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    ENTREVISTAS

    http://revista.espiritolivre.org | #015 | Junho 2010

    Mark EvansCMS glFusion

    Tristan RenaudCMS Jahia

    Dan Fuhry e Neal GompaEnanoCMS

    oorrttaabbiilliiddaaddee ddee SSooffttwwaarree -- PPgg 1144

    ppaaggooBBII:: PPllaattaaffoorrmmaaaabbeerrttaaddee BBII -- PPgg 5599

    aappeell ttiimmbbrraaddoo nnoo BBrrOOffffiiccee..oorrgg -- PPgg 8888

    AAss oorriiggeennss ddoo SSooffttwwaarree LLiivvrree -- PPgg 7766

    CCoonnttrriibbuuiinnddoo ccoomm oo KKeerrnneell LLiinnuuxx -- PPgg 220

    SSoorrtteeiiooss ee PPrroommooeess -- PPgg 1122

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    COM LICENA

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org |0

    http://revista.espiritolivre.org/http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pthttp://revista.espiritolivre.org/
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    CMS. Esse um assunto que divide opinies por diversos motivos.Talvez o mais evidente talvez seja que muitos desenvolvedores que gostam deconstruir seus projetos "na unha" consideram que o uso de um sistema degerenciamento de contedo previamente construdo desnecessrio ou queseu uso trs "efeitos colaterais". Um destes efeitos seria a dependncia da

    ferramenta com o passar do tempo, ou ainda o ato de se prender apenas aotemplates (modelos de layout) j existentes. No considerando apenas aquesto do visual, os CMS exercem uma importante tarefa em praticamentequalquer sistema que dependa de atualizaes constantes e dinamicidade. Equando o CMS tem seu cdigo aberto, a experncia de adapt-lo a nossanecessidade se torna ainda mais gratificante.

    Existem dezenas de CMS sendo utilizados por toda a Web, muitos delesmundialmente famosos e outros nem tanto. A edio deste ms conversoucom diversos desenvolvedores, responsveis por vrias destas solues. Almdas entrevistas, casos de sucesso e outros relatos de uso de gerenciadores decontedo ilustram esse cenrio dinmico, onde os CMS se encontram.

    Tivemos como entrevistados, Tristan Renaud, vice-presidente do Jahia

    Software Group, responsvel pelo CMS Jahia Mark Evans, lder do projetoglFusion e batemos um papo com Dan Fuhry e Neal Gompa, criadores doEnanoCMS. Tambm recebemos contribuies de Rafael Silva, criador do siteDrupal Brasil, que em sua matria traz motivos bastante convincentes quantoao uso do Drupal, inclusive apresentando casos bem sucedidos de uso destefamoso CMS. Yuri Almeida aponta para uma vertente bem interessante em suacontribuio, falando dos CMS e a produo colaborativa de contedo. RafaelLeal traz um questionamento pertinente no ttulo de sua matria: Usar CMSdesvaloriza o meu trabalho? Tivemos ainda outras contribuies sobre oassunto de capa que merecem toda a nossa ateno.

    Alm do tema CMS, Rodrigo Carvalho fala sobre como ter um mediacenter movido a Linux, e para isso apresenta diversas solues neste sentido.Andr Noel nos traz uma matria intitulada "Ubuntu para todos ns!", onde fala

    sobre Ubuntu, a histria desta distribuio GNU/Linux e sua relao com osignificado real da palavra "Ubuntu". Kemel Zaidan faz uma reflexo bastanteprofunda sobre o termo "software livre", alm de o contrapor com outrosconceitos. Wilkens Lenon aprofunda no conceito software livre, mostrandosuas razes, suas origens.

    Nosso colunista Cezar Taurion fala sobre como contribuir para o KernelLinux, enquanto Alexandre Oliva, aborda o tema Portabilidade, porm aplicadoao campo do software, uma proposta bem interessante por sinal.

    Miguel Koren fala sobre o SpagoBI-, uma plataforma BI livre e abertaenquanto Klaibson Ribeiro traz uma dica que deve ser interessante para muitagente que trabalha em escritrios e precisa de fazer o papel timbrado daempresa. Carlisson Galdino apresenta seu nono episdio de Warning Zone,intitulado "Quarto de Hotel".

    A seo Quadrinhos tem estreia com Luis Gustavo da Silva que chegacom duas tiras de sua autoria. Fernando Alkmin e Jos James tambm estopresentes.

    A todos os colegas colaboradores que no foram mencionados aqui, omeu muito obrigado e convite para continuarem conosco na propostada construo de uma publicao de qualidade e que acara do nosso leitor.

    Aquele forte abrao a todos os envolvidos e nosvemos na prxima edio!

    EDITORIAL / EXPEDIENTE

    Gerenciando contedo!

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org |0

    Joo Fernando Costa Jnior

    Editor

    EXPEDIENTEDiretor Geral

    Joo Fernando Costa Jnior

    EditorJoo Fernando Costa Jnior

    RevisoAcio PiresAlexandre A. BorbaFelipe Buarque de QueirozFrancisco Adrivagner DantasEliane Domingos

    TraduoPaulo de Souza Lima

    Arte e DiagramaoEliane DomingosJoo Fernando Costa JniorIgor Morgado

    Jornalista ResponsvelLarissa Ventorim CostaES00867-JP

    Capa

    Carlos Eduardo Mattos da Cruz

    Contribuiram nesta edioAlexandre A. BorbaAlexandre OlivaAndr NoelCrlisson GaldinoCarlos Eduardo Mattos da CruzCezar TaurionDaigo AsukaDan FuhryFernando Alkmim de Almeida

    Flvia SuaresFrancilvio AlffHailton David LemosIgor MorgadoJoo Fernando Costa JniorJos James Figueira TeixeiraKemel ZaidanKlaibson RibeiroKlayson BonattoLuis Gustavo Neves da SilvaMark EvansMiguel Koren O'Brien de LacyMilla MagriNeal GompaPaulo de Souza LimaRafael Silva

    Rafael Leal da SilvaRoberto CohenRoberto SalomonRodrigo CarvalhoTristan RenaudWilkens Lenon Silva de AndradeYuri Almeida

    Contato

    [email protected]

    O contedo assinado e as imagens que o integram, sode inteira responsabilidade de seus respectivos autores,no representando necessariamente a opinio daRevista Esprito Livre e de seus responsveis. Todos osdireitos sobre as imagens so reservados a seus

    respectivos proprietrios.

    http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/
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    EDIO 015

    CAPADrupal, o seu prximo CMSBons motivos!

    44

    COLUNASPortabilidade de SoftwareSer que funciona?!

    14Warning Zone

    Episdio 9 - Quarto de Hotel

    17

    Kernel LinuxSaiba como contribuir

    20

    S U M R I O

    95 AGENDA 06 NOTCIAS

    CMS, It CanSim, ele pode!

    47Entrevista com Mark

    Evans, do CMSglFusion

    PG. 32

    Sute de EscritrioQual a melhor?!

    24

    Entrevista com TristanRenaud, do CMS Jahia

    PG. 26

    Entrevista com Dan

    Fuhry e Neal Gompa,

    do Projeto EnanoCMS

    PG. 39

    CMS e Produo de ContedoUma aliana e tanto...49Caso de sucesso: JoomlaSecretaria da Fazenda do ES

    53

    O uso do CMSe a desvalorizao do trabalho

    56

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    09 LEITOR 12 PROMOES

    GESTOSuporte TcnicoOs desafios para os gestores

    58

    QUADRINHOSQuem paga o software livre?Software livre como gua!Open OfficeDepartamento Tcnico

    ENTRE ASPASCitao de Bjarne Stroustrup

    ESCRITRIO LIVRE

    MULTIMDIA

    GRFICOSComputao Grfica LivreDesmistificando...

    84

    93

    Papel timbrado no BrOffice.orgSaiba como fazer

    88

    Como ter um Media CenterMovido a Linux...

    90

    FORUMIsaac Newton e Software LivreTudo a ver...

    66

    Software Livre e suas origensSaiba como tudo comeou

    76Grupo de UsuriosSaiba como atuar

    82

    Ubuntu para todos nsPara mim, para voc...

    70Use Software Livre,

    No use "Software Pirata"

    73

    SpagoBIPlataforma BI livre e aberta

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    Firefox 3.6.4 Anti-CrashJ est disponvel o Fire-fox 3.6.4, verso que final-mente implementa aexecuo dos pluginsnum espao independen-te do programa principal.Mas o que isso quer di-zer? Em caso de erro, o

    browser dever permane-cer imune a crashes, sendo apenas afetado oplugin correspondente. Um exemplo?! Se oFlash crashar devero ter apenas a janela res-pectiva a fechar, em vez de levar todo o Firefoxe restantes pginas abertas com ele. Mais infor-maes no Blog da Mozilla. http://blog.mozil-la.com/blog/2010/06/22/firefox-3-6-4-with-crash-protection-now-available/.

    Jolicloud com suporte a touchscreenJolicloud, sistemaoperacional basea-do no Ubuntu Re-mix, continua aevoluir tendo chega-do uma nova ver-so compatvel

    com uma srie de telas sensveis a toque. Almdisso, a interface tambm foi revista sendo ago-ra baseada em HTML5. Para os que desejam

    mais informaes, visitem o site oficial:http://www.jolicloud.com.

    Sites governamentais so alvos de crackersVrios sites governamentais esto sendo alvode invases para uso massivos de SPAM. Deacordo com anlise publicada no site da empre-sa de segurana Sucuri.net, crackers invadiramdiversos domnios do governo brasileiro e inseri-ram links e termos que ajudam suas pginas a al-

    canar posies mais altas em uma busca por"Viagra" ou "Cialis" no Google, por exemplo. Pa-ra descobrir que sites federais esto infectados,digite a busca "viagra soft" inurl:.gov.br e/ou "cia-lis" inurl:.gov.br.

    Lanado WattOS R2Na ltima quarta-feira, dia23 de junho, os desenvol-

    vedores responsveis pe-lo WattOS apresentarama mais nova verso parasua distribuio. Entre asmudanas ocorridas noWattOS R2, est a adiodo gerenciador de login

    LXDM em substituio ao SLIM. WattOS umadistribuio Linux com bases no Ubuntu, que uti-liza o gerenciador de janelas Openbox. Saiba

    mais em http://www.planetwatt.com.

    Nova falha do Firefox permite injeo de c-digo

    Foi identificado umproblema na manei-ra com que o Fire-fox lida com linksque so abertosem uma nova jane-la ou aba, permitin-

    do que osatacantes injetem

    cdigo arbitrrio enquanto mantm uma URL en-ganosa na barra de endereo do navegador. Avulnerabilidade, que a Mozilla corrigiu na verso3.6.4 do Firefox, engana os usurios fazendoque eles pensem estar visitando um site legti-mo, enquanto enviam o cdigo arbitrrio ao na-vegador.

    NOTCIAS

    NOTCIASPor Joo Fernando Costa Jnior

    |0Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    http://blog.mozilla.com/blog/2010/06/22/firefox-3-6-4-with-crash-protection-now-available/http://blog.mozilla.com/blog/2010/06/22/firefox-3-6-4-with-crash-protection-now-available/http://blog.mozilla.com/blog/2010/06/22/firefox-3-6-4-with-crash-protection-now-available/http://blog.mozilla.com/blog/2010/06/22/firefox-3-6-4-with-crash-protection-now-available/http://www.jolicloud.com/http://www.jolicloud.com/http://www.planetwatt.com/http://www.planetwatt.com/http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://www.jolicloud.com/http://blog.mozilla.com/blog/2010/06/22/firefox-3-6-4-with-crash-protection-now-available/http://www.planetwatt.com/
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    Rapidshare cancela uploads de contedosprotegidos

    O Rapidshare, umdos servios mais fa-

    mosos de comparti-lhamento earmazenamento dearquivos na Inter-net, decidiu cance-lar o programa de

    incentivo aos usurios que realizam uploads decontedos protegidos. A alegao dos criadoresdo servio que eles no querem mais ser vis-tos como incentivadores da pirataria no universovirtual. A companhia informa ainda que j iniciou

    o cancelamento de contas daqueles que fazemo upload ou download de contedos protegidos,armazenando os IPs dos mesmos para "fins le-gais".

    2000 alunos do ES recebero laptops atravsdo Programa Um Computador por Aluno

    A iniciativa faz partedo Um ComputadorPor Aluno (UCA), pro-

    grama do Ministrioda Educao (MEC)que permitir a aquisi-o de computadoresportteis novos com

    contedos pedaggicos pelas redes pblicas deeducao bsica. Segundo o MEC, cada laptopcusta R$ 550,00. As mquinas tm 512 megaby-tes de memria, tela de cristal lquido de sete po-legadas, peso de 1,5 quilo e bateria com

    durao de trs horas.

    Adeus GoblinX. Seja bem vindo Imagineos!O projeto GoblinX informa que deixar de existira partir desta semana e que em seu lugar nasceum novo projeto, uma reformulao do originalem busca de novas fatias de mercado. Todos osrecursos a servio do GoblinX esto agora a dis-ponio do novo projeto chamado: Imagineos. Osite do GoblinX e frum j foram redirecionados

    para o novo sistema que ter a primeira ISO lan-ada em breve. Visite: http://www.imagine-os.com.br.

    Google e YouTube vencem processo da Via-comO Google ganhouuma batalha contraas empresas de m-dia depois que um

    juiz federal de Ma-nhattan indeferiu um processo da Viacom no va-lor de 1 bilho de dlares acusando acompanhia de permitir vdeos protegidos por di-reito autoral em seu site YouTube sem permis-

    so. A Viacom disse que planeja apelar dadeciso.

    R7 estreia e-mail gratuito com 10 GBO portal R7 lanou estasemana o seu servio dee-mail com capacidadepara armazenar at 10GB. O servio gratuito edisponibiliza a qualquer in-

    ternauta uma conta coma extenso @r7.com. O servio conta com to-das as principais funcionalidades oferecidas pe-los concorrentes, como controle de spam,antivrus automtico, calendrio, lista de conta-tos, opes para criar pastas, confirmao de lei-tura, verificador ortogrfico e rascunho demensagem. Conhea: www.r7.com.

    Filme sobre o Facebook, em breve em um ci-

    nema perto de vocE o nome da obra chama-se "The SocialNetwork", filme que contar a histria dos basti-dores da fundao do site Facebook, chegaraos cinemas do Brasil no dia 3 de dezembro, se-gundo previso da Columbia Pictures, respons-vel pela distribuio da obra. O lanamento nosEstados Unidos est marcado para o dia 1 deoutubro. Saiba mais aqui: http://en.wikipe-dia.org/wiki/The_Social_Network.

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    http://www.imagineos.com.br/http://www.imagineos.com.br/http://www.imagineos.com.br/http://www.r7.com/http://www.r7.com/http://en.wikipedia.org/wiki/The_Social_Networkhttp://en.wikipedia.org/wiki/The_Social_Networkhttp://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://www.r7.com/http://en.wikipedia.org/wiki/The_Social_Networkhttp://www.imagineos.com.br/
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    Free Software Foundation lana manifestocontra o ACTA

    A Free SoftwareFoundation (FSF)

    lanou recentemen-te uma manifestocontra o Tratado Co-mercial Antipirata-ria (ACTA, na sigla

    em ingls). O ACTA era um tratado de repres-so pirataria de bens fsicos, pelo menos emsua concepo inicial. Hoje, se tornou uma alter-nativa debatida entre pases desenvolvidos paracombater a ampla distribuio de contedos e in-formao pela internet. O manifesto, em ingls,

    est no site da fundao. De acordo com a FreeSoftware Foundation, o ACTA uma ameaa aosoftware livre.

    Google Voice aberto ao pblicoO Google acaba deinaugurar nos Esta-dos Unidos da Amri-ca o Google Voice,seu to aguardado

    servio de gerencia-mento de telefoniacustomizvel. O Goo-

    gle Voice possui a capacidade de chamar vriostelefones, ao mesmo tempo, ou um de cadavez, dependendo apenas de como voc configu-rou suas preferncias no sistema. Saiba mais:http://google.com/voice.

    Estado brasileiro no deve questionar o Goo-

    gle e o Facebook, diz GetschkoO Brasil no deve engrossar a lista de pasesque questiona o Google e o Facebook por condu-tas irregulares. o que pensa o presidente doNIC.br (Ncleo de Informao e Coordenaodo Ponto BR), Demi Getschko. Segundo ele, osconflitos entre usurios e os sites devem ser in-termediados por rgos de defesa da privacida-de e at mesmo pela justia. "No acho que opas, como Estado, deva se posicionar", disse.

    Abertas as inscries para os Grupos deUsurios no fisl11

    Assim como em ediesanteriores, o fisl11 abre

    espao para grupos deusurios das mais diversaslinguagens, tecnologias,sistemas operacionais ecorrentes tecnolgicas

    relacionadas ao software livre. O diferencialdeste ano divulgar o ambiente de rede derelacionamento totalmente software livrechamado Noosfero. Para participar o Grupodever se registrar e criar a sua comunidade.Saiba mais no site do fisl11.

    Chromoting: Chrome OS rodar aplicativostradicionais de desktop

    O sistema operacionalGoogle Chrome OS serlanado at o final desseano, ou seja, voc sercapaz de comprar umnetbook sem o Windowsinstalado, e sim com o

    Chrome OS. Entretanto, onovo sistema trar o Chromoting, que ao quetudo indica ser um recurso que rodaraplicativos de desktop, os "offline", no Chrome,podendo incluir at os de Windows.

    Lanado Thunderbird 3.1Os desenvolvedores daMozilla lanaram a verso3.1 de seu cliente de e-mail

    open source, o Thunderbird,que traz como seucodinome "Lanikai". Estaverso inclui uma srie demelhorias referentes

    estabilidade e memria, contando tambmcom a incluso de novas funcionalidades. comoo novo Saved Files Manager que exibe todos osarquivos baixados via e-mail. Ele pode serbaixado aqui.

    NOTCIAS

    |0Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    http://google.com/voicehttp://google.com/voicehttp://softwarelivre.org/fisl11http://softwarelivre.org/fisl11http://www.mozillamessaging.com/en-US/thunderbird/all.htmlhttp://www.mozillamessaging.com/en-US/thunderbird/all.htmlhttp://revista.espiritolivre.org/http://www.mozillamessaging.com/en-US/thunderbird/all.htmlhttp://google.com/voicehttp://softwarelivre.org/fisl11http://revista.espiritolivre.org/
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    Esta seo sua leitor! Coloque a boca no trom-bone! No fique com vergonha: diga-nos o queachou da ltima edio ou das ltimas matrias!Algo no ficou legal? Alguma matria lhe ajudoumuito? Ficou satisfeito por ter encontrado o queprocurava? Ento manifeste-se e mostre a nse aos demais leitores o quo importante ter o"esprito livre". Abaixo listamos alguns comentri-os que recebemos nos ltimos dias:

    tima revista, veio em bom momento parasuprir uma necessidade dos usurios de SL etambm dar um ar profissionalismo ao copyleft.Rmulo de Carvalho - Campina Grande/PB

    Uma revista que cobre de forma completa, etcnica a sena do cdigo aberto. Comentrevistas e artigos muito interessante quevem contribuindo para o desenvolvimentoprofissional de muitos.Adilson Santos da Rocha - So Paulo/SP

    Incrvel. Sempre com matrias muito bemescolhidas. Uma fonte de conhecimento tanto

    especfico na rea de software livre, como noaspecto cultural envolvido. Muito boa, e omelhor, LIVRE!Caio William Carrara - Votorantim/SP

    Sempre buscando divulgar o melhor doconhecimento em Software Livre, a revistaEsprito Livre est sempre a frente a cadaedio. Parabns a todos os envolvidos.Enias Ramos de Melo - So Paulo/SP

    uma revista que aborda vrias questessobre o software livre de forma com que todosentendam do que est se falando e abertapara toda a comunidade.Ricardo Esteves Pontes - Campinas/SP

    Muito interessante, fcil e prtica, da a nsprogramadores, iniciantes ou a temposdesenvolvedor, dicas importantes sobre o futuroda linguagem, sempre mostrando os pontos ater em mente a como programar com qualidadee portabilidade. Isso fantstico, genial,parabns continuem assim, sempre nosajudando com idias brilhantes.

    Felipe Freitas de Oliveira - So Paulo/SP

    Uma excelente revista que agrega muitoconhecimento para a minha vida profissional.S gostaria que tivesse uma verso impressa.Denis Brandl - Blumenau/SC

    uma revista muito legal, imparcial, e comassuntos muito diversos, possibilitando aosleitores ampla viso sobre os assuntos do

    mundo open-source.Thomas Jefferson Pereira Lopes - Itapevi/SP

    Fiquei impressionado com a revista, trata osassuntos de forma nica e com espritoinvejvel, parabns pelas entrevistas que vodireto ao ponto e nos remetem s verdadeirasaulas de conhecimento.Diego Pereira de Melo - Guarulhos/SP

    COLUNA DO LEITOR

    EMAILS,SUGESTES ECOMENTRIOS

    Ayhan YILDIZ - sxc.hu

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    Liberdade de escolha e solues colaborativas,esse o esprito da coisa. Revista Esprito Livrelhe mostra o caminho.Fernando Coutinho Vieira - Gara/SP

    Esta revista me forneceu sempre bonsconhecimentos que aperfeioaram a forma comque desenvolvo minhas aplicaes.Ricardo G. Schmidt - Jaragu do Sul/SC

    A melhor iniciativa livre de produo de mdiaintegrando os conceitos bsicos do softwarelivre, ou seja, respeitando a liberdade dosusurios e qualificando o conhecimento semfronteiras e barreiras. Leitura obrigatria entretodo(a)s que desejam estar bem informado(a)se integrado(a)s nas boas coisas que o livreacesso ao conhecimento nos trs. Exemplo deorganizao e qualidade na produo grfica,alm de contedo de nvel superior, dignificandoseus editores e colaboradores. Sucesso maisque merecido e parabns para todo(a)s.Ronaldo Cardozo Lages - Palhoa/SC

    Excelente revista para informao e promoo

    do SL. Cada edio traz novidades,estimulando o conhecimento e aprendizado dastecnologias livres e promovendo a cultura decompartilhamento.Luiz F. Carvalho - N. Sra. do Socorro/SE

    a primeira edio da revista que tenho aoportunidade de conhecer. Apesar de ter umatima impresso, no tenho condies de julgarainda. Mesmo assim, deixo o meu

    agradecimento pelo esforo em escrevermatrias de qualidade e com temas importantes.Josadaque Oliveira - Vitria da Conquista/BA

    Abrangente...dedicada ao software livre cumpreseu papel buscando e informando a todos o queacontece neste setor.Luiz Alcantara Junior - Goianinha/RN

    A Revista Esprito Livre uma das minhas

    referncias para as dvidas que surgem sobre

    GNU/Linux, esclarecendo e dando dicas

    valiosssimo para o meu trabalho.

    Paulo Henrique Soares - So Vicente/SP

    Uma tima publicao... Sempre uma grande

    fonte de consulta... Tenho todas e sonho em v-

    las publicadas um dia...

    Aureliano Martins Peixoto - Goiansia/GO

    Acho timo esse projeto, pois trata bem o que

    precisamos e nos traz as atualizaes mundiais

    em tempo hbil para nos atualizarmos.

    Howard C. Roatti - Vitria/ES

    Show de bola! Os assuntos abordados sao

    bastante interessantes e atuais. Parabenizo

    toda a equipe que produz esse otimo material.

    Raphael Brito de Paiva - Castanhal/PA

    Uma revista muito interessante e informativa,

    principalmente para os iniciantes no mundo

    linux, como eu, sou muito f do trabalho de

    vocs.

    Ivo Silva Lima - Caxias/MA

    Minha referncia em software livre. No

    conheo outra publicao parecida e com tanta

    qualidade.

    Andr de Carvalho Gil - Rio de Janeiro/RJ

    Eu acho que est no caminho certo em divulgar

    o "mundo" do software livre em geral, o que

    est faltando divulgar mais a revista e sites e

    em blogs. Eu fao minha parte e divulgar essaexcelente revista a meus amigos e conhecidos

    que acham que os computadores s viver

    software proprietrio.

    Deiveson T. dos Santos - So Gonalo/RJ

    Uma excelente fonte de informaes paraamantes do Software Livre. Esto de Parabns!Richard Caio Silva Rego - Santarm/PR

    COLUNA DO LEITOR

    |1Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/
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    Acompanho a revista desde sua primeira edioe gosto de suas matrias. Acredito que maismatrias tcnicas e alguns howtos melhorariama revista.

    Fbio Herold - Canela/RS

    A cada edio fico mais surpreendida, muitainformao de boa qualidade, eu adoro ler etenho todos os downloads, simplesmente vocsesto de parabns.Gabriela Coutinho dos Reis - Cariacica/ES

    A revista sensacional, a cada ms vem sesuperando mais e mais, um excelente ponto deatualizao tecnolgico, depois que a conhecino parei mais de acompanhar.Luan Kleber de Jesus Lima - Castro Alves/BA

    Muito boa comeei a ler por recomendao deamigos da faculdade, desde ento aguardoaciosamente cada edio, fico por dentro dedas notcias me manteno atualizado, esto deparabns.Vanclessio Souza Cunha - Belm/PA

    Um dos maiores expoentes do universo freesoftware. J se tornou essencial na divulgaoe compartilhamento do conhecimento livre desistemas tecnolgicos.Diego F. de Oliveira - Presidente Epitcio/SP

    Conheci a revista por uma dica de um amigo, edesde ento estou lendo a cada nova edio.Simplesmente as matrias so atraentes,envolventes e seu formato e contedo como

    um bom livro d vontade ler at o final...Parabns!Ronaldo Carlos do Reis - Caxias do Sul/RS

    A Revista Esprito Livre a produo maiscompleta, atualizada e de valor incomparvelpara todos aqueles que querem informaessobre os Sistemas Operacionais Livres.Parabns!!! Continuem sempre assim!Waldir Barenho Alves - Santa Maria/RS

    Gosto muito das matrias, pois vem meajudando muito no crescimento. Parabns pelaspublicaes.Fbio Maeda - So Paulo/SP

    Acho uma tima revista e gosto muito dosartigos pois fala o que ns leitores queremos lerparabens a toda equipe da revista.Leonardo da Silva - Rio De Janeiro/RJ

    Uma excelente fonte de pesquisa, sobretudo,para o mundo livre. Precisa apenas tornar-seimpressa, para poder ser 100% boa, o restoest muito interessante.Ccero Pinho Rocha - Camocim/CE

    Inacreditvel a qualidade que a Revista vemadquirindo nestes meses, cada vez commelhores matrias... e GRTIS!Danilo Barion Nogueira - So Paulo/SP

    Uma iniciativa excelente por parte daqueles quequerem ver um pais mais bem informado. Issosim, traz crescimento para uma nao.Edilson Rodrigues de Souza - Fortaleza/CE

    Sem sobra de dvidas que um dos melhoresmeios de informao digital da atualidade.Rodrigo Ferreira da Silva - Jaboato/PE

    Boa pra quem deseja iniciar no uso do linux eaprender mais sobre a informtica e o softwarelivre.Paulo Severino - So Joo de Meriti/RJ

    No momento a Revista Esprito Livre uma dasmais importantes iniciativas para a divulgao esolidificao do Software Livre no mercado.Robson Ferreira Vilela - Prata/MG

    Comentrios, sugestes econtribuies:

    [email protected]

    COLUNA DO LEITOR

    |1Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

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    PROMOES RELAO DE GANHADORES E NOVAS PROMOES

    PROMOES

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org |1

    Na edio #014 da Revista Esprito Livre tivemos diversas promoes atravs de nosso site e canaisde relacionamento com os leitores, e nesta edio no poderia ser diferente. Abaixo, segue a lista

    de ganhadores de cada uma das promoes e as novas promoes!

    No ganhou? Voc ainda tem chance! OClube do Hacker em parceria com a RevistaEsprito Livre sortear associaes para o

    clube. Inscreva-se no link e cruze os dedos!

    Ganhadores da promoo TreinaLinux:

    1. Gesse James Rosa Marques - Uberlndia-MG

    2. Juscecley Melo da Silva - Manaus/AM

    A TreinaLinux em parceria com a RevistaEsprito Livre estar sorteando kits de

    DVDs entre os leitores. Basta seinscrever neste link e comear a torcer!

    Rafael Hernandez em parceria com aRevista Esprito Livre estar sorteando

    brindes entre os leitores. Basta seinscrever neste link e comear a torcer!

    Ganhadores da promoo Clube do Hacker:

    1. Rafael Antnio Mendes da Silva - Curitiba/PR

    2. Luiz Fernando Brito de Carvalho - N. Sra. do Socorro/SE3. Regina Daltro - Salvador/BA

    Ganhadores da Promoo VirtualLink:

    1. Fbio Herold - Canela/RS2. Ronaldo Cardozo Lages - Palhoa/SC3. Deiveson Thiago dos Santos - So Gonalo/RJ4. Andr de Carvalho Gil - Rio de Janeiro/RJ5. Sandro Carvalho - Francisco Beltro - PR

    Ganhadores da Promoo 5 Seminrio PHP:

    1. Adilson Santos da Rocha - So Paulo/SP2. Caio William Camargo Carrara - Votorantim/SP3. Enias Ramos de Melo - So Paulo/SP4. Denis Brandl - Blumenau/SC5. Thomas Jefferson Pereira Lopes - Itapevi/SP

    http://revista.espiritolivre.org/http://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=clNodlhzNFZLcUswem9kVGtvM3llMFE6MA..http://www.treinalinux.com.br/https://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dGVQeHZKbEU4QU5RaHFVWWZsVXpjb1E6MAhttp://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dEd3VnRMZGVHeEJ0R0JNRFVuQW16NEE6MAhttp://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dEd3VnRMZGVHeEJ0R0JNRFVuQW16NEE6MAhttp://www.clubedohacker.com.br/http://www.virtuallink.com.br/http://www.temporealeventos.com.br/?area=75http://www.temporealeventos.com.br/?area=75http://www.virtuallink.com.br/http://www.clubedohacker.com.br/http://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dEd3VnRMZGVHeEJ0R0JNRFVuQW16NEE6MAhttps://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dGVQeHZKbEU4QU5RaHFVWWZsVXpjb1E6MAhttp://www.treinalinux.com.br/http://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=clNodlhzNFZLcUswem9kVGtvM3llMFE6MA..http://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=cnlQZTZuX2R2TmYwT3ZLZG01T1kxS1E6MA..http://revista.espiritolivre.org/
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    PROMOES RELAO DE GANHADORES E NOVAS PROMOES

    Finalistas da #promo do #

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    gratificante assistir a comerciais de tele-fonia mvel que ressaltam a portabilidade dosnmeros, os aparelhos desbloqueados e os con-

    tratos sem aprisionamento. Aps tanto ouvir a fa-lcia de que ningum se preocupa com aliberdade, v-la valorizada em cadeia nacionalno horrio nobre confirma que muita gente en-tende e se preocupa com ela, exceto quando (dis)trado por quem pretende ganhar com a pri-vao.

    A satisfao ainda maior porque telefo-nes-cela no so o nico campo em que brotamvalores de liberdade, sob o nome de portabilida-

    de. J faz muito tempo que a lei garante a porta-bilidade de planos de previdncia privada,permitindo trocar livremente um banco provedordesse tipo de servio por outro. Mais recente-mente, estabeleceu-se a portabilidade de crdi-to, que d maior poder de negociao aosendividados frente aos credores, e a dos planosde sade, garantindo a possibilidade de mudarde prestador sem carncias ou pagamentos du-plicados.

    COLUNA ALEXANDRE OLIVA

    Portabilidade de Software

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    Por Alexandre Oliva

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    COLUNA ALEXANDRE OLIVA

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    Todas essas portabilidadesestabelecidas em lei, inclusive ade nmeros de telefones fixos emveis, so sintomas de que a

    sociedade no quer ser aprisiona-da a provedores de servios, quebarreiras levantadas pelos presta-dores para impedir clientes debuscar melhores condies e ser-vios no so consideradas acei-tveis.

    Surpreendende , no quediz respeito a software, tanta gen-te achar normal ficar sujeita a res-

    tries de plataforma (sistemaoperacional, tipo de processador),desmandos e caprichos (ou des-leixos?) exclusivos de um prove-dor para que o software queutilizam acompanhe a evoluode suas necessidades achar nor-mal ter de arcar com dificuldadesde retreinamento e perda de da-dos armazenados em formatossecretos para buscar prestadoresde servio alternativos.

    claro que usar e investir em Software Li-vre afasta esses males. As liberdades #1, de es-tudar o cdigo fonte e adaptar o software paraque faa o que quiser, e a #0, de executar osoftware para qualquer propsito, garantem inde-pendncia e autonomia ao usurio do software,desde que disponha de ou possa obter o conheci-mento tcnico e outros recursos necessrios pa-ra gozar da liberdade #1 e auto-suprir osservios de que necessite. Guardadas as devi-das propores, mais ou menos como ter suaprpria instituio telefnica, mdica ou banc-ria: mesmo no havendo necessidade de conces-so estatal para operar, algo pararelativamente poucos.

    As liberdades #2, de distribuir o software, e#3, de melhor-lo e distribuir as melhorias, com-pletam a garantia da portabilidade dos servios:

    mesmo quem no tem as habilidades tcnicasnem tempo ou vontade de aprender pode tercei-rizar livremente os servios de suporte, adapta-o e melhoria. No estando satisfeito com oservio, o preo ou as condies de um presta-dor, o usurio leva o software que utiliza paraque outro preste os servios, sem carncia, semperda de dados, sem reinstalao nem retreina-mento.

    Problema resolvido? S pra quem j nousa software privativo algum! Para todos os de-mais, arcar com os inconvenientes e os custosde sada do aprisionamento so uma opo mui-tas vezes difcil. Entende bem quem, por noconseguir comprar de volta sua liberdade, aca-bou mantendo uma dvida ou um plano de sa-de ou de telefonia junto a um provedor abusivo,apesar da existncia de outros que o respeitari-am.

    Surpreendentemente , noque diz respeito a software, tantagente achar normal ficar sujeita arestries de plataforma (sistemaoperacional, tipo de processador),desmandos e caprichos (ou

    desleixos?) exclusivos de umprovedor para que o software queutilizam acompanhe a evoluo desuas necessidades...Alexandre Oliva

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    COLUNA ALEXANDRE OLIVA

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    a que pode intervir a legislao. Numademocracia, a lei emana do poder do povo, pelopovo e para o povo. Como temos visto em leisde defesa de consumidores e nas vrias regula-mentaes de portabilidade entre prestadores

    de servios, possvel!Quanto tempo passar at a sociedade per-

    ceber a influncia e a dependncia cada vez mai-ores de software nas relaes sociais, dos votoseletrnicos aos de feliz aniversrio? Quanto de-morar para exigirmos as liberdades necessri-as para a portabilidade de software, atravs nos do exerccio individual e inteligente da liberda-de e do poder de escolha, mas tambm de exi-gncias legais para comercializao de software

    e servios relacionados? Quanto tempo os lobis-tas do software privativo conseguiro resistir a

    um projeto de lei que estabelea e regulamentea portabilidade de software, garantindo as 4 li-berdades essenciais a todos os usurios? A es-tao propcia e nessa terra, em se plantando,

    tudo d, ento vamos semear essa ideia de exi-gir as liberdades: #3, #2, #1 e #0, j!

    Copyright 2010 Alexandre Oliva

    Cpia literal, distribuio e publicao da ntegra deste artigo

    so permitidas em qualquer meio, em todo o mundo, desde que

    sejam preservadas a nota de copyright, a URL oficial do docu-

    mento e esta nota de permisso.

    http://www.fsfla.org/svnwiki/blogs/lxo/pub/portabilidade

    ALEXANDRE OLIVA conselheiro daFundao Software Livre Amrica Latina,mantenedor do Linux-libre, evangelizadordo Movimento Software Livre e engenheirode compiladores na Red Hat Brasil.Graduado na Unicamp em Engenharia de

    Computao e Mestrado em Cincias daComputao.

    Como temosvisto em leis de defesade consumidores e nasvrias regulamentaesde portabilidade entreprestadores de servios,

    possvel!Alexandre Oliva

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    No episdio anterior, Darrell acompanhava osnoticirios em um quarto de hotel, enquanto Pan-dora dormia ao seu lado. No noticirio, que con-tou at com declarao do prefeito, viu adestruio causada por Oliver e sua equipe naMilihash, uma das maiores empresas instaladasem Stringtown.

    Pandora: Bem...?

    Darrell: Bom dia, meu bem. Como dormiu?

    Pandora: Bem... Ha, ha!

    Darrell j est sentado no sof olhando pela ja-nela e vendo o movimento de incio do dia. Pan-dora o abraa e vai ao banheiro. Darrell pelovisto j acordou, tomou banho e tudo. E conti-

    COLUNA CRLISSON GALDINO

    Por Carlisson Galdino

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    Episdio 09

    Quarto de Hotel

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    COLUNA CRLISSON GALDINO

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    nua olhando pela janela. Aps meia hora, Pando-ra volta e encontra Darrell no mesmo lugar.

    Pandora: Est triste por no poder acessar

    seus e-mails, no ? Fica assim no, depois agente vai numa lan e olha tudinho. Alm domais, s deve ter spam mesmo! O meu deve es-tar cheeeeio de spam!

    Darrell no responde.

    Pandora: Se voc tiver a na janela de olho emrabo de saia, vai ver s uma coisa...

    Darrell: Senta aqui.

    Pandora se senta ao seu lado no sof e pra debrincadeira ao ver a expresso sria do namora-do.

    Pandora: Que que houve, Bem?

    Darrell: Ontem saiu no jornal... Bom, o Oliverdestruiu a Milihash.

    Pandora: No brinca!?

    Darrell: Pois foi. Eles comearam antes do queespervamos.

    Pandora: Temos que fazer alguma coisa, Bem!

    Darrell: Com certeza temos. O que me preocu-pa que o noticirio no falou nada sobre a Sy-satom.

    Pandora: U, como assim?

    Darrell: Falaram muito da Milihash mas no dis-seram que era o segundo incidente na cidade,nem nada parecido... como se no soubes-sem o que aconteceu com a gente. Ou no se im-portassem...

    Pandora: Ai... Fala assim no que eu fico caren-te...

    Darrell: Voc est bem, Pandora?

    Pandora: Estou, meu dengo. Por que pergunta?

    Darrell: Seus olhos esto estranhos... Como setivesse passando...

    De repente um raio sai de Pandora e acerta osof no lugar onde estava Darrell, num estron-do. Pandora v espantada o sof em chamas eo lugar vazio.

    Pandora: Ai meu pai! Eu matei o Darrell! Queque eu fao?!

    Darrell: Estou bem.

    Pandora: Ai!!!

    Pandora se vira e v Darrell de p perto da por-ta, atrs dela.

    Pandora: Como que voc estava aqui agori-nha e j est a? Vai matar outro de susto!

    Darrell: Voc que quase me mata.

    Pandora: Eu? Eu mesmo no!

    Darrell: Foi voc que fez isso!

    Pandora: Eu! Como que eu fiz esse barulho

    todo, botei fogo no sof e fiz voc parar a?

    Darrell: Esta ltima parte fui eu que fiz, para es-capar do raio que voc lanou.

    Pandora: Raio?

    Darrell: , bom... Seus olhos tinham uns raiospassando. Agora parecem normais... Foi vocque lanou esse raio.

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    Pandora: Puxa... E como eu fiz isso?! Tenhoque saber pra no acontecer de novo! Querono ficar sem voc nesse mundo, ! Voc meperdoa?

    Darrell: Claro, Pandora. Mas veja como tudofaz sentido. Sua voz est assim alterada, comose estivesse distorcida, por causa desse novodom.

    Pandora: Qual? De tentar matar quem gosto?

    Darrell: De eletricidade! Vamos ter que estudarmelhor isso... Pode ser um poder muito til.

    Pandora: Finalmente alguma coisa interessantena minha verso 2.0!

    Enquanto isso, na Sysatom...

    Bull: Diaxo!

    Valdid sentado diante de um notebook olha paraas prprias mos. Uma lgrima corre de seus

    olhos.Bull: Sacanagem! Sacanagem! Eu s tenho qua-tro dedos! E todos grossos e colados! Como deboi! Que peste! Como eu acesso a Internet des-se jeito!? Consigo nem ligar essa merda!

    De repente ele ri baixo...

    Bull: Mo de vaca! Kkkkkkkk! Que bom! J te-nho um nome legal sem precisar lembrar essaspontas! Vou me chamar Patinhas!

    CARLISSON GALDINO Bacharel emCincia da Computao e ps-graduadoem Produo de Software com nfase emSoftware Livre. J manteve projetos comoIaraJS, Enciclopdia Omega e Losango.Hoje mantm pequenos projetos em seublog Cyaneus. Membro da AcademiaArapiraquense de Letras e Artes, autordo Cordel do Software Livre e do Cordeldo BrOffice.

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    Outro dia estava conver-sando com um amigo sobre oLinux, sistema que far 20anos no ano que vem. O Linux

    j representa hoje uma foraeconmica considervel, comum ecossistema estimado em25 bilhes de dlares. Est empraticamente todos os lugares.Quando fazemos uma pesqui-sa no Google ou lemos um li-vro no Kindle o Linux queroda nos bastidores.

    O Linux demonstrou deforma inequvoca o potencialdo desenvolvimento de siste-mas de forma colaborativa,que o cerne do modelo OpenSource. Seria praticamente im-

    possvel para qualquer empre-sa de software, sozinha, criarum sistema operacional de seuporte e complexidade. Estima-se que o custo de desenvolvi-mento de uma distribuio co-mo a Fedora 9, com seus maisde 204 milhes de linhas de c-digo corresponda a quase 11bilhes de dlares. Para che-gar ao kernel 2.6.30 (mais de11 milhes de linhas de cdi-go) o investimento seria demais de 1,4 bilho de dlares.

    Para se ter uma idia dovolume de trabalho em cimado kernel, nos ultimos 4 anos emeio, a mdia foi de 6.422 no-vas linhas de cdigo adiciona-

    COLUNA CEZAR TAURION

    Contribuindopara o Kernel LinuxPor Cezar Taurion

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    COLUNA CEZAR TAURION

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    das por dia, alm de outras1.687 alteradas e 3.285 removi-das. Do 2.6.24 ao 2.6.30 a m-dia subiu para 10.923 linhas

    de cdigo adicionadas por dia.Quem teria cacife financeiro pa-ra sustentar, por si, um empre-endimento bilionrio destes?

    Portanto, o Linux umafora no presente. usadono apenas em web servers eprint servers, mas a ca-da dia vemos mais emais aplicaes core

    das empresas operandoem plataformas Linux. AIBM, por exemplo, con-solidou seu ambientede computao interno(seus sistemas inter-nos) em plataformasmainframe System Z, ro-dando Linux.

    Mas, e o futuro?

    Com as mudanas que j esto acontecendo,como a crescente disse-minao da computa-o mvel e o modelode computao em nu-vem (Cloud Compu-ting), como o Linux seposiciona?

    uma resposta fcil. O Li-

    nux, que no conseguiu muitoespao nos desktops, est seposicionando como plataformadominante na computao m-vel, como smartphones, netbo-oks e tablets. No seu ltimoano fiscal que se encerrou em30 de junho do ano passado, aMicrosoft pela primeira vez reco-nheceu em seu relatrio paraos acionistas que os sistemas

    Linux para mquinas cliente, ba-sicamente netbooks, da RedHat e Canonical seriam amea-as ao seu negcio. Anterior-

    mente, s havia reconhecido aameaa do Linux nos servido-res. O relatrio est emhttp://tinyurl.com/kr723z. Tam-bm nos smartphones est cla-ro que o sistema Windows,que dominou a era dos desk-

    tops no conseguiu decolar na

    computao mvel, com o Win-dows Mobile perdendo espaoa cada dia.

    E quanto aos servidores?Nestas mquinas o Linux estaltamente alinhado com as ten-dncias de virtualizao ecloud computing. Alguns pon-tos positivos sobre o Linux cha-mam a ateno, quando

    falamos em cloud. Primeiro, oLinux opera em praticamentequalquer plataforma de hardwa-re, o que facilita o provisiona-

    mento, alocao egerenciamento de recursoscomputacionais em nuvem. Po-demos criar desde uma nuvembaseada em plataforma x86 co-mo o Google at nuvens emmainframes IBM, aproveitando

    o alto throughput e faci-lidade de virtualizaodestas mquinas. Fa-lando em mainframes,

    agora em maio, fez dezanos que o Linux rodanestas mquinas.

    O custo de licenci-amento outro fator in-teressante. Emboraexistam distribuies li-cenciadas, um prove-dor de infraestruturaem nuvem, pelo grandenumero de servidoresque dever dispor (fala-mos aqui em milharesou dezenas de milha-res de mquinas), pode-r adotar, pela escala,verses Linux no co-merciais. Virtualizao outro plus do Linux,

    com diversas tecnologias dis-

    poniveis como Xen (base da ar-quitetura de cloud da Amazon)e KVM.

    Hoje, se olharmos Linuxem cloud j vemos seu uso co-mo base tecnolgica da nuvemdo Google, da Amazon, do For-ce.com do Salesforce e de star-tups como 3Tera (recmadquirida pela CA), Elastra e

    O Linux, que noconseguiu muito espaonos desktops est seposicionando comoplataforma dominante nacomputao mvel, comosmartphones, netbooks etablets.Cezar Taurion

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    http://tinyurl.com/kr723zhttp://tinyurl.com/kr723zhttp://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://tinyurl.com/kr723z
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    Mosso, entre outros. E com cer-teza seu uso se alastrar pelasfuturas ofertas de nuvens.

    Ento, porque no colabo-

    rar com esta fora, contribuin-do para a comunidade Linux?Recomendo a leitura de um in-teressante paper escrito por Jo-nathan Corbet, "How toparticipate in the Linux Commu-nity", disponivel no site da Li-nux Foundation emhttp://ldn.linuxfoundation.org/bo-ok/how-participate-linux-commu-

    nity.O documento descreve co-

    mo funciona o processo de de-senvolvimento do kernel doLinux e uma excelente fontede referncia para quem esti-ver interessado em colaborarcom a comunidade ou mesmoconhecer como funciona pordentro o modelo de governan-

    a de um bem sucedido proje-to de Open Source.

    O kernel do Linux agluti-na mais de 1000 contribuido-res ativos. , sem sombra dedvidas, um dos maiores proje-tos de Open Source do mun-do. O seu sucesso tem atradomais e mais colaboradores, amaioria, inclusive pertencendo

    a empresas que querem partici-par do projeto. A questo co-mo entrar e ser um participanteativo da comunidade?

    Cada comunidade OpenSource tem suas prprias re-gras de conduta e modelos degovernana. Entender comofunciona a comunidade que de-senvolve o kernel essencial

    para ser um colaborador e tam-bm abre idias para aprender-mos como funciona um projetoOpen Source.

    O documento divididoem oito sees e no exten-so: so 24 pginas, que so li-das bem rpido. A primeiraseo mostra a importncia dese inserir todo cdigo na mainli-ne de cdigos do kernel, paraevitar-se a proliferao deforks e futuras "bombas rel-gio". Por exemplo, um cdigo in-

    serido no mainline do kernelpassa a ser visto, mantido e refi-nado por toda a comunidade,resultando em cdigo de altaqualidade. Quando o cdigo mantido separado, no s no

    recebe contribuies externas,como corre o risco de funciona-lidade similar ser incorporadopor outro desenvolvedor ao

    mainline, fazendo com que ocdigo isolado fique cada vezmais dificil e custoso de sermantido. Este alerta feitoporque muitas empresas envol-vidas em projetos de softwareembarcado tendem a acreditarque seu cdigo, pela sua espe-cificidade, deve ser mantido deforma isolada da rvore princi-pal do kernel, o que, segundo

    a Linux Foundation, um gran-de erro. A seo tambm des-creve as razes porque todacontribuio deve ser "assina-da", no se aceitando colabora-es annimas. necessrio

    O kernel do Linuxaglutina mais de 1000contribuidores ativos. , semsombra de dvidas, um dosmaiores projetos de Open Sourcedo mundo. O seu sucesso tem

    atrado mais e mais colaboradores,a maioria, inclusive, pertencendo aempresas que querem participardo projeto.Cezar Taurion

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    http://ldn.linuxfoundation.org/book/how-participate-linux-communityhttp://ldn.linuxfoundation.org/book/how-participate-linux-communityhttp://ldn.linuxfoundation.org/book/how-participate-linux-communityhttp://ldn.linuxfoundation.org/book/how-participate-linux-communityhttp://revista.espiritolivre.org/http://ldn.linuxfoundation.org/book/how-participate-linux-communityhttp://revista.espiritolivre.org/
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    para se evitar eventuais proble-mas de propriedade intelectual.

    A seo dois bem inte-ressante, pois descreve comofunciona o processo de desen-volvimento do kernel e a no-menclatura usada paradesignar as diversas verses.Explica tambm como criadoum release estvel e o ciclo devida dos patches. Descreve co-mo um patch inserido no ker-nel e cita alguns dadoscuriosos. Por exemplo, O res-ponsvel pela deciso de inse-rir ou no um patch no kernel de Linus Torvalds. Mas quandose verifica que uma verso dokernel como a 2.6.25 tevemais de 12.000 patches, ficaclaro que impossvel uma uni-

    ca pessoa analisar e decidir s-zinha. Linus, por exemplo, foi oresponsavel pela escolha de250 patches ou cerca de 2%deste total. Os demais ficarama cargo dos seus lugares-tenen-te, figuras que representam Li-nus na seleo dos patchesem subsistemas, como gerenci-amento de memria, drivers,

    networking, etc.A seo tam-bm descreveas regras de eti-

    queta da comuni-dade na trocade mensagense uso das mai-ling lists.

    Um item im-portante da se-o o quemostra como"getting started

    with kernel development", ou se- ja, como fao para comear acolaborar? Tem uma frase deAndrew Morton que um exce-lente conselho: "The #1 projectfor all kernel beginners shouldsurely be "make sure that thekernel runs perfectly at all ti-mes on all machines which youcan lay your hands on". Usu-ally the way to do this is to

    work with others on gettingthings fixed up (this can requi-re persistence!) but that`s fine.It`s a part of kernel develop-ment.".

    Outras sees descre-vem o processo de planejamen-to da evoluo do kernel(quem disse que Open Sourceno tem planejamento?), deba-tendo as etapas de avaliao,as discusses com a comunida-de para definir o que e como se-r feito, os estilos decodificao (que garantem aqualidade do cdigo), as ferra-mentas de depurao usadas,a documentao que deve sergerada e assim por diante.

    A seo seis mostra co-mo deve ser feito o trabalhoem colaborao. Cada patch revisado por desenvolvedores

    que voc no conhece, o quemuitas vezes pode gerar al-gum desconforto. Existem algu-mas recomendaes de comose portar nestas situaesmeio desagradveis e de co-mo evitar discusses desgas-tantes. Trabalhar emcolaborao um exerccioque muitos desenvolvedoresno esto acostumados. Para

    muita gente, ter um estranhorevendo seu cdigo e expondoas falhas em pblico, algo,no mnimo, desconfortvel.

    Mas, enfim, a leitura des-te documento obrigatria pa-ra todos que estejamrealmente interessados em co-nhecer mais a fundo o que omovimento Open Source, e su-as caractersticas de desenvol-vimento colaborativo. Vale apena este investimento de tem-po!

    Para mais informaes:Site Oficial Kernel.org

    http://www.kernel.org

    Artigo sobre o Kernel Linux na

    Wikipdiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Linux_

    (ncleo)

    CEZAR TAURION Gerente de NovasTecnologias da IBMBrasil.Seu blog estdisponvel em

    www.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurion

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    Cada comunidade

    Open Source tem suasprprias regras deconduta e modelos degovernana.

    Cezar Taurion

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Linux_(n%EA%A3%ACeo)http://www.kernel.org/http://pt.wikipedia.org/wiki/Linux_(n%EA%A3%ACeo)http://pt.wikipedia.org/wiki/Linux_(n%EA%A3%ACeo)http://www.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurionhttp://www.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurionhttp://www.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurionhttp://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://pt.wikipedia.org/wiki/Linux_(n%EA%A3%ACeo)http://www.kernel.org/http://www.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurion
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    Faz muito tempo (pelo menos em termosde tecnologia) que havia uma guerra entre edito-res de texto. WordStar e WordPerfect (alguns

    poucos grisalhos ho de se lembrar desses no-mes) competiam pelo ttulo de melhor processa-dor de textos do mundo. claro que haviaoutros. Na verdade cada fornecedor tinha o seucom nomes mais ou menos criativos como"Wang" ou "Apple Writer" e at softwares nacio-nais como o Carta Certa. Mas a guerra aconte-cia mesmo entre o WordStar e o WordPerfect.

    Em termos de interface, o WordPerfect inti-midava. Uma tela verde (azul para quem tinha di-

    nheiro para um monitor colorido) com um cursorpiscando no canto superior esquerdo. Nadamais. O operador tinha que saber todos os co-mandos de cor. Isso incluia no apenas os ata-lhos para salvar, imprimir e outros, comotambm a forma correta de usar itlico ou negri-to. Para se ter uma idia, colocar uma palavraem negrito envolvia algo muito parecido com oque fazemos hoje com HTML ou XML: {bold}pa-lavra{bold}. Ver a formatao na tela, nem pen-

    CCOOLLUUNNAA RROOBBEERRTTOO SSAALLOOMMOONN

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    Por Roberto Salomon

    A melhor sute deescritrio do mundo

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/
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    COLUNA ROBERTO SALOMON

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    sar. Era preciso gastar muito papel nas primei-ras verses para ver como ia ficar o trabalho.

    O WordStar era mais "amigvel". Usavaum pedao da tela para apresentar uma lista deatalhos que, ainda assim, precisavam ser aciona-

    dos atravs de combinaes de teclas comoPB para ativar e desativar o negrito. O inte-ressante que estes comandos deixavam umamarca na tela. Assim como no WordPerfect,uma palavra em negrito apareceria como ^Bne-grito^B, o que tambm prejudicava muito a vi-so do texto na tela.

    Apesar destas, como dizer, peculiaridades,tanto o WordStar quanto o WordPerfect tinhamseguidores fiis que disputavam qual o melhorsoftware. As discusses se davam nas colunasde cartas de revistas ditas especializadas, e nosBBS. No final das brigas, quando o empate semostrava inevitvel, surgia o filsofo que dizia:"O melhor o que eu sei usar".

    Hoje as brigas e discusses se repetem, ge-ralmente com o MS-Office e o BrOffice.org to-mando o lugar de WordStar e WordPerfectapesar de existirem diversas outras sutes no

    mercado. Cada uma brigando pelo seu espao,mas com o ringue central tomado pelos dois. uma briga que j aconteceu antes com outroscontendores, mas com o mesmo resultado. No fi-

    nal, a melhor a que sei usar.No entanto, h hoje uma outra viso que

    comea a ganhar corpo. Antigamente a luta eraentre dois produtos que se engalfinhavam ten-tando mostrar aos usurios (empresas, na ver-dade) porque um era melhor que o outro.Graas conscientizao maior que o SoftwareLivre permitiu, a pergunta que deve ser respondi-da, na verdade, outra: qual deles atende s mi-nhas necessidades? E, se ambos atendem

    igualmente, porque no optar por aquele que,alm de oferecer um preo mais vantajoso (ca-so ainda seja preciso dizer, o BrOffice.org degraa, viu?) socialmente justo e por isso mes-mo mais adequado s preocupaes atuais? Sporque acho que no sei us-lo?

    Alis, essa histria de no saber usar umdeterminado editor de texto semelhante ao su-

    jeito que foi aos Estados Unidos e l queria por-que queria alugar um carro com cmbio

    mecnico pois no sabia dirigir um carro auto-mtico. Ele procurou a embreagem umas trsou quatro vezes antes de perceber que no eramais preciso dela para passar marchas. Depoisde umas frias bem merecidas, voltou terrabrasilis para andar de primeira por algum tempo.Primeira sim, pois se esquecia de passar asmarchas.

    Graas

    conscientizao maiorque o Software Livre

    permitiu, a pergunta que

    deve ser respondida, na

    verdade, outra: qual

    deles atende s minhas

    necessidades?Roberto Salomon

    ROBERTO SALOMON arquiteto desoftware na IBM e voluntrio do projetoBrOffice.org.

    Blog do Roberto Salomon:http://rfsalomon.blogspot.com

    Para mais informaes:

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    http://rfsalomon.blogspot.com/http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/http://rfsalomon.blogspot.com/
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    Revista Esprito Livre: Ol Tristan, seapresente aos nossos leitores.

    Tristan Renaud: Primeiramente, ol. Eusou Tristan Renaud, vice-presidente do JahiaSoftware Group. Eu gostaria de agradecer a vo-cs pelo interesse em nosso projeto. Estou bas-tante feliz por participar dessa entrevista para aEsprito Livre. Para dar a vocs umas poucas li-

    nhas para me apresentar, e ao meu pessoal, eutenho 15 anos de experincia em negcios narea de produtos e servios, na Europa Ociden-tal, Amrica do Norte, ndia e Oceania. Eu souo que podemos chamar de geek, sim, natural-mente, primeiramente especializado na inds-tria aeroespacial, uma vez que possuo doismestrados em Engenharia Geral pela Supletece Artes e Ofcios (na Frana), mas apaixonadopela Internet.

    Entrevista comTristan Renaud,VP do Jahia

    Software GroupPor Joo Fernando Costa Jnior

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    CAPA ENTREVISTA COM TRISTAN RENAUD

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/
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    Meu universo bem incomum, mas eu nas-ci na Web, e realmente amo o que a evoluodo trabalho oferece s pessoas na medida emque quebra fronteiras e faz com que tudo seja

    compartilhvel. Atualmente moro em Genebra,Sua.

    REL: O que o Jahia? Como ele funcio-na?

    TR: Desde o seu incio, Jahia oferece umasoluo de cdigo aberto baseada em padres,comercial, para integrar um poderoso sistemade Gerenciamento de Contedo na Web, comGerenciamento Eletrnico de Documentos e Por-tal dentro de uma nica soluo unificada, as-sim como permitir a interao com o ambientede TI existente. Fundada em 2002 na Sua, aJahia uma empresa global com mais de 300 cli-entes em mais de 15 pases ao redor do globo.A Jahia est baseada em Genebra (Sua), etem escritrios em Washington DC (EUA), Mon-treal (Canad) e em vrios pases da Europa(Alemanha, Frana e ustria).

    Agora, sobre a palavra "Jahia", acho quevocs gostariam de saber da verdadeira histria:

    Um dos fundadores do projeto era um gran-de f da cidade de Salvador, na Bahia, Brasil, eo nome original do projeto era "Bahia". O cdigofoi escrito originalmente em Delphi e, depois, foiescrito em Java, em 2000. Ento os fundadoresmudaram o nome para "Jahia". Nessa poca,eles trabalhavam para outra empresa. Atravsde um tipo de aquisio (chamada de MBO - Ma-

    nagement BuyOut), eles fundaram a Jahia (a em-presa) em 2002.

    REL: Como surgiu a ideia de criar umCMS? Jahia baseado em outro CMS?

    TR: Uma das principais motivaes foi cri-ar um software que englobasse um CMS e ferra-mentas de portal juntos. Mas em 2002, o CMS eo portal no funcionavam bem juntos e ficou cla-ro que eram dois mundos diferentes. Desde o in-

    cio, o Jahia combinava um CMS e um portal, esempre foi focado na integrao do contedoproveniente de diversas fontes. Essa a origemda nossa linha base de "integrao de contedo

    web".Por um lado, note que o Jahia construiu

    seu prprio CMS e no foi baseado em outroCMS.

    REL: Quais os diferenciais do Jahia emrelao a outros CMS? A que pblico o Jahia direcionado?

    TR: O Jahia oferece um CMS, um portal e

    um gerenciador de documentos, todos juntos,escrito em Java e de cdigo aberto. Somenteuns poucos softwares so capazes de atender aesses requisitos simultaneamente.

    Jahia est enfocando principalmente emgrandes projetos (Por exemplo, o trfego demais de 10 milhes de pginas por ms, proje-tos com mais de 10.000 pginas, intranets paramais de 10.000 pessoas, etc), mas tambm usado para cenrios mais simples. Jahia tam-

    bm tem sido capaz de propor um conjunto total-mente integrado de recursos de integrao detodo o contedo Web que bastante singular.Em termos verticais, no h nenhuma especifici-dade, mesmo que sejam projetos de cdigoaberto, universidades, ONGs e administraespblicas so os principais usurios, agora segui-do muito perto pelos bancos e seguradoras, e,mais recentemente, pela indstria.

    REL: Jahia licenciado sob quais ter-mos? Existe uma verso comercial?

    TR: O Jahia construdo sob um modelode licena nica para seus parceiros, fornecedo-res de software e comunidade. O modelo ba-seado na ideia de compartilhamento justo docusto, valor e trabalho, e incorpora pricpios docdigo aberto e do software livre. O modelo ofe-rece duas opes principais: o Jahia CommunityEdition (Jahia CE) sob a licena GPL para o de-

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    CAPA ENTREVISTA COM TRISTAN RENAUD

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    senvolvimento em software livre e cdigo aberto

    (FOSS), e o Jahia Enterprize Edition (Jahia EE),sob a JSEL (Jahia Sustainable Enterprize Licen-ce) para desenvolvimento comercial.

    Voc pode baixar nossos documentos so-bre licenciamento em http://www.jahia.com/

    jahia/Jahia/Home/product/licenses/GPL.

    A Jahia Enterprise Edition est disponvelem uma assinatura anual que incui servios deProduo tais como Suporte Ilimitado Produ-o e pacotes de correes.

    Temos quatro nveis de preos, dependen-do das suas necessidades de projeto:

    Cloud Edition: A partir de $3,990

    Standard Edition: $2,690 /ano

    Professionnal Edition: $13,490 /ano/JVM

    Advanced Edition: $27,490 /ano/JVM

    A lista de preos do Jahia est disponvelem nosso stio na Internethttp://www.jahia.com/jahia/Jahia/Home/product/Pricing/usd.

    Em Outubro, lanaremos mais uma faixade preos especificamente para o mercado brasi-leiro. A Jahia acredita que esse mercado serum dos mais promissores para ns no mdio pra-zo.

    REL: O Jahia oferece suporte oficial? Oque leva o usurio a escolh-lo?

    TR: O Jahia conhecido por ser um "proje-to de cdigo aberto comercial", o que significa

    que os principais desenvolvedores pertencem auma nica empresa, a Jahia. A equipe de supor-te conhece muito bem o produto e, assim comoa maioria deles, tambm so parte da equipe deP&D da empresa. A Jahia pode, ento, oferecero melhor suporte possvel para um produto.

    No Brasil, integradores certificados peloeditor tambm esto aptos a oferecer suporte lo-cal e servios.

    REL: Existe uma razo especial para oJahia usar o Java? O que o Java proporcionaao projeto?

    TR: Antes de mais nada, e em um futuromuito prximo, antes do final deste ano, o Jahiapermitir multi-scripting e a equipe de P&D doJahia, com certeza no fantica por java, mes-mo que gostem muito da linguagem.

    De fato, do ponto de vista dos negcios, a

    maioria das organizaes preferem focar emuma tecnologia especfica - a maioria tanto em.NET, como Java ou PHP (para projetos emWeb). Mas a Jahia acredita que as coisas noso to pretas e brancas. Para vrios projetos,desenvolvemos alguns templates em PHP, paraum CMS baseamo-nos em arquitetura Java. Pa-ra os projetos poderem ser produtivos em umambiente de TI baseado em Microsoft bastan-te real e interessante ser flexvel. Essa mais a

    maneira como a Jahia desenvolve seus softwa-res: alinhada com as necessidades dos negci-os.

    Por outro lado, e no h nada especficocom relao a isso, o Java tem sido a escolha in-terna pela sua arquitetura, escalabilidade e ca-pacidade de evoluo.

    Figura 1 - Exemplos de site feito em Jahia

    CAPA ENTREVISTA COM TRISTAN RENAUD

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    http://www.jahia.com/jahia/Jahia/Home/product/Pricing/usdhttp://www.jahia.com/jahia/Jahia/Home/product/Pricing/usdhttp://www.jahia.com/jahia/Jahia/Home/product/Pricing/usdhttp://revista.espiritolivre.org/http://www.jahia.com/jahia/Jahia/Home/product/Pricing/usdhttp://revista.espiritolivre.org/
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    REL: Como a relao do produto como modelo open source?

    TR: O desenvolvimento do produto Jahia edas tecnologias relacionadas a ele guiado prin-

    cipalmente pela aderncia s prticas do cdigoaberto e pelo respeito a padres abertos. OJahia tambm tenta incorporar a maior quantida-de de padres abertos possvel.

    O Jahia suporta:

    JSR168 / JSR 286: portlets API

    JSR170 / JSR 283: repositrio de conte-dos Java

    OpenSocial

    OpenSearch

    O Jahia vem pr-empacotado com deze-nas de bibliotecas do Apache (Apache Jackrab-bit, Apache Lucene, etc.). Ns tambm temosna nossa equipe de P&D comitadores de Jac-krabbit.

    REL: No passado, muitos CMS ficaramconhecidos por terem falhas de segurana.Como o Jahia trata o "fator segurana"?

    TR: Bem a srio. O Jahia utilizado porbancos, seguradoras e administradoras que ne-cessitam de ambientes altamente seguros. O fa-tor segurana uma prioridade chave no Jahia.Ela gereniada em vrios nveis. O prprio cdi-go, como de costume, mas tambm a arquitetu-ra. O Jahia , de fato, capaz de trabalhar com

    uma arquitetura muito segura. Por fim, mas nomenos importante, ns trabalhamos bem de per-to com nossos clientes, que fazem auditorias desegurana com regularidade, e so bastante afia-dos em melhorar o cdigo sempre que necess-rio.

    REL: Na sua opinio, o que necess-rio para construir um CMS de qualidade, ele-

    gncia, seguro e estvel? possvel aliartodos estes ingredientes em uma nica solu-o?

    TR: Estabilidade e segurana so ques-

    tes chave para ns porque permitir com quens consertemos bugs (qualidade), fcil e rapi-damente, e tambm permite que tenhamos umproduto mais seguro. Portanto, a questo princi-pal parece ser "ter a melhor arquitetura, umavez que todos sabemos que todo software setornar obsoleto cedo ou tarde".

    Na verdade, o problema est mais para sa-ber quando voc tem que decidir que voc preci-sa para renovar-lhe toda a arquitetura. Cedo ou

    tarde, ter de faz-lo, mas como sempre h con-seqncias.

    Desde o incio do Jahia, em 2002, estamostrabalhando duro na arquitetura, aproveitando to-das as vantagens dos ltimos frameworks comoJackrabbit, GWT, Pluto 2.0, a fim de ter um pro-duto to elegante e estvel possvel. Alm dis-so, na prxima verso (prevista ainda para2010), ns teremos concludo a migrao para opadro global JCR (Content Platform) iniciado

    na verso 5.

    Agora, nosso objetivo e acredito que elepoderia ser, portanto possvel, ter um produtototalmente que seja elegante, seguro e estvelsimultaneamente e com um forte enfoque naqualidade. Como de costume, os erros seroinevitveis em uma nova verso, mas ns acre-ditamos que com a arquitetura e a metodologiade desenvolvimento (SCRUM) implementare-mos correes a todos eles muito rapidamente.

    REL: Voc acha que criar sites utilizan-do CMS deixa os desenvolvedores preguio-sos?

    TR: Para ns, o principal propsito de umCMS permitir que o desenvolvedor Web se fo-que nas questes de integrao, no na resolu-o de problemas. As questes de integrao

    |2Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    CAPA ENTREVISTA COM TRISTAN RENAUD

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    no so simples e consomem tanto tempo quan-to o desenvolvimento de um CMS puro. s umoutro tipo de problema. No passado, e ainda ho-

    je, muitos desenvolvedores podem fazer uma

    confuso entre a motivao para o desenvolvi-mento de software e desenvolver um projeto es-pecfico para um cliente especfico.

    O Jahia gosta de facilitar o trabalho dos de-senvolvedores. Quando no o faz, porque nin-gum perfeito! Os desenvolvedores podem edeveriam trabalhar com a comunidade do Jahiana resoluo das causas dos problemas.

    O Jahia no como os projetos de cdigoaberto guiados pela comunidade (como o Joom-

    la! Typo 3) e est tentando fazer mais como coor-denar e integrar os requisitos dentro de umsoftware bem empacotado para o benefcio dosdesenvolvedores. Ambos os mundos trabalhambem, e mais uma questo do que os desenvol-vedores esto buscando: participar do desenvol-vimento de um software, ou participar daintegrao de softwares em projetos especficos.

    REL: Quais os planos para o futuro?

    TR: Em 2010 ns planejamos correr atrsde inovaes de peso atravs da oferta de umaverso melhorada do nosso Software de Integra-o de Contedo Web, nivelando todos os bene-fcios dos frameworks que introduzimos naverso 6.0 (Jackrabbit, GWT, Pluto 2.0). Essesframeworks integrados fazem com que o ncleode nossas fundaes se fortaleam e abram es-pao para requisitos de projeto cada vez mais so-

    fisticados.Considerando os ltimos melhoramentos,

    essas fundaes robustas e de alto desempe-nho oferecero uma nova modularidade para onosso Software de Integrao de contedo, ofe-recido apenas para um nmero muito limitadode fornecedores de Plataformas de Contedode alto nvel.

    Acabamos de lanar o Jahia v6.1 em abril,que est focado na ferramenta de busca e em

    mdulos sociais e planejamos lanar a verso6.5 mais para o final deste ano focada nas se-guintes rea chave de desenvolvimento:

    - Fornecer uma das Plataforma de Conte-do mais robustas, de alto desempenho, basea-da em padres, modular e de cdigo aberto,disponveis no mercado

    - Aumentar a modularidade do nossosoftware Integrador de Contedo Web

    Impantar um novo desenvolvimento visuale uma ferramenta de integrao (o Jahia Studio)para fomentar e facilitar a criao de stios 2.0 eAplicaes de Contedo Composto

    - Oferecer uma srie de Aplicaes de Con-tedo Composto embutida e inovadora (Jahi-Apps)

    Informaes mais detalhadas esto dispo-nveis no stio da comunidade na Internet:http://www.jahia.org/cms/home/Jahiapedia/Road-map.

    REL: Se os leitores quiserem sabermais sobre o Jahia, por onde devem come-ar?

    Figura 2 - Exemplo de site feito em Jahia

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    CAPA ENTREVISTA COM TRISTAN RENAUD

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    http://www.jahia.org/cms/home/Jahiapedia/Roadmaphttp://www.jahia.org/cms/home/Jahiapedia/Roadmaphttp://revista.espiritolivre.org/http://www.jahia.org/cms/home/Jahiapedia/Roadmaphttp://revista.espiritolivre.org/
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    TR: Se voc quer saber mais a respeito doJahia, voc tem duas diferentes portas de entra-da dependendo do interesse:

    Para usurios tcnicos: Por favor, visite

    nossa comunidade em www.jahia.org com maisde 2 mil membros ativos. Este local a melhorfonte de recursos para desenvolvedores doJahia. D uma olhada no Jahiapediaque est re-pleta de exemplos de cdigos, tutoriais, arqui-vos para download e muito mais.

    Voc tambm pode contribuir com templa-tes adicionais, extenses de funcionalidades naforma de portlets ou, simplesmente, nos ajudan-do a melhorar a documentao, ou dando algu-

    mas dicas para outros usurios atravs daassinatura dos seguintes servios:

    Jahia Forum

    Jahia Monthly newsletters

    Jahia Twitter

    Jahia Linked group

    Jahia TV que oferece uma viso geral, tu-toriais de funes, demonstraes e ideias de co-

    mo conseguir mais do Jahia Jahia Weblogs

    Jahiapedia: Por favor observe que vocpode contribuir nesta seo clicando no cone"Contribute". As contribuies esto abertas pa-ra todos os membros da Comunidade Jahia nomodo login.

    Para usurios funcionais: Por favor, visitem

    nosso stio corporativo na Internet emwww.jahia.com. Voc ter uma viso geral da em-presa (sua viso, seu modelo de negcios), doproduto (caractersticas explicaes, preos),dos benefcios (vrios documentos esto dispon-veis para download), dos clientes (estudos de ca-so, depoimentos) e tambm dos parceiros denegcio.

    Para os iniciantes, ns tambm organiza-mos seminrios online uma vez por ms, em In-

    gls e Francs, que mostram o software emgeral. uma boa maneira de introduo para en-tender o produto e os problemas que o Jahia po-de resolver.

    REL: Existe alguma comunidade em por-tugus sobre o Jahia? Vocs tem interessenesse tipo de coisa?

    TR: Temos muito interesse, definitivamen-te. Por exemplo, os recursos do Jahia foram tra-duzidos para o Portugus h anos. Estamostrabalhando para melhorar nossa rede no Brasile sabemos que temos de melhorar nosso conhe-cimento a respeito das comunidades brasileiras.Planejamos vrias aes para promover nossapresena no Brasil no curto prazo e daremosateno cuidadosa a qualquer sugesto que ve-nha das comunidades brasileiras.

    REL: Deixe algumas palavras aos nos-sos leitores.

    TR: Ns costumamos trabalhar com desen-volvedores do mundo todo, e temos de dizer

    que gostamos muito do dinamismo e da moder-nidade das comunidades brasileiras. Estamosimpressionados com a capacidade delas de fo-carem nos mais recentes padres e tecnologias,e acreditamos que o cdigo aberto no popu-lar por coincidncia neste pas. Mais importante:ns acreditamos que este s o comeo!

    CAPA ENTREVISTA COM TRISTAN RENAUD

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    Site oficial Jahia

    http://www.jahia.com

    Site oficial Jahia Community

    http://www.jahia.org

    Para mais informaes:

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    http://www.jahia.org/http://www.jahia.org/http://www.jahia.org/http://www.jahia.org/forum/http://www.jahia.org/cms/lang/en/home/news/pid/483http://twitter.com/Jahiahttp://www.linkedin.com/groupInvitation?gid=122030&sharedKey=0538705EC640http://www.jahia.org/cms/lang/en/home/JahiaTVhttp://www.jahia.org/cms/lang/en/home/blogshttp://www.jahia.org/cms/lang/en/home/Jahiapediahttp://www.jahia.com/http://www.jahia.com/http://revista.espiritolivre.org/http://www.jahia.com/http://www.jahia.com/http://www.jahia.org/http://www.jahia.org/http://www.jahia.org/http://www.jahia.org/cms/lang/en/home/Jahiapediahttp://www.jahia.org/cms/lang/en/home/blogshttp://www.jahia.org/cms/lang/en/home/JahiaTVhttp://www.linkedin.com/groupInvitation?gid=122030&sharedKey=0538705EC640http://twitter.com/Jahiahttp://www.jahia.org/cms/lang/en/home/news/pid/483http://www.jahia.org/forum/http://www.jahia.com/http://www.jahia.org/http://www.jahia.com/http://revista.espiritolivre.org/
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    Revista Esprito Livre: Ol Mark! Seapresente ao pessoal.

    Mark Evans: Meu nome Mark Evans, mo-ro em Austin, Texas - EUA, com minha esposaKathryn e nossos 5 filhos. Minha carreira tem si-do voltada para o desenvolvimento de softwaree para o desenvolvimento de TI. Atualmente eusupervisiono um programa de segurana da in-formao para uma grande empresa de trans-portes. Quando no estou trabalhando ou

    correndo atrs das crianas, passo meu tempolivre trabalhando com o Sistema de Gerencia-mento de Contedo glFusion.

    Meu papel no glFusion ajudar a liderar oesforo global de desenvolvimento. Nossa equi-pe de desenvolvedores inclui Eric Warren, MarkHoward, e Lee Garner. Cada um de ns com-partilha vrias responsabilidades para definir co-mo as coisas esto implementadas. Nossacomunidade de usurios tambm desempenha

    Entrevista comMark Evans, lderdo projeto

    glFusionPor Joo Fernando Costa Jnior

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    CAPA ENTREVISTA COM MARK EVANS

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    http://revista.espiritolivre.org/http://revista.espiritolivre.org/
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    um papel muito importante ajudando a definir aorientao geral e detalhes especficos de no-vos melhoramentos e modificaes. Temos sor-te de ter muitos usurios tcnicos em nossa

    comunidade que tambm fornecem atualizaesde cdigo.

    REL: Apresente o glFusion a nossos lei-tores.

    ME: O glFusion um sistema de gerencia-mento de contedo totalmente funcional que ofe-rece todas as principais ferramentasnecessrias para implementar um portal robus-to. o glFusion oferece funcionalidades chave co-mo administrao de usurios, mecanismo decomentrios, facilidade de busca e tambm umavariedade de plugins para colaborao online(plugin do forum), calendrio (plugin do calend-rio), gerenciamento de mdia (plugin da galeriade mdia) e muitos outros. Uma caractersticachave do glFusion que tudo pode interagircom outros componentes do sistema. Por exem-plo, voc pode fazer slideshows de imagens doplugin da galeria de mdia embutido em artigos

    publicados atravs do glFusion. O glFusion ofere-ce um sistema de controle de acesso muito flex-vel para todos os itens. Voc pode darpermisses para um grupo acessar certos con-tedos ao mesmo tempo que d permissescompletamente diferentes para outro grupo deusurios.

    Um dos desafios quando desenvolvemosum pacote de softwares de cdigo aberto en-contrar um nome que seja conveniente ao que o

    software faz, ou como ele diferente dos de-mais pacotes semelhantes. A parte "Fusion" donome evidencia o fato de que o glFusion umafuso de vrios componentes que formam um to-do robusto do sistema de gerenciamento de con-tedo. O glFusion comeou como um fork deum outro sistema de gerenciamento de conte-do, o Geeklog, portanto, o "gl" paga um tributo" fonte original".

    REL: Fale um pouco sobre o incio doprojeto.

    ME: O glFusion comeou como um fork doprojeto Geeklog CMS, l no vero de 2008. Havi-

    am uns poucos de ns na comunidade do Gee-klog que sentiram que haviam oportunidadesreais de crescimento e melhoria que no esta-vam tendo a devida ateno. Ento pareceu quens no compartilhvamos a mesma filosofia daequipe de desenvolvimento e decidimos come-ar um novo projeto a partir dos fontes do Gee-klog v1.5.0. O glFusion nasceu. Ns publicamosuma histria na poca que detalha muito maissobre o porqu do glFusion em http://www.glfusi-

    on.org/article.php/glfusion-why.Desde aquela poca, ns envolvemos o gl-

    Fusion dentro de um produto totalmente funcio-nal e adicionamos vrios melhoramentossignificativos nas capacidades gerais de admi-nistrao, melhorias de segurana, novas funcio-nalidades para os vrios plugins e melhoriasgerais nas interaes globais de cada compo-nente.

    REL: O que torna o glFusion diferentedos demais CMS?

    ME: A meta principal do glFusion ofere-cer um sistema de gerenciamento de contedototalmente funcional para as pessoas que se in-teressam mais pelo contedo do seu site do quemexer propriamente no software. Esta a razoprincipal porque o glFusion empacotado comos seguintes componentes:

    - Frum- Galeria de mdia

    - Gerenciador de arquivos

    - Calendrio

    - Gerenciador de links

    Fora da caixa, voc tem um CMS totalmen-te funcional com todas as extenses necessri-

    |3Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

    CAPA ENTREVISTA COM MARK EVANS

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    as j instaladas. Ns tambm empacotamos vri-as extenses de segurana/spam para proteoe para assegurar que voc tenha um site segurodesde o comeo.

    Ns vamos alm apenas incluindo pluginsadicionais. Cada plugin pode interagir e se inte-grar com o ncleo do glFusion e com outros plu-gins. Eu mencionei anteriormente como ocontedo da galeria de mdia poderia facilmenteser includo numa histria. O mesmo verdadei-ro para integrar imagens ou mdia dentro dosposts do frum ou inclu-los na descrio dos ar-quivos no plugin de gerenciamento de arquivos.

    O glFusion oferece uma interface muito lim-

    pa e direta para a criao e gerenciamento doseu contedo. Eu penso que nossa facilidade deuso uma das maiores caractersticas que cha-mam a ateno das pessoas. O sistema dese-nhado para ser usado pelas pessoas que nopossuem conhecimento tcnico.

    Outra rea onde temos gasto um punhadode energia no funcionamento do processo deatualizaes. Mais uma vez, nossa meta fazercom que as atualizaes sejam to fceis quan-

    to possvel para todos. Ns entendemos que al-guns aspectos do software podem sermodificados pelo usurio, por exemplo, o mode-lo usado para controlar o visual muitas vezes

    personalizado para cada portal. Ns desenvolve-mos um mtodo que permite personalizar certasreas do portal e assegurar que essas personali-zaes no sejam sobrescritas ou perdidas du-

    rante o processo de atualizao.O glFusion tambm oferece um sistema de

    controle de acesso bem flexvel que permite queo administrador do portal controle cada pea docontedo acessado. Isso fornece a base quepermite ao glFusion trabalhar muito bem emportais de comunidades onde existem nveis di-ferentes de usurios ou colaboradores. Por ex-emplo, um portal pode ser configurado parapermitir o acesso para alguns contedos, mas

    restringir o acesso baseado na adeso do grupoa outros contedos.

    Finalmente, entendemos que o ncleo dopacote glFusion CMS apenas parte da equa-o. H vrios plugins disponveis que expan-dem a funcionalidade do glFusion ainda mais.Quando a distribuio do ncleo do glFusion atualizada, ns asseguramos que todos os plu-gins tambm sejam atualizados, caso seja ne-cessrio. Assim eles continuam a funcionar

    adequadamente. Isso exige que tenhamos umtrabalho muito prximo com os desenvolvedoresde plugins de forma a torn-los parte de todo oprocesso de desenvolvimento.

    Nossa meta oferecer um sistema quesimplesmente funciona e, quando atualizado, tu-do continua funcionando.

    REL: Qual a licena do glFusion? Existe

    uma verso empresarial?ME: O glFusion licenciado sob a GPL v2.

    No h verses corporativas, apenas um produ-to em cdigo aberto.

    REL: Como feito o suporte oficial doglFusion?

    ME: Neste momento, todo o suporte feitopela comunidade, principalmente atravs do por-

    Figura 1 - Site oficial do glFusion

    Revista Esprito Livre | Junho 2010 | http://revista.espiritolivre.org

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    tal do glFusion. H poucas pessoas na comunida-de que oferecem suporte pago como uma op-o. Mas, se voc visitar o portal, ver queexiste uma comunidade muito ativa e til l que

    est ansiosa para ajudar onde puderem.

    REL: Como a relao do projeto coma comunidade de cdigo aberto?

    ME: Pessoalmente, estou envolvido no de-senvolvimento de software em cdigo aberto hanos, desde os anos 90. Contribu em vrios ou-tros projetos, mas nunca tomei a liderana quetenho no glFusion. Liderar um projeto como o gl-Fusion tem sido uma experincia de aprendiza-do interessante e continuo a aprender a cadadia. Este o aspecto mais recompensador do tra-balho com projetos em cdigo aberto.

    REL: Antigamente vrios CMS tinham fa-ma de serem inseguros. Como isso tratadono glFusion?

    ME: Eu no acho que os projetos em cdi-go aberto sejam imunes a problemas de seguran-

    a. Segurana deve ser uma das principaismetas de tudo o que se faz. Entendemos muitobem que a segurana no um estado que se al-cana, um modo de vida que se deve viver dia-riamente. Ns tambm acreditamos numaabordagem profunda de defesa. Deixe-me expli-car o que quero dizer...

    REL: Quais os componentes chave para

    uma boa estratgia quanto segurana?ME: H vrios componentes chave para

    uma boa estratgia de segurana:

    Coloque na pgina principal aquilo que de-ve aparecer no navegador. Por exemplo, o glFu-sion tem vrios arquivos .php que contmfunes gerais. O lib-database.php um bom

    exemplo. ele contm todo o cdigo PHP para re-tornar e escrever informaes no banco de da-dos. Este arquivo nunca ser chamadodiretamente pelo navegador. Esse tipo de arqui-vo segregado do arquivos que acessamos pe-lo navegador (index.php, por exemplo). Oobjetivo minimizar todo um vetor de ataqueque um atacante poderia utilizar. Apesar de ter-mos desenhado a estrutura para segregar cer-tos arquivos, no podemos garantir que todousurio do glFusion siga nossas instrues. Co-

    locamos cdigos adicionais de proteo em ca-da arquivo para assegurar que eles no serochamados diretamente se no foram feitos paraisso.

    Nunca confie num dado de entrada. Sem-pre valide e filtre cada campo que vem do seuusurio ou navegador. Ns revisamos constante-mente toda a rvore de cdigo para ter certezade que cada parmetro de URL e de dados deentrada do usurio seja adequadamente valida-do e filtrado antes de ser usado.

    Todas as mudanas de cdigo passam porum processo de reviso por pares. Sempre te-mos pelo menos dois pares de olhos revisandocada modificao do cdigo para assegurar queno cometeremos erros na filtragem de dadosde entrada ou em outros itens que poderiam setornar uma questo de segurana.

    Prepare-se para o pior. Entendemos que

    no importa o quanto sejamos cuidadosos, sem-pre haver pessoas muito inteligentes vascu-lhando nosso cdigo em busca de furos nasegurana. Na eventualidade de um furo ser en-

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    contrado e um ataque perpetrado, colocamosprotees adicionais para assegurar que as fun-es administrativas exijam que o usurio admi-nistrador seja re-autenticado antes de dar o

    acesso. Isso faz com que a sesso seja outra ca-mada de defesa caso ela seja sequestrada ouuma vulnerabilidade no sistema gerenciador desesses seja explorada.

    Comunique-se. Se h um problema identifi-cado, oferecemos vrios mtodos para garantirque nossos usurios sejam notificados o mais r-pido possvel. Temos uma lista de discusso desegurana que incentivamos a todos os usuri-os a assinar. Inclumos links para a assinatura

    da lista de discusso de segurana na pgina fi-nal da instalao. Tambm oferecemos um servi-o de RSS que contm todas as notificaes desegurana. Finalmente, oferecemos um mtodoque garante que os administradores de portais te-nham a ltima verso do software instalada.

    Entenda como um ataque funciona. Nsmonitoramos constantemente vrios portais quepublicam vulnerabilidades na Internet e estudamexploits publicados de outros softwares. Isso

    nos permite entender melhor como aconteceu oexploit aprendendo com os erros dos outros. Is-so nos ajuda a melhorar nosso cdigo e garantirque no cometeremos erros semelhantes.

    Para ser honesto, eu acho que a maior par-te dos produtos em cdigo aberto cumprem su-as funes muito bem. Mas, uma das vantagensque temos no momento que temos um nme-ro pequeno de desenvolvedores. Isso torna as re-vises por pares muito mais fcil.

    Ns tambm damos uma boa olhada em to-do o cdigo antes de cada verso principal, paragarantir que no h itens de entrada sem filtra-gem ou outros problemas com o cdigo. Umavez que o glFusion muito grande, sentimosque muito importante revisar os fontes para as-segurar que nada passou despercebido. Tam-bm executamos o cdigo com vriasferramentas para ajudar a identificar os proble-mas do cdigo.

    Acima de tudo, temos tido sucesso na miti-gao de nossos riscos, mas, como disse no in-cio, entendemos que este um desafio quedevemos encarar todos os dias.

    REL: O que necessrio para adminis-trar um site usando glFusion?

    ME: Como mencionei anteriormente, dese-

    nhamos o glFusion para usurios no tcnicos.Obviamente, voc precisa de um local para hos-pedar seu portal. Vai precisar ser capaz de criarum banco de dados e, finalmente, ser capaz deutilizar um FTP para fazer o upload dos arquivospara o servidor. Felizmente, a maioria dos prove-dores oferecem esses itens facilmente.

    Uma vez que o software esteja no lugar, oassistente de instalao bem amigvel e foidesenvolvido de maneira que fosse muito lgico.

    Ainda temos uma documentao crescente dis-ponvel na wiki em http://www.glfusion.org/wi-ki/doku.php?id=glfusion:start. Tambm temosuma til e ativa comunidade que responde aqualquer pergunta em http://www.glfusion.org.

    REL: Quem deve usar o glFusion?

    ME: Se voc quer um blog, o glFusion pro-vavelmente bem mais do que voc precisa.

    Figura 2 - Exemplo de site feito em glFusion

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    CAPA ENTREVISTA COM MARK EVANS

    http://www.glfusion.org/wiki/doku.php?id=glfusion:starthttp://www.glfusion.org/wiki/doku.php?id=glfusion:starthttp://www.glfusion.org/wiki/doku.php?id=glfusion:starthttp://www.glfusion.org/http://revista.espiritolivre.org/http://www.glfusion.org/wiki/doku.php?id=glfusion:starthttp://www.glfusion.org/http://revista.espiritolivre.org/
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    Existem alguns plugins disponveis que ofere-cem funes de e-commerce, mas se voc preci-sa de um portal de e-commerce, existemescolhas me