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FACULDADES INTEGRADAS APARICIO CARVALHO – FIMCA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
BEREMIS SAMIR PEREIRA BARRETO
MANEJO DA FAUNA SILVESTRE: CRIAÇÃO DE JACARÉ
PORTO VELHO/RO
2015
BEREMIS SAMIR PEREIRA BARRETO
MANEJO DA FAUNA SILVESTRE: CRIAÇÃO DE JACARÉ
Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Medicina Veterinária, apresentada às Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA.
Orientador: Ms Jaylson
PORTO VELHO/RO
2015
BEREMIS SAMIR PEREIRA BARRETO
MANEJO DA FAUNA SILVESTRE: CRIAÇÃO DE JACARÉ
Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Medicina Veterinária, apresentada às Faculdades Integradas
Aparício Carvalho – FIMCA.
Data de aprovação: __/__/2015
Conceito:_______
Banca examinadora
Prof. Xx
Orientador
Prof.yy
Examinador 1
Prof.zz
Examinador 2
Dedico esse trabalho aos meus pais queridos: Newton Gurgel e Eliete Pereira
AGRADECIMENTOS
Aos meus amigos de trabalho e da Faculdade que participaram
ativamente da realização deste projeto de vida, os quais estiveram presentes em
todas as atividades, seja de campo ou acadêmicas, estimulando-me, esclarecendo
as eventuais dúvidas e compartilhando experiências.
Aos Professores dedicados durante toda a realização do Curso,
promovendo a busca de conhecimentos, não apenas no campo teórico, mas
também na prática.
Aos Orientadores Acadêmicos e de Campo que delinearam o
caminho para a realização deste trabalho de Conclusão de Curso.
A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.
Nicolau Copérnico
RESUMO
Palavras –chave: Jacaré. Fauna Silvestre. Manejo de Espécimes. Comercialização.
ABSTRACT
Key-words: Alligator . Wildlife . Specimen Handling . commercialization
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
DIEESE – Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioecomicos
EUA – Estados Unidos da América
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agro Pecuária
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
MAPA – Ministério da Agricultura e Pesquisa Agro Pecuária
PIB – Produto Interno Bruto
INPA – Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho Acadêmico discorrerá sobre o manejo e a criação do Jacaré para
fins comerciais, demonstrando através da sustentação de diversos autores que
pesquisaram sobre a temática da criação de jacarés em cativeiro ou mesmo da
criação utilizando técnicas de controles naturais e ecocologicamente corretos.
Será discorrido sobre as variedades de jacarés com potencial para
comercialização, visto que nem todos os tipos são apropriados para se aproveitar
todos os produtos e subprodutos com a mesma qualidade exigida pelos
consumidores.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Geral
No crescente cenário de sustentabilidade se busca estratégias para explorar
os recursos naturais em equilíbrio com os princípios de preservação ambiental, se
busca o incentivo para a utilização do jacaré na região de Rondônia . Para tanto é
preciso identificar e entender a criação e comercialização dos jacarés criados em
cativeiro.
1.1.2 Específicos
Dentre as diversas variedades possíveis e justificáveis vamos aprofundar o
estudo sobre a criação e comercialização de jacarés criados em cativeiro.
Levantar as condições ideais para criação das espécies que podem
viver em cativeiro;
Levantar as diversas técnicas de Manejo e sistema de criação dos
jacarés e abate de jacarés;
Buscar informações sobre o Sistema de conservação e distribuição dos
insumos (carne, pele, dentes, etc);
Levantar dados sobre o Sistema de comercialização que melhor seja
adequada ao jacaré.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
BREVE HISTÓRICO SOBRE A EXPLORAÇÃO COMERCIAL DO JACARÉ
Tendo em vista a importância de situar o leitor quanto à exploração comercial
do jacaré como matéria-prima, será apresentado um breve histórico sobre essa
oportunidade de agronegócio, que apenas recentemente recebeu um olhar mais
cuidadoso sobre a possibilidade de se tornar uma atividade alternativa à
bovincultura, além de gerar emprego e renda.
Segundo Mourão (2000), entre os anos de 1956 e 1969, o Brasil exportou mais
17 mil toneladas de peles de animais silvestres de espécies variadas, porém o grupo
que mais gerou ganhos econômicos foi o de jacarés. Com o preço em alta na
década de 80, milhares de pele eram mandadas do pantanal para outros países
para suprir parte da demanda do mercado internacional. As autoridades eram
pressionadas para conterem a caça predatória. A criação de jacarés foi uma
alternativa viável, em vista de que ela proporcionaria um bom lucro e ainda ajudaria
na diminuição da caça clandestina.
Para Coutinho (2004), a criação de jacarés em cativeiro pode inclusive
promover a conservação ambiental e redirecionar o uso de terras consideradas
impróprias para implantação de sistemas agrícolas tradicionais.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) regulamentou a produção de jacaré-do-pantanal, em fevereiro de 1990
através da portaria nº 126, onde estabeleceu o sistema Ranching ou ciclo aberto
como modelo oficial para o manejo do jacaré-do-pantanal, que consiste na retirada
dos ovos da natureza e postos em incubadoras para chocarem e mantem os animais
nascidos na propriedade até o abate. Em 1992, o Brasil participou da II Conferência
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, conhecida
como Rio 92, que aconteceu na cidade do Rio de janeiro, o que ocasionou baixas
expressivas nos preços das peles de crocodilianos no mercado internacional. Neste
mesmo sentido de posicionamentos ecológicos os protecionistas americanos
introduziram o jacaré-do-pantanal em sua lista de espécies ameaçadas a extinção,
restringindo a comercialização de produtos oriundos dessa espécie em todo o
território dos Estados Unidos da América (EUA), prejudicando a vida dos produtores
brasileiros. Em todo o pantanal, os principais criadouros paralisaram ou reduziram
suas atividades.(MOURÃO, 2000)
Anotações no Caderno de Investimentos de Alagoas (2005), demonstraram que
antes de 1967, época em que não existia nenhum tipo de proibição à exploração da
fauna brasileira, o manejo do jacaré podia ser realizado em grande escala,
ultrapassando os milhões de peles. Entre 1967 ao final dos anos 80, período em que
vigorou a Lei no.5.197/67, que proibia o manejo e a caça comercial dos jacarés, a
produção nacional foi significativamente reduzida. No mesmo documento de Alagoas
(2005), é registrada a informação de que a coleta dos ovos diretamente na natureza
e a criação dos filhotes em cativeiro para fins comerciais fora permitida através da
Portaria 126/90 do IBAMA, regulamentando a utilização das populações naturais do
jacaré do Pantanal em sistema semi-extensivo, fazendo com que a produção
crescesse gradualmente, até alcançar o máximo de 200 mil jacarés em cativeiro.
Em 2001, ainda o Caderno de Alagoas (2005), traz notícias de recuperação
da produção de jacarés, coincidindo com a retirada das restrições imposta pela
legislação americana aos produtos do Brasil, quando novos mercados foram abertos
oriundos do mercado brasileiro de comercialização de artigos procedentes dos
jacarés, especialmente a pele. (http://www.investimentosalagoas.al.gov.br/
op/ag_09.pdf, acessado em 14/07/2015 às 20h).
Para Magnusson e Canto (2006, p. 8), na Região Norte, Em janeiro de 2003,
foi criada Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Amazonas, cuja missão
institucional era a de promover a dinamização das cadeias produtivas florestais e
demais cadeias produtivas associadas a sistemas de produção primária
ecologicamente saudáveis, socialmente justas e economicamente viáveis, e por
meio do Departamento de Animais Silvestres foi criado especificamente para tratar
dos recursos da fauna silvestre e encaminhado ao IBAMA, o projeto intitulado
“Manejo de jacarés na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá”.
MANEJO
Sistemas de Manejo
O manejo com finalidade econômica segundo, Mourão (2000), pode exercer
um papel fundamental na conservação da vida silvestre no Brasil, pra ter um manejo
para fins comerciais deve manter uma monitoração da população da espécie
explorada, e assim fica evidente a quantidade de indivíduos no ecossistema e se
baixar muito a contagem dos mesmos, fica fácil para as autoridades responsáveis
aplicar medidas de controle, antes que a população baixe muito. E também quando
valoriza uma população silvestre, valoriza os seus habitats naturais e outras
espécies são beneficiadas com essa valorização do habitat.
São poucas as espécies que podem ser exploradas direto na natureza, pois
precisam ostentar altas taxas de reprodução e distribuição geográfica extensa, entre
outras características necessárias. Exemplo de bons candidatos são o jacaré-do-
pantanal, capivara e o porco asselvajado. (MOURÃO, 2000)
É importante salientar que os órgãos responsáveis detém a prerrogativa de
alterar os critérios de exploração, sempre que se fazer necessário para a
manutenção das populações dos animais silvestres e para a sustentabilidade da
atividade. (MOURÃO, 2000)
O Brasil se encontra em destaque para explorar e desenvolver a utilização sustentada de populações naturais de crocodilianos existentes no País.
As grandes extensões territoriais úmidas tropicais, o vigor das populações da espécie de valor econômico reconhecido e o cenário socioeconômico congregam alguns dos principais fatores, que tornam o País em um potencial produtor mundial de crocodilianos.
Os crocodilianos pertencem à classe Reptilia, ordem Crocodylia e 3 famílias que são: Alligatoridae que se divide em 2 subfamílias, são elas a Alligatorinae na qual estão situados os aligátores e a Caimaninae na qual os jacarés postos, Crocodilidae onde os crocodilos se encontram e a terceira família é a Gavialidae que também se divide em 2 subfamílias: Gavialinae e Tomistominae na qual pertencem os Gaviais e os Tomistomas respectivamente.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/Taxonomy/Browser/wwwtax.cgi. Acessado em 24/07/2015 às 15:00 horas.
Embora alguns autores digam que os Crocodilianos estão divididos em três subfamílias, oito gêneros e 23 espécies. Há, no entanto, controvérsias quanto a esse
número, existindo quem as considere em 22, chegando ao número de 26. Esta variação se deve à dificuldade em se diferenciar certas subespécies. (CUBAS, 2006)
Das 23 espécies de crocodilianos descobertas até agora no mundo, seis pertencem a biodiversidade brasileira, nenhuma delas está presente na lista oficial brasileira de espécies ameaçadas a extinção, porém todas elas se encontram nos anexos da convenção sobre o comércio internacional de espécies da flora e fauna selvagens em risco de extinção (CITES), sendo necessário programas de conservação para proteger a continuidade delas. http://www.icmbio.gov.br/ran/repteis.html acessado em 22/07/2015 às 20:00 horas.
De acordo com Pough (2003. P 373), no tocante à biologia dos Crocodylia atuais, são apenas 21 espécies que sobrevivem atualmente, pois se assemelham às espécies da era mesozóica, ou seja, espécies que viveram entre 250 a 65 milhões de anos atrás, que sobreviveram a situações climáticas diversas adaptando-se muito bem em regiões tropicais e subtropicais como por exemplo a Amazônia:
2.1 Jacaré-açúO jacaré-açú pertece ao Gênero: Melanosuschus, Espécie: Niger. Tendo
alguns nomes populares, como exemplo: Jacaré Arura; Jacaré-Açu; Lagarto Negro. E podem ser encontrado nos seguintes países: Amazônia; Guiana Francesa; Colômbia; Equador; Peru e Norte da Bolívia (MATTAR, [200-?]). Apresentam como características: coloração enegrecida com faixas amarelas pelo corpo, tem olhos avantajados e narinas que ficam semissubmerso. Sua alimentação é basicamente peixes, pássaros e caranguejos. É um dos maiores jacarés, pode chegar a medir até 6 metros de comprimento e pesar 300 quilos. Sua reprodução é uma vez ao ano, e a fêmea pode colocar até 50 ovos numa única postura. Em média vive, 80 anos mas pode chegar a 100 anos. Esta espécie de jacaré está ameaçada de extinção. Devido ao seu couro que é cobiçado e a sua carne ser muito saborosa (FUNDAÇÃO OSVALDO CRUZ, [200-?]).
2.2 Jacaré CoroaO jacaré Coroa pertence ao Gênero: Paleosuchus, e Espécie: Paleosuchus
palpebrosus. Os seus nomes populares são: Jacaré-paguá; Cachirré; Cuviers Dwarf Caiman; Coroa; Musky Caiman. A sua distribuição geográfica é: América do Sul. No Brasil, ocorre ao longo dos rios Amazonas, Orinoco, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Paraguai e Paraná, e a área central do Pantanal. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]).Os machos atingi até 1,6 metros e as fêmeas 1,2 metros. A sua pele é ossificada sendo assim ela é muito forte, envolvendo o dorso e o ventre, apresentando assim uma vantagem devido ao seu tamanho pequeno. Sua pele é desvalorizada comercialmente por causa dos osteodermos (ossificação) presente nela, o que leva o desinteresse dos caçadores para esta espécie. Exibe uma coroa de cristas proeminentes na parte final da cabeça, da onde originou o seu nome vulgar Jacaré-coroa. Sua color é marrom chocolate e a íris dos seus olhos é castanho escuro. Os filhotes não apresentam coroa de cristas, a cabeça é lisa e de cor marrom claro. Possuindo faixas escuras pelo corpo com um fundo amarelado e o ventre é
esbranquiçado (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]).Esse jacaré, se alimenta de invertebrados (crustáceos) quando são jovens e, quando se tornam adultos, se alimentam de peixes, caranguejos, moluscos e camarões. Possuem dentes, voltados para trás, que são utilizados para apanhar crustáceos (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]).Esta espécie não oferece alto valor comercial, devido à presença de osteodermos na sua pele. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]).
2.3 Jacaré-do-pantanalO jacaré-do-Pantanal está inserido no Gênero: Caiman. E na Espécie: Caiman Crocodilus Yacare. Os seus nomes populares são: Jacaré do Pantanal; Yacare Caiman; Paraguayan Caiman; Red Caiman; Jacaré Piranha; Coscarudo; Yacare de Hocico; Angosto; Yacare Negro; Southern Spectacled Caiman; Caimán del Paraguay; Caimán Yacaré; Jacará de Lunetos (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]). Eles podem ser encontrados norte da Argentina; centro sul do Brasil; sul da Bolívia e Paraguai. No Brasil, podem ser encontrados na bacia do rio Paraguai e no pantanal do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.A espécie pode chegar a medir até 3 metros de comprimento e tem escamas. No período de seca, abrigam-se em rios, riachos, lagoas artificiais ou se enterram no barro para proteger-se. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?])Sua dieta alimentar é composta de capivaras, peixes, caranguejos, cobras, insetos e caramujos. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?])Sua pele tem uma ótima qualidade, fazendo com que ela tenha alto valor comercial e ela suporta a criação em cativeiro e pode ser comercializada internacionalmente. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]; CRIAR E PLANTAR, [200-?]).
2.4 JacaretingaO jacaretinga pertence ao Gênero: Caiman. Espécie: Caiman Crocodilus Crocodilos.Conhecidos também como: Jacaré comum; Jacaré de Óculos, Tinga; Baba; Babilla; Babiche; Cachirré; Jacaré Branco; Jacaré do Brasil; Cascarudo; Jacaretinga; Lagarto; Lagarto Blanco; Yacaré Blanco (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]). Eles se encontram distribuídos pelo Brasil; Colômbia; Costa Rica; Equador; El Salvador; Guiana; Guiana Francesa; Guatemala; Honduras; México; Nicarágua; Panamá; Peru; Suriname; Tobago; Trinidad e Venezuela. No Brasil, são achados nas bacias dos rios Amazonas, Orinoco, Araguaia e Tocantins (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]).Os machos atingi até 2,5 metros de comprimento e as fêmeas 1,4 metros. Os jovens são amarelados com manchas e faixas escuras. Quando se tornam adultos adquirem coloração verde-oliva (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]).
Os animais jovens, se comem insetos, crustáceos e moluscos. Os adultos tendem a preferir aves aquáticas, peixes, répteis, pequenos mamíferos e anfíbios. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]).
2.5 Caimão-de-cara-lisaO Caimão-de-Cara-Lisa está classificado no gênero: Paleosuchus. e na
espécie: Paleosuchus trigonatus. Tendo outros nomes vulgares como: Caimão-de-cara-lisa; Jacaré-pedra; Caimã; Smooth-fronted Caiman; Schneider´s Dwarf Caiman; Cochirre (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]). A sua Distribuição é: Bolívia; Brasil; Colômbia; Equador; Guiana Francesa; Guiana; Peru; Suriname e Venezuela. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]).Os machos podem chegar a medir até 2,3 m de comprimento e as fêmeas apenas 1,5 metros. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]).Os animais jovens dessa espécie comem invertebrados e quando adultos passam a se alimentar de serpentes, peixes e mamíferos. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?])A fêmea coloca de 10 a 20 ovos e sua encubação dura até 115 dias. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]). Esta é uma espécie pouco caçada, pois tem baixo valor comercial, devido a sua pele ter tamanho pequeno, ser ossificada e ser pouco flexível. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]).
2.6 Jacaré-do-papo-amareloO gênero do Jacaré-do-Papo-Amarelo é: Caiman, e a espécie é: Latirostris.Os nomes vulgares são: Jacaré-do-papo-amarelo; Jacaré do Focinho Largo ou Ururau. São achados: na Argentina; Bolívia; Paraguai; Uruguai; Brasil. (MATTAR, [200-?]).Os machos dessa espécie chegam a atingir até 3 m de comprimento e as fêmeas não conseguem medir 2 m. Têm o focinho largo e de coloração verde-oliva pálida. Os jovens, têm manchas escuras na mandíbula e na cauda. Já nos animais adultos, a coloração fica escura e o abdômen fica amarelo esbranquiçado (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS, [200-?]).A fêmea faz a postura de 30 a 60 ovos por ninhada. Chegam a viver 50 anos. (FUNDAÇÃO OSVALDO CRUZ, [200-?]).A pele é bastante valorizada devido ao padrão de suas escamas e a pouca ossificação. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIO, [200-?]).Sua alimentação é composta de insetos, crustáceos, moluscos e alguns vertebrados. Eles encontram os gastrópodes para sua alimentação escavando os leitos de rios. (CENTRO NACIONAL DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE RÉPTEIS E ANFÍBIO, [200-?]).
SISTEMAS DE MANEJO
O manejo de crocodilianos objetivando o aproveitamento econômico da carne e couro pode ser dividido em três modalidades: manejo extensivo ou caça controlada de populações selvagens, conhecido por harvesting ou cropping, retirada de ovos de ninhos provenientes da natureza e posterior criação dos filhotes em cativeiro, conhecido por ranching,e, por último, o ciclo completo em cativeiro, incluindo reprodução, ou farming (Ashley 1996). Por não utilizar matrizes e reprodutores em cativeiro o ranching acaba tendo menores custos quando comparado com o, porém só pode ser aplicado em locais com grandes remanescentes populacionais.
Modelos mundiais para criação de crocodilos • Ciclo fechado ou “farming”: Nessa técnica, todo o ciclo produtivo é realizado em
cativeiro, englobando o acasalamento, postura, incubação e eclosão dos ovos e o desenvolvimento dos filhotes até o tamanho de abate. É o manejo que mais tem gastos para o produtor por ter despesas para manter as matrizes e reprodutores.• Ciclo aberto ou “ranching”: nesse método, o cruzamento, os ninhos e a postura são feitos na natureza. Os ovos apanhados no meio ambiente, para serem incubados na propriedade, onde após a eclosão os filhotes permanecem até atingir o tamanho de abate. Neste caso, o produtor evita os custos com matrizes e reprodutores.• Caça comercial ou “harversting”: nesse modelo, é feito a captura dos animais já adultos direto na natureza, sendo que todas as etapas produtivas são feitas nos habitats naturais, demandando reduzido investimento. A caça comercial só pode ser feita em momentos pré-estabelecidos e com consentimento pelos órgãos regulamentadores, o que ocorre uma vez a cada ano, quando geralmente acontece o comercio dos produtos adquiridos com a caça. Nesse processo, não haverá gastos com as instalações e manutenção do criadouro, sendo o processo mais economico. (http://www.investimentosalagoas.al.gov.br/op/ag_09.pdf, acessado em 14/07/2015 às 20h)Um novo tipo é o headstarting nesse modelo, o produtor resguarda os ninhos no
próprio habitat, garantindo assim a incubação e a eclosão dos ovos. As crias permanecem em um recinto idêntico ao seu ambiente natural. Para eles se alimentarem, o produtor atraí para o recinto de recria as presas naturais do jacaré, que são, insetos e invertebrados. Após o decorrer de um ano, é feita uma identificação nos animais e eles são soltos novamente na natureza. Os produtores podem capturar no máximo 60% do total de jacarés que foram soltos e que vivam na fazenda, para fazer o abate. (AVEIRO, 2012)
Instalações
O IBAMA estabelece a realização de algumas normas como requisitos para a instalar uma criação: área cercada com tela de 1,5 m de altura; muro feiro em alvenaria de 30 cm de altura na base; um terreno no mínimo de 40 m2 para cada animal, sendo que em média de 10 m² tem que ser composto de água, com um lago com 60 cm de profundidade e as laterais do lago precisam ser inclinadas para que os animais possam entrar e sair com facilidade e onde não contém água deve ter vegetação para que se possa fazer os ninhos. Deve haver sombras no ambiente para que os jacarés possam se abrigar do sol, quando estiver muito quente. Nos recintos de criação devem conter áreas úmidas e secas, sendo que todo dia os
animais devem ser observados, afim de averiguar se está ocorrendo alguma doença na criação. (ARURA, 1997 apud AZEVEDO, 2007).Para montar um criadouro com vinte fêmeas e cinco machos, por exemplo, são necessários no mínimo 2 hectares, contendo 2/3 de água e o resto, terra. O açude deve ter no mínimo 60 cm para que a cópula (que acontece na água) possa ser realizada. As margens dos açudes devem apresentar inclinação de 45 graus para facilitar a entrada e saída dos jacarés. É recomendável que os açudes contenham ilhas para servirem de local para os ninhos e a água permaneça limpa. Para a criação de jacarés servem locais de plantios de cultura de arroz e, até mesmo, lamaçais (MATTAR, [200-?]).Toda a área do criadouro deve ser devidamente cercada para evitar o ataque de predadores e também impedir a fuga de jacarés. A cerca deve ter 30 cm debaixo da terra e 1,50 m de altura (MATTAR, [200-?]).È necessário haver um barracão de engorda, para onde devem ser levados os filhotes nascidos em cativeiro para o crescimento, até o momento de abate. As baias devem ter quatro metros quadrados, cada uma com 40 animais (10 animais/m2) (AZEVEDO, 2007).Em locais frios, o barracão deve ser de alvenaria com pé direito de 1 m de altura e o centro com 2 m de altura, o que ajuda a aumentar a temperatura do ambiente. Em regiões quentes, o pé direito deve possuir 2 m e o barracão pode ser coberto com telhas de fibro-cimento (AZEVEDO, 2007).A baia deve possuir piscinas com água ocupando 30% do espaço total e com profundidade de 25 cm. A água deve ser de qualidade e trocada todos os dias antes da alimentação, utilizando-se desinfetantes a base de iodo para a higienização. Deve-se construir um corredor de 1 m de largura para permitir o acesso para o manejo e a utilização de canaletas para o fluxo de água durante a higienização (AZEVEDO, 2007).A temperatura mais adequada para criação é de 30oC e, para isso, coloca-se a água em estufas ou em caldeiras, podendo também serem instaladas resistências no piso (FETT, 2005 apud AZEVEDO, 2007).A qualidade da água deve ser analisada e cada local deve ter sua fonte para evitar apropagação de doenças de um local para o outro (AZEVEDO, 2007). (AVEIRO, 2012)
Recintos de reproduçãoSão recintos abertos, à temperatura ambiente, destinados a grupos de reprodução. Na ESALQ cada um dos quatro recintos, medindo 10x9 m (área total de 90 m2), contém um tanque de 6x4 m com profundidade de 1,20 m, e rampas laterais levemente inclinadas. Apresentam áreas designadas à formação dos ninhos, chamadas de abrigos de nidificação com tamanho de 2x2 m. Cada recinto deve ter um abrigo para cada fêmea do grupo. Os abrigos também podem servir para a introdução de indivíduos novos no grupo. Em algumas regiões é possível que a cobertura parcial dos recintos com lona plástica – semelhante à utilizada em floricultura e horticultura – possa resultar em incremento na fertilidade dos adultos reprodutores, pelo aumento da temperatura.Recintos de crescimentoSão destinados aos animais em crescimento até atingir o tamanho de abate ou serem transferidos para os grupos reprodutivos (Verdade e Santiago 1990). Nessa fase os animais são submetidos a uma densidade de 0,1 m2/animal quando nascem até 0,3 m2/ animal na época do abate (Joanen e McNease 1987).
Esses recintos devem proporcionar temperaturas elevadas durante todo o ano ou, pelo menos, parte do ano. Isso pode ser conseguido através de caixas de fibra de vidro aquecidas por lâmpadas com temperatura controlada por termostato, ou através de estufa plástica que atinge temperaturas elevadas durante o verão. A estufa deve conter vários módulos, sendo que em cada módulo deve haver um tanque com aproximadamente metade da área total do módulo. A profundidade mínima do tanque é de 70 cm ( Fincatti e Verdade, no prelo). (SARKIS-GONÇALVES, 2001)
Obtenção de matrizes e reprodutoresApós o criadouro ter sido registrado, consegue-se uma licença para capturar e
transportar matrizes. Para a obtenção de matrizes, podem ser capturados ovos na natureza ou pode ser feita a busca de animais nos rios, devendo ser capturado apenas o necessário (MATTAR, [200-?]). (AVEIRO, 2012)A captura dos jacarés pode ser realizada de diferentes formas: cambão, laço ou dardo com anestésico. O tipo de captura deve ser adaptado às condições onde o animal se encontra. Depois de capturado, a sua boca deve ser imobilizada com tiras de borracha, cordas ou fita adesiva ("Silver Tape"). Deve-se, sempre que possível, minimizar o estresse e para isso devem ser cobertos os olhos dos animais. Não é recomendável fazer capturas durante as horas mais quentes do dia. Dependendo do tamanho e peso do animal, precisa-se no mínimo de três pessoas (ARURÁ, [200-?]). (AVEIRO, 2012)Para que se possa iniciar criações em ciclo fechado são necessários reprodutores e matrizes. A captura de animais selvagens de populações remanescentes para este fim, apresenta dois problemas básicos: estes animais raramente se adaptam ao cativeiro, apresentando baixa capacidade de produção e alta mortalidade, e sua captura causa um declínio ainda maior em suas populações remanescentes. Por esta razão, a captura de matrizes e reprodutores na natureza tem sido desestimulada (Verdade e Santiago 1991a). Para atender a esta demanda, restariam então duas estratégias de manejo: a introdução de espécies exóticas ou a propagação em cativeiro do jacaré-de-papo-amarelo. A primeira choca-se frontalmente com as recomendações do Grupo de Especialistas em Crocodilianos, da Comissão de Sobrevivência das Espécies da União Internacional para Conservação da Natureza (Ross 1998) e com a moderna filosofia conservacionista, por apresentar consideráveis riscos ecológicos e ambientais (Meffe e Carroll 1994). Por estas razões, a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), optou pela segunda alternativa e, nos últimos anos, vem investindo na propagação em cativeiro desta espécie com a finalidade de seu fornecimento a pessoas interessadas em sua criação. Esta meta vem recentemente sendo alcançada. (VERDADE, 2001)Toda vez que animais forem inseridos no criadouro, deve-se fazer o isolamento e a observação destes, durante um período de 45 a 65 dias, para evitar a entrada de novas doenças. A alta temperatura e umidade do local propicia o crescimento de micro-organismos patogênicos que podem contaminar toda a criação (ARURÁ, [200-?]). Em um açude grande podem ser colocadas todas as matrizes. Em açudes menores, os animais podem ser separados. Os jacarés de 4 anos ficam com os de 1 ano, os de 5 anos ficam com os de 2 anos e os de 6 anos ficam juntos com os de 3 anos (MATTAR, [200-?]).(AVEIRO, 2012)
PRODUTOS E SUB-PRODUTOS
O jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) é considerado um crocodiliano de médio porte, podendo chegar a medir 2,5 metros. Trata-se de uma espécie ameaçada de extinção(Vanzolini 1972) devido, principalmente à destruição de seus habitats naturais, como drenagem de várzeas para a. agricultura e poluição de rios.
Os crocodilianos são predadores oportunistas, podendo se alimentar de qualquer animal vivo capturável, incluindo os da mesma espécie (Santos et al., 1993). Na natureza os filhotes de crocodilianos alimentam-se de crustáceos, gastrópodes (caramujos, caracóis e lesmas) e principalmente insetos, enquanto os adultos são oportunistas e consomem mamíferos, artrópodes, peixes, aves e répteis. Os filhotes do jacaré-de-papo-amarelo demonstram preferência por insetos em relação a peixes vivos ou mortos, entretanto, do ponto de vista comportamental, não é necessária a inclusão de alimentos vivos na dieta de filhotes em cativeiro. De acordo com os autores, não há diferença na eficiência inclusão de carne moída na alimentação desses animais, o que facilita muito o seu manejo e propicia uma maior velocidade de crescimento.
De acordo com Sajdak e Molina a presença de animais dominantes em uma área pode fazer com que outros indivíduos tenham que restringir sua área de ocupação para lugares impróprios para a sua sobrevivência.
O comportamento social dos crocodilianos inicia-se com a vocalização dos embriões ainda dentro do ovo, estimulando o restante da ninhada a eclodir em conjunto(Lang 1989). O grau de sociabilidade varia de espécie para espécie, mas interações agonísticas podem ser responsáveis por uma considerável parcela da mortalidade em programas de criação em cativeiro de jacarés-de-papo-amarelo.
Caracterização dos produtos: carne e couro
A exploração comercial de jacarés tem como objetivo a produção de carne e couro. Romanelli e Felício, ao estudar o rendimento de carcaça em jacaré-do-Pantanal (Caiman yacare), concluíram que animais mais leves (2,1- 4,1 kg) possuem um aproveitamento de 62,45% da carcaça, enquanto animais mais pesados (16,5 - 20,9 kg) apresentam um rendimento de 59,37%. Ainda, de acordo com os autores, é
preciso considerar o aproveitamento da pele, que pode ser maior nos animais mais novos porque ainda não formaram os osteodermos ventrais.
Ao observar a qualidade e composição da carne de jacaré, verifica-se que há baixa porcentagem de gordura e alta porcentagem de umidade na carne dos crocodilianos, o que torna esse produto delicado em textura, podendo sofrer danos de congelamento. A gordura dessa carne apresenta uma maior porcentagem de ácidos graxos insaturados quando comparada às carnes de boi e de porco, sendo mais susceptíveis à rancidez oxidativa que provoca alterações de sabor.
Os crocodilianos possuem uma pele muito procurada pela indústria de couro. No entanto, as peles de jacaré-tinga (Caiman crocodilus) e jacaré-do-Pantanal - chamados simplesmente de "caiman" no mercado internacional - possuem o menor valor de mercado entre os crocodilianos devido a seu tamanho, inadequado para a confecção de produtos sem emendas, (ex.: bolsas e pastas executivas), padrão de escamas de grande tamanho e tradição de mercado. Esses crocodilianos se distinguem dos ditos "clássicos" por possuírem osteodermos ventrais ( placas ósseas) localizadas abaixo da epiderme.
As partes de peles de "caimans" mais usadas em produtos manufaturados são os flancos entre os membros dianteiro e posterior, e ao longo dos lados da cauda, isso porque têm menor deposição óssea e um couro mais flexível. A quantidade de osteodermos aumenta com a idade. Esta característica, de acordo com Vásquez (1976), nos mostra que o animal deve ter um máximo crescimento no menor tempo possível para um melhor aproveitamento de sua pele inteira.
LEGISLACAO
Para um estudo mais detalhado sobre a fauna silvestre brasileira, MOURÃO
(2000), apresenta a Lei 5.197/67, que busca esclarecer sobre a proteção e
preservação de quaisquer espécies de animais da fauna silvestre, em qualquer da
fase do seu desenvolvimento e que vivem fora do cativeiro, devendo ser
considerado ninhos, abrigos e criadouros naturais, propriedade do Estado, e
consequentemente, proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou
apanha. As características regionais devem ser analisadas de maneira que
suportem o exercício da caça, pois a permissão deverá ser estabelecida em ato
regulamentador do Poder Público de âmbito Federal, conforme os Artigos 1º em que
trata sobre a responsabilidade do Estado quanto à garantia da sobrevivência das
espécies silvestres e também a liberação da caça, respeitando as peculiaridades
regionais; porém, quando a caça é liberada e se realizada em propriedade particular,
o dono das terras poderá optar por proibir a caça nos limítrofes de sua propriedade
com o consentimento expresso ou tácito nos termos da legislação. O Artigo 2º trata
da proibição da caça profissional e o Artigo 3º trata sobre a proibição do comércio
dos espécimes, como por exemplo: ovos, larvas e filhotes, bem como a destruição
de animais silvestres considerados nocivos à agricultura ou à saúde pública, com
exceção dos que tiverem a permissão dos órgãos competentes.
Para Mourão (2000), essa lei ”... A lei 5.197/67 por si só não parece ter sido
eficaz em proteger a fauna brasileira. Espécies que tinham importância comercial,
como o jacaré-do pantanal continuaram a ser caçados ilegalmente, enquanto houve
mercado para suas peles... “ , não foi um instrumento tão eficaz em proteger a fauna
silvestre, como por exemplo, espécies de alto valor comercial, como o jacaré-do-
pantanal que continuaram sendo alvos de contrabandistas, enquanto crescia o
comércio clandestino de suas peles, o que ocasionou ao Brasil, a perda do posto de
principal exportador de pele de jacarés no comércio internacional.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4 METODOLOGIA
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS
VANZOLINI, P. E. 1972. Répteis e anfíbios ameaçados de extinção no Brasil. p.p. 155-157. In: Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, Brasil
VÁSQUEZ, M. de L. P. L. 1997. Crianza de caimanes (Caiman crocodilus fuscus) en cautiverio. pp.126-128. In: Memorias de la 1 Reunião Regional del Grupo de Especialistas en Crocodrilos. UICM - Union Mundial para la Conservacion, Gland, Switzerland.
SANTOS, S.A., M. S. Pinheiro e R. A. Silva.1993. Efeito de diferentes dietas naturais no desenvolvimento inicial de Caiman crocodilus yacare.(Crocodilia alligatoridae). Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia 22(3):406-4012
GONÇALVES. V. Criação de Jacarés.[S.I.]. Novo negócio start up.2014. Disponível em: < http://www.novonegocio.com.br/criacao-de-jacares-2/>. Acesso em 06/07/2015. 17:10 horas.
GONÇALVES, V. Criação de Jacarés. Novo Negócio Start Up. 2014
MOURÃO, Guilherme de Miranda. Utilização Econômica Da Fauna Silvestre No Brasil: O Exemplo Do Jacaré-Do-Pantanal. Embrapa Pantanal, Corumbá-MS, 2000.
Brasil. LEI N° 5.197, DE 3 DE JANEIRO DE 1967 . Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5197.htm, visitado em 16/07/15. As 22:08h
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MAGNUSSON. William Ernest e CANTO. Sonia Luzia Oliveira. Desenvolvimento Sustentável por meio da cadeia produtiva de jacarés (Melanosuchus niger e Caiman crocodilus) na área subsidiária da Reserva Mamirauá no Município de Fonte Boa-AM. Junho\2006