Empresa pública de pedágios é questionada pelo SICEPOT-RS · especializada para fazer o...

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Publicação mensal abril de 2012 ano 9 – número 108 IMPRESSO Impresso fechado. Pode ser aberto pela ECT Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em geral no Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura de Porto Alegre dá início às primeiras obras da Copa 2014 Empresa pública de pedágios é questionada pelo SICEPOT-RS Foto: Univias Empresa pública de pedágios é questionada pelo SICEPOT-RS

Transcript of Empresa pública de pedágios é questionada pelo SICEPOT-RS · especializada para fazer o...

  • Pu bli ca ção men sal abril de 2012

    ano 9 – nú me ro 108

    IM PRES SOImpresso fechado.

    Pode ser aberto pela ECT

    Sin di ca to da In dús triada Cons tru ção de Es tra das,

    Pa vi men ta ção e Obrasde Ter ra ple na gem em ge ral

    no Es ta do do Rio Gran de do Sul

    Prefeitura de Porto Alegre dá início às primeiras obras da Copa 2014

    Empresa pública de pedágios é questionada pelo SICEPOT-RS

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    Empresa pública de pedágios é questionada pelo SICEPOT-RS

  • Nos últimos 35 anos, o RS redu-

    ziu em muito a sua participação no

    PIB nacional. Passamos de um estado

    inovador em investimentos na área

    de infraestrutura, até os anos 70 –

    com implantação de rodovias de for-

    ma pioneira, além de investir e efeti-

    var a hidrovia do sistema Lagoa dos

    Patos-Guaíba-Jacuí –, a meramente

    periférico, em que nossos indicadores

    de desempenho são intermediários

    ou até pífios, como o percentual de

    investimento público em relação à re-

    ceita – critério que nos deixa entre os

    últimos no ranking do PIB nacional.

    Isto se deu por priorizarmos con-

    flitos internos ao invés de direcionar-

    mos nossos esforços para uma polí-

    tica de desenvolvimento robusta, na

    qual a infraestrutura, especialmente a

    rodoviária, é fator determinante para

    competitividade e inserção econômi-

    ca no mercado global.

    Enquanto o Estado de São Paulo

    busca formas de desonerar o custo

    de capital das concessões por meio

    da adoção de debêntures; a Bahia

    transita no ciclo automotivo que

    desprezamos; Pernambuco prioriza

    um polo industrial como Suape; e

    Santa Catarina debate já a quarta

    ponte, o RS desconsidera a utiliza-

    ção do capital privado como forma

    de financiamento da infraestrutura,

    não decide e posterga seus inves-

    timentos prioritários, chegando ao

    ponto de discutir, em primeira pá-

    gina de jornal e em programas de

    rádio/TV, o guarda-corpo da ciclovia

    da Avenida Ipiranga em Porto Ale-

    gre. Isso demonstra que nos torna-

    mos um estado que valoriza assun-

    tos de menor relevância e com uma

    visão restrita e restritiva de mundo.

    Prova disso são nossos atrasos

    nos investimentos vinculados à Copa

    2014, ao metrô de Porto Alegre, à

    parceria público-privada da RS-010, a

    segunda ponte do Guaíba, e mais re-

    centemente na ideia de uma empresa

    pública para gestão das rodovias con-

    cedidas, transporte intermunicipal

    de passageiros e rodoviárias. Assim,

    uma empresa pública de pedágio,

    uma vez efetivada, esvaziaria o papel

    do Daer, um órgão que, dada a sua

    larga experiência, deve ser fortalecido

    para poder atender as demandas da

    logística, uma área que cumpre papel

    fundamental na competitividade de

    países e estados.

    Nosso setor tem compromisso

    com o desenvolvimento sustentável.

    Por isso, deveria convidar as institui-

    ções com influência na opinião pú-

    blica estadual a uma cruzada, para

    reverter esse quadro com uma atua-

    ção diferenciada de nossas entidades,

    buscando soluções objetivas e cons-

    trutivas para um estado que detém

    material humano capaz de proporcio-

    nar uma realidade muito melhor do

    que a atual. Cabe a nós, do setor de

    engenharia, liderarmos esse processo.

    Cylon Rosa Neto,

    presidente do Fórum de

    Infraestrutura das Entidades

    Pra ça Os val do Cruz, no 15 – cj. 141490.038-900 - Por to Ale gre/RSFo ne: (51)3228-3677Fax: (51)3228-5239E-mail: di re to [email protected]

    Pu bli ca ção men sal

    Por um Rio Grande maior e mais competitivo

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    Con se lho Fis calTi tu la res Alexandre César Beck de Souza Augusto Luiz Petzhold Tozzi Hélio Antônio Amaral MilitzSu plen tes Carlos Englert Cylon Fernandes Rosa Neto Renan Schaeffer De le ga dos – Re pre sen tan tes jun to à FIERGSTi tu la res Hum ber to Cé sar Bus nel lo Ri car do Lins Por tel la Nu nesSu plen tes Jorge Vasconcellos Bastian Paulo Eduardo Nunes Ponte

    Pre si den te Nelson Sperb Neto Vice-Presidente Athos Roberto Albernaz CordeiroDi re tor Ad mi nis tra ti vo-Fi nan cei ro Nilto Scapin Di re to res Exe cu ti vos An dré Loi fer man Caetano Alfredo Silva Pinheiro Jandir dos Santos Ribas Júlio Carlos Comin Odilon Alberto Menezes Orgel de Oliveira Carvalho Filho Ricardo Lins Portella Nunes Vilson Flores Busnello

    Pro du ção e Edi ção MW Co m Av. Chi ca go, 92 Fo ne (51) 3264-7932 Edi tor – Mil ton Wells [email protected]

    Edi to ra ção La vo ro C&M Fo ne (51) 3407-5844 Ti ra gem: mil exem pla res

    EDI TO RIAL

  • O governador Tarso Gen-ro instalou, no dia 25 de abril, no Palácio Piratini, o Conselho Gestor do Programa de Parceria Público-Privada do RS (CGPPP/RS). Segundo o governador, a priori-dade do órgão é viabilizar uma proposta para a construção da ERS-010 e acelerar os projetos de saneamento da Corsan.

    Tarso garantiu que as obras da rodovia e de saneamento serão realizadas com parcerias. "A ERS-010 será feita através de PPPs. Também deliberamos para o lançamento de redes de esgoto, que também faremos com PPPs", explicou. As PPPs serão admitidas nos locais em que o Executivo não tiver condições de fazer obras em curto prazo.

    Sobre os debates acerca das PPPs, o governador disse que o modelo adotado pelo Executivo se diferencia das parcerias tra-dicionais. Tarso destacou que a ideia é aproveitar 'a energia' da iniciativa privada para projetos públicos seguindo normas e re-gras que o estado dispuser para o aproveitamento desses recursos.

    Integrante do comitê, o se-

    Tarso Genro anuncia PPP para a construção da rodovia ERS-010

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    INFRAESTRUTURA

    cretário de Infraestrutura e Lo-gística, Beto Albuquerque, dis-se que mais 20 quilômetros de estrada foram acrescentados ao projeto inicial da ERS-010, tota-lizando 90 quilômetros entre Ca-choeirinha e Sapiranga.

    Após a contratação da em-presa, a previsão é de que a es-trada fique pronta em até sete anos. Como contrapartida, a empresa poderá cobrar pedágio. "Vão pagar pedágio na ERS-010 aqueles que não quiserem trafe-

    gar pela BR-116 ou pela BR-448. Portanto, haverá alternativas com e sem pedágio. Ao setor privado, cabe a administração da atividade contratada e, ao setor público, o seu acompanhamento e controle da execução.

    Conselho GestorPresidido pelo governador e

    ligado diretamente à Secretaria do Planejamento (Seplag), o con-selho gestor tem como integran-tes os seguintes secretários de es-

    O secretário da Infraestru-tura, Beto Albuquerque, infor-mou que a nova empresa a ser criada para monitorar e fisca-lizar os pedágios comunitários deverá ter formato semelhante ao da Companhia Riogranden-se de Mineração (CRM), com um Conselho de Administra-

    ção que definirá suas regras de funcionamento, e apenas a pre-sidência e um número reduzido de diretorias - quatro - de livre nomeação. Os funcionários se-rão celetistas.

    Em um primeiro momento, a empresa se dedicará à admi-nistração dos pedágios, mas,

    em breve, ampliará sua área de atuação, englobando as áreas de ônibus municipal e estações rodoviárias. Com isso, gradual-mente serão extintas diretorias e cargos similares do Daer.

    Como o orçamento inicial da empresa será resultante da arre-cadação dos três polos comuni-

    tários, ela começa relativamente pequena - as três praças arreca-dam R$ 40 milhões ao ano. "A empresa só poderá aumentar a estrutura se aumentar a receita. E pode captar financiamento e responder pela licitação para contratação de obras", disse o secretário.

    tado: Carlos Pestana (Casa Civil), Mauro Knijnik (Desenvolvimento e Promoção do Investimento), João Motta (Planejamento, Ges-tão e Participação Cidadã), Stela Farias (Administração e Recursos Humanos), Hélio Corbelini (Meio Ambiente), Carlos Henrique Kai-pper (Procurador-Geral do Esta-do), Miriam Marroni (Secretaria Geral de Governo), João Victor Dominges (Assessoramento Su-perior) e Beto Albuquerque (In-fraestrutura e Logística).

    Nova empresa pública absorverá áreas do Daer

    Governador Tarso Genro na instalação do Conselho Gestor do programa de parceria público-privada do RS

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  • Para o presidente do SICE-POT-RS, Nelson Sperb Neto, a criação de uma empresa pública para administrar os pedágios, anunciada recentemente, é uma incoerência do governo estadu-al. Ao defender o atual mode-lo de concessões, que abrange 30% da malha rodoviária gaú-cha, o dirigente lembra que a iniciativa confronta o trabalho desenvolvido durante todo o ano passado na Câmara Temá-tica dos Pedágios do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que seguiu dire-trizes estabelecidas pelo próprio governo e propôs uma alterna-tiva, em que o capital privado se constituía também em uma solução para financiar a infraes-trutura rodoviária.

    Além disso, a medida esva-zia o Daer, um órgão com mais de 70 anos de história, e con-traria aquilo que o próprio go-verno estabeleceu como meta para reestruturar e modernizar a autarquia, completa Sperb em mesa-redonda organizada pelo informe do SICEPOT-RS para debater a questão dos pedágios no Rio Grande do Sul.

    Acompanhe, a seguir, os principais trechos do encon-tro, que reuniu também o vi-ce-presidente do SICEPOT-RS, Athos Cordeiro, e o presidente do Fórum de Infraestrutura das Entidades de Engenharia do es-tado, Cylon Rosa Neto.

    Como o setor analisa o

    anúncio do governo de cria-ção de uma nova empresa pública para administrar os pedágios?

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    SICEPOT-RS reage contra a criação de empresa pública de pedágios

    Nelson Sperb Neto – Em nosso ponto de vista, o mode-lo de concessões, que abrange 30% das rodovias do estado, ainda é a melhor alternativa de investimentos, além de desone-rar o Tesouro...

    Cylon Rosa – ...e que foi aprovado em dezembro do ano passado na plenária do Conse-lho de Desenvolvimento Econô-mico e Social (CDES). A Carta de Concertação, documento que estabelece diretrizes para ações de governo, foi aprovada nessa mesma reunião e aborda esse assunto.

    Nelson – Em segundo lugar, essa ideia contraria o setor por-que, em médio e longo prazo, essa empresa pode se tornar um elefante branco. Em terceiro, de alguma maneira esvazia o Daer

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    INFRAESTRUTURA

    que, a nosso ver, tem uma im-portância técnica e política com-provada em mais de 70 anos de história. Além disso, diminuir a importância do Daer, de uma hora para outra, acarreta para o setor um problema muito sério.

    Cylon – Um dado importante é que a proposta de reestrutura-ção do Daer já passou pelo Con-selho Rodoviário e não menciona uma eventual cisão da autarquia. Ao contrário, a ideia é reforçá-la a partir do processo de moderniza-ção e de uma gestão mais eficaz. Foi definida, inclusive, a necessida-de de contratar uma consultoria especializada para fazer o proces-so de reestruturação. Então, esse projeto de criar empresa pública para administrar os pedágios con-fronta aquilo que o próprio gover-no estabeleceu como meta, que é reestruturar o Daer, uma medida importante que conta com apoio do setor.

    E a questão das conces-sões?

    Cylon – Se o governo acei-tar o que foi proposto pelo Con-selho, promove a licitação e co-loca o requisito de outorga que a legislação prevê para cumprir a questão dos desequilíbrios. A partir daí, teremos prazo para fazer novas concessões.

    Nelson – Resumindo: o setor está se propondo a fazer um modelo de edital a partir das conclusões do estudo que foi feito sobre o tema. Nesse edital, que contemplaria a ou-torga e os desequilíbrios, seria preservada a posição do estado, que é contrária à continuidade dos processos.

    Athos – Ocorre que nós não podemos perder o foco, que é o de proporcionar à sociedade uma infraestrutura adequada. O que está acontecendo no âmbi-to do governo federal, por exem-plo? O governo está ampliando o nível de concessões por um único e exclusivo motivo. Por-que isso funciona muito bem, a exemplo do que acontece em

    Rodovias concedidas do RS são consideradas em ótimo estado, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte

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    SICEPOT-RS reage contra a criação de empresa pública de pedágiosvés da emissão de debêntures pelas concessionárias. Enquan-to isso, o Rio Grande do Sul discute se quer concessão. Para os paulistas, as concessões são uma questão consolidada.

    Athos – Outra manifesta-ção nossa na Câmara Temática de Pedágios do CDES é que, no atual modelo dos pedá-gios comunitários, existem dois problemas graves. O primeiro é que nem todo o dinheiro arrecadado é aplicado nas ro-dovias. Hoje, temos um passivo potencial superior a R$ 60 mi-lhões, que estão no caixa único do estado e que terão enormes dificuldades de voltar a essas rodovias. O segundo é que es-ses pedágios comunitários têm grandes dificuldades políticas no reajustamento de suas tari-fas. E o que isso implica? Em estradas com menos capacida-de de duplicações, sinalização e obras de melhoria.

    Qual a situação dessas estradas? Estão sendo con-servadas?

    Estão sendo conservadas, mas contam com sinalização de-ficiente. Não possuem nenhum tipo assistência na rodovia, como caminhão guincho ou ambulân-cia. Não têm segurança. Há uma grande diferença, por exemplo, em relação à RS-115, em direção a Gramado, que oferece grande segurança, sobretudo para quem viaja com neblina à noite, pois está toda sinalizada. Há uma grande diferença, por exemplo, em relação à RS-239. Ande na Freeway. O que seria a Freeway sem concessão. São exemplos claros de que essa ideia de criar empresa pública para pedágios se trata de uma incoerência do governo estadual com o que o mesmo governo tem sinalizado para a sociedade.

    Concessionárias desenvolveram expertise na assistência a motoristas e em segurança nas estradas

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    São Paulo e em outros estados. Há pouco tempo, saiu a conces-são da duplicação da BR-101, de 350 km, no Espírito Santo. Ou seja, existem vários exemplos de concessões em todo o país. Por que acontece isso? Por um úni-co e exclusivo motivo; o estado não tem a menor capacidade de investimento. Não existem re-cursos para o estado atender a demanda de investimentos por infraestrutura.

    Qual a alternativa?Athos – No ano passado, na

    Câmara Temática dos Pedágios do CDES, concluiu-se que o ide-al seria fazer um programa de concessões, até mesmo amplia-do em comparação ao atual, pre-vendo a licitação com outorga.

    Qual o motivo alegado na época?

    Athos – Porque é a maneira mais rápida para a sociedade e porque o estado não tem a me-nor capacidade de investimento. O que não se pode é mascarar isso tudo, criando outra empre-sa pública que, a nosso ver, e a experiência tem demonstrado, com o tempo torna-se inchada de tanto emprego invisível. Co-meçam bem intencionadas e, ao longo do tempo, tornam-se ine-ficazes. Isso é um retrocesso. Se-ria como criar empresa pública para construir casas populares. Isso não vai funcionar nunca. Por que Minha Casa Minha Vida funciona? Porque é a iniciativa privada quem paga. Para ter res-postas rápidas, é precioso contar com a iniciativa privada.

    Cylon – O fato é que não se pode prescindir do capital priva-do para construir a infraestrutu-ra necessária para o país.

    Nelson – Recentemente, os maiores aeroportos do país pas-saram para a iniciativa privada.

    Athos – Empresa pública tem capacidade limitada de buscar recursos para viabilizar as obras porque o patrão é o estado. Empresas privadas pos-suem capacidade de investimen-to muito maior. O que é melhor para a sociedade? Ela quer que as obras sejam executadas em curto ou longo prazo? Vejam o caos logístico que prejudica o país na competição interna-cional. A sociedade não pode errar o passo. E, se optar pela empresa pública, ela vai errar o passo. Existem vários exemplos de obras que poderiam estar prontas há muito tempo. Por exemplo, há 14 anos a socie-dade rio-grandense decidiu não fazer o Complexo Rodoviário Metropolitano (Polão). Em que isso resultou? Perdeu-se tempo e dinheiro pelo fato de não te-rem sido construídas a RS-448, a RS-118, nem a RS-010. Qual o custo disso? Perguntem para al-guém que mora em Novo Ham-burgo, que demora uma hora e meia para vir à capital e uma hora e meia para voltar, se ele não preferia pagar pedágio. Mas essa foi a escolha da sociedade.

    Nelson – Agora mesmo aconteceu com a ponte do Guaíba. A proposta da con-cessionária não foi aceita pelo governo no sentido de financiar a obra, e o que vai acontecer de forma efetiva é que 12 anos irão se passar, entre a provável construção da ponte pela inicia-tiva privada e a real construção pelo poder público. O custo de não fazer é de R$ 200 milhões por ano, segundo estudo da CNT (Confederação Nacional do Transporte).

    Athos – Trata-se de uma incoerência do governo o fato de criar uma empresa pública para administrar pedágios, na medida em que, na área de saneamento, há uma tentativa de fazer parcerias com o setor privado, pois é bem provável que saia a obra da ERS-010. Por outro lado, vai tentar estatizar algo que pode ser reformula-do e funcionar muito melhor, como acontece no âmbito do governo federal com estradas e aeroportos em outros estados.

    Cylon – O Estado de São Paulo já está discutindo meios de reduzir custo de capital atra-

  • Pelo menos uma boa par-te das obras da Prefeitura de Porto Alegre, previstas para a Copa 2014, já está contratada, segundo o diretor executivo do SICEPOT-RS, Caetano Alfredo Silva Pinheiro. Do total, apenas os corredores BRTs e o lote 3 da Avenida Evaldo Pereira Pai-va (Beira Rio) tiveram ordens de início. Todas as demais ainda aguardam a autorização.

    A duplicação da Avenida Tronco, que irá facilitar o trân-sito entre os bairros Cristal e Tristeza, e da Zona Sul com as vias que conectam com a Zona Norte, ainda depende de acerto com os moradores a serem desapropriados ou compensados com aluguel social provisório.

    No caso da trincheira da Rua Anita Garibaldi com Ave-

    nida Carlos Gomes, segundo Pinheiro, a obra está sendo contestada por uma asso-ciação de moradores sob a justificativa de que obrigará a remoção de árvores para sua implantação, além de aumen-tar o fluxo de trânsito no en-torno da Praça Japão.

    De acordo com o dirigente do SICEPOT-RS, a demora das licitações foi provocada pelo tempo de execução e adequa-ção dos projetos, licenciamen-to ambiental e aprovação pelo repassador e gestor dos recur-sos de financiamento, a Caixa Econômica Federal.

    “Com todas essas obras, mais a revitalização do Cais do Porto e da orla do Guaíba, Porto Alegre dará um salto na qualidade de vida”, destaca Pinheiro.

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    INFRAESTRUTURA

    Maioria das obras para a Copa 2014 já está contratada

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    Lançamento da obra do corredor de BRT da Protásio Alves

    Obras contratadas/ valor/ consórcio vencedor• Av. Tronco / R$ 76 milhões/ Brasília-Guaiba/Pelotense/ Toniolo Busnelo• Av. Evaldo Pereira Paiva/ R$ 22 milhões/ Toniolo Busnello/ Sultepa• BRT da Av. Protásio Alves/ R$11 milhões / Conpasul/ Sultepa• BRT da Av. Bento Gonçalves/ R$ 13 milhões / Conpasul/ Sultepa• Trincheira da Rua Anita Garibaldi/ R$ 12 milhões/ Sultepa Sem homologação do vencedor• Viaduto da Rodoviária/ R$ 22 milhões• Duplicação da Av. Voluntários da Pátria (primeiro trecho), R$15 milhões Ainda a serem licitadas• Terceiro trecho da Av. Tronco• Viaduto e quarto trecho da Av. Edvaldo Pereira Paiva; Segundo trecho da Av. Voluntários da Pátria• BRT da Av. João Pessoa• Trincheira da Av. Cristóvão Colombo com Av. Dom Pedro II, Trincheira da Av. Ceará com Av. Farrapos• Viaduto da Av. Plínio Brasil Milano com Av. Carlos Gomes• Viaduto da Av. Bento Gonçalves com a Terceira Perimetral e Av. Severo Dúlius

  • O metrô de Porto Alegre foi ofi-cialmente confirmado no PAC Mobi-lidade Grandes Cidades, em evento realizado no dia 24 de abril, em Brasí-lia. A partir da assinatura da portaria, a Prefeitura poderá instalar o escri-tório do metrô – que coordenará de modo integrado as ações do projeto –, concluir os estudos de demanda e avançar nos projetos de engenharia.

    Além de Porto Alegre, outras 21 ci-dades brasileiras com mais de 700 mil habitantes foram beneficiadas com verbas do PAC para realização de obras estruturantes. Para o metrô da capital gaúcha foi destinado R$ 1 bilhão.

    "O desafio a ser superado agora é a finalização da modelagem fi-nanceira para a projeto. Mas estou muito confiante, o governo federal se mostrou aberto às propostas da prefeitura e do governo do estado", explicou Fortunati.

    De acordo com Fortunati, estão sendo analisados diversos cenários, incluindo a concessão subvencio-

    nada, que permitiria a realização de repasses ao longo da execução da obra. Uma nova reunião deve-

    rá ocorrer na próxima semana, em Brasília, para discutir a modelagem final do projeto.

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    Em abril de 2012, a frota em circulação em Porto Alegre era de 726.769 veículos, com uma média de incremento diário de 73,5 uni-dades, segundo dados do Detran/RS. No período de 2005 a 2011, a média foi de 74 unidades. Em 2011, a frota circulante brasileira

    cresceu 7% e chegou a 34,9 mi-lhões de veículos.

    No levantamento feito pelo Sin-dicato Nacional da Indústria de Com-ponentes para Veículos Automotores (Sindipeças), estão incluídos auto-móveis comerciais leves, caminhões e ônibus. O Sudeste detém o maior

    porcentual, 55%. Em seguida, vêm as Regiões Sul (22%); Nordeste (12%), Centro-Oeste (8%) e Norte (3%). A idade média manteve-se em oito anos e oito meses, e a quantidade de habitantes por veículo baixou de 5,9, em 2010, para 5,5, em 2011. Eram 8,4 habitantes por veículo em 2000.

    Incremento diário em Porto Alegre é de 73,5 veículos

    Prefeito José Fortunati em 24 de abril, em evento no Planalto, do PAC Mobilidade Grandes Cidades

    Frota em circulação em Porto Alegre 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 527.131 546.881 565.252 591.598 627.580 659.418 686.142 716.493 724.564- março

    Falta modelagem financeira para o metrô da capital

  • Neste ano de 2012, a SBS Enge-nharia completa 30 anos de sólida atuação no setor de fornecimento de serviços de infraestrutura. As atividades da empresa iniciaram em 1982, sem-pre visando consolidar sua participação no desenvolvimento do país. Ao longo desse período, a SBS investiu na união de forças e incorporou como missão a busca contínua do aprimoramento de seus serviços através da adoção perma-nente de novas tecnologias e cuidado com o meio ambiente.

    Sediada em Porto Alegre, a filosofia corporativa da SBS Engenharia busca a garantia e satisfação plena de seus clientes, colaboradores, parceiros, co-munidade e acionistas. A empresa con-ta com instalações industriais em Capão do Leão, Caçapava do Sul, Bagé e Ca-choeirinha, no Rio Grande do Sul (RS) ,e em Paranaguá e Londrina, no Paraná. Vale destacar que, segundo o ranking das 500 maiores empresas de engenha-ria do país da revista “O Empreiteiro”, a SBS Engenharia desponta como uma das quatro maiores empresas do setor no Rio Grande do Sul.

    A trajetória da empresa iniciada em 1982 foi marcada por obras dentro do setor de engenharia e de construção civil nas principais cidades do RS. Mais tarde, em 1985, a empresa ampliou su-as atividades atuando em importantes obras de terraplenagem, pavimentação e saneamento. A partir de então, a SBS presta serviços para órgãos públicos e privados, conquistando importantes parceiros estratégicos para a realização de projetos maiores.

    Entre eles, participou do consórcio vencedor no processo de concessão da Free Way. Criada em 1997, a Conces-sionária da Rodovia Osório-Porto Alegre (Concepa) administra o trecho da BR-290, entre Osório e Guaíba, com obras de ampliação da capacidade de tráfe-go e recuperação de toda a rodovia.

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    SBS Engenharia comemora 30 anos

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    Obras de recuperação, restauração e manutenção do polo rodoviário de Pelotas

    Em 1998, a SBS iniciou outra grande concessão rodoviária: a Ecosol no Polo Rodoviário de Pelotas, ampliando sua participação para 10% em 2006.

    A SBS tem grande desempenho na metade sul do estado, executando di-versas obras na região, a exemplo da restauração da BR-471, trecho Quinta/Chuí e outras rodovias, como a BR-392, BR-293/RS, BR-290/RS e BR-153/RS. No seu portfólio de realizações, destacam--se serviços de infraestrutura, terraple-nagem e pavimentação do Estaleiro Rio Grande /WTorre; serviços de infraestru-tura e pavimentação urbana para as prefeituras de Pelotas e de Capão do Leão; serviços de conservação, manu-tenção e restauração da malha viária da Ecosul; além de serviços de conser-vação, manutenção e restauração em

    mais de mil quilômetros de rodovias. A empresa possui também instalação de britagem e usina de asfalto em Capão do Leão, possibilitando a comercializa-ção de brita e asfalto ao mercado local.

    No decorrer de sua história, a SBS Engenharia atua de forma competitiva em todo mercado nacional. No Ceará, por exemplo, participa do consórcio responsável pela construção do Ae-roporto de Jericoacoara, instalado no município de Cruz, no litoral do Estado. Desta forma, acreditando e apostando no desenvolvimento de parceiros e cola-boradores, consolida-se como uma or-ganização inovadora, capacitada e de excelente desempenho. Sempre focada, cabe ressaltar, na preparação estratégi-ca e operacional como fator de seu su-cesso ao longo destes 30 anos.

    Empresa gaúcha atua em âmbito

    nacional