABEL ALVES

Candidato realiza agenda administrativa como gover-nador e à tarde viaja para o município de São Sebastião do Uatumã. A viagem também deverá se estender a Itapiranga e Silves.

JOSÉ MELO

Candidato fará reunião às 9 horas no Centro de Vida Independente do Amazonas. Ao meio-dia participa de almoço na Câmara de Dirigentes e Lojistas. À tarde, grava para um programa de televisão local e à noite realiza encontro com moradores do conjunto Flores.

CHICO PRETO

Candidato deverá fazer visita à cidade de Itacoatiara, onde realizará caminhada e irá conceder entrevista a uma rádio local.

NAVARRO

Chico Preto defende orçamentoO deputado estadual e can-

didato ao governo Marco An-tônio Chico Preto (PMN/AM) resgatou, ontem, a discussão em torno da fi xação de um orçamento mínimo anual de in-vestimentos no setor primário e pediu para a Assembleia Le-gislativa do Estado (ALEAM) priorizar a votação da PEC-18, de sua autoria, há três anos tramitando naquela casa.

Em breve pronunciamento,

Chico Preto apontou, ainda, a necessidade de se ajus-tar o planejamento no setor primário para que se possa potencializar as ações coloca-das em prática pelos diversos órgãos e, consequentemente, atingir os objetivos almeja-dos por todos. “O momento é imperioso para a votação dessa matéria, que institui um orçamento mínimo anual para investimentos no setor primá-

rio, porque reina o viés da im-pessoalidade, uma vez que não sabemos quem será o próximogovernador”, disse ele.

Além de destacar que os números divulgados pelo próprio governo revelam a falência do setor primário amazonense, Chico Preto lembrou que o planejamen-to depende do bom enten-dimento entre os diversos órgãos e disse acreditar que

o estabelecimento e criação de alternativas econômicas ao modelo Zona Franca pas-sam, necessariamente, pelo fortalecimento das cadeias produtivas e da agricultura familiar. “O comprometi-mento partidário da Secre-taria de Produção – Sepror -, também serviu para atrofi ar, nos últimos anos, o cres-cimento do setor primárioamazonense”, afi rmou.

SETOR PRIMÁRIO

Chico Preto pediu celeridade na votação da PEC-18

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Omar realiza comício no Baixo e Médio Amazonas Candidato ao Senado deverá percorrer municípios de São Sebastião do Uatumã, Itapiranga, Silves, Iranduba e Novo Airão

O ex-governador e candidato ao Se-nado Federal Omar Aziz (PSD), pela Coli-

gação Fazendo mais por Nos-sa Gente, inicia hoje viagem por cinco municípios na região do Baixo e Médio Amazonas e Região Metropolitana de Manaus (RMM). Acompanha-do do candidato à reeleição, o governador José Melo (Pros), a comitiva deverá percorrer os municípios de São Sebastião do Uatumã, Itapiranga, Silves, Iranduba e Novo Airão.

O primeiro município a re-ceber a comitiva hoje será São Sebastião do Uatumã (distante 247 quilômetros de Manaus), onde o encontro com a população está previsto para ocorrer às 9h. Em seguida, Melo e Omar seguem para Ita-piranga (a 227 quilômetros da capital). Na cidade, o comício será realizado às 14h. Encer-rando o dia, a comitiva par-ticipará do comício na cidade de Silves (a 200 quilômetros da capital), às 17h.

No sábado (16) é a vez de Iranduba e Novo Airão, na RRM, receberem os candida-tos. Em Iranduba, município

mais pró-ximo da c a p i t a l a m a z o -nense, a 25 qui-lômetros pela Ponte Rio Negro, o comício ocorrerá às 9h. Conhecida pelo seu potencial turístico, Novo Airão (180 quilômetros) encerra a agenda de viagem dos candidatos com realiza-ção do evento às 14h.

Ex-governador, o candi-dato ao Senado Omar Aziz ressalta a potencialidade desses municípios e as con-quistas alcançadas durante sua gestão à frente do go-verno do Estado.

“Tratamos os municípios de maneira igual, estando eles mais próximos a Manaus ou mais distantes, respeitando, acima de tudo, a peculiaridade e o potencial de cada um. Foi assim que eu e o Melo conse-guimos levar mais saúde, mais educação, mais segurança e infraestrutura para essas ci-dades. É preciso continuar, pois há muito a ser feito”.

Segundo José Melo, além de apresentar o programa de governo, a presença nos municí-pios ajuda a enriquecer as ações e contemplar novas demandas levan-tadas pela população. “Semana passada es-tive no Juruá e vamos continuar fazendo esse trabalho em todo o Es-tado para mostrar às pessoas todas as nos-sas propostas em prol de um Amazonas me-lhor. Ao lado do Omar, participei de um gover-no reconhecido como o melhor do Brasil. Vamos continuar nesse cami-nho de criar oportuni-dades, avançando cada vez mais. Para isso, é preciso ouvir”, disse.

Levantar as demandas da população

Candidatos ressaltam que as visitas aos municípios são importantes para colher demandas

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Vice do PSB é o principal obstáculo de Marina

Com a trágica morte de Eduardo Campos, o vice-pre-sidente que gosta de se po-sicionar como “esquerda do PSB”, tornou-se o principal empecilho à candidatura de Marina Silva à Presidência. Ele agora assume o coman-do do partido. Considerado um “tiranossauro da velha esquerda brasileira”, ele foi contra o rompimento com o governo PT para lançar can-didatura própria. Foi contra até à aliança com Marina.

Missão impossívelAliados cogitam Roberto

Amaral para vice, numa ten-tativa de tentar a concordân-cia dele para lançar Marina à Presidência pelo PSB.

Fim do 2o turnoLíderes tucanos temem

que Roberto Amaral subme-ta a Dilma e a Lula, a quem é ligado, o caminho que o PSB deve seguir.

Outros cotadosO PPS defende Roberto

Freire para vice de Marina. No PSB, há quem prefi ra outro pernambucano, Mau-rício Rands, muito ligadoa Campos.

Renata é opçãoMarqueteiros do PSB

sugerem Renata Campos, mulher de Eduardo, para vice de Marina. As duas se tornaram bem próximasna campanha.

Doações de empresas suspeitas implicam pe-tista

Fiscal implacável das doa-ções de campanha até para correligionários, o deputa-do Henrique Fontana (RS), ex-líder do PT na Câmara, está enrolado na revelação de documentos apreendidos por investigadores que o relacionam entre sete depu-

tados que pediram doações a empresas suspeitas de ligação ao cartel dos trens. O documento foi entregue pelo Conselho de Defesa Econômica (Cade) a auto-ridades federais.

EmpenhoFontana chegou a dizer

que não pediu nem recebeu doações dessas empresas, mas admite empenho pela “expansão do modo ferro-viário”.

Me dá um dinheiro aí...

Além de Fontana, fazem parte da lista de deputados apontados como pedintes Carlos Zaratini e Jilmar Tat-to, ambos do PT de São Paulo.

Outros pedintesTambém estão na lista

Jaime Martins (MG) e Milton Monti (SP), do PR, Leonardo Quintão (PMDB-MG) e Van-derlei Macris (PSDB-SP).

Alavanca Lideranças de Pernambu-

co não falam publicamente, mas em particular dizem que a comoção pela morte de Eduardo Campos deve alavancar a candidatura de Paulo Câmara (PSB) para governador.

FraquinhoMembros do Conselho de

Ética consideraram “fraco” o relatório de Júlio Delgado (PSB-MG) pedindo a cassa-ção de André Vargas, que foi mais centrado no jatinho do doleiro do que no casos de tráfi co de infl uência.

CNC cochilandoDorme no ponto o pre-

sidente da Confederação Nacional do Comércio, An-tônio de Oliveira Santos, que há 34 anos se agarra como carrapato ao cargo: até agora os candidatos a

presidente não conhecem as demandas do setor que gera mais de 40 milhões de empregos no país.

Ato ecumênicoO senador João Capiberibe

(PSB-AP) organizou ontem à noite um ato ecumênico em memória de Eduardo Cam-pos, em Macapá. A expec-tativa inicial do partido era reunir 20 mil pessoas.

Bronca coletivaAline Peixoto, mulher de

Rui Costa, candidato do PT ao governo, rodou a baiana em Jequié (BA), onde não encontrou material de cam-panha do marido no comitê de Euclides Fernandes (PDT) e Antônio Brito (PP).

TraumaCandidato ao Senado,

Paulo Bornhausen (PSB-SC) fi cou abalado com a tragé-dia que matou Campos: “Me veio à memória o acidente aéreo do Júlio Redecker. Acompanhei a busca pelos corpos, foi um horror”.

Justiça lenta?Advogados têm reclama-

do do sistema de acesso processual, no Superior Tri-bunal de Justiça. Eles demo-ram mais de quinze minutos para ter acesso. O sistema está sempre muito lento.

Dinheiro é vendavalA mulher do governador

capixaba Renato Casagran-de (PSB) gastou só R$ 282 em viagem a São Paulo, em 2013. Mas a do antecessor Paulo Hartung pegou pesa-do com o erário, entre 2007 e 2010: R$ 83,7 mil.

Boa notíciaEm meio à consternação

pelo falecimento de Edu-ardo Campos, uma notícia positiva: o possível adia-mento da propaganda elei-toral gratuita.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Malícia política

www.claudiohumberto.com.br

“Nossa relação era muito forte”LULA, que silenciou quando liderados do PT

chamaram Eduardo Campos de “playboy”

Implacável líder da UDN, Carlos Lacerda interpelou ACM, da corrente “chapa branca” do partido, sobre a visita dele ao “inimigo”, presidente JK. Ele confirmou o papo às 10h da manhã e observou, cheio de malícia:

- ...antes de mim, esteve por lá, às 7h, o Magalhães Pinto. Referia-se ao presidente da UDN. “A raiva de Lacerda passou para o outro Magalhães”, divertiu-se ele, ao lembrar o caso no livro “ACM fala de JK”.

Candidato petista que pleiteia uma vaga no Senado teve o seu registro homologado pela corte do tribunal

TRE defere candidaturade Francisco Praciano

Praciano travava uma briga judicial com o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores

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O deferimento do re-gistro de candida-tura do deputado li-cenciado, Francisco

Praciano (PT), que pleiteia a vaga de senador no Con-gresso Nacional foi publicado nesta quinta–feira (14) no site do Tribunal Superior Elei-toral (TSE). Foram também publicados os deferimentos de registro de candidatura de seus suplentes, Jorge Guima-rães e Luiz Borges.

Praciano e equipe comemo-raram a decisão, uma vez que o candidato correu o risco de fi car fora do processo eleito-ral deste ano, por causa de um embargo de registro de candidatura interposto pela Direção Nacional do PT. “Para nós, a candidatura de Praça nunca foi questionada, não tínhamos acordo de abrir mão da candidatura dele”, disse o

presidente regional do PT, Val-demir Santana.

O processo foi julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE), no fi nal do mês de julho, o qual rejeitou por unanimidade o embargo. Em reunião da executiva na-cional do PT, realizada no dia 5 deste mês, foi decidido que a legenda não iria recorrer da decisão.

Dos seis candidatos que concorrem ao Senado Fede-ral pelo Amazonas, apenas o candidato do Psol, professor Queiroz, teve o registro inde-ferido pelo TSE, assim como seus suplentes. O colegiado também já deferiu os seis primeiros e segundos suplen-tes ao senado.

O ex-governador e candidato ao Senado, Omar Aziz (PSD), tem como primeiro suplente Dr. Helder Cavalcante (PR) e

segundo suplente o verea-dor Luis M i t o s o (PSD); o vereador Marcelo Seraf im (PSB) tem como pri-meiro suplente Eduardo Cogo, fi liado ao mesmo partido do vereador, e como segundo su-plente o presidente municipal do PSB, Alexandre Barbosa.

Júlio Ferraz do PSTU tem como suplentes Valdilene Ro-cha e Maria Auxiliadora, res-pectivamente primeira e se-gunda suplente. Ambas são fi liadas ao PSTU. Assim como o candidato Jonatas Almeida do PMN, que tem como suplentes fi liados ao seu partido, Cristia-ne Campos e Alan Ciro.

O candidato da coliga-ção Renovação e Expe-riência para o Senado, Francisco Praciano (PT), cumpriu mais um dia de luto pela trágica morte do ex-governador de Per-nambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e apenas manteve conver-sas com assessores sobre as propostas ao Senado.

Ainda muito consterna-do pela perda prematura de Eduardo Campos, Pra-ciano tirou o dia para apro-fundar estudos e atuali-zar dados sobre os temas que quer levar ao Senado.

Entre os destaques está o combate à corrupção, bandeira que sempre fez parte da vida pública de Praciano.

Praciano preside, no Congresso Nacional, a frente Parlamentar de Combate à Corrupção e é autor de dezenas de Propo-sições Legislativas, como Propostas de Emendas Constitucionais (PECs) e Projetos de Lei (PLs) vol-tados para esse fim. De acordo com o candidato, uma importante estraté-gia para frear a prática da corrupção é o forta-lecimento dos órgãos de

fiscalização, como a Po-lícia Federal, o Ministério Público, federal e estadual, assim como o Tribunal de Contas da União (TCU).

Uma dessas proposi-ções, a PEC 329Q-2013, acaba com a indicação de Conselheiros dos Tri-bunais de contas dos Es-tados pelos governadores e pelas Assembleias Le-gislativas. “A corrupção causa um prejuízo de R$ 100 bilhões por ano ao nosso país. Junto com a so-negação de impostos, são R$ 700 bilhões que deixam de ser aplicados em me-lhorias para o povo.

Agenda política foi cancelada

Belão propõe mudar as sessõesO deputado estadual Belar-

mino Lins (PMDB), declarou, na manhã de ontem, ser a favor de que as sessões ple-nárias se realizem de segunda à sexta-feira de cada semana, com os dias de sábado e domingo sendo reservados à campanha eleitoral.

“Entendo que sábado e domingo bastam para que cada deputado faça a sua campanha em busca de votos e entendo também que as ati-

vidades plenárias ocorram semanalmente de segunda à sexta-feira, não há moti-vo para sermos diferentes”, explica Belão.

O objetivo, de acordo com ele, é dar mais transparên-cia e dinamismo às ações do Parlamento. “Digo que devemos nos equiparar aos servidores comuns das re-partições públicas do Estado e do Município e do Poder Judiciário, do Ministério Pú-

blico, do TCE-AM, e por aí afora, não somos melhores que ninguém”, destaca.

Líder do PMDB na ALEAM, o deputado Marcos Rotta afi r-ma concordar com a proposta de Belão e se diz disposto a debatê-la. “Vejo a proposta como positiva e acho que devemos debatê-la e analisá-la com bastante seriedade e respeito”, considera.

No início da semana, o presidente da casa, deputado

Josué Neto (PSD), declarou que estava estudando alte-rar o regimento para que as sessões ocorressem apenas nas segundas, terças e quar-tas-feiras, semelhante ao que ocorre na Câmara Municipal.

Devido ao período eleitoral, a presença de parlamenta-res na sessão plenárias tem sido cada vez menos. Josué Neto se comprometeu em manter rigor na presençados deputados. Belão quer que as sessões ocorram de segunda até sexta-feira

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Processo de Souza volta à pautaO embargo de declara-

ção, recorrido pela defesa do deputado Francisco Souza (PSC), que foi retirado de pauta na última terça-feira (12) em sessão do pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE), deverá ser julgado na próxima se-gunda-feira, dia18.

O requerimento recebeu na última sessão um pedido de vista do juíz Délcio Luis dos Santos. Segundo o advogado de defesa de Souza, Eduardo Ribeiro, o embargo deveria constar na pauta do dia 13 (quarta-feira), mas não re-tornou e que, portanto, nada

mudou. No entanto, Ribeiro acredita que o processo esteja em pauta na sessão da pró-xima segunda-feira (18). “O processo deveria ter voltado na pauta de ontem (quarta), mas não estava. Acreditamos que na sessão do dia 18, esteja para julgamento”, salientou.

A expectativa, de acordo com o advogado, é que o pleno do TRE compreenda a defesa e julgue pelo deferimento do registro de candidatura de Souza. Em caso contrário, a defesa entrará com recurso especial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Caso o pleno entenda pelo indeferimento,

teremos 72 horas para entrar com recurso especial no STE, mas estamos confi antes de que o pleno aceitará nossa defesa”, disse.

Francisco Souza teve o título eleitoral cancelado por não ter feito o recadastramento eleitoral em Iranduba, mu-nicípio onde tinha domicílio eleitoral. A reportagem não pode confi rmar se o processo do candidato será julgado na próxima sessão do colegia-do eleitoral, marcado para a segunda-feira (18), pois até o fechamento da matéria, a pauta não estava disponibili-zada no site do tribunal. Deputado está ameaçado de perder o registro porque não fez recadastramento biométrico

ALEAM

SEGUNDA-FEIRA

CMM se manifesta sobre mudança no uso do Cotão Casa Legislativa declarou como sensata a decisão do TCE em autorizar o uso da verba para os vereadores não candidatos

A decisão do pleno do Tribunal de Contas do Estado do Ama-zonas (TCE-AM), que

liberou o uso da Cota para o Exercício da Atividade Parla-mentar (Ceap) para a compra de gasolina e lubrifi cantes aos vereadores não candida-tos da Câmara Municipal de Manaus (CMM) nas eleições de 2014, foi considerada pelo procurador da CMM, Daniel Fernandes, como uma me-dida sensata, coerente, pru-

dente e conciliadora e que proporcionou o restabeleci-mento da relação democrá-tica entre os poderes.

A decisão do conselheiro Júlio Cabral, que é relator das contas da CMM, foi anun-ciada e homologada durante a 28ª sessão ordinária, na manhã de quarta-feira (13), por maioria de votos.

Na manhã desta quinta-fei-ra (14), um dia após a deci-são do TCE, o presidente da CMM, vereador Bosco Saraiva

(PSDB), determinou o envio de uma cópia da certidão com o teor da decisão a todos os 41 vereadores para que tomem conhecimento da medida.

Os vereadores candidatos nestas eleições continuam impedidos de usar o Cotão no período eleitoral. Dos 41 vereadores que compõem a 16ª legislatura da CMM, 26 disputam algum cargo eletivo no pleito de 2014.

O uso do “cotão” pelos parlamentares foi suspenso

cautelarmente, no último dia 28 de maio, pelo conselheiro Júlio Cabral, que atendeu a uma representação feita pelo Ministério Público de Contas (MPC), que apontou um des-controle com esse tipo de gasto, desconsiderando todos os procedimentos de controle adotados rigorosamente pela Controladoria da CMM.

Representação Na representação, o procu-

rador do MPC, Ruy Marcelo

— que atua nas contas da CMM —, sustentou que a corte precisava apurar “possível má gestão e ilegalidade por con-sumo excessivo e descontrole de despesas” com combus-tíveis e lubrifi cantes com as verbas do Ceap na Câmara.

Ao anunciar sua decisão na última quarta-feira (13), o conselheiro Júlio Cabral afirmou que a tomou depois de conversar com alguns conselheiros. “Minha deci-são, a partir de agora, será

estendida somente aos ve-readores candida-tos. Eles con t i nu -am proi-b i d o s , mas a li-beração para os demais não significa que o processo vai parar. As medidas estão sen-do tomadas e o processo segue”, anunciou.

O uso do “Cotão” pelos parlamentares foi suspenso cauterlamente no último dia 28 de maio pelo conselheiro do TCE, Júlio Cabral. Medida causou debates acalourados na Câmara Municipal

TIAGOCORREA/DIRCOM

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6 MANAUS, SEXTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Cúpula do PSB do Amazonas vai ao velório de CamposInformação foi confirmada pelo candidato da sigla ao governo do Estado, o deputado estadual Marcelo Ramos

Os principais nomes do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Amazonas já confi r-

maram participação no velório do presidente nacional da si-gla e presidenciável, Eduardo Campos, que morreu vítima de acidente aéreo na manhã de quarta-feira (13), em Santos, interior de São Paulo. A infor-mação é do candidato ao Go-verno do Amazonas, deputado estadual Marcelo Ramos (PSB), que durante sessão plenária de ontem na Assembleia Legis-lativa do Amazonas (Aleam), voltou a chorar e lamentar a morte trágica do companheiro de partido. “Eduardo Campos era um líder que morreu lutando. Homens que morrem lutando não podem ser homenagea-dos com covardia. Homens que morrem lutando são homena-geados com luta, e assim nós faremos,” lamentou.

De acordo com Ramos, ainda não é possível saber qual o dia da viagem ao Estado de Per-nambuco, onde acontecerão as últimas homenagens ao socia-lista, que morreu aos 49 anos e no auge da sua vida política. “A homenagem que estamos guardando é a participação no velório, entretanto está tudo muito difícil para a ida à Per-nambuco. Temos difi culdades com vôo, hotel entre outras coisas”, comentou.

Marcelo Ramos, que é vice-presidente estadual do PSB Amazonas, disse que a comi-tiva deverá ser formada pelo presidente do PSB no Estado, vereador Marcelo Serafi m, o presidente de honra, ex-prefei-to Serafi m Corrêa, o vereador Elias Emanuel, além do depu-tado estadual pelo PPS, Luiz Castro e do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB). A esposa de Ramos, Juliana Mara-nhão, também vai acompanhar o marido na comitiva.

“Conversei com o prefeito Ar-thur, ontem, por telefone, e ele

me disse que irá, o colega Luiz Castro também ex-pressou de-sejo de estar conosco nes-te momento. Minha esposa também deve viajar, ela fi cou m u i t o abalada, pois na recente pas-sagem de Campos por Manaus todos fi camos muito próximos. Caso não consigamos vôos jun-to às empresas aéreas, é pro-vável que tenhamos que fretar um vôo”, disse.

Sem esmorecerRamos sinalizou que não

pretende deixar esmorecer a vontade de trabalhar, nesses dois meses que restam para a realização das eleições. “É difí-cil, mas vamos seguir em frente. Campos nos deixa isso como legado. Não devemos desistir do Brasil”, relembrou a última mensagem de Campos à nação brasileira, nos momentos fi nais de uma entrevista dada a uma emissora de televisão.

Evitando repercutir análises políticas que atribuem à co-moção gerada pela morte de Eduardo Campos, que se licen-ciou do Governo de Pernambuco com 74% de aprovação junto à população local, um possível im-pulso à candidatura de Marina Silva, provável herdeira da vaga deixada por Campos, Marcelo lembrou que no primeiro mo-mento é preciso respeitar os três dias de luto estabelecido pelo diretório nacional.

“Está é uma decisão que será tomada na hora certa. O PSB estabeleceu três dias de luto. Claro que também é uma de-cisão que não pode demorar, o partido tem apenas 10 dias para estabelecer esse novo rumo. Mas, além deste prazo, tem na semana que vem o início do programa eleitoral na rádio e na televisão. Os espaços são importantes na campanha eleitoral”, esclareceu o deputa-do do PSB.

Principais lideranças do PSB devem ir ao velório de Eduardo Campos, morto na quarta-feira (13), em um acidente aéreo, em Santos (SP), e que ainda não tem data prevista para acontecer

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AÇÃO

JOELMA MUNIZEquipe EM TEMPO

Lembrado das difi culda-des de viajar pelo Amazo-nas, Marcelo Ramos disse em conversa com jornalis-tas que se sentiu profunda-mente preocupado com a estrutura aeroportuária do Estado, que, segundo ele, não oferece as mínimas condições de segurança para quem utiliza as rotas de vôos regionais. “Sabemos que a rotina de viagem faz parte da nossa missão, não estou reclamando disso, mas no Amazonas vivemos coisas absurdas. Mesmo o governo federal possuindo programa que estabelece linha de fi nanciamento para recuperação de aeroportos e aeródromos, nós nunca

recebemos nenhum centa-vo. Isso refl ete a incapa-cidade e o desvio de prio-ridades da nossa bancada federal”, disparou.

Ramos ainda falou da fal-ta de legislação para a regu-lamentação do transporte aquaviário de passageiros e cargas. “É ainda mais grave e perigoso viajar de barco pelo Estado, mesmo esse sendo o modal de transpor-te mais utilizado aqui. Falta controle e fi scalização, o que existe hoje é uma mi-nuta da Agência Regula-dora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (Arsam) elabo-rada em 2009, que nunca chegou à Aleam”, criticou.

Estrutura aeroportuária difícilO deputado estadu-

al Artur Bisneto (PSDB) manifestou, ontem (14), no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), pesar pelo fale-cimento do candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB). Bisneto se solidarizou com a família e amigos do presidenciável e des-tacou que Campos tinha um futuro promissor pela frente. “Eduardo Campos tinha um espírito público exuberante. Sem dúvida, uma perda irreparável. Mas a vida, às vezes, é ceifada desta forma. O Brasil perdeu uma fi gura pública de enorme caris-

ma, como poucas pessoas que conheci na política. Essa situação fez com que todos nós vejamos como a vida é curta”.

PerigosVicente Lopes (PMDB)

chamou a atenção para o perigo que as pessoas estão expostas, inclusive os políticos locais, nas viagens empreendidas ao interior amazonense, em aeronaves de menor porte e condições precárias. “Não tenho dúvida de que essa é a razão que nos move, dá força e coragem para en-frentar essas difi culdades e diversidades que a vida nos impõe”, disse.

Deputados manifestam pesar

Marcelo Ramos se emocionou ao falar de Eduardo Campos Artur Bisneto lembrou legado deixado pelo líder do PSB

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7MANAUS, SEXTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

PSB e PT: homenagem a CamposO PSB, partido do ex-gover-

nador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo, deve apro-veitar o primeiro programa da legenda no horário eleitoral de televisão para prestar ho-menagem ao pernambucano. Segundo integrantes da sigla, que estiveram reunidos on-tem (14), em São Paulo, os detalhes do programa ainda não foram defi nidos.

O horário eleitoral em rádio e televisão começa na próxima terça-feira, 19, e, por sorteio, a campanha de Campos abri-ria a programação. “Há uma possibilidade que seja feita uma homenagem (ao ex-go-vernador), mas decidiremos na semana que vem. Agora não tenho cabeça para nada”, disse o marqueteiro Diego Brandy na tarde desta quinta-feira, 14,

no comitê da chapa Eduardo e Marina, na capital paulista.

Já um dos fi lmes da propagan-da eleitoral da presidente Dilma Rousseff , candidata à reeleição pelo PT, também terá uma ho-menagem a Eduardo Campos, que disputaria a Presidência pelo PSB. A mensagem deverá ser gravada pelo ex-presidente Lula, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. O cacique

petista foi padrinho político de Campos, era amigo dele e fi cou bastante abalado com a morte. Ele fazia gravações para a propaganda de Dilma quan-do soube do acidente nesta quarta-feira. O ex-presidente cancelou a fi lmagem e toda a agenda dos próximos dias para acompanhar o velório no Recife, que deve acontece no fi m de semana.

HORÁRIO ELEITORAL

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PSB vai lembrar de Eduardo Campos na campanha eleitoral

Lançar candidatura da ex-senadora seria a atitude mais racional, mas deve render muitas negociações, diz professor

‘Marina Silva não é umaescolha automática do PSB’

Dez dias é o prazo que a coligação liderada pelo Partido Socialis-ta Brasileiro (PSB) tem

para defi nir o nome de quem assumirá o posto de Eduardo Campos na corrida eleitoral pelo Planalto. O candidato morreu na manhã de quarta-feira (13) em um acidente de aéreo.

Marina Silva, candidata a vice na chapa, é o nome mais óbvio. No entanto, segundo Roberto Romano, professor de Filosofi a Política da Universidade Esta-dual de Campinas (Unicamp), a ex-senadora não é unanimidade dentro do partido de Campos. “O lançamento da candidatura dela será produto de muita ne-gociação interna”, afi rma.

Apesar de não ser automáti-ca, a escolha pela ex-senadora seria a opção mais racional para o partido. Segundo o professor, ela teria condições de tirar vo-

tos tanto de Dilma Roussef f quanto de Aécio Ne-ves.

E m 2010, Ma-rina foi a p r inc ipa l revelação das eleições presi-denciais. Pelo Partido Verde (PV), do qual fazia parte na época, ela abocanhou 19,2% dos votos no primeiro turno – o que representa 20 milhões de eleitores.

O desempenho diante do elei-torado não seria a única questão que pesa na decisão da coliga-ção. “Se a candidatura de Mari-na for lançada, questiona-se até que ponto ela continuaria com a paz interna com o PSB dada a diversidade de culturas. Se lançar outro nome, certamente

o partido continuará pequeno”, afi rma o professor.

Irmão quer Marina Ainda sob o impacto da tragé-

dia que vitimou o candidato do PSB, seu irmão, Antônio Campos, em conversas com dirigentes do partido, defendeu ontem (14) que a candidata a vice na chapa, Marina Silva (Rede Sus-tentabilidade), substitua Edu-ardo Campos na disputa pela Presidência da República como titular. Tonca, como é conheci-do, acha que a luta de Eduardo Campos não pode morrer com ele. Mas correntes socialistas defendem que o substituto seja do PSB, já que Marina e seu grupo têm projetos próprios e só se abrigaram no partido até a criação da Rede, ofi cialmente. “Eduardo morreu lutando. Temos que colocar Marina para cima”, defendeu Antônio Campos.

Marina não fez questão de esconder que, assim que terminasse a eleição presidencial, ela retoma-ria seu projeto de tornar o Rede um partido polí-tico. Ficou claro que ela deixaria o PSB qualquer que fosse o resultado das urnas. Campos sempre procurou evitar criticar as posições de dela, mas, na cúpula do partido, ela amealhou adversários. O maior deles é exata-mente o vice-presidente da agremiação, Roberto Amaral, a quem recairá a direção do partido. Ele terá peso decisivo na ba-tida do martelo sobre qual será o rumo que o parti-do tomará nos próximos dias. Amaral diverge em grande parte do ideário defendido por Marina. Ao longo da pré-campanha e na etapa de defi nição da vice foram trocadas farpas entre eles.

Vice da sigla diz “não” à ex-senadora

Diante da insistência dela e do Rede em aceitar as alianças articuladas pelo PSB, Amaral atuava para demarcar a dife-rença das duas posições. “Se não tiver consenso em algum Estado, é pos-sível que o PSB tenha um candidato e a Rede apoie outro nome”.

A estas divergências soma-se o fato de que o ingresso de Marina e seus partidários nas hostes do PSB aconteceu de maneira inusitada. Sem conseguir registrar o Rede Susten-tabilidade na Justiça Elei-toral, a ex-ministra ingres-sou na legenda socialista e, em troca, fi cou com a vaga de vice.

Para o PSB, a entrada

da ex-senadora na chapa majoritária representava a oportunidade de abo-canhar uma boa parte do capital eleitoral de Marina, que nas últimas eleições presidenciais teve 20 mi-lhões de votos. Esta trans-ferência de votos, contudo, acabou não acontecendo na velocidade esperada. As pesquisas de intenção de voto colocavam Campos em terceiro lugar, atrás da presidente Dilma Rous-seff (PT) e de Aécio Ne-ves (PSDB), oscilando em torno de 10% da prefe-rência do eleitorado. Por outro lado, o PSB sempre apontou crescimento nas pesquisas quando o nome de Marina era colocado à frente da chapa.

Falta de consenso atrapalha

Marina não terá vida fácil para

convencer a cú-pula do PSB para encabeçar chapa

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8 MANAUS, SEXTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

EXPEDIENTEEDIÇÃO Mário Adolfo e Isabella Siqueira de Castro e Costa e Náis Campos

REPORTAGEMMoara Cabral,Joelma Muniz eAssessorias

REVISÃOGracycleide Drumond e João Alves

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira, Kleuton Silva eMário Henrique Silva

TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

Meta: julgamento de 600 processosO julgamento de cerca de

600 processos com reper-cussão geral que aguardam solução no Supremo Tribunal Federal (STF) será o maior desafi o do novo presidente da corte, ministro Ricardo Lewandowski, que foi eleito na quarta-feira (13). “Temos hoje cerca de 600 processos para julgamento com reper-cussão geral. Quando o Su-premo escolhe um tema com repercussão geral, os demais processos nos tribunais in-feriores fi cam represados”, explicou o ministro.

Segundo Lewandowski, atualmente existem temas

que envolvem 150, 200, 300 mil processos e as instâncias inferiores têm difi culdades até para guardar esses pro-cessos e os jurisdicionados fi cam sem solução para tais problemas levados à Justiça”, destacou o ministro. Ele disse que tem o apoio dos colegas do tribunal para dar vazão a esses julgamentos.

No primeiro semestre deste ano, os ministros do Supre-mo julgaram o mérito de 18 processos com repercussão geral reconhecida. Ao todo, a Corte já se pronunciou de-fi nitivamente em 182 temas que tiveram repercussão ge-

ral reconhecida, desde que o tribunal passou a adotar esse instrumento, em 2007. No ano passado, tiveram decisão fi nal (de mérito) 46 temas com impacto em, pelo menos, 116,4 mil processos sobres-tados em 15 tribunais.

Em sua primeira participa-ção em um evento da Asso-ciação dos Magistrados Bra-sileiros (AMB) depois de eleito presidente do STF, Lewan-dowski disse que pretende pautar sua gestão no diálogo com os Poderes Executivo e Legislativo, com o Ministério Público e associações como a Ordem dos Advogados do

Brasil (OAB) e as que repre-sentam magistrados.

No evento, cujo tema foi Jus-tiça Restaurativa, o ministro comprometeu-se a defender melhores condições salariais e de trabalho para os juízes brasileiros. “O que nós pre-tendemos é permitir que os juízes tenham todas as condi-ções para melhorar a presta-ção jurisdicional e, para isso, eles têm que ter as condições adequadas para tanto, seja do ponto de vista de equipamento, seja do ponto de vista de apoio material e humano e, porque não dizer, uma remuneração condigna”, afi rmou.Lewandowski quer dar celeridade a processos do STF

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AÇÃO NOVO PRESIDENTE

Agosto: mês marcado por tragédias políticas no paísHistória do país é marcada por episódios marcantes, como as mortes de Vargas e JK, Miguel Arraes e Eduardo Campos

Tragédias que resul-taram em mortes de políticos ainda estão na memória

de muitos brasileiros. E, de-pois do acidente com Edu-ardo Campos, alguns perso-nagens da história recente do país voltam à lembrança, inevitavelmente. Dois deles também morreram no mês de agosto: Getúlio Vargas (1954) e Juscelino Kubits-chek (1976).

Um destes episódios — que alterou os rumos do Brasil — completa 60 anos no próximo dia 24. Naquela madrugada, o país parou

com a morte do presiden-te que saiu “da vida para entrar na História”. Var-gas encerrou quase duas décadas como presidente (1930-1945 e 1951-1954) com um tiro no peito, no Palácio da Catete. “O pri-meiro episódio signifi cati-vo para a História, envol-vendo morte inesperada de presidente, foi com Vargas. E desencadeou na eleição de Juscelino Kubitschek”, afi rma o professor de Ci-ência Política da Unicamp, Valeriano Costa.

Os últimos dias no poder foram marcados por pres-

são política e insatisfação popular. Um dos casos que agravou a crise foi o aten-tado fracassado contra o jornalista Carlos Lacerda,

forte opositor do gover-no. O responsável pelo crime foi Gregório For-tunato, guarda-costas do então presidente.

Sobre a morte de JK, em um acidente de carro em 22 de agosto de 1976, o professor ressalta que ainda não foi confirma-do se foi uma fatalidade ou atentado motivado por questões políticas. “Jusce-lino seria um candidato à Presidência em caso de abertura do regime militar. Ele seria uma liderança na democratização, mas morreu antes”.

OUTROS FATOS INUSITADOS

» Eleito com um número expressivo de votos, após sete meses no governo, Jânio Quadros renunciou ao cargo de presidente da República. Era o dia 25 de agosto de 1961. João Goulart, seu vice,

assumiu o lugar de Jânio, mas foi destituído pelo golpe militar de 1964.

» Também em agosto, mas dessa vez de 1969, o presidente Costa e Silva foi afastado do cargo após ser diagnosticado com trombose. O vice-presidente Pedro Aleixo, civil, foi impedido de

assumir pelos militares. O Brasil passou a ser comandado por uma Junta Governativa Provisória,

até que o general Emílio Garrastazu Médici assumiu o governo, em outubro do mesmo ano.

VARGASUm dos episódios que alterou os rumos do Brasil completa 60 anos no próximo dia 24. Naquela madruga-da, o país parou com a morte do presidente que saiu “da vida para entrar na História”

JUSCELINO KUBITSCHEK GETÚLIO VARGAS EDUARDO CAMPOS

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