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Chumbo|Beethoven A ENEIDA, CANTO IV: DID PÚBLIO O TEXTO: O Canto IV da Eneida descreve os amo de Cartago, e do troiano fugido Eneias. O caso nova cidade de Cartago, que Dido, fenícia tamb por traição do irmão Pigmalião, está em curso d que acolhera os exilados troianos depois de nau (Canto I) e escutara narrar a Eneias os últimos (Cantos II e III), por se ele se apaixona. Os evento fim trágico de Dido são o tema deste canto. En curso do épico, é peça fundamental da tradição li Texto traduzido: Mynors, R. A. B. P. Vergili Maronis 1979 [1969]. O AUTOR: Públio Virgílio Marão (70-19 a.C), seg Sérvio, era mantuano, filho de Mágia e Virgílio mona, Mediolano e Neápolis. Casto que era, thenias (virginal). Veio a Roma depois da batalh onde obteve o patrocínio de Asínio Polião e M acaba as Bucólicas em três anos; para Macenas, a anos. Em onze anos, não acaba a Eneida. No l queimá-la, mas Augusto o impediu, ordenando emendassem e publicassem. O TRADUTOR: Adriano Aprigliano é professor de Latina na USP. Publicou Da palavra (2014, U Vākyapadīya de Bhartr̥ hari (Índia, V d.C). Coor bran (USP), o Tarjama, grupo dedicado à formaç Literatura Árabe. Terminará a Eneida em 2019. · · · · PRÉVIA 13º Alvarez (trad.) 6 DO E ENEIAS VIRGÍLIO MARÃO ores de Dido, rainha o se passa na então mbém fugida de Tiro de fundar. A rainha, ufrágio na costa líbia momentos de Troia os dessa paixão até o ntreato amoroso no iterária. s opera. Oxford: OUP, gundo o comentador o. Estudou em Cre- chamavam-no Par- ha de Ácio (31 a.C), Mecenas. Para Polião, as Geórgicas em sete leito de morte, quis que Tuca e Vário a e Língua e Literatura Unesp), tradução do rdena, com Safa Ju- ção de tradutores de

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Chumbo|Beethoven Alvarez

ENEIDA, CANTO IV: DIDO E PÚBLIO

O TEXTO: O Canto IV da Eneida descreve os amores de Didode Cartago, e do troiano fugido Eneias. O caso se passa na então nova cidade de Cartago, que Dido, fenícia também fugida de Tiro por traição do irmão Pigmalião, está em curso de fundar. A rainha, que acolhera os exilados troianos depois de naufrág(Canto I) e escutara narrar a Eneias os últimos momentos de Tro(Cantos II e III), por se ele se apaixona. Os eventos dessa paixão até o fim trágico de Dido são o tema deste canto. Entreato amoroso no curso do épico, é peça fundamental da tradição literária

Texto traduzido: Mynors, R. A. B. P. Vergili Maronis opera

1979 [1969].

O AUTOR: Públio Virgílio Marão (70-19 a.C), segundo o comentador Sérvio, era mantuano, filho de Mágia e Virgílio. Estudou em Cremona, Mediolano e Neápolis. Casto que era, chamavamthenias (virginal). Veio a Roma depois da batalha de Ácio (31 a.C), onde obteve o patrocínio de Asínio Polião e Mecenas. Para Polião, acaba as Bucólicas em três anos; para Macenas, as anos. Em onze anos, não acaba a Eneida. No leito de morte, quis queimá-la, mas Augusto o impediu, ordenando que Tuca e Vário a emendassem e publicassem.

O TRADUTOR: Adriano Aprigliano é professor de Língua e Literatura Latina na USP. Publicou Da palavra (2014, Unesp), tradução do Vākyapadīya de Bhartr̥hari (Índia, V d.C). Coordena, com Safa Jubran (USP), o Tarjama, grupo dedicado à formação de tradutores de Literatura Árabe. Terminará a Eneida em 2019.

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PRÉVIA 13º Beethoven Alvarez (trad.) 6

IDO E ENEIAS

ÚBLIO VIRGÍLIO MARÃO

O Canto IV da Eneida descreve os amores de Dido, rainha de Cartago, e do troiano fugido Eneias. O caso se passa na então nova cidade de Cartago, que Dido, fenícia também fugida de Tiro por traição do irmão Pigmalião, está em curso de fundar. A rainha, que acolhera os exilados troianos depois de naufrágio na costa líbia

neias os últimos momentos de Troia (Cantos II e III), por se ele se apaixona. Os eventos dessa paixão até o fim trágico de Dido são o tema deste canto. Entreato amoroso no

da tradição literária.

Vergili Maronis opera. Oxford: OUP,

19 a.C), segundo o comentador Sérvio, era mantuano, filho de Mágia e Virgílio. Estudou em Cre-

e Neápolis. Casto que era, chamavam-no Par-thenias (virginal). Veio a Roma depois da batalha de Ácio (31 a.C), onde obteve o patrocínio de Asínio Polião e Mecenas. Para Polião,

em três anos; para Macenas, as Geórgicas em sete . No leito de morte, quis

la, mas Augusto o impediu, ordenando que Tuca e Vário a

Adriano Aprigliano é professor de Língua e Literatura (2014, Unesp), tradução do

hari (Índia, V d.C). Coordena, com Safa Ju-bran (USP), o Tarjama, grupo dedicado à formação de tradutores de