EVELYN FARIAS GOMES DA COSTA · Costa, Evelyn Farias Gomes da. As estratégias do enfermeiro no...

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA EVELYN FARIAS GOMES DA COSTA AS ESTRATÉGIAS DO ENFERMEIRO NO MANEJO CLÍNICO DA AMAMENTAÇÃO: CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA Niterói 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA

EVELYN FARIAS GOMES DA COSTA

AS ESTRATÉGIAS DO ENFERMEIRO NO MANEJO CLÍNICO DA AMAMENTAÇÃO:

CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA

Niterói

2013

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EVELYN FARIAS GOMES DA COSTA

AS ESTRATÉGIAS DO ENFERMEIRO NO MANEJO CLÍNICO DA

AMAMENTAÇÃO: CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de

Graduação em Enfermagem e Licenciatura da

Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial

para a obtenção do título de Enfermeiro e Licenciado em

Enfermagem.

Orientador: Prof. Dr. VALDECYR HERDY ALVES

Coorientador: Enf. Ms. ROSÂNGELA DE MATTOS PEREIRA DE SOUZA

Niterói

2013

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Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Enfermagem - UFF

C 837 Costa, Evelyn Farias Gomes da.

As estratégias do enfermeiro no manejo clínico da

amamentação : contribuição da enfermagem obstétrica /

Evelyn Farias Gomes da Costa. – Niterói: [s.n.], 2013.

59 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense, 2013.

Orientador: Prof. Valdecyr Herdy Alves.

Co-orientador: Profª. Rosângela de Mattos Pereira de

Souza.

1. Aleitamento materno. 2. Saúde da mulher. 3. Política

de saúde. I. Título.

CDD 612.664

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EVELYN FARIAS GOMES DA COSTA

AS ESTRATÉGIAS DO ENFERMEIRO NO MANEJO CLÍNICO DA

AMAMENTAÇÃO: CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Graduação em Enfermagem e

Licenciatura da Universidade Federal

Fluminense, como requisito parcial para a

obtenção do título de Enfermeiro e Licenciado

em Enfermagem.

Aprovada em: _________________________

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Valdecyr Herdy Alves - UFF

(orientador)

Enf. Ms. Maria Bertilla Luterbach Riker Branco - UFF

Enf. Mestrando Diego Pereira Rodrigues – UFF

Niterói

2013

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Dedico este trabalho primeiramente a Deus que

sempre esteve comigo e nunca me abandonou.

Ao meu pai Emilson, um grande homem que não

pôde ver eu concluir mais essa etapa da minha

vida, mas nunca deixou de acreditar em mim um

só instante.

A todos os enfermeiros que realizam o Manejo

Clínico da Amamentação e contribuem para o

sucesso do aleitamento materno.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus pelas oportunidades e pelos grandes amigos que tive o prazer

de conhecer durante este tempo de faculdade. Agradeço a Ele por ter colocados verdadeiros

anjos a minha volta quando mais precisei de ajuda.

Ao meu pai Emilson Luiz que sempre foi exemplo de caráter, amor e dedicação, fazendo de

tudo para que eu fosse feliz e me dando tudo o que ele nunca pôde ter. Queria hoje estar te

agradecendo como sempre fazia, te enchendo de beijos e te abraçando bem forte, mas você se

foi antes que eu pudesse imaginar, antes que eu mostrasse que todo o seu esforço começaria a

dar frutos. Te amo pai, você será pra sempre os meus olhos azuis.

Agradeço imensamente à mulher que me inspira a cada dia, a minha mãe Vera Lúcia. Mulher

forte, batalhadora, carinhosa, uma verdadeira amiga. A melhor mãe do mundo que sempre

lutou para que meus sonhos fossem concretizados. Sem você mãe eu não teria conseguido

chegar até aqui.

À minha querida irmã linda e sempre companheira Letícia, obrigada por me ajudar a superar

as dificuldades e a crer que eu conseguiria vencer. Sei teve que abrir mão diversas vezes para

que eu pudesse concluir minha faculdade longe de casa. Obrigada Cissa você é muito especial

pra mim.

Ao meu noivo Felipe, que se alegrou e sofreu junto comigo, que me apoiou e sempre me deu

força para continuar. Seu amor, sua amizade, seu companheirismo, paciência e compreensão,

especialmente nos momentos em que estive ausente, foram cruciais para a conclusão desta

etapa tão importante da minha vida. Te amo muito.

Aos meus padrinhos Célia e Deni que me ajudaram e apoiaram durante toda a faculdade, aos

meus primos Tialla e Thiago que além de irmãos foram imensamente importantes para esta

minha conquista. Vocês todos são mais que especiais, amo demais vocês!

À minha Tia-madrinha Vânia, agradeço a você por todas as caronas, ligações, mensagens,

bolos gostosos e principalmente por todo o seu cuidado e carinho. Te amo muito dinda!

À tia Elazir, que desde pequena me ajudou muito, serei eternamente grata por tudo que a

senhora fez e faz por mim. Deus te abençoe.

À toda minha família, tios, primos e amigos que estiveram sempre torcendo por mim,

perdoem-me por todas as ausências, que não foram poucas e muito obrigada por todas as

orações feitas ao meu favor.

Aos meus mais novos tios Wilson e Rosania, que com tanto carinho, cuidado e amor me

acolheram e me proporcionaram um novo lar. Me sinto em casa com vocês!

A todos os meus colegas de faculdade, em especial Tuâny, Louise, Cynthia e Isabela. Com

cada uma de vocês vivi momento que marcaram minha vida. Agradeço a cada uma de vocês,

por fazer minha vida longe de casa ser melhor e mais colorida. Obrigada pelos abraços,

conversas, cafunés e consolos. Vocês estarão para sempre em meu coração. Amo vocês.

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Ao meu orientador e professor Valdecyr Herdy, pela paixão, competência e amor pela

temática.

À minha coorientadora Rosângela, que me acolheu em sua pesquisa sempre de maneira muito

receptiva e aberta, me ajudando demais com esta pesquisa. O meu muito obrigada.

À Enfermeira Maria Bertilla, pela atenção, pela ajuda em diversos momentos. É um prazer tê-

la em minha banca.

Ao mestrando Diego, pela sua ajuda e orientação na realização deste trabalho. Obrigada!

Ao grupo de pesquisa de Maternidade, Saúde da mulher e da Criança que proporcionou

conhecimento e reflexões, onde me encontrei e desenvolvi academicamente.

A todos os professores que fizeram parte da minha trajetória acadêmica e me mostraram o que

posso realizar e alcançar.

A todos os enfermeiros do HUAP que participaram da pesquisa e contribuíram para o

desenvolvimento deste projeto.

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Quanto lhe for possível,

não deixe de fazer bem a quem dele precisa.

Não diga ao seu próximo: “Volte amanhã,

e eu lhe darei algo”, se pode ajudá-lo hoje.

Provérbios 3:27-28

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RESUMO

Introdução: O aleitamento materno é o elemento principal para o crescimento e

desenvolvimento saudável do bebê, sendo um ato de estabelecimento de vínculos entre a mãe

e filho. Como preconizado pelo Ministério da Saúde, a amamentação deve ser exclusiva até

os seis meses de vida e somente depois deste período deve-se começar uma alimentação

complementar. No Brasil existe uma estratégia chamada Iniciativa Hospital Amigo da Criança

(IHAC), idealizada em 1990 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) juntamente com o

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que visa à promoção, a proteção e o

apoio as práticas do aleitamento, assim como à redução do desmame precoce, resgatando o

direito da mulher aprender a realizar a amamentação com sucesso. A estratégia deve cumprir

Dez Passos para obter sucesso no aleitamento materno. O presente trabalho visou abordar o

passo Cinco da estratégia da IHAC, que se refere a “mostrar as mães como amamentar e como

manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos”, correlacionando-se ao

manejo clínico da amamentação, que busca estimular o aleitamento materno, demonstrando as

práticas e técnicas, corrigindo problemas, como também prevenindo infecções

mamilares.Objetivo: Compreender as estratégias de orientação realizada pelos enfermeiros da

maternidade do Hospital Universitário Antonio Pedro durante o processo do manejo clínico

da amamentação. Método: O presente estudo consistiu em uma pesquisa descritiva e

exploratória, com uma abordagem qualitativa. O cenário do estudo foi o alojamento conjunto

da maternidade de um Hospital Universitário, Niterói-RJ. A pesquisa foi composta por nove

enfermeiros atuantes no Alojamento Conjunto da maternidade do Hospital Universitário. A

coleta de dados foi realizada uma entrevista semi-estruturada individual, utilizando a análise

de dados proposta por Bardin. Trabalho aprovado quanto aos preceitos éticos (FM/ UFF/ HU

nº 0199.0.258.00-11/01-07-2011). Resultados: emergiram unidades temáticas, as quais foram

agrupadas em categorias que buscaram compreender como é realizado o manejo clínico da

amamentação pelos enfermeiros do Alojamento Conjunto de Hospital Universitário de

Niterói-RJ. Conclusão/Implicações para a prática de enfermagem: Foi possível

compreender e identificar as estratégias utilizadas durante a realização do manejo clínico da

amamentação. Descritores: Aleitamento materno; Saúde da mulher; Política de Saúde.

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ABSTRACT

Introduction: Breastfeeding is the main element for the growth and healthy development of

the baby, being an act of establishing links between the mother and son. As advocated by the

Ministry of health, breastfeeding should be exclusive until the six months of life and only

after this period is due to start a supplementary feeding. In Brazil there is a strategy called

Baby Friendly Initiative Hospital (IHAC), created in 1990 by the World Health Organization

together with the United Nations Children's Fund (UNICEF), aimed at the promotion,

protection and support of breastfeeding practices, as well as the reduction of early weaning,

rescuing the woman's right learn to perform breastfeeding successfully.The strategy must

comply with Ten steps to successful breastfeeding. The present work aimed to address the

step five of the IHAC's strategy, which refers to "show mothers how to breastfeed and how to

maintain lactation, even if they come to be separated from their children, correlating the

clinical management of breastfeeding, which seeks to encourage breastfeeding, demonstrating

techniques and practices, by correcting problems, as well as preventing mamillary

infections.Objective: Understand the guidance strategies performed by nurses from the

hospital University Hospital during the process of the clinical management of breastfeeding.

Method: This study consisted of a descriptive and exploratory research, with a qualitative

approach. The study scenario was rooming of motherhood from a University Hospital,

Niterói- RJ. The survey was composed of nine nurses operating in the maternity Suite

Accommodation at the University Hospital. Data collection was conducted a semi-structured

interview individually, using the data analysis proposed by Bardin. The survey is approved as

to ethical precepts (FM/UFF/HU nº 0199. 0. 258. 00 -11/ 7-1-2011). Results: Thematic units

emerged, which were grouped into categories that have sought tounderstand how it's

performed the clinical management of breastfeeding by the nurses ofthe Accommodation set

of University Hospital of Niterói-RJ. Conclusion/Implications fornursing practice: It was

possible to understand and identify the strategies used during the realization of the clinical

management of breastfeeding. Keywords: Breastfeeding; Women's health; Health Policy.

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LISTA DE ABREVIATURAS

HUAP - Hospital Universitário Antônio Pedro

IHAC - Iniciativa Hospital Amigo da Criança

HAC - Hospital Amigo da Criança

AC - Alojamento Conjunto

OMS - Organização Mundial da Saúde

UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância

PNIAM- Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno

NBCAL - Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes

ATSCAM - Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno

MS - Ministério da Saúde

ODM - Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

TCLE - termo de consentimento livre e esclarecido

SUS – Sistema Único de Saúde

EUA – Estados Unidos da América

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO _____________________________________________________ 14

1.1. QUESTÕES NORTEADORAS _____________________________________ 16

1.2. OBJETO _________________________________________________________ 16

1.3. OBJETIVOS ______________________________________________________ 16

1.4. JUSTIFICATIVA _________________________________________________ 17

1.5. RELEVÂNCIA ___________________________________________________ 17

2. REFERENCIAL TEÓRICO ____________________________________________ 19

2.1. AMAMENTAÇÃO ________________________________________________ 19

2.2. BREVE HISTÓRICO DA AMAMENTAÇÃO ________________________ 22

2.3. AMAMENTAÇÃO NO BRASIL ____________________________________ 24

2.4. MANEJO CLÍNICO DA AMAMENTAÇÃO _________________________ 26

3. METODOLOGIA ____________________________________________________ 28

3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA__________________________________ 28

3.2. CENÁRIO________________________________________________________ 29

3.3. SUJEITOS DA PESQUISA _________________________________________ 29

3.4 CRITÉRIOS DA PESQUISA _______________________________________ 29

3.5 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS ____________________________________ 29

3.6 COLETA DE DADOS _____________________________________________ 30

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3.7 TRATAMENTO DOS RESULTADOS _______________________________ 31

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ________________________________________ 33

4.1. CARACTERIZAÇÃO DA MATERNIDADE DE ESTUDO _____________ 33

4.2. CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA _________ 33

4.2.1. PRIMEIRA CATEGORIA ____________________________________ 34

4.2.2. SEGUNDA CATEGORIA ____________________________________ 41

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ___________________________________________ 45

6. OBRAS CITADAS ___________________________________________________ 47

7. OBRAS CONSULTADAS _____________________________________________ 51

APÊNDICE I _____________________________________________________________ 52

APÊNDICE II _____________________________________________________________ 53

APÊNDICE III - CRONOGRAMA ____________________________________________ 55

ANEXO I – APROVAÇÃO DA PESQUISA PELO CEP CMM/HUAP _______________ 56

ANEXO II________________________________________________________________ 57

ANEXO III _______________________________________________________________ 58

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1. INTRODUÇÃO

A amamentação é um ato único que une e estabelece vínculos entre a mulher e seu

bebê, promovendo o fortalecimento do relacionamento e do cuidado entre mãe-bebê desde o

primeiro momento que se tocam. São momentos como o aleitamento que demonstram a

criação destes laços. O aleitamento materno é o principal elemento para o crescimento físico e

mental do bebê e proporciona benefícios também a nutriz. Uma amamentação realizada

corretamente traz bem estar ao binômio mãe-bebê, fazendo deste momento prazeroso uma

forma de conhecimento entre ambos (GIUGLIANI ,1994, p. 141).

De acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde a amamentação do bebê deve

ser exclusiva até os seis meses de vida e somente depois deste período deve-se começar uma

alimentação complementar com outros tipos de alimentos e quando possível, deve-se manter a

amamentação até o segundo ano de vida da criança (BRASIL, 2007).

Entretanto, não são todas as puérperas que se sentem confortaveis e seguras durante a

amamentação, e são as que acabam não dando continuidade a amamentação exclusiva,

levando ao desmame precoce, como também, a introdução prematura de leites artificiais e/ou

alimentos na dieta de seus bebês, podendo ocorrer tanto pelo sentimento de impotência diante

da maternidade como também, por falta de informações suficientes para a manutenção da

lactação (ICHISATO; SHIMO, 2002, p. 583).

No Brasil existe uma estratégia chamada Iniciativa Hospital Amigo da Criança

(IHAC), que foi idealizada em 1990 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) juntamente

com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que visa à promoção, a proteção

e o apoio as práticas do aleitamento, assim como à redução do desmame precoce e resgatando

o direito da mulher aprender a realizar a amamentação com sucesso. Nesta estratégia é

preconizada a implantação dos Dez Passos para obtenção de um aleitamento materno com

sucesso. Tais passos favorecem e orientam a mulher desde o pré-natal até o retorno ao

domicílio, sendo desta forma necessária a mobilização dos profissionais de saúde para correta

orientação a esta mulher (BRASIL, 2008, p. 9 e 11).

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O presente trabalho visou abordar o passo Cinco, que se refere a “mostrar as mães

como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos”,

correlacionando-se ao manejo clínico da amamentação.

Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, realizado em todas as capitais

brasileiras e no Distrito Federal, somando informações a cerca de 34.366 crianças, concluiu

que o tempo médio de aleitamento materno no país aumentou nas capitais e no Distrito

Federal, passando de 296 dias em 1999, para 342 dias em 2008. No mesmo período a duração

mediana de aleitamento materno exclusivo alcançou 54,1 dias, (1,8 meses), enquanto do

aleitamento complementado por outros alimentos foi de 341,6 dias (11,2 meses), no conjunto

das capitais brasileiras e Distrito Federal (BRASIL, 2009, p. 47, 54, 65).

Esse incremento deve-se, em grande parte, ao Programa Nacional de Incentivo ao

Aleitamento Materno (PNIAM), criado em 1981 pelo Ministério da Saúde, conjugando ações

multissetoriais, principalmente nas áreas de comunicação social, assistência à saúde e

legislação. Entretanto, os índices alcançados ainda estão bem distantes das recomendações do

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização Mundial da Saúde

(OMS), que propõem o aleitamento materno exclusivo por seis meses e o aleitamento materno

complementado pelos alimentos da família, até os dois anos de idade, ou mais (MACHADO;

BOSI, 2008).

Dessa forma, atualmente, a Política de Incentivo ao Aleitamento Materno vem sendo

organizado com base em seis grandes estratégias, a saber: Incentivo ao aleitamento materno

na Atenção Básica - Rede Amamenta Brasil; Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) e

Método Canguru na atenção hospitalar; Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano;

Proteção legal através da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes

(NBCAL); Ações de Mobilização Social através de campanhas e parcerias; Monitoramento

das ações e práticas de aleitamento materno.

Nesse contexto, o manejo clínico da amamentação na rede hospitalar contempla os

Dez Passos para o Sucesso da Amamentação, visando o desenvolvimento de habilidades e

competências clínicas de seus profissionais de saúde norteadas pelas ações e técnicas

utilizadas por eles no atendimento à mulher.

Este estudo foi desenvolvido como parte da dissertação de mestrado “Um Estudo de

Caso sobre Limites e Possibilidades da Consolidação do Passo 5 da Iniciativa Hospital Amigo

da Criança no Hospital Universitário Antônio Pedro”, da Me. Rosângela de Mattos Pereira de

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Souza, vinculado ao Grupo de Pesquisa Maternidade, Saúde da Mulher e da Criança da

Universidade Federal Fluminense.

O trabalho abordou a atuação do enfermeiro do Hospital Universitário Antônio Pedro

(HUAP), na orientação do manejo clínico da amamentação à puérpera.

O trabalho possuiu como problema a orientação à puérpera, investigando como

estavam sendo realizadas durante o manejo clínico da amamentação.

1.1. QUESTÕES NORTEADORAS

Como é realizado o manejo clinico pelo enfermeiro na maternidade do HUAP?

Quais estratégias são utilizadas pelos enfermeiros na oferta de informação e

orientações do manejo clinicam no alojamento conjunto da maternidade no HUAP?

Qual a importância do manejo clínico da amamentação para o sucesso da

amamentação?

1.2. OBJETO

O objeto da pesquisa foi à atuação do enfermeiro no alojamento conjunto do Hospital

Universitário Antônio Pedro, junto à puérpera na realização do manejo clínico da

amamentação.

1.3. OBJETIVOS

Compreender as estratégias de orientação realizada pelos enfermeiros da

maternidade do Hospital Universitário Antônio Pedro durante o processo do manejo clínico

da amamentação.

Identificar as estratégias de orientação utilizadas pelos enfermeiros que atuam

na maternidade durante o manejo clínico da amamentação.

Analisar as estratégias de orientação utilizadas pelos enfermeiros no manejo

clínico da amamentação com o passo 5 da estratégia Iniciativa Hospital Amigo da Criança.

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1.4. JUSTIFICATIVA

Justificou-se este trabalho pelo interesse em compreender como ocorre o manejo

clínico da amamentação, realizado pelo enfermeiro no Hospital Universitário Antônio Pedro.

A motivação pelo tema surgiu desde que entrei no Grupo de Pesquisa de Saúde da

Mulher - Maternidade, bem como às constantes dúvidas de amigas sobre a forma correta da

amamentação, desde o posicionamento do bebê, a quantidade de mamadas, até como

poderiam melhorar nos cuidados básicos do bebê. Dúvidas como: é normal sentir dor durante

a mamada?; Meu leite é realmente suficiente?; Até quando ele deve mamar? Ao notar tantas

dúvidas, fui instigada a buscar saber como os profissionais abordam as puérperas na

maternidade, quais informações são passadas e onde eles podem estar falhando.

Desta forma, notam-se como as mulheres, muitas das vezes saem despreparadas, ou

até mesmo com muitas dúvidas da maternidade, elevando as chances do desmame precoce. A

partir desta observação, julguei importante enfocar neste estudo como ocorre a orientação da

enfermagem a estas mulheres, buscando desta forma uma possível mudança de estratégia de

educação em saúde.

1.5. RELEVÂNCIA

O estudo contribuirá para o conhecimento e consequentemente para a melhoria do

trabalho realizado pelo enfermeiro e equipe de enfermagem da maternidade do HUAP. Pois

poderá contribuir para o conhecimento das estratégias utilizadas durante as orientações, sendo

assim, este estudo trará uma avaliação das ações dos enfermeiros para uma boa e eficaz

prática do manejo clínico da amamentação de acordo com as políticas públicas de aleitamento

materno, promovendo, protegendo e apoiando a lactação desta mulher.

Assim, ao conhecer as orientações realizadas pelos enfermeiros durante o manejo

clínico, estes terão informações suficientes para realizarem um planejamento de treinamentos

para a equipe, seja de curto ou longo prazo, caso seja identificado o não adequamento as

práticas das Políticas Públicas de Saúde do Brasil na maternidade do HUAP.

Desta forma, as mulheres que seram orientadas pelos enfermeiros e pela sua equipe

poderão ser sensibilizadas de formas e em momentos diferentes, tendo sua individualidade e

tempo de assimilação prevervada e respeitada.

As mulheres poderão ser melhor orientadas, se a equipe estiver sensível ao momento

que ela estará vivenciando, atentando aos seus medos e as suas facilidades.

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Consequentemente esta mulher se sentirá mais preparada e confiante com seu bebê quando

estiver retornando ao seu domicílio.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. AMAMENTAÇÃO

Como pertencentes da classe dos mamíferos, possuímos como principal característica

a total dependência alimentar dos recém-nascidos com suas mães, sendo o aleitamento o

sinônimo da sobrevivência da espécie (ICHISATO; SHIMO, 2002, p.579).

Dentre todos os mamíferos, a única espécie em que a amamentação e o desmame não

são processos desencadeado pelo instinto, é a dos humanos (GIUGLIANI, 2004, p.147).

Segundo Giugliani (1994, p.138), o ato da amamentação é alcançado, aprendido e

aperfeiçoado através da prática, porém deixou de ser vista como um ato natural e até mesmo

fisiológico. Foi ao decorrer do tempo que as mulheres passaram a optar pelo aleitamento, ou

seja, passaram a escolher não realizá-lo por necessidade ou tradição. Nota-se desta forma que

as crianças são as mais prejudicadas, não podendo influenciar nesta decisão; mesmo

possuindo o direito de serem amamentadas, como também o de sobreviver, crescer (física e

mentalmente) e de ter uma boa qualidade de vida.

O leite materno é considerado o mais completo alimento para o bebê, ele atua como

um importante agente imunizador, envolvendo a criança e aumentando o vínculo do binômio,

” [...] além de possuir vantagem técnica por ser operacionalmente simples, é de baixo custo

financeiro, protege a mulher contra câncer mamário e ovariano, auxilia na involução uterina,

retarda a volta da fertilidade e otimiza a mulher em seu papel de mãe“ (ICHISATO; SHIMO,

2002, p.579).

“Amamentar significa conhecimento, tempo, disponibilidade, boa alimentação,

tranqüilidade e outros requisitos, que via de regra, não estão disponíveis para a maioria das

mulheres.” ( BEMUDEZ1,1997 apud MACHADO et al., 2004, p.185)

São diversas as vantagens do aleitamento materno, como ela são supridas todas as

necessidades nutricionais da criança durante os seus seis primeiros meses, não necessitando

de nenhuma complementação durante este período. O ato de amamentar, reduzir

malformações da dentição, estimula e exercita a musculatura que envolve o processo da fala,

1 BEMUDEZ X.P.C.D. Da natureza, da cultura e da amamentação: Um estudo do centro de lactação de Santos

[dissertação de mestrado]. Brasília (DF): Instituto de Ciências Humanas.Universidade de Brasília.187f, 1997.

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promove melhor a dicção e também proporciona tranqüilidade a criança (ARAÚJO et al.,

2008, p.490).

Segundo Bosi e Machado (2005), a amamentação possui outros benefícios além do

nutricional, “[...] a amamentação é, também, uma relação humana, portanto inscrita na cultura

e submetida à esfera social inserindo uma complexidade própria ao fenômeno que transcende

o aspecto nutricional que lhe é inerente e ultrapassa a díade mãe-filho”.

Para Araujo (2008, p.490), os laços afetivos entre a mulher que amamenta e seu filho

não se resume a oferecer somente o leite materno, mas se transforma em um momento que

poderá fazer aflorar sensações prazerosas, influenciando e fortalecendo o afeto e a ligação

mãe-bebê.

Amamentar é dar atenção, carinho, amor e proteção à criança O resultado sobre o

desenvolvimento emocional do bebê é difícil de ser estabelecido e avaliado, entretanto

acredita-se que o ato de amamentar traga benefícios psicológicos para a criança e para a mãe.

Uma amamentação bem sucedida seria capaz de despertar na mulher um profundo laço com

seu filho, reforçando nela sua condição de mãe (GIUGLIANI, 1994, p.141-142).

A amamentação é caracterizada por Machado et al. (2004, p.185), como instintiva,

natural e biológica entre os mamíferos, entretanto representa uma escolha para a espécie

humana, sofrendo influencia social e cultural.

Já Giugliani (1994, p.143), diz que o aleitamento materno não é um ato puramente

instintivo, trata-se de um aprendizado transmitido de geração a geração, onde mudanças

sociais e a imigração para áreas urbanas privaram diversas mulheres do apoio familiar e das

experiências que poderiam ser transmitidas a estas mulheres.

De acordo com a OMS/UNICEF (1993), a amamentação não é um ato totalmente

instintivo. As informações sobre o aleitamento devem ser reforçadas e o apoio à nutriz deve

ser constante, para que a amamentação tenha êxito e seja duradoura. Tanto mãe quanto bebê,

precisam aprender a amamentar e ser amamentado. O ensino do aleitamento era ensinado

pelas mulheres mais experientes da família, entretanto com a modificação da estrutura

familiar atual, muitas mulheres passaram há depender somente da ajuda dos profissionais de

saúde.

Tal afirmação é positivada através da fala de Giugliani (2004, p.147) descrevendo

que a redução das famílias influenciou de forma visível na falta de preparo da nutriz,

influenciando em sua habilidade do manejo da amamentação.

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[...] as mulheres têm poucas oportunidades de obter o aprendizado relacionado à

amamentação, já que as fontes tradicionais de aprendizado, mulheres mais

experientes da família foram perdidas à medida que as famílias extensivas foram

sendo substituídas pelas famílias nucleares. Como conseqüência, as mulheres

tornam-se mães com pouca ou nenhuma habilidade em levar adiante a

amamentação, o que as deixa mais vulneráveis a apresentarem dificuldades ao longo

do processo. O profissional de saúde tem um papel importante na prevenção e

manejo dessas dificuldades, o que requer conhecimentos, atitudes e habilidades

específicos.

Observa-se desta forma, que a educação sobre o aleitamento, com seus processos e

técnicas, devem ser apresentadas a todas as mulheres que amamentarem pela primeira vez.

Machado et al. (2004, p.183), cita que na maior parte das vezes as mulheres têm

como primeira referência a família, as amizades e vizinhança nos quais estão inseridas,

“[...]embora a amamentação tenha início em um contexto hospitalar sob a hegemonia do

profissional de saúde, esta só se estabelece no ambiente doméstico sob o domínio das

mulheres”, ou seja, o profissional deve realizar as todas as orientações necessárias, porém

cabe somente a nutriz, querer, e buscar aprender a desempenhar com eficácia o aleitamento.

De acordo com Araújo et al.(2008, p.489), a compreensão das mulheres sobre

amamentação é diretamente influenciada por suas atitudes, possuindo fatores positivos ou

negativos quando relacionado ao sucesso da amamentação. Alguns fatores maternos

influenciam diretamente sobre o aleitamento, como personalidade e a maneira que a nutriz

enfrenta a amamentação, outros fatores já são denominados circunstanciais como o trabalho

materno, contexto sociocultural e as condições habituais de vida que esta mulher é exposta

(ICHISATO; SHIMO, 2002, p.582).

Ao falarmos sobre estes fatores observamos que “[...]o social constrói a identidade de

gênero para o exercício dos papéis maternos, e, na maioria das vezes, é a própria mulher que

se constitui elemento de reprodução e manutenção dessa identidade.” (MACHADO et al.,

2004, p.186).

Desta forma entende-se que o profissional de saúde desempenha um papel essencial

e importante na promoção e no manejo da amamentação, incentivando a apropriação da nutriz

ao processo do aleitamento.

Nesse contexto, podemos observar a atitude do profissional como descrito por

Camano2 et al (2005) apud Araújo et al. (2008, p.489):

2 CAMANO L, SOUSA E, SASS N, MATTAR R. Obstetrícia: guia de medicina ambulatorial e hospitalar.

Barueri, São Paulo: Manole, 2005.

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[...] é necessário rever a necessidade e rever o posicionamento do profissional diante

da mulher que deseja amamentar. E torna-se preciso reconhecer que, por ser uma

prática complexa, não se deve reduzir apenas aos aspectos biológicos, mas incluir a

valorização dos fatores psicológicos e socioculturais. Além disso, é fundamental que

o profissional permita que a mulher coloque suas vivências e experiências anteriores, uma vez que a decisão de amamentar está diretamente relacionada ao que

ela já viveu.

Desse modo, a atuação do profissional de saúde permite a compreensão da

mulher/nutriz acerca da fisiologia do processo da amamentação, a qual viabiliza a prevenção

dos agravos relacionados às dificuldades de sua prática, e atuam diretamente na mudança do

seu contexto social, sobre as formas de interferência de pensar e agir na prática do aleitamento

materno (OSÓRIO; QUEIROZ, 2007).

2.2. BREVE HISTÓRICO DA AMAMENTAÇÃO

São muito antigos os problemas que envolvem a alimentação infantil, principalmente

quando o enfoque está na amamentação. É provável que o aleitamento artificial seja tão antigo

quanto à história de nossa civilização. Bosi e Machado (2005, p.19) evidenciam tal afirmação,

pelo alto número de crianças abandonadas em instituições de caridade ao longo de vários

séculos. Relatam também que foram achadas dentro de tumbas datadas do séc. V e VII,

corpos de lactentes onde ao lado deles haviam vasilhas de barro, o que sugere que os gregos

recebiam alimentos de outras fontes além do leite materno.

Por volta de 1800 a. C já existiam regulamentações sobre a prática do desmame,

significando desta forma a amamentação da criança por outra mulher, sempre na forma de

aluguel (amas-de-leite). Cada ama poderia amamentar duas crianças de cada vez. Elas eram

escolhidas por suas características físicas e morais, pois se acreditava que elas eram passadas

durante o aleitamento (BOSI; MACHADO, 2005, p.19).

No Brasil, existem relatos dos séculos XVI e XVII dos antigos índios Tupinambás,

que descrevem que alimentação dos filhos das indígenas era realizada durante

aproximadamente um ano e meio, e durante este período eles eram transportados em pedaços

de pano, que ficavam nas costas ou encaixavam-nas nos quadris de sua mãe. Bosi e Machado

(2005, p.20), relatam que se a mulher soubesse que o seu bebê tinha sido amamentado por

outra mulher, ela obrigava seu bebê a colocar para fora todo o leite estranho.

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Durante a Revolução Industrial na Inglaterra (sec. XVIII), ocorreu a modificação da

prática da alimentação infantil, as mulheres das regiões rurais amamentavam seus filhos,

assim como os filhos das classes mais privilegiadas. Entretanto estas famílias passaram a

depender do poder monetário quando mudaram para os centros urbanos, sendo explorados,

recebendo baixos salários e as vivendo em condições de vida precárias, obrigando as

mulheres a saírem de casa para trabalharem. Desta forma as crianças eram deixadas em casa

ou em instituições, não sendo mais amamentadas por suas mães, consequentemente como esta

era a classe que servia como amas de leite, tais não eram mais encontradas, devido ao

trabalho realizado fora de casa (CASTILHO; BARROS FILHO 2010, p.182).

Em resumo temos alguns fatos da história do aleitamento no Brasil e no Mundo ao

longo dos anos que nos revelam que as taxas de desnutrição e mortalidade se elevaram devido

à diminuição do número de crianças amamentadas levando ao aumento da utilização do leite

de origem animal. Em 1867 – É desenvolvida a 1ª fórmula alimentícia comercializável

(farinha de trigo + malte + bicarbonato de potássio); farinha para ser adicionada ao leite

diluído. Em 1874 – É desenvolvida a 1ª fórmula artificial completa (leite em pó + farinha de

trigo + malte + açúcar); leite em pó para ser adicionado à água, entretanto seu preço era

inacessível. Em 1885 - Meigs (EUA) e Biedert (Alemanha) desvendaram a exata composição

do LM. Em 1890 - É realizada a Pasteurização do leite, porém muitos eram contra pois

acreditavam que modificava seu valor nutricional. Em 1912 - Funk associou o beribéri, o

escorbuto,a pelagra e o raquitismo à falta de vitaminas. Essa descoberta determinou que se

suplementasse a alimentação com suco de frutas e óleo de fígado de bacalhau. Desde então, o

uso do leite fervido deixou de representar uma ameaça à saúde, e o emprego de fórmulas

diluídas se popularizou. Em 1940 – O leite evaporado ou pasteurizado era fortificado com

vitamina D, e as crianças recebiam suco para garantir fonte de vitamina C. Em 1960 – Com o

movimento feminista (uso da pílula anticoncepcional), ocorre a diminuição da natalidade.

Ocorre a expansão das indústrias para o terceiro mundo. As papas, com glutamato

monossódico, açúcar e amido melhoraram sua textura e aparência. Constante mudança das

fórmulas (ácido lático, lactose, gordura, minerais, vitaminas) foram realizadas para atender às

necessidades dos lactentes. Em 1970 - Movimento em favor da amamentação. Em 1990 -

Declaração de Innocenti, Iniciativa Hospital Amigo da Criança, criação dos “Dez Passos para

o Sucesso do Aleitamento Materno”, criação de uma regulamentação da propaganda de bicos,

mamadeiras e fórmulas. Em 1993 - A OMS estuda a diferença no padrão de crescimento de

crianças amamentadas. Século XXI - Recomendação do uso do Leite Materno Exclusiva até 6

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meses, depois Leite Materno associado a alimentos complementares prolongado até pelo

menos os 2 anos. (CASTILHO E BARROS FILHO, 2010, p.183)

Os alimentos complementares para Brasil (2000, p.23-24), são aqueles alimentos que

não o leite humano, ofertado ao lactente, ou seja alimentos de transição,ou alimentos de

desmame, são os que complementam, que são especialmente preparados para crianças

pequenas até que estes passem a consumir os mesmos alimentos da família a qual pertence.

De semelhante modo, Monte e Giugliani (2004, p.132), descrevem a alimentação

complementar como a alimentação que ocorre durante o período em que outros alimentos ou

líquidos são oferecidos à criança em concomitância ao leite materno.

2.3. AMAMENTAÇÃO NO BRASIL

A Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (ATSCAM) “é o setor

do Ministério da Saúde (MS) responsável por propor e coordenar as políticas governamentais

de atenção à saúde da criança brasileira de zero a dez anos de idade. Uma de suas principais

atribuições é apoiar os estados e municípios a colocar em prática as recomendações e políticas

públicas elaboradas, de forma a cumprir os compromissos assumidos pelo Brasil, de proteção

e atenção à saúde da criança, como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), o

Pacto pela Saúde, o Pacto de Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, e o Pacto pela

Redução da Mortalidade Infantil no Nordeste e Amazônia Legal.” (BRASIL, 2011, p. 49).

Entre as estratégias para a atenção hospitalar organizada pela atual Política Nacional

de Aleitamento Materno, encontra-se a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) que está

inserida na Estratégia Global para Alimentação de Lactentes e Crianças de Primeira Infância

da OMS e UNICEF, tendo como objetivos promover, proteger e apoiar o aleitamento

materno. A IHAC foi adotada no Brasil a partir de 1992 pelo Ministério da Saúde, tendo

como objetivo a elevação da prática do aleitamento materno por meio de revisão de políticas e

rotinas nos Serviços de Saúde Materno-Infantis, levando a melhora da interação entre o mãe-

filho. Desta forma promoveria mudanças culturais sobre o uso de chupetas, mamadeiras e

leites industrializados (FIGUEREDO; MATTAR, 2012).

Na estratégia IHAC é preconizado a implantação dos “Dez Passos Para o Sucesso do

Aleitamento Materno”, esses passos garantem que o hospital tenha normas e rotinas de

incentivo à mulher, para que ela amamente logo após o nascimento da criança e por todo o

período recomendado pela Organização Mundial de Saúde – dois anos de idade ou mais,

sendo exclusivo nos seis primeiros meses. As orientações começam no pré-natal e incentivam

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a amamentação na maternidade e após a alta. Hoje, são 336 Hospitais Amigos da Criança em

todo o Brasil que devem ser seguidas pelos hospitais do pré-natal até após o parto (BRASIL,

2010).

Os estabelecimentos de saúde que possuem o desejo se tornar Hospitais Amigos da

Criança precisam preencher critérios estabelecidos pelo PNIAM e cumprir 80% do conjunto

de metas no processo de avaliação, envolvendo várias etapas. As instituições que possuem

credenciamento IHAC vinculada ao SUS, recebe pagamento diferenciado: 40% a mais em

atendimentos pré-natal e 10% na assistência ao parto (CALDEIRA & GONÇALVES, 2007).

Como descrito por Brasil (2008, p.37-44) em um dos seus manuais, os “Dez Passos

para o Sucesso do Aleitamento Materno” são:

1. Ter uma política de aleitamento materno escrita, que seja rotineiramente

transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde.

2. Capacitar toda a equipe de cuidados de saúde nas práticas necessárias para

implementar esta política.

3. Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento

materno.

4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o

nascimento.

5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem

a ser separadas dos seus filhos.

6. Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite

materno, a não ser que haja indicação médica.

7. Praticar o alojamento conjunto - permitir que mães e bebês permaneçam juntos

- 24 horas por dia.

8. Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda.

9. Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.

10. Promover a formação de grupos de apoio à amamentação e encaminhar as

mães a esses grupos na alta da maternidade.

Nessa perspectiva, as políticas públicas como a Estratégia Amamenta e Alimenta

Brasil; Iniciativa Hospital Amigo da Criança, Rede dos Bancos de Leite Humano, e Rede

Cegonha, sustentam a prática do cuidado na saúde materna e infantil, e valorizam a prática

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do manejo clínico da amamentação, perpetuando os 10 Passos para o sucesso do

aleitamento materno.

2.4. MANEJO CLÍNICO DA AMAMENTAÇÃO

O manejo clínico visa estimular o aleitamento materno, demonstrando as práticas, do

aleitamento, observação e corrigindo alguns problemas comuns como erro de pega, problemas

de sucção, insegurança materna, como também prevenindo quadros como infecções

mamilares, mastites etc., que poderiam interferir no estabelecimento de uma amamentação

saudável (GIUGLIANI, 2004, p.147-154).

Durante o processo do manejo clínico, o enfermeiro deve realizar orientações

individuais ou em grupo sobre as vantagens e importância do aleitamento materno, dando

orientações sobre a livre demanda, ordenha manual, pega e posição, freqüência das mamadas

e etc. O profissional é parte importante no apoio do manejo clínico da amamentação, tal se

configura em orientar sobre como amamentar, como lidar com as intercorrências da

amamentação, e até sobre como gerenciar o cotidiano (OLIVEIRA et al., 2005, p. 1906).

Giugliani (1994, p.146), traz uma reflexão importante, que podemos ler a seguir:

“[...] a promoção do aleitamento materno deve ser vista como uma ação prioritária

para a melhoria da saúde e da qualidade de vida das crianças e de suas famílias. Não

existe uma estratégia única capaz de elevar as taxas de aleitamento materno. Ela

deve variar de acordo com a população, sua cultura, seus hábitos, suas crenças, sua

posição sócio-econômica, entre outras características. No entanto, em qualquer

estratégia, é fundamental acreditar na importância da amamentação.”

O profissional deve compreender a importância do seu trabalho e atuar de acordo os

fatores sociais da população que atende, exercendo o melhor atendimento que puder. É

necessário “informar sobre as vantagens do aleitamento materno precoce, exclusivo, sob livre

demanda e continuado e sobre como o leite materno é produzido; escutar as preocupações e

dúvidas das mulheres com a amamentação e prestar ajuda no manejo”, deve-se explicar sobre

os riscos do uso de mamadeiras, e chupetas, orientando-as quanto aos métodos de

contraceptivos adequados, não prejudicando o aleitamento (OLIVEIRA et al., 2005, p.1905).

É necessário tanto o domínio de técnicas de manejo da amamentação pela equipe de

saúde, quanto à construção de uma postura de diálogo, no lugar da atual conduta basicamente

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prescritiva, para que essa rede possa atuar de forma efetiva na promoção, proteção e apoio ao

aleitamento materno (OLIVEIRA et al., 2005, p.1907).

Entende-se que a nutriz é uma pessoa única e, enquanto tal possui um valor e merece

crédito, não cabendo julgamentos de qualquer natureza. O trabalhador de saúde é responsável

por criar condições favoráveis a uma relação interpessoal efetiva, se mostrando interessado

pelo que a nutriz esta vivenciando, de tal forma que ela perceba o cuidado e se sinta

confortável para se engajar no processo de amamentação (REZENDE, 2002, p.237).

Nesse sentido, o enfermeiro deve contribuir para o fortalecimento de sua prática

profissional no manejo clínico da amamentação, pois a formação da enfermagem está

entrelaçada com a perspectiva do processo de cuidar, intimamente ligada com o cuidado em

saúde, que perpassa pelas estratégias de orientação no manejo clinico da amamentação.

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3. METODOLOGIA

Segundo Beck et al (2002, p.163), a “metodologia é a arte de dirigir o espírito na

investigação da verdade, por meio do estudo dos métodos, técnicas e procedimentos capazes

de possibilitar o alcance dos objetivos.”

Em sua obra Silva e Menezes (2009, p.99), afirmam que é na metodologia que é

fornecido o detalhamento da pesquisa, esclarecendo quais caminhos serão percorridos para

alcançar objetivos propostos, bem como apresentar todas as técnicas, instrumentos e os

materiais utilizados durante a pesquisa. Mostrando como os dados serão tratados e analisados.

3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

O presente estudo consistiu em uma pesquisa descritiva e exploratória, com uma

abordagem qualitativa.

A pesquisa descritiva é caracterizada por Leopardi (2002, p.120), como uma

pesquisa que explora uma situação pouco conhecida, descrevendo-a na busca de mais

informações. Tal modelo de pesquisa exige uma série de informações do pesquisador a

respeito do que se pretende estudar.

A pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o problema, ou seja,

têm o intuito de torná-lo mais explícito. Essas pesquisas têm como objetivo principal o

aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Essa modalidade consiste em

investigações empíricas, porém, o intuito consiste na formulação de questões ou de problemas

com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com

um ambiente, fato ou fenômeno, para realização de uma pesquisa futura mais precisa ou

modificar e clarificar conceitos (FIGUEIREDO, 2008).

De acordo com Leopardi (2002, p. 196), a pesquisa qualitativa é originada de pessoas

diretamente vinculada à experiência estudada, não podendo ser generalizada e/ou controlada

pelo pesquisador.

De acordo com Minayo (2010, p. 57), o método qualitativo é o que se aplica ao

estudo da história, das relações, das representações, das crenças, das percepções e das

opiniões, produtos das interpretações que os humanos fazem a respeito de como vivem.

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Esse tipo de pesquisa proporcionou a descrição e caracterização da atuação do

enfermeiro durante o manejo clínico através das falas e percepções dos profissionais sobre seu

trabalho.

3.2. CENÁRIO

A pesquisa teve como cenário o alojamento conjunto da maternidade do Hospital

Universitário Antônio Pedro (HUAP).

3.3. SUJEITOS DA PESQUISA

Os sujeitos da pesquisa foram nove (09) enfermeiros atuantes no Alojamento

Conjunto da maternidade do Hospital Universitário Antônio Pedro.

Os sujeitos da pesquisa foram caracterizados com um código alfanumérico (E1...E9),

a fim de manter o anonimato e o sigilo das informações.

3.4 CRITÉRIOS DA PESQUISA

Foram incluídos na pesquisa os enfermeiros que trabalham no alojamento conjunto

que não estavam de férias ou licença médica e que apresentaram interesse em participar da

pesquisa. Sendo excluídos os enfermeiros que trabalham nas unidades de alojamento

conjunto, que estavam de férias, em licença médica ou maternidade, e os que recusaram a

participar da pesquisa, como também aqueles que abandonaram ou pediram para interromper

a entrevista.

3.5 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS

Visando o cumprimento das exigências éticas descritas na Resolução 466/12 que

regula as pesquisas envolvendo seres humanos, a pesquisa foi submetida e aprovada pelo

Comitê de Ética do em Pesquisa da Faculdade de Medicina/ Hospital Universitário Antônio

Pedro – UFF, com o N° 0199.0.258.00-11, no dia 01 de Julho de 2011 (ANEXO I, II E III).

Para participação nesta pesquisa foi requisitada autorização dos sujeitos participantes

da pesquisa, mediante assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) -

(APÊNDICE I), contendo informações detalhadas da pesquisa, garantindo a confidencialidade

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das informações recebidas assim como sua identificação, mantendo sua liberdade de se

recusar a participar ou retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa sem que haja

penalização.

3.6 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada uma entrevista semi-estruturada individual

(APÊNDICE II), como descrito por Manzini (1990/1991, p. 154), esse tipo de entrevista pode

fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a uma

padronização de alternativas. Ou seja, as perguntas realizadas pelo entrevistador são

especificas, porém o entrevistado tem liberdade para responder em suas próprias palavras.

Manzini (2004), define a entrevista semi-estruturada como:

[...] uma das formas para coletar dados. Ela se insere em um espectro conceitual

maior que é a interação propriamente dita [...], a entrevista pode ser concebida como

um processo de interação social, verbal e não verbal, que ocorre face a face, entre

um pesquisador, que tem um objetivo previamente definido, e um entrevistado que,

supostamente, possui a informação que possibilita estudar o fenômeno em pauta, e

cuja mediação ocorre, principalmente, por meio da linguagem.

Este modelo de entrevista foi utilizado para responder questões que traçaram um

desenho do perfil dos enfermeiros do alojamento conjunto do Hospital Universitário Antônio

Pedro, visando como resultado a concomitante identificação do nível de conhecimento do

profissional sobre o manejo clinico da amamentação dentro da maternidade do HUAP.

As entrevistas foram realizadas no período de Janeiro a Março de 2013. A captura dos

depoimentos dos sujeitos foi por intermédio de aparelho digital para a sua gravação, e logo

em seguida, foram transcritos na íntegra, a fim de não perder nenhum aspecto importante dos

relatos expostos pelos enfermeiros. Os dados foram armazenados e categorizados no

programa Word para auxiliar a análise. Segundo Lüdke e André (2001), a gravação tem a

vantagem de registrar todas as expressões orais, deixando o entrevistador livre para prestar

atenção no entrevistado. Tendo todos os dados registrados de forma confidencial e anônima

no decorrer da pesquisa.

Para responder os objetivos do estudo, foram utilizadas as informações das questões

8 a 12, a fim de traçar o perfil do enfermeiro, assim como, a questão 29 delimitando quais são

as estratégias utilizadas no manejo clínico da amamentação em seu ambiente de trabalho.

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3.7 TRATAMENTO DOS RESULTADOS

De acordo com Lakatos e Marconi (2010, p.168) a análise, o pesquisador entra em

maior detalhe sobre os dados decorrentes da pesquisa, a fim de conseguir respostas as suas

indagações, e procura estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e as hipóteses

formuladas. Estas são comprovadas ou refutadas, mediante a análise.

Em decorrência da alta complexidade do objeto de pesquisa, entendemos que a

análise de conteúdo na modalidade temática permitirá alcançar as entrelinhas dos discursos

dos sujeitos. A análise de conteúdo segundo a proposta de Bardin (2009) consiste:

Um conjunto de instrumentos e técnicas metodológicas cada vez mais sutis, em

constante aperfeiçoamento, que se aplicam a discursos extremamente diversificados.

Nesse sentido, trata-se de um esquema geral, no qual podemos verificar um conjunto

de processos que podem ser implementados para a análise dos dados e dos respectivos conteúdos, portanto, apresenta um leque de alternativas, com maior

rigor, assinalado por disparidades adaptáveis a um campo de aplicação muito amplo:

as comunicações.

A técnica se aplica à análise de textos escritos ou de qualquer comunicação reduzida

a um texto ou documento e tem como objetivo compreender, criticamente, o sentido das

comunicações, seu conteúdo manifesto ou latente, as significações explícitas ou ocultas

(CHIZZOTTI, 2005).

A análise de conteúdo visa à sistematização de procedimentos, cujo objetivo permeia

a descrição dos conteúdos das mensagens, diante de tais técnicas, a qual proporciona obter

indicadores quantitativos ou não, que permitam a interferência de conhecimento relativos às

condições de produção/recepção das mensagens (BARDIN, 2009).

Segundo a proposta de análise de conteúdo, a organização perpetua em três

diferentes pólos, constituindo um roteiro específico em três etapas básicas: pré-análise;

exploração do material; e tratamento dos resultados, inferência e interpretação. É necessário

realizar a organização e leitura do material, buscando conhecer a estrutura, analisar e registrar

as impressões sobre as mensagens dos dados, e assim definir as unidades de registro, unidade

de contexto, trechos significativos e categorias, ou seja, sistematizar as ideias, a fim de

conduzir o desenvolvimento das operações sucessivas (BARDIN, 2009).

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Na segunda fase, devemos fazer a aplicação do que foi definido na fase anterior,

havendo a necessidade de fazer várias leituras do material, tendo um rigor metodológico para

a aplicabilidade dos planos e objetivos formulados, consistindo essencialmente em operações

de codificações, decomposição ou enumeração, em função de regras previamente

estabelecidas. A terceira fase compreende uma análise quantitativa e qualitativa dos dados.

Contudo, devemos valorizar as informações qualitativas acerca das características do

fenômeno estudado - ideologias, tendências e outras determinações (BARDIN, 2009).

Uma das técnicas de análise de conteúdo é a análise temática, que tradicionalmente

trabalha com textos escritos, a exemplo de transcrições de entrevistas e de anotações feitas em

diários de observação, textos que depois de devidamente manipulados e analisados pelo

pesquisador, fornecem respostas às perguntas da pesquisa. Trata-se de análise que abrange as

fases acima descritas (BARDIN, 2009)

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base na análise do conteúdo na modalidade temática da proposta de Bardin

(2009), emergiram unidades temáticas, as quais foram agrupadas em categorias que buscaram

compreender como é realizado o manejo clínico da amamentação pelos enfermeiros do

Alojamento Conjunto do HUAP. Surgiram então as categorias: “Estratégias para o manejo

clínico da amamentação realizado pelos enfermeiros do Alojamento Conjunto” e a “O manejo

clínico da amamentação a partir da orientação dos enfermeiros no Alojamento Conjunto e sua

relação com o passo 5 da IHAC ”.

4.1. CARACTERIZAÇÃO DA MATERNIDADE DE ESTUDO

O Hospital Universitário Antônio Pedro está localizado no município de Niterói,

Região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro, sendo composto por Maternidade e

Unidade Neonatal, ambos sob a Gerência de Enfermagem da Saúde da Mulher e da Criança

do HUAP. O hospital recebe e atende gestantes, parturientes, puérperas e recém nascidos de

alto risco tanto do município de Niterói, quanto dos municípios adjacentes ou casos

referenciados pela rede através dos Centros de Regulação de Leitos do Estado do Rio de

Janeiro. O HUAP atualmente encontra-se em fase de credenciamento para HAC.

A maternidade é composta por 21 leitos obstétricos, sendo 12 leitos para Alojamento

Conjunto (AC), 06 leitos para gestantes de alto risco e 03 leitos para intercorrências

obstétricas. O Centro Obstétrico possui 02 salas para pré-parto/parto e 01 sala de cirurgia. A

equipe de enfermagem é formada por 09 enfermeiros e 25 técnicos de enfermagem

4.2. CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA

Participaram deste estudo a equipe de enfermagem do alojamento conjunto,

composta por nove (09) enfermeiros, sendo quatro (04) diaristas (1 gerente de enfermagem, 1

coordenador de assistência, 1 de manhã e 1 à tarde), cinco (05) plantonistas (em regime de

revezamento 12 x 60h).

Quanto ao tempo de trabalho na maternidade, três (03) enfermeiros possuem menos

de cinco anos, dois (02) enfermeiros possuem de 6-10 anos, um (01) enfermeiro possui de 11-

20 anos e quatro (04) possuem de 21- 30 anos de trabalho.

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Referente a cursos e treinamentos específico para aleitamento materno, oito (08)

enfermeiros responderam que já realizaram algum tipo ou mais, enquanto um (01) não

recebeu capacitação alguma. Quando questionamos a respeito dos cursos, seis (06)

enfermeiros referiram IHAC, somente um (01) mencionou o de Aconselhamento e quatro (04)

informaram a realização de outros cursos.

Quanto ao total de carga horária teórica dos treinamentos, conseguiu-se o seguinte

desenho: um (01) enfermeiro declarou ter cursado de 10- 20h de curso e três (03) tiveram

capacitação acima 40h, enquanto cinco (05) alegaram não recordar ou não responderam.

4.2.1. PRIMEIRA CATEGORIA

“Estratégias e Processos para o manejo clínico da amamentação realizado pelos

enfermeiros do Alojamento Conjunto”

De acordo com a definição de Montoya (2009) de que a “estratégia é uma forma de

pensar no futuro, integrada no processo decisório, com base em um procedimento formalizado

e articulador de resultados”.

Nesse sentido, o SUS, como Política do Estado, busca melhorar a qualidade de vida e

a afirmação do direito à vida e à saúde, dialogando com as reflexões e os movimentos no

âmbito da educação em saúde, como referido por Alves (2005, p.43):

“[...] a educação em saúde é um recurso por meio do qual o conhecimento

cientificamente produzido no campo da saúde, intermediado pelos profissionais de

saúde, atinge a vida cotidiana das pessoas, uma vez que a compreensão dos

condicionantes do processo saúde-doença oferece subsídios para a adoção de novos

hábitos e condutas de saúde.”

Entretanto, a maioria dos programas que buscam o desenvolvimento de práticas

educativas para gestantes e nutrizes, destacam principalmente os aspectos biológicos e

técnicos da amamentação desvalorizando as questões sociais e culturais que permeiam este

ato.

Entende-se que apenas as informações não são suficientes para que as mulheres

possam ser motivadas e obtenham sucesso na prática da amamentação. Entretanto possuir

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informação não significa necessariamente ter conhecimento, e conhecer algo não significa que

haverá mudança de atitudes, assim como a decisão do aleitamento materno perpassa o ato de

realizar a amamentação (RIBEIRO, 2011).

Para uma melhor compreensão desta categoria, ela foi dividida em duas subcategorias,

a saber: Apoio Emocional na Amamentação e Apoio Técnico-Prático do Manejo Clínico da

Amamentação.

Desta forma foi possível iniciar a apresentação das reflexões a partir dos depoimentos

dos enfermeiros participantes.

1ª Sub-Categoria: Apoio Emocional na Amamentação

A relação afetiva e emocional entre mãe-bebê cria um forte elo e fortalece o vínculo

afetivo, como relatado por Ribeiro (2011, p. 66), é durante a amamentação que é expresso o

amor da mãe para com o filho,transmitindo-lhe carinho e cuidado, demonstrando uma relação

intensa entre a mãe-bebê que se tem inicio no momento da amamentação e se eterniza por

toda sua vida.

De acordo com Souza et al. (2009), o enfoque das vantagens da amamentação, embora

apareça relacionado ao afeto, em sua realidade encontra-se ainda centrado na saúde da

criança.

Neste sentido pressupõe-se que a formulação do conceito e da significância dada ao

aleitamento materno, baseia-se no contexto sociocultural de cada indivíduo, podendo

influenciar a forma como ele lida com essa prática. Desta forma, a atuação do enfermeiro, da

mãe que amamenta e dos demais envolvidos no processo de amamentação precisam ser

valorizados para que ocorra o desenvolvimento e cumprimento de ações de promoção,

proteção e apoio ao aleitamento materno (RIBEIRO, 2011, p.18).

Sob essa perspectiva, emergiram dezoito unidades de significado que sustentam esta

categoria, aparecendo ainda em oito dos nove depoimentos analisados. Ao considerarmos o

número de participantes total, foi possível afirmar que o apoio emocional engloba estratégias

muito utilizadas pelos enfermeiros do alojamento conjunto do HUAP.

E3: “Então, é você ir quebrando este gelo, pouco a pouco, pra você

poder chegar pra ela e ela acreditar no que você ta falando.”

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E5: “Eu perturbo bastante a cabeça delas, falo tanto que elas acabam

se convencendo que amamentar é importante [...] é orientação e

conversa.”

E7: “Eu tento fazer que a mãe se sinta bem e se sinta responsável, se

sinta a protagonista daquela ação.”

O apoio emocional durante a amamentação sugere um suporte emocional do

profissional de saúde, para contribuição e superação de obstáculos da mulher, além de como

lidar com as ambigüidades dos sentimentos que envolvem o processo de amamentar. Isso

sofre influencia dos fatores culturais, sociais e econômicos. Para adoção da prática a

amamentação (MULLER; SILVA, 2009). Assim o enfermeiro tem como estratégia o apoio

emocional, constituindo uma importante ação para alcançar a elevação da prática de

amamentação e contribuir para o declínio da mortalidade infantil.

A arte de aleitar torna-se atualmente um obstáculo para o enfermeiro promover as suas

estratégias no manejo clínico da amamentação. Pois, a vivência da prática do aleitamento

materno pelas mulheres, ainda está abaixo das expectativas das Políticas Públicas de

aleitamento materno. Sendo assim, os enfermeiros são de suma importância para promoção do

apoio do aleitamento materno a essa mulher nutriz, favorecendo o acolhimento e a escuta

ativa, para que essa mulher se sinta responsável pelo cuidado, favorecendo a prática da

amamentação.

Acerca destas palavras vale ressaltar o que disse Camano et al (2005) apud Araújo et

al. (2008, p.489): “Torna-se preciso reconhecer que, por ser uma prática complexa, não se

deve reduzir apenas aos aspectos biológicos, mas incluir a valorização dos fatores

psicológicos e socioculturais.”

Os enfermeiros devem estar cientes de sua importância no processo de cuidado e

educação. Atuando com interesse, responsabilidade e compromisso com toda população,

conforme as diretrizes do exercício profissional. Tais falas vão ao encontro:

E1: “[...] é ouvir mais do que falar, devolver aquela, aquela

comunicação que a gente não usa comunicação verbal, mas apenas

[...] mais usar o olhar, a expressão, o contato, o posicionamento perto

dela..”

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E3: “Eu acho que é mesmo este aproximar da mãe[...]. Mas eu acho

que o mais importante neste trabalho de orientação é isso!Tem que

ter essa empatia com elas.”

E8: “Então a paciência [...] eu acho que é a estratégia maior para o

apoio e para o manejo clinico da amamentação, é assim, a paciência

e a disponibilidade.”

E9: “Você estabelece um vínculo, que eu acho fundamental, e quando

você estabelece esse vínculo, o paciente confia em você, passa a

confiar em você e essa confiança é fundamental para ela te ouvir, se

sensibilizar pela sua idéia, o que você está passando para ela, acho

que isso é fundamental.”

Através das falas acima descritas, notamos a necessidade da construção de uma

postura de diálogo, no lugar da atual conduta basicamente prescritiva, para que a rede possa

atuar de forma efetiva na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, como descrito

por Oliveira et al.(2005, p.1907), é preciso que aja domínio de técnicas de manejo da

amamentação pela equipe de saúde, principalmente pelos enfermeiros, afirmando a

importância da utilização da linguagem não verbal, em seu ambiente de trabalho. Sendo

assim, podemos perceber a partir de falas que o apoio emocional representa uma forte

estratégia, possuindo verdadeira importância para o processo de construção do sucesso da

amamentação.

Para a estratégia do apoio emocional a mulher nutriz é necessário que os profissionais

de saúde tenham alguns princípios básicos como: escuta ativa, na qual o profissional deve

ouvir toda informação que a mulher tem; linguagem acolhedora, com expressão não verbal de

respeito e paciência, inibindo as barreiras profissional-mulher; atenção e empatia, sempre

levar em conta o sentimento da mulher sem qualquer pré julgamento; além de tomada de

decisão para promover a sua autonomia (GORGULHO; PACHECO, 2008).

Desse modo, o profissional de saúde tem em suas ações estratégicas garantir o sucesso

para o aleitamento materno, e para isso acontecer, perpassa pelo apoio emocional da mulher

na prática da amamentação, com diálogo, empatia, co-responsabilidade, acolhimento e criação

de vinculo de confiança entre profissional-mulher, favorecendo o manejo clínico da

amamentação e a valorização dessa prática.

Outro depoimento demonstrou em seu entendimento que o acompanhante representa

uma estratégia de incentivo ao aleitamento materno:

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E1:“A gente tem sorte, onde a gente trabalha é alojamento conjunto

com presença de uma pessoa da escolha, de um familiar da escolha

da mulher. E então é assim. Isso pra gente foi uma das melhores

estratégias de incentivo ao aleitamento materno. Permitir o

acompanhante, que é lei.”

A promoção do aleitamento materno, assim como a qualidade de vida da família se

modificam quando a amamentação ocorre, afirmando que como toda ou qualquer estratégia é

fundamental que se acredite em sua importância (GIUGLIANI, 1994, p.146).

A mulher que tem a possibilidade de vivenciar o acompanhante no trabalho de parto,

parto por mais tempo e com intervalos mais flexíveis. Tal achado pode estar associado a

promoção precoce do aleitamento materno pelo acompanhante e favorecendo o vinculo entre

mãe e filho (TELES et al. , 2010).

De acordo com a lei Nº 11.108/2005, é direito da parturiente ter o acompanhante

durante o trabalho de parto, parto e pós parto imediato, previsto no âmbito do Sistema Único

de Saúde – SUS, garantindo a proteção do seu direito como mulher (BRASIL, 2005).

Desta forma não só o profissional, como também a família pode atuar de forma

positiva durante o período de trabalho de parto, parto e pós parto, como também no

aprendizado dos cuidados e do manejo da amamentação. Pois, o acompanhante favorece a

prática precoce do aleitamento materno, constituindo um importante fator de apoio emocional

para a mulher nutriz.

Entretanto a garantia de ter ou não o acompanhante não seria uma estratégia para

incentivar a mulher a amamentar e sim representa um direito a ser cumprido por todos os

hospitais e instituições de saúde brasileiras.

2ª Sub - Categoria: Apoio técnico-prático do Manejo Clínico da Amamentação

De acordo com Oliveira et al (2005, p. 1906), é durante o processo do manejo

clínico, o enfermeiro deve realizar orientações sobre as vantagens e importância do

aleitamento materno, dando orientações sobre a livre demanda, ordenha manual, pega e

posição, freqüência das mamadas entre outras.

Nesta sub-categoria, emergiram sete (7) unidades de significação sobre o apoio do

profissional a puérpera na fala de cinco (5) dos nove (9) entrevistados.

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O enfermeiro atua como líder e membro da equipe de enfermagem, trabalhando

diretamente na assistência ao aleitamento materno, como também apoiando as mulheres

nutrizes. Este profissional deverá ser capaz de desenvolver ações estratégicas operacionais

para o manejo clínico da amamentação, tornando possível a condução e o estabelecimento

dessa prática assistencial, através das políticas públicas de aleitamento materno (SOUZA,

2013).

Para Costa et al. (2009), nem todos os profissionais de saúde que lidam com o

binômio mãe-filho têm conhecimentos e habilidades suficientes para manejar adequadamente

as diversas situações enfrentadas pela lactante e após avaliar estudos sobre aconselhamento se

evidencia assim que a inclusão do aconselhamento na capacitação repercute sensivelmente na

melhoria da prática profissional.

As competências clínicas e as habilidades técnicas dos profissionais envolvidos no

processo de cuidar estão relacionadas tanto com a abordagem prática do aleitamento materno

quanto com o manejo clínico, entretanto aborda também o aconselhamento como forma de

intervenção, baseada na comunicação e na escuta (RIBEIRO, 2011).

O auxilio prático é uma importante habilidade de aconselhamento na amamentação,

desenvolvendo a comunicação e a escuta ativa, assim como o respeito da individualidade e

dos sentimentos vivenciados pela mulher (BUENO; TERUYA, 2004).

As habilidades de apoio técnico-prático utilizadas pelos enfermeiros são descritos em

algumas falas como:

E4: “Quando eu chego pra falar com a mãe e vejo que não tá com a

pega certa, eu tento conversar com ela [...].”

E9: “Olha eu acho que é isso da sensibilização, explicar o que o bebê

vai mamar, que é bom para ele e que é bom para a mãe e os

exemplos, assim, que a gente dá.”

Os enfermeiros descrevem sobre a importância da promoção e apoio ao aleitamento

materno utilizando como estratégia à orientação da mulher nutriz. A orientação constitui uma

prática educativa realizadas principalmente pelos profissionais de saúde. Contudo não pode

ser concebido em sua prática como uma mera transmissão de conhecimento, mas sim a

promoção da autonomia do sujeito em função da sua prática do aleitamento materno

(MELLO et al., 2010).

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Então, o entendimento da mulher nutriz sobre a pega, posição e realização da

extração manual do leite, poderá contribuir decisivamente na prevenção de agravos como dor

mamilar e fissuras no mamilo, sendo esta a maior causa de desmame precoce (BRASIL,

2009).

É importante que o profissional de saúde atue com o domínio das técnicas e com uma

postura de diálogo e observação. (OLIVEIRA et al., 2005, p.1907).

Nesse sentido, a promoção e o apoio ao aleitamento materno pela prática dos

profissionais de saúde utilizando-se como estratégia a orientação com foco educativo,

favorece o conhecimento da posição adequada, inibindo os riscos das complicações mamárias,

sendo este um dos principais motivos para o desmame precoce. Além disso, as informações a

respeito dos benefícios, malefícios do leite não humano devem estar pautados nesse processo

educativo.

Conforme os depoimentos a seguir, é possível observar à importância do olhar

sensivel a mulher:

E1: “Mesmo com o alojamento conjunto muito cheio a gente pode ali,

eleger, aquelas que oferecem algum risco [...]”

E6:“É observação. Por que [...] Primeiro eu observo se a mãe esta

amamentando corretamente! Caso ela esteja [...] deixo quieto. Caso

não, ai a gente vai fazer as orientações com relação à pega, a

ordenha manual [...].”

E8:“É você identificar a paciente, a mulher que tá com problema e

ficar do lado dela. Dando tanto as orientações, técnicas [...] que ela

precisa.”

Entende-se através de Rezende (2002, p.237), que a mulher nutriz é uma pessoa

única, devendo ser cuidada e tratada com igualdade e equidade, cabendo ao trabalhador de

saúde a responsabilidade de se apresentar interessado pelo momento vivenciado pela nutriz,

de tal forma que ela perceba que é a peça mais importante para que ocorra sucesso do

aleitamento.

O uso de uma linguagem simples e acessível durante a assistência realizada às

mulheres nutrizes no pós-parto imediato é descrito por Souza (2013), como instrumento

facilitador do entendimento e da sensibilização da nutriz, demonstrando o valor da

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amamentação tanto para sua saúde como também para saúde de seu filho. Desta forma, a

comunicação preconizada com técnicas de aconselhamento e observação, são estratégias

utilizadas pelos enfermeiros que propiciam e colaboram para a promoção do aleitamento

materno.

A identificação do profissional de saúde quanto aos obstáculos e dificuldades, para o

sucesso da amamentação constitui uma das importantes estratégicas assistenciais do manejo

clinico da amamentação. Isso demonstra o comprometimento e valorização das Políticas

Públicas da Amamentação, e sendo essencial para a promoção da saúde e bem estar materna e

infantil.

4.2.2. SEGUNDA CATEGORIA

“O manejo clínico da amamentação a partir da orientação dos enfermeiros no

Alojamento Conjunto e sua relação com o passo 5 da IHAC”

O manejo clínico da amamentação no alojamento conjunto é considerado uma

ferramenta importante para a continuidade do aleitamento, representando um grande valor

principalmente à nutriz.

A respeito dessa afirmação, com o intuito do enfrentamento do desmame precoce e

contribuir para o crescimento saudável da criança, a Organização Mundial de Saúde e o

Fundo das Nações Unidas para a infância, emitiram a declaração de Innoceti, estabelecendo

um conjunto de medidas para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, com os

10 Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno. Deste modo, o passo número 5, visa

mostrar as mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas

de seus filhos (ALMEIDA et al., 2008)

Em diversas realidades as mulheres não possuem informações suficientes para levar

o aleitamento à diante, fato que se intensificou com a formação de família nucleada,

passando-se a ver a diminuição constante da amamentação. Sendo assim, as informações

realizadas a nutriz dentro da unidade de saúde constituem-se diversas vezes na única fonte de

informação fornecida a esta mulher.

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E6: “Assim, eu não chego dizendo assim: Tá errado, você tem que

fazer assim, ou tem que fazer assado! Entendeu? A gente chega

conversando, aí vê a reciprocidade dela, ta. Aí você começa a

conversar, dentro das possibilidades que ela te dá. Então não adianta

você querer [...]. Não tem que ser assim, assim, assim! Porque é

besteira, entendeu? Tem que ver o que ela vai dizer pra você, pra

você poder começar a falar alguma coisa.”

E5: “Tem umas que são meio cabeça-dura, que vão chegar em casa e

vão dar leite mesmo, mas a gente faz a nossa parte. E orientação e

conversa.”

E7: “[...] na verdade eu falo pra ela: Que pra você amamentar tem

que ter paciência e persistência. Se você não tem desejo de

amamentar não adianta a gente gastar tempo, que você ta gastando

aqui. Então eu pergunto: Você quer?. Não. Eu quero amamentar, eu

quero fazer [...]. Então vamos aos poucos e a gente começa. Então a

medida que ela sente a pessoa principal daquela ação, aí ela

consegue começar e manejar junto com a gente [...].”

O profissional de saúde deve ser um facilitador da prática da amamentação com

estabelecimento de informações adequadas e acessíveis de entendimento ao conhecimento da

mulher nutriz, na perspectiva da pega correta, posição, ordenha manual, para o

estabelecimento de uma boa sucção (ALMEIDA, 2008; GRAÇA, 2011). É preciso

demonstrar as mulheres na prática profissional o manejo clinico da amamentação,

favorecendo o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade. (BRASIL, 2009;

CAMINHA, et al, 2010).

Como dito por Giugliani (2004, p.147), a redução das famílias influenciou de forma

visível na falta de preparo da nutriz, influenciando em sua habilidade de manejar a

amamentação. Cabe ao profissional de saúde possuir conhecimento, atitude e habilidades

específicas de reconhecimento das principais dificuldades que a puérpera encontra, podendo

realizar uma educação teórico-prática, coletiva ou individualizada.

Ao decorrer das entrevistas emergiram as estratégias apontadas pelos profissionais

como: empatia, escuta ativa, eleição de riscos, orientação, conversa, sensibilização,

aproximação, apoio emocional, apoio e orientação na pega e posição, paciência e

estabelecimento de vinculo/confiança.

O quinto passo da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), refere-se em

mostrar às mães como amamentar e como promover a manutenção da lactação, mesmo se

vierem a ser separadas dos seus filhos, tal passo está diretamente ligado ao Manejo Clinico da

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Amamentação, de forma a auxiliar no aprendizado e proteção do aleitamento. Contudo, a

mulher nutriz deve ter abertura a receber as informações dos profissionais de saúde para a

promoção e apoio ao aleitamento materno, constituindo muitas vezes, a única informação para

a prática da amamentação.

Quando o profissional executa as estratégias descritas acima, realiza e promove o

aleitamento, a fim de apoiar tanto a mulher quanto a lactação eficaz. Notou-se que dentre os

depoente existe um quantitativo elevado que utiliza técnicas de sensibilização,

aconselhamento e comunicação não verbal do que aqueles que realizam uma abordagem de

demonstração técnica do manejo clínico da amamentação, informando as mães o

posicionamento, pega, expressão manual corretos para a amamentação, descrevendo-o e

demonstrando-o.

O resultado obtido pode ser explicado pelo profissional, que relatam a priorização do

atendimento aos mais críticos:

E1 :“[...] eleger, aquelas que oferecem algum risco, por ventura a

gente tiver com pouca pessoa trabalhando, [...] partir destas para as

demais.”

E8: “É você identificar a paciente, a mulher que tá com problema e

ficar do lado dela.”

As técnicas de aconselhamento constituem uma proposta de intervenção de

promoção, proteção e apoio a amamentação, o qual deve ser utilizada tanto em rede hospitalar

como atenção básica. É fundamental que os profissionais de saúde que lidam com o

aconselhamento desenvolvam técnicas de relacionamento interpessoal para desenvolver

habilidades especificas de aconselhamento em amamentação, a fim de promover

autoconfiança e contribuir para a melhoria dos indicadores de aleitamento materno (COSTA

et al., 2009).

O aconselhamento em amamentação envolve o desenvolvimento de habilidades de

comunicação do profissional de saúde para melhor eficiência no apoio a amamentação, o que

implica em saber ouvir, ajudar na tomada de decisões de forma empática, promover o

desenvolvimento da confiança e apoiar a mulher nutriz.

O enfermeiro exerce um papel relevante por ser o profissional que mais estreitamente

se relaciona com as mulheres/nutrizes, tendo importante função nos programas de educação

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em saúde. Ainda, os enfermeiros capacitados em aleitamento materno devem realizar planos

de ação sistematizados, visando melhorar o manejo dessa prática, pois, o profissional

facilitador, além de adquirir os conhecimentos técnicos e científicos do aleitamento materno,

promove a autonomia da mulher e permite a compreensão do processo de amamentação, para

atuar junto à sua problemática quando a intervenção se fizer necessária (AMORIM;

ANDRADE, 2009).

As falas acima citadas retratam que o trabalho em alguns casos, não é realizado da

maneira e com a regularidade e atenção que deveria por falta de quantitativo humano, assim

como pela limitação de tempo em que as mães ficam no alojamento conjunto no período pós-

parto, entretanto tais profissionais se mostraram conscientes de suas fraquezas e ações diante

da sua prática assistencial.

A atuação plena do enfermeiro deverá ser alcançada quando, o olhar critico do

enfermeiro quanto a necessidade de ensino prático para mulher, como também o apoio

emocional dado a ela se fundirem, sendo abraçados e praticados por todos da equipe não só do

alojamento conjunto, como também por outras áreas do hospital ligadas a ele. Deste modo a

capacitação e sensibilização desses profissionais quanto ao seu papel, são um dos passos para

galgarem o credenciamento do HUAP como uma Unidade Amiga da Criança.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo possibilitou a compreensão e a identificação das estratégias utilizadas

pelos enfermeiros do Alojamento Conjunto durante o manejo clínico da amamentação,

visando entender seus pontos positivos e negativos na assistência, assim como as dificuldades

encontradas na realização deste processo de trabalho. Notou-se que os enfermeiros

entrevistados possuem o entendimento das estratégias do manejo clinico da amamentação

como ações de apoio a mulher e seu filho, descrevendo uma atenção humanizada e não

sistematizada, focando sua assistência do manejo clínico da amamentação na forma de

comunicação não verbal.

A implantação dos 10 passos para o Sucesso do Aleitamento Materno no Hospital

Universitário Antônio Pedro (HUAP), bem como seu credenciamento como Hospital Amigo

da Criança, sem dúvida contribuirá para o cumprimento das práticas de humanização no

atendimento a nutriz e seu bebê, sendo alcançada através da capacitação e atualização dos

profissionais, visto que para a execução, é necessário o estabelecimento e a sistematização de

normas e rotinas nas unidades de saúde, ocorrendo adequações tanto das unidades, como

também na atualização dos profissionais que atuam com a mulher, com a criança e sua

família.

Sendo assim, com a implementação da IHAC ou credenciamento do HUAP, será

possível a formação de uma rede de atenção interdisciplinar, que atuará de forma facilitadora

para a realização do manejo clínico da amamentação, promovendo ao aleitamento e

proporcionando também ao enfermeiro ser um multiplicador dentro da sua equipe.

Foi extremamente interessante realizar este trabalho e visualizar a importância do

apoio e da educação dentro do alojamento conjunto do HUAP, contrapondo as estratégias

relatadas ao passo 5 da IHAC. Foi possível visualizar que o trabalho da equipe de

enfermagem vai além da orientação, representando também o apoio e escuta sensível. Sendo

possível a busca e a compreensão não só as dificuldades emocionais como as dificuldades

sociais da mulher atendida.

Considera-se que a atuação do enfermeiro no manejo clínico da amamentação,

apresentou-se em alguns momentos prejudicada. Como retratado pelos depoentes a respeito

da sobrecarga de trabalho, levando à priorização da atenção as puérperas consideradas de

maior risco, bem como a diminuição da qualidade da assistência de modo geral.

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Concluo este trabalho descrevendo que realização do manejo clínico foi alcançada

em parte, sendo realizada e promovida de forma mais teórica e emocional do que com

demonstrações práticas de aleitamento.

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6. OBRAS CITADAS

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integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial. Interface – Comunicação,

Saúde e Educação, v. 9, n.16, p. 39-52, fev. 2005.

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diferentes abordagens metodológicas. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.21;

n. 3; 2011. p. 937-953

SILVA, Isília Aparecida. Enfermagem e aleitamento materno: combinando práticas seculares.

Rev.Esc.Enf. USP, v.34, n.4, dez. 2000. p. 362-9.

SOUZA, C.B.; ESPIRITO SANTO, L.C.; GIUGLIANI, E.R.J. Políticas Públicas de Incentivo

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Saúde Humana),Instituto Nacional de Educação e Prevenção da Saúde da França. ed. nº 408;

p.34-36; Jul/Out, 2010.

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Apresentação de trabalhos monográficos de

conclusão de curso – 10.ed. ver. e atualizada por Estela dos Santos Abreu e José Carlos Abreu

Teixeira – Niterói: EdUFF, 2012. 83p.

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APÊNDICE I

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53

APÊNDICE II

Questionário de Entrevista com Enfermeiros do Hospital

QUESTIONÁRIO |___|___|___|

Nome: _______________________________________Idade:__________ sexo: M ( ) F ( )

Naturalidade:________________

Função:_____________.

I. Identificação do questionário

1. Hospital (HDLJ, HCML, HEAL, HUAP, MMARVF, HRDV, HMG) |___|___|___|___|

2. Data da entrevista

|___|___|/|___|___|/|___|___|

3. Entrevistador_____________________ |___|___|

4. Revisado por___________________________ |___|___| 5. Data

|___|___|/|___|___|/|___|___|

6. Data da

digitação|___|___|/|___|___|/|___|___|

7. Digitador _________________________|___|___|

II. Dados sobre o hospital

8. Há quanto tempo você trabalha nesta maternidade? |___|___| anos e/ou|___|___| meses

9. O hospital possui normas sobre aleitamento materno? 0. Não 1. Sim |___|

10. Você recebeu treinamento sobre aleitamento materno? Qual/Quais?

0. Não (vá à questão 13) 1. Sim, IHAC ( ) IUBAAM ( ) Aconselhamento ( )

3. Outro ___________________________________

|___|

11. Qual foi o total de horas teóricas desse treinamento? |___|___|

12. Qual foi o total de horas práticas desse treinamento? |___|___|

13. O que você entende como manejo clínico da amamentação?

14. Para você, quando deve iniciar o manejo clinico da amamentação?

15. Qual a importância da amamentação para a mulher nutriz?

16. Qual a importância da amamentação para o bebê?

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17. Você demonstra ou ensina às mães como fazer com seus bebês em relação ao

posicionamento e pega para amamentar? 0. Não(vá à questão 19) 1. Sim

|___|

18. Fale como você orienta (ria) uma mãe a amamentar com boa pega. |___|

19. Você demonstra ou ensina às mães como fazer a expressão manual do leite no caso

de estarem separadas de seus bebês?

0. Não(vá à questão 21) 1. Sim

|___|

20. Fale como você ensina(ria) uma mãe a fazer a expressão manual do leite. |___|

21. Pra você, a oferta de qualquer alimento antes da primeira mamada interfere na

amamentação?

0. Não (vá à questão 23) 1. Sim

|___|

22. Por quê? |___|

23. Para você, qual a principal causa de dor no mamilo? |___|

24. Para você, qual a causa mais comum para a baixa produção de leite materno? |___|

25. Para você, qual a causa mais comum do ingurgitamento mamário? |___|

26. Você realiza orientações para aleitamento materno por ocasião da alta hospitalar?

0. Não (vá à questão 28) 1. Sim

|___|

27. Como você realiza estas orientações?

28. Para você, de que forma a enfermagem pode trabalhar o manejo clinico da

amamentação?

29. Quais as estratégias você utiliza no manejo clinico da amamentação?

30.Para você, existe uma rotina para o manejo clinico da amamentação nesta

maternidade?

0. Não (encerrar entrevista) 1. Sim

31. Qual/quais rotinas existem para o manejo clinico da amamentação nessa

maternidade?

Muito obrigado!!!

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APÊNDICE III - CRONOGRAMA

Etapas da

Pesquisa 2012 2013

ATIVIDADES

Dez

12

Jan

13

Fev

13

Mar

13

Abr

13

Mai

13

Jun

13

Jul

13

Ago

13

Set

13

Out

13

Nov

13

Dez

13

Elaboração do

projeto

X X X X

Escolha do

tema e

definição do

problema

X X

Entrega da

introdução X

Levantamento

bibliográfico X X

Revisão de

Literatura X X X X X X X X X X X X X

Entrega da

Revisão de

Literatura

X

Determinação

da metodologia X X

Entrega do

Anteprojeto X

Qualificação

do projeto no

Comitê de

Ética

X

Coleta dos

dados X X X X X X

Análise e

interpretação

dos dados

X X X X X

Revisão e

elaboração do

texto final

X X

Defesa do TCC X

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ANEXO I – APROVAÇÃO DA PESQUISA PELO CEP CMM/HUAP

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ANEXO II

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ANEXO III