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  • O acesso gua potvel, a um ambiente limpo e livre de doenas o que garante sade, qualidade de vida e dignidade a todas as pessoas. Mas vivemos num modelo econmico exclu-dente e que ameaa a vida de muita gente, especialmente os mais pobres.

    O tema da Campanha da Fraternidade Ecumnica de 2016 Casa comum: nossa responsabilidade tem como nalidade promover esta discusso, questionar os porqus desse quadro e as perspectivas para sua superao. Organizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Crists (CONIC), a CFE tem por objetivo as-segurar o direito ao saneamento bsico para todas as pessoas e empenhar-nos, luz da f, por polticas pblicas e atitudes responsveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.

    O jornal Mundo Jovem quer somar foras e ideias na com-preenso e no compromisso de mudar essa realidade.

    Nosso modelo de sociedade est baseado no consumo e na aparncia. Para suprir essas necessidades, sacri camos a Casa Comum, que o espao em que habitamos (Texto-Base da CFE, n 28).

    Saneamento, direito de quem?Mesmo com os avanos, como o Plano Na-

    cional de Saneamento Bsico, mais de 40% da populao ainda vivem sem tratamento seguro e contnuo de gua. De acordo com o relator da ONU sobre as questes de sanea-mento bsico, Leo Heller, entre o conjunto das polticas so-ciais do Brasil, essa a mais excludente, inqua e localizada na mais baixa escala de desempenho. ( Le Monde Diplomati-que Brasil, julho de 2013).

    CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2016

    Quando a gente pensa em saneamento, no estamos pensando somente em gua e esgoto, mas tambm em lixo e drenagem. So quatro vertentes indissociveis para a com-preenso desse tema. Dissociar isto signi ca criar ambientes de extrema vulnerabilidade para muitas pessoas.

    Se observarmos, a cada perodo chuvoso, dependendo da regio do pas, a quantidade de desbarrancamentos ou alagamentos que acontecem, tm tudo a ver com a absoluta inexistncia de projetos de drenagem, de projetos de urbani-zao, que consigam prevenir essa situao.Raquel Rolnik, urbanista, professora na USP e relatora da ONU para o tema Saneamento.

    Questes para debate:

    Eu quero ver, eu quero ver acontecerUm sonho bom, sonho de muitos, acontecer

    ( Msica: Eu quero ver, Z Vicente)

    Nosso compromisso cristo est profundamente envolvido com as necessidades bsicas de todos os seres humanos, nossos irmos e nossas irms (Texto-Base da CFE, n 29).

    ver

    Tema: Casa comum, nossa responsabilidadeLema: Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justia qual riacho que no seca (Am 5,24)

    Saneamento Bsico: Cuidar do Planeta, nossa casa

    Que tipos de consumo agridem a Casa Comum? Poderia ser diferente? O que e como podemos evitar supr uos e desperdcios?

    Como organizado o Saneamento Bsico na sua cidade? Ele atende a todos ou existem muitas pessoas excludas?

  • Lixo no lixo (Falamansa)

    Se no dia em que o mar enlouquecerO dia em que o sol se esconder

    O dia em que a chuva no conterO choro que cai, pra te dizer

    Que acabou o mundo e no sobrou mais nadaSujou a sua terra

    Poluiu a guaE no h uma chance de sobreviver

    Se no dia em que o solo empobrecerO cu deixar de azul ser

    O dia em que a lua vir nascerTarde demais pra te dizer

    Que ainda resta um sonho, uma esperanaAtrs de um sorriso de qualquer criana

    S h uma chance de sobreviver

    E vocSalvou o mundo?

    Ou se acabou com eleO teu cho era imundoVoc soube cuidar dele?

    Jogando lixo no lixo, no lixo, no lixoJogando lixo no lixo, no lixo, no lixo

    ATIVIDADE

    Cuidar da Casa Comum

    Parece inacreditvel que, com todos os avanos e descobertas que a humanidade j experimen-tou, ainda tenhamos milhes de pessoas vivendo em condi-es sub-humanas, sem condies de saneamento, moradia adequada, acesso gua potvel etc. Se o saneamento bsi-co um direito humano, por que ele no universalizado e garantido a todas as pessoas?

    Enquanto a gua, o esgoto e o lixo forem ape-nas uma fonte de lucro, jamais os mais pobres e os que tm menos renda vo ter prioridade no aten-dimento, embora sendo exatamente esses setores que esto hoje precisando ser atendidos e no so. Raquel Rolnick, urbanista, professora na USP e relatora da ONU para o tema Saneamento.

    Mais do que Planeta, que uma categoria geogr ca, se fala de casa, porque casa uma categoria existencial, onde ns vivemos, e todos os demais seres vivem den-tro dessa casa. Cuidar da Casa Comum significa cuidar da casa destes que esto em runas, dos coraes que es-to sofrendo dentro dessas casas, e dar um chamado de conscincia ao Estado, o apelo tico para que se crie mais igualdade na sociedade. O grande desafio urbanizar as favelas, as comunidades, para que tenham os benef-cios que uma cidade tem, que so os servios bsicos." Leonardo Bo , telogo, ecologista e escritor, um dos relatores da Carta da Terra.

    O direito moradia no casa, em si, mas a moradia uma espcie de porta de entrada para os outros direi-tos humanos: o direito educao, sade, e por isso a localizao, o ambiente aonde est inserida a moradia, absolutamente essencial. E pensar em direito moradia impossvel sem pensar o seu vnculo com o direito ci-dade, entendendo a questo do transporte, da mobilidade, de poder circular livremente de forma que nem a tarifa, nem a falta de oferta seja um impedimento para isso. Raquel Rolnik, urbanista, professora na USP e relatora da ONU para o tema Saneamento.

    Questes para debate:

    A partir desta msica, que tal poetizar e musicalizar a nossa indignao, compondo versos, poemas, msicas que falem da realidade e injustias ambientais que enxergamos?

    julgarDiante da crescente mercantilizao do saneamento e do acesso gua potvel, o texto-base da CFE, n.9, faz a pergunta: Por que os servios de saneamento bsico, considerados

    como direito humano bsico pela Organizao das Naes Unidas, esto em disputa?

  • agir Poder pblico e sociedadeNs temos condies de fazer isso. Ns temos condies tecnolgicas, de pesquisa, ns temos con-dies intelectuais, ns temos condies econmicas de fazer isso: o que falta realmente a gen-

    te romper com um modelo que pensa a questo da infraestrutura urbana apenas como uma rea de negcio. Raquel Rolnik, urbanista, professora e relatora da ONU para o tema.

    O saneamento bsico apenas o ponto de partida no processo de construo de um habitat melhor para todos ns. Os cinco itens abaixo so sugestes para que possamos identificar com maior facilidade nosso papel e poss-veis aes a serem realizadas nesta teia que se interrelaciona.

    1. Doenas causadas pela falta de saneamento bsico: aqui a estratgia dialogar com a ideia de saneamento como um direito fundamental e social sade. Investigar, por exemplo, os nmeros do Ministrio da Sade que apon-tam para o fato de que 60% das internaes hospitalares de crianas so em decorrncia da falta de saneamento.

    Ao: percorrer comunidades carentes com ndices de mortalidade infantil, ouvir a popu-lao e intercalar com a opinio de especialis-tas, propondo um debate na escola a partir da pesquisa e formular propostas de ao a serem encaminhadas para a prefeitura e cmara de vereadores.

    2. Limpeza urbana e manejo de resduos slidos: fazer um apanhado geral de como a populao historicamente vem lidando com o lixo. importante frisar no apenas aquilo que o cidado pode fazer, para minimizar o proble-ma no espao domstico, mas abord-lo no seu aspecto macro, chamando a responsabilidade tambm para o mane-jo dos resduos slidos por parte da indstria, construo civil, agricultura etc.

    Ao: elaborar um declogo de solues prti-cas, tendo em vista um consumo e descarte de resduos de forma consciente e responsvel.

    3. Coleta e tratamento de esgoto: visitar uma estao de tratamento de esgoto para conhecer como funciona tecni-

    camente cada etapa deste processo. Tambm apresentar, por meio de depoimentos, diferentes experincias bem--sucedidas nesta rea.

    Ao: aps a visita estao de tratamen-to, identi car onde esto os problemas mais urgentes na coleta e tratamento de esgoto e dialogar sobre solues viveis com o poder pblico.

    4. Manejo de gua pluvial: abordar o impacto das chuvas, as inundaes e as ocupaes das encostas de morros que, geralmente, recebem comunidades pobres e sem acesso a um sistema propcio de drenagem.

    Ao: com a ajuda de especialistas e da defe-sa civil, debater sobre aes de preveno de inundaes nas reas de risco do municpio.

    5. Abastecimento de gua potvel: nesta etapa, se faz ne-cessrio investigar por que um bem pblico como a gua, na maioria dos casos, est sob o monoplio da iniciativa privada.

    Ao: verificar o acesso gua potvel no municpio: quem tem acesso? Quem no tem? O abastecimento pblico ou privado? Propor, junto Cmara de Vereadores, projeto de aces-so gua potvel para quem no tem.

  • DVDSaneamento bsico: Cuidar do Planeta, nossa casa

    Na contramo deste modelo econmico excludente, todas as pessoas so con-vidadas a cuidar da Casa Comum e a lutar pela justia, a comear justamente l embaixo, onde h mais vulnerabilidade, a partir da realidade concreta da ausncia de servios essenciais como a gua po-tvel e o esgoto sanitrio. So medidas imprescindveis para que todas as pessoas possam ter sade e vida dignas. O vdeo traz este debate e alternativas ecolgicas e de mudanda.

    Tempo: 28 min + extras (com msica e entrevistas).

    Pedidos: fone 0800-515200 ou e-mail [email protected]

    Custo: R$ 36, incluindo despesa de correio.

    Pagamento: Depsito na conta 707311-9, agncia 3168-2 do Ban-co do Brasil. Cdigo identi cador o nmero do seu CPF ou CNPJ.

    Matrias no jornal Mundo Jovem

    Em 2016, voc encontrar, nas pginas do jornal Mundo Jovem, artigos que remetem s questes propostas pela Campanha da Fraternidade.

    Con ra a programao completa em nosso site:www.mundojovem.com.br/temas-abordados

    Embarque nessa leitura inteligente. Assine Mundo Jovem.

    Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil: www.cnbb.org.br Movimento Nacional dos Direitos Humanos: www.mndh.org.brInstituto Trata Brasil: www.tratabrasil.org.brConselho Nacional das Igrejas Crists: www.conic.org.br

    Sites que tratam do tema da Campanha

    Sugestes de msicasFilhos da Me Natureza- Jeito MolequeDepende de ns - Ivan LinsPlaneta gua - Guilherme ArantesHerdeiros do Nada - Robert

    Sugestes de lmes e vdeos Saneamento Bsico (Jorge Furtado) Em uma pequena

    vila de descendentes de colonos italianos na serra gacha, a construo de uma fossa para o tratamento do esgoto uma emergncia antiga e sempre ignorada pelas autoridades. Uma comisso resolve pleitear a obra atravs dos recursos da subprefeitura

    Ilha das Flores (Jorge Furtado) O curta mostra como a economia gera relaes desiguais entre os seres humanos.

    Wall E animao da Pixar mostrando a Terra no ano de 2100 totalmente coberta pelo lixo e desabitada.

    Matrias no jornal Mundo Jovem

    propostas pela Campanha da

    www.mundojovem.com.br/www.mundojovem.com.br/Telefones: 0800-515200 / (51) 3320-3599 Fax: (51) 3320-3889E-mail: [email protected]: www.mundojovem.com.br

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