Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

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EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ERGONOMIA E QUALIDADE DE VIDA BLOCO 04

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Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

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EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ERGONOMIA E

QUALIDADE DE VIDA

BLOCO 04

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EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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SUMÁRIO

Unidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil.................... 04

Unidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho...................... 18

Unidade 15. Acessibilidade............................................................................. 30

Unidade 16. Doenças Ocupacionais.............................................................. 42

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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03EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Apresentação

Neste quarto bloco estudaremos o embasamento legal exis-

tente no Brasil sobre como a Ergonomia deve ser aplicada nas empre-

sas e aos trabalhadores, seja por meio da discussão das leis e Normas

Regulamentadoras ou da aplicação da Análise Ergonômica do Traba-

lho.

Faremos também uma discussão crítica sobre a acessibilidade,

tanto nas empresas quanto nos ambientes públicos e até nas nossas

residências, finalizando os estudos do bloco com a apresentação das

principais doenças ocupacionais relacionadas ao risco ergonômico, e

suas respectivas origens.

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UNIDADE

13

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

EMBASAMENTO

LEGAL DA

ERGONOMIA

NO BRASIL

ERGONOMIA E

QUALIDADE DE VIDA

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EMBASAMENTO LEGAL DA ERGONOMIA NO BRASIL

Caro(a) Aluno(a),

Nesta unidade discutiremos sobre as Normas Regulamentado-

ras (NRs) do Ministério do Trabalho que tratam da Ergonomia de forma

direta ou indireta. Para isso, apresentaremos alguns itens elencados nas

NRs 12 (Segurança do Trabalho em Máquinas e Equipamentos), 17

(Ergonomia) e 36 (Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de

Abate e Processamento de Carnes e Derivados), além do que a Consti-

tuição trata sobre o tema.

Desta forma, teremos o mínimo de embasamento legal para

quando discutirmos assuntos relacionados à Ergonomia, saúde do

trabalhador e qualidade de vida.

Bom estudo!

Introdução

A aplicação da Ergonomia visando à melhoria das condições de

segurança e saúde do trabalhador em prol de uma melhor produtivida-

de, com conforto e promoção da qualidade de vida, teve seu início de

embasamento legal, mesmo que de forma velada, através da aprovação

da Consolidação das Leis de Trabalho. Desde então, várias modifica-

ções em seu texto já foram realizadas; em nosso estudo destacaremos o

texto que trata da Prevenção da Fadiga.

Posteriormente, com outras modificações na Lei e na criação

de novas Portarias, os temas relacionados à Ergonomia e à Qualidade

de Vida no Trabalho passaram a ter um pouco mais de importância.

Unidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil. EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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Destaca-se, neste ponto, a publicação das Portarias que criaram as Nor-

mas Regulamentadoras do Trabalho, inicialmente em número de 28,

posteriormente aumentadas até a quantidade atual, com 36 Normas

Regulamentadoras.

Outras publicações oficiais foram feitas, visando orientar

empregados e empregadores sobre a importância de uma atividade de

trabalho menos penosa aos trabalhadores, ao mesmo tempo em que

conferisse às empresas maior produtividade. Destacamos a Nota Técni-

ca 060/2001 do Ministério do Trabalho, que tratava da indicação da

melhor postura a ser adotada para a concepção de postos de trabalho.

Assim, faremos uma compilação objetiva destes documentos

públicos que buscaram, ao longo dos anos, regulamentar e estabelecer

o melhor vínculo possível entre empresas e empregados, buscando

sempre os melhores índices de produtividade, aliados aos melhores

índices de promoção de saúde e prevenção de doenças.

CLT – Consolidação das Leis de Trabalho

A Consolidação das Leis de Trabalho foi aprovada inicialmente

em 1º de Maio de 1943, através do Decreto-Lei nº 5452/43 (BRASIL,

1943).

A Ergonomia não foi mencionada diretamente, até porque,

como já estudamos anteriormente, naquela época esse assunto ainda

não era tratado. Somente em 1967, através do Decreto-Lei nº 127/67

(atualmente revogado), começou-se a tratar de assuntos relacionados à

Ergonomia e à Qualidade de Vida do trabalhador, mesmo que não aten-

dendo a princípios claros de Ergonomia. Isso ocorreu no seu Artigo 181,

que estabelecia o limite máximo de peso de 60 Kg para transporte

manual de cargas, desconsiderando, portanto, casos em que o produto

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Unidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil.

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era puxado ou empurrado em carrinhos ou vagões.

Esta legislação teve apenas uma realocação em 1977, já que,

pelo Decreto-Lei nº 6514/77, o texto foi inserido no contexto da Seção

XIV (Prevenção da Fadiga) do Capítulo V (Segurança e Medicina do

Trabalho) do Título II (Normas Gerais de Tutela do Trabalho), passando a

ser enquadrado como Artigo 198 e respectivo Parágrafo Único. Foi

ainda acrescido o Artigo 199, que tratava da colocação de assentos que

permitissem ao trabalhador uma boa postura na execução de sua ativi-

dade de trabalho:

Art. . 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que

um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as

disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da

mulher.

Parágrafo único - Não está compreendida na proibição deste

artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de

vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros

aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais

casos, fixar limites diversos, que evitem sejam exigidos do

empregado serviços superiores às suas forças.

Art.199 - Será obrigatória a colocação de assentos que assegu-

rem postura correta ao trabalhador, capazes de evitar posições

incômodas ou forçadas, sempre que a execução da tarefa exija

que trabalhe sentado.

Parágrafo único - Quando o trabalho deva ser executado de pé,

os empregados terão à sua disposição assentos para serem

utilizados nas pausas que o serviço permitir. (BRASIL, 1977)

Qual o motivo da CLT estabelecer 60Kg como o limite de peso a

ser manuseado pelos trabalhadores? Por que não 50kg? Por que não

25kg ou 70Kg?

Lembre-se de que, naquela época, a carga e descarga dos pro-

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dutos agrícolas eram feitas manualmente. E, não por acaso, as sacas de

café, arroz, feijão, soja, entre outros produtos, tinham o peso de 60Kg...

Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12)

A NR-12 foi aprovada através da Portaria nº 3214/78 e passou

por diversas atualizações desde então. Basicamente, esta NR trata da

definição de referências técnicas para garantir a saúde e integridade

física dos trabalhadores através de requisitos que prevenissem aciden-

tes e doenças de trabalho durante a utilização de máquinas e equipa-

mentos de todos os tipos.

Entre os itens 12.94 e 12.105, a NR-12 trata dos aspectos ergo-

nômicos de máquinas e equipamentos. Dentre os vários itens aborda-

dos, destaca-se:

Ÿ A construção e projeção de máquinas e equipamentos que atendam

a variabilidade antropométrica e as exigências posturais, cognitivas

e de esforços físicos dos trabalhadores, respeitando-se inclusive as

necessidades de adaptação das condições de trabalho às caracterís-

ticas psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza dos trabalhos

a executar;

0508EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

fig. 01

Unidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil.

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09

Ÿ Os postos de trabalho devem possibilitar ao trabalhador a alternân-

cia de posturas;

Ÿ As superfícies de trabalho não devem apresentar cantos vivos ou

superfícies ásperas e cortantes;

Ÿ Os postos de trabalho devem permitir o apoio integral da planta dos

pés no chão;

Ÿ O ritmo de trabalho e a velocidade das máquinas e equipamentos

devem ser compatíveis com a capacidade física dos trabalhadores,

evitando agravos à saúde.

Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17)

A NR-17 foi elaborada inicialmente pela Portaria 3214/78,

sendo alterada pela Portaria 3751/90, você deve recordar que aborda-

mos este assunto na Unidade 04. Posteriormente ela foi acrescida de

dois anexos, através das Portarias 08 e 09 de 2007.

A NR-17 apresenta, no seu item 17.2, uma série de normas para

o manuseio de cargas, as quais atuam em conjunto com o que a CLT nos

traz (estabelecendo o limite de 60Kg). No item 17.2.2, a NR aborda que

“não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas

por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua

saúde ou sua segurança”. Ou seja, respeita-se a hierarquia das Leis, na

qual a CLT estabelece o limite máximo de 60kg, porém desde que este

ocorra sem comprometer a saúde e segurança do trabalhador. A NR

enfatiza ainda, no item 17.2.3, a necessidade de treinamento destes

trabalhadores que frequentemente realizam o transporte de cargas

pesadas.

Mais adiante, a NR-17 trata dos assentos de trabalho. No item

17.3.3, estabelece os requisitos mínimos de conforto:

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAUnidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil.

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Ÿ altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função

exercida;

Ÿ características de pouca ou nenhuma conformação na base do

assento;

Ÿ borda frontal arredondada;

Ÿ encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da

região lombar.

Conforme já redigidos pela CLT e pela NR-12, a NR-17 trata da

necessidade de assentos para descanso quando o trabalho for feito em

pé, assim como da possibilidade de adaptações para o apoio de todo o

pé durante o trabalho sentado.

No item referente aos equipamentos de postos de trabalho

(17.4), a NR-17 foi redigida de forma mais específica às atividades de

entrada de dados, devido ao seu contexto histórico de criação.

Já no que se refere à Ergonomia relacionada ao ambiente de

trabalho, a NR-17 trata de aspectos relacionados à temperatura e ruído,

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Encosto com forma levemente

adaptada ao corpo para proteção

da região lombar

Características de pouca

ou nenhuma conformação

na base do assento

Borda frontal

arrendondada

Altura ajustável à estatura

do trabalhador e à natureza

da função exercida

fig. 02

Unidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil.

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11EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

tendo como foco o conforto do trabalhador, diferentemente do que a

NR-15 aborda, quando relaciona-se com aspectos de segurança do

trabalhador. Assim, estabelece, por exemplo, que a temperatura ideal

esteja entre 20 e 23 graus, assim como que o ruído do local de trabalho

não seja superior a 65dB. Faz ainda alusão à Norma Técnica NBR5413,

que trata da iluminação do ambiente de trabalho e como esta ilumina-

ção deve ser mensurada.

Por fim, a NR-17 faz, de forma muito superficial e genérica, uma

abordagem sobre os aspectos organizacionais do posto de trabalho,

tratando de itens como as normas de produção, o modo operatório, a

exigência de tempo, a determinação do conteúdo de tempo, o ritmo de

trabalho e o conteúdo das tarefas. Na NR-17 não há uma descrição

mais detalhada sobre o que trata cada um desses itens. O quadro a

seguir explica-os melhor, de acordo com Brasil (2002, pp. 49-56):

ITEM DEFINIÇÕO

Normas de Produção

São todas as normas que o trabalhador deve seguir para realizar a tarefa,

incluindo-se desde o horário de trabalho (se diurno ou noturno, a duração e

a frequência das pausas etc.) até a qualidade desejada do produto (um erro

pode acarretar consequências graves), abordando os equipamentos

utilizados para tal.

Modo Operatório

O modo operatório designa as atividades que devem ser executadas para

que se realize a tarefa de trabalho. Conforme já estudamos, pode ser

prescrito (ditado pela empresa) ou real (o modo particular adotado pelo

trabalhador para fazer face à variabilidade anteriormente mencionada).

Exigência de Tempo Expressa o quanto deve ser produzido em um determinado tempo, de

acordo com o que a empresa entende ser o ideal.

Determinação do Conteúdo

de Tempo

A determinação do conteúdo de tempo permite evidenciar o quanto de

tempo se gasta para realizar uma tarefa paralela ou cada uma das

atividades necessárias para a realização de todo o trabalho.

Ritmo de Trabalho

O ritmo de trabalho é a maneira como as cadências são organizadas,

podendo ser livre (quando o indivíduo tem autonomia para determinar sua

própria cadência) ou imposto (por uma máquina, pela chefia ou por

incentivos à produção). Assim, cabe ressaltar que a cadência refere-se à

velocidade dos movimentos que se repetem em uma dada unidade de

tempo.

Conteúdo das Tarefas Designa o modo como o trabalhador percebe as condições de seu trabalho:

estimulante, socialmente importante, monótono ou aquém de suas

capacidades.

Unidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil.

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12EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Ao observarmos uma função como a de um coletor de

lixo, temos que as normas de produção são todas aquelas

que ditam como será o seu trabalho (horário de começo e final

de expediente, se terá pausas ou não, quantas casas terá que

atender, quais os equipamentos de segurança terá que utilizar. O modo

operatório são as informações que o funcionário deve saber sobre

como desenvolver seu trabalho: a segurança ao subir e descer do cami-

nhão, como pegar os sacos de lixo e colocá-los na caçamba do cami-

nhão de lixo, etc. A exigência de tempo é estabelecida pela jornada de

trabalho deste funcionário, a qual deve permitir que ele colete o lixo

residencial de todo o seu território, dando tempo de levá-lo ao depósi-

to sanitário e retornar à base da empresa. A determinação do conteúdo

de tempo permite ao funcionário compreender que algumas atividades

gastam mais tempo do que outras, permitindo adotar estratégias dife-

rentes em diferentes regiões (reunir os sacos de lixo nas esquinas para

posteriormente colocá-los todos na caçamba do caminhão ou passar

coletando de casa em casa junto com o caminhão. Isso determina tam-

bém o ritmo de trabalho de suas tarefas. Por fim, o conteúdo das tarefas

é a forma como cada funcionário compreende a importância social do

seu trabalho e se ele é valorizado pela sociedade e pela empresa.

A NR-17 ainda teve acrescidos dois anexos, que tratam do tra-

balho de operadores de caixa de supermercado e de operadores de

telemarketing. Em ambas as situações estabelecem, de forma mais

criteriosa, específica e objetiva, normas sobre os postos de trabalho de

cada uma das funções, além de regras específicas sobre aspectos relaci-

onados à organização do trabalho.

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13EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Norma Regulamentadora nº. 36 (NR-36)

A NR-36 foi apresentada através da Portaria 555/13, com o

objetivo de estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle

e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na

indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados

ao consumo humano, de forma a garantir permanentemente a segu-

rança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho.

No seu item 36.5, trata de forma mais específica e detalhada

(ainda que de forma qualitativa), sobre o levantamento e transporte de

produtos e cargas. Apesar de mais ricos em detalhes, tal recomendação

tem valor legal somente para as atividades da indústria de abate e pro-

cessamento de carnes e derivados, valendo as regras gerais e superfici-

ais para as demais atividades, conforme a própria NR-17. No item 36.12,

a NR-36 faz uma breve menção de como a Ergonomia pode contribuir

para a prevenção dos riscos ambientais e controle médico da saúde

ocupacional dos trabalhadores da área de abate e processamento de

carnes e derivados.

Por fim, o item 36.16, trata especificamente da Análise Ergonô-

mica do Trabalho, com a finalidade de adaptar as demandas de trabalho

às características psicofisiológicas dos trabalhadores.

Tenha acesso às Normas regulamentadoras do Ministério do

Trabalho através do link http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-

regulamentadoras-1.htm e mantenha-se atualizado!

Unidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil.

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14EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A Ergonomia e os aspectos que influenciam na Quali-

dade de Vida dos trabalhadores tem tido, ao longo dos anos,

cada vez mais importância, pois recentemente a legislação

tem tratado de forma mais específica e direta este tema. Seja através

das Leis, Portarias ou Instruções Normativas a Ergonomia e a Qualidade

de Vida está mais presente em nossas vidas.

Glossário

Cantos vivos: quinas, bordas que podem gerar compressão mecânica

ao corpo do trabalhador.

Lei: regras que devem ser seguidas; obrigação imposta; com o objetivo

de controlar os comportamentos e ações dos indivíduos de acordo com

os princípios daquela sociedade.

Portaria: Documento oficial de ato administrativo, baixado por autori-

dade pública e destinado a dar instruções ou fazer determinações de

várias ordens.

Riscos ambientais: Em Segurança do Trabalho são ambientes nos

quais há riscos de acidente ou adoecimento do trabalhador. Risco Físi-

co, Risco Químico, Risco Biológico, Risco Ergonômico e Risco de Aci-

dente.

Referências

BRASIL. Decreto-Lei nº 5452/43, de 1 de maio de 1943. Aprova a

Consolidação das Leis do Trabalho. Diário Oficial da União. Rio de

Janeiro, RJ, 1 maio 1943. Disponível em <

Unidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil.

Page 16: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

15EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm>. Aces-

so em 13/09/2015.

BRASIL. Decreto-Lei nº 127/67, de 31 de janeiro de 1967. Dispõe

sobre operação de carga e descarga de mercadorias nos portos orga-

nizados e dá outras providências. Diário Oficial da União. Rio de

Janeiro, RJ. 31 jan. 1967. Disponível em

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-

1988/Del0127impressao.htm >. Acesso em 13/09/2015.

BRASIL. Decreto-Lei nº 6514/77, de 22 de dezembro de 1977. Altera

o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, rela-

tivo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências.

Diário Oficial da União. Brasília, DF. 23 dez. 1977. Disponível em <

http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1977/6514.htm>

Acesso em 13/08/2015.

BRASIL. Ministério do Trabalho e do Emprego. Nota Técnica

060/2001. Ergonomia: indicação de postura a ser adota na concep-

ção de postos de trabalho. Disponível em

<http://www3.mte.gov.br/seg_sau/comissoes_cne_notatecnica.pdf>

Acesso em 13/09/2015.BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Manual de Aplicação da

Norma Regulamentadora Nº 17. 2. ed. Brasília: MTE/SIT, 2002. Dis-

ponível em: < http://www2.mte.gov.br/seg_sau/pub_cne_manual_nr17.pdf>. Aces-

so em 13/09/2015. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 12 – Segurança no

Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Disponível em <

http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A4DA189CA014E505FF44

96DF0/NR-12%20(atualizada%202015).pdf> Acesso em 13/09/2015.BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 17 – Ergonomia. Dis-

ponível em <

Unidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil.

Page 17: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

16EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEFBAD706

4803/nr_17.pdf> Acesso em 13/09/2015.BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 36 – Segurança e

Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Car-

nes e Derivados. Disponível em

<http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D3DCADFC3013E237DC

D6635C2/NR-36%20(atualizada%202013).pdf> Acesso em

13/09/2015.

Lista de imagens

fig.01: Trabalhadores transportando cargas pesadas.

br.freepik.com.

fig.02: Cadeira de escritório. Autoral.

Fim daFim da

Unidade!Unidade!Fim da

Unidade!

Se você prestou atenção, já deve Se você prestou atenção, já deve

saber tudo sobre esse conteúdo. saber tudo sobre esse conteúdo.

Continue estudando. Nos vemos Continue estudando. Nos vemos

na próxima unidade.na próxima unidade.

Se você prestou atenção, já deve

saber tudo sobre esse conteúdo.

Continue estudando. Nos vemos

na próxima unidade.

Unidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil.

Page 18: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

17EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAUnidade 13. Embasamento Legal da Ergonomia no Brasil.

“A vida de boa qualidade exige mais determi-

nação e disciplina do que qualquer outra

escolha do ser humano.”

ABILIO DINIZ

Page 19: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

UNIDADE

14

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ANÁLISE

ERGONÔMICA

DOS POSTOS

DE TRABALHO

ERGONOMIA E

QUALIDADE DE VIDA

Page 20: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO

Caro(a) Aluno(a),

Nesta unidade apresentaremos as principais metodologias de

análise ergonômica dos postos de trabalho, a fim de melhor identificar

os riscos ergonômicos presentes nesses ambientes para que se possa

trabalhar as sugestões de melhoria visando o conforto do trabalhador,

a sua produtividade, a prevenção de acidentes e adoecimentos e a pro-

moção da sua saúde.

Animado (a) para começar?

Bom estudo!

Introdução

Diante das formalidades geradas pelo vínculo empregatício

entre o empregado e o empregador, cabe a este gerenciar os riscos

ambientais aos quais expõe o trabalhador. Basicamente, os riscos ambi-

entais são cinco: risco físico, risco químico, risco biológico, risco de aci-

dente e risco ergonômico. Os quatro primeiros riscos citados são avali-

ados através do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA.

Já o risco ergonômico é avaliado através da Avaliação Ergonômica dos

Postos de Trabalho – AET. Conforme estipula o item 17.1.2 da NR-17,

cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica dos seus ambientes

de trabalho (postos de trabalho).

O posto de trabalho é a determinação espacial de onde o tra-

balhador realiza suas atividades laborais. Logo, o posto de trabalho

Unidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho. EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

19

Page 21: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

20

compreende as instruções, os procedimentos e os meios que o funcio-

nário deve atender ao longo da sua jornada de trabalho.

A Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho (AET)

A AET é o levantamento dos riscos ergonômicos existentes no

ambiente de trabalho, de acordo com o prescrito na NR-17 e seus ane-

xos. Cabe ressaltar que, apesar de constarem informações mais objeti-

vas e claras nos anexos da NR-17, eles só são válidos para as respectivas

atribuições, ou seja: o Anexo I para postos de trabalho de operadores

de checkout (caixa) de supermercado e o Anexo II para postos de traba-

lho de operadores de teleatendimento / telemarketing. Recentemente,

com a publicação da NR-36, conforme vimos na Unidade anterior, utili-

za-se também alguns critérios específicos para postos de trabalho das

empresas de abate e processamento de carnes e derivados, ou seja,

frigoríficos e similares.

Segundo Baú (2002), na AET são realizados uma série de regis-

tros e levantamentos das diversas atividades de trabalho da empresa,

suas ferramentas e modos operatórios, objetivando: melhorar a produ-

tividade do trabalhador; fornecer dados para elaboração de manuais,

normas e procedimentos para o trabalho através da racionalização das

tarefas; corrigir as posturas dos trabalhadores, melhorando o nível de

conforto e minimizando a ocorrência de doenças ocupacionais; reduzir

o estresse ocupacional; reduzir o absenteísmo; fornecer dados para o

treinamento do pessoal; e atender toda a legislação trabalhista no que

confere o gerenciamento do risco ergonômico.

Na AET, estes objetivos são almejados através da avaliação de

aspectos como a duração da jornada de trabalho, das funções dos tra-

balhadores, dos seus respectivos ciclos de tarefa, números de movi-

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Unidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho.

Page 22: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

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mentos, esforços, posturas adotadas e pausas. Assim, procura-se esta-

belecer se o ritmo de trabalho está adequado às características psicofi-

siológicas dos trabalhadores, e se as ferramentas e equipamentos utili-

zados estão adequados ao tipo de tarefa realizada. Dessa forma, a AET

busca contribuir para a melhoria das situações de trabalho e, conse-

quentemente, da qualidade de vida do trabalhador (VERONESI

JUNIOR, 2008). Porém, a AET não se restringe apenas à análise do posto

de trabalho espacialmente falando, ou dos requisitos físicos demanda-

dos pelos trabalhadores para cumprir suas atividades de trabalho, o

que já estudamos em aulas anteriores, na Ergonomia Física. São anali-

sados também os aspectos organizacionais e cognitivos (Ergonomia

Organizacional e Ergonomia Cognitiva) dos processos necessários para

que a atividade de trabalho ocorra, além das questões ambientais nas

quais estão envoltos os funcionários analisados, principalmente para as

atividades em que se avaliem as condições de conforto térmico, acústi-

co e de iluminação.

Toda empresa está sujeita à fiscalização da DRT (Delegacia

Regional do Trabalho). Caso não desenvolva nenhuma ação em ergo-

nom ia ou desenvolva ações insatisfatórias, pode ser notificada e

o b t er prazo para elaboração dos documentos solicitados, e geral-

mente um desses é a Análise Ergonômica. Caso a empresa não cumpra

o estabelecido, poderá ser multada. Somente a não conformidade com

a NR 17 já poderia gerar multas de R$6.704,45 a R$ 80.970,00

Técnicas utilizadas nas AET

Na abordagem da AET deve-se realizar, inicialmente, um enfo-

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAUnidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho.

Page 23: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

que ergonômico baseado na análise biomecânica das posturas e na

relação existente entre o trabalhador, o sistema de trabalho (processos

de trabalho) e o ambiente (maquinário e ferramentas), o que já estuda-

mos anteriormente como SHTM (sistema homem-tarefa-maquina),

você está lembrado? (IIDA, 2005).

Segundo VERONESI JUNIOR (2008), esta abordagem pode ser

feita de duas formas distintas: através de técnicas objetivas (ou técnicas

diretas) e de técnicas subjetivas (ou técnicas indiretas).

Nas técnicas objetivas, as atividades de trabalho são registra-

das por um determinado período de tempo, de forma que este registro

(audiovisual) permita a releitura das atividades de trabalho posterior-

mente, de forma mais específica, visando atender objetivos pontuais,

muitas vezes gerados na própria demanda da tarefa ou durante uma

análise indireta.

Na técnica subjetiva (indireta) encontramos uma série de ferra-

mentas de apoio, como questionários, check-lists e entrevistas com os

funcionários, para basear a análise das atividades e da ergonomia do

posto de trabalho. Muitas vezes, por meio destas ferramentas, é possí-

vel mapear o sistema organizacional do posto de trabalho avaliado.

Metodologia de Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho

É fundamental para que ocorra a AET que o responsável pela

avaliação tenha o máximo de conhecimento sobre o comportamento

do ser humano nas atividades de trabalho (características psicofisioló-

gicas dos trabalhadores), como vimos na Unidade 11.

Os objetivos da AET devem estar bem claros para todos os

envolvidos no processo: a empresa, os empregados e o responsável

pela AET.

0522EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Unidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho.

Page 24: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

23

Conforme é citado por FIGUEIREDO e MONT'ALVÃO (2008)

não há um modelo específico de realização da AET. O que há são linhas

de raciocínio estabelecido por alguns pesquisadores que direcionam a

forma de realizar a AET. De uma forma geral, o estudo dos riscos ergo-

nômicos de um posto de trabalho compreende três fases.

Na primeira fase, tem-se a análise da demanda, na qual procu-

ra-se identificar quais os motivos que estão exigindo a necessidade do

levantamento dos riscos ergonômicos dos postos de trabalho de uma

empresa. Neste caso, a demanda pode ser desde uma notificação de

um Auditor do Ministério do Trabalho, até a iniciativa da própria empre-

sa em melhorar as condições de qualidade de vida no trabalho, passan-

do pela identificação feita pelos técnicos da empresa em se melhorar

alguma situação de ordem produtiva ou reduzir demandas de afasta-

mentos ou queixas dos trabalhadores.

Uma demanda seria uma empresa cuja produção está

funcionando plenamente, porém, o Setor de Recursos Huma-

nos começa a perceber o aumento de atestados um determi-

nado setor produtivo da empresa, com queixas similares dentre

os faltantes.

Apesar de ainda não existir uma queda na produção, nem afas-

tamentos, a empresa atenta pode perceber o custo humano que uma

atividade de trabalho pode estar desenvolvendo e agir, diagnosticando

qual ou quais são os problemas e suas possíveis soluções.

A segunda etapa refere-se a análise da tarefa, quando são

analisadas as condições ambientais, técnicas e organizacionais do tra-

balho. É neste instante que serão analisadas a Ergonomia Física do

posto de trabalho (layout, posturas, movimentos repetitivos, alturas de

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAUnidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho.

Page 25: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

24

bancadas e mesas, dentre outras situações) e a Ergonomia Organizaci-

onal (como ocorre o fluxo de trabalho, qual é o ritmo de trabalho, se há

pausas para descanso, dentre outras situações da Organização do Tra-

balho).

Por fim, tem-se a análise das atividades de trabalho, na qual

observam-se os comportamentos do trabalhador na execução da sua

atividade de trabalho e no relacionamento com seus colegas, chefias e

subordinados. Isto representa uma análise dos comportamentos ges-

tuais, das capacidades de comunicação do grupo, da interpretação dos

sistemas regulatórios e da demanda cognitiva do trabalho, inclusive a

capacidade e autonomia do trabalhador na tomada de decisões.

Em todas as fases é importante realizar o levantamento padro-

nizado dos dados. Para isso, observam-se os dados específicos da fase

estudada em correlação com dados observados nas fases anteceden-

tes. Assim, é possível realizar o apontamento de possíveis ações (inter-

venções ergonômicas) de acordo com a demanda, a tarefa e as ativida-

des de trabalho (Figura 1).

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Unidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho.

ANÁLISE

DE

DEMANDA

DIAGNÓSTICO

ANÁLISE

DA

TAREFA

ANÁLISE

DA

TAREFA

SITUAÇÃO

DE

TRABALHO

SUGESTÕES DE

MELHORIAS

DADOS DADOS DADOS

fig. 01

Page 26: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

25EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A intervenção Ergonômica

VERONESI JUNIOR (2008, p.52) afirma que a intervenção

ergonômica ocorre em todas as fases do processo de Análise Ergonô-

mica dos postos de trabalho. Entretanto estabelece uma hierarquia de

ações que podem ser elencadas para desenvolver tal intervenção. A

primeira ação é eliminar as ações primitivas nos postos de trabalho,

como aquelas que estão relacionadas ao transporte de carga excessiva,

exposição a ambientes extremamente insalubres, dentre outros exem-

plos. Em seguida, estabelece a necessidade da melhoria das condições

de conforto relacionadas ao ambiente de trabalho (como por exemplo,

o conforto térmico, sonoro e de iluminação para trabalhos intelectuais).

A terceira ação está relacionada a melhoria dos métodos de trabalho,

observando-se condições biomecânicas desfavoráveis e corrigindo-as,

por exemplo. A próxima etapa esta na melhoria da organização do sis-

tema de trabalho. Por fim, trabalhando na empresa a idéia da Ergono-

mia de Concepção, na qual a empresa estudaria o impacto da compra

de uma máquina, da alteração do layout de uma fábrica ou do escritório

sobre as pessoas e suas características psicofisiológicas.

Figueiredo e Mont'alvão (2008) relatam também a necessidade

de que as recomendações de ajustes dos postos de trabalho sejam

apresentadas à empresa em ordem de prioridades, independentemen-

te se o ajuste a ser feito será simples ou complexo. Para isso, as autoras

detalham que a empresa deve atender aos critérios biomecânicos, fisio-

lógicos, epidemiológicos, psicofísicos e ao critério da produtividade.

Após esta priorização, há também que se expor os custos humanos

envolvidos no processo, visto que o ajustes dos postos de trabalho

podem ser feitos em poucas semanas ou até em muitos meses.

Unidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho.

Page 27: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

26EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Muitas vezes, o benefício da realização da AET vai além

da prevenção do acidente e adoecimento do trabalhador ou da

promoção da qualidade de vida e melhora da produtividade na

empresa.

Empresas que buscam certificações de reconhecimentos

internacional de qualidade de produção e serviços (OHSAS 18001,

BS8800, NBR18800, ISO14001) exigem alguns requisitos de Ergonomia

e comprometimento com a saúde do trabalhador.

É um processo em que ganha o trabalhador, com a melhoria

das condições de trabalho, e ganha a empresa, com mais visibilidade no

mercado através da qualificação do seu produto ou serviço.

A Ergonomia Participativa

Na Ergonomia Participativa são os trabalhadores que desem-

penham papel fundamental na identificação e análise dos problemas

ergonômicos encontrados nos postos de trabalho, sendo eles mesmos

os responsáveis pela discussão e formulação de soluções (IIDA, 2005, p.

64). Entretanto, para que seja bem-sucedido, é necessário que a empre-

sa apoie e auxilie esse processo, oferecendo tempo e recursos para tal.

Esse processo já ocorre em muitas empresas, e funciona a partir

da formação de um comitê/comissão (Comitê de Ergonomia –

COERGO), criado aos mesmos moldes da CIPA (Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes), com representantes dos trabalhadores dos

diversos setores de uma empresa, representantes da Segurança e Medi-

cina do Trabalho (normalmente o Técnico em Segurança, o Engenheiro

de Segurança ou o Médico do Trabalho da empresa) e representantes

da direção da empresa.

Unidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho.

Page 28: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

27EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Nesse sistema pode haver a participação de um profissional

externo, que será responsável pelo treinamento e assessoria dos profis-

sionais do Comitê/Comissão, principalmente nos casos em que envolve

o entendimento mais técnico para a busca da resolução de um determi-

nado problema ergonômico.

A Ergonomia surge como uma ciência que visa adaptar

as diversas situações de trabalho às mais variadas característi-

cas físicas e comportamentais dos trabalhadores, entretanto,

a busca pelas soluções de problemas ergonômicos depende da aceita-

ção da existência do problema, tanto por parte da empresa quanto dos

funcionários, ao se remanejar e alterar antigos sistemas de produção e

vícios posturais em prol do conforto e qualidade de vida do trabalha-

dor, associados a sua melhor produtividade.

Glossário

Bancadas: superfícies de trabalho para atividades desenvolvidas

em pé.

Checkout: estação de trabalho para registro da saída de produ-

tos; Checkout de supermercado refere-se ao caixa de supermer-

cado.

Check-lists: ferramenta de avaliação na qual há uma série de perguntas

adaptadas para respostas simples (Sim ou Não), utilizada para uma

conferência rápida e direta de um posto de trabalho ou uma tarefa de

trabalho.

Custos humanos: adoecimento do trabalhador.

Registro audiovisual: fotografias ou filmagens em vídeo.

Risco biológico: ambiente no qual há a exposição do trabalhador a

Unidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho.

Page 29: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

28EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Agentes Biológicos (vírus, bactérias, fungos, etc.).

Risco físico: ambiente no qual há a exposição do trabalhador a Agen-

tes Físicos (ruído, temperatura, pressão, umidade).

Risco químico: ambiente no qual há a exposição do trabalhador a

Agentes Químicos (gases, poeiras, substâncias tóxicas, etc.).

Vínculo: relação

Referências

ABRAHÃO, J.; SZNELWAR, L.; SILVINO, A.; SARMERT, M.; PINHO, D.

Introdução à Ergonomia: da Prática à Teoria. São Paulo: Blücher, 2009.

BAÚ, L. M. S. Fisioterapia do Trabalho: ergonomia, legislação e reabili-

tação. Curitiba: Clãdosilva, 2002.

FIGUEIREDO, F.; MONT'ALVÃO, C. Ginástica Laboral e Ergonomia. 2.

ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.

GRANDJEAN, E. KROEMER, K. H. E. Manual de ergonomia: adaptan-

do o trabalho ao homem. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2 ed. São Paulo: Blucher, 2005

VERONESI JUNIOR, J. R. Fisioterapia do Trabalho: cuidando da saúde

funcional do trabalhador. São Paulo: Andreoli, 2008.

Lista de imagens

fig.01: Autoral.

Unidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho.

Page 30: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

29EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAUnidade 14. Análise Ergonômica dos Postos de Trabalho.

“Não existe fórmula secreta. Somente a orga-

nização e a disciplina permitem que uma

pessoa desempenhe todos os seus papeis e

dê conta de todas as suas atividades de

forma equilibrada e harmoniosa.”

ABILIO DINIZ

Page 31: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

UNIDADE

15

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ACESSIBILIDADE

ERGONOMIA E

QUALIDADE DE VIDA

Page 32: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

ACESSIBILIDADE

Caro(a) Aluno(a),

Nesta unidade vamos identificar a fronteira oculta que existe

em nossa sociedade quanto à inclusão e acesso de portadores de defi-

ciências aos seus direitos, comuns a todos os cidadãos. Assim, demons-

traremos como a Ergonomia pode contribuir para o acesso de todos às

possibilidades de participar das ações públicas e particulares às quais

qualquer brasileiro tem direito, seja relacionado à saúde, à capacidade

de trabalho, ao lazer ou a demandas sociais.

Bom estudo!

Introdução

As diferenças existentes entre as pessoas não podem se limitar

às características individuais físicas ou comportamentais próprias do

ser humano: étnicas, psicológicas e sociais, que não exigem mudanças

ou transformações do meio em que vivemos para o convívio social.

Devemos observar também as diferenças pessoais resultantes das defi-

ciências mental, física, auditiva, visual, entre outras, que, pelas caracte-

rísticas mais marcantes em relação a um modelo ideal, motivam senti-

mentos e reações de abandono, discriminação e exclusão, quer seja

pela omissão ou pela negação de direitos.

Assim, surge a necessidade de interpretar as diferenças entre

os indivíduos com base nos princípios de equidade, respeito e cidada-

nia, quebrando paradigmas e construindo novos significados sobre as

especificidades das pessoas com deficiência, para além das manifesta-

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

31Unidade 15. Acessibilidade.

Page 33: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

32

ções externas, valorizando as capacidades individuais de cada um

enquanto ser humano.

Esta concepção revela, para os diferentes contextos sociais da

organização pública e privada, a necessidade de reconhecermos a

diversidade de capacidades humanas, impedindo que as diferenças

pessoais de cada um se traduzam em desigualdades, já que qualquer

indivíduo pode desenvolver ou adquirir algum tipo de deficiência.

Pessoas com Deficiência

Segundo o Programa do Senado Federal de acessibilidade e de

valorização da Pessoa com deficiência,

Deficiência é toda restrição física, mental ou sensorial, de

natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade funcional

de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária. (BRASIL,

2006, p. 11)

Desta forma, identificamos vários tipos de deficiência que

podem acometer quaisquer pessoas, as quais devem ter preservados

seus direitos fundamentais e constitucionais da dignidade humana.

Dentre as várias formas de deficiência destacamos as mais comuns:

Ÿ Deficiência Física;

Ÿ Deficiência Visual;

Ÿ Deficiência Auditiva;

Ÿ Deficiência Mental.

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Unidade 15. Acessibilidade.

Page 34: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

33

Segundo Couto (2005), cerca de 15% da população

brasileira apresenta algum tipo de deficiência, considerando que

estas deficiências podem ser permanentes (naturais ou adqui-

ridas) ou temporárias, resultantes, por exemplo, de um acidente

de trabalho ou acidente de trânsito.

Deficiência Física

A deficiência física é considerada a alteração total ou parcial de

um ou de vários segmentos do corpo que geram limitação da capacida-

de física do corpo humano. Pode se apresentar das mais diferentes for-

mas: amputações ou deformidades físicas de nascença ou adquiridas;

nanismo; paralisias diversas (paraplegia, tetraplegia, monoplegia, hemi-

plegia) ou ainda aquelas que interferem na locomoção e coordenação

do aparelho motor.

Para possibilitarmos a acessibilidade das pessoas com deficiên-

cia é necessário entendermos suas necessidades específicas, então

poderemos possibilitar sua inclusão e participação na sociedade. Um

dos principais pontos normalmente analisados para as pessoas que

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Monoplegia Hemiplegia Paraplegia Tetraplegia Amputação

fig. 01

Unidade 15. Acessibilidade.

Page 35: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

apresentam deficiência física está na criação de facilitadores da sua

participação social através de rampas, adaptação de portas, banheiros,

pisos e corredores, em locais públicos e nos ambientes de trabalho.

Se a pessoa com deficiência física não consegue participar de

forma efetiva das atividades promovidas pela sociedade, devemos

observar se as condições de acesso a tais atividades estão presentes e

se realmente são efetivas. Muitas vezes, a oportunidade de uma pessoa

com deficiência assumir funções relevantes na sociedade, seja de forma

voluntária ou profissional, são dependentes das possibilidades de

acesso aos diferentes ambientes e espaços físicos. As dificuldades,

encontradas nos espaços públicos e privados, que atrapalham o acesso

da pessoa com deficiência são chamadas de barreiras arquitetônicas.

Comumente, os indivíduos portadores de deficiência física

utilizam-se de órteses ou de recursos de mobilidade, como a cadeira de

rodas. As barreiras arquitetônicas dificultam ou até impedem totalmen-

te a possibilidade de o sujeito portador de deficiência física transitar

livremente de um local para outro.

Deficiência Visual

A deficiência visual é

caracterizada pela perda total (ce-

gueira) ou parcial da capacidade

visual em ambos os olhos, levando

os indivíduos com deficiência à

busca de recursos específicos para o seu desenvolvimento e inclusão

social. Estamos falando, por exemplo, do Sistema Braile para a leitura e

escrita, e do Sorobã para o aprendizado de números e cálculos, além da

bengala e cão-guia, utilizados para auxiliar a locomoção.

0534EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

fig. 02: Soroban.

Unidade 15. Acessibilidade.

Page 36: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

35

Pessoas com capacidade visual redu-

zida apresentam algum resíduo de visão que

possibilita que enxerguem objetos e escritas

com o apoio de equipamentos específicos, que

os ampliam de forma a ser possível a realização da

leitura e da escrita, por exemplo.

Deficiência Auditiva

Trata-se da perda bilateral (parcial ou totalmente) da percep-

ção normal dos sons. A perda auditiva pode ser classificada de diversas

formas, desde uma perda leve (quando o indivíduo ouve com dificulda-

de) até profunda (ausência total da capacidade auditiva).

Em indivíduos que apresentam uma deficiência auditiva leve, o

uso de equipamentos auditivos que ampliem o som pode suprir tal

deficiência, permitindo o acesso à comunicação.

Já para os deficientes auditivos totais, a Língua Brasileira de

Sinais (LIBRAS) é a principal forma de comunicação (Figura 3). Entre-

tanto, para ambos os casos, atitudes simples, como conversar com a

pessoa sempre à sua frente, tomando cuidado para que ela enxergue

sua boca e falando de forma clara, já pode ajudar na comunicação, pois

muitos deficientes auditivos desenvolvem a capacidade de realizar a

leitura labial, compreendendo a mensagem a ser passada.

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

fig. 03: Sistema Braille.

fig. 04: LIBRAS.

Unidade 15. Acessibilidade.

Page 37: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

36

Como conversar com um surdo? Antes de qualquer

coisa, é importante saber que existe mais de um tipo de defici-

ente auditivo. Para aqueles que possuem perda auditiva leve a

moderada, geralmente os aparelhos auditivos resolvem boa parte do

problema. Há os surdos sinalizados (conhecidos erroneamente como

“surdos-mudos”). Eles conversam através da LIBRAS, uma língua pró-

pria, reconhecida por Lei no Brasil, com morfologia e sintaxe própria,

independente da Língua Portuguesa.

Há ainda os surdos oralizados, que conseguem comunicar-se

pela fala (através de muita fonoterapia), mas, mesmo com aparelhos,

não conseguem escutar, podendo utilizar-se do recurso da LIBRAS ou

ainda da leitura labial.

Segundo Lak Lobato, uma surda oralizada, há algumas dicas

para se conversar com um deficiente auditivo:

1. Fale devagar, mas com naturalidade;

2. Fale de frente para o deficiente auditivo;

3. O volume da voz deve ser de acordo com a deficiência auditiva de

cada um; entretanto, não adianta gritar, principalmente se a deficiência

for severa...

4. Não tenha medo de cometer gafes como “Você está me ouvindo?”

ou “Escuta essa”;

5. Para chamar um surdo, você precisa de algum sinal visual ou tátil;

6. Deficiência auditiva não gera deficiência cognitiva;

7. Não fale mastigando

8. Ambiente iluminado é muito importante na conversa com surdo, seja

ela por meio da leitura labial ou da LIBRAS.

FONTE: Adaptado de

http://desculpenaoouvi.laklobato.com/2009/05/04/10-dicas-para-falar-com-

um-deficiente-auditivo/

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Unidade 15. Acessibilidade.

Page 38: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

37EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Deficiência Mental

É o funcionamento intelectual significativamente inferior à

média comum de uma pessoa, de acordo com a sua idade cronológica.

Estão associadas à limitação de duas ou mais áreas de habilidades adap-

tativas, como a comunicação, o cuidado pessoal, as habilidades sociais,

a percepção de saúde e segurança, habilidades acadêmicas e outras

atividades que requerem modificações em estratégias de realização.

Os tipos de deficiência mental mais conhecidos são o Retardo

Mental e a Síndrome de Down. O Retardo Mental pode ser classificado

como leve, moderado e severo.

Cada vez mais, observamos a inclusão de pessoas com retardo

mental leve e Síndrome de Down no mercado de trabalho e nos relacio-

namentos sociais, como nas escolas, por exemplo.

Ergonomia e Acessibilidade

Uma pessoa com alguma deficiência não pode ser comparada

simplesmente com outra pessoa não deficiente. Os deficientes normal-

mente promovem um mecanismo de compensação. Os surdos podem

ter aumentada a sua capacidade visual; os cegos desenvolvem capaci-

dade de concentrar-se nas sensações táteis, auditivas e cinestésicas; os

paraplégicos desenvolvem força e habilidades com as mãos.

Muitas empresas promovem o aproveitamento da mão de

obra de pessoas com deficiência mediante a escolha adequada da

tarefa, treinamento e adaptações dos postos de trabalho. Eliminadas as

barreiras arquitetônicas, os portadores de deficiência podem se tornar

tão produtivos quanto qualquer trabalhador.

O avanço dos programas de computadores, com softwares e

Unidade 15. Acessibilidade.

Page 39: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

38EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

aplicativos que auxiliam na comunicação, gerou muitas facilidades para

os deficientes. Atualmente, cegos, surdos e deficientes físicos podem

se utilizar de um mesmo aparelho celular, utilizando-se de comandos

diferentes (mensagem escrita ou fonada, vídeos, comandos por voz,

etc.).

A Ergonomia busca, na sua essência, adaptar o meio conforme

as características de cada sujeito, portador ou não de deficiência. Assim,

tanto para o desenvolvimento de aparelhos, equipamentos e dispositi-

vos que superem as deficiências quanto na adaptação de eletrodomés-

ticos, carros, transportes coletivos, móveis e locais de casa ou da

empresa, além de rampas, elevadores, piso tátil e placas sinalizadoras

(inclusive em Braile), a Ergonomia está presente, permitindo o acesso

de todos a todas as suas possibilidades.

fig. 05

Unidade 15. Acessibilidade.

Page 40: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

39EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Iida (2005) cita algumas dimensões constantes da Norma Téc-

nica NBR 9050, sobre os espaços físicos para permitir o tráfego de cade-

iras de rodas ou indivíduos com uso de bengalas ou muletas, em ambi-

entes públicos e privados:

Ÿ Áreas de circulação devem ter largura mínima de 120 cm;

Ÿ A superfície deve ter uma declividade máxima de 12,5%;

Ÿ Portas devem ter largura de pelo menos 80 cm.

Tenha acesso à íntegra da NBR9050 através do link:

http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivo

s/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_164.pdf e

conheça os detalhes das normas de acessibilidade a edificações, mobi-

liários, espaços e equipamentos urbanos.

Além disso, temos também que ter cuidado quanto à disposi-

ção dos objetos a serem manuseados, estando estes dentro do espaço

normal de alcance. Assim, recomenda-se que interruptores, maçanetas,

campainhas, torneiras e outros objetos de uso frequente em nossa resi-

dência situem-se aproximadamente a 1m. de altura.

A Ergonomia pode contribuir sensivelmente na adaptação dos

ambientes públicos e privados às pessoas com deficiência, permitindo-

lhes a acessibilidade e a fruição de seus direitos enquanto cidadãos. A

eliminação de barreiras arquitetônicas facilita o acesso da pessoa com

deficiência ao transporte público, ao trabalho, à independência funcio-

nal em suas casas e no convívio em sociedade.

Unidade 15. Acessibilidade.

Page 41: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

40EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Glossário

Cinestesia: Conjunto de sensações pelas quais são percebidos os movi-

mentos musculares cujos estímulos provêm do próprio organismo.

Equidade: Igualdade, imparcialidade, conformidade.

Hemiplegia: Paralisia do hemicorpo, braços e pernas direito ou

esquerdo.

Monoplegia: Paralisia de apenas um segmento do corpo (um braço ou

uma perna).

Morfologia: No âmbito da língua portuguesa, morfologia é a parte da

gramática que estuda as palavras observadas isoladamente. É o estudo

da estrutura e formação das palavras, suas flexões e sua classificação.

Nanismo: Alteração de origem endócrina, que inibe o crescimento das

pessoas.

Paraplegia: paralisia dos membros inferiores.

Sintaxe: Parte da gramática que trata das funções das palavras na frase

e das relações entre si.

Tetraplegia: Paralisia dos membros inferiores, tronco e membros supe-

riores.

Referência

ABRAHÃO, J.; SZNELWAR, L.; SILVINO, A.; SARMERT, M.; PINHO, D.

Introdução à Ergonomia: da Prática à Teoria. São Paulo: Blücher, 2009.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa

do B ras i l . B ra s í l i a , D F, S enado , 1998 . D i spon í ve l em

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm

>. Acesso em 20 set 2015.

Unidade 15. Acessibilidade.

Page 42: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

41EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAUnidade 15. Acessibilidade.

BRASIL. Programa do Senado Federal de acessibilidade e de valori-

zação da Pessoa com deficiência. Brasília: Senado Federal, 2006.

FIGUEIREDO, F.; MONT'ALVÃO, C. Ginástica Laboral e Ergonomia. 2.

ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.

IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2005.

VERONESI JUNIOR, J. R. Fisioterapia do Trabalho: cuidando da saúde

funcional do trabalhador. São Paulo: Andreoli, 2008.

Lista de imagens

fig.01:

http://4.bp.blogspot.com/_x4Wto5qykQg/TRd5l-

oDhsI/AAAAAAAAAG0/xBk8GyVlqis/s1600/hdc_0001_0003_0_img0192modificado.jpg

fig.02: Autoral.

fig.03: http://www.uhelp.com/wp-content/uploads/2015/09/3-BRAILE1.jpg

fig.04: http://cursosgratis.blog.br/wp-content/uploads/2012/01/alfabeto-em-libras.jpg

fig.05: Composição de imagens:

a. http://i68.photobucket.com/albums/i27/rslonik/asnovidades2/Cadeiraelevador.jpg

b. http://www.modecenter.com.br/wp-content/uploads/2011/07/pbb.jpg

c. http://www.westernhardscapesupply.com/images/ada.jpg

d. http://maonarodablog.com.br/wp-

content/uploads/2011/08/cid_18200691.jpg

Fim daFim da

Unidade!Unidade!Fim da

Unidade!

Se você prestou atenção, já deve Se você prestou atenção, já deve

saber tudo sobre esse conteúdo. saber tudo sobre esse conteúdo.

Continue estudando. Nos vemos Continue estudando. Nos vemos

na próxima unidade.na próxima unidade.

Se você prestou atenção, já deve

saber tudo sobre esse conteúdo.

Continue estudando. Nos vemos

na próxima unidade.

Page 43: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

UNIDADE

16

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DOENÇAS

OCUPACIONAIS

ERGONOMIA E

QUALIDADE DE VIDA

Page 44: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

DOENÇAS OCUPACIONAIS

Caro(a) Aluno(a),

Nesta unidade apresentaremos a definição de doenças ocupa-

cionais, classificando-as de acordo com os Riscos Ambientais e seus

respectivos agentes lesivos, dando ênfase para as doenças relacionadas

a ambientes de trabalho que não atendem aos princípios da Ergono-

mia.

Vamos lá? Bom estudo!

Introdução

Durante a primeira revolução industrial, na qual as máquinas a

vapor foram utilizadas em maior escala no processo de produção, o

adoecimento do trabalhador devido à exposição à sobrecarga de tra-

balho aumentou consideravelmente. Com as novas formas de organi-

zação do trabalho (Taylorismo e Fordismo), a fragmentação do trabalho

trouxe maior penosidade ao trabalhador, potencializando as lesões de

origem ocupacionais.

Atualmente, apesar dos cuidados relacionados à saúde e segu-

rança do trabalhador, ainda observamos ambientes de trabalho inade-

quados, com ferramentas, utensílios, acessórios e mobiliários inconve-

nientes. Tem-se, portanto, uma situação de distanciamento e angula-

ções desajustadas, excesso de jornadas de trabalho, falta de intervalos

apropriados, posturas inadequadas para desempenhar a atividade

laboral, despreparo técnico para a execução das tarefas, exposição do

trabalhador a situações de trabalho em temperaturas extremas, com

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

43Unidade 16. Doenças Ocupacionais.

Page 45: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

44

vibração e sobrecargas musculares. Por outro lado, cresce o trabalho no

setor terciário, que também se caracteriza pela introdução de novas

tecnologias nos processos de trabalho, com o aumento do trabalho

manual e do trabalho mental, em busca de um trabalhador polivalente.

Torna-se muito importante que as instituições estudem em

busca de soluções para a redução ou eliminação dos riscos que afligem

os colaboradores dentro da empresa, a fim de preservar o ambiente de

trabalho, o trabalhador e sua família.

Riscos Ambientais

Toda atividade ocorre em um determinado ambiente de traba-

lho. Este, por sua vez, sofre interferência de diversas naturezas: física,

química, ergonômica e biológica. Os riscos no ambiente de trabalho

são classificados, por meio das normas regulamentadoras, em cinco

grupos:

Ÿ Risco de Acidente: qualquer fator que possa colocar em risco a inte-

gridade e o bem-estar físico e psíquico do trabalhador.

Ÿ Riscos Ergonômicos: qualquer fator que possa interferir nas caracte-

rísticas psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou

afetando sua saúde.

Ÿ Riscos Físicos: consideram-se agentes de riscos físicos as diversas

formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores.

Ÿ Riscos Químicos: Consideram-se agentes de riscos químicos as subs-

tâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organis-

mo do trabalhador pela via respiratória, absorvido pela pele ou

ainda através da ingestão.

Ÿ Riscos Biológicos: Consideram-se agentes de riscos biológicos as

bactérias, vírus, fungos, parasitas, entre outros.

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Unidade 16. Doenças Ocupacionais.

Page 46: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

45

Em se tratando do adoecimento do trabalhador pelos riscos

químicos, físicos e biológicos, o Quadro a seguir apresenta um resumo

das informações citadas por Bellusci (1996).

Doenças Ocupacionais relacionadas aos Riscos Ergonômicos

Alguns setores de trabalho sofreram, nas últimas décadas, forte

influência do uso do computador para o processamento de dados ou

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAUnidade 16. Doenças Ocupacionais.

Risco Ambiental Agente Doença

Risco Químico

Poeiras Doenças Respiratórias

Alergias (dermatoses)

Fumos metálicos Intoxicação orgânica

Doenças Respiratórias

Gases (solventes)

Alterações orgânicas locais

(intoxicação orgânica)

Depressão do SNC

Venenos/Pesticidas/

Fungicidas

Dermatoses,

Intoxicação orgânica generalizada

Risco Biológico

Vírus / Bactérias Tuberculose, AIDS, Febre amarela.

Dejetos humanos ou

de animais Cólera, Esquistossomose

Animais peçonhentos

Alergias, lesões cutâneas ou lesões

teciduais profundas, conforme a

potência do veneno.

Risco Físico

Calor Hipertermia, desidratação, síncope.

Frio Hipotermia

Pressão

Alterações respiratórias e no

organismo, lesões de pulmão e de

seios paranasais.

Ruído Perda Auditiva

Radiação Alterações cromossômicas e

desenvolvimento de câncer

Page 47: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

para o controle de maquinários. Quando este processo ocorre em um

ambiente de trabalho sem o devido planejamento para sua implanta-

ção, gera o uso inadequado destes equipamentos, em condições que

agridem o ser humano e nele provocam doenças.

As lesões osteomusculares consequentes das atividades de

trabalho podem gerar um problema epidêmico nas empresas e neces-

sitam de providências por parte do Estado, das empresas e dos profissi-

onais da área da saúde, no sentido de conter essa evolução que gera

cada vez mais incapacitações de trabalhadores e prejuízos para a socie-

dade (BARBOSA, 2009).

Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)

DORT (ou LER, como também era conhecido), não é uma doen-

ça, mas sim um nome para designar um grupo de doenças osteomus-

culares e suas repercussões sociopsicológicas que têm em comum o

fato de serem provocadas por condições inadequadas no trabalho

(BELLUSCI, 1996).

Desde o ano 2000, o último dia do mês de fevereiro é lembrado

em vários países como o Dia Internacional de Conscientização

sobre a DORT.

Segundo Baú (2002) e Veronesi Junior (2008), estudos epide-

miológicos comprovam que a DORT tem uma dimensão multicausal.

Esses estudos identificaram os fatores:

Ÿ Biomecânico: posturas desfavoráveis, forças excessivas, compres-

são mecânica, repetitividade.

0546EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Unidade 16. Doenças Ocupacionais.

Page 48: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

47

Ÿ Fisiológicos: hormônios, estrutura muscular (referente à diferença

de gênero e de idade), obesidade, traumatismos anteriores, estado

geral de saúde, diabetes, etc.

Ÿ Psicossocial: estresse, atitude negativa em relação à vida, perfil

psicológico, insatisfação dentro e fora do trabalho, desmotivação,

etc.

Ÿ Organizacional: Pausas curtas ou inexistentes entre os ciclos da ati-

vidade de trabalho, pressão temporal, programas de incentivo à

produtividade, ritmo de trabalho imposto pela gerência ou linha de

montagem, horas extras, monotonia, sobrecarga de produção, etc.

Ÿ Ergonômico: postos de trabalho e uso de ferramentas não ergonô-

micas, temperaturas extremas (frio ou calor), vibrações, má ilumina-

ção do ambiente de trabalho, etc.

Ÿ Sociocultural: hobbies ou atividades domésticas que exigem dos

membros superiores dupla jornada de trabalho, vestimentas (sutiã,

por exemplo, podem gerar compressões de plexo braquial), taba-

gismo, etilismo, etc.

Ÿ Predisposição: o sujeito pode apresentar uma capacidade aumenta-

da de desenvolver uma determinada doença devido a alterações

anatômicas, comportamentais ou fisiológicas.

O conhecimento do processo etiológico é de extrema

importância, visto que de nada adianta fazer abordagem pre-

ventiva daquilo que não se conhece bem.

A repetitividade pode ter como causas atos de trabalho como

digitar, martelar, empurrar, puxar, apertar. Quanto maior o tempo de

exposição às atividades repetitivas, maior a possibilidade de desenvol-

vimento das DORTs.

A força excessiva para a realização das tarefas agrava o des-

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAUnidade 16. Doenças Ocupacionais.

Page 49: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

48

gaste físico, logo, quanto maior for essa exigência de força, maior será o

risco de adoecimento do trabalhador. Têm-se como causas da força

excessiva as atitudes corporais e comportamentais do trabalhador, a

pega de objetos e cargas, o transporte de objetos pesados e o uso ina-

dequado de braços de alavanca.

As posturas inadequadas impõem esforços adicionais dese-

quilibrados e inesperados ao trabalhador, com possibilidade de atingir

a coluna vertebral e as extremidades superiores, e podem estar relacio-

nadas a todas as posturas possíveis de trabalho (em pé, sentado, aga-

chado, semissentado).

Por fim, as compressões e vibrações mecânicas podem estar

relacionadas ao uso de ferramentas como furadeiras, marteletes pneu-

máticos, britadeira ou ainda a atividades como martelar, apertar, amas-

sar, etc.

Mecanismo de lesão

Para realizar um movimento, os ossos, músculos, tendões, liga-

mentos, vasos sanguíneos e nervos deslizam uns sobre os outros, pro-

vocando atrito. Em muitas partes do corpo esse atrito é bem absorvido

pelo organismo, que possui mecanismos de defesa para evitar lesões

nessas estruturas.

Entretanto, a modernização do trabalho trouxe para o nosso

meio o trabalho automatizado, de ritmo acelerado, fragmentado, sem

pausas para recuperação e com repouso insuficiente para compensar o

desgaste provocado por suas jornadas de trabalho inadequadas

(BELLUSCI, 1996).

Há algumas estruturas críticas do nosso corpo, como os nossos

punhos, nos quais as estruturas articulares estão muito próximas e con-

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Unidade 16. Doenças Ocupacionais.

Page 50: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

49EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

densadas umas às outras. Ao associarmos essa região do corpo a uma

atividade de trabalho de ritmo acelerado e sem período de repouso,

mesmo as compensações orgânicas existentes, que geram a “lubrifica-

ção” destas estruturas, não serão eficientes em evitar possíveis lesões,

devido ao excesso de atrito entre elas.

A somatória de microlesões em uma mesma estrutura gera um

efeito fisiológico que somente piora a lubrificação e aumenta o atrito

entre essas estruturas articulares. Isso aumenta ainda mais a possibili-

dade de lesões, principalmente as relacionadas aos tendões e nervos,

provocando desconforto e dor. Como as estruturas lesionadas são

aquelas normalmente ativadas nos movimentos de trabalho, a capaci-

dade produtiva do trabalhador estará limitada, provocando mudanças

de posturas ou modos operatórios que podem agravar mais ainda seu

estado de saúde.

Classificação do Estágio de Evolução da DORT

Barbosa (2009) aponta a classificação de quatro estágios de

evolução da DORT, conforme estabelecido pelo Ministério da Previ-

dência Social.

Ÿ Grau I: sensação de peso e desconforto no membro afetado, com

dor espontânea localizada, que aparece em caráter ocasional duran-

te a jornada de trabalho e não interfere na produtividade do traba-

lhador, tendo um bom prognóstico de tratamento.

Ÿ Grau II: a dor é mais persistente e mais intensa e aparece durante a

jornada de trabalho intermitentemente, sendo tolerável e permitin-

do o desempenho da atividade profissional, mas já com reconhecida

redução da produtividade. Pode ser observada irradiação da dor e

no repouso geralmente ocorre a sua redução, apresentando ainda

Unidade 16. Doenças Ocupacionais.

Page 51: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

50EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

prognóstico favorável de tratamento.

Ÿ Grau III: a dor torna-se mais persistente, de intensidade maior, apre-

sentando irradiação mais definida. No repouso ocorre somente a

atenuação da dor, permanecendo a sensação dolorosa mesmo fora

do trabalho. Observa-se a perda de força muscular e parestesia, com

sensível queda da produtividade do trabalhador. O prognóstico de

tratamento é reservado.

Ÿ Grau IV: relato de dor forte, contínua, por vezes insuportável, com

intenso sofrimento do trabalhador. Os movimentos acentuam con-

sideravelmente a dor, que em geral se irradia por todo o membro

afetado. A capacidade de trabalho é anulada e a invalidez se caracte-

riza pela impossibilidade de um trabalho produtivo regular. Prog-

nóstico de tratamento sombrio.

A Previdência Social prevê, para este ano, gastos de

cerca de R$ 2,1 bilhões somente com as LER/DORT, segundo infor-

mação da Folha de São Paulo. De acordo com o diretor do Departa-

mento de Políticas Públicas de Saúde e Segurança Ocupacional da Pre-

vidência Social, Remígio Todeschini, o setor de serviços é o responsável

por grande parte desse número.

Outros especialistas afirmaram ainda que um dos principais

motivadores da doença, que aumentou 586% entre 2006 e 2008 (casos

registrados em perícias do INSS), é a pressão por metas. Na mesma

reportagem, o diretor de Saúde do Sindicato dos Bancários de São

Paulo, Walcir Previtale, disse que ainda há subnotificações, assim como

a falta de fundamentação nos laudos periciais.

Será que se os gestores públicos e privados investissem 10%

desse valor em fiscalização, campanhas de qualificação profissional e

Unidade 16. Doenças Ocupacionais.

Page 52: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

51EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

orientação, além de incentivos em programas de prevenção, não tería-

mos um retorno mais decente para a sociedade? Tanto em economia de

verbas indenizatórias e tratamento quanto em sofrimento dos traba-

lhadores e familiares?

FONTE: Adaptado de

http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=17527

Diante dos diversos pontos apresentados nesta aula, o conhe-

cimento dos riscos ambientais e seus respectivos agentes causadores

de agravos subsidia uma avaliação criteriosa dos processos de trabalho

de uma empresa, a fim de repensar as propostas de intervenção e

melhoria da qualidade de vida no trabalho. A DORT necessita de uma

maior atenção dos profissionais que trabalham com a saúde ocupacio-

nal, devendo-se primar pela prevenção contínua como a melhor forma

de combater tais distúrbios.

Glossário

Atenuação: redução.

Compressão mecânica: termo utilizado na ergonomia para designar

uma situação de compressão de um segmento corporal a uma quina,

comprimindo músculos, tendões, nervos e vasos sanguíneos durante a

realização da atividade muscular e do trabalho.

Parestesia: perda de sensibilidade.

Penosidade: sofrimento.

Prognóstico: previsão ou suposição do que deve acontecer.

Unidade 16. Doenças Ocupacionais.

Page 53: Ergonomia e qualidade de vida bloco 04

52EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Referências

BARBOSA, L. G. Fisioterapia Preventiva nos Distúrbios Osteomus-

culares relacionados ao trabalho – DORTs: a Fisioterapia do Trabalho

aplicada. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

BAÚ, L. M. S. Fisioterapia do Trabalho: Ergonomia, Legislação, Reabili-

tação. Curitiba: Clãdosilva, 2002.

BELLUSCI, S. M. Doenças Profissionais ou do Trabalho. São Paulo:

Editora Senac São Paulo, 1996.

FIGUEIREDO, F.; MONT'ALVÃO, C. Ginástica Laboral e Ergonomia. 2.

ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.

LUONGO, J.; FREITAS, G. F. Enfermagem do Trabalho. São Paulo: Rid-

del, 2012.

VERONESI JUNIOR, J. R. Fisioterapia do Trabalho: cuidando da saúde

funcional do trabalhador. São Paulo: Andreoli, 2008.

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Fim doFim do

Bloco!Bloco!Fim do

Bloco!Se você prestou atenção, já deve Se você prestou atenção, já deve

saber tudo sobre esse conteúdo. saber tudo sobre esse conteúdo.

Na dúvida, releia as unidades.Na dúvida, releia as unidades.

Até as próximas aulas!Até as próximas aulas!

Se você prestou atenção, já deve

saber tudo sobre esse conteúdo.

Na dúvida, releia as unidades.

Até as próximas aulas!

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“Se a sua vida for a melhor coisa que já te

aconteceu, acredite, você tem mais sorte do

que pode imaginar.”

Daniel Godri

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