Excesso de Medicalização

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Muito se discute acerca do excesso de medicalização em nossa sociedade. Sintomas que antes eram considerados normais estão se tornando sinônimos de doenças, o que, muitas das vezes, não é verdade. Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, 3 a 5 % das crianças do mundo sofrem de déficit de atenção. A venda de Ritalina, remédio para esse fim tem crescido na última década. O que está ocorrendo tanto no Brasil, quanto em outros países, é que os pais, cada vez mais ocupados, não estão tendo tempo para dar aos filhos e esses, em busca de atenção, acabam sendo “taxados” de hiperativos. Toda criança tende a ser mais ativa e curiosa, buscando conhecer o mundo à sua volta. Isso é natural e na grande maioria dos casos não é motivo para receitar remédios como a Ritalina. Também não são considerados os problemas futuros que esse remédio, entre outros, podem trazer, como facilitar o envolvimento do indivíduo com outras drogas. Nem todo tratamento tem reais benefícios, pelo contrário, podem levar a mais prejuízos no futuro.

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Muito se discute acerca do excesso de medicalização em nossa

sociedade. Sintomas que antes eram considerados normais estão se

tornando sinônimos de doenças, o que, muitas das vezes, não é verdade.

Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, 3 a 5 % das

crianças do mundo sofrem de déficit de atenção. A venda de Ritalina,

remédio para esse fim tem crescido na última década. O que está

ocorrendo tanto no Brasil, quanto em outros países, é que os pais, cada

vez mais ocupados, não estão tendo tempo para dar aos filhos e esses, em

busca de atenção, acabam sendo “taxados” de hiperativos.

Toda criança tende a ser mais ativa e curiosa, buscando conhecer o

mundo à sua volta. Isso é natural e na grande maioria dos casos não é

motivo para receitar remédios como a Ritalina. Também não são

considerados os problemas futuros que esse remédio, entre outros,

podem trazer, como facilitar o envolvimento do indivíduo com outras

drogas.

Nem todo tratamento tem reais benefícios, pelo contrário, podem

levar a mais prejuízos no futuro. Está claro que tanto a sociedade, quanto

a associação médica devem ser mais cautelosos na medicalização, assim

como optar por outras formas naturas de melhora da condição do

paciente.

Sendo assim, tendo em vista o excesso de medicalização para

sintomas que nem sempre representam doenças, medidas devem ser

tomadas. Entre elas, receitar exercícios físicos e substâncias naturais ao

paciente e um acompanhamento psicológico ao indivíduo caso necessário.

Dessa forma, quem sabe, a epidemia de diagnósticos de doenças que

percorre o mundo reduzirá.