Epistemologia da Comunicação
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Teorias e Modelos de Comunicação 2009/2010
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Epistemologia da Comunicação
1. Comunicação
Comunicação tem origem na palavra latina communicatio, na qual distinguimos
três elementos: a raiz munis (significa: estar encarregado de), o prefixo co (sentido de
reunião) e o sufixo tio (significa: actividade), ficando-nos a ideia de que comunicação
consiste numa actividade realizada em conjunto. Tendo sido este, o seu primeiro
significado no vocabulário religioso, onde o termo surge pela primeira vez.
A palavra comunicação deriva do latim communicare, que significa "tornar
comum", "partilhar", "conferenciar". A comunicação pressupõe, deste modo, que algo
passe do individual ao colectivo, embora não se esgote nesta noção, uma vez que é
possível a um ser humano comunicar consigo mesmo.
Um dos pioneiros do estudo desta área, Charles Cooley, observou, em 1909,
que a comunicação é "o mecanismo através do qual existem e se desenvolvem as
relações humanas". A definição de Cooley é de uma lucidez espantosa, porque remete
para a noção de que o acto de comunicar é uma das formas fundamentais da
existência. Tudo o que é vida é comunicação, porque implica necessariamente o
transporte de ideias e objectos de um ponto para o outro. O sangue transporta
oxigénio para as células, e, ao fazê-lo, está a comunicar.
Mas a definição de comunicação foi, ao longo dos anos, registando uma crescente
precisão. Se no tempo de Burke se entendia que comunicar era um processo técnico,
hoje esse conceito evoluiu num sentido diferente. É certo que a palavra comunicação
está ainda associada ao transporte de objectos físicos, mas, em geral, ela já é
entendida sobretudo como sendo o transporte de ideias e emoções expressas através
de um código.
Ou seja, comunicar significa essencialmente transmitir sentidos, casuais ou
intencionais, de um ponto para o outro. Não é possível localizar a origem da
comunicação enquanto transmissão intencional de sentidos por parte de seres
humanos.
Os primeiros actos comunicativos foram, sem dúvida, gestos e expressões, e só
mais tarde, de uma forma misteriosa apareceu a língua. Há quem sugira que tudo
começou quando os antepassados do Homo Sapiens criaram as primeiras palavras ao
imitar sons naturais como o ladrar de cães ou o ribombar dos trovões. Mas, uma outra
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teoria admite que as palavras nasceram dos sons que os primitivos emitiam para
acompanhar cânticos ou celebra acontecimentos.
Na verdade, ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Talvez todas estas
circunstâncias, e outras ainda, tenham actuado em conjunto para criar a língua, que
acabou por se transformar na pedra basilar da comunicação humana.
Comunicar é sobretudo significar, através de qualquer meio. Durante milénios
isso quis dizer que o acto de comunicação se limitou aos sinais sonoros, visuais e
sensoriais emitidos pelo corpo humano. Mas houve uma altura em que o homem
entendeu que este era um meio demasiado limitado para comunicar e precisou de
alternativa. Ele quis ir mais longe e, para ultrapassar barreiras da distância inventou
aquilo a que mais tarde Marshall McLuhan designaria por "extensões dos sentidos".
O tambor transformou-se numa extensão da fala, e os sinais de fumo numa
extensão dos gestos. Nasceu assim a comunicação de massas... Com a evolução
técnica, essas extensões transformaram-se numa panóplia de meios de difusão de
comunicação maciça, que culminou com a invenção da televisão. À medida que os
novos meios iam emergindo, o homem foi ficando cada vez mais fascinado e aterrado.
Cada "extensão" trazia em si um mundo de promessas e um inferno de ameaças. Os
meios de comunicação de massas nasceram para libertar, mas continham o gérmen da
opressão, e esta sua ambivalência assustou os que pararam para pensar no assunto. O
receio cresceu paralelamente ao aumento do poder de cada meio, e parece ter-se
transformado numa obsessão incontrolada.
Para Colin Cherry, comunicação significa "compartilhar elementos de
comportamento ou modos de vida, pela existência de um conjunto de regras".
Berlo, entende comunicação "como sendo o processo através do qual um
indivíduo suscita uma resposta num outro indivíduo, ou seja, dirige um estímulo que
visa favorecer uma alteração no receptor de forma a suscitar uma resposta".
Abraham Moles, define comunicação "como o processo de fazer participar um
indivíduo, um grupo de indivíduos ou um organismo, situados numa dada época e
lugar, nas experiências de outro, utilizando elementos comuns".
Pode-se concluir que comunicação se refere ao processo de compartilhar um
mesmo objecto de consciência, ele exprime, em síntese, a relação entre consciências.
Assim, define-se comunicação como a transmissão de uma informação por meio de
idiomas, imagens, de um código comum ou do próprio comportamento entre um
emissor e um receptor.
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Nas situações de comunicação, alguns elementos são sempre identificados. Isto
é, sem eles, pode-se dizer que não há comunicação. É o que nos diz a teoria da
comunicação.
Temos, assim os seguintes componentes (elementos) da comunicação: o emissor, o
receptor, a mensagem, o canal de propagação/ meio de comunicação, a resposta
(feedback) e o ambiente onde o processo comunicativo se realiza. Com relação ao
ambiente, o processo comunicacional sofre interferência do ruído e a interpretação e
compreensão da mensagem está subordinada ao repertório. Quanto à forma, a
Comunicação pode ser verbal, não-verbal e mediada.
2. Elementos da comunicação:
Os elementos da comunicação são: Emissor: pode ser chamado de fonte ou de origem, é o que transmite a mensagem.
Significado: corresponde à ideia, ao conceito que
Codificador: é constituído pelo mecanismo vocal para decifrar a mensagem.
Mensagem: corresponde ao conteúdo da comunicação é, no sentido geral, o objecto
da comunicação. Dependendo do contexto, o termo pode ser aplicado tanto ao
conteúdo da informação quanto à sua forma de apresentação.
O emissor codifica a mensagem e o re
significado, descodificando
Canal: também chamado de veículo, é o espaço situado en
Ruído: é a perturbação dentro do processo de comunicação.
Receptor: Aquele a quem se dirige a mensagem.
para entender a mensagem.
Descodificador: é estabelecido pelo mecanismo auditivo para decifrar a mensagem,
para que o receptor a compreenda.
Compreensão: é o entendimento
Regulamentação: o receptor confirmar a mensagem recebida do emissor, representa a
volta da mensagem enviada pelo emissor
Código: a maneira pela qual a mensagem se organiza. O código é formado por um
conjunto de sinais, organizados de acordo com determinadas
dos elementos tem significado em relação com os demais. Pode ser a língua, oral ou
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Elementos da comunicação:
Os elementos da comunicação são:
pode ser chamado de fonte ou de origem, é o que transmite a mensagem.
corresponde à ideia, ao conceito que o emissor deseja comunicar.
é constituído pelo mecanismo vocal para decifrar a mensagem.
corresponde ao conteúdo da comunicação é, no sentido geral, o objecto
. Dependendo do contexto, o termo pode ser aplicado tanto ao
quanto à sua forma de apresentação.
O emissor codifica a mensagem e o receptor interpreta a mensagem, dá
significado, descodificando-a.
também chamado de veículo, é o espaço situado entre o emissor e o receptor.
é a perturbação dentro do processo de comunicação.
Aquele a quem se dirige a mensagem. Deve estar sintonizado com o emissor
para entender a mensagem.
é estabelecido pelo mecanismo auditivo para decifrar a mensagem,
a que o receptor a compreenda.
é o entendimento da mensagem pelo receptor.
o receptor confirmar a mensagem recebida do emissor, representa a
volta da mensagem enviada pelo emissor (Feedback).
a maneira pela qual a mensagem se organiza. O código é formado por um
conjunto de sinais, organizados de acordo com determinadas regras, em que cada um
dos elementos tem significado em relação com os demais. Pode ser a língua, oral ou
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pode ser chamado de fonte ou de origem, é o que transmite a mensagem.
emissor deseja comunicar.
é constituído pelo mecanismo vocal para decifrar a mensagem.
corresponde ao conteúdo da comunicação é, no sentido geral, o objecto
. Dependendo do contexto, o termo pode ser aplicado tanto ao
ceptor interpreta a mensagem, dá-lhe
tre o emissor e o receptor.
eve estar sintonizado com o emissor
é estabelecido pelo mecanismo auditivo para decifrar a mensagem,
o receptor confirmar a mensagem recebida do emissor, representa a
a maneira pela qual a mensagem se organiza. O código é formado por um
regras, em que cada um
dos elementos tem significado em relação com os demais. Pode ser a língua, oral ou
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escrita, gestos, código Morse, sons, etc... O código deve ser de conhecimento de
ambos os envolvidos: emissor e destinatário, caso contrário a comunicação é inviável.
Canal de comunicação: Suporte que serve de veículo a uma mensagem. Ex: ar, carta,
livro, telefone, rádio, TV.
Contexto: Conjunto das variáveis que rodeiam e influenciam a situação da
comunicação.
Temos como exemplo: Uma pessoa (emissor) tem uma ideia (significado) que
pretende comunicar. Vale-se de seu mecanismo vocal (codificador), e expressa a sua
mensagem através de palavras. Essa mensagem, veiculada pelo ar (canal) é
interpretada pela pessoa com quem se comunica (receptor), após a sua decifração
pelo seu mecanismo auditivo (descodificador). O receptor, após constatar que
entendeu a mensagem (compreensão), esclarece a fonte (emissor) acerca do seu
entendimento. Pode-se, portanto, dizer que a comunicação só pode ser considerada
eficaz quando a compreensão de receptor coincide como o significado pretendido pelo
emissor.
3. Tipos de comunicação
Quanto à forma, a Comunicação pode ser verbal, não-verbal e mediada.
3.1. Comunicação Verbal: esta pode ser:
- Comunicação Verbal Oral: conversas, debates, rádio, TV, Telefone, etc…
- Comunicação Verbal Escrita: são as cartas, telegramas, cartazes, livros,
folhetos, jornais, revista, etc…
3.2. Comunicação Não-Verbal: através desta comunicação ocorre a troca de sinais:
olhar, posturas, mímica, gestos, expressões faciais, silêncios, tom de voz, roupas e
adornos, etc…
Com efeito, a importância dos sinais verbais é de tal ordem que por vezes as mesmas
palavras têm significados completamente diferentes, conforme as expressões que
fazemos.
Pela informação falada a mensagem não está completa. Exemplo: “és tão desastrado”
a sorrir ou com um ar sério. Será interpretada de maneiras muito distintas, consoante
a expressão usada.
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4. Informação/Comunicação
Olhando às etimologias dois termos (Comunicar e Informar), vemos que
"Comunicar" significa tornar comum; tornar conhecido; transmitir; unir. E vemos que
"Informar" assume a singnificação de dar forma a; avisar; instruir; enformar.
"Comunicar pressupõe e exige o tornar comum, a transmissão, a emissão às massas da
Sociedade. Esta comunicação tem por objectivo massificar o conjunto de pessoas a
quem se dirige. A posse desse conhecimento torna as pessoas iguais entre si:
identifica-as como membros de uma "elite". A difusão é uma necessidade para a
Comunicação.
Informar pressupõe a posse de dados pertinentes e que se pretendem
partilhar com outras pessoas, de forma que fiquem instruídas e enformadas com esses
dados. Assim, a informação já não terá como objecto a massificação de uma
sociedade, mas, antes, a "educação da sociedade". O tornar comum, próprio da
Comunicação, assume o papel de formação no caso presente.
Este processo de "enformar", de dar forma a, exige a existência de pré-
requisitos no destinatário. Daí que o papel da informação se centre numa formação
contínua dos cidadãos, num esclarecimento dos membros activos das comunidades. É
aqui que reside o cerne da questão: "Sabendo que a Informação é, antes de mais,
FORMAÇÃO, será que hoje há informação ou apenas comunicação?"
5. Informação
A informação tanto pode designar um elemento particular de conhecimento ou de
análise como o conjunto das instituições que, numa determinada sociedade presidem
à difusão colectiva das notícias que interessam aos seus membros.
O termo informação é utilizado em vários sentidos. Pode falar-se de uma
informação de política internacional, da política francesa da informação, da
necessidade de informação dos cidadãos. Existem alguns equívocos: o primeiro
equívoco está relacionado com o facto de a mesma palavra designar simultaneamente
um conteúdo e o modo como esse conteúdo pode ser transmitido. Com efeito na
primeira acepção, a informação exprime um elemento particular de conhecimento ou
de apreciação acessível a qualquer pessoa, seja qual for a forma que revista. Neste
caso, o termo informação interpreta-se no sentido de notícia. É independente do seu
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modo de transmissão e de difusão e só secundariamente se caracteriza pelo seu grau
de inteligibilidade. Mas, informação, numa segunda acepção tão corrente como a
primeira, é também o conjunto de equipamentos que, num dado momento e numa
dada sociedade, permitem a difusão dos diversos elementos de conhecimento e
análise, mercê de uma técnica industrial.
A informação é um modo de tratamento e de difusão: a imprensa, a rádio e a
televisão. Entendida neste sentido, a informação designa aquilo a que os anglo-saxões
chamam habitualmente os mass media e que denominaremos por empresas de
difusão, expressão certamente menos ambígua que a de comunicação de massa. As
técnicas modernas de difusão, quer as da imprensa, quer as que asseguram a
retransmissão do som e da imagem, são na verdade geridas por empresas cuja
expansão está ligada ao fenómeno industrial. Graças a elas, a informação é doravante
difundida a um auditório vasto, segundo uma técnica especificamente industrial.
Embora distintos, os dois sentidos da palavra informação estão relacionados.
As informações definidas como elementos de conhecimento ou notícias, são
elaboradas de modo apropriado por técnicas que permitem uma difusão mais ou
menos ampla. Além disso, são sujeitas a um certo tratamento, a uma certa depuração
que nos levam por vezes a imaginar que sem estas técnicas não existiriam. A
informação moderna é indissoluvelmente fundo e forma, conteúdo e modo de
expressão e de transmissão desse conteúdo.
Outro equívoco resulta da circunstância de a mesma palavra designar, por um
lado, uma realidade social constituída pelo conjunto da imprensa escrita, da
radiodifusão, da televisão e do cinema ou um autêntico fenómeno de civilização e, por
outro, o conjunto de atitudes e convicções colectivas que aquela realidade suscita.
A informação é, em primeiro lugar, a realidade composta pelas organizações
que poderíamos convencionar designar por empresas de difusão. Mas é também a
expressão de uma necessidade colectiva que, a exemplo de outras necessidades de
"ultrapassagem", se torna irreprimível à medida que vai sendo satisfeita. E é,
finalmente, uma exigência colectiva, considerada mais ou menos legítima pelas
diversas doutrinas e ideologias políticas. Constituindo por si próprio um factor de
transformação da sociedade, a informação inclui-se nos números dos objectivos
colectivos que são alvo de debate político e de discussão filosófica. De resto, a
evolução acelerada das suas técnicas de difusão torna ainda mais urgente a reflexão
sobre a sua finalidade essencial. Trata-se de determinar quais os objectivos que se
poderão atribuir à informação. Por outras palavras, convém esclarecer, para cada
época e para cada lugar, o emprego que os políticos, ou fazem realmente, das técnicas
postas à sua disposição. Assim, a televisão, instrumento de difusão de informação, não
a serve da mesma maneira na União Soviética ou nos Estados Unidos.
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Igualmente, podemos ter a certeza que os diversos tipos de sociedade não
utilizarão de modo idêntico as técnicas das videocassetes ou dos satélites de
telecomunicações. A informação é, portanto, um facto social complexo. Traduz uma
realidade para a qual concorrem ao mesmo tempo determinados elementos de
conhecimento ou de cultura e um certo estádio da tecnologia da informação colectiva.
A informação surge assim implantada de três modos diferentes numa
sociedade. Em primeiro lugar influencia o que poderíamos denominar por
enquadramento cultural da sociedade, quer dizer, o conjunto das ideias recebidas,
aceites e divulgadas, não deixando estas, no entanto, de a influenciar por sua vez.
Em seguida, a informação depende, num dado momento, do desenvolvimento
da sua tecnologia: neste aspecto, a era industrial começou com a imprensa de grande
tiragem dos últimos anos do séc. XIX e prolonga-se nos nossos dias com a expansão da
radiodifusão e da televisão.
Por fim, a informação exprime uma vontade propriamente colectiva: desta
vontade depende a situação dos grandes órgãos de informação do público. Com efeito,
estes estão sujeitos a regimes de propriedade de gestão e de controlo que variam
consideravelmente de país para país e até por vezes dentro do mesmo país.
A informação está subordinada aos fins, objectivos e valores destas vastas
organizações, assim como às suas possibilidade e limites. Os diferentes sentidos da
palavra informação são, pois, muito distintos.
6. Elementos relevantes da Teoria da Informação
Entropia
A Teoria matemática da comunicação foi proposta por Claude Shannon e por
Warren Weaver nos anos 40 do século XX. Tem como objectivo o estudo dos
mecanismos de transferência de sinais. Shannon utilizou como modelo teórico a
analogia com termodinâmica onde a entropia é definida como o grau de desordem
dentro do sistema. Em consequência a teoria da informação possibilita a quantificação
da informação ao nível do sinal, deixando de lado a informação semântica, quer dizer,
o conteúdo nocional. Na teoria da informação a quantidade de informação é
inversamente proporcional à probabilidade de aparecimento de um sinal. A teoria de
Shannon pretendia estudar as possibilidades de optimizar a transmissão das
mensagens, compreendidas como sequências de signos, definidos por algum código,
deixando de lado a parte do significado. Definiu também os componentes de um
modelo de comunicação, tais como o emissor, o receptor, o canal, o código, a
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mensagem e o ruído. As conclusões da dita teoria foram muito proveitosas para o
desenvolvimento da telecomunicação e da sua junção com a inteligência artificial.
Aplicado o conceito de entropia na Teoria da Informação surge-nos com a
descrição de desordem gerada pela informação.
A noção de entropia emerge como um conceito-chave na construção de uma
visão do mundo, fundamentada na informação e na comunicação. O oposto da
redundância é a entropia, sendo esta de previsibilidade reduzida e com muita
informação.
Podemos, concluir que a entropia de uma mensagem mede o montante da sua
incerteza. Ou seja, informação e incerteza estão directamente relacionadas. Quanto
maior for a entropia, mais informação está contida na mensagem.
Redundância
É um conceito muito próximo e relacionado com informação e pode ser
definido como aquilo que numa mensagem, é informação previsível ou convencional.
A redundância resulta de uma previsibilidade elevada. Assim, pode-se afirmar que uma
mensagem de elevada previsibilidade é redundante e com pouca informação. Pode-se
concluir que a redundância constitui um excesso de informação na mensagem,
ajudando a superar os problemas práticos da comunicação, é pois considerado um
mecanismo de defesa do sistema contra o ruído.
A redundância aumenta a forma do comunicado, facilitando a sua percepção,
compreensão e a sua fiabilidade. Assim, exemplificando podemos afirmar que há uma
redução da informação da mensagem devido à repetição de unidades ou grande
previsibilidade dessas unidades com o objectivo de equilíbrio dos efeitos provocados
pelo ruído (interferências, obstáculos à transmissão da mensagem) na comunicação. A
redundância tem um papel positivo no combate contra os possíveis ruídos
comunicativos.
Exemplificando: quando se menciona "Criar novas teorias" está-se a usar uma
redundância, pelo facto de estarmos a usar um excesso de informação, visto o que se
cria ser necessariamente novo.
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Ruído
Ruído é uma perturbação indesejável em qualquer processo de comunicação,
que pode provocar perdas ou desvios na mensagem, é identificado na comunicação
humana como o conjunto de barreiras, obstáculos, acréscimos, erros e distorções que
prejudicam a compreensão da mensagem em seu fluxo: emissor x receptor e vice-
versa. O que significa que nem sempre o que o emissor deseja informar é
precisamente aquilo que o receptor decifra e compreende.
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