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Noções de Administração Geral e Pública p/ TRE-MS Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó e Prof. Daniel Mesquita – Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 56 AULA 0: Evolução da Administração Olá pessoal, tudo bem? Meu nome é Rodrigo Rennó e tenho o grande prazer de iniciar com vocês, em conjunto com o mestre Daniel Mesquita, um curso de Noções de Administração Geral e Pública para o concurso de Analista Judiciário do TRE-MS. Este concurso teve seu edital publicado recentemente e sua prova está prevista para o dia 06 de janeiro. Portanto, a hora de se preparar é agora! A banca escolhida foi o CESPE, bastante conhecida no mundo “concurseiro”. Vamos comentar centenas destas questões e mostrar como resolvê-las! Eu estarei com vocês nos tópicos de Administração e o mestre Mesquita estará presente nos tópicos de Direito. Antes de qualquer coisa, vou dizer um pouquinho sobre mim: Sou carioca e formado em Administração pela PUC do RJ, com Pós-Graduação em Gestão Administrativa. Como vocês, já fui concurseiro e disputei diversos concursos da área de Administração, sendo aprovado, entre outros, nos concursos abaixo: 7° no concurso de Analista de Finanças e Controle do DF - Administração Financeira e Contábil - 2009 (cargo atual, que mudou de nome neste ano); 1° no concurso de Furnas - Administrador 2 – 2009; 1° no concurso de Professor Seplag/DF - Administração – 2010; 2° no concurso do Min. Defesa - DECEA/ Administrador – 2009; 7° no concurso da Hemobras / Administrador – 2008; Atualmente sou servidor da Secretaria da Fazenda do Governo do Distrito Federal, no cargo de Auditor de Controle Interno na Subsecretaria do Tesouro. Sou professor de Administração Geral, Administração Pública e Gestão de Pessoas desde 2007 e já participei de cursos escritos para concursos, como os do MPU, TCU, ICMS-RJ, EPPGG, TCEs e tribunais diversos. Professor, e como será o curso? O curso que iniciaremos hoje será focado em questões e provas anteriores do CESPE e das principais bancas de concursos do país. Iremos trabalhar a teoria necessária e comentar centenas de questões para que vocês cheguem prontos para o que “der e vier” no dia da prova!

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AULA 0: Evolução da Administração

Olá pessoal, tudo bem?

Meu nome é Rodrigo Rennó e tenho o grande prazer de iniciar com vocês, em conjunto com o mestre Daniel Mesquita, um curso de Noções de Administração Geral e Pública para o concurso de Analista Judiciário do TRE-MS.

Este concurso teve seu edital publicado recentemente e sua prova está prevista para o dia 06 de janeiro. Portanto, a hora de se preparar é agora!

A banca escolhida foi o CESPE, bastante conhecida no mundo “concurseiro”. Vamos comentar centenas destas questões e mostrar como resolvê-las! Eu estarei com vocês nos tópicos de Administração e o mestre Mesquita estará presente nos tópicos de Direito.

Antes de qualquer coisa, vou dizer um pouquinho sobre mim: Sou carioca e formado em Administração pela PUC do RJ, com Pós-Graduação em Gestão Administrativa. Como vocês, já fui concurseiro e disputei diversos concursos da área de Administração, sendo aprovado, entre outros, nos concursos abaixo:

7° no concurso de Analista de Finanças e Controle do DF - Administração Financeira e Contábil - 2009 (cargo atual, que mudou de nome neste ano);

1° no concurso de Furnas - Administrador 2 – 2009;

1° no concurso de Professor Seplag/DF - Administração – 2010;

2° no concurso do Min. Defesa - DECEA/ Administrador – 2009;

7° no concurso da Hemobras / Administrador – 2008;

Atualmente sou servidor da Secretaria da Fazenda do Governo do Distrito Federal, no cargo de Auditor de Controle Interno na Subsecretaria do Tesouro. Sou professor de Administração Geral, Administração Pública e Gestão de Pessoas desde 2007 e já participei de cursos escritos para concursos, como os do MPU, TCU, ICMS-RJ, EPPGG, TCEs e tribunais diversos.

Professor, e como será o curso?

O curso que iniciaremos hoje será focado em questões e provas anteriores do CESPE e das principais bancas de concursos do país. Iremos trabalhar a teoria necessária e comentar centenas de questões para que vocês cheguem prontos para o que “der e vier” no dia da prova!

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Estaremos não só resolvendo as questões desta banca famosa, mas dando dicas das famosas “pegadinhas” deles!

Além disso, a matéria de Administração tem sido cada vez mais cobrada, tendo sido incluída em praticamente todos os concursos importantes da área fiscal, tribunais e de controle, como os concursos da Receita Federal, ICMS-SP e ICMS-RJ, ISS-RJ, TCU e TCEs entre outros. Está mais do que na hora de você “desencanar” desta matéria!

Depois deste curso, você vai deixar de se “estressar” quando tiver uma prova de Administração nas mãos!

Os tópicos cobrados pela banca estão abaixo:

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Tenho o hábito de escrever como se estivesse conversando com o aluno, portanto não estranhem o estilo “leve”, pois acredito que fica mais fácil de passar o conteúdo, e, principalmente, mais agradável para vocês dominarem essa matéria.

Tenho certeza de que esse material fará a diferença na sua preparação. Se aparecer uma dúvida qualquer estaremos disponíveis para esclarecer de modo direto e individualizado.

Desta forma, dividimos os tópicos nas aulas abaixo, que serão disponibilizadas de acordo o cronograma abaixo:

Aula 0: Evolução da administração. Principais abordagens da administração (clássica até contingencial).

Aula 1: Evolução da administração pública no Brasil (após 1930), reformas administrativas, a nova gestão pública. (29/10).

Aula 2: Organização. Estrutura organizacional. Tipos de departamentalização: características, vantagens e desvantagens de cada tipo. Organização informal. Descentralização e delegação. Cultura organizacional. (31/10).

Aula 3: Direção. Motivação e liderança. Comunicação. (01/11).

Aula 4: Processo de planejamento. Planejamento estratégico: visão, missão e análise SWOT. Análise competitiva e estratégias genéricas. Redes e alianças. Planejamento tático. Planejamento operacional. Administração por objetivos. Balanced scorecard. Processo decisório. (03/11)

Aula 5: Controle. Características. Tipos, vantagens e desvantagens. Sistema de medição de desempenho organizacional. Gestão da qualidade e modelo de excelência gerencial. Principais teóricos e suas contribuições para a gestão da qualidade. Ferramentas de gestão da qualidade. Modelo da fundação nacional da qualidade. Modelo do gespublica. (05/11)

Aula 6: Legislação administrativa. Administração direta, indireta, e fundacional. (06/11) - Prof. Daniel Mesquita.

Aula 7: Atos administrativos. Requisição. (13/11) - Prof. Daniel Mesquita.

Aula 8: Regime dos servidores públicos federais: admissão, demissão, concurso público, estágio probatório, vencimento básico, licença, aposentadoria. (20/11) - Prof. Daniel Mesquita.

Aula 9: Licitação pública. 8.1 Modalidades, dispensa e inexigibilidade. 8.2 Pregão. 8.3 Contratos e compras. 8.4 Convênios e termos similares. (27/11) - Prof. Daniel Mesquita.

Aula 10: Ética no serviço público. 9.1 Decreto n.º 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal). (02/12) - Prof. Daniel Mesquita.

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Aula 11: Gestão de pessoas. Equilíbrio organizacional. Objetivos, desafios e características da gestão de pessoas. Recrutamento e seleção de pessoas. Objetivos e características. Principais tipos, características, vantagens e desvantagens. Principais técnicas de seleção de pessoas: características, vantagens e desvantagens. Análise e descrição de cargos. Capacitação de pessoas. Gestão de desempenho. (05/12)

Aula 12: Gestão de processos. Conceitos da abordagem por processos. Técnicas de mapeamento, análise e melhoria de processos. Processos e certificação ISO 9000:2000. Noções de estatística aplicada ao controle e à melhoria de processos. (12/12)

Aula 13: Gestão de projetos. Elaboração, análise e avaliação de projetos. Principais características dos modelos de gestão de projetos. Projetos e suas etapas. Comportamento profissional: atitudes no serviço, organização do trabalho, prioridade em serviço. (17/12)

Vamos então para o que interessa, não é mesmo? Hoje veremos o tópico de Evolução da Administração.

UTILIZE O FÓRUM DE DÚVIDAS!

ESTAREMOS LÁ PARA TE AJUDAR!

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Sumário

Evolução da Administração - Teorias Administrativas ......................................... 6 

A Administração Científica ................................................................ 6 

A Teoria Clássica ......................................................................... 10 

Teoria das Relações Humanas ........................................................... 14 

Burocracia ................................................................................. 18 

Teoria Estruturalista ...................................................................... 26 

Teoria dos Sistemas ....................................................................... 27 

Teoria Contingencial ..................................................................... 29 

Questões Comentadas ....................................................................... 32 

Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ....................................................... 47 

Gabarito ........................................................................................ 55 

Bibliografia ..................................................................................... 55 

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Evolução da Administração - Teorias Administrativas

AAdministraçãoCientífica

Com a Revolução Industrial, as relações de trabalho e as condições em que a produção ocorria se transformaram tremendamente. A máquina a vapor proporcionou uma melhoria nos transportes (principalmente os navios a vapor e trens) que permitiu que uma empresa “entregasse” seus produtos para um público cada vez maior e mais distante.

Além disso, este novo maquinário levou a um novo tipo de processo produtivo: a produção em massa. A produtividade e a velocidade de produção foram ampliadas enormemente. A pequena oficina aos poucos deu espaço a grandes indústrias, em que o ambiente de trabalho era insalubre e perigoso, com jornadas de trabalho de mais de doze horas diárias.

E quem eram os operários? A indústria na época contratava, em grande parte, os moradores do campo, que eram atraídos por melhores salários. Assim, estes trabalhadores chegavam às indústrias sem qualificação específica e efetuavam um trabalho basicamente manual (ou “braçal”).

Com isso, existia um ambiente de grande desperdício e baixa eficiência nas indústrias1. O primeiro teórico a buscar mudar esta realidade foi Frederick Taylor.

Nas fábricas, os funcionários faziam seu trabalho de forma empírica, ou seja, na base da tentativa e erro. Os gerentes não estudavam as melhores formas de se trabalhar.

Os funcionários não se comprometiam com os objetivos (de acordo com Taylor, ficavam “vadiando”) e cada um fazia o trabalho como “achava melhor” – não existia assim uma padronização dos processos de trabalho2.

Taylor acreditava que o trabalho poderia ser feito de modo muito mais produtivo3. A Administração Científica buscou, então, a melhoria da eficiência e da produtividade4.

1 (Chiavenato, História da administração: entendendo a administração e sua poderosa influência no mundo moderno, 2009) 2 (Andrade & Amboni, 2011) 3 (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011)

Taylorismo: é sinônimo de

Administração Científica.

Muitos chamam esta teoria pelo nome de seu

principal autor: Frederick

Taylor

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Ele passou a estudar então a “melhor maneira” de se fazer as tarefas. Este trabalho foi chamado de estudo de tempos e movimentos5. O trabalho do operário era analisado e cronometrado, de modo que os gerentes pudessem determinar a maneira mais eficiente – “the one best way” ou a maneira certa de se fazer uma tarefa.

Após a definição do modo mais rápido e fácil de executar uma tarefa (por exemplo, a montagem de uma roda), os funcionários eram treinados para executá-las desta forma – criando assim uma padronização do trabalho.

Esta padronização evitaria a execução de tarefas desnecessárias por parte dos empregados. Tudo isso ajudaria na economia de esforços e evitaria uma rápida fadiga humana. Para Taylor, a Administração Científica deveria analisar os movimentos efetuados pelos trabalhadores para conseguir desenhar um processo com um mínimo de esforço em cada tarefa.

Figura 1 ‐ Contexto da Administração Científica 

Outro aspecto importante foi a divisão do trabalho6. De acordo com os teóricos da Administração Científica, seria muito mais fácil treinar e capacitar um funcionário a executar uma tarefa específica (aparafusar um assento, por exemplo) do que fazer todo o trabalho sozinho (montar uma bicicleta inteira, por exemplo).

4 (Certo & Certo, 2006) 5 (Sobral & Peci, 2008) 6 (Daft, 2005)

IndustrializaçãoIneficiência / Desperdícios

Nova força de trabalho 

desqualificada e barata

Trabalho predominante era braçal

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Este conceito foi a base da linha de montagem – processo produtivo em que a peça a ser feita vai passando de funcionário a funcionário, até que todos tenham montado “sua parte”.

Chamamos isto de especialização. O empregado ficava restrito à uma pequena parte do processo produtivo, de modo que seu treinamento e adaptação à “melhor maneira” (o modo padronizado de se trabalhar) fosse facilitada.

Taylor também buscou aumentar o incentivo ao funcionário. Ele acreditava que a remuneração por hora não trazia nenhum incentivo ao funcionário. Assim, ele indicou o pagamento por produtividade (pagamento por peça, por exemplo) como essencial para que este funcionário buscasse um maior esforço7.

Portanto, Taylor acreditava que o incentivo material levava a uma maior motivação para o trabalho. Isto é foi a base do conceito do “homo economicus”. Ou seja, a ideia de que a principal motivação de uma pessoa no trabalho seria a remuneração (ou benefícios materiais)8.

Entretanto, a Administração Científica pecou por não analisar a organização em todo o seu contexto. Ou seja, só analisava seu ambiente interno e seus problemas e as demandas de produção (ou seja, os problemas do “chão de fábrica”). Assim, não captava toda a complexidade em que a administração estava envolvida.

Desta maneira, dizemos que é uma teoria de sistema fechado (dentro de uma lógica que não vê as inter-relações e influências entre as demais organizações)9. Seria como analisar uma empresa no vácuo, sem imaginar a resposta dos seus concorrentes ao lançamento de um produto, por exemplo.

7 (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011) 8 (Schemerhorn Jr., 2008) 9 (Sobral & Peci, 2008)

Fordismo – seguidor de Taylor, Henry Ford

tornou os carros produtos de

consumo. Ele conseguiu reduzir os

preços através da produção em massa

de produtos padronizados, com

forte mecanização do trabalho.

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Figura 2 ‐ Características da Administração Científica 

Deste modo, dentre as principais críticas à Administração Científica, temos10:

O mecanicismo - a ideia de que a organização funcionaria como uma “máquina” e seus funcionários seriam “engrenagens” que deveriam funcionar no máximo da eficiência;

A superespecialização do trabalhador – se as tarefas mais simples eram mais fáceis de serem treinadas e padronizadas, também tornavam o trabalho extremamente chato! Em pouco tempo o trabalhador já não tinha mais desafios e sua motivação diminuía;

Visão microscópica do homem – a Administração Científica focava principalmente no trabalho manual (não se preocupando com sua criatividade) e se baseava na ideia de que o homem se motivava principalmente por influência dos incentivos materiais (sem atentar para outros fatores, como um ambiente desafiador, por exemplo).

A Abordagem de sistema fechado – Taylor não se preocupou com o ambiente externo – o mercado de trabalho, os concorrentes, os fornecedores etc. Sua visão é voltada para dentro da empresa somente.

A exploração dos empregados – apesar de Taylor propor um relacionamento “ganha-ganha” entre patrões e empregados, na prática a aplicação dos preceitos da

10 (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011)

Administração Científica

Estudo de Tempos e 

Movimentos

Padronização da “melhor maneira”

Divisão do trabalho / 

especialização Incentivos materiais / 

pagamento por produtividade

“Homo Economicus” –

Sistema Fechado

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Administração Científica levou a uma maior exploração dos empregados11.

Recompensas limitadas – para Taylor, o ser humano era motivado apenas por incentivos materiais. Atualmente, sabemos que existem diversos outros fatores que servem de motivadores para as pessoas.

Figura 3 ‐ Problemas da Administração Científica 

ATeoriaClássica

Em um contexto semelhante ao da Administração Científica (pois foram criadas na mesma época), a Teoria Clássica da Administração, desenvolvida por Henri Fayol, buscou a melhoria da eficiência através do foco nas estruturas organizacionais12.

Figura 4 ‐ Contexto da Teoria Clássica 

11 (Andrade & Amboni, 2011) 12 (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011)

Não considerava as forças externas

Baseada em pressupostos materialistas 

Gerava alienação do trabalhador –trabalho é chato!

Grandes Conglomerados

Empresas Verticalizadas e Hierarquizadas

Aumento da Importância da 

função da Administração

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Desta forma, o foco com Fayol saiu das tarefas para a estrutura. Ele tinha uma visão de “cima para baixo” das empresas. Através dos estudos da departamentalização, via os departamentos como partes da estrutura da organização.

Foi, portanto, um dos pioneiros no que se chamou de teóricos fisiologistas da administração. Assim, o escopo do trabalho do administrador foi bastante ampliado dentro da visão de Fayol.

Fayol é considerado o “pai da teoria administrativa”, pois buscou instituir princípios gerais do trabalho de um administrador13. Seu trabalho ainda é (após um século) considerado como relevante para que possamos entender o trabalho de um gestor atual.

O autor definiu seis funções empresariais que as empresas em geral devem conter. As funções seriam: a técnica, a comercial, a financeira, a de segurança, a contábil e a administrativa. Essa última seria a responsável pela coordenação das outras funções14.

Figura 5 ‐ Funções Empresariais por Fayol 

Além disso, Fayol definiu o trabalho de um administrador dentro do que ele chamou de processo administrativo – as funções do administrador. De acordo com Fayol15 elas são:

13 (Certo & Certo, 2006) 14 (Andrade & Amboni, 2011) 15 (Fayol, 1955) apud (Chiavenato, História da administração: entendendo a administração e sua poderosa influência no mundo moderno, 2009)

Administrativa

Técnica

Comercial

FinanceiraSegurança

Contábil

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Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação em médio e longo prazos;

Organizar: constituir a estrutura material e humana para realizar o empreendimento da empresa;

Comandar: dirigir e orientar o pessoal para mantê-lo ativo na empresa;

Coordenar: ligar e harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos;

Controlar: cuidar para que tudo se realize de acordo com os planos da empresa.

Estes seriam elementos que estariam presentes no trabalho de cada administrador, independentemente de seu nível hierárquico. Assim, desde o presidente da empresa como um mero supervisor deveriam desempenhar estas funções em seu dia-a-dia.

A Teoria Clássica também se baseava na mesma premissa do Taylorismo: a de que o homem seria motivado por incentivos materiais, ou seja, o conceito de “homo economicus”.

Além disso, também se preocupava mais com os aspectos internos das organizações, sem analisar as inter-relações e trocas entre a organização e seu ambiente externo. Assim, também era uma teoria de sistema fechado.

De acordo com Fayol, existem quatorze princípios gerais da administração16:

1) Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência;

2) Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência. A responsabilidade é uma consequência natural da autoridade e significa o dever de prestar contas;

3) Disciplina: depende de obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos estabelecidos;

4) Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior;

16 (Fayol, 1955) apud (Chiavenato, História da administração: entendendo a administração e sua poderosa influência no mundo moderno, 2009)

Cuidado – muitas bancas tentam

confundir a Teoria Clássica de Fayol com a abordagem clássica

da Administração. Essa engloba

também a Administração

Científica e a Teoria da Burocracia.

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5) Unidade de direção: uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que tenham o mesmo objetivo;

6) Subordinação dos interesses individuais aos gerais; 7) Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida

satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição;

8) Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização;

9) Cadeia escalar: linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo da hierarquia;

10) Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar;

11) Equidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade dos empregados;

12) Estabilidade do pessoal: a rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da organização;

13) Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente seu sucesso;

14) Espírito de equipe: a harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a organização.

Figura 6 ‐ Características da Teoria Clássica 

Como problemas da Teoria Clássica, podemos citar a falta de preocupação com a organização informal das organizações (só focava na organização formal – linhas de autoridade, descrição de cargos, hierarquia etc.), além de uma ênfase exagerada na centralização, como o princípio da unidade de comando exemplifica. A ideia de uma organização flexível ainda não estava na “agenda”.

Funções da Administração: Prever, Organizar, Comandar, 

Coordenar e Controlar.

14 Princípios da Administração

Foco nos processos internos e visão “Homo economicus”

Foco na Estrutura

Características

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Infelizmente, a Teoria Clássica também não se preocupou muito com os aspectos ligados às pessoas. Temas como: comunicação, motivação, negociação e liderança ainda eram pouco relevantes nestes estudos17.

Este “vácuo” seria ocupado pela Teoria das Relações Humanas.

TeoriadasRelaçõesHumanas

O crescimento das ciências sociais, como a Psicologia, levou a diversos estudos dentro do contexto do homem no trabalho. Além disso, no início da década de 1930 a economia passou por uma grande depressão em todo o mundo. Com a crise, o desemprego cresceu muito.

As más condições de trabalho predominavam na indústria e os conflitos entre trabalhadores e patrões estavam aumentando. Nesta época ocorreram muitas greves e conflitos nas fábricas por todo o mundo. A ideia de que o homem deveria ser uma engrenagem de uma “máquina” passou a não ser mais aceita18.

O Taylorismo começou a ser criticado por não se preocupar com o aspecto humano. Além disso, a produtividade prometida muitas vezes não se concretizou. Neste cenário, a Teoria das Relações Humanas começou a tomar forma.

Assim, a Teoria das Relações Humanas buscou o aumento da produtividade através de uma atenção especial às pessoas. De acordo com seus teóricos, se os gestores entendessem melhor seus funcionários e se “adaptassem” a eles, as suas organizações teriam um maior sucesso19.

Dentre os estudos que impulsionaram esta teoria se destacou o trabalho de um pesquisador de Harvard: Elton Mayo.

17 (Certo & Certo, 2006) 18 (Andrade & Amboni, 2011) 19 (Certo & Certo, 2006)

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Figura 7 ‐ Contexto da Abordagem Humanística 

Este autor desenvolveu uma pesquisa dentro de uma indústria da empresa Western Electric, em Hawthorne. Seu intuito inicial foi o de entender o efeito da iluminação no desempenho humano.

Qual foi a surpresa de Mayo ao descobrir que a mudança na iluminação - seja ela qual for – aumentava a motivação dos empregados. Assim, ele aos poucos foi compreendendo que na verdade o que estava motivando estes funcionários era a atenção dos pesquisadores, não a iluminação em si20.

Estes trabalhadores passaram a se sentir importantes. Passaram a perceber que seu trabalho estava sendo observado e medido por pesquisadores. Com isso, se esforçavam mais. A iluminação em si era um aspecto menor. Já o sentimento de orgulho por fazer um trabalho bem feito era fundamental no aumento da produtividade.

Com estas descobertas, todo o enfoque da administração foi alterado. O foco de um gestor não deveria ser voltado aos aspectos fisiológicos do trabalhador, mas aos aspectos emocionais e psicológicos.

Com esse aparecimento da noção de que a produtividade está ligada ao relacionamento entre as pessoas e o funcionamento dos grupos dentro de uma empresa, nasceu este nova teoria. O conceito que se firmou então foi o de homem social21.

20 (Daft, 2005) 21 (Chiavenato, História da administração: entendendo a administração e sua poderosa influência no mundo moderno, 2009)

Crise no Capitalismo Liberal

Administração Clássica não gerou os resultados prometidos

Conflitos Capital x Trabalho

Impactos de Pesquisas na área da Psicologia (Hawthorne)

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Figura 8 ‐ Experiência de Hawthorne 

De acordo com Sobral22, as conclusões da pesquisa de Hawthorne foram:

A integração social afeta a produtividade – assim, não é capacidade individual de cada funcionário o que define sua produtividade, e sim a sua capacidade social, sua integração no grupo; O comportamento é determinado pelas regras do grupo – os funcionários não agem isoladamente ou no vácuo, mas como membros de um grupo; As organizações são formadas por grupos informais e formais – volta-se o foco para os grupos que existem de modo informal na empresa e que não são relacionados aos cargos e funções. A supervisão mais cooperativa aumenta produtividade – o supervisor mais eficaz é aquele que têm habilidade e capacidade de motivar e liderar seus funcionários em torno dos objetivos da empresa; A autoridade do gerente deve se basear em competências sociais – O gerente deve ser capaz de interagir, motivar e comandar seus funcionários. Apenas ter conhecimento técnico dos métodos de produção não é mais visto como o bastante.

  

22 (Sobral & Peci, 2008)

Hawthorne

• Fábrica da Western Electric

• Equipe de Harvard (Elton Mayo)

Efeito da Iluminação

• Tese era de que aumentando‐se a iluminação elevaria a produtividade

• Vários aspectos foram depois testados.

Conclusão

• Aspectos psicológicos são mais importantes que fisiológicos;

• Produtividade aumentava porque empregadas se sentiam valorizadas

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Figura 9 ‐ Características da Teoria das Relações Humanas 

Desta maneira, a Teoria das Relações Humanas trouxe para o debate a necessidade de se criar um ambiente de trabalho mais desafiador e de se compreender a influência da motivação e dos aspectos de liderança na produtividade das organizações23.

Além disso, as recompensas não poderiam ficar reduzidas aos aspectos materiais. O reconhecimento social é uma força motivadora e um ambiente de trabalho saudável também influencia na produtividade.

Apesar disso, a Teoria das Relações Humanas recebeu muitas críticas24. A primeira delas é a de que permaneceu a análise da organização como se ela existisse no vácuo, sem se relacionar com o “mundo exterior”. Ou seja, a abordagem de sistema fechado se manteve.

A segunda é a de que nem sempre funcionários “felizes” e satisfeitos são produtivos. Ou seja, apenas os aspectos psicológicos e sociais não explicam de todo o fator produtividade.

Outra crítica é a de que existiu uma “negação” do conflito inerente entre os funcionários e a empresa25. Os objetivos individuais são muitas vezes diferentes dos objetivos organizacionais. Este conflito deve ser administrado e não “negado”.

23 (Robbins & Coulter, 1998) 24 (Sobral & Peci, 2008) 25 (Andrade & Amboni, 2011)

Integração social afeta a 

produtividade

Comportamento é determinado pelas regras do grupo

Organizações são formadas por grupos informais  e formais

Supervisão mais cooperativa aumenta 

produtividade

Autoridade do gerente deve se 

basear em competências sociais

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Assim, podemos dizer que a Teoria das Relações Humanas se “esqueceu” dos aspectos técnicos envolvidos na produtividade. O aspecto humano é importante, mas não é a única variável da produtividade e do sucesso de uma organização.

Figura 10 ‐ Problemas da Teoria das Relações Humanas 

Burocracia

O termo “burocracia” é derivado do termo francês “bureau” (significa escritório) e do termo grego “kratia”, que se relaciona a poder ou regra. Desta forma, a burocracia seria um modelo em que o “escritório” ou os servidores públicos de carreira seriam os detentores do poder.

Com a industrialização e a introdução de regimes democráticos no fim do século XIX, as sociedades ficaram cada vez mais complexas. A introdução da máquina a vapor acarretou uma evolução tremenda dos meios de transporte.

Se antes se levavam meses para uma viagem do Brasil para a Europa, por exemplo, uma viagem por meio de navios a vapor passou a ser feita em poucos dias.

O trem a vapor fez a mesma revolução no transporte interno. Desta forma, as notícias passaram a “correr” muito mais rápido e os produtos de cada região puderam passar a ser comercializados em cada vez mais mercados consumidores.

Estes fatores levaram a uma urbanização acelerada, pois as indústrias, agora com máquinas, necessitavam de cada vez mais “braços” para poder produzir em larga escala. Diante do aumento da demanda por

Críticas

Trabalhadores felizes nem sempre são  produtivos!

Prevalece o sistema fechado

Aspectos técnicos são 

negligenciados

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trabalhadores no setor industrial os salários na indústria ficaram melhores do que os do campo.

Desta forma, o êxodo rural (massa de trabalhadores saído do campo e se dirigindo para as cidades em busca de trabalho) foi marcante neste período.

Estas pessoas encontravam na cidade grande uma realidade totalmente diferente da qual estavam acostumadas, pois tinham necessidades que o Estado (que tinha uma filosofia liberal) ainda não estava capacitado para atender. Era o início do que iríamos denominar de “sociedade de massa”.

As empresas e os governos necessitavam de uma administração mais racional e que maximizasse os recursos, além de ter uma maior estabilidade e previsibilidade em suas operações e processos de trabalho.

O Estado, por exemplo, que antes só se preocupava em manter a ordem interna e externa, passou a ter de se organizar cada vez mais para induzir o crescimento econômico, aumentar a infraestrutura do país e para prestar cada vez mais serviços à população.

O Patrimonialismo (modelo de gestão pública em que o patrimônio público se “mesclava” com o privado e as relações se baseavam na confiança e não no mérito) não conseguia mais atender a este novo Estado, que concentrava cada vez mais atividades em sua máquina.

O modelo Burocrático, inspirado por Max Weber, veio então suprir esta necessidade de impor uma administração adequada aos novos desafios do Estado moderno, com o objetivo de combater o nepotismo e a corrupção. Ou seja, uma administração mais racional e impessoal. No caso das grandes empresas, o modelo buscava o aumento consistente da produção, com maior eficiência.

Figura 11 ‐ Contexto da burocracia no setor público 

Desta forma, o modelo burocrático surgiu como uma necessidade histórica baseada em uma sociedade cada vez mais complexa, em que as

Sociedades ficam mais complexas

Patrimonialismo não consegue atender às demandas sociais

Modelo Burocrático é visto como solução mais racional e adequada

O modelo burocrático de Weber tinha

como objetivo uma maior

previsibilidade e padronização do desempenho

dos seus funcionários,

atingindo assim uma maior eficiência.

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demandas sociais cresceram, e havia um ambiente com empresas cada vez maiores, com uma população que buscava uma maior participação nos destinos dos governos. Portanto, não se podia mais “depender” do arbítrio de um só indivíduo.

Uma coisa que devemos ter em mente é que a Burocracia foi uma grande evolução do modelo patrimonialista. Weber concebeu a Burocracia como o modelo mais racional existente, o qual seria mais eficiente na busca dos seus objetivos.

Continuando, as características principais da Burocracia são:

Formalidade – a autoridade deriva de um conjunto de normas e leis, expressamente escritas e detalhadas. O poder do chefe é restrito aos objetivos propostos pela organização e somente é exercido no ambiente de trabalho - não na vida privada. As comunicações internas e externas também são todas padronizadas e formais.

Impessoalidade – Os direitos e deveres são estabelecidos em normas. As regras são aplicadas de forma igual a todos, conforme seu cargo em função na organização. Segundo Weber, a Burocracia deve evitar lidar com elementos humanos, como a raiva, o ódio, o amor, ou seja, as emoções e as irracionalidades. As pessoas devem ser promovidas por mérito, e não por ligações afetivas. O poder é ligado não às pessoas, mas aos cargos – só se tem o poder em decorrência de estar ocupando um cargo.

Profissionalização – As organizações são comandadas por especialistas, remunerados em dinheiro (e não em honrarias, títulos de nobreza, sinecuras, prebendas, etc.), contratados pelo seu mérito e seu conhecimento (e não por alguma relação afetiva ou emocional).

O modelo burocrático, que se caracterizou pela meritocracia na forma de ingresso nas carreiras públicas, mediante concursos públicos, buscou eliminar o hábito arraigado do modelo patrimonialista de ocupar espaço no aparelho do Estado através de trocas de cargos públicos por favores pessoais ao soberano.

Neste modelo, as pessoas seriam nomeadas por seus conhecimentos e habilidades, não por seus laços familiares ou de amizade. Prebendas e sinecuras, características do modelo patrimonialista, ou seja, aquelas situações em que pessoas ocupam funções no governo ganhando uma remuneração em troca de pouco ou nenhum trabalho, são substituídas pelo concurso público e pela noção de carreira.

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Desta forma, o que se busca é a profissionalização do funcionário, sua especialização. De acordo com Weber, cada funcionário deve ser um especialista no seu cargo. Assim, deve ser contratado com base em sua competência técnica e ter um plano de carreira, sendo promovido devido a sua capacidade.

Veja abaixo, em resumo, as características da Burocracia:

Figura 12 ‐ Características da Burocracia 

A impessoalidade no tratamento foi pensada de modo a evitar as emoções nos julgamentos e decisões. Seria, portanto, um modo de alcançar uma isonomia no tratamento das pessoas e uma maior racionalidade na tomada de decisões. Se mal conhecemos nossos funcionários, tenderemos a nos concentrar nos aspectos mais “concretos” dos problemas, não é mesmo?

A comunicação formal ajudaria nisso, pois os canais de transmissão de informações (como os ofícios e memorandos) não abrem espaço para um contato mais íntimo e pessoal. Boatos e “fofocas” não são usualmente escritos em cartas, não é verdade?

Além disso, outra característica importante da burocracia é a noção de hierarquia. Toda a organização é feita de modo hierarquizado, com a autoridade sendo baseada nas normas e leis internas que determinam a competência de cada cargo. Assim, seu chefe tem o poder e a autoridade concedidos a ele por deter um cargo acima do seu. A obediência é ao cargo e não à pessoa26.

26 (Andrade & Amboni, 2011)

Formalidade

• Autoridade é expressa em leis;

• Comunicação é padronizada;

• Controle de Procedimentos.

Impessoalidade

• Isonomia no tratamento;

• Meritocracia;

• Racionalidade;

• Sistema  legal e econômico previsível.

Profissionalismo

• Comando é dos especialistas;

• Remuneração em dinheiro;

• Administrador é especialista ‐ noção de carreira;

• Hierarquia.

Cuidado – as bancas

normalmente tentam

confundir o modelo ideal da Burocracia de Weber com

seus problemas ou disfunções

na prática!

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Portanto, as organizações são estruturadas em vários níveis hierárquicos, em que o nível de cima controla o de baixo. É o que chamamos de estrutura verticalizada, na qual as decisões são tomadas na cúpula (topo da hierarquia ou nível estratégico).

Esta situação acaba gerando uma demora na tomada de decisões e no fluxo de informações dentro da organização!

Dentre as principais vantagens que a Burocracia trouxe, podemos citar: o predomínio de uma lógica científica sobre uma lógica da intuição, do “achismo”; a redução dos favoritismos e das práticas clientelistas; uma mentalidade mais democrática, que possibilitou igualdade de oportunidades e tratamento baseado em leis e regras aplicáveis a todos.

Hoje em dia, o termo Burocracia virou sinônimo de ineficiência e lentidão, pois conhecemos os defeitos do modelo (que chamamos de disfunções da Burocracia), mas ele foi um passo adiante na sua época!

Na Burocracia, existe uma desconfiança extrema em relação às pessoas, portanto são desenvolvidos controles dos processos e dos procedimentos, de forma a evitar os desvios.

Ou seja, os funcionários têm pouca discricionariedade, ou liberdade de escolha da melhor estratégia para resolver um problema ou atender seus clientes! Tudo é padronizado, é manualizado! Com isso, os servidores passam a se preocupar mais em seguir regulamentos do que atingir bons resultados.

Olhe como este tema já foi cobrado:

1 - (FCC – MP/SE – ADMINISTRADOR – 2009) NÃO constitui característica do modelo de Administração Pública Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber,

(A) ênfase na ideia de carreira e profissionalização do corpo funcional público.

(B) estrutura hierárquica fortemente verticalizada, impessoalidade e formalismo.

(C) rigidez do controle dos processos, com predominância do controle da legalidade como critério de avaliação da ação administrativa (due process).

(D) rotinas e procedimentos segundo regras definidas a priori, em detrimento da avaliação por resultados.

(E) utilização de critérios eminentemente políticos para contratação e promoção de funcionários, em detrimento da avaliação por mérito.

 

Esta questão pede a alternativa incorreta, portanto temos uma boa ideia do que a FCC considera correto para o modelo burocrático. A

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alternativa A descreve um dos pilares da burocracia, que é o profissionalismo, ou seja, a noção de que o servidor do Estado deve ser um especialista.

Este servidor deve então ser remunerado em dinheiro (e não em favores ou honrarias, como acontecia na época da Monarquia) e teria seu ingresso e sua progressão na carreira através da meritocracia, ou seja, por meio do resultado de seu trabalho, e não de algum favoritismo ou amizade de alguém poderoso.

A alternativa B também está correta, e aborda princípios que são importantes na burocracia, como a impessoalidade (todos são tratados de acordo com as regras e normas que valem a todos), o formalismo (o próprio sistema de regras e normas que regula as organizações) e a hierarquia.

A alternativa C aborda outra característica da Burocracia, o controle “a priori” ou por procedimentos. A teoria da burocracia se baseia em uma desconfiança no papel das pessoas na organização, portanto todos os processos são formalizados, de forma a deixar pouca discricionariedade ao gestor público, ou seja, o servidor público tem diversas regras a seguir e será avaliado por elas.

Esta característica da burocracia (controle de procedimentos) criou então uma cultura legalista, em que o servidor se preocupa mais em cumprir regras e regulamentos, e menos em prestar um serviço de qualidade e em atingir resultados superiores. A alternativa D toca neste mesmo ponto, e também está correta.

O gabarito é mesmo a alternativa E, pois é a meritocracia que se relaciona com a teoria da burocracia e não as nomeações por critérios políticos. Já até sei o que você está pensando! Mas professor, e todas estas nomeações de políticos para cargos no governo? Pessoal, estas são características ainda persistentes do patrimonialismo em nosso sistema administrativo, e não características do modelo “puro” da burocracia, ok?

No nosso contexto atual, temos ainda aspectos presentes que são heranças do patrimonialismo (nomeações em cargos de confiança), aspectos da teoria da burocracia (concursos públicos e noção de carreira, entre outros) e aspectos do modelo gerencial, que veremos a seguir.

Além disso, é importante não confundir a Teoria da Burocracia, ou seu modelo “puro”, com os problemas que a Burocracia causou – o que chamamos de disfunções da Burocracia. Normalmente a banca citará uma “disfunção” da burocracia e dirá que é uma característica da Teoria da Burocracia.

No caso da questão acima, as nomeações sem base no mérito realmente ocorrem. Sabemos que é um dos problemas da Administração Pública na prática, mas não faz parte da teoria da Burocracia, ou seja, do modelo idealizado por Weber!

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Portanto, vocês devem entender que nenhum modelo existiu isoladamente, mas que conviveram e convivem juntos.

O modelo de gestão pública buscado no momento é o gerencial, mas ainda é muito forte a presença do modelo burocrático e, infelizmente, do próprio modelo patrimonialista na administração pública brasileira. Ou seja, nunca aplicamos o modelo “puro” da burocracia weberiana. Preste atenção, pois as bancas costumam cobrar muito isso.

Veja o texto abaixo do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, de 199527, documento muito importante e que recomendo a leitura a todos que queiram se aprofundar no tema das reformas administrativas no Brasil. O texto original é esse:

“A administração pública brasileira, embora marcada pela cultura burocrática e regida pelo princípio do mérito profissional, não chegou a se consolidar, no conjunto, como uma burocracia profissional nos moldes weberianos. Formaram-se grupos de reconhecida competência, como é o caso das carreiras acima descritas, bem como em áreas da administração indireta, mas os concursos jamais foram rotinizados e o valor de sua remuneração real variou intensamente em função de políticas salariais instáveis. Os instrumentos de seleção, avaliação, promoção e treinamento que deram suporte a esse modelo estão superados.”

O que fica claro é que o nosso modelo ainda guarda práticas e costumes patrimonialistas, e o próprio modelo burocrático hoje não é mais visto como adequado aos novos desafios da administração pública.

Portanto, temos hoje um modelo ainda muito baseado na Burocracia, mas com resquícios de clientelismo e patrimonialismo, e alguns setores que já aplicam a administração gerencial. Não aplicamos o modelo “puro” de Weber.

As principais disfunções da Burocracia são:

Dificuldade de resposta às mudanças no meio externo – visão voltada excessivamente para as questões internas (sistema fechado, ou seja, autoreferente, com a preocupação não nas necessidades dos clientes, mas nas necessidades internas da própria burocracia).

27 (Gonçalves, 2000)

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Rigidez e apreço extremo às regras – o controle é sobre procedimentos e não sobre resultados, levando à falta de criatividade e ineficiências.

Perda da visão global da organização – a divisão de trabalho pode levar a que os funcionários não tenham mais a compreensão da importância de seu trabalho nem quais são as necessidades dos clientes.

Lentidão no processo decisório – hierarquia, formalidade e falta de confiança nos funcionários levam a uma demora na tomada de decisões importantes.

Excessiva formalização – em um ambiente de mudanças rápidas não se consegue padronizar e formalizar todos os procedimentos e tarefas, gerando uma dificuldade da organização de se adaptar a novas demandas. A formalização também dificulta o fluxo de informações dentro da empresa.

Podemos resumir as principais disfunções ou problemas do modelo burocrático no quadro abaixo:

 

Figura 13 ‐ disfunções da Burocracia 

Disfunções da 

Burocracia

Perda da Noção Global

Lentidão na comunicação e 

processo decisório 

Formalização Excessiva

Preocupação com as regras e 

não com resultado

Rigidez e falta de inovação

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TeoriaEstruturalista

A Teoria Estruturalista veio como uma crítica tanto às teorias clássicas quanto à Teoria das Relações Humanas. Um de seus mais importantes teóricos, Amitai Etzione28, considerava a organização como “um complexo de grupos sociais cujos interesses podem ou não ser conflitantes”.

Desta maneira, esta teoria buscou “complementar” ou sintetizar as teorias anteriores (clássicas e humanas), pois acredita que estas focavam apenas em partes do todo. Assim, a ideia principal foi considerar a organização em todos os aspectos como uma só estrutura – integrando todas as “visões” anteriores29.

Assim, um aspecto importante foi a busca de uma analise tanto da organização formal (abordada na teoria clássica) quanto da informal (abordada na teoria das relações humanas). Desta maneira, deveria existir um equilíbrio destas duas visões30.

Para os estruturalistas, a sociedade moderna seria uma sociedade de organizações. O homem dependeria destas organizações para tudo e nestas cumpriria uma série de “papéis” diferentes31.

Assim, apareceu o conceito de homem organizacional32. Seria o homem que desempenha diversos papéis nas diversas organizações.

Outro conceito foi trazido por Gouldner33: as diferentes concepções das organizações. Para este autor, existiria o modelo racional e o modelo natural de organização.

O modelo racional seria baseado no controle e no planejamento. A ideia era a de um sistema fechado, com pouca incerteza e preocupação para com o “mundo externo” à organização.

O outro modelo era o natural. Neste, existe a noção de que a realidade é incerta e de que a organização é um conjunto de órgãos inter-relacionados e que são interdepentes. Assim, é um modelo que se preocupa com as “trocas” com o ambiente externo, ou seja, um modelo de sistema aberto.

28 (Etzione) apud (Lima, 2005) 29 (Lima, 2005) 30 (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011) 31 (Presthus, 1965) apud (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011) 32 (White Jr., 1966) apud (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011) 33 (Gouldner) apud (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011)

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TeoriadosSistemas

A Teoria dos Sistemas na Administração - TGS foi derivada do trabalho do biólogo Ludwig Von Bertalanffy. Este teórico criou então a TGS, que buscou ser uma teoria que integrasse todas as áreas do conhecimento34.

Um sistema, de acordo com Bertalanffy, é um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas para alcançar um propósito ou objetivo35.

Assim, a Teoria dos Sistemas acolheu o conceito no qual as organizações são sistemas abertos, ou seja, de que trocam continuamente energia (ou matéria-prima, informações, etc.) com o meio ambiente.

Portanto, não podemos entender uma organização sem saber o contexto em que ela opera. Do mesmo modo, uma organização é a soma de suas partes (gerência de marketing, gerência de finanças, etc.) e uma área depende da outra – o conceito de interdependência.

Ou seja, não adianta nada uma área da empresa se sair muito bem (área de vendas, por exemplo) se outra área está tendo dificuldades (produção, por exemplo). No caso citado, a empresa perderia os clientes por não conseguir cumprir com as vendas efetuadas.

Desta forma, o administrador deve ter uma visão do todo! De como as áreas da organização interagem e quais são as interdependências.

34 (Chiavenato, História da administração: entendendo a administração e sua poderosa influência no mundo moderno, 2009) 35 (Bertalanffy, 1975) apud (Chiavenato, História da administração: entendendo a administração e sua poderosa influência no mundo moderno, 2009)

Fique Atento: Atualmente, as

organizações são vistas como sistemas abertos

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Figura 14 ‐ Características da Teoria dos Sistemas 

Os principais conceitos da teoria dos sistemas são:

Entrada – se relaciona com tudo o que o sistema recebe do ambiente externo para poder funcionar;

Saída – é o que o sistema produz. Uma saída pode ser: energia, uma informação, um produto, etc.;

Feedback – é o retorno sobre o que foi produzido, de modo que o sistema possa se corrigir ou modificar;

Caixa preta – se relaciona com um sistema em que o “interior” não é facilmente acessível (como o corpo humano, por exemplo). Assim, só temos acesso aos elementos de entrada e saída para sabermos como ele funciona.

Veja outros conceitos importantes no gráfico abaixo:

Figura 15 ‐ Conceitos da Teoria dos Sistemas 

Organizações são sistemas abertos

Organização é sistema complexo, com partes inter‐relacionadas

Compreensão acerca da interdependência

Organização está em constante interação com meio ambiente

Teoria dos Sistemas

Feedback –Retroalimentação, controle 

dos resultados;

Sinergia – O todo é maior do que a soma das partes;

Holismo – O sistema é um todo. Mudança em uma 

parte afeta as outras partes;

Homeostase – O sistema busca o equilíbrio;

Equifinalidade – objetivos podem ser alcançados de várias maneiras, não existe 

um único modo.

Entropia – Tendência de qualquer sistema de se 

desintegrar;

Entropia Negativa – recarga de “energia” e recursos no sistema, 

evitando a desintegração;

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TeoriaContingencial

Para a Teoria da Contingência, não existe uma “fórmula mágica” para se resolver os problemas das organizações. Cada situação pede uma resposta diferente. Assim, tudo é relativo. Tudo depende.

Ou seja, antes que um administrador possa determinar qual é o “caminho” correto para uma empresa, é necessária uma análise ambiental. Assim, dependendo da situação da empresa, sua estratégia ou a tecnologia envolvida, o “caminho” será de uma maneira ou de outra.

Estes fatores principais - como o tamanho da empresa e seu ambiente - são considerados contingências, que devem ser analisadas antes de se determinar um curso de ação. Portanto, não existe mais a “melhor maneira” de se administrar uma organização.

Do mesmo modo, esta teoria postula que existem varias maneiras de se alcançar um objetivo. O que um gestor deve buscar é um ajuste constante entre a organização e seu meio, suas contingências36.

Figura 16 ‐ Características da Teoria Contingencial 

Dentre estas contingências importantes, Sobral37 cita: o ambiente interno e externo, a tecnologia, o tamanho e o tipo de tarefa.

36 (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011) 37 (Sobral & Peci, 2008)

Não existe maneira ideal de administrar

Existe mais de um modo de alcançar objetivos

Cabe ao gestor avaliar contingências e escolher o melhor caminho

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Figura 17 ‐ Alguns fatores importantes 

Uma conseqüência prática destas idéias no mundo organizacional foi a tendência das organizações se tornarem mais flexíveis (para que possam reagir mais rápido às mudanças no ambiente).

Dentre os novos modelos adotados, temos as organizações em rede. Estas são muito mais flexíveis e dependem de uma nova visão.

De acordo com Motta38, o ambiente é uma rede formada por diversas organizações interligadas. Desta forma, o mercado automobilístico é formado por diversas montadoras, oficinas, seguradoras, fábricas de peças etc.

Além disso, a própria organização é composta por diversas redes sociais internas. Os diversos departamentos e áreas são dependentes uns dos outros. Como estas áreas ou grupos estão sempre em contato, seus membros recebem uma pressão ou influência que é derivada deste contato.

Portanto, as diversas decisões dos atores sociais devem ser entendidas dentro destas pressões que recebem e das relações de poder internas e externas39. Ou seja, como dizemos no “popular”: temos de “calçar o sapato” do outro para entender suas decisões.

Nas organizações em rede, em vez da empresa “verticalizar” sua produção e “fazer tudo sozinha” - como comprar uma indústria e contratar funcionários - faz um contrato com um parceiro que passa a cumprir esta função.

Desta forma, a organização em rede “troca” o controle hierárquico da produção para a gestão de contratos de parceria. Assim, se a demanda muda e o produto não é mais desejado pelos clientes, a mudança

38 (Motta & Vasconcelos, 2004) 39 (Motta & Vasconcelos, 2004)

Tamanho

Tarefas

Tecnologias

Ambiente Externo e Interno

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estratégica é mais fácil (fica mais fácil cancelar um contrato do que demitir milhares de funcionários, não é verdade?).

Entretanto, apesar desta teoria acertar ao identificar a realidade e a complexidade da atuação das organizações atualmente, acaba “caindo” em um relativismo exagerado.

Ou seja, para a Teoria da Contingência tudo depende! Desta maneira, não existem prescrições que possam ser generalizadas. Cada caso será sempre um caso específico e que deve ser analisado dentro de seu contexto.

Além disso, as contingências que influenciam a situação de uma organização são, muitas vezes, inúmeras. Ou seja, a definição do “caminho” a ser seguido por uma empresa pode ser um trabalho bastante complexo.

Figura 18 ‐ Críticas à Teoria da Contingência 

Vamos ver agora uma questão?

2 - (ESAF – MPOG / APO – 2010) O estudo da evolução do pensamento administrativo permite concluir, acertadamente, que:

a) as Teorias Científica e das Relações Humanas são abordagens de sistemas abertos.

b) a Teoria das Relações Humanas despreza os objetivos organizacionais.

c) a Teoria da Contingência enfatiza a importância da tecnologia e do ambiente.

d) as Teorias Estruturalista e dos Sistemas refletem uma abordagem prescritiva e normativa.

e) a Teoria Comportamental concebe o funcionário como um ‘homem social’.

A primeira alternativa está errada, pois estas teorias são abordagens de sistema fechado, ou seja, não se preocupam com o ambiente externo e seu impacto na organização.

Relativismo – Tudo depende

Existem diversas contingências que podem influenciar a Administração

Felipe Littiere
Realce
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A letra B também é absurda, pois a Teoria das Relações Humanas não despreza os objetivos organizacionais. Ela apenas tem um “novo caminho” para que estes objetivos sejam alcançados.

A letra C está perfeita e é o nosso gabarito. A Teoria da Contingência realmente vê a tecnologia e o ambiente como fatores importantes. Entretanto, a letra D está incorreta, pois estas teorias têm uma abordagem descritiva e explicativa.

Já a letra E inverte os conceitos. A teoria relacionada com o homem social é a Teoria das Relações Humanas. A Teoria Comportamental é relacionada com o homem administrativo. Assim, o nosso gabarito é mesmo a letra C.

Questões Comentadas

3 - (CESPE – UNIPAMPA/ ADMINISTRADOR – 2009) O fato de os empregados desenvolverem sua própria maneira de executar as tarefas constitui quadro similar ao preconizado pela teoria da administração científica que defende a autonomia e iniciativa dos colaboradores na realização de suas atividades.

A Administração Científica, lançada por Frederick Taylor, se caracterizava exatamente por desenhar uma “melhor” maneira de executar uma tarefa. Através dos estudos de tempos e movimentos, se chegava a uma maneira “ideal” de fazer algum trabalho, que era então padronizada.

Esta concepção veio exatamente lidar com o problema de cada um fazer o trabalho da maneira que achava melhor, levando a uma perda de tempo e esforço físico. O gabarito é questão errada.

4 - (CESPE – UNIPAMPA/ ADMINISTRADOR – 2009) De acordo com a teoria da administração científica, o administrador terá um papel primordial na otimização das tarefas desenvolvidas pelos empregados.

Beleza. A tarefa do administrador na Administração Científica era exatamente focar nas tarefas (como o trabalho era executado na linha de montagem, por exemplo), de maneira que o trabalho fosse mais eficiente, gerando benefícios para os trabalhadores e os patrões. O gabarito é questão correta.

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5 - (CESPE – UNIPAMPA/ ADMINISTRADOR – 2009) Caso dê ênfase à estrutura, o administrador se pautará nos pressupostos da teoria clássica, que teve Henry Fayol como um de seus representantes.

Diferentemente de Taylor, que focava seus estudos nas tarefas, Fayol baseou seu trabalho nas estruturas das organizações. Foi Fayol quem primeiro analisou o que se chamou de processo administrativo. O gabarito é questão correta.

6 - (CESPE – UNIPAMPA/ ADMINISTRADOR – 2009) Ao valorizar a meritocracia como forma de promoção, o administrador estará se pautando na teoria da burocracia.

Ótimo. Um dos princípios da Burocracia é exatamente a meritocracia. Normalmente só nos lembramos das disfunções da Burocracia, como o excesso de formalismo, a excessiva rigidez, o foco em procedimentos e não em resultados, etc. Mas é importante ter em mente estes princípios, pois são bastante cobrados. O gabarito é questão certa.

7 - (CESPE – MTE / ADMINISTRAÇÃO – 2008) Na teoria da contingência, são enfatizados modelos organizacionais mais flexíveis e orgânicos, como a estrutura em redes.

Perfeito. Se as contingências devem ser observadas e o ambiente externo muda constantemente, a organização deve ser flexível e ágil para se adaptar às mudanças. O gabarito é questão correta.

8 - (CESPE – TCU /ACE – 2008) Atualmente, não há mais espaço para a utilização da teoria proposta por Taylor, em nenhum de seus aspectos.

Esta afirmativa tem caído de vez em quando nos concursos do Cespe. Muitos princípios de Taylor ainda são utilizados na administração atual. Faça uma visita a algum McDonalds que verá a divisão do trabalho em ação, por exemplo. O gabarito é questão errada.

9 - (CESPE – TCU /ACE – 2008) De acordo com o texto em apreço, a busca por maior eficiência e produtividade nas organizações é uma tônica em diversas teorias da administração. Nesse sentido,

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uma das vantagens destacadas por Max Weber na abordagem burocrática é a rapidez nas decisões.

Nesta questão, o candidato deve se lembrar de que Weber acreditava em que a Burocracia era o modelo mais eficiente e eficaz. Assim, com base na teoria da Burocracia, ou seja, seu modelo ideal, uma organização em seus moldes teria sim uma rapidez nas decisões.

Com o tempo, vimos que as organizações burocráticas acabaram não tendo esta rapidez - o que chamamos de disfunções da burocracia. Mas a questão pede o entendimento do que Weber disse, não é verdade? Assim, a frase está correta.

10 - (CESPE – TCU /ACE – 2008) A abordagem contingencial abarca as contribuições de todas as demais abordagens que a antecederam, principalmente da abordagem clássica no que tange à constatação da existência de princípios universais que podem ser aplicados nos diversos níveis da organização.

A "pegadinha" da questão se relaciona com o fato de que a teoria da contingência não prega a existência de princípios universais, ou seja, que funcionariam para diversas organizações distintas, ou níveis distintos da mesma organização.

Para esta teoria, "tudo depende". Depende do quê? Das contingências do ambiente interno e externo. Não existe uma "receita de bolo". O gabarito é, assim, questão errada.

11 - (CESPE – TCU /ACE – 2008) A liderança centrada nas pessoas foi uma preocupação teórica de Taylor, que defendia a idéia de que resultados só podiam ser obtidos por intermédio das pessoas.

Taylor focava suas atenções na tarefa, nas atividades. O seu foco não era nas pessoas. Isto só ocorreu a partir da Teoria das Relações Humanas. O gabarito é questão errada.

12 - (CESPE – MIN. ESPORTE - ADMINISTRADOR – 2008) Segundo a abordagem de sistemas, as organizações são sistemas fechados, compostos de partes inter-relacionadas e interdependentes que funcionam como um todo, tendo o objetivo de alcançar metas comuns.

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Segundo a teoria dos sistemas, as organizações devem ser vistas como sistemas abertos, e não fechados! Sistemas abertos são aqueles que interagem com o ambiente externo (clientes, fornecedores, governo, etc.). O resto da frase está correto, ou seja, a organização é um sistema complexo, sendo composto por diversas partes interdependentes. O gabarito é questão incorreta.

13 - (CESPE – MTE / ADMINISTRAÇÃO – 2008) O gestor público que se preocupa em eliminar o desperdício de esforço desenvolvido pelos demais colaboradores, procurando racionalizar as tarefas e eliminar os movimentos inúteis, adota pressupostos coerentes com a abordagem clássica da administração.

Esta é uma questão que tem uma pegadinha recorrente. Muitos alunos confundem a Teoria Clássica de Fayol com a Administração Científica de Taylor. Como já devem ter estudado, Fayol tinha o foco na estrutura e Taylor focava nas tarefas.

Entretanto, ambas as teorias são consideradas partes do que se chama Abordagem Clássica. Ou seja, a Teoria Clássica e a Administração Científica são classificadas como inseridas na Abordagem Clássica da Administração.

Desta forma, a questão aborda aspectos da Administração Científica, como a busca da racionalização das tarefas e eliminação dos movimentos inúteis (estudo dos tempos e movimentos - ETM). Como a Administração Científica está inserida na abordagem clássica, a questão está correta.

14 - (CESPE – MTE / ADMINISTRAÇÃO – 2008) Um marco na abordagem clássica da administração foi a experiência de Hawthorne, que buscou enfatizar a importância das condições do

Abordagem Clássica

Administração Científica

Teoria Clássica

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ambiente de trabalho para obter a maior eficiência e racionalização das tarefas.

O estudo de Hawthorne não buscou obter uma maior racionalização das tarefas. Este foi um dos objetivos da Administração Científica de Taylor, não da Teoria das Relações Humanas (em que está inserida a experiência de Hawthorne).

Os estudos de Hawthorne analisaram fatores que pudessem aumentar a produtividade dos trabalhadores40. Os autores concluíram que a produtividade era atrelada a um melhor tratamento dos funcionários, ao funcionamento dos grupos dentro das organizações e aos aspectos psicológicos dos trabalhadores.

Desta forma, os aspectos psicológicos seriam mais importantes do que os fisiológicos. O gabarito é questão incorreta.

15 - (CESPE – MTE / ADMINISTRAÇÃO – 2008) Segundo a teoria de sistemas, as funções de um sistema independem de sua estrutura.

Para a Teoria dos Sistemas, as funções de um sistema dependem de sua estrutura. Esta é uma das características básicas da Teoria dos Sistemas.

Uma empresa gigante, com operações em diversos países, deve se organizar de modo diferente do que uma pequena empresa, não é verdade? O gabarito é questão incorreta.

Questões Extras

16 - (CESGRANRIO – BNDES - ADMINISTRAÇÃO – 2008) Desde os primórdios da administração, especificamente da administração científica de Taylor, as organizações tiveram que se adaptar a movimentos de constantes flutuações em suas gestões. Em seu “estudo de tempos e movimentos”, Taylor analisava as unidades básicas de trabalho de cada indivíduo. Partindo-se dessa premissa, a validade dos estudos de tempos e movimentos se dá pela

40 (Daft, 2005)

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(A) observação das ações e da forma como elas são executadas na produção.

(B) complementação de tarefas, verificando as que são adequadas às novas realidades da empresa.

(C) implementação de novas técnicas de trabalho na produção.

(D) participação ativa de cada funcionário no processo produtivo.

(E) combinação de valores individuais no processo produtivo.

Taylor analisava cientificamente cada movimento dos funcionários na execução de uma tarefa. Isto o possibilitava “construir” um modo de trabalho que poupasse tempo e esforço dos trabalhadores. Assim, a letra A está correta e é o nosso gabarito.

17 - (FUNIVERSA – MTUR – ADMINISTRADOR – 2010) Assinale a alternativa que apresenta uma das diferenças entre as teorias clássicas e as das relações humanas.

a) A estrutura das teorias das relações humanas era mecanicista e impessoal.

b) O comportamento na organização, segundo as teorias clássicas, era produto de sentimentos e atitudes.

c) O foco estudado nas teorias clássicas foi o trabalho e as necessidades econômicas dos trabalhadores.

d) A ênfase na segurança pessoal e nas necessidades sociais dos trabalhadores para o alcance das metas organizacionais foi analisada nas teorias clássicas da administração.

e) Empregados felizes, que buscavam produzir mais, foram resultados obtidos nas teorias clássicas da administração.

A Teoria das Relações Humanas não era impessoal, pelo contrário. Nesta teoria é que apareceu a preocupação com as pessoas no contexto do trabalho.

Já a segunda frase inverteu o conceito, pois esta era uma preocupação da Teoria das RH, não das teorias clássicas. Já a letra C está perfeita e é o nosso gabarito.

Entretanto, a letra D também inverteu o conceito, pois esta ênfase apareceu na Teoria das Relações Humanas. O mesmo ocorre na letra E. Portanto, o nosso gabarito é mesmo a letra C.

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18 - (CESPE – MDS / ADMINISTRADOR – 2006) Impessoalidade, hierarquia, flexibilização de procedimentos, especialização e ênfase nos controles são características dos modelos das organizações burocrático de gestão.

A frase está quase toda correta, mas não é característica da Burocracia a flexibilização de procedimentos! Muito pelo contrário. Na Burocracia, não existe confiança nos funcionários. Portanto, os procedimentos são detalhados, de forma que os indivíduos tenham de seguir “à risca” seus passos. Assim, a frase está errada.

19 - (ESAF – STN / DESENV. INSTITUCIONAL – 2008) Vista como uma forma de organização que se baseia na racionalidade, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos como forma de se garantir a máxima eficiência possível, a Burocracia se caracteriza por encampar os seguintes atributos, exceto:

a) impessoalidade nas relações.

b) competência técnica e meritocracia.

c) informalidade das normas e regulamentos.

d) hierarquia da autoridade.

e) completa previsibilidade do comportamento.

Questão bem tranquila da ESAF. Todas as alternativas estão corretas, menos a letra C. A Burocracia se caracteriza por uma grande formalidade (e não informalidade) das normas e regulamentos. Este é, portanto, o nosso gabarito.

20 - (FCC – ALESP/SP – GESTÃO PROJETOS – 2010) Com relação à administração pública burocrática considere.

I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista.

II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a profissionalização, ou seja, a idéia de carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo.

III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles, administradores públicos, dirigem demandas.

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IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do funcionário; voltando-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade.

V. A administração burocrática tem como principal qualidade a efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência do Estado.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II.

(B) I, II, III e V.

(C) II, III e IV.

(D) II e V.

(E) III, IV e V.

 

A primeira frase está correta, pois descreve o contexto em que a teoria da burocracia foi criada por Max Weber. A criação deste modelo burocrático ocorreu no final do século XIX e buscava um meio mais racional e eficiente para gerir as organizações do que o patrimonialismo (que tinha como defeito a tendência à corrupção e ao nepotismo – nomeação de parentes para cargos públicos).

A segunda frase está igualmente correta, descrevendo os princípios da burocracia, que já vimos anteriormente. Entretanto, a terceira frase está incorreta, pois não existe essa confiança prévia nos servidores públicos. Muito pelo contrário!

Na hora em que se imagina que seja necessário manualizar todos os processos, de forma a reduzir ao máximo a liberdade que o administrador terá para fazer seu trabalho, já existe uma idéia de desconfiança em seu trabalho, não é mesmo?

A quarta frase está incorreta por um único detalhe. A banca se baseou em um texto de Chiavenato, que em sua obra Administração Geral e Pública41 menciona: “Na administração pública burocrática, o controle pode transformar-se na própria razão de ser do ESTADO, voltando-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade.”

Assim, a banca trocou Estado por funcionário e considerou a frase incorreta. Acho esta uma questão bastante maldosa. Além disso, o controle deve sempre existir. O que ocorre na burocracia é que existe um

41 (Chiavenato, Administração Geral e Pública, 2008)

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controle prévio, de procedimentos ou “a priori”, e não um controle de resultados, ou “a posteriori”.

Finalmente, a quinta frase também está incorreta. A burocracia não se distingue por sua efetividade, ou seja, a capacidade de atingir os efeitos e impactos desejados na sociedade.

Normalmente, a burocracia, por sua cultura legalista, acaba sendo mais voltada às necessidades de sua máquina do que às necessidades de seus clientes. É o que chamamos de organização autorreferida, ou seja, que se preocupa mais com os problemas internos do que com sua missão e seus objetivos.

Desta forma, as únicas frases corretas são a I e a II. Assim, o gabarito é letra A.

21 - (CESGRANRIO – FUNASA - ADMINISTRADOR – 2009) Uma das principais características das organizações é sua capacidade de perseguir permanentemente “um equilíbrio dinâmico”, a partir da capacidade dos sistemas manterem certas variáveis dentro de limites, ainda que estímulos externos as forcem a assumir valores que ultrapassem estes limites. Nesta perspectiva, ocorrem ações de autorregulação ou autocontrole que conduzem à tendência dos sistemas à adaptação, em busca de equilíbrio interno, face às mudanças externas do meio ambiente. Esta característica é denominada

A) entropia.

B) feedback.

C) homeostase.

D) morfogênese.

E) entropia negativa.

O conceito da teoria de sistemas que se relaciona com a característica de um sistema buscar o seu equilíbrio é a homeostase. Como exemplo de homeostase, podemos citar o fato de suarmos quando estamos com calor (nosso corpo busca reduzir a temperatura). O gabarito é a letra C.

22 - (ESAF – STN / DESENV. INSTITUCIONAL – 2005) “A teoria da Contingência enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo.” (Chiavenato, 2000:585)

Selecione a opção que expressa corretamente o significado da afirmativa acima.

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a) Contingência significa algo previsível que não depende de circunstâncias sócio-políticas, portanto o diagnóstico do ambiente e a escolha de uma tecnologia determinam o desenho organizacional.

b) Esta teoria surgiu a partir de pesquisas feitas no chão de fábricas para verificar os processos produtivos mais eficazes, cujo resultado conduziu à concepção de que a estrutura funcional é a melhor forma de organizar o trabalho.

c) Contingência significa uma relação de causa-e-efeito que permite prever o desenho organizacional e as estratégias de mercado a serem implantadas, de modo a garantir maior eficiência organizacional.

d) Esta teoria surgiu a partir de pesquisas feitas em empresas para verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficientes, cujo resultado conduziu à concepção de um modelo de diagnóstico organizacional.

e) Esta teoria surgiu a partir de pesquisas feitas em empresas para verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes, cujo resultado conduziu à concepção de que a estrutura da organização é dependente do ambiente externo.

A letra A está incorreta. Uma contingência não é previsível. Contingência se relaciona com o incerto, não com o previsível. A letra B também está errada, pois seria mais próxima da Administração Cientifica de Taylor.

Na letra C, não existe esta relação de causa-e-efeito na Teoria da Contingência. O que existe é uma relação de “se-então” entre as variáveis externas e internas.

Com relação à letra D, a origem da Teoria das Contingências realmente buscou os modelos de estruturas organizacionais mais eficientes. Entretanto, a conclusão foi a de que não existe uma “solução única” para todas as empresas, pois dependeria das diversas variáveis externas. Já a letra E está correta e é o nosso gabarito.

23 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2009) Conhecer a evolução do pensamento administrativo, bem como de suas teorias e abordagens, permite concluir, acertadamente, que:

a) a resolução de problemas organizacionais pode ser tentada pela aplicação conjunta de várias Teorias Administrativas, ainda que suas abordagens sejam, à primeira vista, antagônicas.

b) como ciência, a Administração independe de outras ciências.

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c) ao enfatizar as tarefas, a abordagem burocrática enrijece a organização, afastando-a de seus objetivos.

d) a Teoria Clássica da Administração possui apenas valor histórico e referencial, não sendo aplicável em nossos dias.

e) a cultura de uma organização é determinada por sua estrutura, sendo pouco afetada pelos valores e crenças das pessoas que a integram.

A letra A está correta, pois na resolução de um problema podemos utilizar “conceitos” de teorias diferentes. O conhecimento das diversas teorias é interessante até mesmo por isso.

Já a letra B é, obviamente, incorreta. A Administração é relacionada com diversas outras ciências, como: Psicologia, Economia, Sociologia, etc.

Na letra C a ESAF colocou uma “pegadinha”, pois o foco nas tarefas ocorreu na Administração Científica, e não na teoria da burocracia.

A letra D contradiz a letra A e está errada. A teoria clássica ainda é válida, em certos aspectos, para os dias atuais. A letra E está também incorreta, pois a cultura é baseada nos valores e crenças das pessoas que a integram. O gabarito é, assim, a letra A.

24 - (FCC – BAHIAGAS – ADMINISTRADOR – 2010) Na administração do Estado moderno, reforma administrativa burocrática trata-se

(A) da orientação da transição do Estado burocrático para o Estado gerencial.

(B) do processo de transição do Estado patrimonial para o Estado burocrático weberiano.

(C) da gestão do processo de transição da Administração Pública tradicionalista para o Estado gerencial patrimonial.

(D) do processo de transição do Estado burocrático weberiano para o Estado patrimonial.

(E) da reforma da gestão pública orientando o conjunto de atividades destinadas à execução de obras e serviços, comissionados ao governo para o interesse da sociedade.

 

Como acabamos de ver, a Burocracia veio substituir o modelo patrimonialista, ou patrimonial. Portanto, a alternativa B está correta.

A alternativa A está errada, pois a reforma burocrática existiu antes do modelo gerencial ser concebido. Diga-se de passagem, o modelo

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gerencial só foi pensado após o modelo burocrático ter mostrado suas deficiências, como veremos em breve.

A alternativa C é absurda, pois não existiu Administração Pública tradicionalista, tampouco a reforma burocrática objetivou um Estado gerencial patrimonial. Já a alternativa D “trocou as bolas”, ou seja, inverteu a ordem. Ocorreu a transição do patrimonialismo para a burocracia, e não o contrário.

A alternativa E é um “saco de gatos”, pois não faz o menor sentido! Típica questão que quer “enrolar” o aluno que não estudou o tema. O modelo burocrático não se destina exclusivamente à execução de obras e serviços!

25 - (FGV – SEFAZ/RJ – FISCAL DE RENDAS - 2009) Levando em consideração a evolução do conhecimento administrativo, no que diz respeito às perspectivas das organizações em rede, assinale a afirmativa incorreta.

(A) Todas as organizações podem ser consideradas redes sociais.

(B) O ambiente é uma rede formada por organizações interconectadas.

(C) As decisões dos atores sociais devem ser compreendidas com base na racionalidade.

(D) Os contatos entre grupos organizacionais exercem pressão sobre seus membros.

(E) As comparações entre organizações devem levar em consideração as características das redes onde elas estão inseridas.

A banca montou esta questão baseada nos textos de Motta e Vasconcellos. De acordo com estes autores, as decisões dos atores sociais “devem ser interpretadas à luz dos sistemas de relações de poder e pressões aos quais esses indivíduos estão submetidos” e não com base na racionalidade.

As demais alternativas estão corretas. Assim, nosso gabarito é mesmo a letra C.

26 - (FGV – TCM/RJ – AUDITOR - 2008) Com relação ao Modelo Contingencial de Administração, é correto afirmar que:

(A) quanto mais estável o ambiente em que estiver inserida a organização, é mais adequado o uso de um modelo orgânico de estrutura.

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(B) a Escola Contingencial prevê a existência de uma forma única e correta de administrar.

(C) quanto à gestão de pessoas, o Modelo Contingencial preconiza que a gestão descentralizada, participativa e flexível é sempre o que traz melhores resultados.

(D) a tecnologia e o ambiente condicionam a forma de gerir a organização.

(E) a Escola Contingencial previa a organização de estruturas rígidas com base na meritocracia.

A letra A está incorreta, pois um modelo orgânico é mais adequado a empresas em ambientes dinâmicos (com muita incerteza e instabilidade). O modelo mecanicista é o que se adapta melhor a empresas em ambientes estáveis.

A letra B também está errada, pois a escola contingencial prega exatamente o contrário – de que não existe forma única de se administrar. Do mesmo modo, a letra C está errada. Para a teoria contingencial, não existe fórmula que funcione sempre.

A letra D está correta e é o nosso gabarito. Entretanto, a letra E está errada, pois a escola contingencial prega o uso de estruturas flexíveis.

27 - (FGV – MINC – ANALISTA ADM - 2006) O modelo de administração pública e conseqüentemente de formulação de políticas públicas é fortemente influenciado pelas diferentes correntes de pensamento dentro da administração. Dentro dessa visão, analise as alternativas a seguir:

I. A abordagem clássica da administração tem como um dos seus maiores expoentes os trabalhos de Taylor. A preocupação era aumentar a eficiência no nível operacional com um modelo que dava atenção ao método de trabalho, para os movimentos necessários à execução de uma tarefa e para o tempo-padrão determinado para tal.

II. A abordagem clássica recebe o nome de teoria da máquina por considerar a organização sob o prisma do comportamento mecânico. Outro aspecto é o racionalismo dessa abordagem, que visa à eficiência do ponto de vista técnico e econômico.

III. A abordagem humanística da administração tem uma forte influência das ciências sociais, principalmente da psicologia. A idéia por trás dessa abordagem era analisar a adaptação do trabalhador ao trabalho e ao mesmo tempo atender às necessidades individuais e sociais do trabalhador.

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Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Esta questão é boa para vermos as definições destas três teorias segundo a FGV. As três afirmativas estão corretas. Assim, o gabarito é a letra E.

28 - (FGV – BADESC – ANALISTA ADM - 2010) Com relação à teoria contingencial, analise as afirmativas a seguir.

I. As organizações possuem natureza sistêmica.

II. Existem princípios universais de administração.

III. As características ambientais condicionam o ambiente organizacional.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

A primeira afirmativa está perfeita, pois a teoria contingencial se apóia na teoria dos sistemas. Já a segunda afirmativa está incorreta. A teoria contingencial acredita que não existem princípios universais na administração, ou seja, de que possa existir uma fórmula ou estratégia que sirva para todas as organizações.

Entretanto, a terceira frase está correta. Com isso, o gabarito é a letra D.

29 - (FGV – SEFAZ/RJ – FISCAL DE RENDAS - 2010) Com relação às abordagens contingenciais da eficácia organizacional, analise as afirmativas a seguir.

I. A responsabilidade social é um indicador da abordagem de metas.

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II. A forte cultura corporativa é um indicador da abordagem baseada em recursos.

III. A habilidade dos gerentes no uso de recursos tangíveis é um indicador da abordagem do processo interno.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

De acordo com Daft, existem abordagens contingenciais da eficácia: a de metas, a do processo interno e a baseada em recursos. Uma abordagem de metas seriam indicadores que mediriam produtos ou impactos gerados pela organização.

Um destes impactos poderia ser a responsabilidade social (como o número de comunidades carentes assistidas, etc.). Assim, a primeira frase está correta. Já a segunda não faz sentido, pois a cultura não pode ser considerada um recurso, pois não é tangível. São valores, normas e costumes arraigados na organização. Esta poderia ser uma abordagem de processo interno.

A terceira frase também foi invertida pela banca, pois a gestão de recursos seria, obviamente, uma abordagem baseada em recursos, e não de processo interno. O gabarito é, portanto, a letra A.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1 - (FCC – MP/SE – ADMINISTRADOR – 2009) NÃO constitui característica do modelo de Administração Pública Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber,

(A) ênfase na ideia de carreira e profissionalização do corpo funcional público.

(B) estrutura hierárquica fortemente verticalizada, impessoalidade e formalismo.

(C) rigidez do controle dos processos, com predominância do controle da legalidade como critério de avaliação da ação administrativa (due process).

(D) rotinas e procedimentos segundo regras definidas a priori, em detrimento da avaliação por resultados.

(E) utilização de critérios eminentemente políticos para contratação e promoção de funcionários, em detrimento da avaliação por mérito.

2 - (ESAF – MPOG / APO – 2010) O estudo da evolução do pensamento administrativo permite concluir, acertadamente, que:

a) as Teorias Científica e das Relações Humanas são abordagens de sistemas abertos.

b) a Teoria das Relações Humanas despreza os objetivos organizacionais.

c) a Teoria da Contingência enfatiza a importância da tecnologia e do ambiente.

d) as Teorias Estruturalista e dos Sistemas refletem uma abordagem prescritiva e normativa.

e) a Teoria Comportamental concebe o funcionário como um ‘homem social’.

3 - (CESPE – UNIPAMPA/ ADMINISTRADOR – 2009) O fato de os empregados desenvolverem sua própria maneira de executar as tarefas constitui quadro similar ao preconizado pela teoria da administração científica que defende a autonomia e iniciativa dos colaboradores na realização de suas atividades.

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4 - (CESPE – UNIPAMPA/ ADMINISTRADOR – 2009) De acordo com a teoria da administração científica, o administrador terá um papel primordial na otimização das tarefas desenvolvidas pelos empregados.

5 - (CESPE – UNIPAMPA/ ADMINISTRADOR – 2009) Caso dê ênfase à estrutura, o administrador se pautará nos pressupostos da teoria clássica, que teve Henry Fayol como um de seus representantes.

6 - (CESPE – UNIPAMPA/ ADMINISTRADOR – 2009) Ao valorizar a meritocracia como forma de promoção, o administrador estará se pautando na teoria da burocracia.

7 - (CESPE – MTE / ADMINISTRAÇÃO – 2008) Na teoria da contingência, são enfatizados modelos organizacionais mais flexíveis e orgânicos, como a estrutura em redes.

8 - (CESPE – TCU /ACE – 2008) Atualmente, não há mais espaço para a utilização da teoria proposta por Taylor, em nenhum de seus aspectos.

9 - (CESPE – TCU /ACE – 2008) De acordo com o texto em apreço, a busca por maior eficiência e produtividade nas organizações é uma tônica em diversas teorias da administração. Nesse sentido, uma das vantagens destacadas por Max Weber na abordagem burocrática é a rapidez nas decisões.

10 - (CESPE – TCU /ACE – 2008) A abordagem contingencial abarca as contribuições de todas as demais abordagens que a antecederam, principalmente da abordagem clássica no que tange à constatação da existência de princípios universais que podem ser aplicados nos diversos níveis da organização.

11 - (CESPE – TCU /ACE – 2008) A liderança centrada nas pessoas foi uma preocupação teórica de Taylor, que defendia a idéia de que resultados só podiam ser obtidos por intermédio das pessoas.

12 - (CESPE – MIN. ESPORTE - ADMINISTRADOR – 2008) Segundo a abordagem de sistemas, as organizações são sistemas fechados, compostos de partes inter-relacionadas e interdependentes que funcionam como um todo, tendo o objetivo de alcançar metas comuns.

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13 - (CESPE – MTE / ADMINISTRAÇÃO – 2008) O gestor público que se preocupa em eliminar o desperdício de esforço desenvolvido pelos demais colaboradores, procurando racionalizar as tarefas e eliminar os movimentos inúteis, adota pressupostos coerentes com a abordagem clássica da administração.

14 - (CESPE – MTE / ADMINISTRAÇÃO – 2008) Um marco na abordagem clássica da administração foi a experiência de Hawthorne, que buscou enfatizar a importância das condições do ambiente de trabalho para obter a maior eficiência e racionalização das tarefas.

15 - (CESPE – MTE / ADMINISTRAÇÃO – 2008) Segundo a teoria de sistemas, as funções de um sistema independem de sua estrutura.

16 - (CESGRANRIO – BNDES - ADMINISTRAÇÃO – 2008) Desde os primórdios da administração, especificamente da administração científica de Taylor, as organizações tiveram que se adaptar a movimentos de constantes flutuações em suas gestões. Em seu “estudo de tempos e movimentos”, Taylor analisava as unidades básicas de trabalho de cada indivíduo. Partindo-se dessa premissa, a validade dos estudos de tempos e movimentos se dá pela

(A) observação das ações e da forma como elas são executadas na produção.

(B) complementação de tarefas, verificando as que são adequadas às novas realidades da empresa.

(C) implementação de novas técnicas de trabalho na produção.

(D) participação ativa de cada funcionário no processo produtivo.

(E) combinação de valores individuais no processo produtivo.

17 - (FUNIVERSA – MTUR – ADMINISTRADOR – 2010) Assinale a alternativa que apresenta uma das diferenças entre as teorias clássicas e as das relações humanas.

a) A estrutura das teorias das relações humanas era mecanicista e impessoal.

b) O comportamento na organização, segundo as teorias clássicas, era produto de sentimentos e atitudes.

c) O foco estudado nas teorias clássicas foi o trabalho e as necessidades econômicas dos trabalhadores.

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d) A ênfase na segurança pessoal e nas necessidades sociais dos trabalhadores para o alcance das metas organizacionais foi analisada nas teorias clássicas da administração.

e) Empregados felizes, que buscavam produzir mais, foram resultados obtidos nas teorias clássicas da administração.

18 - (CESPE – MDS / ADMINISTRADOR – 2006) Impessoalidade, hierarquia, flexibilização de procedimentos, especialização e ênfase nos controles são características dos modelos das organizações burocrático de gestão.

19 - (ESAF – STN / DESENV. INSTITUCIONAL – 2008) Vista como uma forma de organização que se baseia na racionalidade, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos como forma de se garantir a máxima eficiência possível, a Burocracia se caracteriza por encampar os seguintes atributos, exceto:

a) impessoalidade nas relações.

b) competência técnica e meritocracia.

c) informalidade das normas e regulamentos.

d) hierarquia da autoridade.

e) completa previsibilidade do comportamento.

20 - (FCC – ALESP/SP – GESTÃO PROJETOS – 2010) Com relação à administração pública burocrática considere.

I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista.

II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a profissionalização, ou seja, a idéia de carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo.

III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles, administradores públicos, dirigem demandas.

IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do funcionário; voltando-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade.

V. A administração burocrática tem como principal qualidade a efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência do Estado.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II.

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(B) I, II, III e V.

(C) II, III e IV.

(D) II e V.

(E) III, IV e V.

21 - (CESGRANRIO – FUNASA - ADMINISTRADOR – 2009) Uma das principais características das organizações é sua capacidade de perseguir permanentemente “um equilíbrio dinâmico”, a partir da capacidade dos sistemas manterem certas variáveis dentro de limites, ainda que estímulos externos as forcem a assumir valores que ultrapassem estes limites. Nesta perspectiva, ocorrem ações de autorregulação ou autocontrole que conduzem à tendência dos sistemas à adaptação, em busca de equilíbrio interno, face às mudanças externas do meio ambiente. Esta característica é denominada

A) entropia.

B) feedback.

C) homeostase.

D) morfogênese.

E) entropia negativa.

22 - (ESAF – STN / DESENV. INSTITUCIONAL – 2005) “A teoria da Contingência enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo.” (Chiavenato, 2000:585)

Selecione a opção que expressa corretamente o significado da afirmativa acima.

a) Contingência significa algo previsível que não depende de circunstâncias sócio-políticas, portanto o diagnóstico do ambiente e a escolha de uma tecnologia determinam o desenho organizacional.

b) Esta teoria surgiu a partir de pesquisas feitas no chão de fábricas para verificar os processos produtivos mais eficazes, cujo resultado conduziu à concepção de que a estrutura funcional é a melhor forma de organizar o trabalho.

c) Contingência significa uma relação de causa-e-efeito que permite prever o desenho organizacional e as estratégias de mercado a serem implantadas, de modo a garantir maior eficiência organizacional.

d) Esta teoria surgiu a partir de pesquisas feitas em empresas para verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficientes, cujo resultado conduziu à concepção de um modelo de diagnóstico organizacional.

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e) Esta teoria surgiu a partir de pesquisas feitas em empresas para verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes, cujo resultado conduziu à concepção de que a estrutura da organização é dependente do ambiente externo.

23 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2009) Conhecer a evolução do pensamento administrativo, bem como de suas teorias e abordagens, permite concluir, acertadamente, que:

a) a resolução de problemas organizacionais pode ser tentada pela aplicação conjunta de várias Teorias Administrativas, ainda que suas abordagens sejam, à primeira vista, antagônicas.

b) como ciência, a Administração independe de outras ciências.

c) ao enfatizar as tarefas, a abordagem burocrática enrijece a organização, afastando-a de seus objetivos.

d) a Teoria Clássica da Administração possui apenas valor histórico e referencial, não sendo aplicável em nossos dias.

e) a cultura de uma organização é determinada por sua estrutura, sendo pouco afetada pelos valores e crenças das pessoas que a integram.

24 - (FCC – BAHIAGAS – ADMINISTRADOR – 2010) Na administração do Estado moderno, reforma administrativa burocrática trata-se

(A) da orientação da transição do Estado burocrático para o Estado gerencial.

(B) do processo de transição do Estado patrimonial para o Estado burocrático weberiano.

(C) da gestão do processo de transição da Administração Pública tradicionalista para o Estado gerencial patrimonial.

(D) do processo de transição do Estado burocrático weberiano para o Estado patrimonial.

(E) da reforma da gestão pública orientando o conjunto de atividades destinadas à execução de obras e serviços, comissionados ao governo para o interesse da sociedade.

25 - (FGV – SEFAZ/RJ – FISCAL DE RENDAS - 2009) Levando em consideração a evolução do conhecimento administrativo, no que diz respeito às perspectivas das organizações em rede, assinale a afirmativa incorreta.

(A) Todas as organizações podem ser consideradas redes sociais.

(B) O ambiente é uma rede formada por organizações interconectadas.

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(C) As decisões dos atores sociais devem ser compreendidas com base na racionalidade.

(D) Os contatos entre grupos organizacionais exercem pressão sobre seus membros.

(E) As comparações entre organizações devem levar em consideração as características das redes onde elas estão inseridas.

26 - (FGV – TCM/RJ – AUDITOR - 2008) Com relação ao Modelo Contingencial de Administração, é correto afirmar que:

(A) quanto mais estável o ambiente em que estiver inserida a organização, é mais adequado o uso de um modelo orgânico de estrutura.

(B) a Escola Contingencial prevê a existência de uma forma única e correta de administrar.

(C) quanto à gestão de pessoas, o Modelo Contingencial preconiza que a gestão descentralizada, participativa e flexível é sempre o que traz melhores resultados.

(D) a tecnologia e o ambiente condicionam a forma de gerir a organização.

(E) a Escola Contingencial previa a organização de estruturas rígidas com base na meritocracia.

27 - (FGV – MINC – ANALISTA ADM - 2006) O modelo de administração pública e conseqüentemente de formulação de políticas públicas é fortemente influenciado pelas diferentes correntes de pensamento dentro da administração. Dentro dessa visão, analise as alternativas a seguir:

I. A abordagem clássica da administração tem como um dos seus maiores expoentes os trabalhos de Taylor. A preocupação era aumentar a eficiência no nível operacional com um modelo que dava atenção ao método de trabalho, para os movimentos necessários à execução de uma tarefa e para o tempo-padrão determinado para tal.

II. A abordagem clássica recebe o nome de teoria da máquina por considerar a organização sob o prisma do comportamento mecânico. Outro aspecto é o racionalismo dessa abordagem, que visa à eficiência do ponto de vista técnico e econômico.

III. A abordagem humanística da administração tem uma forte influência das ciências sociais, principalmente da psicologia. A idéia por trás dessa abordagem era analisar a adaptação do trabalhador ao trabalho e ao mesmo tempo atender às necessidades individuais e sociais do trabalhador.

Assinale:

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(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

28 - (FGV – BADESC – ANALISTA ADM - 2010) Com relação à teoria contingencial, analise as afirmativas a seguir.

I. As organizações possuem natureza sistêmica.

II. Existem princípios universais de administração.

III. As características ambientais condicionam o ambiente organizacional.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

29 - (FGV – SEFAZ/RJ – FISCAL DE RENDAS - 2010) Com relação às abordagens contingenciais da eficácia organizacional, analise as afirmativas a seguir.

I. A responsabilidade social é um indicador da abordagem de metas.

II. A forte cultura corporativa é um indicador da abordagem baseada em recursos.

III. A habilidade dos gerentes no uso de recursos tangíveis é um indicador da abordagem do processo interno.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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Gabarito

1. E 

2. C 

3. E 

4. C 

5. C 

6. C 

7. C 

8. E 

9. C 

10. E 

11. E 

12. E 

13. C 

14. E 

15. E 

16. A 

17. C 

18. E 

19. C 

20. A 

21. C 

22. E 

23. A 

24. B 

25. C 

26. D 

27. E 

28. D 

29. A 

 

Bibliografia Andrade, R., & Amboni, N. (2011). Teoria geral da administração (2° Ed. ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

Certo, S. C., & Certo, S. T. (2006). Modern Management (10° Ed. ed.). Upper Saddle River: Pearson Prentice Hall.

Chiavenato, I. (2008). Administração Geral e Pública (2° ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

Chiavenato, I. (2009). História da administração: entendendo a administração e sua poderosa influência no mundo moderno. São Paulo: Saraiva.

Chiavenato, I. (2011). Introdução à teoria geral da administração (8° ed. ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

Daft, R. L. (2005). Management. Mason: Thomson.

Gonçalves, J. E. (Out/Dez. de 2000). Processo, que Processo? Revista de Administração de Empresas - RAE , 8-19.

Lima, C. A. (2005). Administração Pública para concursos. Rio de Janeiro: Elsevier.

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Motta, F., & Vasconcelos, I. (2004). Teoria geral da administração. São Paulo: Pioneira Thompson Learning.

Robbins, S. P., & Coulter, M. (1998). Administração (5° ed.). Rio de Janeiro: Prentice-Hall.

Schemerhorn Jr., J. R. (2008). Management (9° ed.). Hoboken: Wiley & Sons.

Sobral, F., & Peci, A. (2008). Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

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