Esboço Sermão Dt 11.13-21
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Transcript of Esboço Sermão Dt 11.13-21
Deuteronômio 11.13-21
Introdução
→ A família está sob ataque, e está em crise. Sintomas:
(a) tentativas de restabelecer o valor da família, no meio cristão;
(b) os lares estão sendo desfeitos, mesmo entre cristãos;
(c) nossos filhos têm uma religião nominal [quando têm].
1ª Transição
Que tratamento a Escritura nos propõe? Que remédio Deus nos recomenda?
1ª Leitura
Dt 11.13-21 “E há de ser que, se diligentemente obedeceres a meus mandamentos que eu hoje te ordeno, de amar ao Senhor teu Deus, e de o servir de todo o teu coração e de toda a tua alma, darei a chuva da tua terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhas o teu grão, o teu mosto e o teu azeite; e darei erva no teu campo para o teu gado, e comerás e fartar-te-ás. Guardai-vos para que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e os adoreis; e a ira do Senhor se acenda contra vós, e feche ele o céu, e não caia chuva, e a terra não dê o seu fruto, e cedo pereçais da boa terra que o Senhor vos dá. Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atá-las-eis por sinal na vossa mão, e elas vos serão por frontais entre os vossos olhos; e ensiná-las-eis a vossos filhos, falando delas sentados em vossas casas e andando pelo caminho, ao deitar-vos e ao levantar-vos; e escrevê-las-eis nos umbrais de vossas casas, e nas vossas portas; para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor, com juramento, prometeu dar a vossos pais, enquanto o céu cobrir a terra.”
Elucidação
→ Deuteronômio: exortações, minúcias da lei, material litúrgico
→ Três grandes discursos...
(a) A memória da saída do Egito sob a liderança de Moisés, com ênfase sobre o cuidado de Deus e a necessidade de obediência;
(b) A memória da lei, dos mandamentos e das regras cúlticas, também da necessidade de que sejam ensinados e obedecidos sempre;
(c) Uma exortação à obediência e para guardar o pacto com o Senhor.
→ Em seguida:
(a) Registro da sucessão de autoridade entre Moisés e Josué;
(a) um cântico em que Moisés celebra o favor e bênção do Senhor.
→ Nesta seção, Moisés faz um discurso sobre a lei de Deus
a. ele expõe e exorta na lei
b. aqui, ele apresenta os requerimentos de Deus ao povo pactual [circuncidar o coração e servir ao Senhor]
Proposição
Deus chama o Seu povo pactual à devoção (AT). Este chamado implica a observância de dois propósitos (ST) por dois meios (PC): (1) devemos servir a Deus, (2) não devemos nos desviar, (3) a família deve guardar a Sua palavra, (4) deve também ensiná-la aos filhos.
(a) Ou servimos a Cristo e Ele nos abençoa, segundo Sua promessa
(b) ou nos desviamos e Ele retira Sua bênção, segundo Sua advertência
Ora, (c) nossas famílias guardam a Sua palavra
(d) e a ensinam aos seus filhos
Logo, Ele nos abençoa segundo Sua promessa [em Cristo]!
2ª Transição
→ Como é que nós podemos responder ao Seu chamado à devoção e, assim, gozar as bênçãos que Ele promete?
Primeiro Ponto: obedecer, amar e servir (v. 13-17)
→ Lembra Israel do pacto: o Senhor seria o seu Deus e Israel, seu povo
– a essência do pacto é o amor redentor de Deus [os tirou do Egito]
→ Permanecer no Senhor é condição da força necessária para gozar a terra
Dt 11.8 [Guardareis, pois, todos os mandamentos que eu vos ordeno hoje, para que sejais fortes]
→ Permanecer no Senhor significa servi-Lo em todo tempo, adorá-Lo. [palavra “servir” significa adorar]
– por contraste: versos seguintes advertem contra adorar falsos deuses.
– a septuaginta usa o verbo latreuein [adorar].
– uso paralelo em
Sl 100.1,2 [Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os habitantes da terra. Servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele com cântico]
→ A dependência do Senhor faz parte de Seu plano, o que o contraste entre as terras do Egito e as de Canaã revela [Dt 11.10-12]
– no Egito a fecundidade da terra dependia da irrigação [obra humana]
– em Canaã, depende da chuva [obra divina]
– deixar a dependência de si mesmo [escravo], voltar-se a Deus [livre]
→ A bênção que decorre da devoção é o gozo da terra
– a chuva mandada por Deus virá na estação certa e fecundará a terra
→ Deus adverte Israel contra o perigo bem real que espreita o seu coração
– a expressão “se engane” é, literalmente, “aberto”, “liberal”
– os canaanitas criam que Baal é quem mandava a chuva dos céus
– advertência contra achar que a bênção vem de outro, não de Deus
→ Neste caso, Deus retiraria a sua bênção de sobre as famílias de Israel
– mesmo assim, para mostrar a falsidade desta religião
– mesmo assim, vemos nisso a misericórdia do Senhor
Primeira aplicação: Buscar a bênção pelo amor ao Senhor
→ Também hoje, o amor e a dedicação a Deus produzem bênção
– é Ele quem nos concede trabalho, casa, segurança
– Ele o faz por amor e misericórdia
→ Mas ainda precisamos de força espiritual para gozar essas bênçãos
– essa força espiritual é condição para nos alegrarmos na bênção
– essa força espiritual é condição do contentamento no trabalho
– é condição para aproveitarmos ao máximo a vida em família
→ Precisamos nos guardar de algumas ideias do mundo
– a ideia de que dependemos de nós mesmos
– a ideia de que o deus Dinheiro é de quem nós dependemos
→ Sendo assim...
– não nos dediquemos demasiadamente a nós mesmos
– não nos dediquemos demasiadamente ao dinheiro
– dediquemo-nos a Deus, e Ele abençoará nossas famílias
Primeira Repetição: Obedeçamos, amemos e sirvamos a Deus, e ele nos abençoará segundo a sua promessa.
Segundo Ponto: Constantemente lembrar de Suas palavras (v. 18-21)
→ Amar, obedecer e servir dependem da transformação do coração
– a palavra deve alcançar o interior [ponde → deslocamento]
– a palavra deve alcançar toda a personalidade [coração]
→ Transformar o coração é algo a que devemos nos dedicar [vv. 19,20]
→ Trata-se de um trabalho de memória constante, usando meios práticos
– Deus usa símbolos externos da aliança [arco-íris, circuncisão etc.]
– os rituais também são auxílios a essa lembrança [lua nova, páscoa]
– cuidado para que os símbolos não permaneçam exteriores
→ Esta deve ser uma lembrança constante, diária
– seu conteúdo devem ser o pacto e as bênçãos
– deve ser evocada principalmente pela meditação, oração e cântico
Sl 1.2 [Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores,
nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará]
Sl 96.1,2 [Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, todos os moradores da terra. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; anunciai de dia em dia a sua salvação]
Sl 5.3 [Pela manhã ouves a minha voz, ó Senhor; pela manhã te apresento a minha oração, e vigio]
→ Quando Deus rememora a aliança e recomenda que a guardem
– se dirige aos cabeças de uma “casa”
Js 24.1,14-15 [Depois Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém, e chamou os anciãos de Israel, os seus cabeças, os seus juízes e os seus oficiais; e eles se apresentaram diante de Deus...]
– Ele sempre inclui os filhos na aliança e bênçãos decorrentes
[Noé – Gn 9.9 | Abraão – Gn 17.7 | Davi – 2Cr 13.5]
– os filhos pertencem a Deus e continuam o povo do pacto
Ez 16.20-21 [Além disto, tomaste a teus filhos e tuas filhas, que me geraras, e lhos sacrificaste, para serem devorados pelas chamas. Acaso foi a tua prostituição de tão pouca monta, que havias de matar meus filhos e lhos entregar, fazendo os passar pelo fogo?]
– o ensino dos cabeças deve ser constante, por palavras e exemplo
– ele faz parte do serviço a Deus realizado no interior das famílias
– por meio deles o culto ao Senhor é inculcado em todos
→ Aqui nesse texto, Deus se refere às famílias na pessoa de seus cabeças
– a alternância entre o tratamento por “tu” [Israel] e “vós” [famílias]
– menção a “vossa casa” – unidade familiar → referência para serviço
– promessa de “multiplicar os dias” → menção ao “honrar pai e mãe”
→ Por essas razões, o serviço e a adoração são familiares
Js 24.14-15 [Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade; deitai fora os deuses a que serviram vossos pais dalém do Rio, e no Egito, e servi ao Senhor. Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor]
Segunda Aplicação: a adoração em família é ordenada pelo Senhor
→ É bom que sirvamos ao Senhor em nossos lares [culto familiar]
– porque parece ser uma recomendação da Escritura
– por causa da responsabilidade para com os filhos [dom de Deus]
– para colher as bênçãos do Senhor para a família
– para mantermos viva na lembrança e no coração a aliança do Senhor
– para gozar dia a dia a presença do Senhor e lhe dar o que é devido
→ As características desse culto familiar são
– diariamente, ao levantar e/ou deitar [em momentos oportunos]
– durante um tempo específico separado para isso [entre 15/30min]
– com toda a família reunida [incluindo as crianças, os descrentes etc.]
– para instrução, oração e cânticos [simples, mas não superficial]
– sob a liderança espiritual diligente do pai [cabeça da casa]
→ Algumas bênçãos adicionais do culto familiar são
– um momento rico e sadio de convivência e congraçamento familiar
– um momento de aprendizagem mais íntimo disponível à família
– uma oportunidade de perdão e restauração diários na família
Segunda Repetição: Importância da devoção familiar
Conclusão: Deus nos abençoa segundo Sua promessa em Cristo (v. 20)
→ O padrão de adoração em família se estendeu à igreja apostólica
At 16.31 [Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa]
At 2.46 [E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração]
→ Esse pacto nos alcança em Cristo, em quem temos nova aliança
– note-se o paralelismo com o símbolo pascoal: palavra ≡ sangue
Ex 12.7 [Tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambos os umbrais e na verga da porta, nas casas] Ex 12.13 [o sangue vos será por sinal nas casas] Ex 12.14 [E este dia vos será por memorial] Ex 12.24-27a [Portanto guardareis isto por estatuto para vós e para vossos filhos, para sempre. Quando, pois, tiverdes entrado na terra que o Senhor vos dará, como tem prometido, guardareis este culto. E quando vossos filhos vos perguntarem: Que quereis dizer com este culto? Respondereis: Este é o sacrifício da páscoa do Senhor]
– ambos apontam para Cristo [palavra encarnada | sangue da aliança]
– Ele também exige o memorial de sua nova aliança [Eucaristia]
→ Cristo deve ser, agora, o centro da devoção nos nossos lares
– Devemos ensinar o conhecimento de Cristo em nossos lares
– Devemos celebrar a obra de Cristo em nossos lares
– É Cristo quem, de fato, nos ensina e a nossos filhos
At 5.42 [E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo]
Discriminação:
Ao crente,
busque a partir de hoje a bênção de Deus no culto familiar;
realize-o segundo o padrão bíblico e apostólico;
confie em Cristo para colher os frutos disso para a sua família.
Ao descrente,
todas essas bênção podem ser suas também: a salvação e a paz;
é necessário que vc se arrependa e creia nas promessas em Cristo.