(V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

36
^ ^^Sm^^*^^'^^^ ^nv V Hp^j^-^v ¦" ^c__Êé_^ J______><7> ^ifT" /Wfg°% 1M/MM a^^ftjSc* PREÇOS No Rio........ $500 Nos Estados.... $600 H_J «IODE. V.OONT 1-?.-"' '¦-___ ANNO XXVill O Tico-Tico publica os retratos de loaos os seus leitores RIO OE JANEIRO. 7 DE JANEIRO DE 1931 Uma surpresa desagradável NUM. 1.318 10 ffi \ (V I / ¦¦ps?i____Kn\N_\ \_rflfav >"*? 1 r I ¦- \y*y Lamparina uís uai máu :.-C.;_ Mt-Utr.» uris «m toda pari». <lia ella descobriu um cacho dc __.« «. tem kcritar, trepou ne coqueiro como um macaco .., m Mas dentro du palma' do coqueiro um exerci- ,1o de jnsaaros estranhes havia feito «.eu ujartcl 't. quando _S aves notaram a . .approxlmaçlo da Lamparina iruimfcsUçào fora do com muro f tio coqueiro aos tramholhõe» fit-ram-lhe ama a negrinlu desceu *****>^*****»*>^*>^^***>*>****^**^^^i*^^^>^^^^^*^*'W*^<**'*^^ TOME NOTA PARA COMPRAR ALMANACH PARA 1931 DO TICO-TICO

Transcript of (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

Page 1: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

^ ^^Sm^^*^^'^^^ ^nv V Hp^j^-^v ¦" ^c__Êé_^J______><7> ^ifT" /Wfg°% 1M/MM a^^ftjSc*

PREÇOS

No Rio........ $500Nos Estados.... $600

H_J «IODE.V.OONT

1-?.-"' '¦-___

ANNO XXVill

O Tico-Tico publica os retratos de loaos os seus leitores

RIO OE JANEIRO. 7 DE JANEIRO DE 1931

Uma surpresa desagradável NUM. 1.318

10 ffi \ (VI / ¦¦ ps i____Kn\N_\ \_rflfav >"*?

1 r I ¦- \y*yLamparina uís uai máu :.-C.;_ Mt-Utr.» uris

«m toda pari».<lia ella descobriu um cacho dc __.« «.

tem kcritar, trepou ne coqueiro como um macaco ..,

m Mas dentro du palma' do coqueiro um exerci-,1o de jnsaaros estranhes havia feito «.eu ujartcl't.

quando _S aves notaram a

. .approxlmaçlo da LamparinairuimfcsUçào fora do com muro ftio coqueiro aos tramholhõe»

fit-ram-lhe amaa negrinlu desceu

*****>^*****»*>^*>^^***>*>****^**^^^i*^^^>^^^^^*^*'W*^<**'*^^

TOME NOTA PARA COMPRAR — ALMANACHPARA 1931

DO TICO-TICO

Page 2: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

Os Sonlioide Natai

__AA/\^A/\ /^"~V^2j \*3^Çz&* . O sonho lindo de todas as ereanças. na qua- T%_1^\\\V\\ ( Afj^/jr <*ra iestiva do Natal, é a figura veneranda do J-y^ -+//'

jy^B_\\\\\\\ i-^^jr Em cada creança vivem sempre, por essa \ Vil^r ^^7\\\\^ \, *3^)sX /»^ tempo, um desejo, um anseio, uma esperança, * \ )

Jf ^Bfc^ ' 7^ v\ \i.^g*ikSj ij ^'Éy^í Para a Posse de um cobiçado brinquedo, «-«______ _*H' _-_-rV7firr ^___\\\\ T_^^PC^M <//7\i&~~^ que o velhinho das longas barbas bran- *^**t \j ^/l.Jr^^^^^l-^B-XxVVx^-^X / ///lu cas traz escondido no sacco de surpresas.

^^wÇj>_r_

Am , ,S? -^v^=^7~Kv\\ VvC <^-~^ — Vou ganhar uma boneca! — sonha a me- X."/ \wLA^?£**nfc5/^^_^*\\\V\\ rina* — Vou receoer um f1"6"1 de ferro! *v?0 ) 'A^Sm^/(//\(x/fK ^H_\\\ \\\» deseja ó menino. E cada brinquedo é um motivo de dese- /____-/vK__' _£.! \ *mmW////v/r *° parfl a noite risonha do Naíal* Ha- porém, uma cousa G^TA

vík- _V <)AmÊ//Y//f cobiçada por todas as ereanças — é J. K

\__V_|Í%I^*X AIMANACB t)'"0 TICO-TICO" PAltA 1931 ^O^lb

¦ HHM^^^ ^^^^________ Publicação das mais cuidadas, única no gênero em todo o nv

^^^^^^^^ é um caprichoso álbum cheio de c'^m ^^^^^_fc^. novellas, historias ülustradas, •

*** á***IMh* ^^^^^^_^ ci* elementar, historias e

- _l Hft»' _fêT _'. JHES w . _ f_ —--__r _l H_

¦* :k ___h__É__l (HH W"__r \

2/ "\j^m^****%Y '' ,AwÊ f

- _tfí_ -, ; ___ * '¦ .¦K <«ü— - .. <*>»- . _rf _i_

'"^'-«à. ^^ ¦ m\ *y^ _' ** •¦**" _Ê_r : " __**"* ____¦^^^^H _^C__7 _M_k "'• _fit __' i _ _______|^•.,.™ V^:, ^._i .*¦

^^^HBm_3_3_í W ____T ___ ______ _H tt_»._-^-Í^ttj pty _ar___r ' ^__lnho Carrapicho, Jagunço, BenjaminJujuba, Goiabada, Lamparina, Pipoca Kaximbown, Zé Macaco. Faustina e outros nerso-nagens tão conhecidos das ereanças, tornam essa pu7

"bl.caçao o maior e mais encantador livro infantil.

O ALMANACH D'"0 TICO-TICO" PARA io-ji „?• -ase houver falta nesses jornaleiros enviem eáontri _ J? * *«-*-¦ em todos os jornaleiros do Brasil, masreio á GERENCIA DO ALMANACH D'T?icS S CO^P^' ?^

vt? ^ 0U em selIc* & C"1logo um exemplar. Preços: - 5$CO0-jPelo Correio - 6$OoÕ~ * Quitanda« V» **-. .-_5j__SQ

Page 3: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

— tfuii<-iro — 19.il

Jma ar_r.~ha «íue nào é aranha

(Desenho de Richard AddisonJA Falsa Aranha pertence á ordem dos sclifugae. Em-

wa, á primeira vista, se tenha a idéa de uma verdadeirarajiha. ella não pertence a esse grupo. Se bem que o

¦ Women, órgãos respiratórios, pernas e outras partes do- írpo sejam differentes, a differença principal está eraque esta falsa aranha não possue as glândulas com ques verdadeiras tecem as teias.

fabrica ííacional de Brinpedos

RUA R!AC_.EL0, 216Telcpbone 2-6085

Rio de íaoelro(A maior Fabrica aâ America do Sul)

Fabricação era alta escala de: — AUTO MO-VEIS, VELOCÍPEDES, BARATINHAS DELUXO, CARRINHOS PARA BONECA, CAR-ROS-REMO. TOT-BICKS, PAT1NETTES. CAR-RINHOS PARA BEBÊS, CARROCINHASPARA JARDINS, CAMINHÕES, BARATAS-SPORT, etc, etc.

Fabricante! dal afamadai e confortáveis CA-DEIRAS "INGLEZA" - "FAVORITA "«

CONCERTOSEncarrega-se de montagem e forraçSo de luxo

em Carros para Praias e Jardins.Para maior facilidade do Publico dos Estados

0 a titulo de propaganda ã Fabrica vende directa-mente, mediante Vale Postal, Cheque ou Ordem dePagamento eonlra firmas desta praça, Por preçosverdadeiramente 6 altura de todos.

, Executa todo e qtialquer Similar Estrangeira"**_ eroquis ou original.

PEÇAM CATÁLOGOSf......

ckm«t_ueqA^

O TICO-TICO

JLtTZcf

V

'Durante amd estação,

uma colher de'r*\

fCit

dada aseus filhos,

q/udai-os-d aconciliar o õownoe eüibar-lhes-d ¦um resfríado.

\ VENDE-SE £M T0DA5 A5 PHARMACIA5 E DROGARIAS.'v PROOUCTOS F. HflFfMANN-L* ROC-E t C: -PARS -

_,oNí,Cr°5,5?NCí5*,0NA'"05' HU<J° ^ÓLINARI _ f LTORIO DE JANEIRO. _A"o OaulO.

Page 4: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

fl TICO-TICO —4 —

Uma recente descoberta feita no Congo

O okapi dasflorestas d oCongo é umdos bichosmais raros domundo intei-ro e que só-mente foi co-nhecido pelasciencia porvclta dc l^OOEmbora sejaum animalgrande, é ca-paz de correra toda a velo-cidade atra-vts de umadensa ílore.ia,entre arvore;com 11 poi-legadas ape-nas de se-paraqão. E' Oúnico parenteproximo d agirafa

If_È_

-*"__&

7 — íani-iro — ;

Os S-grnaes ort^c;, =>pI-HCGS

Os signaes orthographicos que in-dieam o sentido das orações e aju-dam o leitor a dar a devida entona-ção ao que lê, são attribuidos aAristophanes, grammatico de Ale-xandria, que viveu no século III, an-tes de N. S.f Jesus Christo.

O systema de pontuação que hojefoi reformado em fins do séculoXV por Aldo Manucio, um priorveneziado, ao qual se devem o pontoe a virgula, os pontos de interroga-ção e de admiração e os parenthesis.Outros impressores seguiram essesystema que, em pouco teirpo, setornou universal.

O okapi — Desenho de Addi_on^¦VS^S^s^^N,^»

Vejam

0 okapi, parente da girafa

Revista nova em rotogravura—400 rs.A' venda em todos os pontos de

tjornaes.

CASA G U I O M Ã RCALÇADO "DADO" —'A MAIS BARATEIRA DO BRASIL

B» O EXPOENTE MÁXIMO DOS PREÇOS MÍNIMOS

^^W«r| Ultra modernisslmoa • fino» sa-O0# patos em fina « superior pelllcaenvernlzada preta, todo forrado ds pei-llea branca, com linda firella de me-tal, manufacturado» a oaprlcho. Salto_/u!s XV alto.OQ$ O mesmo modelo em fina « .u-<,°v perlor pelllca escura com linda evistosa flvella de metal, todo forradode pelllca branca, caprichosamente con-fecetonadoa. Salto Lmli XV alto» -

OQ© Ultra moderasslmos • finos ?t-íov Patoa em fma • superior pelllcaenvernlzada. preta, forrados d* pellicacinza, salto Cavalier. mexicano, própriospara mocinhas. D* números II a 40.OOÇ O mesmo modelo em fma pelllca06Q teige, também felUo canolnha •forrados de pelllca branca, salto Cava-ller, mexicano, ds na. ti a 40. Porte»2(500 em par. ""

^^^^_f^

30$

oaÇ Ultra modernlssimos e finos sa-«.u* patos em superior e fina peliicaenvernlzada preta com linda fivella damesma pellica, forrados de pellica bran-ca, salto mexicano próprios para mo-Unhas: de ns. *_ a 40.QOÇ O mesmo modelo em Hna e su-»"•IP perior pellica cOr befge. oOr mar-ron e «m beige escuro, artigo multochio e de superior qualidade, própriospara passeios e lindas toilettes, tambémsalto mexicano para mocinhas: de ns.!2 a 40.

Em camurça ou naco branco,1 guarnlç.eB de chromo cOr ds Ti-nho, salto Cavalier mexicano. Rigor damoda.onjt O mesmo feitio em naoo belge,»>vj «p lavavel, guarnlcOes marron tam-bem mexicano.

A ULTIMA EM VELIAJDOLindas alpercatas em superior vellüdáfantasia com lindos frisos em retrósvermelho, todas forradas, caprichosamen-ta confeccionadas s de fina qualidade,ds lindo effelto • exclusivas da CasaGuiomar.De números 17 a 26. m _ u , 10.000

12100014(000

__C' ^====^^**efe_______.

«• Ma 40. .Porte iHOO por par.

y RIGOR DA MODAOfiC Lindos e modernlssimos sapato!0\J^ em fina pellica envernizada pre-ta com lindo debrum de couro ir.agls-preto • também com debrum cinza •p*ra mocinhas por ser salto mexicano.

Pe numero» 12 a 40.OOÇ O mesmo modelo • também comw*"P o mesmo salto em sup&ríor pei.llca beige ou marron. - .

Porte 2(600 por par..Pedidosa Juíio de Souza ~Avenida Passos, 120 — Rio. — Telephone 4-4424

.-.-

¦¦.

Page 5: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

.WASi^A^VVVVVVwvvVVV^VVS^V%^i^V^VVWVVVVVVV%^^

O TICO -TICO

Rcdactor-Clie.e: Carlos Manliãea Director-Cicrcnte: Antônio A. de Souza e SilvaAssignatura Brasil: 1 anno, 255000: 6 mezes, 13SO0O: — Estrangeiro: - anno. 60$000; 6 inezes. 361000.

As assignaturas começam sempre no dia 1 do mez em que íorem tomadas e serão acceltas annual ou semesiraltuen-te. TODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pôde ser feita por "ale postal ou car-ta registrada com valor declarado), deve ser dirigida á Rua da Quitanda, 7 — Rio. Telepüones: Gereo-

cia: 3-0635. Escriptorio: 3-0634. Directoria: 3-0636.Succursal em São Paulo, dirigida pelo Dr. Flinio Cavalcanti — Rua Senador Feijó, 27. 8* andar, .alai 86 c 87

ãçoQ/tiWÊ^ôüô«^Oivro l^O^MMAF^ CIDADÃOS

Meus netinhos:

Na palestra que entretive com vocês, ha

uma semana,- disse que, aprendendo a obede-

cer, aprende-se, tambem a governar. Mas,

para governar, meus netinhos, é preciso, an-

tes de tudo, possuir moral capaz de garantir a

efficiencra de toda a acção de dirigir. Essa

moral, disse Vovô a vocês, adquire-se nos en-

sinamentos do lar, nos conselhos paternos, na

cultura que a escola fornece e, ainda, na von-

tade firme, resoluta, de cada um saber querer.

E' claro, meus meninos, que um espirito edu-

cado na escola dos bons sentimentos, dotado

de cultura scientifica e religiosa só pôde que-

rer aquillo que traga beneficio para os seus

semelhantes e para si mesmo. Nenhum ho-

mem tem o direito de almejar, tão somente

para si, a menor parcella de qualquer benefi-

o indivíduo dons que o collocam em posiçãode destaque e de superioridade entre os" seus

semelhantes, um dever logo se lhe impõe —

o de beneficiar — numa bella demonstração

de desprendimento, os que o cercam. E esse

beneficio é tão variado, pôde ser distribuído

de tão diversas maneiras, que, quando não pra-ticado, deixa o homem em lamentável situação

de criticado e, quiçá, odiado.Não percam vocês, meus netinhos, ensejo

de fazer o bem, quando collocados em posiçãode superioridade entre os semelhantes. Na

pratica desse bem — que só é considerado bem

quando seja o producto da razão e da justiça,terão vocês realizado o evangelho do homemna sociedade — agir pelo bem e para o bem.

Estudem, meus meninos, trabalhem e cul-tivem, com o zelo dos apóstolos, os ensinamen-tos da moral, que conduz o homem ás finali-

cio. Quando, pelo trabalho honesto, pelo des- ^ades gloriosas da felicidade humana,envolvimento de sua acção moral, consegue vovo

Page 6: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO c o ydii«.i. ¦j — i»oj

O TICO-TICO" MUNDANO EM LEiLÂO:NASCIMENTOS

$> ** Nasceu a 26do mez ultimo o gor-ducho Lauro, filhinho do Sr .Alberto de Mello Curce.

* 3> Acha-se em festas o lar do Sr. Camillo de Góese de sua esposa D. Geniyra de Góes, com o nascimento deunia menina que receberá na pia baptismal o nome de Judith.

3> <»> Recebeu o nome de Paula alinda, menina, primogênita do casalEdgard do Nascimento-D. LaurindaTorres Nascimento.

$> Therpíina Mary é o nome da

leilãoEstão em

meninas e

»^jia.u rt- IllCIlIlIcüs Cmeninos que conheço na Rua do E,tacio e outras próximas:Quanto dao pela belleza da Albertina? pela applicação aoestudo de Sebastião ? pela vontade de ser medico do Ono-n«7jela. 0«^ pequeninos da Mariazfnha? pelo andarapressado do Gu»tavo? pelo horrorás bonecas de Judith? pela elegan-cia de Juracy? pela estudiosa Yo-landa? peo retruhimento do João-zinho? e pela vocação para costa-

galante menina que enriqueceu o lar do reira da Elvira?Sr. Arnaldo Rebello e de D. Noemia 4> ? Leilão jg nKlca's e rapa>,esRangel Amaral. O nascimento da en- de Bomsuccesso: Quanto dão pela•ran tarifara menina ruir-» r tinta rln nm. Aletaam^mAS:*. A~ \r ,,._-> _ . t. , - -,

O mundo inteiro anda feliz, contente,A felicidade é para o pobre e o rico,Porque sahiu e já foi posto á vendaO "Almanach d'0 TICO-TICO".

cantadora menina, que é neta do pro-prietario do cinema Guarany, Sr. Justi-

no Rebello Amaral, deu-se no dia 19do mez passado.** •* Está em festa o lar do Sr. Salvador Pereira

Lima e senhora, com o nascimento de um menino que re-ceberá na pia baptismal o nome de Carlos Antônio.<S> *$> Com o nascimento de uma galante menina, en-cheu-se de alegria o lar do Sr. João Aragão. guarda-livrosna praça e de D. Auta Sar-mento Aragão.

ANNIVERSARIOS

** ^ J*az annos hoje omenino Ivo, filhinho doDr. André de Magalhães.

v <?> Completou seis an-nos hontem a graciosaEdna, filhinha do Sr. Au-gusto Vieira.

<* Cicero de Albu-querque, nosso estudiosoamiguinho,, festeja hoje apassagem de seu anniversa-rio natalicio

^ Faz annos hoje omenino Celso Pinheiro deSalles, nosso amiguinho.¦* ^ A nossa gentil ami-guinha I.enyra Arruda Con-ceição foi muito cumprimentada a 26 do mez findo pelapassage do seu anniversario.

<*> $> Passou a 3 deste mez a data natalicia da lindaEstherzinha, encantadora filhinha do Sr. Antônio deCastro Filho.

* & Maelmo Santo?, nosso intelligente leitor, filho doSr. Antônio Santos e de D. Luiza Francmeira Santos, fes-tejett a 19 do mez findo seu anniversario natalicio.

NA BERLINDA..,

t-hecr? !. £?Vvf b,er,ind,a as meninas e *»«**» «ne co-nheço na Rua Theodoro da Silva: Juracy. por ser muitosympathica-, Amenco, por ser bastante e'egante- %é vZser amável; Esmeralda, por ter oíhos azut Mario nornao gostar de estudar; Albertina. por ££a'r

™* *Jbrincar com bonecas; Manoelzinho, por ser muito crVòAlfredo, por nao querer usar calças curtas- I vrl^,

C"r0S-°'estudar as hções; Eugênio, por ter um ££*££

~«>«> Berhnda de meninos e menina, <io Andarahv*Ernesto, por ser obediente: Alzira porser bonita; Milton, por ser amável-Dora, por ser loura; Raul. por usaróculos; Laura. por ser distineta; Romeu

por ser elegante; Luiza. por ser gra-ciosa; Joãozinho por ser camarada; Ar-minda, por ser sympathica; Mario porser apreciador de foot-ball; Rosita, porter lindos dentes: Paulo, por ser '-'chi "

|.<Sc^^J', ov^,j^j

distincção da Yvette? pelo- cabelospretos do Djalma? pela sinceridadeda Ruth? pela distincção do Amo-nio? pela voz meiga <ie Wanda?pefa "pose" do Ali ¦ TÍS0 da Mar;a f]a G,0.ria. pelo modo de dansar do Alberto? pela belleza daArlette: pelo andar do Octavio? pelo bom gosto da Re-gma? pela sympathia do Humberto? pela bondade da Luiza?pelos ohos azoes du Ernesto? pelas unhas bonitas da Ai-

zirinha? pelo terno cinzado Álvaro? e pelos bonitoso'hos da Laurinha?

N O JARDIM.

rmrwy

? * Foi offerecida .oChiquinho uma linda cestacontendo as seguintes fio-res: Orminda. uma lindarosa vermelha; José, unicrysanthemo; Dagmar. umacamelia; João. um copo deleite; Jacvra. uma begonia;Milton, um amor-perfeito;Diva, uma hortencia; Ma-rio, um miosctys; Auzenda,uma orchidea; Carlos, umcravo; Lili. uma açucena;Pedrinho um bogary; Mar;ada Gloria, uma margarida;Herminio. uma lvrio; Ju-pvra. uma magnolia: Hugo. um jasmin do Cabo; Cremildauma rosa cha; Manno. um botão principe ne-s.ro- Adoz;ndauma flor de cera; Geraldo, um cactus. Hevondina. uma

palma de Santa Rita; Roque, um manacá; Maria de Lour-des. uma vistosa dhal-a; Estevão, um cravo branco.

NO CINEMA...

_ * ? Foram contractados para um film fa'ado cati-taoo e dansado os seguintes meninos e meninas: Devanaghi

a Clara Bow; Díony. o Ricardo Cortez; Eneiza a BettyBronson; Darly. o Ramon Novarro; Lenvra, a Bebe'Daniels;Maelmo. o John Gilbert; Déa. a Billie Dove: Darcvlio. 0Btick Jones; Jacy. a Joan Crawford; Darcv. o Conrad Na-gel: Luiztnha, a Annita Page: Walter, o Ádclphe Meniou-Regna. a Bessie Love; Pau'o. o R.chard Dix; Semiramis'a Drta Par'o; Geraldo, o Rod La Rocque: Conceição àVilma Banky; Joel, o Colher Jr.; Joanna D'Arc a IaTora: Heroizo. o Fa,rbanks Jr.; Odette. a Bettv Ccmpson;G.onnha. a Greta Garbo; Plinio. o Bea Lyon • Mariasinhi,Mary Pickford; Juquinha. o TohnBarrymore; Octavio. o Tom Mix;Juracy. a Lia Lee; Manoe'ito. o Ca-ry Cooper; Carmen, a Dolores Cos-tello; Henrique, o Charles Ray; Jan-dyra. a Constance Talmadge; Manoe-hto, o Wallace Beere: Ilka, Doloresdei Rio; Constantlno, Hoott Gibson*Zanawa - Viola r»ai*a. *»• ii, ._

Page 7: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro l!»:ü — 7 — 0 TICO-TICO

\\\\mWmWFW, ^MmmWLmmmBWIf\WSk\\m%\r omüÍBBBWmà/5«P5ts

^^^^^^^^^^^^^^^^^^

es£*_JSsf

JL

REIS MAGOSJSIo deserto sem fim, pela noite calada, lá ia a cara-

vana dos tres magos que andavam a seguir umaestrella-guia feita de luz que os levava a Bethlém, á ai-deia pequenina dos confins da Judéa. — Fica distanteainda o palácio do Rei? — perguntava, offegante, o maismoço dos magos. E a estrella guiadora, com a cauda deluz, respondia que sim. — Mas ainda é muito além o tem-pio do Senhor? — indagava, cansado, outro rei do Ori-ente. E uma restea de luz da estrella caminheira balan-cava no céo respondendo que sim. E o terceiro dos ma-gos, carregando, a suar, uma amphora de myrrha, per-guntou numa queixa: — Mas vale tal labor para ver agrandeza de um palácio onde nasce um rei igual a nós?E a estrella que os guiava parou, então, no céo e desceusobre o tecto de uma casa a grinalda de luz que vinhacarregando. Vozes, meigas, no céo cantaram com ter-

nura — Eis o rico palácio onde nasceu o Salvadordo mundo. E' a mangedoura tão pobre e

abandonada que abrigando Jesus vemdar ao mundo a mais bella de

todas as lições. E os tresreis magos, que tra-

ziam nas arcas mil thesouros, de myr-rha, incenso e ouro, não viram opalácio procurado mas a lapinha po-bre onde nascia o rei dos reis, Jesus.

¦ Itr-JfJL

CARLOS M A N H Ã E S

Page 8: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO-TICO 8 — 7 — Janeiro — 1931

AS AVENTURAS DO RATINHO CURIOSO«DESENHOS DE WAI.T DI.NEY E II. B. 1WERKS. RXCLt-HV-D_.DE PARA "O TICO- TICO'. EM TODO O BRASIL)

— "* —in. iii-ii. t — . p* '' , "^ ¦_.__:>— .......

Ratinho Curioso, como vocês viram, neira de rever a sua Macaquita. De to de espanto.' E' que percebera haverfoi cahir em terra firme e pensava na ma- repente. Ratinho Curioso deu um gri- perdido o mapoa da mina de ouro. Ra-

' «J f— , ,¦ .-,

¦U*»—--—+ -»-~-¦____¦._. j J£_£---~-{ i ,t -? —•._-,.._.. %

tinV Curioso procurou o mappa em todos Estava disposto a partir emos L*.sos e não o encontrou. -.usca do documento perdido,...quando viu, ao longe, uma cousa quemuito o aleerou. Era wna mina. Par-

•*- ». i

lUQÍ MiyyA~^*tssyh

...T-iBeSÜfc

AWgl•___Ti__ili-A*' y I

y/iy: fà

Ir—,Z±± N\ ^W ¦>

^-- £^r-~£A——=•—__tiu, correndo, e, dentro de pouco tempo, estava deante de umaijrande mina. Era certamente a mina de ouro que havia tanto...

...tempo procurava e que era objecto dacubiça dos salteadores. E poz-se adan-

\ * V_ __ '•.—' - r— —— ¦— .. ¦•s. \.vwIl_\ «o -~ **• "*¦ i

Ü-- ..___¦,_-»_„ -5^^^^ Pj^MeS — --1-^ ,"' •— r—° — ¦—•*• ^- _.*.. pt-hc- -____¦

sar com o cavallo, feliz e contente. Mas, .. para traz e ficou mudo. E sahiu,,mcssç mslapj__ RM?____ CkLQOSfl eltjou^ montajido s_ cavallo. a fygir des- , ordenadamente. E' que um dos salteadores o ha-

*ia descoberta ç pexsfguia. "'

(ÇüaüaúaJ»

Page 9: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro — 1931 — 9 - O TICO - TICO

Li-i v A • . 1

^ 'ií;^

a: IfiIn f> 6 n n p. 0 ^'mtm mf ^«r

LÍ ir -Ri - '

íkàMMÜ

|

4£_m

p&a^ I BS- 1 i

* ¦* ' ^^i > j>ir^_JiL. m

... _.-ívVs_>0

fe&

O Alumnos do Externato Santo Ignacio, que terminaram o curso,ouvindo o discurso do paranympho Dr. Gabriel Bernardes. O

Creanças de Pirahy que fizeram a primeira communhão Vi

fi 1 f e>" * *"

Page 10: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO - TICO — 10 — 7 — Janeiro — 1931

NOSSOS AMIGUINHOSI 1 ""¦¦¦¦

-1 ^

K___*t r^r Z7____l ____-v

C**i I r_l mí*" ~ H K_r j-*V' >'* <__ — _tl

__. *." feA. ¦ (H Br ^I__ i*^ ¦;__¦" '^__ c_^^^^^^ __§^PV*t^V ¦ _i'

_B «_P _H r _B S Lflktm_ ___i — ^^* "*_¦. • ' O t_ü_V ¦ 'ü cl__lclll**^___^___a__*k» ^1 I)_B ¦ _______» 1 _L_ T ^__i /__^PI ¦(

Jandyra e Clodoaldo, filhos do Sr. João de Arruda— São Paulo —Arminda, filha do Dr. João Pedreira

— São Manoel — Minas

_¦__ *y -» j *\

l_____ _rn yjÊÈÊkf\ _i_\MMMB /___________v_r_-% *_] /_h

^i /*_r*^__ \r i: l\r^^aaaai í

Hélio Raymundo de Britto— Bahia —

Leonor, Gilberto, Lucy e Clovis, filhos doSr. Clodomiro Puga Gonzalez.

Page 11: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro — 1931 11 — 0 TICO-TICO

AS AVENTURAS DO GATO FELIX(Desenho de Pai Sulliran. Exclusividade do O TICO-TICO" para o Brcsd.)

m^^- iKf&Çr v91 / __9___l __H 4^__ /V___ ______r^

Cato Felix sahiu lhe venderam na exposição. E foi parai Nessa oceasião a Gatinha ta de Gato Felix. E a silhueta,com a silhueta que defronte da jaula de um leão africano. deixou cahir ao chão a silhue- desdobrando-se. animou-se. to-

_.» à-J 4 r !'il OT_á1W]^w)y _Í___ílsMliM^y~-— _____x__-^1--^"^^^"'^ ^xk* i>j>-^-/^' ' i i^tkvj

' -_F ___> áÊsWF %_PL" ^w__R. ___¦_. ¦ ^__r_rTT^ _L_T_BIf^ ___t ^P* n^_B_fí5.S&'. ."•_*- 3(5lr- - .**- ; -**>s- f-*"_ *-.¦*-"^—^ -4 L-:— ¦ — .. .. ¦— _J !¦ ¦ <¦' ' —- ¦ —-« — '"***

mou movimentos, cumpri» ..-.com esta, abraçado. Gatomentou a Gatinha e sahiu..- Felix, julgando que a silhueta

fosse um rival, enfurece-se e Av__ça funoso contra 0 ousa.

dispõe-se Eer.. * luta. do que estava junto de sua,..

J__J__-

í_?

^3«_-___. _r*.„T

0XX) -o- -¦ Já _.<- **MP

V-t *-._-_! vwn;-fe* --|^=__g_H

lUM

___^CZX" • ¦ i.. Gatinha. Prepara, das patas e parte como se fosse umadepois, os músculos bala. Havia de estrangular aquelle

felino desgraçado! — dizia a si mesmo. Mas a silhuetadera um pulo sobre o macète e rcvirara no ar.__.

BI vu _/ r , f

i.-_ emquanto Gato Felix recebia noalto wa cabeça um golpe tremendo e.*_

..era elevado á campaiijha do apparelho de íor- .. silhueta que deixava, assim, Gato F<?<(a — tudo obra da tix desacordadov

Page 12: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

U TICO-TICO — 12 — 7 __ «janeiro — ;

A lição da borboleta"Pouco ateito aos deveres, o educandonadava em mau humor, monologando:

Mofina sorte a minha!Fazem-me prisioneirodesta enfadonha escola.Oh! que vida mesquinha:'trabalhar, estudando, o dia inteiro.Isso, afinal, amola! —

Passa uma borboleta voltejante...Diz-lhe o incauto estudante:

Gentil insecto alado,quem me dera um bocado'da tua liberdade!

Dizem-me que aqui vivopara alcançar, depois, felicidade...Mas vejo que não passo de cativo —Volta-lhe, promto, a inquieta flor do espaço:"Outrora eu não fazia o que hoje façoEra ínfima lagarta, rastejava:

uma espécie de escrava!Mas puz empenho em levantar-me e voar

e ser livre como o ar.Fiz meu casulo então,

para tornar-me, um dia, borboleta.Eu mesma construi — pobre calcêta —Foi com árduo labor que tive jusa um pequenino cárcere sem luz.Dias a fio e noites laborei

(note-se que não ralho)e, metamorfoseada, me librei

nas asas do trabalho..Agora íruo o prêmio, sou feliz:transporto-me embalada em suave ade]o,e pouso sobre as flores, que amo e beijo".

RVILHA, PRATO APRE-CIADO NO JAPÃO

-puop; vu 'iujivq íp vpppn v\clmria, 'emos montes de ttde bolas comprimidos dc c-

rjue esperam transport,o Japão, onde são muito

fiados.

____^^^^^^^^____r"~"^^*p,fi

—r?^ Rs^^ÜÍ v a "* J_r~ -C ' \^m\\ ^^Xm\mW^3Í^m\~7^ÂtÁmm\ \__»^__W "" ^^^r«ÍU_i_aW™ai- jhj "

S^SmÊ^^mm^^ K' ^1

I «;-'W^-""^^___LZ____E3L3t PU•""" 9 -i_B'Ç~~i'^__^™j ^ tí*l

w^ ^__________«r^___B'^^^^ ¦ "

'^^*~^*^ ¦? O «k.i.Ç "-"kl ¦¦¦¦¦, .-.

Medita nesse exemplo, meu petiz.E, se não queres rastejar, ser nulo,trabalha, estuda... A escola é o teu cas.

Theophilo Barbosa

(Do livro "A Poesia da Escola").

O BURRICO ENGENHOSO. Certo burrico, cheio de esperteza,resolveu um dia arrebentar a cordaque o prendia e correr mundo embusca de ayenturas.-¦ Chegou ao bosque em tal estado dealegria que seus fortes zurros atroa-ram ensurdecendo todos. Um leão, quevinha de muito longe e nunca tinhavisto um asno, deteve-se, assustado,ante aquelle phenomeno de tamanhasorelhas e tão poderosa voz.<^— Como te chamas? — perguntou.

— Papalcões! — respondeu o burro.« — Como ? Tens, acaso, bastante

íorça para caçar um leão?'• Cheio de audácia, o asn0 replicou:< — No mundo inteiro não existe

quem me iguale nessa tarefa!Reflectiu um momento o leão e logo

disse:*— Lima vez que ès tão prodigioso,

quero propôr-te um negocio.\—Qual?

— Que façamos os dois uma allian-ça, para lutar contra os outros ani'mães.

í — Accdto! —« respondeu n burri-co —. E partiram juntos.' Ao chegar a um rio, o leão, comoum pato, o transpoz, emguanto o burro.

(Traducção de I GALVAO DEQUEIROZ, neto)

nadando com difficu"dade ,quasi seafogou.

Pouco sabes nadar, ao que pa-rece... — observou aquelle.

Enganas-te! Nenhum peixe meleva vantagem! Mas uma enguia es-tava presa á minha cauda e eu nãoqueria abandonar a pescaria...

Convencido o leão da superioridadedo companheiro, continuou andando aoseu lado. Adeante encontraram ummuro e o leão, sem csftsçu, saltoupara a outra banda.

Inutilmente se esforçou o burropara imital-o ou, ao menos, seguil-o:resvalava sempre.

— Que fazes? — interpellou o pn-meira

^E____o Jl

Estou a pesar-me! Quero ver seS cabeça pesa tanto quanto as anen

Creio que não é isso.- Enganas-me! Não tens é força! — murmurou,de>confiada, a fera.

Não tenho força? Ah! Ah! Faça-nos uma aposta. Vejamos qual dosdois derruba, primeiro, um pedaçodeste muro!

Tentou o leão faze!-o, golpeando amuralha com as patas, com a cabeça ecom o corpo.

Não posso! — contessou.Satisfeito, o burro emprehendeu a

obra, serv«ndo-se de suas patas bemferradas e atirando o muro ao chão.

O leão ficou surpreso, mas pediuoutra prova que' não pudesse executaroutro animal. O esperto burrico propoz-se devorar espinhos e, deante do com-panheiro boquiaberto, acercou-se deuns cardos. que estava habituado amastigar sem esforço, . e devorou-os.

— Realmente, és admirável e extraor-dinario! — cnmmentou o leão. Querofazer-te nomear rei dos animaes, poisnono rei acaba de morrer.

E foi assim que um humilde burricofoi coroado, graças á sua perspicácia,audácia e engenho.

Page 13: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro — 11)31 O T I C O - T ICO

FAUSTINA ARRANJA UMA CINTA PARA EMMAGRECER

T7m dia Faustina verificou no es- Não teve duvida, começou a fazer Usou tambem ump.s cintas de borrachapellio que estava engordando. vários exercícios para emmagrecer. de roda de automóvel, que dizem que...

mi <W m li-l <sil_L...é muito bom Mas a D. Semifusa. ...a comprar umas cintas movidas a ,..e sacudia com o corpo todo. Fatts-

velha amiga, aconselhou a Faustina... electricidade. A applicação era enérgica... tina, com pouca pratica do...

...apparelio =e atrapalhou E trama ...uma cabeçada desagradável no ...mas perdeu o peso por com-dessas, voou de catrambias para o chão, Faustina não emmagreceu com pleto com a doença proveniente daar. Dando... o apparelho,... queda!

UMA MARAVILHA — ALMANACH D'0 TICO-TICO PARA 1931

Page 14: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO-TICO — 14 — 7 _ Janeiro — 1031

ÈL.W JL a íg 0QUEM TEM TELHA-

DO DE VIDRO...«PROVÉRBIO PROVADO)

(/4 o pequeno Trancinha.y

Era o Isidro um Dom photographoE na casa havia postoGrande telhado de vidroPara a luz entrar a gosto.

Junto morava o Trancosoque tinha pombos-carreiosE os trazia bem tratados,Gordinhos, de papos cheios.

O photographo gostavaDe pombos fritos á mesa;Porém não queria terCom o prato a menor despesa..»

Como os pombos do TrancosoPousassem sobre o telhado,Elle pensou em caçal-osCom pedras, sem mais cuidado.

E os pedregulhos choviam,Desde manhã, bem cedinho,Atirados pelo Isidro,No telhado do vizinho.

Não se lembrava o photographo»No momento de atirar,Que o seu telhado fragilimoEra fácil de quebrar...

Não tanto pelos seus pombos.Maia pelas telhas quebradas,O Trancoso, emfim, se zangaE atira também pedradas.

A ciaraboia do lzidroFicou reduzida a cacos,Como uma, loja de louçaOnde entrassem dez macacos.

Foi quando elle se lembrouDesse provérbio velhinho:"Quem tem telhado de vidroNão apedreja o vizinho...

A esposa 0e um lavrador eníermoagravemente e elle mandou chamar omedico da localidade.

Este, ao chegar, manifestou algumreceio quanto ao pagamento de seus ho-norarios, em vista da pobreza appa-rente na humilde choupana do lavra-dor, mas o lavrador desannuviou-lheessa duvida, dizendo:

Não tenha o mener receio; eupossuo cinco barras de ouro, dentrodaquella velha arca que ali está, — eapontou-a. Tanto se o senhor matarcomo se curar minha mulher, o ouroserá seu.

Depois de algumas, semana? da tra-tamento, a lavradora veiu a fallecer.

Passados alguns dias o medico pro-curou o lavrador e reclamou o promptopagamento do que lhe pertencia, o la-vrador calmamente disse-lhe:

Aqui o senhor me tem para cum-prir minha promessa. Porém, apermitta que lhe faça duas perguntas áfrente dos presentes. Diga-me a verda-de: o senhor matou minha mulher?Não, poi certo — respondeu tomviveza o m«?dico.

Alegro-me muito com isto! Por-ventura o senhor a curou?

Infelizmente, não.r— Ora, muito bem! Pois se o senhvr

não a matou nem a curou, absoluta-mente nada lhe devo.

Moralidade: — Nunca #?vemos jul-gar outrem pelas apparencias!

MARIO DOS SANTOS

Annexim. ^ h

0 PERU' PHILOSOPHOUm dia, num velho gallinheiro,

compadre gallo, o chefe da tropa,reuniu todos os seus subalternos, edepois de um prolongado discurso,em que mostrava quanto era lindaa vida livre, convidou-os a daremjuntos um passeio pelo campo ondetudo é bello e agradável ao nascerdo sol, o rei da luz, que dá vida aosvegetaes e conforto á Natureza.

E depois de uma grande mani-festação de agrado ao compadregallo, autor de tão esplendida idéa,trataram todos de se apromptar.

.Um peru caduco e manco quetudo ouvia e assistia, chamou-lhesa attenção fazendo ver que po-deria dar mau resultado o passeio;mas ninguém lhe deu credito, ha-vendo até tentativas de lynchamentopor parte dejms frangos que, amt-gos que eram da farra, não queriamperder o passeio.

E por descuido da dona Marico-tas, ao deixar a portinhola do gal-linheiro aberta, sahiram todos:gallos, gallinhas, frangos, franga?,perus. j;eruas, e até mesmo pintos,afim de darem o almejado passeio.Xo gallinheiro ficou só o peru ca-duco e manco, que assim poude'fartar-se de comida, sem incon:modo algum, cou?a muito rara nasua vida.

No dia seguinte, estava o caducoperu no seu poleiro, dormindo umaesplendida somneca, quando o dei-pertou um forte cacarejar. Sur-preso levantou-se, e viu então quede todo o grupo que tinha partidopara o passeio, voltavam apenasduas gallinhas e tuna franga, quepor milagre tinham conseguido es-capar á sanha das raposas.

Então o peru, lá de cima do seupoleiro, sarcástico philosophou: —"Boa romaria faz quem em ca-atica em paz néca:

^¦üJl a

Page 15: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro — 1931 — li — O TICO-TICOmmm&mom&ix^^oal_---\—- —.r—,

f TEROI MEU ULTIMOU EAà\Ec<0 ja SA TfcTT?Ap ENCONTRe. UM REMÇ.-

wr^^ ~~/E 1/ A wO-^N*° A"'~áj AW^Êy A A^E í \WhMAT^^'TO N'f jfi ^

-*-*»«.___.

I E/fE T-.ENEÜ'0 EMESMO MlLA6R0/<-

CLHA AQUI "

/~*\ \EjPirMHO/CrvAA l2-n,-7^3 E ^E/MO '

Eu tamBEm E.f"fT>u fiCamDO

"O

ri ^'í{.EJ ^-HZ-tv*--^¦iT-Í^'"

L

/2? r?^ Sl7•¦> ^bT*--<v!<'T 10.000*000 \

AwAJf ]/\ iWmmW^ EAEC & QuEM tNm._£_T"") i

Page 16: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO-TICO — 1G — 7 _ Janeiro — l._l

O PASTORZINHO ISAIASEm Bethsaida, vivia, juntament.

com sua mãe, um pastorzinho cha-mado Isaias.

Muito cedinho, antes do sol doi-rar as melancólicas montanhas daGaliléa, elle tomava seu cajado e to-cava suas ovelhas para os montesonde brotasse a graminea rasteira.

Todas as manhãs, durante a pri-ma vera. levava migalhas aos pas-snrinhos que em retribuição lhe de-leitavam os ouvidos com sonora *canções. Isaias amava tanto a Natu- .reza como queria á sua lx>a mãe.

E nessa vida alegre e feliz o pas-torzinho crescia forte. Mas um dia,*ao voltar para casa, Isaias teve amais amargas das surpresas: Suaquerida mãe, soffrendo horríveisdores, gemia afflicta no fundo denm catre. Já havia tomado toda es-pecie de drogas e medicamentos ;mas tudo em vão. As dores recru-desciam cada vez mais.

Então o pastorzinho, vendo queeram imiteis seus esforços pararurar a enferma, resolveu ir embusca de uma pessoa que conhe-cesse a moiestia, afim de receitaro remédio necessário, deixando-aaos cuidados dos visinhos.

Depois de andar uma grandedistancia, Isaias encontrou uma ve-lhinha que o interrogou sobre o mo-tivo de sua tristeza.

O pastorzinho contou-lhe a ca-usa do seu acabrunhamentô. Então

. a velhinha disse:Eu conheço esta doença, meu

filho, e creio que tua pobre mãe nãomais poderá ser salva !

Grossas lagrimas deüsarampela face de Isaias, quando ouviutaes palavras.

Mas ainda não se foram toda.as esperanças, continuou a velhinha.Não muito longe daqui, em Coro-zaim, appareceu um Rabbi, de olhardoce e sereno, e doirados cabellc.,que cura aleijados, dá vista aos ceg ise resuscita os mortos. Se tens fé, w_procural-o, e elle salvará tua mãe!

O pastorzinho, então, muito es-perançado e cheio de uma grande fé.partiu á procura do Rabbi.

Andou durante muito tempo porinvios caminhos, e, quando encon-trava alguma pessoa perguntavapelo homem que curava os enfermossem lhes dar remédio material. EIsaias vagou até á noite, ferindo o-pés na aspereza das pedras, sem en-contrar o Rabbi.

Quando as trevas embuçaram .")dia no seu manto escuro, o pastor-zinho fatigado, e em jejum, dei-tou-se sobre folhas seccas e dormiuaté alta. madrugada.

E sonhou muito...Sonhou que Jesus, o meigo Rabbi

da Galiléa, lhe appareceu em umanuvem, cercado de anjos que entoa-vatn canções melodiosas.

Então Isaias disse a Jesus :Senhor, andei dois dias, em

«.'ão, por logares desconhecidos, ávossa procura ! Minha pobre mãemorrerá, certamente, se não acurardes, e eu sei que só vós soisrapaz de praticar este milagre!

Então Jesus lhe respondeu :Filho, volta, que tua mãe já

está curada ! A tua grande fé i.4

salvou !.

1 ' - r>"i..T >'v..,.,ratf Ir,. Grvat !'ri:_n r .-h!* r.M?rv. d \\\\\ B^^K_k

Laias acordou um tanto assus-tado, e. confiando na realidade dosonho, regressou a casa. Foi comgrande alegria que encontrou suaextremada mãe completamnte cura-da. Jesus, mesmo em sonhos, ouvirasuas prec ._¦

OLAVO CHAVES

•\a** a****i**r^*?~^ •si>**a**S'***a^**a*^*^*<.^^

JesusNa cidade de Belém,Na-ceu Jesus Nazareno,Sobre' palhinhas, deita« .Rei poderoso e supremo...

A divina lei dos céo»Por toda parte, pregava;Fez, no mundo, grandes curas;Aos mortos resuscitava...

Ainda muito pequeno,O santo fiiho de Deus,Pregava, por toda parte,A divina lei dos céo-. ..

Hermogcnio.

MULHERES DE

DENTES PRE-

TOS

As mulheres de

Tonkim, Indo-China,

somente são bel Ias

quando mos tra rc;n,

num sorriso animei,

os dentes pintadat

de preto.

Page 17: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro — 1931 - 17 — 0 TICO-TICO

A ARANHA E A CRUELDADEDE UM HOMEM

Mo tempo do reinado de Luiz XIV, era ministro dasfinanças, o funccionario Fouquet, que foi condemnado aprisão perpetua, por ter administrado maj as rendas ou-blicas. e viu seus amigos e emprega-dos participarem da mesma sorte.

Entre estes, estava o seu secretarioPellisson. cuja prisão fora menos rt-goro.»a. sendo condemnado somente acinco annos de encarceramento na Bas-tilha.

Para distrahir-se em sua solidão,Peüisson, tinha o costume de tocarflauta. Numa dessas occasiões, reparouque uma grande aranha que armarasua teia num dos recantos do cárcere,parecia escutar a melodia do seu in-strumento.

O infeliz preso, para não espantal-a.continuava a tocar.

Pouco a pouco o insecto foi se affei-coando ao seu companheiro de solidão,que já se approximava sem receio.

O infeliz insecto acostumou-se tantocom seu companheiro, que já descia e to-mava os alimentos que este lhe dava.Isto lhe abrandava um pouco os horroresda prisão.

Passado algum tempo, este factochegou aos ouvidos do governador daBastilha, homem ruim. sem coração, oqual decidiu privar o prisineiro de seuconsolo. Com tal tal resolução dirigiu-se ao cárcere e disse ao pobre homem:

Então, Sr. Pellisson, consta-meque achou companhia?

E' verdade, disse, e ainda quenão possamos conversar, entendçmo-nosmuito bem!

Mas custa-me a crer o que mecontaram, continuou o governador, euqueria vel-a.

Pelüsson que nem de longe suspeitavaa má intenção do governador, chamoulogo o insecto, que veiu. comeu _en\ .sua mão e deixou-se affagar.

Mas, o governador, esperando o me-mento opportuno, lançou a aranha aochão, esmagou-a com pé, e sahiu, semdizer palavra.

Pouco tempo depois, ganhou Pellis-son a liberdade e a amisade do rei. foicumulado de honras, mas nunca se es-queceu daquelle acto de deshumanidadedo e-overnador da Bastilha.

AUGUSTO CROESY

<S> <g> <& « ? *

3 O N E C

mV. tf

wLa t-*TT$u«. i/1 ^m^% fí

croscopicos e alvos, que a medo lhe apparecem na boquinha...Finjo-me estremimhado, ralho, afim de o discípulo me

respeitar; elle, entretanto, responde num sorriso de infinitasuperioridade e alta erudição...

Se acaso vê perto o seu gato preto, pega-o, aperta-iafagando-o lá a seu modo; e assim continuam, o bichanoe o seu pequenino dono. até que este, já cansado, principia

a adormecer...Talvez não sonhe ainda. Fadas, prince-

zas, reis, anões, soldados, espadas — tudono future

A vida para elle é de uma serenidade in-vejavel, ás vezes, alterada pelas horas dechorar. Desconhece tristezas, e a sua gra-ciosa cabecinha não guarda pensamentos•craves.

Desde que elle nasceu » ha oito me?es... — é meu alumno.

Não trato de álgebra, nem de latim.consistem as minhas aulas somente em lheensinar algumas pa'avras, coo vovó, água...

O vadio, porém, nâo me escuta. Apren-deu a dizer mamãe, papae, titio, e nadamais, o grande preguiçoso!... Resolvi,agora, punil-o a capricho Amanhã, seo meu amado travesso não souber alição, ficará prohibido de brincar, du-rante um dia, com o seu gato preto...,

«> <»

JOÃO GUIMARÃES

3> <?<> Q>

,...Mas o peralta não estuda, ner**!

quer mesmo procurar se existe, parao seu esquecimento, castigo ou re-compensa. Ponho-o junto a mim, falo-lhe que socegue; ape-

um minuto — dois, se tanto — elle me attendeMal inicio a conversa o traquinhas, como pássaro fu-

eido, encantadoramente se movimenta: rasga as paginas de

um livro, dilacera as bonecas de celtuloide, prende-me os

cabellos nas roseas mãozinhas; depois, beija-me o rosto

com a afflicção que lhe provocam os quatro dentes, mi-

— O A LM AN AC H D'" O TICO-O" ESTA' A' VENDA EM

TODOS OS PONTOS DE JOR-NAES. •

VESPERTINASA' Lilita Solange.

... ,"A' tarde, quando o sol, condor[sangrento,

No horizonte se aninha somnolento,Çpmo a .ah»^ na flor."...

Castro Alves

Eram quasi 6 horas da tarde. Dofado do poente, além. no fim do mar, acordilheira extensa parecia o baluarteenorme do horizonte. Eu, saudoso e em-bevecido, contemplava a Natureza!

O astro-rei aceultava-se, pouco apouco, trazendo-me á memória os ver-sos maviosos do poeta de Os escravos.E eu dizia commigo mesmo: — Setivesse estro e lyra!... se pudessecantar como poeta estas cousas tãobellas, não viveria tão triste... nãosentiria a minha vida tão pesada...não supportaria o azedume desta nos-talgia tão amarga!.^., desta tristezacruel!...,

E meditando, não percebi que o so«se tinha oceultado! Que fazia eu, ali, àbeira-mar, sobre rochedos?... Lembra-va o meu passado... os tempos idos...as venturas e os sorrisos "da aurora daminha vida... que os annos não trazemmais. — Alguém passou pela^ praia,perto de mim, mas eu não vi quem

foi... ouvi que esse alguém cantarolava... talvez fosse mai*»feliz do que eu!... Tentei dissipar minha tristeza e comeceia cantar. A voz morreu-me na garganta... Estava triste...não podia cantar... O manto da noite começava a estender-se sobre mim. A muito custo ergui-me e, lançando ao poenteum olhar de despedida, sahi, acopanhado pela harmonia queproduziam as ondas mansas do mar. mm ZELINHO.

Page 18: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

CASA D A B O !S

rr «T-^

§PA1*_T

& EVT_Ü_-CI2_ O A CA,A /j?í-= -w

Page 19: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

. E C A - Pagina do armar n. 4 - (Fim)

\\'à jy p_f

^.'^ ! _; F/F'*,- i J——' —v• i '/y/// ^' '

>' - i FF—FF: ' ^. _^- .j -m i. /___^;—«¦ ¦¦ '»• ¦ j —— • ¦" ~*. -i

*a®7 f ^~—7^±^6\ã// % í

j I -W 1

==rs-1 x<s\ j/7a ——i

^===^\c 'n FFFFF-FU-" rT 7

Page 20: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO-TICO

Graude~ 20 —. 7 _ JaiHipo — mi

Concurso de Nata1 f O Tico-TicoA. relação dos concurrentes

Continuamos hoje a publicação do?nomes dos concurrentes cio GRANDECONCURSO DE NATAL D'0 TICO-TICO. Um numero precede, como verão,o nome do concurrente e servirá de nu-mero com que esse mesmo concurrenteentrará em sorteio, em data que rré-viamente designaremos.

Pedimos a todos os concurrentesçjue procurem com cuidado seus no-mes na relação que hoje continua-mos a publicar. Muitos meninos re-clamaram, em concursos anteriores,não verem seus nomes publicadose, no emtanto, após busca por nósdada. poi verificado que os nomesde todos elles figuraram na listade concurrentes.

Eis a relação dos concurrentes:

2401—José Joaquim Cerqueira2402—Ary Oopesco2403—Adriano Cruz Ferreira2404—Esmeralda Olympia Sampaio da

Silva.2405—Armando da Silva Te'leà2406—Esmeralda Gouvêa2407—Marina Vianna Ribeiro2408—Georges De Wick2409—Lizette De Wick2410—MuriUo De Wick2411—Teide Godoy V2412—Pedro Gomes2413—José Lopes de Aguiar2414—Raul Marques Henrique!2415—Ary S. Ferreira da Süva2416—José Maria Chaves da Costa2417—Celina Serra de Moraes Rego2418—Orlando L. de Moraes Rego2419—Luiz P. de Castro Leão2420—E-via Lages da Silva2421—Oneide Moraes2422—Naylon Telles Cardoso2423—Armando Borges2424—Arehimedes da Silva2425—Inah de Meneses2426—Nilda Posada2427—Fernando Pereira de Souza2428—Hélio Salema Garção Ribeiro2429—Elza Oliveira2430—José Marques de Almeida2431—Celeste Silva Fortes2432—Edda Rebello2433—Emy Rebello2434—Regia Ayres Summer2435—Victor Rocco2436—Maria Marques de Olive.i2437—José Benitorio2438—Walter Augusto Barbosa2439—José Bandeira2440—Ornar da Silva Araujo2441—Renato de Carvalho2442—Jorge Leite2443—Moysés Palmieri2444—José Viviani Telles2445—R,egina Maria dos Santos

Continuação2446—Orlando Pinto da Motta2447—Ferdinando Bertea Mendes2448—Arides da Silva2449—Wilson Cunha Couto2450—Alfredo Rucenilli Filho (Fiúza)2451—Sarita Rucenilli (Fiúza)2452—Ângelo Sampaio Fiúza2453—Carlos Antônio Hecksber2454—Luiz Garcia2455—Orlando Corrêa Lim;»2456—Atalir Barcellos2457—Ildefonso Domingues2458—Orlando Rocha2459—Nacilee Salmeu246D—Sidney Blois246.'—Aristóteles Bentc da Costa2462'—Joaquim Capér2463 —Zelia Marquez Cruz2464-—João Stavola Porto2465—Eudemia Merlino2466—Carlos de Paula Cunha2467—Fernanda Rebecchi Vil'ela32468—Guilherme Monteiro Chaves2469—Virgilio dos Santos Sedovira2470—Aidyl Silva2471—Max Léon Nahon2472—Celina Rosa Vinhaes2473—Maria da Conceição Chaves2474—Francisco C. Ferreira Netto2475—Cora Pinto de Faria2476—Carmen Chaves2477—José Mario da Silva2478—Luiz da Costa Ferreira2479—Maria da Luz de Oliveira2480—Renée Georgina Toussaint2481—Aluizio Fróes2482—Maria Thereza Bhering

. 2483—Li*> FlpTcs Bhering2484—Moacyr Britto2485—Nayla Peixoto da Silva2486—Luiz Rigolon2487—Mathilde de Oliveira Martin;2488—Isaias Moreira2489—Cléa de Oliveira Monlz2400—Álvaro Bastos de Oliveira2491—Renée da Silva Amaral2492—Clotilde Maria S. Fernando2493—Eda Muniz Maia Duarte24<>4—Hely Grandelli2495—Moacyr Ramos2496—Euterfe de Almeida2497—Maria de Lourdes A Maroue?2498—José Fernandes24'.'9—Adelina Medeia2500—Luiz Frederico José.2501— Walter M. Marques2502— Hermozilo Siqueira França2503—Maria Lecticia Gondin2504—Lúcia Loureiro Marirígcni2505—Iberê Rocha de Oliveira2506—Ruy Guimarães Diniz2507—Matheus Cosentirib2508—Jair Coelho da Silva2509—Maria Lucinda Dias2510—Mario Chamarelli

2511—Mario Chamarelli2512—Mario Chamarelli2513—Wilson Guimarães2514—Ignacio Corrêa2515—Maria do Carmo Costa2516—Maurício Savini Grillo2517—Dulce Pedrosa2518—Léa Cavalcanti de Andtade2519— Divia Paula da Silveira2520—Eduardo Ferraz de Carvalho2521—Cláudio Godinho Nayk>r2522—Elza White2523—Hesio Guimarães2524—Ruth Araujo Pinto2525—Hernandes de Araujo Pinte*-2526—Lilia Gomes2527—Luiz Alfredo Cunha Freire de

Barros.2528—Lilia Cunha Freire de Barros.2529-—Maria de Souza e Süva2530—Arlindo Silva2531—Carmen Ferreira dos Santos2532—Maria Corynthia Rocha2533—Camilla Corrêa de Albuquerque2534—Mathias de Campos2535—Leda Nyobe Escobar2536—Leontina Alves de Oliveira2537—Roberto M. de Barros Aguiar2538—Etelvina de Araujo Lim*2539—Edilson Cezar Fernandes2540—Ruth da Silva Boa2541—Antônio Myro B. de Cravalho2542—Miguel Labriola Netto2543—Edna de Azev -2544—Ney A. Menezes2545—Aurora Martins Seabra2546—Octilla de Assis Oliveira2547—Javme Rodrigues Fontes2548— André S. da Silva2549—Zillali Ortman Freire2550—Elyseu Freitas Gonçalves2551—Sady Pinto de Almeida2552—Paulo Cordeiro2553—Rqdomar Silva Marques2554—Cordelia Conceição de Oliveir*2555—José Manoel Silva Marques2556—Paulo Ezer de Alencar Almeida2557—Mario Alves da Motta2558—Christiano P. Amsler2559—Raymundo Augusto Schann2560—Raymundo Augusto Schaurr2561—Antônio Calmon de B. Schaun2562—Maria Luiza Schaun2563—Maria Catharina Schaun2564—Athos Duboc Figueira2565—Rosalia de Azevedo2566—Júlio França2567—Marcello Ferreira2568—Enilto Peixoto F. Frnnça2569— Regina Helena Campo?

*2570—Onadyr Gusmão2571—Hilza Costa Fernandes2572—Bartholomeu B. de Oliveira2573—Orlando Nascimento dos Santo»2s7A~Altino Amador Santello

(Continua)

Page 21: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro. —, 1A2Í 21 O TICO-TICO

A PRINCEZA CRUEL DO CASTELLO ENCANTADO

Naquelle castello antigo, erectosobre as montanhas azues que avul-tavam no horizonte longiquo, viviauma princeza qué se tornou conhe-cida e temida pela sua crueldade.

Dizia-se que seu castello era en-cantado, porque muitas pessoas queali tinham ido uma vez nunca maisvoltaram, desapparecendo como "por

encanto".Ricos mercadores que ali foram

offerecer preciosas tapeçarias doOriente, ou maravilhosas jóias an-tigas dos grandes rajahs indianos,não. mais tornaram a apparecer, nemderam noticias suas.

Um mercador syrio, carregadode preciosas alfaias no dorso de doiscamellos, certa vez pretendeu ir ven-del-as no castello encantado, apesardos avisos que lhe fizeram para quelá não fosse.

Um seu filho, menino de nove adez annos, muito intelligente e vivo,antevendo o perigo que o pae ia cor-rer, occultou-se dentro de uma dasarcas de mercadorias, aguardando omomento propicio para agir em de-fesa do seu progenitor.

Chegando ao distante castello

quasi noite e quando apresentava aomordono as ricas alfaias que levava,o incauto negociante foi subjugadoe atirado nos lobreeos subterrâneosdo castello.

O menino, por uma fresta da arcaonde estava occulto, viu, horroriza-do, o que os craidos faziam com seu

pae por ordem da cruel princeza quehavia chegado no momento e man-dará guardar as arcas no deposito

para abril-as no dia seguinte e seapropriar do seu precioso conteúdo.

Foi sua sorte, pois se toda as ar-cas tivessem sido abertas naquellemomento elle seria encontrado den-tro.de wnajlellas e teria, sorte iden-

tica á do seu pae, si não fosse truci-dado immediatamente.

Quando sentiu que haviam dei-xado no deposito a arca onde elle es-tava occulto tratou de sahir dali etentar fugir.

A porta estava, porém, fechadaexteriormente, não permittindo queelle sahisse, como pensava.

Lembrou-se de fugir pelas ja-nellas. Esta|, porém, eram altas edefendidas por grossos varões dzferro.

Começou a sentir tome e, comofora previdente, comeu parte das

provisões que levara comsigo na ar-ca e beljeu um pouco da água quecarregara tambem em algumas gar-rafas.

Quando seus olhos se acostuma-ram á escuridão começou a dar umabusca nas arcas e caixotes que havia

por ali empilhados.Em um delles teve a fortuna de

encontrar uma pequena serra de aço

e com ella serrou os varões de ferreide uma das janellas.

Amarrou num delles uma cordaque encontrou em um canto do de-posito e ia fugir por ali, quando re-parou que o dia vinha clareando e eileseria fatalmente visto pelos criados eguardas do castello.

Tornou a collocar os varões ;eferro da janella nos lugares de ond*os tinha afastado para poder passa-,retirou a corda de onde estava am;r-rada com ella foi-se oceultar nocanto mais escuso do deposito, atrazde uns caixotes velhos.

Como passara a noite trabalhandoa serrar os varões de ferro, não tar-dou a adormecer.

Seu somno, porém, foi cheio desobresaltos, sonhos máos e pesadellosem que via seu pae martyrizado nossubterrâneos do castello.

Acordou .com o dia alto e comfome. Comeu o resto das provisõesque havia levado e esperou a noite

para fugir.No povoado já era grande a an-

siedade de todos pelo desappareci-mento do mercador e do seu filho.

Foram enviados emissários aocastello afim de indagar do paradeirodelles.

Ali, informaram que, realmente,na véspera, á noitinha, passara pelafrente do castello um mercador sy-rio, porém não levava comsigo ne-nhuma criança, nem se detivera ali,proseguindo seu caminho.

Mal o segundo emissário voltavado castello encantado, contando oque ali lhe haviam informado, chegao menino e conta como conseguiraoceulta-se dentro de uma maça parapara fugir, quando chegasse a ocea-sião opportuna.

Esse momento chegou e elle cor»rera até ao povoado afim de pedir.

Page 22: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO-TICO

que fossem soecorrer seu pae e ou-tros mercadores seqüestrados nasmasmorras do castello. |

O povo todo, indignado contrao procedimento da cruel princeza, .marchou contra o castello.

Os guardas dormiam e foi fácila invasão.

Em dois tempos as portas das

prisões foram arrombadas e os pre-sos tiveram liberdade, ficando oscriados e guardas perversos nosseus lugares.

A princeza conseguiu fugir porum subterrâneo que ia dar no campoe nunca mais houve noticias delia.

O castello deixou de ser encan-tado e o valente menino, que gostavamuito de ler, procurando na biblio-theca um livro para se distrahir, en-controu um código em que vinha aexarada toda a arvore genealogicados antigos donos da casa onde viuelle o nome de seu pae, como perten-cente á familia. e um dos, legítimosherdeiros de todas aquellas riquezas.

Assim, tomaram posse do castelloque havia sido usurpado dos seusverdadeiros proprietários pelos paesda princeza cruel. '

A. MAIA.

os car»

— 22 —

NUNCA CO-MEU AZEITE...

(PROVÉRBIO PROVADO)

Xico Pindoba viviaEm continua quebradeira;Xão tinha nunca, o coitado,Nem um tostão na algibeira !

Não que fosse preguiçoso;Mas não achava trabalho;Pegasse, embora, de rijoOu na marreta ou no malho.

Passava a café com pão,Quando podia compral-o,E isto mesmo ... um pão pequenoE um café ... fraquinho, ralo.

Seu desejo era comerUma bemfeita feijoada;Torém não tinha dinheiroXem para simples salada.

eneiròs

7 _ Janeiro — 1931

E elle. então, que suspirava.Achando ser um deleiteComer alface e batatasCom vinagre, sal e azeite "...

Certa vez achou na rua(Oh! sorte!... Quem tal diria ?!...)Um bello bilhete inteiro

. De uma grande loteria.

Esperou ver nos jornaesAlguma reclamaçãoDe quem o tinha perdidoPedindo restituição.

Xão -vendo isso, elle o guardou,E sua alegria expandeQuando viu que ao tal bilheteLhe sahira a sorte grande!

Xico Pindoba, com fome,Tratou logo de jantar,Reclai-ando uma saladaCom azeite doce a fartai.

Estomeado como estavaXão teve nenhum cuidado :Sujou de azeite as beiçolas,Ficou todo "lambusado"

Pegando no guardanapoDiz : — Xem sei como isto se usa..."Quem nunca comeu azeiteQuando come se lambusa" ...

'Annexim

Vários carneiros estavam reuni-idos num curral, quando viram en-irar um magarefe que se apoderou

de um delles e matou. Observaramdepois que o magarefe tomava ou-

tro carneiro e o degollava tambem,mas não se deram por entendidos e

limitaram-se a dizer: — Apanhouaquelle e não a mim, por conseguin-te nada devo temer!

O magarefe, entretanto, foi seapoderando de todos e dando-lhes amesma sorte. Quando chegou a vezdo ultimo, disse este:

— Bem merecemos o que nos acon-teceu por não termos nos defendi-do todos juntos!

Devemos auxiliar sempre a nossossemelhantes quando algum perigoo? ameaçar, porque muitas vezes,_alvando-os, salvamos a nós mes-mos..

MOINHOS DE BAMBU

Na I nd o-China

franceza, existem

formidáveis moi-

iihos d'água, in-

teirctitente feitos'dc bambu , sem

um prego ou tou

_*___, jff_-__gPj_ v j_jJR___nr**miái^_mÊ_^_m_' /* '

£?_v^í_ W> -^r Íw__'&-*__§S_f2 ^3» í

-r_^__yy________P<i£ _«J TV^ >v rtfMj^%ta m

.Jg.-gg^Sy„d,c...,, inc . c., Br,u,„ ._»,„ __.-„, JU

arame

Page 23: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro _ 1931 — 23 - O TICO-TICO

A VINGANÇA DO GARIMPEIRO

CAUDA E M

Emquanto os pobres garimpeiros passavam os diasmergulhados no rio até á cintura, procurando nas areiasum diamajite que compensasse tão árduo trabalho, o es-perto mercador se limitava a passear pelas margens, ccmere dormir, aguardando o momento em que algum '"faiscador"lhe viesse propor a venda de uma pedrinha preciosa aliencontrada em meio do cascalho.

E elle sempre recusava ao principio; depois, como parafazer obséquio, offerecia uma quantia, mínima, ridícula. Seo vendedor recusava, elle dizia:

Eu bem declarei que não queria comprar. Tenhomuito capital empatado em pedras boas que não têm tidoprocura, e não posso gastar mais dinheiro, mesmo porquenão tenho.

Afinal, por muita insistência do garimpeiro, e sempremenoscabando do valor da pedra offerecida. resolvia-se acompral-a por um preço ainda mais baixo do que aquelleque havia offe-recido ao prin-cipio.

Mandava lap*-dar o minério eo transfor-mava em facetadodiamante que ven-dia por bom pre-ço auferindograndes lucros.

Certa vez uragarimpeiro 1 h e<.ff«.receu unia pe-dra grande quehavia encontrado.Pedia dois contosde réis por ella. Omercador achouum preço exor-bitante:

Não valealem seiscentos milréis; declaroucom ar desde-nhoso

Pois umapedra tão grande« tão perfeita nãovale nem nfflconto ? I — inda-gou o garimpeiromuito surpreso.

Nem a me-tade de um conto, respondeu o astuto mercador.

Quanto o senhor daria por ella, então?Eu?... Não vale a pena dizer... Você esta na

Blusão de que ella vale dois contos!... E deu uma gar-

galhada escarninha:_Ah! Ah! Ah!... Dois contos de reis!... Tem graça...

Diga sempre quanto o senhor daria por ella; m-

¦ístiu o garimpeiro. ....Eu, se pudesse e quizesse comprar, dana alu... M*

duzentos mil réis... .Ah! Assim tambem é de mais! — exclamou nuh-

R I T E l. ti I

* \ \ ml

, n- V'\\\, ^oèJgSBBais» .•>!...-v* •-¦ -feK'- ^VaX^\MHrl

• ' 'v MaaaaaKsybaMa^laaHaa^BaUa. *fc St&fe. vÇa* ¦ rwB^SMidgillglígVg91! ^ai Wm\v. ^o l^WW^ ^^^ y

\%mWmmm\.''li})> -*'¦(* /'Mm?3tammmyM^''MmÊamMmWmâmWmm BF^T^c-í»^

t,, \ Vii^ ——- -

gnado o garimpeiro.— Ainda bem que você confessa que

"de mais" o

que eu offereço... .Não! O .que é de mais é sua ganância; verberou o

garimpeiro furioso.Não é preciso se zangar, porque eu nâo quero

exercer minha "ganância", como você diz. Nao lhe pedisua pedra nem para ver, quanto mais para a comprar. Pode

guardal-a até achar uni to'o que lhe dê a meirade do quevocê pede por ella...

Dizendo isto o velhaco mercador deu-lhe as costascomo se estivesse offendrdo.

Passaram-se uns dias e como a pedra tivesse, real-mente, valor, e elle receiasse que o garimpeiro a vendessea outro, approximou-se do homem e lhe disse, sorrindo:

Você parece que ficou zangado commigo por causadaquel'a offerta que lhe fiz?...

Eu não. A pedra é minha, o dinheiro é seu. Cadaqual fica com o que lhe convém, sem fazer pouco no queé dos outros...

Bem sei. Mas a prova de que não quero fazerpouco na sua pedra é que lhe offereço quatrocentos milréis por ella.

Não dou. Por menos de oitocentos não entregoa pedra.

Por esta phrase o mercador percebeu que o garnn-peiro estava cedendo terreno e propoz: — Muiío bem.

Vamos fazer un>negocio: Não seráo que eu offereço.nem o que vocêpede: A pedrr>vae ficar pelog:qninheinto.? m i.réis. Serve?...

Depois demuita relutância,e como precisassede dinheiro, o ga-

impeiro cedeu.O merca-

tíor lhe "passou"a nota de qui-nheintos mil rérse recebeu a pedra.

Decorreram ai-gunias semanas.

O mercador ti-nha ido á cidademandar lapidar apedra juntamentecom outras quecomprara.

O garimpeiroteve, porém, umadecepção quandofoi trocar a ce-duia de 5ü0§000 elhe disseram que

Pensou logo na perversidade do mercador. .Quando elle appareceu, procurou-o, e o mercador affir-mou que a cédula que lhe dera era legal e não falsa.Negou-se, portanto, a pagar o prejuizo que dera ao pobregarimpeiro, que prometteu, a si próprio, tirar umades forra. . .

Certa vez, em uma feira, appareceu um mascate ven-tiendo bugigangas, entre as quaes armeis de pedras falsas.porém, tão perfeitas, que imitavam as verdadeiras,-

O garimpeiro comprou dois dos taes anneis, baratis-simos, aliás, tirou-lhes as pedras, que eram grandes, col-locando-as em um saquinho de couro onde. estavam outro»diamantes verdadeiros, porém menores.

Mostrando-as a diversos conhecedores to'dos se engana-vam, duvidando mesmo, que as pedras fossem falia-;

Certa noite, em um botequim, onde se achava o ve-lhaco mercador, o garimpeiro mostrava-as a uns compa-nheiros, quando elle se approximou e, tentado pelo brilhodos diamantes, propoz logo sua compra:

— Quer vendel-os?•*- A Quem?. Ao senhor?... \>

O WartH o g daÁfrica doSul revelaartitude deataque coma cauda.Quandosentindo Operigo oue s p a n -tado, esseporco bra-vio endirei-ta a caudaverti-calmente ep r e p a -ra-se paraatacar oinimigocom assuas terri-veis presas.

falsa.

Page 24: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

d TICO-TICO _ 24 — Janeiro — 1931

Não. Já uma vez me enganou e quemme engana uma vez não me enganaduas; respondeu o garimpeiro.

Se julga que todo meu dinheiroé falso como diz que era aquella mal-dita nota de 500$000, pôde mandarexaminar o que tenho aqui no bolso eme prender se achar alguma notafalsa. Tome, veja!....

Não é preciso. O senhor só gostade comprar pedras baratas e estas aquisão caras.

Quanto custam?Um conto de réis cada uma.Já sabia: seu preço é sempre esse:

dois contos de réis.Dois, não. Um conto cada uma.Dou um conto pelas duas.Se der um conto e quinhentos se-

rão suas.Não. Ü mais que posso otferecer

é um conto e duzentos mil réis Serve?Vá lá! Ganho uma ninharia, mas

acceito, concluiu o garimpeiro.—Para não duvidar, mande exnnv.nar

O dinheiro; disse rindo o mercador.E vou mandar examinar mesmo.

Assim dizendo o garipeiro mostrouo conto e duzentos ao dono do botequime a diversas pessoa" aue o acharambom e legal.

Fechou o negocioQuando algumas semanas depois o

veihaico mercador reconheceu que aspedras eram falsas e procurou o ga-rimpeiro, este lhe disse:

Falsas, não senhor. Eram tãoverdadeiras como sua nota de quinheti-tos mil réis...

O mercador compreliendeu, e nuncamais quiz negócios com o garimpeiro:tjue lhe parecia tolo e mostrou sermuito esperto naquelle caso.

M. MAIA

O sinoNa capeliinha da «aldeiaBadala o sino, a chamar,P'ra missa de seis e meiaOs crentes que vão rezar

Jmmovel, poz-se caladoDepois de muito atroar,Seu toque é já terminado,A missa vae começar.

Porém, depois novamenteBadalará triste; ainda,Senora, divinamente,Dizendo que a missa é finda

RENATO COELHO

XI5 annos).

V oUm luar muito suave e um jar-

dim perfumado a madresilva, umviolão que passa, na estrada branca,tangido com doçura acompanhandoo soluçar de voz sentida ...

Paizagem do Brasil...Violão...Um terreiro, uma fogueira,

rostos másculos bronzeados, aver-melhados pelo fogo, facas de pon-ta, morenas bonitas de trancas ne-gras e boceas frescas, samba, ale-gria.

Quadro da minha terra ..Violão ...Floresta cheirosa e humida,

tarde lilás muito doce, muito meiga,a serra serpenteando pelo campodo céo, uma boiada que desce ocaminho e um boiadeiro que canta:

Morena, minha morena...Morena dos olhos meus,Os olhos de outras morenasNão são olhos como os teus...Tarde do meu paiz...Violão...Casinha rústica e coberta de

palha, numa janella emoldurada detrepadeiras, um rosto moreno eengraçado, olhos negros sonhadores,noite azul estreitada, cheirando aflor e matto fresco, num bancotosco um rapaz desempennado lençoao pescoço, chapéu batido na testa,dedilhando um violão, canta a meiavoz: |

Existe no mundo a felicidadeQue vagueia, sempre ao léo.Aonde ella mora é naquelle ran-

JcinhoBem pertinho, lá do céo ...

L A. ONoite brasileira

Violão...Violão do sulista, enérgico, vi-

brante, apaixonado.Violão do nortista, valente, b<jm

e sentimental.Violão. Coração, que pulsa, vi-

bra, acarinha, desafia nas vozes daalma, do sentimento, vida e tempe-ramento do brasileiro !...

Estremece de amor, chora de pai-xão, derrama-se em meiguice, cantade alegria e clama vingança!. .

Mixto delicioso de muitas vidasamalgamadas com todo o senrimen-talismo de um povo que é a "floramorosa de três raças tristes"...

E' o interprete maravilhoso doafilhos desta terra, porque possue dei-les todas as qualidades que os cara-cterizam.

Violão que fala de jangadas,dos "rodeos" dos sambas, dos de-safios dessa gente cabloca e bonitaque veste chita, laço no cabello ouusa rebenque e chapéu de couro !

Povo do Brasil !...Gente que sabe cavar a terra, co

nhece o mar, ama e crê com :-ince-ridade ...,

Gente que è o sangue e a forçado paiz e que tem no violão "umcompanheiro inseparável" porque énas suas cordas retesadas e fremen-tes que ella ama, chora, canta e es-quece !...

Violão que é a alma, o coração,a vida e o sentimento da minhagente, da gente da minha terra!...

ALMERINDA CAMPOS.

OS PESCADORES' DA NOITEO morcego

pescador é ummorcego d aIlha de Trin;-dad, diffe-rente dos de-mais, que viveunicamente dopeixe quepesca á su-perficie daságuas.'

O morcegoopescador

(Desenho de j,Addison). j

S

. y~______% _S\t_ ^*s_r__\ l_WJ

Page 25: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro — 1931 25 — O TICO-TICO

DESIGUALDADE"Sabes, creança, que a desobediência

e o desrespeito transformaram a pelledo homem formando raças e castasdiversas? Que Can, o filho amaldi-

coado pelo Creador por ter rido deseu pae embriagado pelas uvas da

parreira plantada por el'e mrsmo.formou a raça negra ou Africana?..

Que Sem e Japhet condoídos do estadode seu progenitor (Noé, que com suafamilia e um casal de cada espécieforam os únicos sobreviventes do Di-luvio...) envolvendo-o em mantas,formaram as raças mongolica ouamarella na Ásia, que comprehendeos japonezes e chinezes, e a Ariana,cauca_sica ou branca que são os typoseuropeus Pois bem... não é motivo,entretanto, para o homem branco des-

presar o seu semelhante pela côr, poissomos todos irmãos e, ás vez_s. de-

baixo de uma pelle escura, quanta bon-dade e quanta e'evação moral, ao

passo que o branco cuja pelle rea'çacomo o brilhante lapidado, é muitasvezes um sepulchro caiado como de-terminou o Divino Mestre, o philoso-pho profundo, cujo coração humanoao seu olhar orescrutador. não tinhasegredos.

l 1__N

Quantas creanças que devem sertodas boas e meigas, menosprezam oscolleguinhas só porque tem a epider-me amarellada ou preta appellidando-os e confrangendo-os ! ?

Se estes collocam-se em primeiro lo-

gar, pe'o comportamento e applicação,logo os companheiros demonstrandodefeitos como a inveja e o despeito,

*X\ J>—\ __¦_____! ^

\ ' ______ \*<&&* ammW Í

¦ti * FI íímm. 11 «

mmmmmmaam\mmaammmmmmmmmaV

at:ram-lhes epithetos, para leval-os aoridiculo, mostrando-lhes a côr como

que desprestigiando a intelligencia;

quando, não, creança, a intelligencia sum dom divino e poderá ser negadaio possuidor de uma cutis alva e as-setinada e de apparencia deslum-brante.

Ainda ha dias, sahiam de uma es-cola grupos de creanças como passari-nhos chilreando em dias de sol do-Tado; súbito, destacaram-se cinco ouseis meninos que rodearam um pre-tinho que começou a chorar amarga-mente; tal foi a emoção da cre.nça,

que não pude furtar-me de inteiro-ga!-o, os outros á minha approximaçao,fugiram... Disse-me, então, o pc-queno entre lagrimas, mostrando-nieum embrulhinlio todo amarrotado: —

Por que ganhei o premio da semana,instituido pela mestra aquelle que m°-lhor s? comportasse e melhor sabbatinafizesse, os meus collegas me bateramchamando-me de moleque sestroso, cho-

colate, Benjamin, nomes desagrada-veis que ferem a susceptibilidatiealheia.

Quando depreciares o teu semelhan-fe, creança, sob o teu rostinho mi-moso e claro, o coração este órgão quedevemos encher de nobreza e eleva-

ção, ficará manchado com a côr daface que desprestigiaste; ao contrario,se o elevares e o igualares, não haverámais esta separação de almas que ahumanidade perpetua.

Unamo-nos, íraternizemo-nos, crean-

ças, não queiramos ser me'hores do

que ninguém para que tenhamos Onosso próprio mérito ante a conscien-cia este pharol interior que advertesempre: — "E's pó e em pó te tor-narás". ,

A morte não iguala o preto e obranco, o rico e o pobre?

E assim pensando, os orgulhos, assupremacias que queiramos ter sobreos outros é um contrasenso, não temrazão de ser. Sê, portanto, minto

amável e delicada para o teu collegui-

nha que não tendo uma pelle côr de

jaspe, possue, entretanto, creança, um

coração sensível, maleavel ao affecto, ás

palavras doces como o teu; para quesejas verdadeiramente branca na pu-reza que caracterisa os anjos do céo.

MRS. MERVYN

.A t//-y J if i [l^_--\ ____j*_

Page 26: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO-TICO — 26 — 7 — Janeiro — 1931

A ARMADURA ENCANTADACAPITULO lll

Ouviram as vozes dos oois soldados queeMavam no corred*"" do lado de fora, dizer:

— Quem vem ia' Alto! Depois um ruídosurdo e voltou tudo ao silencio. Depois bateumeia noite — . E os soldados deixaram-se. ...

...cahir no chão de espanto. A arma-dura moveu-se de repente e apparecendocom luvas que não tinha até então, desceudo pedestal. O Sr. Smith e os soldados quizeram disparar os revólvers mas...

-:jffi5

. . verificaram que elles estavamsem balas. Ficaram todos semforças para fazerem movimento. Ofantasma foi ao cofre e enguliuuma porção de moedas e...

— retirou-se pela janella que stabriu de repente. Logo depois o relogiúbateu sete horas. O Sr. Mac Smith passoua mão pela testa, levantou-se e foi apa-nhar um pequeno frasco e collocou-o.^.-.

-..aberto a um canto do quarto. Examinou-oe riu-se ao ver o frasco cheio de um liquido roxo.Arrolhou o vidro e foi aa quarto de Harry. quelá estava vigiado por dois soldados que affirmaramque não tinham sahido daquelle quarto um».

,..só instante nem tinham perdidofie vista o creado. Voltando do salão o Sr.Smith viu que a armadura tinha voltadoa seu logar e estava outra vez sem capa-cete e sem luvas. Examinando os pés. ..

T^^Ti

—..da armadura, o policial encon-trou moedas de ouro. formando quan-lia igual á que faltava no colre. O SrSmith examinou esse dinheiro e nu-se. Mas não quiz dizer ao Sr. Halsonpor que motivo ria. Despediu os .-

. . .soldadob. Sahiu e so voltou a/noite, trazendo uma mala e uma arma-

( dura. Harry quiz ajudal-o a carregar es-ses objectos. mas o policial disse: —Não e preciso. Vá para o seu quarto

>•' Nem julgou mais necessário fazer..

W £=^ \J^Y^^T'/

'mj

làW\ .%rC~ EM-.*

J/iv ml M ' afimmwif^ wà-i

.-^.vigial-o pelos soldados. Harry retirou-see o policial, fechando a porta, tirou da malaoutra armadura e vários apparelhos pequenos.Vestiu uma das armaduras no Sr. Halson, ves-tiu a outra em si mesmo e sentaram-se os doisuinto da armadura encantada.

"*

Collocaram dois revólvers diantede si e ficaram quietos. As 11 1(2 ou-viram ligeiro rumor. Immediatamenteo Sr. Smith abriu uma pequena tor-

•peira que havia...

.. no capacete do Sr. Halson e estesentiu um ar fresco e agradável entrar-lhe na bocca. O Sr. Smith abriu a tor-neira do seu próprio capacete t.-stBtan-ao-se de novo. disse em^

»._.voz baixa: "Preste attenção e não semova. O Sr. Halson olhou para a porta e viuque pela fechadura entrava no quarto uma e&-pecie jie fumaça branca.

(Continua)

Page 27: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro — — 27 - O TICO-TICO

p^_^Jrf__^J<_-*gtt-^

l W' 7h I____ mm I

!

1/ Al IM J J:^ _bf*" ^__BI /ü^-c_-cc<t. ^^

N _[*^^__

HL ^V ^^-^^ ^^J^ ^^H _E__*______.

^H __P ^___

_____r i-TJF ¦ ^' _r_-__y J i____L__¦___¦

J_^__P ^__lMl _ _._.. _> I

oft£cJA-»-cj_o««oc*>a c»íf».«*5r> 'e^;»cj^cK_>-C^v*çJínv*£J

Francisco Fernando, Maria Nelye Maria Helena, filhos do SrFlavio Alves da Silveira — Bahia

0Brasil de amanha

am================M

___-»0-A-__í _______¦___ __tf^¦¦• *>w\____ _¦_____ _____ * ____ E__c^ ^M

r<T'• __»^ü-^ {jKk_i _fT__ i_J*__5______I __F * 0_T Í__rÀ _Hll I

______ _H 9______> «¦ ¦ -

^^ 1-

Waldyr e Walter Medeiros— Rio —

E_Z-SESX5_3_g kkx_w,jc _>. J_S

Lui_ Paulo de Azambuja Feli-zardo, filho do Sr. Jorge

Felizardo — Porto Alegre.

¦^_l ' '•.'*•'•***»vW.' ¦ '____.

Tnjii f H»|uiai^/ii n «i —~m«M

Page 28: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO - TICO — 28 — 7 — Janeiro — 1931

6 ENTE NOVAWm*m~*ú ^P^

^ -¦ 4ii r^**^r ^f "*-•¦» V

Orlando Machado %^k. .^ÊÊÊÊT Jr.

^ÊÊÊmWyy~*r»*i >r

¦ "i*S* " ' '•'- ' • £¦ I _ *aWaW rarV.al 4.. Cl LaãaaV

¦ *•* *-J %nr\- ^a^H

3***** Ti^Bi^ IflhÉiaiTBÍÉíPI <Üãa* li^, .«Ml i |H aaaa*aa1 9- %, .^mVmsf 4"aa

Ifl fc SS*'' al^> J^ÜIH t*r**^ãv lã**_ *B*B*B*B*Baw*aãi*aW' ^áT ^

Hff T£*j Renata, filha do Sr. Renato Michelini

l l/l V NY».I ty *¦ f ** g*^ Ip^ vSk

I U~~M lr.tBÈfe.'% \\\ Gioconda, filha do Sr.Renato Tonelli— Uberaba

Walkyria Medeiros

Page 29: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro — 1331 — 29 0 TICO-TICO

mosso»J|r®B£SZt*B&SRESULTADO DO CONCURSO NU-

MERO 3.501

BELMONTESOLUÇÃO EXACTA

Solucionistas: — João Baptista. Car»los Monteiro. Circe Cabral de Mello.Idalina Guimarães Madeira, Maria Can-dida Ferreira Ramos, Ivo H. Araújo,.Wanda Valente do Couto. Lygia Valentedo Couto. Roberto Paim Neubem.Ruth L. Soares, Oliveira Siqueira,Ayrton Loureiro, José Maria da C. Fa-ria. Lucy Alvarenga. Gilberto Duarte daSilveira Dutra. João de Lemos Netto,Joaquim de Almeira, Delio Braga, Anto-Tiio Pimentel Winz. Antônio Costa, Hen-rique Conceição Júnior, Clodomiro F.I>ias, Diogenes Magalhães da Silva,cisco Fernando da Silveira, Jorge Elias,Lúcia Sysak, Romeu Fernandes Filho.José DWrnelio, Guiomar Gomes, YoleVisetti. Wanda Verçosa, Edna Esper,Agnaldo Cerqueira Moreira Sampaio.Murillo Portugal, Maria Helena de Mei-relles, José Pinheiro Castanhcira, EnioDomingues da Silva, Zilah de A. Fer-rL:ra. Yedda Diniz Tibau, FernandoOctavio da Costa. João Calil Júnior.Luiz Ramos da Silva, Mario Britto deBarros, Cândida Luiza C. de Carvalho,Cynira Palmière, Augusta Petrochi.José Carlos Caputo, Jurildo PedreiraCunha, Beatriz Vianna de Vasconcellos.Maria Nelena Prisco Paraizo. MariliaMonteiro de Barros, Carlos Fernando deLucena, Jorge Pereira Passos. DeciaMonteiro Santos, Orlando Silveira Pe-reira, Maria de Lourdes M. Fernandez.Gilda Maria M. Fernandez, Paulo An-tonio M. Fernandez, Rarph R. Zettler,Benita de Abreu Menescol. HonorataSetúbal, Maria de Lourdes GonçalvesMhniz. Rosa Lopes.» Walter Pelenze,Yvonnette Paes de Lima, Lola More.Oswaldo Cavalheiro, Eldah Duarte, Ma-ria Bello Ottoni, Haroldo Ramos, Alayr

DIGA.meu filhinho:CIMO MltU-NAEvita os accidentes dada DENTIÇÂO «FACILITAa SAHIDA DOS DENTES.fm toda» as Phamacías

Sá dos Santos, Epitacio Alexandre dasNeves, Paulo Mariano da Silva. OphyrPereira da Costa. Neyzir Couto, ZakeTacla, Célia Ferreira, Lia dos SantosDurão, João Pio dos Santos, DelioHungria. Luiz Rodrigues Loureiro, LiaAcquarone, Hélio Acquarone. Attilio Eu-genio Monteiro de Barros, Leda Pintode Araújo, Julieta Castiglioni, MarinaNegreiros, Maria de Lourdes B. E. daCosta. Themistocles Fernando Araújo.Luiz Alexandre S. Stockler, WilsonCunha Couto, Anna Silva, Heitor AlvesVianna, Levino de Souza, Maria JoséAranha. Nelson Ferreira Coutinho. Car-los Barbosa Corrêa, Octavio ChristoMiscow. Maria Faria, Sylvia Araújo,Joven José Gomes, Oswaldo Candèas.Maria Leda Tristão. Francisco Antunes,Jcsé da Cruz Vidal, Ruth Moreira daSilva. Juracy Pereira de Faria. Theo-pompo Johnson, Eunice Campos Vian-na, Ozair da Eira Garcia Vieira, Ivo P.dos Santos, José Benitorio, Hernani Au-

wJUVENTUDE

ÀLEXAÍIDRERara Ehbellezare TRATARosCABELLOSCABELLOS BRAHCOSCASPAeCALVJCIE

A' venda em todas as pharmacias

gusto Lopes de Amorim, Eiiza Luz, Ce-cuia A. Lima Figueiredo. Ney Gabrielde Carvalho Barata, José de OliveiraMartins, Waldemar Luadwig. RobertoFreire de Souza* Auristella da CostaFerreira, Moacyr de Assis Brasil, PauloScuto Maior, Sônia Rodrigues, GastãoRodrigues Filho. Welligton Dourado.Celeste Yedda de Faria Pinto. ElyethAthayde, Nilza Cunha, Léa Lacerda,Sebastião D'Angelo Castanheira, RubensDias Leal. Marina Dias Leal. José dsAlmeida Caldas, José Hilário de Oliveirac Silva, Arthur Thompson Júnior, Due-cirles Carvalho de Moura, Walter dosSantos, Lygia T. Bastos da Cunha. Lu-cií. T. Bastos da Cunha, Dagoberto Pom-philio, Odette Magalhães, Itá França.Hudson Ferrão, Rlberto Santa Rita.Nancy Bracct Lavigne. Decio Geraldoria Silveira. Yolanda Marques da Cunha,Elza de Souza Nápoles, Mario I. Mi-raivla. Maria da Gloria Silva, FranciscoMiranda. José da Silva Mangualdc,Edyr Villar, Dylson Baptista Drum-mond, Carmen Maria. Elza Sérgio Fer-reira, Mario Ferreira, Nelson Nitzsche,Marianna Vaz de Lima Demosthenes

Rodrigues. Vicente de Paula P. Burnier,T ille Lammcr. Hélio Oüva da Fonseca.

Sylvio Gomes da Cunha, Maria 1". Na»-ser, Fernando Mendonça de Freitas.Paulo Jorge de Lima, Joaquim CândidoSilva. Rubens Amorim, Marilia Pagano.Francisco Baltar Conde, Wladimir San-tos Mello. Diogo Romeira, Paulo Gemi-de Leite, Kdward Porciuncula, Hélio R.Moreira. Alfredo Levy, Ada Lilian Dorè»Gtorgino Thereza da Rosa. Edmir Vas-concellos Teixeira, Sylvio D'Andréa.Célia Almeida Lambert. Paulo Epor.Antônio Rufino. ítalo Pellizzaro. LenjrCarneiro de Sá, Maria da Luz Rebelloda Silva Brasil, Augusto Mendes Ma-chado de Campos. Gil Azevedo Araújo.Orminda J. Maldonado. José RobertoLucas Potier. Amely Pedroso de Lima.Benicto de Domenico, Luiza Costa, Ed-gard Prinz. Roberto de Britto Pereira.Alzira Ramos, Jacob Galler. Maria An-

-tonia de Araújo Leite, Clclia Reis, Irecêde Oliveira, Wilson Stuck. Yára Maga-lhães, Alcyr Magalhães. José BernardesPena. Clovis Peixoto, "Rubens Dalrr.a*o.Aluizio C. Lage, Edmundo Sodré daRosa. Pedro Gonçalves de Castro. Wal-ter Romero dos Santos, Fernando Sta-inato, Dalila Bittencourt Capaui-ma,Vvette Saldanha. Elisa Rivera. EduardoRamos Silva. Nelson Peres. Roberto Ro-cha, Neise Ribeiro Guerra, Jairo Pomboílp Amaral, Marcos Jaimarch, JúlioVillani, Eda Maria Silveira.. Jacy deSouza Ferreira, Haydméa Falcão, JoãoLopes de Aguiar, José de Macedo Cor-rêa Pinto. Júlio Nascimento Ferreira.P.trtino Solari Crespi, José Natalicio P.Soares, José Ildefonso Barbosa, Abi-

gai! Pereira Guimarães, Cyro Raymundode Freitas, João Baptista Dias da Silva.Amarilcs B. da Conceição, FredericoAntônio Lopes Cezar, Maria ApparecidaB. Santos, Antônio da Silva c Souza.Juarez'"G. Ferreira, Odelia Telles, Ma-rianna Carlota de Oliveira Sobrinho.Paulo Xavier Baptista, Fatina Fernan-dez, lio Magalhães.

pílulas

VJJiât^^^^®(PÍLULAS DE PAPAINA E PODO

i-HYLINA)

Empregadas com successo nas moles-tias do estômago, figado ou intestinos.Essas pílulas, além de tônicas, são indi-cadas nas dyspepsias, dores de cabeça,moléstias do figado e prisão de ventre.Sâo um poderoso digestivo e regulariazador das funeções gastro-intestinaes.

A' venda em todas as pharmacias.,Depositários: João Baptista da Fonseca*.Rua Acre, 3S — Vidro 2Ç500, pelo co»».reio C$000 — Rio de Janeiro.

Page 30: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO-TICO — 30 7 — Janeiro — 19ai

TENDES FERIDAS. ESPI-NHAS, MANCHAS, ULCE-RAS. ECZEMAS. emfim qua!-quer moléstia de origem SY-

PHILITICA?usae o poderoso

Elixir de Nogueira

do pharmc*

João da

Chimico

Silva Sil-

veira

GRANDEDEPURATIVO DO SANGUE

Vinho Creosotadodo 1'harm. Chim.

Joào da Silva SilveiraPODEROSO FOR-TIFICANTE PARAOS ANÊMICOS E

DEPAUPERADOS.Empregado com sue-cesso nas Tosses,Bronchites e Fraque-

za geral.*?

Foi premiado, com um lindo brin-quedo, o concurrente

Amariles B. da Conceição

dc 11 annos de idade e residente á Ave-nida 28 de Setembro n. 193 nesta Ca-pitai.

RESULTADO DO CONCURSO NU-MERO 3.506

Respostas certas:

1* — Mamão — Limão.2" — Pé.3' — Peru.4" — Anzol.5* —Sabia — Sabia — Sabiá.1

> Solucionistas: — Edgard Bonini, Ce-lia Almeida Lambert, José Araújo Pi-nheiro, Levino de Souza, Rubem DiasLeal, Feda Costa, Maria Leda Tristão.Marilia Monteiro de Barros, DecjaMonteiro dos Santos, Danton Pescadinha*Juracy Pereira de Faria, Joven JoséGomes, Oswaldo Paula, Irias Martins deVasconcellos, Attilio Eugênio Monteirode Barros, Ayrton Sá dos Santos, DinaMana das Neves, Cláudio Godinho Nay-lor, Osclina Rodrigues Pimenta, AdaylDuarte da Silveira Dutra, Edwiges dosSantos, Amely Pedroso de Lima, Joãode Lemos Netto. Agathe Walter, Mari-anna Carlota de Oliveira Sobrinho, Dul-cides Carvalho de Moura. Altair GarciaBraga, Heloisa da Fonseca RodriguesLopes Syivio Ney de Assis Ribeiro.Yedda Maria Gomes, Romeu FernaodoFilho, Frederico Sanches Rennê, OttonLarbar, Sérgio Marques de Souza, Car-

men Ma"riaT"Odette de Magalhães, Hildade Souza Nápoles, Elza de Souza Na-poles, Léa Lacerda, Marcy de AssisBrasil, Raphael Copelli, Sebastião D'An-gelo Castanheira, Maria Thereza Casta-

nheira, Yára Magalhães, Alcyr Maga-Ihães, José da Silva Manguaide, YolandaVaz de Lima, José da Cruz Vidal, Yvon-nette Paes de Lima, Alvayr Braga Es-tevês, Adraéa Rodrigues dos Santos

Romer Cosenza, Maria P. Nasser, Nancy Leão Cardoso, Celeste Yedda de Fa-ria Pinto, .Nilz» Onotre, Carlos Simon-sen, Ismcnia de Souza, Amélia Ortigão.Luiz Henrique Ca.doso Neves, HélioSimões Figueiredo, Mario Vilani. Ro-

berto Rocha, Leny Cordeiro de Sá, Ma-ria Clara de Souza, Haydméa Falcão,Elza Monica Chellei, Aurelia Wilches.Xeyzir Couto, Octaviano du Pin Gal-

vão Filho, Roberto Granville Costa, Ma-thilde Abbada Falcão, Dcdrana de An-drade Lima, Maurício Sampaio Concei-ção, Dylson Baptista Drummond, JoãoLeite Netto, José da Silva Manguaide.

Sônia Rodrigues, Abigail Pereira Guima-rães, Gastão Rodrigues Filho, Fran-

cisco Fernando da Silveira, Osmar Bran-dão, Rodovalho Rego Souto, Juarez G.Ferreira, Marilia Pagano, Roselia Pa-gano, Aidil Barros Trindade, José S.

. Barbosa.

Foi premiado com uma surpresa, aconcurrente

Agathe Welte

de 13 annos de idade e residente emLins, caixa 28, Linha Noroeste, Estadode São Paulo.

CONCURSO N. 3.516

Para os leitores desta capital EDOS ESTADOS PRÓXIMOS

Perguntas:

I* — Com D sou espaço de tempo,Com L temjio de verbo,Com M voz de animal, *Com P deposito d'aguaE com T sou urra parenta.

(2 syllabas).José F P. Amaral

Zr — Elle é nome de homemElla é m-ineral.

(2 syllabass).Ruth Vianna.

IfliF /. Jfí

s\^»»$^?A

^Nsopercxtempojneubem

Cofíjtãocrueldôrckdefifc.Nemfiquerastimraivosa,Pois toda a Pharmacia tem.A efficez e exceilente ;

Cèrâdoü'Lustosâ

i

AVISOAfim de regularizai-mos a

remessa pelo correio das

nossas publicações, solici-

tamos a todas as pessoas

que as recebiam, enviar

com urgência seus endere-

ços ao escriptorio desta

empresa á rua da Quitanda

n.» 7 — Rio de Janeiro.

3* — O que é, o oue é que tem leitoe não dorme e corre sem ter pernas?

(2 syllabas).

Sebastião Castanheira.

** — Qual a capital do pajz europeuque tem nome de mulher?

(3 syllabas).Aurelia Wilches.

5a — Lido ás direitasEu sou cidadeMas ás avessasSou sentimento.

(2 syllabas).

Sebastião Castanheira.

As soluções devem ser enviadas aesta redacçao devidamente assignadas.separadas das de outros quaesquer con-cursos e ainda acompanhadas do valen. 3.516.

Para este concurso, que será encer-rado no dia 27 do corrente daremoscomo prêmio, por sorte, entre as scJu-ções certas, uma surpresa.

¦Vi: ^^**&Jti*m*r**&3.516

O MAIOR ENCANTO DAS CREANÇAS atTICO-TICO PARX 19 3~1

MANACH D* O

Page 31: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 ¦-— Janeiro — 1931 --31— U TICO-TICO

ASPECTO DA CHEGADA A S. PAULO DO ALMANACH D'0 TICO-TICO

mm\^^3m\Mm Mr^PHr':r^Mm mjSm*. ÁmmMt'''-''^^MW'- '¦¦¦ i^KH'*MmmT^ 1mMmmmmmW*Mte 'mwhmW^mW^^-Jlw M)yJr--L m

•*aY ijiflHB^Ht;-.«*^^^Kfl^^KS^HHHB sflíMM'^^ £¦>«£bJlr ^HwLi.;ai 0"!F* MHmLU

~*&**n*m^5*m*>m ~~~~~ mMwkw ' *^**t ^i>g» .«*•*_

r-Mmmm

0 almanach d'0 Tico-Tico para 1931 constituiu verdadeiro suecesso para as creanças. Na plwtoçraphia acima vê-se a chegada de muitos milhares des sa publicação á estação do Norte, em São Paulo.

ONCURSO N 3.515m

Para os leitores desta capital e dos Estado?

A==Z==A= IIUm concurso de composição, fácil e

interessante, offerecemos aos nossosleitores. Em cada um dos logares mar-cados com um traço vocês colloquemuma letra de modo a que se leiam trespalavras — tres nomes de EstP'1"** doBraaü.

A solução do concurso deve ser en-viada á redacção d'0 TICO-TICO, se-parada das de outros quaesquer concur-sos e acompanhada não só do vale n.3.515, que vae publicado a seguir, comdeclarações de idade, residência e as-signatura do concurrente,

Para este concurso, que será encer-rado no dia 8 de Fevereiro daremoscomo premio, por sorte, entre as solu-ções certas, um interessante e valiosobrinquedo.

*íf**r^s ff

PARA OCONCURSOw* 3.515

A RATAZANA, OS GATOSEOCÃO

Quiz a dona Ratazana,Incorrigivel finória,Sobre o gato, soberana,Cantar um dia victoria.

Com paciência e desvelo,A orrasíSo esperou,

E de gato, um lindo pèllo,Não sei onde. ella arranjou.

Metteu-sc na fantasia,E, quem a visse no fato.De certo acreditariaQue fosse um perfeito gato.

Para os felinos com geito,Correu sem nenhum perigo ;Na treça cahiu, direito

Que o grupo era todo amigo.

Nisto aponta lá na praça.Onde se faz a reunião,— Emissário da desgraçaUm mal encarado cão.

E o cão não despreza a vasaPilha um gato — a RatazanaE emquanto raivoso a esgana,Os outros chegam em casa.

A Ratazana imprudenteCom má ou com bôa fé,Faz-nos lembrar muita genteQue finge ser quem não é.

IRENE DRUMMOND.

Page 32: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO-TICO — 32 - 7 _ Janeiro — 19ÍÍI

_^M3& ©O Br. *AUJE XtT>0^^

OLAVO CHAVES (Rio) — Seuconto será publicado

OSOGARF (Rio) — E.tão regularesOs desenhos que manjou, embora o tra-

çado da sombra esteja muito fino. Va-mos ver se darão boa reproducqão.

NICE (Rio) — O horóscopo dosnascidos a lü de Juiho é este: "São

amigos da notoriedade e do dinheiro.Devem acautektr-se contra as doença^dos rins e pulmões. São muito bons paesde familia. Gostam de criticar osoutros, mas zangam-se quando critica-do=. Tem bondoso coração e notávelintelligencia e habilidade para as grau-des empresas".

DENTE DE OURO (?) — Dirija-se á Directoria da Escola Naval, naI;ha das Enxadas ou á rua D. Ma-noel n 15 que será attendido.

AD.MIRADORA DO DR. GETU-LIO (Christina) — Sua letra é depessoa bondosa, simples, sem grandesaspirações, modesta, com alta dose depatriotismo e nítida comprehensão dosseus deveres civicos. Um pouco incon-stante, entretanto, e com pouca íorçade vontade

Para o horóscopo dos nascidos emJulho queira ler o que disse antes aNice.

JOÃO LOPES ESTEVES (Nicthe-roy) — O primeiro numero d'0 Tico-Tico só é encontrado em mãos de col-leccionadores.

Quanto á sua letra se vê que aindaestá em formação, como seu caracter.Ha muita indecisão, versatilidade, in-constância, incoherencia, sem excluiralguma bondade natural, curiosidade,amor ao estudo

MRS. MERVYX (Rio) — Letra depessoa caprichosa, um tanto indecisa,amiga do trabalho, espirito fantasista.exaltação de sentidos, senso critico emordaz, amor á vingança.

O horóscopo dos nascidos a 5 de Ou-tubro é o seguinte: "São muito volu-veis. inconstantes, deixando os amigosvehos pelos novos. São enthusiastas,activos, trabalhadores e não desanimamdeante de contratempos, conseguindosemure o que desejam. Só são incen-

"; /,'*••¦' *Í"''íj^

stantes e infiéis e não terão felicidadepor isso. Seu temperamento inquieto osfaz propensos ás doenças nervosas.Apesar de honestos e cumpridores dosseus deveres, têm o máo costume de se"esquecer" das conías vtlhas e deixarque as novas... envelheçam"...,

LIETTE ( ?) — Temperamento af fe-ctivo, muita delicadeza, sinceridade,bondade natural, reserva para com es-tranhos, generosidade para com todos,senso esthetico desenvolvido, um pouco

de nervosismo, franqueza e p^r.-onali-dade já bem definida. Activ_ e tra-balhadora.

O horóscopo dos nascidos em 31 deDezembro é este: "São de grande acti-vidade e amor ao trabalho, ao pontode lhes fazer mal aos nervos ver apreguiça dos outros. São francos, de-cididos, enérgicos, apressados em tudo.am:gos de viajar, não parando etnparte alguma, e vindo, quasi stmpre,a morrer longe da ratria. Viverãomuitos annos, gosando sempre saúde,embora sujeitos á depressão nervosapelo seu excesso de actividade".

MARIA ZILAH LEITE (Rio) —O horóscopo das pessoas nascidas a 22de Fevereiro é o seguinte: "São dota-das de grande capacidade de trabalho,porém, preferem o ócio. o descanso,sendo mesmo negligentes e desordena-dos. Têm gênio alegre írlgazão e sa-be:n transmittir sua alegria aos qr.e oscercam. Como amigos são dedicarbs,sinceros, carinhosos, mesmo, porém sãoternve.s como inimigos pelo seu gênioviolento e rancoroso".

SELVAGEM (Olinda) — Muitocomplexa sua cartinha, denotando tam-bem a complexidade do sen caracter emqtie ha mixto de bondade e... r:spide_.orgulho e generosidade, franqueza ereserva. E', realmente, volúvel, incon-stante, cheia de "altos e baixos" comosua ladeirosa Olinda em que do altoda Misericórdia se desce aos QuatroCantos e se sobe depois ao Semina-.oou á antiga. Sé... Será mesmo as-sim? Escreva-me. Sinto-a caprichosa,porém susceptível de se tornar amavae Querida, assim o queira.

DR. SABE-TUDO

Page 33: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 _ Janeiro — 1931 33 — O TICO-TICO

INFÂNCIAAs creanças, meus filhos, são como

©s passarinhos, a natureza paga lhesofferece sempre os elementos neces-sarios á vida, quer nos dias de prima-vera na liberdade dos campos, na alegradas tardes de luz, quer nos dias chovo-sos e monótonos do inverno, cnde, ha-nhaiido-se nas gotas crystalinas, preparaa terra para a maior festa que tentatodas as creanças: o fruto... e a flor.que é o encanto dos olhos e do olfato nabsHeza e no per fume!

Como são ricos os passarinhos daluz meiencorea que os galhos das ar-vores rcílectem, onde fazem ninhos egarru'as avezi.as se preparam para aamanhã da vida que lhes é neste mo-mento uma alvorada?

— Como são ricas as creanças des'.aalegria que c uma eterna primavera alhes cantar n'alma, na innocencia, nameiguice, na cascata de risos que em-bellezam a vida ! ?

Entretanto, os dons materiaes, o ain-biente em que vivem, transmudam estescoraçõezinhos e, quando o nosso olharprocura um rostinho infantil, vê umaphysionomia sisuda prematuramente,apparencia circumspecta, desde os ele-gantes recortes da moda acs gestos es-tudados, unhas burnidas, "rouge" e"batton"... para que se diga: — "E'uma moça... é um rapaz". Que erro!Gosa bem este tempo, creança, que é omelhor da vida, passa tão veloz, quenuma saudade nos acompanha a vidainteira!

Corre, pula, salta, sem as illusões quedecepcionam, sem as" préoccupações quedeprimem, sem os sonhos que empallide-cem! Não invejes as moças com seusvestidos de r«,rk_*- e sedas, tremiçn^,tando esportes; mais feliz que eras, és

O REPOUSO NO MOVIMENTO

j&. a»"" -'— .^gB'^¦f*íí-> ¦*¦*¦* •_._.*---* XiKÍ^

— í-«— -:-v 1|_3

r~~''** K_1

Jt^pcr^'

Y.OTI0N.

O albatroz — (Desenho de Addison)

O grande a!-batroz dosmares do sulé a maior d.etodas zm avesm a r f t i -mas. Temuma enver-gadura de asadi mais detres metros.Pôde voardurante horasseguidas semmexer com asasas. F ó d •:voar dias se-dos sem pa-r a r . D:z-seque o albatrozrepousa voan-do dias e dia3

secruidos.

tu, creança, com teu vestidinho pequeno,as tuas meias curtas e cabellos en-caracoiados, num sorriso brejeiro; és tumais feliz do que a mocinha ou ra-pazinho que começa a pensar quevivem e que o prazer e as illusões con-cretizam a felicidade humana !... E...,surgem os escolhos e os desenganos.Corre, creança, pelas veredas em florcheias de perfume atraz das borboletasde asas multicores e pyrilampos phos-phorescentes, descuidada, palpitante dealegria de viver, que é a única venturaperfeita, nesta phase, em que tudo éroseo e doce! Deixa os preconceitos dasociedade, jqs.orgulhos, as yaidadfis e

'as ambições humanas; isola-te das mal-

dades do mundo e vive para a atavida intima e feliz no convivio das tuasfilhas: as bonecas... Acalenta-as so-bre o teu peito, concretiza esses dc-vaneios singelos de falsa mama alheiaás grandes emoções da mama verdadeira.

E, correndo, saltando, entre risos ecânticos, numa agitação fremente, numbarulho que é um paraiso e um encanta-mento, deixa que o meu olhar cansadode velha te acompanhe, na saudade dosdias que se foram, em que como tu,creança, corri, saltei e aspirei ser moça,ser mama. num mundo de fantasias,que fizeram dos i * 's cabeilos fios deprata. . _

MRSMKRVYN

LEITE de BELLEZArnnr á

0 SUPREMO EMBELLE2AD0R DA PELLE!___ ¦" ___. ___P , ".'

NAS

PERFUMARIAS LOPESMÒ-S.PAULO

CASA BAZIN-PERFUMARIA CAZAUXTOME NOTA PARA COMPRAR — A li MAN AC H DO TICO-TICO

PARA 1931

Page 34: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

O TICO-TICO

A lebre que se veste

— 34 — 7 — Janeiro — 1931

para o nnverao f^^SSSm^mS^SSS^SSSSm m

J^tT%\^_^__i ü^ltT^.JjB C"LEADER" DOS SABONETES I</'/ * -T1, _-_» /^ife )'"» jf* T_i ¦ ¦«¦¦li-, mini ¦¦ ¦ ¦ _—„____-—_ii__n___i____—ii _____________

j \Hf l^^^EJh ja' viu?«e^_> __>£.-

/_! /.&.<? eurcpéa — (Desenho de Addison.

A lebre de sapatos brancos, assim chamada no norteda Europa, não é uma raposa, como mu;ta gente pensa.Apresenta pés tão largos, que podem manter o animal sobrea neve molle, á maneira de skis ou pa ins No verão, apelle desse animal é castanha; no inverno, torna-se es-branqu içada.

Revista semanal em rotograuira — 400 rs.

POESIA DA ESCOLA DE !

Theopliilo BarbosaE*

UM LIVRO QUE TODOS DEVEM LER

So__e.tair_iHin.a_? do GabiUmete do Sr, Sub-DSre-ctor do Trafego Postal.

"Numerosa é a correspondência (car-tas. impressos, amostras) que cahe emrefugo por falta ou insufficiencia deendereço ,quer do remettente, quer dodestinatário.

No intuito de reduzir ao mínimo acorrespondência não entregue aos des-tinatarios, nem restituida aos remei ten-tes, está sendo organizado em cadaRepartição distribuidora, um indicadorde residências, escriptorios, etc.

Para que o trabalho seja o mais per-feito possível, esta Sub-Directoria fa?o seguinte appello a todos quantos seutilizam freqüentemente do Correio enão têm seus endereços na lista doste'ephones ou nos almanacks:

a) —- que enviem por escripto a estaSub-Directoria seus nomes, residênciasou escriptorios;

b) — que participem na Repartiçãodistribuidora mais próxima as novaâresidências, quando se mudarem;

c) — finalmente, que quando escre-verem indiquem no verso da correspoa-dencia — seus nomes e residências.

Esta Sub-Directoria espera que seuappello receba de todos o maior aco-Ihimento."

í: CADA UM SABEQUE SE

(PROVÉRBIO PROVADO)

AS LJM.dAS COMCOSE.,.,"

"Seu" Macario era alfa;ateSizudo honesto e cortez:Mas, raramente, encon.<ar»Para si um bom freguez.

Muito typo almofadinha.Elegante, bonítote,Mandava fazer um ternoE lhe pregava o "calote"...-

Mas "seu" Macario, t-Jvez,Pela profissão que tinha,Não desancava o relapso,Não perdia nunca a "linha"...

Muito aprumado, distineto,Sempre ffno, bem trajado,Quem o visse julgariaEstar vendo um deputada"Seu" Macario as;im faziaPorque, astuto, via longe,E convencido de que

A roupa é que faz o monge".

Pois pôde um typo ser nobre,E nada tenha de seu;

So apparecer mal trajadoKão passará de um plebeu.

Sabe Deus o sacrifícioQue e!'e fazia pra terO orçamento no equiülrio,E decente se manter.

Por verem o ".-eu" MacarioSempre bem posto, na modi,JuL.avam que el'e era rico.Freqüentador da alta roda.

E lhe faziam pedvlos.Q_a__ todo o dia inteiro,De quantias importantes,Gcrdas sommas de dinheiro.

"Seu" Macario. então sovraPror.iettendo depois dar.Porque não convir.ha legoA muitos desanimar.

E repetia o prov-.bioQue tem pac:encia em alta dn??;

"ral é _j_e bem sabe,As . _: com que se cose..."

ANNEXIM

UM ÁLBUM LINDO — ALMANACH D'0 TICO-TICO PARA 1931

Page 35: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

7 — Janeiro — 1931 —' 35 ¦*- O TICO-TICO

«¦^^SBh^w^E Mmw ^**W mmmmw^^mmmw ¦¦^-'"^KJ^nH m^mm^^ ^^ g*y

• ^^^-^B A-* ^ 8L*n

JH ffm. ^B BA ' ^^^^. i-v

4^ "-A n \m\ ^A-rl ''-*

j v 1 ^^ ^H ^ IP -^ lira

t" ¦ • &/ *^i^L. rmrmm mmmSm mEm. Xm\ Sm ****** 9fe& ^V

i . •^^ 4L-— .— •*-»*-*—:—¦*-— v">""'-*: :—-* ^-

Page 36: (V - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01318.pdf · — tfuii

As aventuras do Çhiquinho- Benjamin recebeu o troco7T

Chiquiúho nai|iii'lle dia levantou-se da .nina comvontade de trabalhar. Quona ajudar Al.una.' rimisteres de casa. Assim, fci ao quintal e trouxe.

...ii,'iia piaiulia il.ei.n de cylindros th- barro paiaarrumal-t.s em cima da mesa <b pala de jantarNY.-.-a oceasião, llcnjamiii fez una careti para...

,, .Çhiquinho e chamouMhe "carregádcr", Chiqni-nho indgnou-se com o adjcetivo QÜa lhe dava tlenja-min • atirou-lhe cm cima a prancha com'os ...

...cylindros. Os cylindros sahiram pela janella eforam alcançar uns vendedores de talhas, quebran-dc-lhes a .mercadoria. Os pobres homens foram.

...queixar-se á Mãe de Çhiquinho. Os vendedoresforam immediatamente indemnizados do prejuízoe, depois de feitas aleumaa sindicâncias. Mamai..

... chegou á conclusão de que Bcnjanun devia reee-ber o troco de suajravessura. E recebeu-o em valer.-tes chineladas--.

PEÇA AO PAPAE — ALMANACH D'0 TICO-TICO PARA 1931