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Página 1 de 8 R$ zagoarte design Pop Art e Pós Modernismo A arte contemporânea abrange movimentos, estilo e tendências artísticas que ocorreram a partir da segunda metade do século XX, estendendo-se até os dias atuais. Além do abstracionismo expressivo lírico e geométrico, fizeram (e ainda fazem) parte da arte contemporânea movimentos e tendências figurativas e biomórficas que, de alguma forma, se tornaram referências da sociedade. As críticas à sociedade de consumo surgiram com a Pop Art, para depois avançarem com a arte conceitual. As tendências artísticas que surgiram desde 1960 fizeram parte de um movimento abrangente denominado Pós Modernismo, que se posicionava fundamentalmente contra o individualismo consumista. O status econômico e sociocultural do final do século XX, o desenvolvimento das mídias com tecnologias transformadoras e interativas, a desterritorialização causada pela globalização e a conscientização ecológica são fatores essenciais na produção artística do início do século XXI, que comporta uma gama de estilos e tendências. Algumas sinalizam certo retorno do cooperativismo, valorização do espíriro comunitário e da crítica social, inaugurando um conceito pluricultural, irônico, que visa à destruição do individualismo da arte moderna, pela forma e pelo conteúdo. Marilyn Monroe, Andy Warhol, 1964. No entanto, esse cenário tão diversificado e dinâmico dificulta a ascensão dos artistas e exige gualidade expressiva para que as obras de arte se tornem referências culturais permanentes, não apenas eventos passageiros. De certa forma, a figuração voltou a ser mais uma maneira de consquistar um público imagético exigente, em um mundo de poder econômico real e palpável. Em contrapartida, a Arte como crítica e conscientização social também encontra no figurativismo uma mídia direta e objetiva em sua função. Pop Art: arte popular, utilizada para nomear uma corrente artística que ser apropriou das imagens da cultura de massa. Arte conceitual: tendência artística cuja essência é a ideia, o conceito, em vez da obra em si, que por vezes se quer precisa estar finalizada. Como surgiu Enquanto Jacson Pollock e Mark Rothko revolucionava a Arte com o Expressionismo abstrato, a figuração se manteve entre alguns artistas norte-americanos, especialmente Edwad Hopper e Georgia O’Keeffe. A fatura da pintora norte-americana Georgia O’Keeffe (1887-1986) trazia uma figuração surrealista quase abstrata cuja composição plástica era frequentemente estruturada em imagens em primeiro plano e valores cromáticos minunciosamente estudados. O realismo na pintura de gênero de Edwad Hopper (1882-1967), de certa maneira, contemplava o resgate emocional da sociedade do pós-guerra ao representar os costumes e a cultura norte-americana da década de 1950, período em que se destacam o Jazz e o nascimento do Rock and Roll. Em sua fatura, nota-se forte influência da fotografia, em cenas realistas bem enquadradas, uso de perspectiva, de luz e de sombras. Na década seguinte, o figurativismo adquiriu uma temática crítica, reflexo de uma sociedade que, paulatinamente, passou a valorizar o consumismo. Começava a delinear o Pós-Modernismo. A Pop Art, termo utilizado pela primeira vez em meados da década de 1950, surgiu na Inglaterra para nomear um grupo de jovens artistas britânicos, mas encontrou campo fértil nos Estados Unidos, com Andy Warhol e Roy Lichtenstein. Outros nomes, entre eles de ex-expressinistas COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS HUGO DE CARVALHO RAMOS ANO LETIVO 2018 4º BIMESTRE ATIVIDADE COMPLEMENTAR Série Turma (s) Turno 3º Ano do Ensino Médio J K L M N NOTURNO Professor: ICLEIA MORBECK Disciplina: ARTE Aluno (a): Nº da chamada: Data: / / 2018 Visto do Professor Nota da Atividade XXXXXXXX Escola de Civismo e Cidadania

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Pop Art e Pós – Modernismo

A arte contemporânea abrange movimentos,

estilo e tendências artísticas que ocorreram a partir da

segunda metade do século XX, estendendo-se até os

dias atuais. Além do abstracionismo expressivo lírico e

geométrico, fizeram (e ainda fazem) parte da arte

contemporânea movimentos e tendências figurativas e

biomórficas que, de alguma forma, se tornaram

referências da sociedade. As críticas à sociedade de

consumo surgiram com a Pop Art, para depois

avançarem com a arte conceitual. As tendências

artísticas que surgiram desde 1960 fizeram parte de um

movimento abrangente denominado Pós – Modernismo,

que se posicionava fundamentalmente contra o

individualismo consumista.

O status econômico e sociocultural do final do

século XX, o desenvolvimento das mídias com

tecnologias transformadoras e interativas, a

desterritorialização causada pela globalização e a

conscientização ecológica são fatores essenciais na

produção artística do início do século XXI, que

comporta uma gama de estilos e tendências. Algumas

sinalizam certo retorno do cooperativismo, valorização

do espíriro comunitário e da crítica social, inaugurando

um conceito pluricultural, irônico, que visa à destruição

do individualismo da arte moderna, pela forma e pelo

conteúdo.

Marilyn Monroe, Andy Warhol, 1964.

No entanto, esse cenário tão diversificado e dinâmico dificulta a ascensão dos artistas e exige gualidade expressiva

para que as obras de arte se tornem referências culturais permanentes, não apenas eventos passageiros. De certa forma, a

figuração voltou a ser mais uma maneira de consquistar um público imagético exigente, em um mundo de poder econômico

real e palpável. Em contrapartida, a Arte como crítica e conscientização social também encontra no figurativismo uma

mídia direta e objetiva em sua função.

Pop Art: arte popular, utilizada para nomear uma corrente artística que ser apropriou das imagens da cultura de massa.

Arte conceitual: tendência artística cuja essência é a ideia, o conceito, em vez da obra em si, que por vezes se quer precisa estar finalizada.

Como surgiu

Enquanto Jacson Pollock e Mark Rothko revolucionava a Arte com o Expressionismo abstrato, a figuração se

manteve entre alguns artistas norte-americanos, especialmente Edwad Hopper e Georgia O’Keeffe.

A fatura da pintora norte-americana Georgia O’Keeffe (1887-1986) trazia uma figuração surrealista quase abstrata

cuja composição plástica era frequentemente estruturada em imagens em primeiro plano e valores cromáticos

minunciosamente estudados.

O realismo na pintura de gênero de Edwad Hopper (1882-1967), de certa maneira, contemplava o resgate

emocional da sociedade do pós-guerra ao representar os costumes e a cultura norte-americana da década de 1950, período

em que se destacam o Jazz e o nascimento do Rock and Roll. Em sua fatura, nota-se forte influência da fotografia, em cenas

realistas bem enquadradas, uso de perspectiva, de luz e de sombras.

Na década seguinte, o figurativismo adquiriu uma temática crítica, reflexo de uma sociedade que, paulatinamente,

passou a valorizar o consumismo. Começava a delinear o Pós-Modernismo. A Pop Art, termo utilizado pela primeira vez

em meados da década de 1950, surgiu na Inglaterra para nomear um grupo de jovens artistas britânicos, mas encontrou

campo fértil nos Estados Unidos, com Andy Warhol e Roy Lichtenstein. Outros nomes, entre eles de ex-expressinistas

COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS – HUGO DE CARVALHO RAMOS

ANO LETIVO 2018 4º BIMESTRE ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Série Turma (s) Turno

3º Ano do Ensino Médio J K L M N NOTURNO

Professor: ICLEIA MORBECK Disciplina: ARTE

Aluno (a): Nº da chamada:

Data: / / 2018

Visto do Professor Nota da Atividade

XXXXXXXX

Escola de Civismo e Cidadania

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abstratos, se interessaram pelo tema, como Jasper Johns (1930) e Rober Rauschenberg (1925-2008), que começaram a

incorporar elementos da arte comercial em suas obras.

A história do tempo

Certa vez Andy Warhol disse: “no futuro todos serão famosos durante 15

minutos”. A frase ficou célebre e suscitou longas análises sociológicas sobre a

sociedade de consumo, a produção em massa de produtos e a função da Arte nesse

contexto. Com formação em Design e trabalhando no meio publicitário em Nova

York, na década de 1960, Warhol produziu uma série de obras baseadas nos

artigos de consumo. Os ready-mades de Duchamp foram referências importantes

na concepção artística pós-moderna, mas a essência da obra de Warhol eram os

objects trouvés e a reprodução mecância de suas próprias obras em serigrafia,

traçando um paralelo crítico com os produtos comerciais, também feitos em série.

Dessa maneria, o artista recriou a crítica inicial da Pop Art e implementou a arte

objetual, uma nova linguagem pictórica e semiótica. As primerias obras foram as

Sopas Campbell’s; a seguir, Warhol produziu e reproduziu os retratos de ícones e

celebridades do mundo social e artístico, usando fotografias instântâneas.

A sociedade de consumo se tornou o principal e especial tema da Pop

Arte de Andy Warhol, que ao introduzir os objets trouvés da civilização moderna

como obras de arte para denunciar o mecanismo consumista da sociedade,

implementou a arte objetual, usando a serigrafia e uma técnica colorida e

brilhante. Objets trouvé: objetos “interpretados”; objetos do cotidiano e naturais que são

incorporados à obra de arte sem intervenção ou modificação; componente essencial da arte objetual.

Campbell’s Soup Can, Andy Warhol,

1962, Coleção Saatchji, Londres.

Che Guevara, Andy Warhol, 1968.

Os retratos mais famosos da Pop Art foram

serigrafias de celebridades produzidas por Andy Warhol

adotando um processo de reprodução de imagens sobre

diversos suportes, como papel, madeira, vidro, entre

outros materiais, ele utilizava uma matriz como moldura e

tela de seda, ou náilon, e desenhos com tinta impermeável

ou cola. Nesse processo de impressão, a tinta passa através

do desenho impermeável, enquanto nos espaços restantes,

não impermeáveis, a tinta forma a imagem a ser impressa

no suporte. Para cada cor é feita uma matriz.

Os estilos, as tendências, as técnicas e os temas no Pós-Moderno

Desde a década de 1960, o Pós-Modernismo caracteriza-se por mudanças nas artes e nas ciências, e por avanços

tecnológicos em informática e nos meios de comunicação, as transmissões e envios imediatos de imagens e textos por satélite e

pela internet, que influenciaram a criação de novos parâmetros artísticos. Nunca, em tempo algum, as imagens estiveram presentes

com tanta velocidade e quantidade em nossa sociedade.

A representação por imagem, uma necessidade do ser humano desde a Pré-História, é intensamente próxima e

significativa no mundo contemporâneo, e vai além de pinturas, esculturas e gravuras como as conhecemos ao longo da história da

Arte. Warhol percebeu essa relação algumas décadas atrás e alertou sobre a superficialidade e a rápida construção e desconstrução

de mitos, signos, celebridades. Nesse contexto, qual é a função da arte contemporânea? Alguns estilos e tendências sinalizam

caminhos que os artistas estão percorrendo ou percorream recentemente, mas, ao longo do tempo, as futuras gerações é que

saberão se a Arte pela Arte pós-moderna permaneceu como representação de um tempo, de um grupo social ou de uma cultura.

Arte sequencial

A arte sequencial é uma mídia antiga utilizada nos rolos orientais, na tapeçaria medieval e até nas histórias em

quadrinhos do século XX e nas capas dos cordéis populares. É uma arte figurativa que conta casos, narra histórias e descreve

situações.

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Os cartoons do século XX, influenciados pelo cinema de animação, adquiriram uma variedade expressiva que atravessou

o século XX e permanece até hoje como um dos mais significativos meios de comunicação e representação imagética da

sociedade. O estilo dos cartoons se expandiu e invadiu o mundo dos jogos interativos, dos desenhos em animação digital e em

vídeos 3D, além de uma série de subprodutos.

Na década de 1960, um dos expoentes da Pop Art, o norte-americano Roy Lichtenstein, se apropriou da linguagem dos

cartoons para compor seu estilo conhecido como hard-edged. Nesse contexto, assim como Warhol se apropriava dos retratos de

celebridades representando-as como ícones bizantinos, Lichtenstein se apropriou e fez releituras dos cartoons de artistas de sua

época, entre eles os da DC Comics e Jack Kirb, um dos criadores da Marvel Comics.

Uma de suas primeiras obras chama-se Garota

chorando, criada como base em uma cena de uma revista

da DC Comics com a história Run for love! Na versão

original, havia um casal de namorados e o balão de

pensamento da garota que se afogava dizia “Eu não me

importo se tiver câimbra”. Lichtenstein alterou a narrativa

ao retirar o namorado e trocar a frase para “Não me

importo! Prefiro afundar a pedir ajuda para Brad”,

trazendo a figura da garota, em meio a ondas, para o

primeiro plano. As linhas grossas, as cores e o movimento

das formas lembram o estilo das gravuras ukyo-ê,

principalmente as ondas da obra de Hokusai.

Para produzir suas obras, Lichtenstein ampliava a

imagem fotográfica com projetores, pintava-a com magna

e óleo, utilizndo o pontilhismo de George Seurat,

ampliava os pontos e os pintava um a um.

Garota chorando, Roy Lichtenstein, 1963, óleo e tinta polímero

sintético, Fundação Phillip Johnson.

Arte sequencial: arte que relata pequenos fatos, utilizando proposta híbrida, composta de imagens e textos.

Hard-edged: estilo de pintura com contornos que definem cores e figuras simplificadas.

Pop Art no Brasil

No Brasil em plena ascensão da ditadura militar, o movimento adquiriu um forte aspecto político. Embora constituísse

um movimento menos organizado, o Pop Art no Brasil utilizava materiais reutilizados em conteúdos impressos com duras críticas

à tortura e à violência da ditadura, assim como reflexões ao cotidiano banal e aos problemas sociais.

O movimento Pop Art no Brasil influenciou ainda diversas manifestações artísticas.

Nas artes plásticas destaca-se Wesley Duke Lee (1931-2010), desenhista e artista plástico que acompanhou as primeiras

manifestações de arte pop em Nova York (EUA). Foi pioneiro na implantação do olhar e da linguagem pop na arte brasileira.

Mas o Pop Art brasileiro ultrapassou o âmbito do pincel e da tinta.

Na música brasileira, a Tropicália é o movimento que mais bebeu da fonte da Pop Art. Em suas criações, alçavam

elementos típicos da cultura popular brasileira ao status de Arte, ao mesmo tempo em que se opunha à ordem imposta pelo

governo militar.

É impossível não falar também do trabalho do carioca Hélio Oiticica, o inventor dos famosos “Parangolés”.

Oiticica é considerado um dos maiores expoentes da Pop Art no Brasil. Referência diretamente esse movimento quando

pinta o amigo apelidado de “Cara de Cavalo” — abatido pela polícia sob os dizeres “Seja Marginal, Seja Herói”.

Nomes como Rubens Gerchman, Claudio Tozzi e Antônio Dias também se apropriaram de suportes e referências usados

pelos ícones da Pop Art americana (como silkscreen, colagens, gibis e desenhos animados) para criar obras que denunciavam,

direta ou indiretamente, o momento de asfixia pelo qual passava a democracia no país.

Obras: “O Filiarcado – Ensaio alquímico com jogos infantis” – Wesley Duke Lee (1999)/ “Tropicália” – Hélio Oiticica (1960).

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Pop Art no Brasil hoje

Nas artes plásticas brasileiras, o Pop Art nunca perdeu força.

Vik Muniz é o representante contemporâneo com suas fotografias cobertas por balas e geleias; Nelson Leirner com sua

fixação com bonecos da Disney e até o polêmico Romero Britto, sucesso de público e fracasso de crítica com seus gatinhos

estilizados em cores primárias.

Em outros territórios artísticos, o Pop Art ainda está lá, mantendo presença como elemento questionador. Temos, na

música, desde o cantor Liniker — e sua “benção do lacre” em prol do empoderamento — até Anitta e o clipe de “Bang”,

com takes que são puro Lichtenstein.

Obras: Vik Muniz/ Romero Britto

Os elementos coloridos da Pop Art também permeiam artigos de decoração e elementos de arquitetura, dando um toque

chamativo, aconchegante e moderno aos ambientes. Muitos pôsteres, quadros, molduras, papéis de paredes e até poltronas

estilizadas têm como berço a técnica do Pop Art de décadas atrás.

O que é Cultura de massa?

Cultura de massa é o produto da chamada Indústria Cultural, consistindo em todos os tipos de expressões culturais

que são produzidos para atingir a maioria da população, com o objetivo essencialmente comercial, ou seja, de gerar produtos

para o consumo.

Seguindo a lógica do capitalismo industrial e financeiro, a cultura de massa busca padronizar e homogeneizar os

produtos, para que possam ser consumidos pela maioria das pessoas. Assim, tudo o que pertence a cultura de massa deve seguir

um padrão pré-definido para o consumo imediato.

Músicas, filmes, gêneros de dança, séries de televisão, revistas, desenhos animados, moda, gastronomia e etc. A lista de

elementos que a Indústria Cultural se apropria e transforma em cultura de massa é gigantesca.

Os meios de comunicação de massas (rádio, televisão, jornais, revistas e, principalmente, a internet) são os principais

aliados da Indústria Cultural para a disseminação da cultura de massa, ajudando no processo de homogeneização cultural e na

alienação dos consumidores.

Vale ressaltar que o termo "massa" não está relacionado, neste caso, com classes sociais, mas unicamente com o grupo

formado pela maioria das pessoas de uma sociedade.

Os responsáveis pela criação do termo e conceito da Indústria Cultural foram os filósofos alemães Theodor

Adorno (1903 - 1969) e Max Horkheimer (1895 - 1973), fundadores da Escola de Frankfurt. Na definição dos filósofos, a

Indústria Cultura representava os grandes grupos midiáticos que controlavam os meios de comunicação de massa e, assim,

ditavam o padrão de consumo, de notícias e de outros serviços que "alimentam" e alienam as pessoas.

https://www.significados.com.br/cultura-de-massa/

QUESTÕES Estas deverão ser copiadas e respondidas em folha de papel almaço, e entregue no dia da prova (25/10) ao chefe de turma antes da

prova, e entregar ao professor aplicador no momento de sua chegada, valendo parte da nota de complemento.

1. Qual é o objeto de crítica e inspiração da Pop Art?

2. Quem foi o maior expoente da Pop Art?

3. Qual é nome da técnica utilizada na composição “O que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão

Atraentes?”, de 1956, de autoria de Richard Hamilton.

4. Quais são os nomes dos representantes do Pop Art da atualidade?

5. O que é cultura de massa?

6. O que Andy Warhol queria expressar com essa reprodução da artista Marilyn Monroe?

7. Como é o nome da técnica utilizada por Andy Warhol que permitia a reprodução em série de suas imagens?

8. Faça uma análise sobre as manifestações de artistas contrárias ao governo militar a partir do golpe de 64.

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1. (Uem 2017) Leia abaixo o trecho da seguinte canção:

Amores da minha vida (interp. Maiara e Maraisa)

Mãe, eu te prometo, vou criar

juízo

Já passou da hora, ai que trem

difícil

Final de semana é quase todo dia

Eu saio à noite e durmo de dia

Mãe, meu Ibope tá valorizado

Deve ser por isso que eu não

tenho namorado

(...)

Ah eu vou ser orgulho da minha

mãe

Vou subtrair uns dez da minha vida

Mas enquanto esse dia não chega

Eu quero é que multiplica

A cultura pop atual é um dos produtos da Indústria Cultural. Ela é

normalmente entendida como entretenimento ou alienação. Ela pode,

todavia, revelar tendências de pensamento e de comportamento presentes em

uma determinada sociedade em um dado momento histórico. O universo da

música sertaneja no Brasil sempre foi muito marcado pela narrativa

masculina. Nesse universo, cantoras como Maiara e Maraisa, de alguma

forma, contestam essa situação, oferecendo um ponto de vista feminino.

A respeito da cultura pop e das questões de gênero, assinale o que for correto. (faça o somatório: .........)

01) A letra da música “Amores da minha vida” indica a inserção de novos pontos de vista narrativos no universo sertanejo, os

quais incluem, por exemplo, a perspectiva feminina.

02) A desigualdade de gênero é evidenciada nas disparidades em relação à posição que as mulheres ocupam na vida pública, nas

relações sociais e nos contextos familiares. A letra de “Amores da minha vida” trata do tema da liberdade da sexualidade

feminina, confrontando determinadas expectativas familiares.

04) A produção musical das cantoras Maiara e Maraisa foge ao esquema oferecido pela Indústria Cultural, por não se constituir

em uma produção comercial e por não seguir uma forma de distribuição que passa pelos suportes industriais e pela lógica do

espetáculo.

08) Nas sociedades contemporâneas, existe uma separação bem demarcada entre as manifestações culturais tradicionais, como a

música caipira e a sertaneja, e as produções modernas e contemporâneas, como a música eletrônica.

16) O conceito de gênero na Sociologia destaca que a classificação do que é feminino ou masculino é, sobretudo, uma construção

social. Nesse sentido, a letra de “Amores da minha vida” evidencia a dinâmica dessa construção ao defender a possibilidade

de “ser mulher” de uma maneira diferente daquela proposta pelas gerações passadas.

2. (Unioeste 2017) O ensaio “Indústria Cultural: o esclarecimento como mistificação das massas”, de Theodor W.

Adorno e Max Horkheimer, publicado originalmente em 1947, é considerado um dos textos essenciais do século XX

que explicam o fenômeno da cultura de massa e da indústria do entretenimento. É uma das várias contribuições para

o pensamento contemporâneo do Instituto de Pesquisa Social fundado na década de 1920, em Frankfurt, na

Alemanha. Um ponto decisivo para a compreensão do conceito de “Indústria Cultural” é a questão da autonomia do

artista em relação ao mercado.

Assim, sobre o conceito de “Indústria Cultural” é CORRETO afirmar. a) A arte não se confunde com mercadoria, e não necessita da mídia e nem de campanhas publicitárias para ser divulgada para o

público.

b) Não há uniformização artística, pois, toda cultura de massa se caracteriza por criações complexas e diversidade cultural.

c) A cultura é independente em relação aos mecanismos de reprodução material da sociedade.

d) A obra de arte se identifica com a lógica de reprodução cultural e econômica da sociedade.

e) Um pressuposto básico é que a arte nunca se transforma em artigo de consumo.

3. (Unesp 2014) Não somente os tipos das canções de sucesso, os astros, as novelas ressurgem ciclicamente como

invariantes fixos, mas o conteúdo específico do espetáculo só varia na aparência. O fracasso temporário do herói, que

ele sabe suportar como bom esportista que é; a boa palmada que a namorada recebe da mão forte do astro, são, como

todos os detalhes, clichês prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente definidos pela

finalidade que lhes cabe no esquema. Desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado, e,

ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o

desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto. O número médio de palavras é algo em

que não se pode mexer. Sua produção é administrada por especialistas, e sua pequena diversidade permite reparti-las

facilmente no escritório. (Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. “A indústria cultural como mistificação das massas”. In:

Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado.)

O tema abordado pelo texto refere-se a) ao conteúdo intelectualmente complexo das produções culturais de massa.

b) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação de massa.

c) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios estatais.

d) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade de consumo.

e) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de entretenimento.

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4. (Uel 2012) Observe a figura a seguir:

O Super-Homem ganha poderes pelos efeitos dos raios

solares, mas tem uma fraqueza: o minério criptonita.

O Homem-Aranha adquire habilidades depois da

picada de um aracnídeo. O Quarteto-Fantástico nasce

dos efeitos de uma tempestade cósmica. Um a um, os

elementos da natureza tornam-se importantes para o

nascimento de vários super-heróis. Porém, mais do que

superpoderosos, esses heróis de Histórias em

Quadrinhos (HQ) também “escondem um segredo”:

I. Reforçam a ideologia de uma nação soberana, a estadunidense, protegida dos inimigos, o que a credenciaria como mantenedora

da liberdade mundial.

II. Veiculam subliminarmente a crença da supremacia dos brancos, enquanto suposta raça mais forte e inteligente face aos demais

grupos étnicos do planeta.

III. Defendem a ideologia da igualdade necessária entre as classes, sem a qual o mundo não poderia viver em paz e em harmonia.

IV. Reconhecem que os verdadeiros super-heróis não precisam de superpoderes, desde que sejam pessoas boas e altruístas.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e III são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

5. (Uffs 2011) É uma forma de cultura produzida industrialmente, e tem por objetivo a lucratividade das corporações de

mídia que nela investem grande capital em máquinas e infraestrutura fabril. Utiliza tecnologia de ponta, destina-se a

um grande público anônimo e impessoal e é distribuída através do mercado e depende de patrocinadores:

a) Cultura Erudita.

b) Cultura Popular.

c) Cultura de Massa.

d) Cultura Midiática.

e) Cultura Eletrônica.

6. (Unicentro 2010) “A indústria cultural, com suas vantagens e desvantagens, pode ser caracterizada pela

transformação da cultura em mercadoria, com produção em série e de baixo custo, para que todos possam ter acesso.

É uma indústria como qualquer outra, que deseja o lucro e que trabalha para conquistar o seu cliente, vendendo

imagens, seduzindo o seu público a ter necessidades que antes não tinham".

Assinale a alternativa correta. a) A indústria Cultural não é uma característica da sociedade contemporânea ela é um produto natural em qualquer sociedade.

b) A indústria Cultural é responsável por criar no indivíduo necessidades que ele não tinha e transformar a cultura em mercadoria.

c) A Indústria Cultural não influência nas necessidades do indivíduo com a sua produção em série e de baixo custo.

d) A indústria cultural faz com que o indivíduo reflita sobre o que necessita, não desejando lucro.

e) A Indústria Cultural prioriza a heterogeneidade de cada cultura.

7. (Ufu 2009) Com relação à chamada cultura de massas ou à mercantilização da cultura, marque a alternativa correta.

a) Para os autores da teoria crítica, as modernas sociedades industrializadas desenvolvem uma produção cultural diversificada,

produzida pelas massas. Essa produção tem por objetivo a satisfação das necessidades humanas, independentemente da lógica

do mercado.

b) De acordo com a teoria crítica, as sociedades modernas capitalistas têm como característica fundamental a produção do valor

de troca, o que possibilita a existência de uma produção artística e cultural totalmente independente da lógica do mercado.

c) Segundo os autores da chamada teoria crítica, há uma tendência, na moderna sociedade capitalista, de transformar tudo em

mercadorias, fazendo com que o critério estético das pessoas passe a ser diferente daquele pelo qual as mercadorias são

analisadas. Esse outro critério é fundado na exterioridade e na lógica de mercado.

d) De acordo com a teoria crítica, há uma tendência na sociedade moderna capitalista de transformar tudo em mercadoria, fazendo

com que o critério estético das pessoas passe a ser o mesmo das coisas. Esse critério funda-se na exterioridade e na lógica do

mercado.

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8. (Uel 2009) De acordo com a crítica à “indústria cultural”, na sociedade capitalista avançada, a produção e a reprodução

da cultura se realizam sob a égide da padronização e da racionalidade técnica.

No contexto dessa crítica, considerando o fast food como produto cultural, é correto afirmar:

a) A padronização dos hábitos e valores alimentares obedece aos ditames da lógica material da sociedade industrializada.

b) O consumo dos produtos da indústria do fast food e a satisfação dos novos hábitos alimentares contribuem com a emancipação

humana.

c) A homogeneização dos hábitos alimentares reflete a inserção crítica dos indivíduos na cultura de massa.

d) A racionalidade técnica e a padronização dos valores alimentares permitem ampliar as condições de liberdade e de autonomia

dos cidadãos.

e) A massificação dos produtos alimentares sob os ditames do mercado corresponde à efetiva democratização da sociedade.

9. (Uenp 2011)

Sobre a cultura de massa, a indústria cultural e a pop art, julgue as

afirmativas. I. A Pop Art socializou a arte mantendo o engajamento político; em suas obras, o

sonho americano se dividiu entre promessa e maldição - já que os avanços

tecnológicos capazes de preencher o mercado com uma série de diferentes

produtos também contribuíam para a criação de armas e outros objetos que

limitavam a liberdade individual.

II. Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a

produção de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de

descontração baseadas na cultura, visando o lucro e produzindo cultura de massa.

III. O grande fato cultural que cerca a televisão é que, a partir dos anos 50, ela

passou a centralizar os debates sobre a cultura de massa da mesma forma que

esses debates eram centralizados no cinema nas décadas de 40 e 50, pois quem

fala nessas décadas tem como referência os anos dourados de Hollywood.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões): a) nenhuma.

b) apenas II.

c) todas.

d) apenas III.

e) apenas I e III.

10. Considerando os múltiplos aspectos relacionados à Pop Art, assinale a opção correta.

a) A Pop Art utilizava contrastes e tonalidades estritamente baseados na forma

como o mundo se apresenta aos olhos.

b) A Pop Art ambicionava conscientizar o espectador sobre os perigos do sexo e

da vaidade feminina relacionados à condição de estrelas hollywoodianas.

c) Na Pop Art, a estratégia/recurso de repetição da imagem tinha como propósito

o reforço da importância e identidade das celebridades.

d) A Pop Art desafiava as Belas Artes, por incorporar imagens e ícones da

cultura popular, bem como da publicidade e das mídias impressas.

e) Na Pop Art, apesar da contradição, as regras de composição eram rígidas e

seguiam uma lógica de inspiração renascentista.

11. Durante a ditadura militar no Brasil, a partir do golpe de 1964, muitos artistas foram perseguidos e impedidos de

mostrar suas obras. Toda a produção artística deveria antes ser avaliada pela censura, que liberava o que considerava

adequado para ser mostrado ao público. Manifestações contrárias ao governo militar só passavam pela censura se

conseguissem enganar os censores, ou se encontrassem outros caminhos de divulgação. Nas obras abaixo podemos

perceber:

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a) A apropriação de objetos do cotidiano, na tentativa de romper qualquer barreira entre a arte e a vida comum. As obras

acima fazem parte do movimento Pop Art, do inglês “arte popular”, que começou em 1960 nos Estados Unidos.

b) O interesse do artista são os temas comuns, que falem sobre o cotidiano. Para tornar suas obras populares o artista Pop usa

semelhantes recursos aos dos meios de comunicação em massa apropriando-se de objetos e produtos de gosto popular.

c) Que o artista faz uso de apropriações comuns à produção artística contemporânea. Suas obras, naquele momento, tinham

um caráter de contestação política e se inseriam nas novas formas de propor arte que se popularizavam desde os anos 60.

d) Que o valor artístico não está na imagem e sim na ação proposta pelo artista, que propõe a reprodução da sua obra por

qualquer pessoa criando uma barreira que o protegia da censura e fazia sua obra ser popular e ele um artista conhecido por todos.

e) A tentativa do artista em burlar a ditadura. Se observarmos bem, as duas obras fazem parte de um mesmo trabalho -

Inserções em circuitos ideológicos - e só podem ser entendidas quando todas as obras desse projeto estão juntas.

Bons Estudos!