ESTUDO COMPARADO SOBRE EFICÁCIA ENTRE OS...

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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA FARMÁCIA JUDITH RODRIGUES PEREIRA MÔNICA SANTOS MACHADO DA SILVA YURI VICTOR SANTOS OLIVEIRA ESTUDO COMPARADO SOBRE EFICÁCIA ENTRE OS REJUVENESCEDORES FACIAIS DMAE E ISOFLAVONAS DE SOJA Santos-SP Novembro/2010

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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

FARMÁCIA

JUDITH RODRIGUES PEREIRA

MÔNICA SANTOS MACHADO DA SILVA

YURI VICTOR SANTOS OLIVEIRA

ESTUDO COMPARADO SOBRE EFICÁCIA ENTRE OS

REJUVENESCEDORES FACIAIS DMAE E ISOFLAVONAS

DE SOJA

Santos-SP

Novembro/2010

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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

FARMÁCIA

JUDITH RODRIGUES PEREIRA

MÔNICA SANTOS MACHADO DA SILVA

YURI VICTOR SANTOS OLIVEIRA

ESTUDO COMPARADO SOBRE EFICÁCIA ENTRE OS

REJUVENESCEDORES FACIAIS DMAE E ISOFLAVONAS

DE SOJA

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em Farmácia à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Santa Cecília, sob a orientação do Dr. Túlio Nakazato da Cunha.

Santos-SP

Novembro /2010

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JUDITH RODRIGUES PEREIRA MÔNICA SANTOS MACHADO DA SILVA

YURI VICTOR SANTOS OLIVEIRA

ESTUDO COMPARADO SOBRE EFICÁCIA ENTRE OS REJUVENESCEDORES FACIAIS DMAE E ISOFLAVONAS DE SOJA

Trabalho de conclusão de curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia a Comissão Julgadora da Universidade Santa Cecília

Data da aprovação 12/11/2010

Banca Examinadora

_______________________________________________________________ Prof. Dr. Túlio Nakazato da Cunha Orientador

_______________________________________________________________ Prof. Ms. Maria Fernanda B. Penteado Pedroso

_______________________________________________________________ Prof. Valter Garcia Santos

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DEDICATÓRIA

As nossas famílias pelo incentivo, confiança e amor, dedicamos a nossa

vitória.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos familiares, companheiros, amigos e as voluntárias que

colaboraram e nos apoiaram para que esse trabalho se concluísse, e principalmente

ao nosso orientador Túlio Nakazato da Cunha.

Por final, a DEUS obrigado, reconhecemos cada vez mais em todos os

nossos momentos, que o senhor é o maior mestre, que uma pessoa pode conhecer

e reconhecer.

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Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.

(Goethe)

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RESUMO

Envelhecimento, de um modo geral, pode ser descrito como um declínio progressivo na eficiência dos processos fisiológicos, após a fase reprodutiva da vida. O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo, contínuo que se caracteriza por alterações celulares e moleculares, com diminuição progressiva da capacidade de homeostase do organismo, senescência e morte celular. As alterações morfológicas que acompanham o envelhecimento da pele freqüentemente afetam o indivíduo tanto na esfera funcional quanto psíquica. Este trabalho faz uma diferenciação de eficácia entre o rejuvenescedor facial DMAE e os rejuvenescedores que contém Isoflavona de Soja como princípio ativo, na prevenção dos efeitos do envelhecimento da pele. A pesquisa foi realizada entre mulheres de 30 até 50 anos, cujo objetivo é avaliar o comportamento e hábitos do uso tópico dos rejuvenescedores e seus efeitos. Foram feitas duas preparações cosméticas, com uma preparação contendo 5% de DMAE, e a outra preparação com 1% de Isoflavona de Soja. Por ser um estudo cego, elas não souberam identificar quais ativos foram utilizados. O grupo foi acompanhado durante três meses, onde após o uso dos mesmos, os dados foram colhidos através da aplicação de questionários. Os resultados obtidos através da pesquisa demonstraram que em 3 meses a satisfação do grupo que utilizou DMAE foi maior (80%) em relação ao outro grupo(60%). Provavelmente isso se deve ao fato que o DMAE tem efeitos mais rápidos que o rejuvenescedor com Isoflavona de Soja, que exige um período maior para obtenção de resultados satisfatórios.

PALAVRAS-CHAVE: DMAE; isoflavona; envelhecimento; rejuvenescedores.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estrutura da pele...................................................................................................14

Figura 2: Estrutura da Epiderme. ........................................................................................18

Figura 3: Pêlos e glândulas sebáceas e sudoríparas ......................................................21

Figura 4: Pêlos e glândulas sebáceas e sudoríparas ......................................................22

Figura 5: Estrutura Quimica do Dimetilaminoetanol.........................................................35

Figura 6: DMAE em cápsulas (suplemento alimentar) ....................................................36

Figura 7: Epiderme antes do uso de DMAE ......................................................................38

Figura 8: Epiderme depois do uso de DMAE ....................................................................38

Figura 9 : Estrutura química das principais isoflavonas da soja. ...................................45

Figura 10: Grãos de Soja .....................................................................................................49

Figura 11: Preparação no laboratório.................................................................................52

Figura 12: Preparação no laboratório(2) ............................................................................53

Figura 13: Preparação no laboratório (3)...........................................................................53

Gráfico 1: Faixa etária das voluntárias...............................................................................55

Gráfico 2: Uso de produtos antienvelhecimento...............................................................56

Gráfico 3 : Qual ativo foi utilizado anteriormente..............................................................56

Gráfico 4: Orientação anterior sobre prevenção do envelhecimento............................57

Gráfico 5 : Uso do cigarro.....................................................................................................58

Gráfico 6: Exposição ao sol sem proteção ........................................................................58

Gráfico 7: Produto Utilizado .................................................................................................59

Gráfico 8 : Tempo de alteração positiva após o uso do produto A (DMAE) ................59

Gráfico 9 : Tempo de alteração positiva após o uso do produto B (Isoflavonas de Soja).........................................................................................................................................60

Gráfico 10 : Satisfação do Produto Utilizado (DMAE) .....................................................61

Gráfico 11: Satisfação do Produto Utilizado (Isoflavonas de Soja)................................61

Gráfico 12: Continuar a utilização do Produto ( DMAE) ..................................................62

Gráfico 13: Continuar a utilização do Produto (Isoflavonas de Soja)............................62

Gráfico 14: Utilidade sobre orientação dos pesquisadores para com as voluntárias sobre o envelhecimento e sua prevenção. ........................................................................63

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11

2 OBJETIVO .............................................................................................................13

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................14

3.1 PELE............................................................................................................................................. 14 3.2 HISTOLOGIA DA PELE..................................................................................................................... 14 3.3 EPIDERME ..................................................................................................................................... 15 3.4 DERME.......................................................................................................................................... 19 3.5 HIPODERME .................................................................................................................................. 19 3.6 APÊNDICES E ÓRGÃOS ANEXOS ...................................................................................................... 20

3.6.1 Pêlos ................................................................................................................................................... 20 3.6.2 Unhas .................................................................................................................................................. 20 3.6.3 Glândulas Sudoríparas........................................................................................................................ 20 3.6.4 Glândulas Sebáceas ........................................................................................................................... 21

3.7 FUNÇÕES DA PELE ........................................................................................................................ 22 3.8 TIPOS DE PELE .............................................................................................................................. 23

3.8.1 Pele normal ......................................................................................................................................... 24 3.8.2 Pele oleosa.......................................................................................................................................... 24 3.8.3 Pele seca............................................................................................................................................. 24 3.8.4 Pele mista............................................................................................................................................ 25 3.8.5 Pele envelhecida ................................................................................................................................. 25

4. ENVELHECIMENTO CUTÂNEO .........................................................................26

4.1 ENVELHECIMENTO INTRÍNSECO ...................................................................................................... 27 4.2 ENVELHECIMENTO EXTRÍNSECO ..................................................................................................... 29 4.3 REJUVENESCIMENTO CUTÂNEO...................................................................................................... 30

5. TRATAMENTOS DERMATOLOGICOS ...............................................................31

5.1 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS COSMÉTICOS .......................................................... 31 5.2 APLICAÇÃO DA REOLOGIA NO DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÕES COSMÉTICAS............................ 32

6 DIMETILAMINOETANOL (DMAE) ........................................................................35

6.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS................................................................................................. 35 6.2 MECANISMO DE AÇÃO.................................................................................................................... 36 6.3 INDICAÇÕES .................................................................................................................................. 37 6.4 AÇÕES DO DMAE NA PELE ............................................................................................................ 38 6.5 EFEITO "CINDERELA" DE DMAE ..................................................................................................... 39 6.6 NEUROTRANSMISSORES ................................................................................................................ 39 6.7 ACETILCOLINA (ACH)..................................................................................................................... 40 6.8 TIPOS DE DMAE MAIS UTILIZADOS ................................................................................................. 41 6.9 OUTROS TIPOS DE DMAE.............................................................................................................. 42 6.10 TOXICIDADE ................................................................................................................................ 44

7. ISOFLAVONAS DE SOJA....................................................................................45

7.1 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS................................................................................................. 47 7.2 MECANISMO DE AÇÃO .................................................................................................................... 47 7.3 INDICAÇÕES .................................................................................................................................. 48 7.4 AÇÕES DA GENISTEÍNA NA PELE..................................................................................................... 48 7.5 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE .............................................................................................................. 49

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7.6 ATIVIDADE ESTROGÊNICA .............................................................................................................. 50 7.7 TOXICIDADE .................................................................................................................................. 51

8. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................52

9. RESULTADOS......................................................................................................55

10. DISCUSSÃO .......................................................................................................64

11. CONCLUSÃO .....................................................................................................66

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................67

ANEXO A..................................................................................................................74

ANEXO B..................................................................................................................75

ANEXO C..................................................................................................................76

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1 INTRODUÇÃO

A pele é um órgão complexo no qual interação celular e molecular reguladas

de modo preciso governam muitas das agressões provindas do meio ambiente. É

constituída por vários tipos de células interdependentes responsáveis pela

manutenção da sua estrutura normal. Com o envelhecimento cronológico cutâneo,

ocorre a modificação do material genético por meio de enzimas, alterações protéicas

e a proliferação celular decresce (HIRATA, 2004).

Conseqüentemente, o tecido perde a elasticidade, a capacidade de regular as

trocas aquosas e a replicação do tecido se torna menos eficiente, iniciando o

processo de envelhecimento (http://www.marcianutricionista.com.br / Acesso em: 20

de outubro de 2010).

Existem vários tipos de rejuvenescedores faciais utilizados para o tratamento

do envelhecimento cutâneo, onde vamos utilizar para esta monografia os ativos de

DMAE (dimetilaminoetanol), comparando sua eficácia com os de ISOFLAVONA DE

SOJA, utilizados como coadjuvante ou não no tratamento rejuvenescedor.

De acordo com suas propriedades farmacológicas, é justificada a escolha do

DMAE em cosméticos para combater o envelhecimento da pele, uma vez que sua

ação como tensor cutâneo é capaz de fortalecer e evitar a flacidez da mesma.

Baseado em observações clínicas, foram relatados efeitos na melhora da

aparência da pele envelhecida, no aumento da firmeza da área dos olhos,

bochechas e lábios, bem como a diminuição das linhas frontais e horizontais

(http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/5mostra/1/307.pdf / Acesso em:

23 de outubro de 2010).

Já com a Isoflavona de Soja, ela atraiu a atenção de pesquisadores por

apresentarem habilidade de imitar os estrógenos, apresentando propriedades

fisiológicas importantes para os seus efeitos e benefícios a saúde (HIRATA, 2004).

Nas mulheres devido a menopausa, ocorre uma queda drástica do nível de

estrógenos. Nesse período observa-se com freqüência uma pele seca, enrugada e

fragilizada.

Atuando melhor nesse quadro a genisteína (Isoflavonas de soja em sua forma

fisiologicamente ativa), além de aumentar a síntese de elastina e colágeno, é capaz

de inibir as metaloproteases, que são enzimas capazes de quebrar essas proteínas

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presentes na matriz extracelular. A genisteína apresenta efeitos biológicos sobre o

fotoenvelhecimento e a fotocarcinogênese, comprovados por sua capacidade de

inibir danos oxidativos ao DNA, queimaduras cutâneas e bloquear a expressão dos

proto-oncogêneses induzida por radiação UVB. Além disso, por apresentar atividade

fisiológica semelhante aos estrógenos, esta substância também possui ações como

inativação de radicais livres e inibição enzimática (como as das proteínas quinase-

ribossomal,tirosinase-quinase e topoisomerase II). (http:www.galena.com.br/lipobelle

/ Acesso em: 13 de abril de 2010).

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2 OBJETIVO

� Comparar a eficácia de dois rejuvenescedores faciais (DMAE e Isoflavonas de

Soja) em mulheres entre 30 e 50 anos de idade;

� Analisar os produtos testados;

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Pele

A pele é a interface entre os seres humanos e seu meio ambiente, protegendo

os outros órgãos de alterações de temperatura, lesões mecânicas, irradiação

ultravioleta, agressões químicas e de microrganismos (http://www.sobest.com.br /

Acesso em 20 de outubro de 2010).

Ela também é um órgão de sensibilidade tátil, através da qual os indivíduos

recebem estímulos de prazer e de dor, possibilitando a avaliação dos seus arredores

físicos (IZQUIERDO LG et al., 2004).

Conforme a idade avança, a pele desempenha com mais dificuldade cada

uma dessas funções vitais. A pele também é prontamente visualizada e, portanto, a

sua integridade é de grande importância psicológica e social, assim como fisiológica

( RABE JH et al., 2006).

3.2 Histologia da Pele

Figura 1: Estrutura da pele

Fonte: http://www.dermatologia.com.br

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A pele recobre a superfície do corpo e apresenta-se constituída por uma

porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de

origem mesodérmica, a derme. Dependendo da espessura da epiderme, Distingue-

se a pele fina e a espessa. A pele espessa é encontrada na palma das mãos e na

planta dos pés. O resto do corpo é protegido por pele fina. Abaixo e em continuidade

com a derme encontra-se a hipoderme ou tecido celular subcutâneo, que não faz

parte da pele, apenas lhe serve de união com os órgãos subjacentes (JUNQUEIRA

& CARNEIRO 2004).

A hipoderme é um tecido conjuntivo frouxo que pode conter muitas células

adiposas, constituindo o panículo adiposo. A pele é um dos maiores órgãos,

atingindo 16% do peso corporal. Desempenha múltiplas funções. Graças à camada

córnea da epiderme, protege o organismo contra perda de água e contra o atrito.

Através de suas terminações nervosas sensitivas, recebe constantemente

informações sobre o ambiente e as envia para o sistema nervoso central. Por meio

dos seus vasos sanguíneos, glândulas e tecido adiposo, colabora na

termorregulação do corpo.

Suas glândulas sudoríparas participam da termorregulação e da excreção de

várias substâncias. Um pigmento que é produzido e acumulado na epiderme, a

melanina, tem função protetora contra os raios ultravioleta (JUNQUEIRA &

CARNEIRO 2004).

A junção entre a epiderme e a derme é irregular. A derme possui projeções,

as papilas dérmicas, que se encaixam em reentrâncias da epiderme, aumentando a

coesão entre essas duas camadas. Os pêlos, unhas e glândulas sudoríparas e

sebáceas são estruturas anexas da pele (JUNQUEIRA & CARNEIRO 2004).

3.3 Epiderme

A epiderme, camada mais externa da pele, é constituída por células epiteliais

(queratinócitos) com disposição semelhante a uma "parede de tijolos". Estas células

são produzidas na camada mais inferior da epiderme (camada basal ou germinativa)

e em sua evolução em direção à superfície sofrem processo de queratinização ou

corneificação, que dá origem à camada córnea, composta basicamente de

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queratina, uma proteína responsável pela impermeabilização da pele. A renovação

celular constante da epiderme faz com que as células da camada córnea sejam

gradativamente eliminadas e substituídas por outras

(http://www.dermatologia.net/novo/base/pelenormal.shtml / Acesso em: 20 de

outubro de 2010).

As células mais abundantes nesse epitélio são os queratinócitos. A epiderme

apresenta ainda três tipos de células: os melanócitos, as células de Langerhans e as

células de Merkel.

Os melanócitos são células que se originam das cristas neurais do embrião e

invadem a pele entre a 12° e 14° semanas da vida intra-uterina. Essas células

produzem o pigmento melanina.

As células de Langerhans são células móveis e dendríticas responsáveis pela

imunovigilância cutânea. Têm a função de captar, processar e apresentar os

antígenos aos linfócitos T. Representam 3-6% de todas as células epidérmicas. As

células de Merkel localizam-se na camada basal e unem-se aos queratinócitos por

meio dos desmossomos. São mais freqüentes nos lábios e na pele das mãos e dos

dedos. Parecem ser receptores táteis, pois estão freqüentemente em contato com

axônios sensoriais da derme através das suas junções de sinapse

(http://www.dermatopatologia.com/pele/histologia.asp / Acesso em: 20 de outubro de

2010).

A espessura e a estrutura da epiderme variam com local estudado, sendo

mais espessa e complexa na palma das mãos e na planta dos pés. Nessas regiões

atinge a espessura de até 1,5 mm e apresenta, vista da derme para superfície, cinco

camadas:

camada basal, constituída por células prismáticas cubóides, basófilas,

repousando sobre a membrana basal que separa a epiderme da derme. A camada

basal, rica em células-tronco (stem cells) da epiderme, é também chamada de

germinativa. Apresenta intensa atividade mitótica sendo responsável, junto com a

camada seguinte (camada espinhosa), pela constante renovação da epiderme

(JUNQUEIRA & CARNEIRO 2004).

Calcula-se que a epiderme humana se renova cada 15 a 30 dias, dependendo

principalmente do local e da idade da pessoa. As células da camada basal contêm

filamentos intermediários de queratina, que se vão se tornando mais numerosa na

medida que a célula avança para a superfície.

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As queratinas constituem a metade das proteínas da camada córnea (a mais

superficial);

camada espinhosa, formadas por células cubóides ou ligeiramente

achatadas, de núcleo central, citoplasma com curtas expansões que contêm feixes

filamentos de queratina (tonofilamentos).

Essas expansões citoplasmáticas se aproximam e se mantêm unidas com as

células vizinhas através de desmossomos, o que dá a cada célula um aspecto

espinhoso. Ao microscópio eletrônico verificou-se que os tonofilamentos terminam

inserindo-se nos espessamentos citoplasmáticos (attachment plates) dos

desmossomos (JUNQUEIRA & CARNEIRO 2004).

Os filamentos de queratina e os desmossomos têm importante papel na

manutenção da coesão entre as células da epiderme e na resistência ao atrito. Na

camada espinhosa também existem células-tronco dos queratinócitos, e as mitoses

ocorrem na camada basal, e em menor número, na camada espinhosa;

camada granulosa, com apenas 3-5 fileiras de células poligonais achatadas,

núcleo central e citoplasma carrega grânulos basófilos, chamados grânulos de

querato-hialina, que não são envolvidos por membrana.

Esses grânulos contêm uma proteína rica em histidina fosforilada e também

proteínas contendo cistina. Os numerosos grupamentos fosfato da histidina são

responsáveis pela basofilia da querato-hialina (JUNQUEIRA & CARNEIRO 2004).

Outra característica das células da camada granulosa, que só pode ser

visualizada com o microscópio eletrônico, são os grânulos lamelares, com 0,1-

0,3µm. que contêm discos lamelares formados por bicamada lipídicas e são envoltos

por membrana.

Esses grânulos se fundem com a membrana plasmática e expulsam seu

conteúdo para o espaço intercelular da camada granulosa, o material lipídico se

deposita, indo contribuir para formar uma barreira contra a penetração de

substâncias e tornar a pele impermeável à água, impedindo a desidratação do

organismo. Esse impermeabilizante epidérmico surgiu nos répteis e foi um evento

importante do ponto de vista evolutivo, para permitir a vida fora da água;

camada lúcida, mais evidente na pele espessa é constituída por uma

delgada camada de células achatadas, eosinófilas e translúcidas, cujos núcleos e

organelas citoplasmáticas foram digeridos por enzimas dos lisossomos e

desapareceram (JUNQUEIRA & CARNEIRO 2004).

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O citoplasma apresenta numerosos filamentos de queratina, compactados e

envolvidos por material elétron-denso. Ainda se podem ver desmossomos entre as

células;

camada córnea, que tem espessura muito variável constituída por células

achatadas, mortas e sem núcleo. O citoplasma dessas células apresenta-se repleto

de queratina. A queratina contém, pelo menos, seis polipeptídios diferentes, com

peso molecular entre 40 e 70 kDa. A composição dos tonofilamentos se modifica à

medida que os queratinócitos se diferenciam.

As células da camada basal apresentam queratinas de baixo peso molecular,

enquanto os queratinócitos mais diferenciados sintetizam queratinas de peso

molecular maior. Na camada córnea os tonofilamentos se aglutinam junto com uma

matriz formada pelos grânulos de querato-hialina.

Nessa altura da diferenciação, os queratinócitos estão transformados em

placas sem vida e descamam continuamente (JUNQUEIRA & CARNEIRO 2004).

A descrição acima corresponde à epiderme na sua maior complexidade, que

é encontrada na pele espessa. Na pele fina, epiderme é mais simples, faltando

freqüentemente a camada granulosa e lúcida, e apresentando uma camada córnea

muito reduzida.

Figura 2: Estrutura da Epiderme.

Fonte: http://monicagomes-dermopigmentadora.blogspot.com/

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3.4 Derme

É o tecido conjuntivo onde se apóia a epiderme e une a pele ao tecido celular

subcutâneo ou hipoderme. A derme apresenta espessura variável de acordo com a

região observada, atingindo um máximo de 3 mm na planta do pé. Sua superfície

externa é irregular, observando-se saliências, as papilas dérmicas, que

acompanham as reentrâncias correspondentes da epiderme.

As papilas aumentam a área de contato da derme com a epiderme,

reforçando a união entre essas duas camadas. As papilas são mais freqüentes nas

zonas sujeitas a pressões e atritos. A derme é constituída por duas camadas, de

limites pouco distintos: a papilar, superficial, e a reticular, mais profunda.

(http://www.dermatopatologia.com/pele/histologia.asp / Acesso em: 20 de outubro de

2010).

A camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que

forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de

colágeno, que se inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram

profundamente na derme.

Essas fibrilas contribuem para prender a derme à epiderme. A camada

reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso.

Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico, responsáveis,

em parte, pela elasticidade da pele. Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos

nervos, também são encontrados na derme as seguintes estruturas, derivadas da

epiderme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.

3.5 Hipoderme

A hipoderme não faz parte da pele sendo assim, ela é formada por tecido

conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme aos órgãos subjacentes.

É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas

quais se apóia. Dependendo da região e do grau de nutrição do organismo, a

hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido adiposo que, quando

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desenvolvida, constitui o panículo adiposo. O panículo adiposo modela o corpo, é

uma reserva de energia e proporciona proteção contra o frio (a gordura é bom

isolante térmico) (http://www.dermatopatologia.com/pele/histologia.asp / Acesso em

20 de outubro de 2010).

3.6 Apêndices e órgãos anexos

3.6.1 Pêlos

O pêlo é um filamento de queratina morta e flexível que é dividido em duas

partes, a raiz e a haste. (SOUZA, 2003).

3.6.2 Unhas

Constituem formações epidérmicas situadas na capa dorsal dos dedos.

A pele contém dois tipos de órgãos anexos: glândula sudorípara e glândula

sebácea.

3.6.3 Glândulas Sudoríparas

Existem dois tipos:

� Apócrinas

Saem diretamente nos folículos pilossebáceos e secretam um líquido leitoso.

“O odor das regiões onde estão localizadas decorre da decomposição do material

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por elas secretado, através da ação de enzimas bacterianas, estão exclusivamente

localizadas nas axilas e nas regiões genitais.” (PEYREFITE,1998).

� Écrinas

Presente em toda a pele, com predomínio nas regiões palmo-plantares, zona

frontal e peito, com exceção nas unhas e lábios. Desembocam diretamente na

superfície cutânea (poro). Secretam o suor.

3.6.4 Glândulas Sebáceas

Formações anexas aos folículos pilosos, aonde despejam sua secreção

(sebo), constituídas de gotículas de lipídeos e restos celulares. Funciona como

lubrificante para a pele.

“Encontra-se em todo corpo: couro cabeludo, rosto (zona T), zona genital,

salvo as regiões desprovidas de pêlos, as palmas e as plantas.”

(PEYREFITTE,1998).

Figura 3: Pêlos e glândulas sebáceas e sudoríparas

Fonte: http://www.dermatologia.com.br

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Figura 4: Pêlos e glândulas sebáceas e sudoríparas

Fonte: http://www.dermatologia.com.br

3.7 Funções da Pele

� Proteção

A função essencial da pele é a proteção do organismo contra as agressões

externas. A pele está submetida a agressões mecânicas freqüentes, acidentais

(choques, cortes, esmagamentos, picadas, trações) ou profissionais

(microtraumatismos repetidos) que ela deve amortecer e absorver eficazmente, a fim

de preservar sua integridade e a dos tecidos subjacentes. Também protege contra

agentes térmicos, o frio e o calor.

A queratina é uma das estruturas mais resistentes aos agentes químicos. A

pele atua impedindo que os agentes químicos passem através do epitélio, da

mesma forma que evita perdas internas.

É a epiderme que assegura a proteção natural contra o sol, mediante a

pigmentação epidérmica e absorção desta radiação em diferentes níveis.

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� Termo-regulação

Conjunto de mecanismos que permitem manter constante a temperatura do

organismo (homeotérmica) do homem.

Os vasos sanguíneos contraem-se contra o frio e dilatam-se com o calor, de

modo a minimizar ou maximizar as perdas de calor.

A presença de tecido adiposo (gordura) protege contra o frio uma vez que a

gordura é má condutora de calor. (BARATA, 2000).

� Função sensorial

A pele tem capacidade de detectar sinais que criam as percepções da

temperatura, movimento, pressão, dor, tato e prurido. É um órgão importante na

função sexual.

� Função metabólica

Uma das mais importantes é a síntese da vitamina D que é sintetizada na

epiderme através da ação da luz solar, uma vitamina essencial para o metabolismo

do cálcio e, portanto na formação/manutenção saudável dos ossos. (BARATA,2000).

� Função de secreção

A pele secreta queratina, melanina, sebo, suor, que possuem cada substância

uma função definida no organismo.

3.8 Tipos de pele

Quanto ao grau de oleosidade, a pele pode ser normal, seca, oleosa, mista e

envelhecida. Mas, apesar dessa divisão, todas as peles têm uma concentração

maior de glândulas sebáceas na zona T do que nas regiões laterais da face. Assim,

todas as peles secas são menos secas na região médio-facial, o que também ocorre

com as peles normais e oleosas. (BARATA, 2000).

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3.8.1 Pele normal

É definida como pele sem sinais visíveis de lesão ou sensação de

desconforto. É aveludada, lisa, relevo fino, elástica e não brilhante. Bem hidratada e

pouco gordurosa. Trata-se da pele ideal.

3.8.2 Pele oleosa

A pele oleosa elimina constantemente sebo e gorduras epidérmicas que irão

formar, com o suor, uma película hidro-lipídica que recobre na camada córnea,

contribuindo para sua coesão, lubrificação e proteção. (SOUZA, 2003).

A pele gordurosa é devida à seborréia, isto é, à produção exagerada de sebo,

tendo como características: pele brilhante, pálida, irritável, de poros dilatados, com

localização predominante na testa, nariz e queixo, onde as glândulas sebáceas são

mais numerosas e mais volumosas.

A pele oleosa tem tendência de ocorrer: acne, dermatite seborréica,

hiperplasia sebácea, hirsutismo, rosácea.

3.8.3 Pele seca

Apresentam-se desidratada, áspera, pouco elástica, de cor opaca, facilmente

irritável e vulnerável as mudanças de temperatura e umidade ambientais. Tende a

formar rugas. Diminuição da secreção sebácea e sudorípara. A sensação é que o

indivíduo tem uma pele tensa, rugosa e descamativa. (COSMETICS E TOILETRIES,

2007).

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3.8.4 Pele mista

É normal que a pele tenha um conteúdo de água e de gordura, diferente de

uma região para outra, pois a distribuição das glândulas sebáceas e sudoríparas na

pele é variável.

Normalmente define-se como pele mista quando um rosto apresenta uma

diferença marcante entre a zona T, onde fica presa a seborréia, e as bochechas, que

conservam um aspecto normal ou seco.

3.8.5 Pele envelhecida

A pele envelhecida é ressecada com rugas, flácida, possui alteração da

pigmentação, tem perda da elasticidade, marcas de expressão, diminuição da

secreção sebácea e sudorípara. Existem dois fatores que levam a pele a ter essas

características: envelhecimento intrínseco e fotoenvelhecimento. (COSMETICS E

TOILETRIES, 2007).

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4. ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

Mudanças nas características da pele humana durante o envelhecimento são

freqüentemente determinadas por forças ambientais ou extrínsecas, tais como

radiação ultravioleta, assim como por fatores intrínsecos, alguns deles relacionados

com alterações no tecido conjuntivo da derme.

Alterações no tecido conjuntivo, que atua como alicerces estruturais para

epiderme delineiam essas mudanças na aparência externa, que são refletidas no

estrato córneo (ORIA, 2003).

As modificações do aparelho colágeno-elástico ao longo da vida estabelecem

uma base morfológica substancial para compreender as adaptações bioquímicas e

biomecânicas da pele com a idade (ORIA, 2003).

A espessura da pele e suas propriedades visco elásticas não dependem

apenas da quantidade de material presente na derme, mas também de sua

organização estrutural (ORIA, 2003).

Para estudar os mecanismos envolvidos no envelhecimento, portanto, é

necessário compreender melhor as mudanças estruturais e funcionais que ocorrem

com o avançar da idade, distinguindo as alterações que possam representar um

processo intrínseco daquelas que refletem efeitos patológicos cumulativos ou

agressões ambientais externas.

Oxidações químicas e enzimáticas envolvendo a formação de radicais livres

aceleram esse fenômeno de envelhecimento.

Os radicais livres são espécies químicas constituídas de um átomo ou

associação dos mesmos, possuindo um elétron desemparelhado na sua órbita mais

externa. Essa situação implica em alta instabilidade energética e cinética, e para se

manterem estáveis precisam doar ou retirar um elétron de outra molécula. A

formação de radicais livres conduz ao estresse oxidativo, processos no qual estes

iniciarão uma cadeia de reações, originando alterações em proteínas extracelulares

e a modificações celulares. O maior dano causado pelo estresse oxidativo é a

peroxidação dos ácidos graxos constituintes da dupla camada lipídica que, em

última instância, leva à morte celular. Para evitar esse processo de depleção

celular, a pele possui seu próprio mecanismo de defesa tais como: enzimas,

vitaminas e agentes quelantes de íons metálicos.

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Entretanto, a capacidade protetora desse mecanismo diminui com o

envelhecimento, então, compostos exógenos como enzimas, antioxidantes e

compostos fenólicos reforçam a proteção natural pela limitação das reações

oxidativas (HIRATA, 2004).

Convém ainda considerar que, independente da idade do indivíduo, a

espessura total da pele, espessura relativa da epiderme e derme, distribuição e

fenótipo da população celular na derme, presença de anexos cutâneos e densidade

da microvasculatura e de nervos variam conforme a região do corpo (NASCIMENTO,

2001).

Os tecidos gradualmente passam por mudanças de acordo com a idade,

sendo que, na pele, essas alterações são mais facilmente reconhecidas. Atrofia,

enrugamento e lassidão representam os sinais mais aparentes de uma pele senil.

4.1 Envelhecimento Intrínseco

O envelhecimento cronológico aparece em decorrência das reações naturais

fisiológicas que afetam tanto a pele como os órgãos internos do corpo humano,

ocasionando uma degeneração tecidual lenta e irreversível (EL-DOMYATI et

al.,2002).

O estrato córneo permanece relativamente inalterado, sendo que os danos

mais significativos têm lugar na epiderme e na derme (JENKINS, 2002). Uma teoria

criada por DUHRAM (1956) propõe que o estresse oxidativo causado por um

desequilíbrio entre a ação de radicais livres, produzidos em excesso pelo

metabolismo aeróbico mitocondrial, e as defesas antioxidantes, manifestado por

danos a proteínas, DNA e lipídios de membranas, seria o responsável pelo

envelhecimento (BOKOV et al., 2004).

Segundo essa teoria, os danos celulares provocados pela ação das espécies

reativas de oxigênio são cumulativos e têm influência direta no envelhecimento

intrínseco.

A cadeia de transporte de elétrons da mitocôndria é responsável pela maioria

do oxigênio metabolizado pelas células, e as espécies produzidas por intermédio

dessa cadeia (ânion superóxido, peróxido de hidrogênio e radical hidroxila) são

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fontes potenciais de danos para a própria mitocôndria e outros compartimentos

celulares (BOKOV et al., 2004).

O acúmulo de estruturas danificadas na pele, as quais perderam sua função

fisiológica, leva à atrofia, tanto da derme quanto da epiderme levando ao

achatamento da interface entre estas duas camadas cutâneas (BOKOV et al., 2004).

As células cutâneas, com o passar do tempo, perdem a capacidade de

reprodução, a habilidade de diferenciação e de mudanças fenotípicas. Este processo

é denominado senescência celular e as células senis acumulam-se na pele

envelhecida (XAVIER, 2006).

Esta redução no crescimento celular se deve, em parte, à repressão seletiva

da expressão de genes regulatórios importantes para a divisão celular e da síntese

de DNA. Estas células também se tornam resistentes ao processo de apoptose

(WANG, 1998) e exibem alterações nas funções de diferenciação (CAMPISI, 1996).

O acúmulo destas células senis com a alteração da expressão gênica leva ao

declínio da integridade e da função tecidual (CAMPISI, 1996).

A matriz extracelular também sofre a influência dos processos biológicos de

oxidação. Uma depleção geral dessa matriz com a diminuição da síntese de

colágeno, de elastina (SCAHFFETTER-KOCHANEK et al., 2000; EL-DOMYATI et

al., 2002) e de glicosaminoglicanos, como o ácido hialurônico (MANUSKIATTI et

al.,1996; VUILLERMOZ et al., 2005) é observada.

Em um estado anterior à senescência celular dérmica, a atividade das

metaloproteinases matriciais, enzimas responsáveis pela degradação dos

componentes estruturais da matriz dérmica, colagenase e estromelisina, é baixa em

conseqüência da ação de seus inibidores..

Em contraste, nos fibroblastos senis acontece uma inversão deste quadro,

com um aumento da expressão das metaloproteinases e a redução da expressão

dos inibidores enzimáticos (CAMPISI, 1996).

O comprometimento da biossíntese também contribui para a redução e

desorganização do colágeno matricial, conduzindo à atrofia dérmica (JENKINS,

2002).

Dessa maneira, o processo associado ao envelhecimento dérmico intrínseco

resulta de uma combinação de eventos que incluem a redução da capacidade

proliferativa das células cutâneas; decréscimo da síntese dos componentes da

matriz dérmica, aumento da expressão de enzimas que degradam o colágeno e

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outros componentes estruturais da matriz extracelular (JENKINS, 2002) e danos

oxidativos ocasionados por Espécies Reativas de Oxigênio (ERO), geradas por

reações fisiológicas (BOKOV et al., 2004).

4.2 Envelhecimento Extrínseco

A ação de fatores externos sobre o organismo humano também leva à

produção de substâncias nocivas. A poluição do ar, o tabagismo, exercícios físicos

exagerados, inflamações, exposição a certas substâncias químicas, metais pesados

e radiações são agentes responsáveis pela produção de espécies reativas de

oxigênio, sendo que, entre os fatores externos, a radiação ultravioleta é o principal

agente capaz de provocar danos à pele (FISHER et al., 2002).

O fotoenvelhecimento, induzido pela influência da radiação solar, da mesma

forma que o cronológico, é também caracterizado pelo acúmulo de estruturas

cutâneas danificadas.

O que diferencia os dois processos é o fato de o fotoenvelhecimento

depender, primariamente, do grau de exposição solar e do pigmento da pele do

indivíduo. Pessoas de pele clara, que se expõem a longos períodos de tempo à luz

solar, principalmente em locais onde a incidência da radiação é mais pronunciada,

ficam mais suscetíveis ao fotoenvelhecimento (FISHER et al., 2002).

A pele envelhecida pela exposição crônica à radiação ultravioleta apresenta

características similares à pele cronologicamente degenerada.

No entanto, a pele fotoenvelhecida apresenta determinadas características

histológicas exclusivas, como, por exemplo, a elastose dérmica, que consiste no

aumento seletivo de uma forma alterada de elastina, que se apresenta sob a forma

de estruturas emaranhadas, amorfas e grosseiras.

Acredita-se que esse aumento do material elastótico aconteça como resultado

direto da danificação causada pela radiação UV aos fibroblastos da derme, os quais

passam a produzir uma elastina com características anormais, ou, ainda, que seja o

resultado da digestão da matriz extracelular por proteases induzidas por mediadores

inflamatórios.

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Outra característica própria da pele fotoenvelhecida é a desorganização e a

degeneração da rede de colágeno circundante e, também, o aumento na deposição

de ácido hialurônico entre as fibras de colágeno e elastina (MANUSKIATTI et al.,

1996). Além disso, também pode ser observado o aumento de células inflamatórias,

como mastócitos e neutrófilos SCAHFFETTER-KOCHANEK et al., 2000; EL-

DOMYATI et al., 2002).

A pele sujeita à exposição crônica à luz ultravioleta apresenta-se mais frágil,

com menor capacidade de cicatrização (SCHARFFETTER-KOCHANEK et al., 2000).

Essa exposição excessiva pode levar a alterações clínicas que culminam no

aparecimento de rugas, no aumento da espessura e na diminuição da oleosidade da

pele, alterações na pigmentação e, em casos mais graves, em uma variedade de

neoplasmas benignos ou malignos (EL-DOMYATI et al., 2002; PINNEL, 2003).

4.3 Rejuvenescimento Cutâneo

O envelhecimento é um processo contínuo e inexorável que se inicia quando

somos concebidos. Rejuvenescer significa, em última instância, desacelerar este

processo, buscando uma aparência mais saudável e uma melhor qualidade de vida,

mais compatível com a imagem que fazemos de nós mesmos. Por isso devemos

entender que todo o tratamento antienvelhecimento são contínuos e

individualizados.

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5. TRATAMENTOS DERMATOLOGICOS

Hoje em dia, existe uma preocupação crescente da população, tanto homens

quanto mulheres, no que se refere à valorização e à promoção da beleza. Observa-

se uma busca constante pelo embelezamento e melhoria da aparência, objetivando-

se a prevenção e o retardo dos sinais do envelhecimento, tanto por parte dos

pacientes, como por parte dos médicos que trabalham neste campo.

Diversos medicamentos são utilizados para o condicionamento da pele, os

principais são o Ácido Retinóico, o Ácido Glicólico, o Ácido Ascórbico (vitamina C),

os Despigmentantes e os que promovem a Proteção Solar e os cremes auxiliares

como o DMAE e o Elastinol.

Os medicamentos tópicos agem na intimidade da pele, prevenindo o

envelhecimento, retardando sua velocidade e rejuvenescendo a pele. Com a

utilização da cosmetologia médica, muito pode ser obtido, gastando apenas alguns

minutos em casa. O uso de cremes é parte importante do Programa de

Rejuvenescimento Facial Light, porque não vai só melhorar a pele, mas ajudar a

manter os bons resultados obtidos.

O BOTOX®, para rugas, o lifting com BOTOX®, os Preenchimentos, os

Peelings Superficiais e Médios, a Bioplastia, junto com o condicionamento da pele

podem retardar muito a necessidade de cirurgias para a correção dos problemas de

envelhecimento.(http://www.naturale.med.br/medicinaestetica/45_condicionamento.h

tml/ Acesso em: 20 de outubro de 2.010).

5.1 Pesquisa e desenvolvimento de produtos cosméticos

O processo de desenvolvimento de um produto cosmético envolve diversas

etapas que devem ser rigorosamente seguidas para se obter um produto com

qualidade satisfatória. A primeira delas é a definição detalhada das características

da formulação, ou seja, quais os atributos que se espera desse novo produto. A

partir dessa definição, inicia-se uma pesquisa profunda, na literatura-técnico

científica para se definir as matérias-primas que podem ser utilizadas para se obter

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uma formulação com as características desejadas. Essas matérias-primas deverão

ter alta qualidade, o que contribuirá para a qualidade do produto final, além de serem

compatíveis entre si, pois, do contrário, ocorrerá a desestabilização da fórmula. A

pesquisa relativa às matérias-primas deve envolver, por exemplo, a análise da faixa

de pH em que as mesmas são estáveis e eficazes, bem como a avaliação da

necessidade do uso de antioxidantes (TADINI KA, 2009).

De acordo com as características sensoriais desejáveis para a formulação,

deve-se definir os emolientes a serem utilizados, pois esses são matérias-primas

responsáveis pelas características de espalhabilidade, sensação de oleosidade e

hidratação. Os emolientes de baixo peso molecular, por serem mais voláteis

conferem à formulação uma característica de rápida secagem, já os de peso

molecular mais alto são responsáveis por uma sensação de maior oleosidade. Os

umectantes, por sua vez, garantem que a formulação não sofra perda de água,

sendo fundamentais para a manutenção da estabilidade. Deve-se definir, ainda, o

conservante a ser utilizado, de tal forma que se garanta a integridade microbiológica

da formulação, bem como os agentes de consistência, responsáveis pela

viscosidade do produto que será maior ou menor de acordo com a concentração

utilizada dessas matérias-primas. Por fim, as substâncias ativas devem ser definidas

de acordo com os efeitos esperados para esse produto.

5.2 Aplicação da reologia no desenvolvimento de formulações cosméticas

A Reologia é o estudo de como os materiais deformam-se e fluem sob a

influência de forças externas (TADINI KA, 2009). Na área cosmética, os estudos

reológicos são importantes tanto na etapa de desenvolvimento como também

durante a aplicação dos produtos na pele, uma vez que a reologia pode influenciar

no processo de fabricação, na estabilidade e na aceitação da formulação proposta.

Assim, a determinação do comportamento reológico de uma formulação é de

grande importância, pois auxilia o entendimento da natureza fisico-química do

produto, de tal forma que seja possível detectar sinais precoces de instabilidade,

possibilitando o controle de qualidade dos constituintes, formulações teste e

produtos finais, bem como acompanhar o processo de produção (TADINI KA, 2009).

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Na análise de um reograma, o aspecto de interesse primordial para projeções de

estabilidade é a mínima alteração desse reograma em condições comparáveis de

temperatura e tensão de cisalhamento.

A análise reológica permite identificar dois diferentes tipos de comportamento

de acordo com as características de fluxo: o “Newtoniano” e o “não Newtoniano”. O

fluxo “Newtoniano” apresenta valores constantes de viscosidade, independente da

força externa aplicada, ou seja, a relação entre o gradiente e a tensão de

cisalhamento é diretamente proporcional. No fluxo “não-Newtoniano”, esta relação

não é proporcional, ou seja, com o aumento da força aplicada há alteração da

viscosidade inicial, que na maioria das vezes diminui (fluxo plástico ou

pseudoplástico) e mais raramente aumenta (fluxo dilatante) (MARTIN;

BUSTAMANTE; CHUN, 1993).

O fluxo pseudoplástico é o mais comum e o mais interessante para os

produtos cosméticos, pois além do produto apresentar uma viscosidade de acordo

com os requisitos da grande maioria das preparações cosméticas (géis, emulsões,

shampoos), permite também um espalhamento adequado e uma melhor cobertura

da pele. O mesmo resultado não se obtém com um fluido Newtoniano, pois, devido

ao seu rápido fluxo através da pele, após a sua aplicação, sua distribuição não é

uniforme (TADINI KA, 2009).

O índice de fluxo de um material indica o grau de pseudoplastia deste e

quando este índice é igual a um, temos um material com fluxo “Newtoniano” e à

medida que seu valor diminui, distanciando-se da unidade, tem-se um aumento da

pseudoplastia (MARTIN;BUSTAMANTE; CHUN, 1993).

A escolha do método instrumental é de fundamental importância para que a

determinação e a avaliação das propriedades reológicas de um sistema sejam bem

sucedidas.Para um sistema Newtoniano, onde o gradiente de cisalhamento é

diretamente proporcional à tensão de cisalhamento, pode-se utilizar instrumentos

que operam em apenas um gradiente de cisalhamento. Entretanto, para fluidos não-

Newtonianos deve-se utilizar um instrumento que opere com vários gradientes de

cisalhamento, obtendo-se, assim um reograma completo do sistema (MARTIN;

BUSTAMANTE; CHUN, 1993).

O fluxo pseudoplástico pode apresentar também uma característica particular,

a tixotropia, que pode facilitar ainda mais o espalhamento e até mesmo a penetração

de substâncias ativas. A tixotropia, que é a área formada entre a curva ascendente e

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descendente de um reograma, fornece a informação da capacidade que uma

emulsão tem de reconstituir sua estrutura após a aplicação de uma força.

Por fim, o estudo do comportamento reológico, é de fundamental importância

para otimizar o desenvolvimento de produtos cosméticos, pois quando ocorre a

desestabilização na estrutura de uma formulação, em decorrência de alguma

alteração, o comportamento reológico pode ser modificado e esta informação é

utilizada na avaliação da estabilidade.

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6 DIMETILAMINOETANOL (DMAE)

O composto químico Dimetilaminoetanol (DMAE) é a sigla usada para o 2-

dimetilaminoetanol ou deanol, uma molécula pequena capaz de penetrar com

facilidade a pele. Sua forma de Bitartarato é uma das mais comercializadas e

apresenta a fórmula molecular C4H11NO.

Figura 5: Estrutura Quimica do Dimetilaminoetanol Fonte: http://www.scielo.br

6.1 Propriedades farmacológicas

Nutriente encontrado abundantemente em peixes, especialmente sardinha e

salmão, o DMAE é utilizado por via oral há muitos anos no tratamento de crianças

hiperativas e com dificuldades no aprendizado, e como tônico estimulante da

memória, para manutenção da função mental. No início desta década, esse nutriente

ressurge como uma grande sensação, desta vez como um ativo que, usado em

formulações tópicas, proporciona firmeza e minimiza o envelhecimento da pele

(http://www.deg.com.br/pdf/literatura_pdf.php?cod=783/ Acesso em: 23 de outubro

de 2010)

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6.2 Mecanismo de Ação

� Via oral

O DMAE, ao ser administrado pela via oral, passa pelo trânsito gastrintestinal

sem sofrer grandes alterações, atravessa a barreira hematoencefálica e aumenta os

níveis de colina e, conseqüentemente, aumenta a síntese de acetilcolina (ACh)

diretamente ao nível cerebral, atuando como um precursor indireto da ACh e

caracterizado como uma substância estimulante do SNC. Desde então ele vem

sendo estudado para que haja uma comprovação dos seus efeitos ao combate da

flacidez, diminuição das rugas finas, maciez, efeito lifting da pele da face com

redução das rugas ao redor dos olhos (TADINI, 2005).

� Via tópica

Dois mecanismos de ação são propostos: um via aumento da produção de

acetilcolina na derme e, o outro via aumento da hidratação, permitindo uma maior

retenção de água na derme (http://pt.shvoong.com/exact-

sciences/chemistry/1830278-dimetilaminoetanol-dmae / Acesso em: 20 de outubro

de 2010).

Figura 6: DMAE em cápsulas (suplemento alimentar)

Fonte:http://www.ventausa.com/theproducts

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6.3 Indicações

� Uso Cosmético

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o uso cosmético

DMAE em 2002, visando a uma ação antienvelhecimento, após a observação do

efeito colateral decorrente da administração oral do medicamento de contração

involuntária da musculatura do rosto e do pescoço.

Uhoda et al., 2002, ao avaliar as características anisotrópicas da pele,

utilizando o equipamento Reviscometer®, demonstraram que a aplicação tópica de

DMAE provocou um aumento da firmeza, da pele de voluntárias, sugerindo que esse

efeito pode estar relacionado a um aumento de retenção de água na derme papilar.

Além disso, Tadini et al, 2009 também sugere que os benefícios

proporcionados pelo DMAE estejam relacionados a efeitos na derme, uma vez que

houve um aumento de espessura dessa camada e das fibras de colágeno da pele de

camundongos sem pêlos após o tratamento com formulações contendo essa

substância.

Por outro lado, Morissette; Germain e Marceau, 2007 sugerem que o efeito

anti-rugas atribuído ao DMAE pode ser induzido por uma formação de vacúolos

dentro das células, o que provocaria uma expansão celular, tendo um rápido efeito

na aparência geral da pele.

Os benefícios de DMAE podem incluir o potencial antiinflamatório, bem como

aumento da firmeza da pele, possivelmente devido ao aumento do tônus muscular

facial e como antioxidante, ajuda a estabilizar as membranas celulares, protegendo-

as dos danos causados pelos radicais livres, ajudando as células e expelirem os

dejetos e a manter os nutrientes valiosos.

Nesse contexto, é fundamental importância a realização de estudos científicos

visando não somente comprovar a eficácia de produtos que contenham DMAE, mas

também avaliar seu mecanismo de ação na pele, onde foi a partir de 2002, quando

pesquisadores dos laboratórios Johnson & Johnson apresentaram trabalhos

demonstrando a segurança e os benefícios do DMAE para uso tópico no encontro

da Academia Americana de Dermatologia, que se começou a ter uma maior

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comprovação científica dos benefícios observados pelo Dr. Perricone.

(http://www.deg.com.br/pdf/literatura_pdf.php?cod=783/ Acesso em: 23 de outubro

de 2010).

6.4 Ações do DMAE na Pele

Figura 7: Epiderme antes do uso de DMAE

Penetra na epiderme para estimular os tecidos e combater a flacidez. Fonte: http://www.vitabrasilnet.com.br/dmae_protient_lift.htm

Figura 8: Epiderme depois do uso de DMAE

Externamente o resultado é que a pele fica "esticada": efeito lifting Fonte: http://www.vitabrasilnet.com.br/dmae_protient_lift.htm

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6.5 Efeito "cinderela" de DMAE

De acordo com os trabalhos apresentados na Academia Americana de

Dermatologia, a melhora pode ser percebida poucos minutos após a aplicação do

produto, provocando o chamado "Efeito Cinderela" com uma duração de

aproximadamente 24 horas; com o uso continuado, os resultados tornam-se

duradouros, dando firmeza à pele e melhorando os aspectos gerais do

envelhecimento cutâneo.

Os resultados são mais perceptíveis com cerca de 12 semanas de uso,

período no qual se observaram melhoras significativas na flacidez da região das

sobrancelhas, rugosidade da pele, flacidez na região dos olhos e pálpebras, assim

como uma melhora na elasticidade e firmeza da pele do rosto e

pescoço.(http://www.vitabrasilnet.com.br/dmae_protient_lift.htm / Acesso em: 16 de

julho de 2010)��

6.6 Neurotransmissores

O tônus e a contração do músculo são causados pela liberação de

neurotransmissores, especificamente a acetilcolina, na junção neuromuscular. Os

receptores de neurotransmissores localizados na membrana plasmática das células

pós-sinápticas podem ser de dois tipos: ligados a canais iônicos ou acoplados à

proteína G.

As sinapses contendo ambos os tipos de receptores podem ser excitatórias

ou inibitórias, sendo que a velocidade de resposta é a principal característica

diferencial na resposta mediada por cada uma destas classes.

A ligação do neurotransmissor em receptores de canais causa uma

alteração conformacional imediata, abrindo os canais e permitindo a passagem de

íons através da membrana, levando o potencial de membrana a mudar em 0,1 a 2

milissegundos.

Receptores de neurotransmissores acoplados a proteína G são mais lentos

e duradouros. A proteína G é capaz de ligar-se a uma proteína de canal iônico,

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causando um aumento ou decréscimo de condutância.

(http://drafagundes.blogspot.com/2009/01/dimetilaminoetanol-ou-deanol-dmae.html /

Acesso em: 13 de julho de 2010)

Em outros casos, a proteína G ativada induz mudanças conformacionais na

adenilato ciclase, uma proteína integral de membrana. Esta por sua vez, gera a

formação de AMP cíclico (cAMP) a partir de ATP. Outra forma de ação da proteína G

é ativar a fosfolipase C (PLC), elevando os níveis celulares de Ca2+.

Tanto Ca2+ como cAMP são chamados de segundo mensageiros, capazes

de desencadear cascatas de sinalização que levarão a alterações na condutância

dos canais iônicos acoplados.

6.7 Acetilcolina (ACh)

Com o envelhecimento, as substâncias químicas e os precursores nutricionais

que tonificam os músculos começam a diminuir. Desta forma, a aplicação dos

chamados tensores cutâneos seriam capazes de fortalecer a pele a fim de evitar a

flacidez da mesma.

A acetilcolina, a colina e o Dimetilaminoetanol (DMAE), um análogo sintético

da colina, são bons candidatos para tal efeito, uma vez que estudos científicos

mostram que a acetilcolina está presente em quantidades significantes na pele e

também que os receptores ou enzimas colinérgicas presentes na superfície celular

podem modular várias atividades celulares incluindo proliferação, diferenciação,

migração e viabilidade (UHODA et al., 2002).

A firmeza da pele depende de efeitos variados e combinados, tanto de forças

extrínsecas quanto intrínsecas. É sabido que o aumento da firmeza da pele poderia

ser causado por uma modulação da contração do músculo liso da derme ou por um

aumento da contratilidade e adesão de outras células dermais e epidermais.

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6.8 Tipos de DMAE mais utilizados

1 º - DMAE Bitartarato

Utilizado como suplemento nutricional, auxilia o sistema nervoso central na

regulação da lipólise e do metabolismo em geral, podendo ser adjuvante nos

programas de redução de peso, com orientação médica. Aplicado à pele, promove

um "lifting" instantâneo, proporcionando firmeza à pele, além de melhorar sua

maciez e reduzir as linhas de expressão.

Dosagem usual: administração via oral vai de 100 a 750mg, divididas em 1 a

3 vezes ao dia, conforme orientação médica. Para uso tópico: recomendamos

utilizar de 1,0 - 5,0%, com pH entre 3,0 - 7,0.

2 º - DMAE Liquido - LB

O 2-Dimetilaminoetanol (DMAE) está citado nos estudos científicos para uso

tópico em sua forma base (líquida). Sua incorporação em formulações magistrais

tópicas é simples, podendo ser realizada em ampla faixa de pH (3-12 é estável) –

recomenda-se pH cerca de 6,5-7,0 para o produto final, em uma série de veículos

diferentes como creme, gel, gel-creme, seruns e não utiliza Fator de Equivalência

uma vez que os estudos determinam seu uso em relação à base mesmo.

O DMAE base apresenta odor característico de amina que desaparece após a

neutralização deve se proceder esta neutralização, que pode ser feita com solução

de acido cítrico de 50 a 60%, e então aplicar o fator de correção em função da

diluição a ser realizada.

Concentração de Uso: Utilizados de 3 a 10 %.

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6.9 Outros tipos de DMAE

� DMAE Glicolato (Dimetilaminoetanol e acido glicólico)

Esse sal de DMAE tem como matérias primas de partida para a sua síntese o

DMAE (dimetilaminoetanol) e o ácido glicólico. O ácido glicólico um dos alfa

hidróxiácidos mais populares, é derivado da cana de açúcar. Clinicamente é

aplicado para o tratamento de acne e no rejuvenescimento da pele.

Sua aplicação em peles foto envelhecida proporciona uma melhora na

textura; diminuição de rugas; diminuição das queratoses solares e redução da

espessura da camada córnea. Além desses, outros efeitos observados foi,

clareamento de lentigos solares, aumento de síntese de colágeno e aumento da

espessura epidérmica.

Sua utilização no tratamento de acne melhora pústulas, comedões e pápulas

além de diminuir os poros foliculares e melhorar a aparência clínica da pele.

Possuem também um efeito antiinflamatório que suaviza o eritema quando aplicado

à pele irritada.

Concentração de Uso: O DMAE GLICOLATO pode ser utilizado na

preparação de cremes, emulsões, loções e géis não iônicos sendo sua concentração

ideal de 8% a 15%(http://www.embrafarma.com.br acesso em 16 de julho/2010).

� DMAE lactato (Deanol Lactato)

Esse sal tem como matérias primas de partida para a sua síntese o DMAE

(dimetilaminoetanol) e o ácido láctico. O ácido lático, um dos alfa-hidroxiácidos mais

utilizados em produtos cosméticos, é derivado do leite. Até Cleópatra já fazia uso

dele, utilizando o leite em seus famosos banhos com a finalidade de dar brilho à

pele.

Alguns ensaios clínicos comprovaram que ele aumenta consideravelmente o

nível de ceramidas (hidratante natural que reforça a função barreira da pele).

Concentração de Uso: O DMAE LACTATO pode ser utilizado na preparação

de cremes, emulsões e loções e géis não iônico sendo sua concentração ideal de

8% a 15%.

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� Deanol/DMAE (Pidolato)

Ativo derivado do DMAE que contem em sua estrutura o PCA, também

conhecido como pidolato ou acido carboxipirrolidônico. Sabe se que o PCA ajuda a

regular a perda transepidérmica de água, tem a propriedade de hidratar peles secas

e flácidas, proteger peles expostas às temperaturas muito altas ou muito baixas,

aumentar a firmeza da pele e diminuir as linhas de expressão. O pH de estabilidade

varia entre 4,0 e 7,5.

Concentração de Uso: de 16%, o que representa 3% de DMAE e 4,3% de

pidolato.

� DMAE mandelato (Deanol Mandelato)

Este sal tem como matérias primas de partida para a sua síntese o DMAE

(dimetilaminoetanol) e o ácido mandélico.

O ácido mandélico é um alfa-hidroxiácido (AHA) derivado do extrato de

amêndoas amargas que foi usado como um antibacteriano interno por médicos por

anos. (http://www.embrafarma.com.br/produtos/DMAEMandelato.pdf / Acesso em: 5

de julho de 2010).

Apresenta as seguintes propriedades:

• Em peles hiperpigmentadas, embora não seja tecnicamente um descorante,

mostrou ter propriedades clareadoras superiores a outros alfa-hidroxiácidos,

sendo um dos únicos agentes clareadores seguros para alguns tipos mais

escuros da pele, ao contrário de outros produtos clareadores que podem

causar hiperpigmentação em uns tons mais escuros da pele.

• Em acne, os estudos demonstraram melhorias notáveis por causa das suas

propriedades antibacterianas combinadas com as propriedades esfoliantes.

Ao contrário de muitos tratamentos tradicionais da acne, o ácido mandélico

não retira a umidade da pele e melhora a sua textura.

• As pessoas com pele sensível eram incapazes de beneficiar-se dos efeitos do

alfa hidroxiácido. O ácido mandélico demonstrou ser muito bem tolerado por

pessoas com peles sensíveis de todos os tipos, sendo que sua ação

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antiinflamatória ajuda a evitar a irritação da

pele.(http://www.embrafarma.com.br/produtos/DMAEMandelato.pdf / Acesso

em: 5 de julho de 2010).

• Concentração de Uso: O DMAE Mandelato pode ser aplicado na preparação

de cremes, emulsões, loções e géis não iônicos sendo sua concentração

ideal de 8% a 15%.

6.10 Toxicidade

O DMAE é de baixa toxicidade. Toxicidade subaguda, estudo do efeito na

reprodução; fotomutagenicidade, irritação por efeito cumulativo; teratogenicidade,

carcinogenicidade e genotoxicidade.

(http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/saude22art08.pdf / Acesso em: 20 de

outubro de 2010).

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7. ISOFLAVONAS DE SOJA

Isoflavonas representam uma classe de compostos químicos conhecidos

como fitoestrógenos encontrados em grãos de soja e produtos derivados, ligados ou

não com moléculas de açúcar. Dois tipos principais de Isoflavonas de soja são a

Genistina e Daidzina, ou suas respectivas formas com agliconas, a Genisteina e a

Daidzeina. Estes compostos bioativos e não nutricionais apresentam estrutura

química similar ao estradiol, o principal hormônio feminino e assim se encaixam nos

receptores de estrógeno.

Figura 9 : Estrutura química das principais isoflavonas da soja.

Fonte: http://www.cnpma.embrapa.br/informativo

As evidências científicas existentes, até o momento, sobre os efeitos das

Isoflavonas permitem reconhecer como viável o seu uso para o alívio das ondas de

calor associadas à menopausa ("fogachos") e como auxiliar na redução dos níveis

de colesterol, desde que prescrito por profissional habilitado, tendo que em vista a

quantidade e o período de utilização estão relacionados com a condição de saúde

do indivíduo e as restrições aos grupos populacionais específicos.

Demais alegações das Isoflavonas, relacionadas a câncer, osteoporose,

reposição hormonal, redução do risco de doenças cardiovasculares não têm

comprovação científica suficiente para justificar o seu uso.

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As Isoflavonas podem ocorrer em diversas formas moleculares: Malonil

derivados e Beta-Glicosídeos, que ocorrem naturalmente nos grãos da soja e na

farinha de soja, e os Acetil derivados e as Agliconas, que são formados durante o

processamento industrial da soja ou no metabolismo da soja no organismo. O

isolado protéico de soja possui maiores teores das formas agliconas.

A hidrólise da ligação heterosídica é fundamental para que a aglicona seja

absorvida e possa, assim, interagir com receptores celulares e sítios ativos de

enzimas, uma vez que o glicosídeo não é capaz de exercer nenhum efeito em nível

fisiológico (ZULLI, 2002).

Após o consumo alimentar de soja, os heterosídeos são hidrolisados pelas

bactérias da flora intestinal, permitindo que a forma livre das isoflavonas seja

absorvida (XAVIER, 2006).

Tem sido relatado que a terapia de reposição hormonal, a qual consiste na

administração oral de estrogênios, pode manter a espessura e a elasticidade da pele

de mulheres na menopausa.

Terapias com aplicação externa de estrógenos, também obtêm sucesso

contra o súbito envelhecimento da pele após a menopausa. Entretanto, o constante

uso de estrógenos ocasiona um aumento risco de câncer de mama e de útero, efeito

que, acredita-se, não ocorrer com o uso de isoflavonas (XAVIER, 2006).

Hoje em dia existem comprimidos, como de Isoflavonas de Soja que ajudam

na luta contra o envelhecimento, complementando o tratamento estético. Alguns

suavizam a agressão dos raios ultravioleta e incrementam a proteção solar de dentro

para fora.

Outros têm ação antioxidante e protegem nosso colágeno e as células da

pele, outros ainda aumentam a hidratação da pele.

As Isoflavonas de Soja combatem os danos causados pelos radicais livres,

que são moléculas produzidas durante o funcionamento das nossas células. Os

radicais livres aceleram nosso envelhecimento, incluindo a pele. Eles aparecem

sempre, por mais saudável que você seja.

São produzidos, por exemplo, durante o simples ato de respirar, poluição,

cigarro, bebidas alcoólicas e stress aumentam sua produção. A proteção contra os

radicais livres melhora a firmeza e elasticidade da pele.

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As isoflavonas de soja em sua aplicação tópica são de crucial importância a

forma na qual as isoflavonas serão administradas. Os heterosídeos de isoflavonas

não possuem qualquer efeito farmacológico.

Quando administrados oralmente exercem efeito estrogênico devido à

clivagem dos açúcares por enzimas da flora bacteriana intestinal. Na pele não

existem enzimas hidrolíticas, desse modo, para a aplicação tópica, a forma de

aglicona deve ser empregada.

Apenas as agliconas devem ser empregadas, por serem apolares,

conseguem penetrar até as camadas profundas da pele, ultrapassando a barreira

lipídica da epiderme (ZULLI et al., 2002), podendo, assim, interagir com os

receptores de estrogênio e inibir a atividade das enzimas envolvidas com a redução

do envelhecimento cutâneo (XAVIER, 2006).

7.1 Propriedades farmacológicas

Sua ação farmacológica é comparável a baixas concentrações de estrogênio

endógeno, e pode apresentar tanto efeito estrogênico quanto anti-estrogênico.

Diversos estudos epidemiológicos, que analisaram mulheres asiáticas em

idade pós-menopausa, relataram que a incidência de distúrbios fisiológicos

hormônios-dependentes, conhecidos como os sintomas da menopausa, era

notavelmente menores nestas mulheres do que nas ocidentais.

Esta característica foi relacionada à alimentação típica dos países orientais,

na qual se observa uma variedade de alimentos a base de soja, portanto rica em

isoflavonas. Dessa maneira, as isoflavonas ingeridas na alimentação poderiam

prover em efeito de reposição hormonal (XAVIER, 2006).

7.2 Mecanismo de ação

A Isoflavona da Soja de uso tópico atua nos radicais hidroxila. Este efeito

antioxidante auxilia na captação de radicais livres originados, principalmente pela

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radiação ultravioleta, promovendo assim um combate às ações danosas da luz UV

na pele, evitando a perda de firmeza e elasticidade através da diminuição da

colagenase, enzima que diminui a quantidade de colágeno na pele. Portanto

favorece a manutenção do equilíbrio fisiológico da pele frente às agressões

externas. (http://www.mapric.com.br/anexos/boletim467_09102007_100422.pdf /

Acesso em: 10 de setembro de 2010).

7.3 Indicações

Isoflavona da Soja é indicada como agente antioxidante nos tratamentos de

pele envelhecida precocemente. As concentrações de utilização recomendadas são

de 0,05 a 1,0% do pó para emulsões cremosas do tipo O/A ou A/O, cremes, leites,

protetores solares, loções pós-sol, sistemas “oil free” e géis.

A incorporação da Isoflavona da Soja deve ser feita na fase aquosa, podendo

ser manipulada em temperaturas de até 50° C, sem perder suas características.

7.4 Ações da Genisteína na Pele

As mulheres, após a menopausa, são submetidas a uma drástica redução da

produção de hormônios femininos, um dos fatores intrínsecos do envelhecimento da

pele. Essa redução nos níveis hormonais conduz ao “envelhecimento dérmico

mediado por hormônios”, uma vez que o estrogênio endógeno tem a capacidade de

estimular a produção dos componentes estruturais da derme quanto em níveis

normais (ZULLI et al., 2002).

.A Genisteina tem demonstrado uma variedade de mecanismos antioxidantes.

Ela é capaz de captar espécies reativas de oxigênio, inibir a peroxidação

lipídica, inibir a formação do ânion superóxido pela enzima xantina oxidase. Além de

demonstrar, in vivo, o estímulo das enzimas de defesa antioxidantes endógenas

superóxido dismutase, glutationa peroxidase, catalase e glutationa redutase

(XAVIER, 2006).

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Quando aplicada topicamente sobre a pele, a genisteína também demonstra

ação contra o estresse oxidativo ocasionado pela exposição à radiação UV. O

peróxido de hidrogênio (H2O2) é gerado, na pele, como uma resposta aguda à

radiação UVB.

Estudos com culturas de células demonstram que a aglicona é a forma ativa,

que estimula a síntese de colágeno (VARANI et al., 2004) e reduz a produção de

enzimas que o decompõem, as metaloproteinases matriciais (ZULLI et al., 2002).

Figura 10: Grãos de Soja

Fonte:http://joaquimpedro.blogspot.com/2010/04/vida-alimentar.html

7.5 Atividade antioxidante

Os antioxidantes, de um modo geral, são usados como componentes ativos

contra o envelhecimento dérmico induzido por radiação ultravioleta. Os

componentes ativos usuais são em geral alfa-hidroxiácidos e ácido retinóico. No

entanto, estas substâncias podem produzir efeitos colaterais como tensão e irritação

na pele.

Outra tentativa para prevenir o envelhecimento da pele é o uso de

substâncias que influenciam a regulação da síntese dos componentes estruturais da

derme. Os compostos que são adequados para essa finalidade são substâncias que

promovam a síntese dos componentes estruturais ou que reduzam sua degradação.

O estrogênio ou compostos com similaridade estrutural com esse hormônio,

como as isoflavonas da soja, enquadram-se nesse perfil. Foi reportado que a

atividade antioxidante de Genisteina ou de outras Isoflavonas agliconas foram

superiores às de glicosil isoflavonas (ONOZAWA et al., 1998). Os isoflavonóides

glicosilados podem ser transformados por processos enzimáticos em agliconas

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como Daidzeina e genisteína, cujas atividades antioxidantes têm sido superiores às

das formas glicosiladas (Daidzina e Genistina).

O consumo de soja e o uso tópico de extratos contendo genisteína também

parecem proteger contra a oxidação do DNA em células humanas (ZAMPIERI,

2009).

Apesar do grande número de estudos existentes sobre a atividade

antioxidante de muitos isoflavonóides através da análise de parâmetros indiretos

como a inibição de danos oxidantes a lipídios, proteínas e DNA, o mecanismo

antioxidante pelo qual as isoflavonas agem não está completamente elucidado.

Considerando que o anel B é o sitio ativo da atividade captadora de radicais

livres dos flavonóides e isoflavonóides, quanto maior o numero de hidroxilas neste

anel maior é o potencial de redução desses compostos, e conseqüentemente maior

a atividade antioxidante (XAVIER, 2006).

7.6 Atividade Estrogênica

Os hormônios sexuais, como os estrógenos, têm grande influência no

processo de envelhecimento, uma vez que a redução desses hormônios leva a

alterações nas atividades celulares sob seu controle. Uma dessas atividades é a

síntese de colágeno, elastina e ácido hialurônico nos fibroblastos (SATOR et al.,

2004).

A administração oral e tópica de estrógenos, por meio de terapia de reposição

hormonal, tem mostrado efeitos benéficos sobre a pele envelhecida de mulheres no

climatério (SATOR et al., 2004). Observa-se uma diminuição do ressecamento

cutâneo, da atrofia dérmica e no aparecimento de rugas (XAVIER, 2006).

Os fitoestrógenos são moléculas planares não-esteroidais que apresentam

um caráter estrutural semelhando ao do potente estrógeno 17 �-estradiol. Essas

moléculas, ao se ligarem aos receptores, podem produzir efeitos agonistas ou

antagonistas fracos, dependendo de sua concentração, do estado do receptor, da

disponibilidade de estrógenos endógenos e do órgão-alvo (XAVIER, 2006).

Dentre as respostas estrogênicas desencadeadas pela genisteína, o estimulo

da síntese de colágeno atrai, para essa isoflavonas da soja, grande interesse na

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área cosmética antienvelhecimento. ZÜLLI et al., 2002; VARANI et al., 2004,

observaram um aumento significativo na síntese de pró-colágeno através do

tratamento de uma cultura de fibroblastos com extrato de soja rico em genisteína.

Assim, os achados relatados na literatura por MIYAZAKI et al., 2002, 2003,

2004 demonstram que a aplicação tópica das isoflavonas genisteína e daidzeína, em

suas formas livres, promove um aumento na síntese de ácido hialurônico, o qual se

reflete em uma melhora na hidratação cutânea e no discreto aumento na espessura

da epiderme, associado a um aumento na elasticidade da pele.

7.7 Toxicidade

A genisteína inibe a atividade da topoisomerase II in vitro por agir na

estabilização de complexos cliváveis que levam à quebra da fita de DNA. Ela age,

presumivelmente, por ser um inibidor competitivo do ATP pela ligação com a

topoisomerase II (BOOS et al., 2000; KULLING et al., 2002).

Porém, relatos na literatura científica referem que a genisteína induz à

formação de micronúcleos, quebras da fita de DNA, com fraca mutagenicidade em

células de rato com indução de aberrações cromossômicas em linfócitos humanos

(KULLING et al., 2002).

No entanto, as concentrações necessárias para que se verifique toxicidade

genética são muito altas em comparação com outros inibidores da topoisomerase II

e não podem ser alcançadas nos tecidos alvos in vivo.

Essa idéia dá suporte ao fato de que a genisteína, um constituinte natural da

soja, presente na alimentação diária de muitos indivíduos, não pode ser considerado

prejudicial, mas sim, presumivelmente, um quimiopreventivo (BOOS et al., 2000;

KULLING et al., 2002).

Os efeitos adversos mais freqüentes relatados para a ingestão de soja são

distúrbios gastrintestinais. Episódios de alergia à soja também foram observados

Um tratamento adicional com soja pra combater os sintomas da menopausa,

pelo menos em um curto período, parece não apresentar efeitos indesejáveis que

comprometam a segurança do tratamento (XAVIER, 2006).

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8. MATERIAIS E MÉTODOS

Levantamento bibliográfico sobre envelhecimento cutâneo, Isoflavonas de

Soja e DMAE.

A pesquisa foi realizada com preparações cosméticas efetuadas no

laboratório de Cosmetologia da Universidade Santa Cecília, para podermos realizar

a comparação.

Figura 11: Preparação no laboratório

Foram utilizados os seguintes métodos:

I. Preparar duas fórmulas utilizando veiculo creme não iônico, onde estará em

uma concentração de 5% DMAE e 1% a Isoflavonas de Soja, cada um em

seu veiculo separado. Onde a quantidade de produtos utilizados para o

preparo da formulação do DMAE é de (1,5g do princípio ativo e 28,5g de

creme não iônico), completando 30g da formulação total; e da Isoflavonas de

Soja (0,3g do principio ativo e 29,7g de creme não iônico), também

completando 30g total.

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Figura 12: Preparação no laboratório(2)

• Pesar cada princípio ativo separados em um recipiente (vidro de

relógio), solubilizar cada uma de acordo com seu solvente e

adicionar cada ativo ao creme não iônico. Misturar bem até obter

sua forma homogênea;

• Foi verificado e ajustado o pH das formulações para (5,0) com

uma solução de ácido cítrico para ambas as fórmulas conforme

local a ser aplicado (face). (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 4°

EDIÇÃO, 2002.)

• Foram entregues para cada voluntária três potes de 30g das

formulações de DMAE e Isoflavonas de Soja. Três potes devido o

teste ser de três meses, utilizando um tubo por mês com uso de 1 x

ao dia antes de dormir;

Figura 13: Preparação no laboratório (3)

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II. Foram realizadas pesquisas de campo com 40 voluntárias (mulheres) de 30

até 50 anos de idade. Estas são mulheres próximas aos integrantes do grupo,

que não estão realizando nenhum tipo de tratamento dermatológico no

momento da pesquisa;

III. Onde 50% das voluntárias irão utilizar os rejuvenescedores faciais composto

por DMAE e outras 50% das voluntárias com as de Isoflavonas de soja.

Devido ser um estudo cego, elas não saberão identificar qual ativo estará

utilizando. O grupo foi acompanhado durante três meses, onde após o uso

dos mesmos, os dados foram colhidos através da aplicação de questionários

(Anexo B).

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9. RESULTADOS

No roteiro de perguntas, compostos por questões alternativas e (duas)

dissertativas, foram obtidos os seguintes dados após a pesquisa realizada no estudo

comparativo com voluntárias mulheres entre 30 e 50 anos de idade, onde 20

mulheres utilizaram em um estudo cego o produto classificado como A (DMAE), e

outras 20 mulheres utilizaram o produto B (Isoflavonas de Soja), onde foram obtidos

os seguintes resultados:

Faixa etária das voluntárias

58%

42%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

������������

����������

Gráfico 1: Faixa etária das voluntárias

No questionário, 23 voluntárias (58%) estão faixa etária de 30 a 40 anos, e 17

voluntárias (42%) estão na faixa etária de 41 a 50 anos.

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56

Já fez uso de algum produto dermatológico antienvelhecimento?

58%

42%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

��

���

Gráfico 2: Uso de produtos antienvelhecimento

No questionário, 23 voluntárias (58%) responderam que já fizeram uso de

algum produto dermatológico antienvelhecimento, e 17 voluntárias (42%) disseram

que nunca usaram.

Apenas para quem respondeu afirmativamente:

Qual ativo (substância) você utilizou?

21,72%

52,20%

26,08%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

DMAE

Produtos de marca

Outros

Gráfico 3 : Qual ativo foi utilizado anteriormente

Das 23 voluntárias que responderam a questão anterior afirmativamente, 12

voluntárias (52,20%), responderam que usaram algum produto de marca registrada,

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de 6 voluntárias (26,08), a resposta foi outros princípios ativos, e 5 voluntárias

(21,72 %) responderam que usaram anteriormente o DMAE.

Já recebeu orientação anterior de algum Profissional (Médico ou

Farmacêutico), sobre os cuidados/prevenção sobre envelhecimento?

65%

35%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

��

���

Gráfico 4: Orientação anterior sobre prevenção do envelhecimento

Das 40 voluntárias que participaram da pesquisa, 26 voluntárias (65%)

responderam que já tinham recebido algum tipo de orientação sobre cuidados e

prevenção para o envelhecimento, e 14 voluntárias (35%), responderam que não

tinham recebido qualquer tipo de orientação sobre o envelhecimento.

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Você é fumante?

32%

68%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

��

���

Gráfico 5 : Uso do cigarro

No questionário, 27 voluntárias (68%) responderam que não fumavam, e 13

voluntárias (32%) responderam que eram fumantes.

Qual a sua freqüência de exposição ao sol sem proteção?

17,50%

60%

22,50%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Sempre

As vezes

Nunca

Gráfico 6: Exposição ao sol sem proteção

Das 40 voluntárias que participaram da pesquisa, 7 voluntárias (17,50%)

disseram que usavam protetor solar, 24 voluntárias (60%) responderam que usavam

protetor solar as vezes e 9 voluntárias (22,50%) responderam que nunca usavam

protetor.

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A senhora utilizou qual produto entregue, pote A ou pote B ?

50% 50%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

������

������

Gráfico 7: Produto Utilizado

No questionário respondido, pelas 40 voluntárias, 20 (50%) utilizaram o

produto A contendo (DMAE), e as outras 20 voluntárias (50%) utilizaram o produto B

contendo (Isoflavonas de Soja).

Desde o início do estudo, com quanto tempo a senhora percebeu alguma

alteração positiva?

1°Mês 2° Mês3°Mês

45%55%

80%

20%

100%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%

90%

100%

SIM

NÃO

Gráfico 8 : Tempo de alteração positiva após o uso do produto A (DMAE)

Das 20 voluntárias que utilizaram o produto A (DMAE), 9 mulheres (45%)

sentiram diferença na pele no 1° mês de uso do produto, 16 mulheres (80%), no 2°

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mês de uso e, já no 3° mês, todas elas (100%) sentiram uma ótima eficácia do

produto utilizado.

1°Mês 2° Mês3°Mês

20%

80%

40%

60% 60%

40%

10%20%30%40%50%60%

70%

80%

90%

100%

SIMNÃO

Gráfico 9 : Tempo de alteração positiva após o uso do produto B (Isoflavonas de Soja)

Das 20 voluntárias que utilizaram o produto B (Isoflavonas de Soja), 4

mulheres (20%) sentiram diferenças na pele após o uso no 1° mês, 8 mulheres

(40%) observaram diferenças no 2° mês de uso e 12 mulheres (60%) no 3° mês

após o uso.

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A senhora esta satisfeita com o resultado deste produto utilizado no período

de três meses?

80%

20%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

��

���

Gráfico 10 : Satisfação do Produto Utilizado (DMAE)

Das 20 voluntárias que utilizaram o produto DMAE, 16 mulheres (80%) estão

satisfeitas com o resultado obtido do rejuvenescedor em 3 meses de uso do produto;

e 4 mulheres (20%) não ficaram satisfeitas após o uso.

60%

40%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

��

���

Gráfico 11: Satisfação do Produto Utilizado (Isoflavonas de Soja)

Das 20 voluntarias que utilizaram o produto contendo Isoflavonas de Soja, 12

mulheres (60%) ficaram satisfeitas com o resultado obtido em 3 meses, e outras 8

mulheres (40%) não ficaram satisfeitas com o resultado final do rejuvenescedor

facial.

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Após a sua participação no estudo, você gostaria de continuar utilizando este

produto?

70%

30%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

��

���

Gráfico 12: Continuar a utilização do Produto ( DMAE)

Das 20 voluntárias que utilizaram o rejuvenescedor DMAE, 14 mulheres

(70%), gostariam de continuar utilizando o produto, enquanto 6 mulheres (30%) não

gostariam de continuar o tratamento.

50% 50%

10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

��

���

Gráfico 13: Continuar a utilização do Produto (Isoflavonas de Soja)

Das 20 voluntárias que utilizaram o produto rejuvenescedor de Isoflavonas de

Soja, 10 mulheres (50%) gostariam de continuar utilizando o produto, enquanto

outras 10 mulheres (50%) não gostariam de dar continuidade ao tratamento.

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Você achou útil a orientação sobre o envelhecimento e sua prevenção recebida

pelos pesquisadores responsáveis pelo estudo?

90%

10%

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

SIM

NÃO

Gráfico 14: Utilidade sobre orientação dos pesquisadores para com as voluntárias sobre o

envelhecimento e sua prevenção.

Das 40 voluntárias que participaram da pesquisa comparativa, 36 mulheres

(90%) acharam útil a orientação dos pesquisadores e futuros farmacêuticos sobre o

envelhecimento cutâneo e sua prevenção.

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10. DISCUSSÃO

Podemos avaliar através da pesquisa realizada com voluntárias entre 30 e 50

anos de idade, que vários fatores influenciam no envelhecimento cutâneo, que por

diversas vezes, aceleram este processo. Através dos resultados obtidos

observamos:

� O uso de rejuvenescedores faciais, que na maioria das vezes não utilizados

através de prescrições, e sim por indicações de “Revendedores de produtos

cosméticos”, amigas, “empurroterapia” entre outros, é um fator onde a falta de

informação para essas mulheres que buscam pela beleza e cuidados com a pele,

muitas vezes acabam gerando efeitos reversos, como o próprio envelhecimento.

Onde a atenção farmacêutica nas drogarias, farmácias de manipulação, que

revendem cosméticos é de crucial importância quando esses produtos são

solicitados.

� 65 % das mulheres que responderam terem sido orientadas na prevenção do

envelhecimento cutâneo foram somente as que já tinham passado por consultas

médicas com dermatologistas, onde os mesmos lhe orientaram os devidos cuidados

que devem ser tomados;

� Quanto aos fatores extrínsecos (Proteção Solar e Fumo que avaliamos no

projeto), observamos que são fatores que influenciam e influenciaram em algumas

voluntárias participantes (32%), pois eles aceleram o envelhecimento de pele.

� Nos produtos utilizados (DMAE X Isoflavonas de Soja) no estudo

comparativo, podemos observar que das 40 voluntárias participantes, 20 mulheres

que utilizaram DMAE, 80% ficaram satisfeitas com o resultado do produto e 70%

gostariam de continuar utilizando o rejuvenescedor facial, pois relataram uma ótima

eficiência em pouco tempo de uso, podendo comparar com a pesquisa de

GROSSMAN, 2005, decorrente do efeito rápido e satisfatório que ele causa, o

famoso “Efeito Cinderela” segundo PERRICONE, 2001.

� E as voluntárias que utilizaram Isoflavonas de Soja, das 20 mulheres, 60%

estão satisfeitas com o resultado, e 50% gostariam de continuar os utilizando,

mesmo com os resultados um pouco mais lento, mas devido ser um produto natural,

elas gostariam de ver a continuidade do tratamento, pois acreditam na eficiência das

Isoflavonas de Soja.

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� E concretizando os resultados do estudo, percebemos que a maioria das

mulheres que procuram de certa forma sua vaidade jovial, tratamentos estéticos

entre outros, também temem com os devidos cuidados e orientações que devemos

ter tanto na prevenção quanto no uso de algum produto rejuvenescedor. Nos

resultados obtidos, 90% das mulheres acharam úteis as informações que, nós como

pesquisadores e futuros farmacêuticos, informamos para as participantes do nosso

estudo, que além dos cuidados que devemos ter com a nossa pele, principalmente

após os 30 anos de idade,onde começam os estágios, sinais de um provável

envelhecimento, orientamos que antes de utilizar qualquer produto que seja,

devemos sempre procurar um médico ou farmacêutico para orientá-los sobre o uso

do mesmo e se será adequado ou não para sua pele.

� Conforme relatado pelas voluntárias, as formulações mantiveram a

estabilidade inicial.

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11. CONCLUSÃO

O cosmético tem como finalidade tratar a pele de maneira a prevenir a sua

deterioração e restabelecer o seu equilíbrio fisiológico quando este for passível de

uma alteração. O mesmo deve limpar, corrigir, proteger e embelezar a pele e

anexos. É importante lembrar que o termo cosmético deve se limitar aos produtos

com ação superficial, sem caráter terapêutico, não penetrando na estrutura celular

ou fazendo sinergia com o sistema circulatório.

Através desse estudo comparativo, podemos concluir que a eficácia do

rejuvenescedor DMAE (Dimetilaminoetanol), comparado ao de Isoflavonas de Soja

nos testes físicos, foi superior e mais rápida, relacionados a tempo de ação na pele,

alterações visuais e sensitivas como melhora na aparência da face, firmeza na pele

ao redor dos olhos e bochechas, e uma pele mais hidratada e rígida conforme

relatado pelas voluntárias, quando questionadas ao grau satisfação do produto

utilizado.

Observamos durante todo o trabalho, as dificuldades de pesquisa relacionada

ao uso tópico de Isoflavonas de Soja, sendo que o mesmo ainda precisa mais de

estudos para confirmar ao exato sua eficiência e eficácias científicas. De acordo com

os dados obtidos em nosso trabalho, sua ação é mais lenta, e por este motivo não

leva o produto à preferência de “muitas” mulheres interessadas em tratamentos

rejuvenescedores.

Portanto as Isoflavonas de Soja a nosso ver, deveria continuar sendo

estudado, devido ser um constituinte natural, pois, ela por meio de terapia de

reposição hormonal ajuda na diminuição do ressecamento cutâneo, da atrofia

dérmica e o aparecimento de rugas, atuando como quimiopreventivo

antienvelhecimento e complementando no tratamento estético.

Além da conclusão do teste comparativo, verificamos também que a Atenção

Farmacêutica é muito importante, afinal existe muito interesse nesses produtos, e o

farmacêutico é o mais indicado para tirar dúvidas freqüentes ao mecanismo de ação

dos princípios ativos utilizados.

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ANEXO A

UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA Faculdade de Ciências e Tecnologia

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você esta sendo convidado (a) para participar, como voluntário, em uma pesquisa.

Após ser esclarecido sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte

do estudo, assine ao final deste documento. Em caso de duvida você pode ligar para

a Universidade Santa Cecília UNISANTA TEL. 3202.7100, ou entrar em contato com

algum dos participantes (Vide os telefones abaixo).

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Título do Projeto: Comparação de eficácia dos rejuvenescedores faciais DMAE com

os de Isoflavonas de Soja.

Pesquisador responsável: Túlio Nakazato da Cunha

Telefones para contato dos pesquisadores: 97947530, 97970091, 97659554 e

97403192.

Pesquisadores participantes: Judith Pereira, Mônica Santos e Yuri Victor

- Pesquisa relacionada aos ativos DMAE x ISOFLAVONA DE SOJA, realizando um

estudo comparativo entre eles, para a verificação de melhor eficácia.

- Pesquisa com voluntarias (mulheres) entre 30 e 50anos de idade.

- Demonstrar sigilo sobre a pesquisa (sobre os participantes).

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO

Eu_____________________________________RG nº _____________________

Concordo em participar do estudo de pesquisa sobre o Dimetilaminoetanol (DMAE)

e Isoflavona de Soja como sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido pelo

pesquisador_________________________________________________________

sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como possíveis riscos e

benefícios decorrentes da minha participação.

Local e data__________________________________

Nome e assinatura______________________________

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ANEXO B

Questionário

1) Idade _________

2) Já fez o uso de algum produto dermatológico antienvelhecimento?

( ) SIM ( ) NÃO

3) Se a resposta for afirmativa, qual ativo (substância) você utilizou?

________________________________________

4) Já recebeu orientação anterior de algum profissional (Médico ou

Farmacêutico), sobre os cuidados/prevenção sobre o envelhecimento?

( ) SIM ( ) NÃO

5) Você é fumante?

( ) SIM ( ) NÃO

6) Qual sua freqüência de exposição ao sol sem proteção?

( ) Sempre ( ) As vezes ( ) Nunca

7) A senhora utilizou qual produto entregue, pote A ou pote B?

( ) A ( ) B

8) Desde o início do estudo, com quanto tempo a senhora percebeu alguma

alteração positiva?

( ) 1º Mês ( ) 2 ºMês ( ) 3 ºMês

9) A senhora esta satisfeita com o resultado deste produto utilizado no período

de três meses?

( ) SIM ( ) NÃO

10) Após sua participação no estudo, você gostaria de continuar utilizando este

produto?

( ) SIM ( ) NÃO

11) Você achou útil a orientação sobre o envelhecimento e sua prevenção

recebida pelos pesquisadores responsáveis pelo estudo?

( ) SIM ( ) NÃO

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ANEXO C

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ANEXO C