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Estatuto do conhecimento científico Ciência e construção. Validade e verificabilidade das hipóteses

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Estatuto do conhecimento científico

Ciência e construção. Validade e verificabilidade das hipóteses

Perspetiva indutivista:

Observação dos fenómenos a investigar

Formulação de hipóteses: para explicar o fenómeno em questão, da qual

extraem consequências que usam para fazer previsões.

Experimentação: realização de experiências para saber, para averiguar se as previsões ocorrem.

Lei: generalização.

Se as previsões ocorrem, a hipótese é confirmada e passa a ser admitida como teoria.

Se as previsões não ocorrem, a hipótese é rejeitada e uma nova hipótese é apresentada;

Pressupostos do

indutivismo

Os enunciados gerais fundam-se no

raciocínio indutivo

O ponto de partida da ciência é a observação neutra dos fenómenos

Observar é constatar regularidades

obsevadas

O conhecimento resulta da verificação

de hipóteses

A natureza comporta-se de forma uniforme,

pelo que os casos ainda não observados

deverão ser semelhantes aos

observados

Perspetiva falsificacionista:

P1 •Problema: De que cor serão os cisnes?

TT •Tentativa de teoria: os

cisnes são, todos eles, brancos. Esta teoria é testada, sujeita à experimentação.

EE •Eliminação do erro: há

contraexemplos para refutar a teoria; existem cisnes pretos na Austrália. A teoria dá origem a outro problema.

P2 • De que cores

serão os cisnes? Serão apenas brancos ou pretos?

Indutivismo/falsificacionismo Metodologias indutivistas Metodologias críticas

Observação

Marca o início da atividade científica. Neutra e livre de crenças.

Recolhem-se e registam-se os factos.

Realizada após a formulação do problema. Apoiada numa base teórica.

Prática científica

Formular leis gerais a partir da observação.

Experimentar hipóteses e comprová-las.

Submeter as teorias à crítica, no sentido de as falsificar ou corroborar.

Hipótese

Nasce da observação que, se verificada, se torna lei.

Conjetura refutável que orienta a atividade científica.

Finalidade

Explicar e prever fenómenos. Eliminar erros.

Critério de cientificidade

Verificabilidade. Falsificabilidade.

O problema da demarcação

Para Karl Popper, o problema central da filosofia da ciência reduz-se, em grande, parte, ao que designa por problema da demarcação.

• O que permite distinguir uma teoria científica de uma teoria não científica?

O problema da demarcação

• Assim, para Popper:

• «Nunca se pode provar nem afirmar que uma teoria científica é verdadeira. Quando muito, pode provar-se que é falsa (…).»

• «Uma teoria é científica (…) se podem ser concebidos testes que provem que a teoria é falsa», isto é, «uma teoria é científica se e só se é falsificável (…).»

• Em vez de indução devemos falar em conjeturas e, em vez de verificação devemos falar em falsificação.

Falsificacionismo

«Que erramos isso é patente em todas as manifestações não só do pensamento como do comportamento humano. Ciência incluída. (...)

Todos cometemos erros, o que podemos é aprender com eles.»

• K. Popper

Falsificacionismo • Em síntese, Popper:

• Critica a ciência tradicional e o seu modelo verificacionista.

• Defende o falsificacionismo como critério de demarcação.

• Evidencia o valor provisório da verdade e as limitações da indução.

• Propõe a substituição do método indutivo-experimental pelo método hipotético-dedutivo.

• Analisa o papel fundamental do erro como motor de progresso.

• Propõe o método crítico das conjeturas.

Críticas: confirmação – verificação ou refutação – corroboração?

Pers

pet

iva

ind

uti

vist

a

• Conhecimento dos

inobserváveis.

• A observação seletiva.

• O problema da

indução. Pe

rsp

etiv

a fa

lsif

icac

ion

ista

• A confirmação faz

parte da ciência.

• Os cientistas também

se apoiam na indução.

• Existe uma grande

perda de

conhecimentos .