Especialização em Fisiologia do Exercício Prof. Germano · É a interrupção na continuidade de...

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1 Especialização em Fisiologia do Exercício Prof. Germano Plano lateral Plano frontal Plano transversal Eixo medio-lateral Eixo ântero-posterior Eixo céfalo-caudal Tecido ósseo O OSSO É UM TECIDO DINÂMICO QUE CRESCE ATÉ A IDADE ADULTA. APÓS A IDADE ADULTA, ESTÁ SOB CONSTANTE REMODELAMENTO SOFREM MODELAMENTO DADO UM ESTÍMULO APROPRIADO Tecido ósseo Tecido não homogêneo: Osso compacto (70-95% tec. inorgânico) - diáfises e paredes externas. Resistem mais à compressão. Osso esponjoso (30-90% tec. orgânico) - epífises e paredes internas. Resistem mais às deformações porque oferecem maior armazenamento de Energia. Canais de Havers Canais de Volkmann osteocondrose: interrupção do suprimento sanguíneo para a epífise

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Especialização em Fisiologia do Exercício

Prof. GermanoPlano lateral Plano frontal Plano transversalEixo medio-lateral Eixo ântero-posterior Eixo céfalo-caudal

Tecido ósseo

O OSSO É UM TECIDO DINÂMICO QUE CRESCEATÉ A IDADE ADULTA.

APÓS A IDADE ADULTA, ESTÁ SOB CONSTANTEREMODELAMENTO

SOFREM MODELAMENTO DADO UM ESTÍMULOAPROPRIADO

Tecido ósseo

Tecido não homogêneo:

Osso compacto (70-95% tec. inorgânico) - diáfises e paredesexternas. Resistem mais à compressão.

Osso esponjoso (30-90% tec. orgânico) - epífises e paredes internas.Resistem mais às deformações porque oferecem maiorarmazenamento de Energia.

Canais de HaversCanais de Volkmann

osteocondrose: interrupção do suprimento sanguíneo para a epífise

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• células: osteócitos, osteoblastos e osteoclastos

Osteoblasto - célula óssea responsável pelaprodução de tecido ósseo

Osteoclasto - célula óssea responsável pelareabsorção de tecido ósseo

Osteócito - osteoblastos envolvidos pelaprópria matriz que produziram.

Osteoblasto Osteoclasto

Osteócito

ADAPTAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO AO EXERCÍCIO

• Indivíduos acamados sofrem severa perda do tecido ósseo (1%/semana)

•Steady State ósseo é atingido após perda da ordem de 30 a 40 %

• Corredores (cross-country) apresentam mais massa óssea quandocomparados à sedentários de mesma idade e peso (Dalin & Olsson,1974).

• Atletas (mulheres) de nível universitário, apresentam maior densidadeóssea vertebral que o grupo controle (sedentárias). Na pósmenopausa

esta diferença se acentua.

• Mulheres no período de pós-menopausa, praticantes de atividadefísica (1 hora / 3x semanais / 1 ano) aumentaram sua densidadeóssea. Inativas diminuíram sua densidade no mesmo período (Aloia et

al., 1978).

ADAPTAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO AO EXERCÍCIO

• SUSAN et al. (1993), comparam atividades que impõem forças externas (corrida, saltos, dança) com a natação (forças internas).Resultado: Crianças do primeiro grupo apresentaram maior densidade óssea.

Tempo para adaptação: Após 3 meses de atividade, corredores nãoapresentaram ganho significativo da massa óssea. (Nilsson, 1971).

Soldados: Observa-se grande aumento (5 - 10 %) da massa ósseade recrutas, após 16 semanas de treinamento. Grupo apresenta alto

índice de lesões ósseas.

•Astronautas apresentam grande excreção de cálcio através da urina. Após 1 ANO de permanência no espaço (Marte) podem ocorrer perdas de massa óssea da ordem de 25 % (Raumbaut et al., 1979).

*Exercícios vigorosos não foram suficientes para prevenir a perda óssea*

• Animais submetidos à centrifugação diminuíram sensivelmente aperda de massa óssea. Video

Fotos

CARACTERÍSTICAS DO TECIDO ÓSSEO DE CRIANÇAS

• Maior Proporção de Colágeno�Aumento da flexibilidade óssea�Maior tolerância à deformação plástica

•Diminuição da resistência à compressão•Alto potencial de remodelagem

• Forças aplicadas nos ossos longos de crianças geram mais lesões nasepífises, na região do disco epifisário, do que nas articulações. (Wilkins, 1980).

• Cápsula articular e ligamentos do ombro de crianças são de 2 a 5 vezes maisresistentes do que os discos epifisários (Tibone, 1983).

• Albanese et al. (1989) relatam 3 casos de fechamento prematuro dascartilagens de crescimento (epífise distal do rádio) em ginastas. Encurtamentodo rádio e alterações no alinhamento rádio-ulnar também foram observados.

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Diáfise

Epífise

Disco Epifisário

Local de maior sensibilidade é a zona de crescimento�

Células ou suporte sangüíneo são danificados irreversivelmente�

Distúrbios de Crescimento

Grande sobrecarga

osteocondrose

- + -

- + -

- + -

- + -

- + -

- + -

- + -

Osso esponjoso

Osso compacto

ClavículaMARINO (1984) correntes elétricas estimulam a formação de calo ósseo;

BRIGHTON (1981) estimulação elétrica emagnética estimulam a consolidação de fraturas.

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Construção óssea

Absorção óssea

Atividade aumenta

Atividade diminui

Diminuição do stress

Aumento do stress

Desenvol-vimentoótimo

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STRESS

• sobrecarga traumática: aplicação de uma força simples de magnitude suficiente para causar lesão ao tecido biológico (fratura traumática)

• sobrecarga repetitiva: aplicação repetida de uma carga não traumática (baixa magnitude). (fratura de fadiga, fratura de stress)

Resultado da distribuição interna da Força aplicadaexternamente sobre o corpo (F / área)

A geometria é mais importante do que a magnitude

TIPOS DE SOLICITAÇÃO MECÂNICA NO CORPO HUMANO

COMPORTAMENTO MECÂNICO DO TECIDO ÓSSEO

Força

Região Elástica

Região Plástica

Ponto de ruptura

ENSAIO MECÂNICO DE PEÇA ÓSSEA

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COMPORTAMENTO MECÂNICO DE ALGUNS MATERIAIS COMPORTAMENTO MECÂNICO DO TECIDO ÓSSEO EM FUNÇÃO DA DIREÇÃO DA FORÇA APLICADA

COMPORTAMENTO MECÂNICO DO TECIDO ÓSSEO EM FUNÇÃO DA IDADE

2.002 atletas com lesão FRATURAS

É a interrupção na continuidade de um osso

Simples x expostas

Avulsões: fratura causada por um tensionamento do tendão na apófise

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Cartilagem

Características

• Recobre as extremidades ósseas• 1 – 5 mm de espessura• Deformável• Avascular, não inervada

Funções

• Distribuição de Stress• Deslizamento articular

COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA

CONDRÓCITOS

1. 10% volume tecidual

2. Produzem, Secretam e organizam a matriz extracelular

3. Variam de tamanho, formato e densidade em função da localização

Composição e estrutura: matriz extra-celular

COLÁGENO

1. 40% do peso seco é colágeno

2. Alto nível de organização

Cartilagem

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Cartilagem CartilagemEfeito Creep

Video

Ligamentos - tendões Ligamentos – tendões – idade x sobrecarga

Ligamento

Fatores que afetam as propriedades mecânicas

Mobilização e Imobilização

• LCM (coelhos) após 9 semanas de imobilizaçãoocorreu diminuição de 1/3 da carga para falha.

Um ano para recuperar as características normais.

Ligamentos

Fatores que afetam as propriedades mecânicas

Esteróides

– Inibição da síntese de colágeno– Rigidez, carga para falha e absorção diminuída após injeção de corticosteróides. Comportamento é tempo de dose dependente.

Mudanças mínimas após 6 semanas, após 15 semanas carga de falha máxima (20%)absorção de energia (11%)rigidez (11%).

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ARTICULAÇÕES

1. Sinartroses:a) Suturasb) Sindesmoses

2. Anfiartrosesa) Sincondrosesb) Sínfises

3. Diartroses ou sinoviais

Articulações sinoviais

§ Cápsula articular§ Cartilagem articular§ Líquido sinovial

Articulações e eixos

§ Um eixo: uniaxial – 1 grau de liberdade§ Dois eixos: biaxial – 2 graus de liberdade

Três eixos: triaxial – 3 graus de liberdade

Formatos das superfícies ósseas articuladasJuntas mecânicas x juntas biológicas

Posição travada (coaptação fechada)Acetábulo e fêmur +Fossa glenóide e úmero –

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Articulações

REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA ESTRUTURA MUSCULAR

Video

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REGULAÇÃO DO MOVIMENTO� Músculos bi ou poli articulados. Desvantagens: são incapazesde se encurtarem ou estirarem até uma distância suficiente para produzir um movimento completo em todas as articulaçõesatravessadas simultaneamente.

• AGONISTA - Músculo principal na contração muscular. Agonista primário e acessório. Ex.: Na flexão do cotovelo, o m. braquial e o m. bíceps do braço são agonistas primários, o m.braquiorradial, m. extensor radial longo do carpo e o m. pronador redondo são agonistas acessórios.

• ANTAGONISTA - Músculo que oferece resistência à contração muscular. opõe-se a um movimento. Gera torque em oposição àquele gerado pelo agonista.

•FIXADOR - Imobiliza uma articulação para realizar o movimento de outra articulação. Ex.: o m. rombóide fixa a escápula para movimentar somente o braço.

• NEUTRALIZADOR - Evita a ação indesejada quando um m.agonista realiza o movimento. Ex.: O m. bíceps do braço produztanto flexão do cotovelo quanto supinação do antebraço. Seapenas a flexão do cotovelo é desejada o m. pronador redondoage como neutralizador na supinação do antebraço.

RELAÇÃO FORÇA X ÁREA DA SECÇÃO TRANSVERSA DO MÚSCULO

O efeito mais evidente do treinamento de força, além do próprioaumento da força do indivíduo, é o aumento do tamanho domúsculo.

A força máxima que um músculo pode gerar é proporcional à áreada secção transversa do músculo (28 a 90 N/cm2)

Relação comprimento – tensão

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Série

Tendões

FáciasEndomísioPerimísioEpimísio

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Músculos mono, bi e poli-articulados

Mono – braquial

Bi – biceps e gastroquinemio

Poli – flexores dos dedos

Insuficiência ativa

Alavancas

Interfixa Interresistente Interpotente

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