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Verão

» SHOPPING Sugestões de compras para as estações Outono e Inverno.

26 de Agosto de 2011 · Jornal de distribuição gratuita · Ano 9 · Directora: Isabel Stilwell

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» BEBÉS Gerir a separação que implica a creche e o jardim- -de-infância.

» ESCOLA De A a Z, um dicionário para ficar a saber tudo o que espera o seu filho no novo ano escolar.

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convicção. Nem tudo é igual, nem tudo vai dar ao mesmo, como provam bem os tu-multos em Londres, os casos de bullying na escola, os actos de vandalismo, a agressão a colegas (patente no célebre vídeo de adolescentes a baterem numa rapariga) e a má-educação e violência con-tra professores. Sendo assim, é importan-te que, para lá das roupas novas (e quem é que não gosta delas!), do material esco-lar (não há melhor do que livros recém- -forrados, e lápis afiados, em estojos por uma vez arrumados), é bom que se cer-tifique de que o seu filho também leva na mochila algumas certezas essenciais. Atrevo-me a nomear algumas:

1. Deve tratar os outros como gosta-ria de ser tratado. É uma fórmula sim-ples de entender e aplicar, e de resulta-dos assegurados, para além de treinar a empatia, qualidade essencial para a vida em sociedade. Explique-lhe que se aplica à relação com as pessoas da idade dele, mais velhas e mais novas, e que não conhece excepções.

2. A força e o poder são para ser usados ao serviço dos outros. Se passa a vida a dizer, em casa, que os políticos são todos uns ladrões, que os chefes só o são por uma qualquer cunha e por aí adiante, não se admire se ele estiver con-vencido de que o poder deve ser usado em proveito próprio. Deixe claro que não é assim, e que quanto mais responsabili-

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Temos medo de ‘pregar’ aos nossos filhos, consequência de traumas passa-

dos, ou do mito de que os bons pais são ami-gos e não figuras de autoridade (palavra que

tememos). E é verdade que os exemplos con-tam mais do que as palavras, mas isso não nos isenta de lhes explicar quais são os valo-res que nos norteiam, e de os defender com

» Editorial

DESTAK ESPECIAL REGRESSO ÀS AULAS

26 de Agosto de 2011 Destakwww. .pt02

Obrigatório na mochila

dade tiver, mais obrigações tem para com os outros. É meio caminho andado para que não se envolva em cenas de bullying.

3. Os actos têm consequências, e é pre-ciso assumi-las. Tratamo-los tantas vezes como bebés inimputáveis que corremos o risco de que não entendam que quando tomamos uma opção devemos estar pron-tos a arcar com as consequências. Sem interiorizarem essa relação causa-efeito, nunca se transformarão em adultos res-ponsáveis.

4. O anonimato é uma cobardia. O mundo virtual pode ter esbatido a noção de que temos de dar a cara por aquilo que dizemos ou fazemos. Uma carta anónima, um comentário anónimo, um insulto que surge do nada são inadmissíveis.

5. A escola custa dinheiro. Diga-lhe quanto é que o Estado gasta por aluno, quanto é que os pais pagam para que ele possa aprender. Se valorizar a escola, ele tenderá a fazer o mesmo.

ISABEL STILWELL [email protected]

FICHA TÉCNICA Título Registado no E.R.C. sob o n.º 123881; Propriedade/Editor: Metro News, Publicações,

SA; Empresa Jornalística n.º 223575; Matrícula n.º 505434229 da C.R.C. de Cascais; NIPC505434229; Capital Social: € 156.480,00; Principais Accionistas: Cofina, SGPS, SA, António Stilwell Zilhão, Francisco Pinto Barbosa, Gonçalo Sousa Uva; Conselho de Administração: António Stilwell Zilhão, Francisco Pinto Barbosa, Gonçalo Sousa Uva, Laurentina Martins, Luís Santana; Nome da Publicação: Destak; Directora: Isabel Stilwell; Editores Executivos: João Moniz, Patrícia Naves; Redacção: Ana Rodrigues (assistente), Carla Marina Mendes, Filipa Estrela, João Tomé, Luís Miguel Mota (estagiário), Ma-ria João Serra (estagiária), Nuno Miguel Pereira, Patrícia Susano Ferreira, Vera Esteves (estagiária), Vera Valadas Ferrei-ra; Revisão: Sílvia Lobo; Fotografia: Mafalda van Uden; Paginação e Grafismo: Pedro Alves (editor), Sérgio Costa; Mar-keting: Luís Rebola, Alexandra Cayolla ([email protected]); Passatempos/Eventos: Ana Barbado, Marta Tavares; Ad-ministração/Redacção/Publicidade: Estrada da Outurela 118, Parque Holanda – Edifício Holanda 2790-114 Carnaxide; Te-lefone: 21 416 92 10/Fax: 21 416 92 28; Departamento Comercial: DIRECTOR COMERCIAL: Ricardo Branco; AGÊNCIAS: Ana Silveira e Joana Santana (Coordenadoras), Gonçalo Figueiredo, Paula Tavares, Ruben Casimiro; DIRECTOS: Luís Filipe (Co-ordenador), Filomena Mestre, João Rodrigues, Luís Farinha, Nuno Ferraz; Maria da Luz Veiga (planeamento), Marta Brigham (assistente); Telefone: 21 416 92 10/Fax: 21 416 92 26/E-mail: [email protected]; DEPARTAMENTO ON LINE: Ruben Ca-simiro; Porto Tiago Medeiros (Coordenador); DIRECTOS: Rui Saraiva, Vitor Machado; Susana Matias (assistente) Telefone: 22 532 23 01/Fax: 22 532 23 99; Chefe de Distribuição: José Magalhães; Periodicidade: Diária; Preço de Capa: Gratuito; Impressão Nacional: Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas S.A., Rua Consiglieri Pedroso, 90, Casal de Santa Leopoldina, 2730-053 Queluz de Baixo; Depósito Legal: n.º 170470/01. Delegação Porto: Rua Manuel Pinto de Azevedo, 80-1º 4100-320 PORTO Telefone: 22 532 23 01/Fax: 22 532 23 99.

Capa O Destak agradece

à Petit Patapon a imagem da nova

colecção. A ‘legen-da’ está na página

6 desta edição.

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VERA VALADAS FERREIRA [email protected]

» Dicionário

ACORDO ORTOGRÁFICO O Acordo Ortográfico da Língua Portu-guesa será aplicado nas esco-

las portuguesas, em todas as disci-plinas de todos os anos de escolari-dade, a partir do início do ano lecti-vo de 2011/2012. Os manuais esco-lares adaptar-se-ão progressivamen-te à nova ortografia até 2014.

BIBLIOTECAS ESCOLARES O Progra-ma Rede de Bibliotecas Esco-lares foi lançado em 1996,

pelos Ministérios da Educação e da Cultura, e visa desenvolver bibliote-cas em escolas públicas de todos os níveis de ensino. Disponibiliza os recursos necessários à leitura e à pro-dução de informação em suporte analógico, electrónico e digital.

CHUMBOS A Confederação Nacio-nal das Associações de Pais con-sidera que o fim dos chumbos é

«a maior revolução na educação des-de o 25 de Abril». Agora, até aos 10 anos, chumbos só por faltas injusti-ficadas.

DIRECTOR E DELEGADO DE TUR MA O primeiro é o professor que faz a ponte entre os docentes

e os encarregados de educação. Já o segundo é o porta-voz dos seus colegas de carteira.

EDUCAÇÃO SEXUAL A lei esta-belece que, em todos os níveis de ensino, os projectos educa-

tivos devem incluir temas de edu-cação sexual. A carga horária não deve ser inferior a 6 horas (1.º e 2.º ciclos do ensino básico) ou 12 horas ( 3.º ciclo do ensino básico e secun-dário).

FALTAS No 1.º ciclo, o aluno não poderá dar mais de 10 faltas injustificadas. Nos restantes

níveis, as faltas não podem exceder o dobro do número de tempos lectivos semanais por disciplina. Doença, falecimento ou nascimen-to de familiar, acto religioso ou prá-tica desportiva são algumas das jus-tificações. O regulamento interno da escola pode estabelecer ainda a denominada ‘falta de material’.

GREVE É por tradição uma for-ma de protesto dos alunos, seja contra o Estatuto do Alu-

no, contra o aumento das propinas, ou por melhor comida nas canti-nas...

Hora H As aulas estão quase a começar! O calendário esco-lar determina que a educação

pré-escolar e os ensinos básico e secundário arranquem entre 8 e 15 de Setembro.

INSUCESSO ESCOLAR Portugal tem o 2.º pior desempenho dos 27 membros da União Europeia

em matéria de abandono escolar precoce. Pior só mesmo Malta.

JORNAIS Contribuem para o com-bate à iliteracia. O Destak orgu-lha-se de ser um dos jornais mais

lidos pelos jovens entre os 15 e 18 anos.

LIVROS O Governo definiu um limite de preço para os livros escolares, que custam entre os

7 e os 33 euros. A Associação Portu-guesa de Editores e Livreiros anun-ciou que os manuais escolares para o ensino básico aumentaram em média 1,13%.

MATERIAL ESCOLAR Este ano, as famílias portuguesas vão gastar em média 500 euros

no regresso às aulas. As despesas de educação representarão cerca de 57% do orçamento familiar.

NOVAS OPORTUNIDADES Este pro-grama dá aos alunos do ensino secundário a possibilidade de

aprender uma profissão com equivalên-cia ao 12.º ano, diminuindo a taxa de desistência no 9.º ano de escolaridade.

Escola de A a Z

Crianças vestidas pela Petit Patapon. Camisola marinheiro e minissaia (40 e 35€), casaco malha

azul e saia de pregas cinzenta (50 e 40€).


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» Dicionário

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL e PRO-FISSIONAL Especialidade que dá resposta às necessidades

dos alunos, a partir do 9.º ano, quanto à sua carreira, com base nos seus perfis de interesses, aptidões e raciocínios.

PAIS E PROFESSORES Os primei-ros têm direito a faltar ao tra-balho, até 4 horas e uma vez

por trimestre, para acompanharem o seu educando. Os segundos serão agora avaliados segundo um novo modelo que dá primazia à antigui-dade no serviço.

QUÍMICA Os exames da discipli-na de Físico-Química lideram os piores resultados a nível

nacional, com uma média de 8,5 valores. Seguem-se a Geometria Descritiva, a Biologia e a Geologia.

REORGANIZAÇÃO DA REDE ESCO-LAR O Ministério da Educação e Ciência, através da Secreta-

ria de Estado do Ensino e Adminis-tração Escolar, concluiu mais uma fase do processo de reorganização da rede escolar. Com o acordo das respectivas autarquias, encerraram 297 escolas do 1.º ciclo do ensino básico. Já a rede pré-escolar foi alargada, sobretudo nas áreas de Lisboa e Porto.

SEGURANÇA O Ministério está empenhado na prevenção e no combate à indisciplina e à

violência em meio escolar. A sensi-bilização e a formação de alunos e professores são muito importantes na detecção de situações de risco. O projecto escol@segura visa equi-par as escolas públicas com um sis-tema electrónico de segurança, as-sente na videovigilância e no cartão do aluno, o controlo electrónico de entradas e saídas da escola.

TRANSPORTE O [email protected] é um novo cartão de passe escolar para viajar em trans-

portes públicos colectivos, rodoviá-rios e fluviais, e ferroviários urba-nos e regionais, com 50% de des-conto. Dos 4 aos 18 anos.

UNIVERSALIZAÇÃO No contexto do alargamento da escolari-dade obrigatória para 12 anos

e da universalização da educação pré-escolar para crianças com 5 anos de idade, foi promovido o alargamento da cobertura da educação pré-escolar às crianças entre os 3 e os 5 anos, o reforço das condições das instalações e do equipamento das escolas secundá-rias e apoio social e financeiro a famílias carenciadas.

VIOLÊNCIA 40% das crianças em Portugal são vítimas de bullying. O fenómeno afecta

ambos os sexos, sobretudo entre os 12 e os 16 anos. Recentemente, os casos de violência tendo professo-res como alvos também têm vindo a ganhar mediatismo.

Xii, PASSEI A MATEMÁTICA E A POR-TUGUÊS! As médias dos exames nacionais destas disciplinas vol-

taram a baixar.

ZERO O número de docentes sem horário aumentará. Menos contratações e mais ‘horários

zero’, na ordem dos 20 mil casos.

DICADicionário é ferramenta útil na adaptação à nova ortografia E se de repente o seu filho lhe pedir ajuda para esclarecer uma dúvida quanto ao novo Acordo Ortográfico? Sente-se capaz de responder sem o recurso a cábulas? Pelo sim, pelo não, o melhor será com-prar um dicionário escolar de Língua Por-tuguesa, se possível ainda a cheirar a tinta fresca, ou seja, o mais actualizado possível quanto às novas regras. Ou deveríamos dizer ‘atualizado’, para se ir habituando?

Cachecol e camisola (13€ e

35€), camisa lisa (40€).

Petit Patapon.

Blusão (60€), t-shirt (18€),

casaco (109€), camisa (32€).

Petit Patapon.

Boina de malha verde (21€), casaco com

capucho (50€), Petit Patapon.

26 de Agosto de 2011 Destak 07www. .pt

» Pequeno-Almoço


Alimentação infantil saudável

O desenvolvimento cognitivo e físico das crianças está associado a uma alimentação cuidada e saudável. Por isso, o nutricionista José Camolas sugere a ingestão de sopa, peixe e três peças de fruta por dia e tomar sempre o pequeno-almoço, de preferência em casa.

Alcançar um elevado rendimen-to escolar desde tenra idade e ter

uma boa capacidade de raciocínio e de memória são claros objectivos para qualquer pai. No entanto, nem sempre o conseguem fazer por falharem no mais simples: a alimentação. A partir do primeiro ano de vida, as crianças começam a aproximar o conteúdo das refeições do que os próprios pais inge-rem e como tal os progenitores não de-vem esquecer a importância dessa va-riedade e apostar em estratégias de in-centivo à ingestão de bens menos ape-tecíveis, como são o peixe e os legumes.

Mas vamos por partes. A primeira regra está na «obrigatoriedade de tomar o pequeno-almoço, sempre com lacticínios e hidratos de carbono e, por vezes, com uma peça de fruta». Mas sem corridas ou pressas, o ideal é mes-mo que esta refeição seja supervisio-nada pelos pais e tomada no conforto do lar, explica ao Destak o nutricionis-ta José Camolas.

Outro dos segredos de uma ‘die-ta’ saudável para os mais pequenos está nos lacticínios. A sua riqueza em cálcio é essencial para esta fase de

PATRÍCIA SUSANO FERREIRA [email protected]

crescimento intenso e de desenvol-vimento ósseo, mas tendo sempre especial atenção à gordura. Leite meio-gordo e queijo e iogurtes com baixo de teor de gordura saturada são as melhores opções. E aqui apli-ca-se a importância dos pais inter-pretarem os rótulos das embalagens, com o objectivo de evitar publicida-de «menos séria» e por vezes «exa-gerada», acrescenta o especialista.

Sopa: a tradição ainda é o que era No que respeita a legumes e vege-tais, a sugestão vai mesmo para a sopa, uma «tradição portuguesa que deve ser mantida». Sopa ao almoço e ao jantar e ainda uma salada nutritiva para acompanhar o prato principal de carne ou de peixe é a quantidade recomendada deste gru-po de alimentos. Em relação à fruta, o ideal são mesmo três peças disper-sas ao longo do dia, sejam como so-bremesa ou como snack na escola.

Em relação às principais fontes de proteínas – carne e peixe – há a sa-ber que não deve haver exageros. Sim, é um facto que estas são impor-tantes para o crescimento, mas é su-ficiente uma dose diária de 80 a 100 gramas de peixe ou de carne. Esta quantidade apenas deve ser altera-

da na adolescência, com um aumen-to para 150 gramas, havendo uma preferência para o peixe. «Pana-dinhos de pescada confeccionados no forno e carne picada em casa em forma de almôndegas ou de hambúr-gueres são ideias saudáveis, mas também agradáveis para os mais pequenos.» Uma apresentação de alimentos mais original e colorida pode convencer os mais teimosos.

Não abuse das proteínas Outra regra a reter, mas em relação aos ovos, também uma importante fonte de proteínas, é o facto de o seu consumo não dever exceder as duas unidades semanais. Segundo o nu-tricionista, «o excesso de ingestão de proteínas sobrecarrega os rins da criança, que ainda estão em de-senvolvimento». Pratos com pei-xe/carne e ovo são por isso refeições a evitar por haver uma duplicação desnecessária deste nutriente.

Em relação aos snacks que as crianças levam para a escola, o espe-cialista é defensor da fruta e do io-gurte, podendo estes ser substituí-dos por uma barra de cereais, mas com baixo teor calórico e de açúcar, algo que os pais devem consultar nos rótulos das embalagens.

Tomar um bom pequeno- -almoço é importante

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Prefira cozidos. Os tipos de cozinhados mais indicados para as crianças e adolescen-tes são os cozidos e os estufados, enquanto fritos, refogados e assados devem ser con-sumidos com menos frequência. De salien-tar que as partes carbonizadas dos grelha-dos ou assados nunca devem ser ingeridos, por conterem substâncias que podem pro-vocar o cancro.

Acrescente água ao refogado. Para con-feccionar um refogado mais saudável não se deve fritar a cebola com a gordura. Esta deve antes ser aquecida, desde o início, com um pouco de água, gordura e calda de tomate, em fogo lento, ou juntando todos os alimentos em cru. E sempre que possível aproveite a água de cozedura de legumes para fazer sopas, molhos ou purés.

Reduza as gorduras. Quando cozinhar prefira retirar todas as peles e gorduras visíveis de aves e da carne e não aqueça demasiado as gorduras que usa para con-feccionar a comida, pois estas alteram-se e produzem substâncias prejudiciais, que po-dem provocar o cancro.

Óleos e gorduras saudáveis. As gorduras mais adequadas para a confecção culinária, ou seja, para cozinhar ou fritar, são o azeite ou o óleo de amendoim. A banha de porco é uma alternativa aceitável e os óleos ricos em ácidos gordos polinsaturados só devem ser consumidos em cru (são exemplos os óleos de soja, milho e girassol).

» Alimentação


Cuidado com o sal. No que respeita a temperos, use sal com muita moderação e tente apostar nas ervas aromáticas como alternativa. Salsa, coentros, tomilho, oré-gãos, louro e alecrim são boas sugestões. Evite ainda os enlatados e os caldos concen-trados por conterem habitualmente excesso de sal, gorduras saturadas e aditivos. Lave bem os alimentos. Quando usa pro-dutos hortícolas e legumes para consumo em cru deve lavá-los e desinfectá-los para eliminar possíveis contaminações. A desin-fecção pode ser feita mergulhando estes alimentos, depois de bem lavados, numa so-lução de meia chávena de lixívia em 10 litros de água, deixando actuar durante 15 a 20 minutos, ou dez gotas de lixívia em um litro de água, deixando actuar durante trinta minutos. Depois deve voltar a passar bem estes alimentos por água corrente. Corte nos refrigerantes. Não são aconse-lhados os refrigerantes, por conterem mui-to açúcar, por vezes gás e substâncias esti-mulantes. Sumos de fruta naturais são uma boa alternativa, mas devem ser consumidos imediatamente a seguir à sua preparação. No entanto, a água continua a ser a melhor solução no que respeita a líquidos.

Pão integral. Na hora de escolher pão e cereais prefira integrais. De salientar que na idade pré-escolar, aconselha-se o consumo diário de 100 a 150 gramas de pão escuro ou de mistura (cerca de três fatias).

Cozinhar com mais qualidade

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Trocar o sal pelas ervas aromáticas, reduzir o consumo de fritos e gorduras, apostar nos estufados e cozidos e acrescentar água ao refogado para que este seja mais saudável são sugestões essenciais para conseguir confeccionar pratos com menos calorias.

PATRÍCIA SUSANO FERREIRA [email protected]


» Voltar a entrar na rotina dói...


SOS para os paisPor um lado queremos que regressem depressa às aulas, fartos de férias tão compridas. Por outro, trememos só com a ideia de voltar às manhãs aceleradas e aos dramas dos TPC.

Nesta história ninguém se lembra dos pais. Gastam--se rios de tinta a falar de como suavizar a entrada

dos filhos para a escola, mas esquecem-se dos pobres pais, sobretudo da mãe, é justo dizê-lo, que regressa agora à lou-ca corrida do dia-a-dia, a contra-relógio. Se as férias mais longas do que as dos adultos da casa podem ser um que-bra-cabeças, a verdade é que pelo menos as manhãs são mais serenas, sem tanta pressa, e os fins de tarde menos agitados, sem aqueles gritos do «quantas vezes é que já te disse para ires para a cama!». É óbvio que cada família de-ve encontrar a sua receita para um regresso às aulas mais sereno, mas ficam aqui cinco ideias, que pretendem deixar

claro que, no meio de tudo isto, os pais também têm direi-tos: 1. Volte já aos horários de deitar e acordar habituais, para treinar o biorritmo. Aos seus e aos deles. Mesmo que custe (e custa). 2. Procure pais que morem perto e parti-lhe com eles o ‘leva e trás’. Ganham todos com isso. 3. Se a escola é nova, ‘teste’ o percurso mais curto à hora de pon-ta. 4. Se ele leva almoço, cozinhe e congele para a primei-ra semana, é menos uma coisa em que pensar. 5. Carregue baterias (vá ao cinema com o seu marido, marque o cabe-leireiro e corte o cabelo, e se for possível não abdique de uma massagem) e assinale já na sua agenda os próximos feriados e férias – luz ao fundo do túnel.


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Combine com o seu filho uma ‘farda’ para os dias de escola, para não começarem todos os dias com a guerra do ‘Veste!/Não visto’.

Um bom truque contra as meias

desemparelhadas, que infernizam

a vida: compre todas as meias iguaizinhas!

E está feito!

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» Usam dez minutos por dia a ajudar os pais


Os TPC da família Os dados do INE deixam claro que os nossos filhos contribuem pouco ou nada para a organização da vida em casa, com um estatuto de privilégio que não faz qualquer sentido.

Enquanto as mães acumulam ao seu emprego um segundo emprego na

gestão da casa e dos filhos, e os pais ajudam cada vez mais com os mais pequenos (embora ainda apenas com duas horas o máximo por dia), a maioria das crianças são verdadeiros marajás, e não gastam mais de alguns minutos nas tarefas domésticas. Superprotegidos pelos pais, não participam nem na limpeza, nem na arrumação, nem tão-pouco nas pequenas tarefas e recados do dia-a-dia. Na melhor das hipóteses, ajudam a pôr e a tirar a mesa, e isto é até

serem adolescentes e reivindicarem que até esse tempo é preciso para os estudos. Ansiosos por dar aos filhos as oportunida-des que não tiveram, muitos pais entram no jogo e as crianças crescem sem perce-ber que aos direitos equivalem deveres, e que contribuir para a comunidade em que vivem é um deles. Por isso, inclua TPC familiares na rotina do seu filho. Como dizia o director de uma escola, numa reunião de pais: «É o primeiro passo para os tornarem mais responsáveis e disciplinados. O que faz falta para tudo na vida.»


DICASPARQUE DE ÍLHAVO

Atletas de topo no DC Skate Challenge by Fuel TV A prova realiza-se a 3 e 4 de Setembro e vai levar ao norte os melhores skaters da actuali-dade. Arrancou em Torres Vedras, vai a Ílhavo, a terceira etapa é em Faro, e a final no Ski Skate Amadora Parque. A não perder. LOJAS MOVIFLOR

Ganhe prémios nas compras de regresso às aulas Até dia 18 de Setem-bro, a Moviflor oferece prémios a quem comprar artigos de regresso às aulas. De computadores a telemó-veis, há sempre prémios.

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Ter deveres em casa promove a disciplina

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» Viajar em família

O Código da Estrada obriga que o transporte de crianças com menos de 12 anos de idade e menos de 1,50 m de altura seja feito com um sistema de retenção

homologado e adaptado ao tamanho e peso da criança, des-de que o automóvel esteja equipado com cintos de segu-rança. A homologação é certificada pela Direcção-Geral de Viação e comprovada através de uma etiqueta. O transpor-te deve ser feito nos bancos atrás, excepto se a criança ti-ver menos de 3 anos, o sistema de retenção estiver virado para o banco de trás e o airbag frontal seja inexistente ou esteja desactivado. Também é o caso se a criança tiver ida-de igual ou superior a 3 anos e o veículo não dispuser de cin-tos de segurança no banco da retaguarda ou não tenha mes-mo bancos atrás. O incumprimento da lei determina o pa-

gamento de uma coima. Esta infracção grave pode resul-tar na inibição de conduzir e até, em casos extremos, a cas-sação do título de condução. A partir dos 3 anos (ou 15 qui-los), a criança ainda é muito pequena para utilizar apenas o cinto de segurança do carro, pelo que viajará mais segu-ra e mais cómoda (já que facilita a aceitação do cinto) se usar uma cadeira de apoio ou um banco elevatório. Nunca permita que as crianças viajem de pé, ajoelhadas no banco ou deitadas, nem que coloquem os braços ou a cabeça pa-ra fora da janela. Use os fechos de segurança automáticos nas portas e janelas do carro, evitando que as crianças tenham autonomia para fazê-lo. Equipe os vidros do carro com estores, para proteger os ocupantes do sol. E nunca deixe a criança sozinha no carro.

Transporte os petizes dentro da leiSEGURANÇA

Automóveis para todos

A lei é válida para crianças até aos 12 anos

As famílias numerosas têm cada vez mais opções no mercado nacional, com monovolumes de vários tamanhos e até SUV a permitirem levar até sete ocupantes. Uns são mais espaçosos do que outros, existem opções com portas deslizantes com preços distintos. Destacamos o Seat Alhambra, o Chevrolet Captiva, o Ford Grand C-Max, o Renault Grand Scénic e a opção ‘low cost’ para sete pessoas, o Dacia Logan.

O Volkswagen Sharan e o seu irmão Seat Alhambra (monovolume do ano

em Portugal) são dois dos maiores e me-lhores monovolumes à venda no mercado nacional – curiosamente, ambos são pro-duzidos na Azambuja, na Autoeuropa. Em-bora o maior do segmento seja a Renault Grand Espace, já está em final de vida e tem um preço elevado. Nestes veículos de sete lugares e com espaço de sobra, o Alhambra tem uma vantagem relativamen-te ao Sharan: o preço. Custa menos dois mil euros, ficando-se por 31 500 euros. Am-bos se distinguem ainda pelas portas ‘de correr’, muito práticas, um aspecto moder-no no exterior e no interior e uma bagagei-ra que com sete lugares é ‘curta’, mas para cinco pessoas atinge os 885 litros.

JOÃO TOMÉ [email protected]

Seat Alhambra, o espaço

Mais pequenos do que o Sharan, ou mesmo os ‘gigantes’ Grand Espace

ou Ford Freemont, existem várias opções de monovolumes mais compactos com ca-pacidade para levarem sete pessoas. Ford Grand C-Max, Citroën Grand C4 Picasso, Mazda5, Mitsubishi Grandis, Peugeot 5008, Seat Altea XL, Toyota Verso ou VW Tou-ran são opções que podem permitir os sete lugares. O Grand C-Max é um dos mais apetecíveis monovolumes médios, não só pelo aspecto moderno, mas por ter várias soluções inovadoras e bem conseguidas – do pára-brisas panorâmico ao rebatimen-to dos bancos. As portas laterais deslizan-tes são um argumento de peso, tal como o comportamento muito ágil e eficaz. O preço começa nos 28 550 euros.

Ford Grand C-Max, ágil

O popular segmento dos SUV tam-bém consegue ser uma alternativa

para famílias numerosas. Há cada vez mais opções de sete lugares, a maioria são dois lugares extras que quase só servem para crianças. Um dos exemplos mais recentes e com bons argumentos é o renovado Che-vrolet Captiva – desde os 34 mil euros. O Captiva tem aspecto moderno, é capaz de ir para fora de estrada e o espaço é de bom nível. A Chevrolet tem ainda um monovolume original (parece um SUV) chamado Orlando, onde o espaço está mais bem aproveitado. Outra opção que vale a pena conhecer é o novo Kia Sorento. Tam-bém tem sete lugares e junta boa perfor-mance a consumos invulgares. Já a Nissan tem neste domínio o seu Qashqai +2.

Chevrolet Captiva, o SUV

Com um design arrojado, o Renault Grand Scénic é outra das opções dos

monovolumes médios a ter em conta, ten-do como rival mais directo o Peugeot 5008. Consegue não comprometer o comporta-mento e apresentar um conforto muito con-vincente. A versatilidade do interior tam-bém não falta, só é pena o acesso à tercei-ra fila dos bancos não ser mais fácil. Os preços começam nos 31 mil euros, mesmo para o motor mais apetecível, o 1.5 dCi de 110 cv. Curiosamente, foi a Renault que iniciou a moda dos monovolumes e é a mar-ca francesa que apresenta a opção para carteiras menos recheadas no mercado nacional. O Dacia Logan é uma carrinha low cost com sete lugares e com um aspec-to e preço antigos: custa 16 300 euros.

Renault Grand Scénic

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» Entrevista



JOÃO PINA Aos 30 anos, um dos mais medalhados judocas portugueses representar o País o melhor possível nas grandes competições. O atleta do

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«O judo incute Judoca diz que ter sido campeão europeu foi o maior feito da carreira

GONÇALO CLARO

Como surgiu o judo na sua vida? O judo surgiu na minha vida aos 4

anos de idade. Era uma criança com mui-ta energia e os meus pais acharam que o judo era uma excelente modalidade para extravasar essa energia. Quando era criança sonhava ser judoca de profissão? Não, sinceramente não pensava nisso. Na altura, o judo ainda era encarado como um passatempo. Qual foi o momento mais importante na sua carreira? Ter sido Campeão da Europa foi o maior feito da minha carreira até agora. Foi um campeonato muito duro e consegui, no final, o melhor resultado. Qual é a sensação de ser bicampeão euro-peu dos 73 kg? É o resultado do trabalho de muitos anos. Sinto que é um enorme estímulo para as outras duas grandes provas, o Campeo-nato do Mundo e os Jogos Olímpicos. Como foi a sua preparação para o Campeo-nato Mundial deste ano?

Começámos no final do mês de Junho com vários estágios internacionais. Treinámos duas vezes por dia ao longo da semana, excepto ao domingo. Treinámos, ainda, a componente física e técnica. À partida, quais as expectativas para este desafio? Alcançar o pódio. Acredita que o judo masculino pode chegar ao nível que o feminino já chegou? Tanto o judo masculino como o feminino estão num grande nível. Ambos já tive-ram resultados de grande nível interna-cional. Que conselhos é que deixa aos praticantes da modalidade? Definir bem os objectivos e trei-nar um pouco mais do que aqui-lo que achamos suficiente, para nos superarmos na competição. Quais as grandes diferenças entre o judo e outras artes marciais como o karaté e o taekwondo? O judo não é uma arte marcial, mas sim uma luta de defesa. E é também um desporto olímpico. De que forma é que o judo pode ajudar as crianças a nível físico e psicológico? O judo traz uma carga de valo-res educacionais e formativos, que são incutidos desde o início da prática da modalidade. Em termos físicos, é uma modalida-de bastante exigente tecnica-mente e, por isso, é um excelen-te desporto para desenvolver as capacidades psicomotoras das crianças. Aconselha os pais a incentivarem os filhos a praticar judo? Claro que sim. Porquê? Por todas as razões que referi anteriormente e, também, pelo espírito de grupo que se fomenta. Apesar de ser um desporto in dividual, só pode ser praticado em conjunto.


da actualidade mantém a mesma ambição e não descarta as suas responsabilidades: garante que continuará a trabalhar arduamente para Sporting destaca ainda as características pedagógicas da modalidade e as mais-valias que a sua prática acarreta para os mais novos.

vários valores desde o início»PATRÍCIA SUSANO FERREIRA

[email protected]

«O judo fomenta o espíri-to de grupo. Apesar de ser um desporto individual, é praticado em conjunto»

«Devemos treinar um pouco mais do que acha-mos suficiente para nos superarmos nas provas»

«Em criança não pensava ser profissional. O judo ainda era encarado como um passatempo»

RESULTADOS EM PARIS AQUÉM DO ESPERADO

Os Mundiais de Paris foram a última grande prova antes dos próximos Jo-gos Olímpicos, que se disputam para o ano em Londres, servindo para definir os atletas apurados (cada país só pode apresentar um judoca em cada catego-ria de peso). Apesar do muito trabalho e esforço na preparação, a comitiva portuguesa acabou por estar aquém das expectativas. Sobretudo Telma Monteiro, que era segunda classifica-da no ranking mundial e perdeu logo ao primeiro combate.

João Pina também não conseguiu con-cretizar o seu objectivo, sendo surpre-endido ao terceiro combate. A surpre-

sa veio de Joana Ramos, que chegou a lutar por

uma medalha de bronze mas aca-bou por ficar em quinto lu-gar.


» Jardim-de-Infância


Saciar a curiosidade no admirável mundo

O primeiro dia de aulas pode ser doloroso, tanto para os filhos como para os pais, sobretudo se, chegados aos 3 anos, é hora de deixar a redoma caseira e aprender a socializar.

Espere alguma tristeza e muitas lágrimas. Mas acre-dite que, ao fim de uma ou duas semanas, já entur-

mados com os colegas, as educadoras, a sala de aulas e as próprias rotinas pedagógicas, os seus filhos já nem se lem-brarão do (aparente) trauma que foram os primeiros tem-pos. Chegados aos 3 anos é hora de deixar a redoma casei-ra e os mimos (sobretudo) dos avós que até então garan-

tiam a ausência dos pais para aprender a socializar com meninos da sua idade e outros adultos extra-família. Isso e aprender a contar, a dizer o alfabeto, a distinguir as co-res, a pintar e, de há uns anos a esta parte, a falar inglês, a fazer ginástica e a tocar música. A animação vai ser tanta nesta descoberta de um admirável mundo novo que os petizes nem vão dar pelo tempo passar, vai ver, sobretu-

do nos casos em que transitam da creche para o jardim- -de-infância. Por aqui se estabelecem novos e muitas vezes duradouros laços de amizade e se partilham os primeiros romances platónicos. Não raras vezes lá estão eles, curio-sos e dispostos a divertirem-se, enquanto os pais rumam de coração apertado para os seus empregos, com ‘medo’ que eles cresçam sem se darem conta.

VERA VALADAS FERREIRA [email protected]

Não prolongue a despedida além do tempo necessário, com o ris-

co de tornar a separação ainda mais traumática. E confie nos profissionais responsáveis pela educação da criança na sua ausência. Explique ao seu filho que esta é uma fase única na sua vida, na qual aprenderá uma infinidade de coisas. E que terá a possibilidade de fazer amigos novos ou de reencontrar colegas da creche. Explique que o irá buscar ao final do dia, preferencialmen-te sempre à mesma hora, de forma a transmitir-lhe uma reconfortante sensação de segurança.

Não prolongue as despedidas

SAUDADES

Diariamente, por exemplo no re-gresso a casa ou à hora do jantar,

aproveite para falar com a criança sobre o que fez na escola, que coisas aprendeu e aquelas de que mais gostou. Estabeleça com o seu filho laços de confiança de forma a conhecer os seus amigos predilectos e os colegas com os quais entra mais em conflito, um fenómeno quase inevitável nestas idades da afirmação territorial. Basi-camente deixe-o falar, que nesta fase eles primam pela honestidade, e con-tam-nos tudo para o bem e para o mal.

Pergunte-lhe sobre o seu dia-a-dia

ROTINA

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Com o tempo as crianças assimilam a nova rotina

D.R.

123RF

123RF

Aprendemos o que era uma pauta e uma clave de sol, cantarolámos umas

coisas, numas aulas de música dadas por uma professora que, invariavelmente, tinha o cabelo preso num carrapito (nunca se sa-berá porquê!), e com muita sorte ainda de-dilhámos uma viola ou soprámos numa flau-ta para concluir (com o apoio agradecido dos nossos pais, cansados de nos ouvir en-saiar) que não era para nós.

Do outro lado do oceano, Amy Chua, uma mãe de origem chinesa, professora de Direito nos EUA, publicou um livro (O Gri-to de Guerra da Mãe Tigre) que motivou enorme polémica: garantia que todas as crianças chinesas eram exímias pianistas ou violonistas (os outros instrumentos são considerados menores) graças à persistên-cia e à exigência dos pais chineses, que não aceitam que um filho desista daquilo que se propôs aprender, ou que invente descul-pas para não ser o melhor. Algures no meio deve estar a virtude, porque de facto para dominar uma arte, seja ela qual for, é sem-pre necessária uma primeira aprendiza-gem chata e repetitiva, antes de se chegar ao patamar do prazer, já para não falar do da criatividade, e nós, pais ocidentais, cheios de medos dos traumas e da frustração, ten-demos a ceder à primeira birra.

Mas a grande mudança virá da infor-mação que psicólogos e neurocientistas têm recolhido do cérebro das crianças, e que deixa provado que a música desenvol-ve as capacidades cognitivas, expande o cé-rebro, fortalece a capacidade de iniciativa, a resiliência e a auto-estima. As crianças e os adolescentes que aprendem música são melhores alunos, melhores a matemática e à sua língua mãe, notícia que devia inte-ressar a todos aqueles que se entristecem com os resultados das crianças portugue-sas a estas disciplinas e estão convencidos de que elas vão lá aprendendo mais do mesmo. A música, com a sua obrigação de disciplina, repetição e regras, tem sido o método por excelência para comba-ter o insucesso e o abandono escolar, a arma escolhida pelos projectos contra a exclusão em todo o mundo.

Com a crise mundial, e a portuguesa em particular, corre-se o risco de cortar naqui-lo que não se considera essencial, com o pe-

rigo de remeter a arte para um segundo plano. Erro crasso, que terá uma factura alta, diz Marilyn Price Mitchell, psicóloga infantil. E é ela, num artigo da Psychology Today, que apela aos pais que invistam na educação musical dos seus filhos, ‘expon-do-os’ à música e batalhando para que tenham direito a aprender um instrumen-to, a fazer parte de um grupo musical, a cantar no coro da escola, da igreja ou seja de onde for. Afinal, é só dar a oportunida-de de darem expressão à música que têm dentro deles.

» Música na Escola




Entre a virtude e o prazer artísticos

A ‘história’ do talento, como se fosse alguma coisa que nascesse connosco e se manifestasse espontaneamente, tem levado a que a maioria de nós não tenha tido acesso a uma verdadeira educação para a arte.

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Os índios acreditam que se uma mãe deseja

engravidar deve cantar uma canção em que cha-

ma a si uma criança por nascer.


» Sair de casa » Cinema


Do épico Conan ao Capuchinho

Com o aproximar do ano lectivo, temos sugestões para gostos e idades diferentes. Desde a acção repleta de efeitos especiais e criaturas sobrenaturais, de ‘Conan, O Bárbaro’, passando pela comédia com animais falantes, ‘O Guarda do Zoo’. Há ainda o infantil ‘O Capuchinho Vermelho: Nova Aventura’.

Há praticamente 30 anos, Arnold Schwarzenegger despertou para a

fama, quando utilizou todo o seu físico para interpretar Conan, O Bárbaro, personagem ficcional criada em 1932 pelo escritor Ro-bert E. Howard. Agora, Conan está de vol-ta ao cinema com toda a mitologia que foi criada ao longo de décadas, embora os acon-tecimentos não estejam relacionados com os filmes de Schwarzenegger. Jason Mo-moa, o actor e modelo havaiano, foi o escolhi-do para ‘ser’ Conan. Nesta aventura épica em 3D, acompanhamos o feroz guerreiro Cimério, que entra ‘de cabeça’ numa bata-lha contra violentos rivais e terríveis mons-tros, numa invasão do seu reino pelo mal sobrenatural. O filme já está nas salas.

JOÃO TOMÉ [email protected]

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Conan, O Bárbaro ACÇÃO / FANTASIA

Nesta sequela do filme O Capuchinho Vermelho (2005), acompanhamos

Red (voz de Hayden Panettiere). Ela reti-rou-se para uma terra distante onde treina com um grupo secreto, até que é chamada pela Agência Happily Ever After para, jun-tamente com o Lobo Mau, investigarem o desaparecimento de duas crianças, Hansel e Gretel. Tudo indica que o raptor foi uma bruxa má (Joan Cusack). Red e o Lobo Mau vão beneficiar da ajuda de Granny (Glenn Close) e do resto do grupo do Capuchinho Vermelho, incluindo o distraído Lobo (Pa-trick Warburton) e o seu amigo com excesso de cafeína Twitchy (Cory Edwards). Esta animação que chega às salas dia 1 de Setem-bro foi feita a pensar no público infantil.

O Capuchinho Vermelho ANIMAÇÃO/ AVENTURA

Os animais são os protagonistas (e têm voz própria) nesta comédia pro-

duzida pela companhia de Adam Sandler. O protagonista humano é, no entanto, Kevin James, que interpreta um guarda do Zoo Franklin Park, em Boston, muito especial. Griffin Keyes é um tratador dedi-cado que é adorado pelos seus animais. Mais confortável perto de um leão do que de uma humana, Griffin decide que a úni-ca forma de conseguir ter uma mulher na sua vida é deixar o zoo. Só que os animais, em pânico, decidem quebrar o seu código de silêncio e mostrar que podem falar (vo-zes de Adam Sandler, Sylvester Stallone, Nick Nolte e Cher), tudo para ensinar a Griffin as regras de cortejar uma mulher.

O Guarda do Zoo COMÉDIA

O MOTELx – Fes-tival dedicado

ao cinema de ter-ror – vai contar de novo com um workshop especial para o público mais jovem, integrado na secção Lobo Mau. Em parceria com o Museu da Marioneta, o festival convida os jovens dos 13 aos 16 anos a participarem nesta iniciativa onde se pretende construir trolls assustadores. O desafio proposto é inspirado no filme norueguês The Troll Hunter, que abre a secção Lobo Mau no dia 6 de Setembro, pelas 11h, no Cinema São Jorge, em Lis-boa. Depois da exibição do filme os parti-cipantes serão convidados a irem até ao laboratório do Museu da Marioneta para, durante quatro dias (até dia 9 de Setem-bro), criarem os seus próprios trolls. O resultado será apresentado depois.

MOTELx apresenta workshop original

BREVES

Sete filmes de Raúl Ruiz no-

meados e premia-dos em festivais internacionais estão a ser exibi-dos desde quinta- -feira, 25 de Agosto, até quarta-feira, 31 de Agosto, no Cinema King, em Lisboa. Esta homenagem ao realizador chileno faleci-do na sexta-feira, em Paris, é feita pela produtora cinematográfica Clap Filmes, responsável pela última obra do chileno, Mistérios de Lisboa, totalmente rodada em Portugal. A exibição dos sete filmes será sempre pelas 18h45. Raúl Ruiz vivia há várias décadas em França e foi sepul-tado na passada quarta-feira, em Paris. O produtor Paulo Branco esteve presen-te, tal como os seus actores ‘fetiche’ Catherine Deneuve, Melvil Poupaud, Michel Piccoli e Chiara Mastroianni.

Obra de Raúl Ruiz no Cinema King

» Sair de Casa » Corrida da Linha



Toda a família na linha...

O Almada Fórum pre-parou para este Ve-rão um conjunto de iniciativas às quais os visitantes não vão ficar indiferen-tes. No próximo dia 1 de Setembro não pode perder o espectáculo de stand-up comedy de Pedro Tochas, e nas duas primeiras semanas do mês não pode desperdiçar as actividades de maquilhagem e demons-tração de tratamentos de pele que decor-rem no centro comercial.

Pedro Tochas anima o Almada Fórum

HUMOR

Se está em Matosi-nhos e ainda tem férias ou o fim de semana livre, apro-veite para ir à praia desfrutar da inicia-tiva Hidrobeach. Até ao dia 28 de Agosto, domingo, pode participar em aulas de hidroginástica e baptismo de mergulho com garrafas e manter os seus filhos ani-mados e divertidos nos parques insufláveis e escorregas gigantes que estarão nos areais do Norte do País.

Parques insufláveis nas praias do Norte do País

MATOSINHOS

Os mercados tradicio-nais marcam o ritmo das cidades e conti-nuam a ser um dos pontos de encontro de famílias e ami-gos, sobretudo em dias mais solarengos que apelam a sair de casa. Continuando o roteiro que o Destak lhe tem oferecido ao longo do último mês, sugeri-mos que aproveite o mercado de Viseu no próximo dia 8 de Setembro, quinta-feira. Além de ser um momento de lazer de qua-lidade com a família e amigos, pode ainda fazer algumas compras neste tipo de mer-cados tradicionais portugueses.

Leve a família ao mercado tradicional de Viseu

VISITA

O nosso jornal faz dez anos e celebra com os leitores na 4.ª edição da Corrida da Linha Cascais Destak. Inscreva-se já para uma das duas propostas: correr 10 km ou 3 km. Junto ao mar.

TERESA TELLES [email protected]

Este ano o Destak celebra dez anos e, mais uma vez, vai comemorar a data

a correr ao lado dos seus leitores, na 4ª edição da Corrida da Linha Cascais Destak. Por isso, marque já na agenda o próximo dia 18 de Setembro de 2011, domingo, às 9h30, e trate imediatamente de se inscrever, para reservar o seu lugar.

Se faz parte dos milhares que nos fazem companhia há muitos anos, vai ficar feliz de saber que continuam a existir dois percur-sos junto ao mar. O percurso mais longo, que liga Carcavelos a Cascais (10 km), destina-se a quem pretende correr, com o seu tempo cronometrado através de chip (intuito mais competitivo). Para quem assiste, na meta, à chegada destes corredores, fica sempre o espanto de os ver percorrer a distância num abrir e fechar de olhos, que o vulgar mortal acha impossível. Mas embora seja um desa-fio, todos os anos temos visto chegar, e em alguns dos primeiros lugares, pais e mães que cortam a linha, sorridentes, a empurrar um carrinho, com um bebé a dormir serena-mente lá dentro.

Já o percurso mais curto liga o Estoril a Cascais e neste trajecto pode-se correr ou simplesmente caminhar, pelo que está espe-cialmente indicado para famílias, nomeada-mente crianças. Sob um céu mais ou menos azul, conforme os anos, temos visto chegar miúdos de 5 e 6 anos, afogueados, mas feli-zes por correrem ao lado do pai ou da mãe, num domingo saudável e diferente, que cer-tamente lhes ficará na memória para sem-pre.

Em defesa da saúde e do ambiente As preocupações do jornal Destak reflec-tem-se nesta corrida, mesmo nos mais pe-quenos detalhes. Uma das nossas princi-pais preocupações, naquele domingo e na informação que levamos ao leitor todos os outros dias, é contribuir para promover a saúde, lutando contra um estilo de vida sedentário que é a causa de obesidade, dia-betes, doenças cardíacas e muitas outras que passaram a afligir-nos desde que nos tornámos prisioneiros da secretária, do computador, da televisão e do sofá. Correr

implica, além do mais, uma preparação física e um hábito de arejar a cabeça e os pulmões, que desejamos se torne parte da rotina de quem nos lê. Hábitos, afinal, que passam de pais para filhos, o que nos leva a ficar particularmente felizes quando vemos famílias inteiras participarem.

Proteger o ambiente é outra das nossas prioridades, e a Corrida da Linha, através de uma parceria com a CP, permite que os atle-tas viajem gratuitamente de comboio, deixan-do para trás o carro. Durante uma manhã, substituímos os automóveis na Av. Margi-nal por pessoas, a correr ou caminhar.

Junte-se aos leitores que, este ano, celebram os dez anos do Destak

As inscrições já estão abertas em www.destak.pt/corridadalinha

Crianças até 12 anos (inclusive) pagam 4€ (entrega de dorsal, T-Shirt Kids e medalha). Crianças (+12 anos) e Adultos que se inscrevam até 12 Setembro | 8€. Inscrições de 13 a 17 Setembro | 12€ (entrega de dorsal, Camisola Técnica e Medalha).

INSCREVA-SE JÁ!



O projecto SEAMASTER é baseado num protocolo que foi estabelecido

em 1998 entre o Instituto de Socorros a Náufragos e a Mitsubishi Motors de Por-tugal, que se destina prioritariamente a pa-trulhar as zonas de praias não vigiadas.

Este projecto, sob a coordenação opera-cional das Capitanias de Porto, entidades estas com a responsabilidade da salva-guarda da vida humana nos seus espaços de jurisdição marítima, têm-se revelado numa mais-valia na segurança para todos aqueles banhistas que habitualmente fre-

quentam as praias não vigiadas durante a época balnear.

O ISN volta este ano a contar com o pro-jecto SEAMASTER, estando a operar no terreno 14 carrinhas – guarnecidas por um condutor Fuzileiro habilitado com o curso de nadador-salvador e com um nadador- -salvador – as quais têm permitido às Autoridades Marítimas uma acrescida, multifacetada e rápida prestação de ser-viços à comunidade em geral e aos banhis-tas em particular, principalmente nas praias não vigiadas.

» Parceria Destak/Instituto de Socorros a NáufragosD.R.

JUNTOS TORNAMOS O SEU VERÃO MAIS SEGURO

O projecto SEAMASTER resulta de um protocolo estabelecido em 1998 com a Mitsubishi Motors, para patrulhar praias não vigiadas.

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No ano de 2010 durante a época balnear, o empenhamento operacional deste pro-jecto SEAMASTER – então composto por 17 carrinhas – reflectiu-se nas zonas bal-neares de jurisdição marítima em 43 sal-vamentos, 293 assistências e participações em salvamentos, 38 buscas com sucesso a crianças perdidas, 231 assistências de pri-meiros socorros, tendo para o efeito sido percorridos cerca de 25 mil quilómetros durante as diversas missões que estiveram envolvidas. Apesar de todos nós, enquan-to banhistas, contarmos com estes meios

de assistência a banhistas e socorro a náufragos com um acrescido sentimento de segurança, existe a necessidade de uma cultura de segurança para que não ocor-ram acidentes desnecessários, que todos cumpram escrupulosamente as regras e recomendações que o ISN anualmente divulga, porque ‘salvar uma vida também depende de si’. Frequente praias vigiadas, respeite os sinais das bandeiras e as indi-cações dos nadadores-salvadores e vigie as suas crianças permanentemente são algu-mas das máximas a reter.

SEAMASTER já salva vidas há catorze anos

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Voltaram os coletes almofadados, com

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