Expansão da carnE Enlatada no mErcado

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Sumário

JULHO | AGOSTO | SETEMBRO | EDIÇÃO 43

InstitucionalEmbalagens no radar mundial

pág. 10

EmpresasInvestimento garante qualidade

pág. 26

Vestidas para brilhar

Saúde e gastronomiaAlimentação adequada na escola

pág. 18

3REVISTA ABEAÇO |

Editorial

Segurança alimentarA lata de aço oferece aos alimentos atributos e benefícios que nenhuma outra embalagem consegue: maior tempo de vida de prateleira, preservação das ca-racterísticas nutricionais e sabor mantidos sem aditivos ou conservantes quí-micos, além de ser 100% reciclável. Todas essas vantagens garantem a segu-rança dos produtos e, consequentemente, conquistam a confiança do mercado como um todo.

Na matéria de mercado, abordamos a expansão do setor de carne enlatada e compartilhamos alguns dos bons exemplos do uso da lata para o sucesso do negócio. A Marfrig Global Foods, forte representante do setor de alimentos à base de carnes, comercializa a linha Ranchers no mercado americano em lata de aço nacional. A JBS, líder mundial no segmento de proteína animal, oferece mais de mil tipos de carnes enlatadas. A Superbom vende produtos feitos com proteína de soja como carne, bife e salsicha vegetal.

Na seção Saúde e Gastronomia, a credibilidade da embalagem de aço também conquista a legislação brasileira. Os enlatados fazem parte da lista da merenda escolar oferecida pelo governo em instituições de ensino público. O Frisa, frigo-rífico com mais de 40 anos de tradição e qualidade, é um dos fornecedores de alimentos enlatados para a merenda, que além de práticos são super saudáveis.

Falando em saúde, queremos aproveitar e convidar os amigos da lata de aço a visitar o novo canal de comunicação da Associação, a TV Abeaço, hospedado no You Tube. Começamos a produzir vídeos para destacar as vantagens da embalagem de aço e desvendar alguns mitos.

Boa leitura!

Thais FaguryGerente Executiva

Jornalista Responsável Claudia Reis (MTB 15693)

Gerente ExecutivaThais Fagury

Diretora de ArteLílian Sá

ColaboraçãoEquipe Press à Porter

CapaABEAÇO

CoordenaçãoThais Fagury

ProduçãoPress à Porter Gestão de Imagem

RevisãoPress à Porter Gestão de ImagemThais Fagury

Contato ABEAÇOThais [email protected]

Contato PRESS A PORTERClaudia [email protected]

Pré-impressão e impressãoGráfica Rush

Tiragem5.000 exemplares

Impresso em Outubro de 2014

ABEAÇO Brasil latadeaco #amolatadeaço

A revista ABEAÇO Notícias é editada pela Assessoria de Imprensa Press à Porter sob

coordenação da área de Marketing da Associação Brasileira da Embalagem de Aço - ABEAÇO

2 | REVISTA ABEAÇO

MercadoExpansão da carne enlatada no mercado

pág. 04

AdministraçãoRua Rocha, 167 - Cj. 33

Bela Vista - 01330-000 - São Paulo - SPFone: (11) 3842-9512 / Fax: (11) 3849-0392

www.abeaco.org.br

Inovação e tecnologia

pág. 22

Youtube/TV ABEAÇO

SustentabilidadeProlata capacita cooperados

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5REVISTA ABEAÇO |4 | REVISTA ABEAÇO

Mercado

Os alimentos enlatados como legumes e vege-tais, peixes, doces e derivados do leite estão cada vez mais presentes no mercado e com variedade maior de opções para consumidores que buscam alimentos seguros, práticos e saudáveis. Mas há um outro produto que também vem conquistando espaço nas prateleiras dos supermercados e na mesa do consumidor: as carnes enlatadas. Se antes o le-que de opções se restringia a carne bovina e salsichinhas, atualmente é possível encontrar almôndega, hambúrguer, frango desfiado e feijoada com carne seca, além de produtos à base de proteínas de soja.

O consumidor brasileiro ainda não tem o costume de consumir carne enlatada, como ocorre no exterior, mas vem crescendo devido à demanda de exportação de car-nes industrializadas de frigoríficos nacionais para atender aos pedidos externos, principalmente dos Estados Unidos e Inglaterra. Segundo Thais Fagury, gerente executiva da Abeaço, atualmente o Brasil produz 80% das carnes em conserva consumidas no mundo. As tropas americanas instaladas no Iraque, por exemplo, consomem carne em lata “made in Brazil”.

“A quantidade de carne bovina produzida no Bra-sil é de aproximadamente 200 mil toneladas/ano e a maior parte do volume é destinada ao mercado externo. Esse segmento cresceu cerca de 5%, em média, nos últimos dez anos. A comercialização de feijoada enlatada, que contém carne, também se destaca: movimenta cerca de 10mil tone-ladas/ano e o crescimento é justificado pela praticidade do prato pronto”, diz Thais.

Dados da Abeaço informam ainda que nos últimos cinco anos o mercado de carne embutida cresceu, sendo que 87% do produto vendido é envasado em lata de aço, contra 13% em balde plástico. A grande diferença se deve aos atri-butos e benefícios oferecidos pela embalagem de aço, entre eles: maior tempo de vida na prateleira, a validade varia entre 12 a 60 meses; características nutricionais e o sabor dos alimentos são mantidos sem aditivos ou conservantes químicos; a embalagem é hermeticamente fechada, ou seja, o acondicionamento garante proteção contra o meio exter-no; e o aço é um material sustentável e 100% reciclável. E não para por aí. A lata de aço oferece também vantagem na logística e transporte.

Segundo Luiz Fernan-do Marchi, gerente comercial da fabricante de embalagem de aço Rimet, a maior parte da carne processada no Brasil é di-recionada ao mercado externo. Dessa forma, a embalagem de aço tem papel fundamental na proteção e na durabilidade do alimento acondicionado.

Para o gerente comercial, os maiores desafios fi-cam por conta de inovações. “Precisamos tornar a emba-lagem de aço cada vez mais prática, acessível, moderna e inovadora. O maior apelo que sentimos do mercado refere-se aos tipos de abertura. Acreditamos que para os próximos anos o foco de inovação será descobrir novos tipos de aberturas para a lata.”

Quanto às tendências, o profissional comenta que o mercado de carne processada tem como caracte-rística ser muito tradicional, ou seja, não é tão simples de alterar ou inovar um produto de sucesso e alto con-sumo mundial como o Corned Beef. “Entendemos que inovar os sistemas de abertura é fundamental, pois os consumidores estão cada vez mais exigentes e deman-dam essa inovação. A embalagem de aço precisa ser prá-tica nos dias de hoje”.

NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS O MERCADO DE CARNE EMBUTIDA CRESCEU, SENDO QUE 87% DO PRODUTO VENDIDO É ENVASADO EM LATA DE AÇO, CONTRA 13% EM BALDE PLÁSTICO.

“O manuseio e o transporte são muito intensos e demandam uma embalagem de alta resistência. O know how também é muito importante, pois o alimento é co-zido dentro da própria lata e o envernizamento interno é fundamental no processo. Há ainda a necessidade de ter um controle rígido no processo industrial ao produzir a embalagem, pois os envasadores são criteriosos e o pro-duto final é destinado, principalmente, à exportação. Os distribuidores no mercado externo são ainda mais exi-gentes”, completa Marchi.

Recentemente a Rimet, que já produzia emba-lagens de aço nos formatos cilíndrico, retangular e pira-midal, lançou as latas cilíndricas expandidas para a linha Ranchers da empresa de alimentos Marfrig. A linha é destinada ao mercado americano e contemplada por Burrito, Taco, Chipotle e Enchilada.

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Rimet

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A Marfrig lançou latas cilíndricas expandidas superpráticas para a linha Ranchers que contempla.

01 - Burrito

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03 - Chipotle

04 - Enchilada

Fotos: Divulgação

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Uma das empresas que oferecem carne enlatada para os consumidores é a JBS, líder mundial em processamento de carne bovina, ovina e de aves e maior ex-portadora mundial de proteína animal. Vende para mais de 150 países. A JBS é de-tentora das marcas Anglo, Bordon, Kitut, Target e outras exportadas para terceiros, que ao todo reúnem mais de mil tipos de carne enlatada como salsicha, almôndega, fiambre, bifes em cubo etc.

De acordo com Geraldo Araújo, coordenador de vendas da empresa, os Estados Unidos e a Europa são as regiões que mais consomem carne enlatada no mundo, por ser uma proteína com custo mais acessível. No Brasil, as regiões que mais consomem o produto são Norte e Nordeste, mas o mercado também está crescendo no Sudeste e Sul pela facilida-de de armazenamento, praticidade e preço mais competitivo.

“Um dos maiores desafios é manter o produto competitivo no mercado, princi-palmente com a entrada de embalagens de outros materiais com custo menor do que o aço. Atualmente a JBS também vem lan-çando novos produtos destinados à expor-

ultimamente não tenho tempo para nada. Por isso a carne e outros alimentos enlatados são fa-cilitadores pela praticidade e fonte de proteína e nutrientes para os pratos”, comenta.

Mariana Ribeiro, comerciante, também afirma sempre contar com esses produtos no dia a dia. “Acabei de me mudar para São Paulo e, além de não ter tempo para preparar minhas re-feições, não levo jeito na cozinha. Sei fazer ape-nas coisas muito básicas. Então, para não dei-xar faltar os alimentos necessários para a saúde como a proteína da carne, é sempre bom utilizar produtos práticos”, diz.

Segundo Thais Fagury, atualmente cerca de 80% da população brasileira consome enlata-dos por conta da rotina e mudança de hábitos. “Os consumidores estão bastante preocupados com a saúde e o meio ambiente. A lata de aço proporciona alimentos isentos de qualquer tipo de conservante ou aditivo químico e os enlata-dos costumam possuir valor nutricional igual ou melhor ao dos alimentos in natura. O perfil do consumidor de enlatados hoje é aquele que precisa de praticidade no dia a dia, preocupa-se com a saúde e com a destinação e revalorização do resíduo pós-consumo. Ainda temos muito a fazer pela frente, mas estamos no caminho cer-to”, finaliza a gerente executiva da Abeaço.

Com tantos altos e baixos na inflação, uma das maiores preocupações dos consumido-res brasileiros, a solução é encontrar alternativas que minimizem o impacto causado no bolso. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE), a infla-ção acumulada nos últimos doze meses, medida

7REVISTA ABEAÇO |6 | REVISTA ABEAÇO

JBS

Opinião dos consumidores

Economia para o bolso

tação com marca própria em diversos países como Europa, América do Norte e África”, finaliza Araújo.

O sucesso dessas empresas se re-flete nos hábitos de compra dos consumi-dores, que cada vez colocam no carrinho variadas carnes enlatadas pela praticidade e saudabilidade que elas oferecem. O ins-petor de qualidade Manoel Bueno Do-mingueti, que trabalha e estuda, conta que sempre tem algum tipo de carne enlatada - entre outros alimentos - em sua despensa, para diversas ocasiões. “Para receber visi-tas de última hora posso fazer almôndegas enlatadas com outros acompanhamentos. Salsicha enlatada é uma ótima opção para acompanhar a cerveja como petisco. E quando estou apenas com a minha esposa em casa, às vezes fazemos feijoada em lata, pois é prática”, comenta.

Para Carlos Galisteu, consultor, a carne enlatada é uma opção que ajuda a deixar o prato completo, principalmente, quando não se tem tempo para cozinhar. “Com a correria entre trabalho e estudos,

Mercado

ATUALMENTE CERCA DE 80% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA CONSOME ENLATADOS POR CONTA DA ROTINA E MUDANÇA DE HÁBITOS.

Fotos: Divulgação

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Mercado

Experiência

1) Quais são os benefícios da carne enlatada para a saúde?A carne enlatada é excelente fonte de proteínas. Cada 100g do produto supre 40% da necessidade diária de ingestão do nutriente. Por ser rica em proteínas, a carne reúne substâncias essenciais que agem diretamente no crescimento e na reparação dos músculos, ossos e pele, além de ser fonte de energia - ideal para quem pratica atividade física - mas não abre mão de uma alimentação saudável.

2) Conte-nos alguma curiosidade sobre o produto.O que muitos não sabem é que sua versão enlatada possui menos calorias. Enquanto a carne fatiada caseira apresenta em média 221 calorias, a mesma quantidade na lata possui apenas 111.

3) Há outras opções disponíveis para consumidores vegetarianos?Para quem não come carne bovina também estão disponíveis no mercado versões enlatadas de carne vegetal de soja, que além de ser rica em proteína, conta com alto teor de fibras – agentes capazes de prevenir doenças, regularizar o intestino e auxiliar no emagrecimento.

4) Como o alimento é envasado em lata de aço?A preparação da carne na lata acontece dentro da embalagem geralmente. A carne e os ingredientes são colocados crus dentro da lata. Depois de ser hermeticamente fechada, a embalagem é levada a fornos em alta temperatura e o processo de cozimento acontece como em uma panela de pressão. Dessa forma, os nu-trientes permanecem na lata e não são dissipados no ambiente.

Proteína de soja enlatadaOutra empresa de sucesso no mercado de alimentos enlatados é a Superbom, que não oferece carne enlatada propriamente dita e sim produtos feitos com proteínas de soja como carne, bife e salsicha vegetal; almôndega ao sugo; molho bolonhesa; e medalhão ao molho madeira.

Larissa Casac, analista de pesquisa e desenvolvimento da Superbom, conta que recentemente a empresa lançou novas carnes vegetarianas em embalagem de aço: Jardineira ao Molho, Scalope ao Molho e Cubinhos ao Molho Caseiro.

Todos os alimentos vêm prontos para o consumo, basta esquentar. “As proteínas de soja enlatadas da Superbom podem ser consumidas puras ou em receitas. E por não conter gordura animal e ser 100% vegetal, esse tipo de proteína não possui contraindicações”, complementa.

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Por trabalhar com alimentos à base de pro-teína de soja, o maior desafio da Superbom é conseguir chegar a um produto com o sabor mais próximo ao da carne.

“O produto mais vendido ainda é a Salsicha Vegetal de 300g e 650g, por ser rica em fibras, sem colesterol, zero gorduras trans e não conter aditivos químicos e corantes ar-tificiais. Além disso, o produto oferece mais sabor e praticidade da lata para o prato”, explica Larissa.

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OS ENLATADOS SÃO PRODUZIDOS NO AUGE DAS SAFRAS DE ALIMENTOS, QUANDO AS FRUTAS E HORTALIÇAS TÊM ÓTIMA QUALIDADE E PREÇO MAIS EM CONTA.

THAIS FAGURY - ABEAÇO

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pelo IPCA, chegou a 6,31 % e os alimentos, entre eles a carne, foram os grupos que mais pressionaram o índice de preços.

O que nem todos sabem é que os alimentos enlatados, além de gostosos, práticos e saudáveis, também podem ajudar as famílias a fazer economia. E não é difícil explicar o motivo. “Os enlatados são produzidos no auge das safras de alimentos, quan-do as frutas e hortaliças têm ótima qualidade e preço mais em conta”, explica Thais, que também é engenheira de alimentos.

Vale lembrar que os alimentos em lata economizam também energia, pois não precisam de refrigeração, além da água do preparo. Na lata de aço, os alimentos têm uma vida de prate-leira maior para consumo. A embalagem de aço é hermética, não permite a passagem de oxigênio, possui uma película protetora elástica e moldável, o que significa que, mesmo quando amassa-das, as latas continuam apropriadas para o consumo. A lata de aço preserva 100% das características naturais do alimento.

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Institucional

Embalagens no radar mundial

MAIS DE 175 MIL VISITANTES ESTIVERAM PRESENTES NA INTERPACK PARA CONHECER AS NOVIDADES DOS SETORES DE ALIMENTAÇÃO, AEROSSOL E DECORAÇÃO, ALÉM DE PARTICIPAR DE DEBATES SOBRE O MERCADO DE EMBALAGENS

O segmento de embalagens esteve bem movimentado em maio, quando aconteceu a Interpack, maior feira mundial do setor, entre os dias 7 e 15, em Düsseldorf, Alemanha.

A feira reuniu mais de 2 mil expositores e recebeu 175 mil visitantes de 120 países. A cada edição são apresentados conceitos e temas integrados às tendências de mercado. A ABEAÇO Notícias visitou o evento e traz com exclusividade todas as novidades.

As inovações das embalagens de aço apresentadas focaram nos segmen-tos de alimentação, aerossol e decoração. Destaque para litografia, com opções de laminação usando holografia, tons metálicos e foscos.

Tampas com fechamentos de rosca ou por encaixe para alimentos em pó também foram destaque na feira. Outros produtos que podem usar esse tipo de fechamento são os alimentos prontos para consumo.

No quesito formato, os destaques foram as latas de duas peças e o cane-co mais alto. Um exemplo apresentado foi a lata que se assemelha a uma caixa de manteiga. A embalagem consiste em um prato e uma tampa com um sistema de encaixe fabricado pela Clud & Marstrad.

O uso de latas para envase de doces e geleias também chamou a atenção, como mais uma opção segura para esse tipo de alimento.

No segmento de bebidas, a lata com abertura total, da CROWN Europe, chamou a atenção do público. A embalagem proporciona a experiência de consumir bebida no copo, mas com a conveniência da lata.

Para os aerossóis, no segmento de cos-méticos, os diferenciais apresentados foram principalmente no quesito ergonomia, que per-mite melhor manuseio da embalagem. As pos-sibilidades de shapes e litografias apresentadas mostraram como esse mercado pode inovar.

As latas decorativas também fizeram bonito. Rótulos em alto relevo, tons metálicos e foscos foram apresentados nos mais diferentes formatos, de coração a estrela, passando por re-

presentação de animais. Entre os destaques estão as tampas de encaixe, com acessórios como puxadores e visores.

Além da área de exposição, o even-to promoveu debates sobre o mercado de embalagens, com temas que vão nortear o trabalho das empresas nos próximos anos. Um dos debates foi a Metal Packaging Plaza 2014, fórum organizado pela VMW (Asso-ciação Alemã de Embalagens Metálicas) e Empac (Associação Europeia de Embala-gens Metálicas).

Esse encontro reuniu 40 exposito-res para trocar experiências e informações sobre o setor e contou com a participação da Apeal (Associação dos Produtores Eu-ropeus de Aço para Embalagens), que apre-sentou alguns dados importantes: foram

A CADA TRÊS ANOS A INTERPACK TRAZ CONCEITOS INOVADORES E LANÇAMENTOS QUE NOS PRÓXIMOS ANOS PODERÃO ESTAR NAS GÔNDOLAS E NAS DESPENSAS DOS CONSUMIDORES.

Entrada principal da feira, mais de 175mil visitantes, de 120 países.

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Institucional

SEGUNDO A APEAL, FORAM RECICLADAS EM 2013 MAIS DE 2,7 MILHÕES DE TONELADAS DE PRODUTOS DE AÇO, MANTENDO A MÉDICA EUROPÉIA DE 74%.

Saudabilidade, segurança e sustentabilidade na Fispal Tecnologia

Participante tradicional da Fispal Tecnologia, que foi realizada em São Pau-lo, em junho deste ano, a Abeaço montou um espaço que defendeu a lata de aço como uma das embalagens mais sustentáveis e seguras.

“A Fispal é a oportunidade de mos-trarmos que a lata de aço é a embalagem ideal para envasar diversos produtos, por ser segura e inviolável. Além disso, o aço leva vantagem em seu reaproveitamento se com-parado com outros materiais de embalagens, pois é 100% reciclável, tem a capacidade de ser reciclado infinitas vezes sem perder seus atributos, é facilmente separado de outros materiais por meio de eletroímã e, se joga-do na natureza acidentalmente, leva de três a dez anos para se decompor”, explica Thais Fagury, engenheira de alimentos e gerente executiva da Abeaço.

Em relação à saudabilidade e à segu-rança, a Abeaço reforçou junto ao público os benefícios da lata de aço para os alimentos. A embalagem preserva as propriedades nutricio-nais e o sabor do alimento por mais tempo, sem necessidade de conservantes ou aditivos quími-cos. Outro ponto favorável para o aço é o prazo de validade, que pode chegar a até cinco anos.

Quando se fala de sustentabilidade a lata de aço novamente sai vencedora. O destaque do estande na feira foi o trabalho do primeiro Centro Prolata de Reciclagem, inaugurado no fim de 2013, em São Paulo. O centro é autossustentável e tem capacidade para receber e reciclar até 2 mil toneladas de embalagens de aço pós-consumo por mês.

Consumidores ou cooperativas de ca-tadores, hotéis, restaurantes, lojas, condomí-

recicladas em 2013 mais de 2,7 mi-lhões de toneladas de produtos de aço, mantendo a média europeia de 74%. A meta da associação europeia é chegar à marca de 80% até 2020.

“Nos inspiramos no exemplo europeu e focamos nosso trabalho aqui no Brasil na reciclagem infinita do aço, sustentabilidade e análise de ciclo de vida da cadeia”, ressalta Thais Fagury, gerente executiva da Abeaço e que viu as novidades de pertinho.

O outro conceito trabalha-do na edição 2014 foi Innovationparc Packging. As ações foram dedicadas ao tema “Save Food”, com o objetivo de propor soluções atuais e futuras para as embalagens focadas na redução das perdas de alimentos.

De acordo com a organização da feira, todos os anos quase 1,3 bilhões de toneladas de alimentos são inutili-zadas em todo mundo. Os principais motivos são armazenamento inadequa-do, más condições de transporte e con-servação. “Por isso é importante para os fabricantes conhecerem novas técnicas para aplicar nas embalagens fabricadas aqui no Brasil”, finaliza Thais.

nios e clubes que levarem latas de aço pós-consumo até o Prolata são remunerados pelo material vendido.

Outros centros de reciclagem serão criados nas cidades sede do maior campeonato de futebol que acon-teceu no Brasil em 2014 e também serão autossuficien-tes, ou seja, as fontes de recursos para a manutenção serão obtidas com a venda dos materiais reciclados e atividades desenvolvidas junto à população. Todos os centros serão vinculados às siderúrgicas, que garanti-rão a compra do material.

Espaço IPA, inovações de oito empresas fabricantes de latas do mundo.

Vitrine da Newbox, relevo e sofisticação.

A feira contou com estandes modernos como o da Empac, com foco nas embalagens metálicas.

Fotos: Divulgação

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Segundo Jair do Amaral, presidente da Coo-perativa Crescer, localizada em Pirituba (SP), a Wise Waste ministrou treinamentos de educa-ção ambiental, voltados para resíduos metálicos, por meio de vídeos, slides e palestras. Os trei-namentos contemplavam dicas de composição dos materiais, formas de separação, reciclagem e melhores destinações.

Este conhecimento facilita a reciclagem dos resíduos metálicos, pois os cooperados apren-dem a maneira correta de como proceder com o material coletado. “Muitas vezes os envolvidos na coleta e reciclagem não conhecem quem são os geradores e fabricantes destes materiais, bem como não compreendem a composição da sucata e qual é o processo de reciclagem depois que ela sai da cooperativa”, afirma Amaral.

A visão das cooperativasSegundo o presidente da cooperativa, além de adquirir conhecimento, os cooperados treinados se tornam agentes ambientais, pois têm a possibilidade de sensibilizar outras pessoas. “Ao conversarem com uma dona de casa, na coleta porta a porta, por exemplo, eles podem orientá-la sobre a importância da reciclagem e seus proces-sos”. Amaral afirma ainda que este tipo de conhecimento confere ao catador mais segurança para executar seu trabalho, aumentando o sentimento de dignidade e ajudando-o a vencer preconceitos.

A Cooperativa Crescer existe desde 2006, recicla mais de 1 milhão de quilos de resí-duos por ano e desenvolve outros projetos de capacitação e qualificação.

Centro Modelo Prolata de Reciclagem

O Centro Modelo Prolata de Reciclagem, primeira sede do projeto, foi inaugurado em outubro de 2013, em São Paulo, e já coletou cerca de 9 toneladas de aço pós-consumo. Em breve receberá descartes diretamente dos consumidores. O Centro será o gestor de todas as atividades do Prolata em parceria com as cooperativas, estados e municípios.

O espaço tem capacidade para receber e reciclar até 2 mil toneladas de embalagens de aço pós-consumo por mês. As embalagens são classificadas, prensadas e enviadas para side-rúrgicas transformarem o material em novas chapas metálicas para reutilização.

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Sustentabilidade

Você Sabia?A cada 75 embalagens de aço recicladas, salva-se uma árvore, que seria

transformada em carvão vegetal.

O setor de embalagens de aço conta, desde 2012, com a Prolata Recicla-gem, uma associação sem fins lucrativos que visa reciclar embalagens de aço pós--consumo. A iniciativa tem o apoio da Abrafati (Associação Brasileira dos Fabri-cantes de Tintas) e da Abeaço (Associa-ção Brasileira de Embalagens de Aço). As cidades contempladas na primeira fase do projeto são São Paulo, Campinas, Curiti-ba, Porto Alegre, Brasília, Natal, Salvador, Recife, Fortaleza, Cuiabá, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e foram escolhidas com base nos critérios da PNRS (Política Na-cional de Resíduos Sólidos).

A associação inaugurou seu pri-meiro centro de operações em outubro de 2013, na Zona Norte de São Pau-lo. Como parte integrante da primeira fase, a escolha das cooperativas parti-cipantes já foi finalizada. Nesta etapa, as candidatas passaram por mapeamen-to e diagnóstico para estarem aptas à parceria. As cooperativas tiveram que corresponder aos requisitos legais de operação, como ter CNPJ e emitir no-tas fiscais, além de estarem licenciadas pelas prefeituras locais. Ao fim dessa etapa, das 105 avaliadas, 50 cooperati-vas foram selecionadas.

Após a escolha das cooperativas foram ini-ciados os treinamentos. “Os cooperados conhece-ram o funcionamento da parceria e foram treinados em como manejar o aço e os demais recicláveis de forma segura”, explica Thais Fagury, gerente execu-tiva da Associação Prolata de Reciclagem. Nesse primeiro momento do treinamento, os cooperados foram capacitados para todas as etapas de recicla-gem das latas de aço: recolhimento, manejo, tria-gem, armazenamento e comercialização.

Atualmente, a parceria está em fase de documentação, na qual as cooperativas assinarão um termo de parceria com a Prolata e a Gerdau, siderúrgica responsável pela compra do aço co-letado e parceira do programa, para formalizar o

Prolata inicia programa em Cooperativas

Prolata inicia programa em Cooperativas

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Devido à grande quantidade de lixo produzido, a reciclagem se tor-na fundamental para a manutenção da vida no planeta. Ações como o Prolata Reciclagem têm um imenso impacto positivo no meio ambiente, pois a cada tonelada de lata reciclada deixa-se de extrair 1,5 toneladas de minério de ferro para a fabricação de aço novo. A estimativa é de que, em 10 anos, a Prolata consiga elevar o índice de reciclagem para 60%. Hoje esse índice é de 47%.

Os impactos do reaproveitamento de materiais não se restringem somente ao cenário ambiental. A reciclagem também afeta ques-

Impactos sociais e ambientais

tões sociais, ao se configurar como política educacional e estimular a estruturação de organizações em desenvolvimento.

Segundo Thais, é muito vantajosa para as cooperativas a participação no projeto, primeiramente porque elas terão vínculo direto com as siderúrgicas e, em segundo lugar, porque os preços dos materiais não sofrerão flutuações constantes. “A parceria dá aos cooperados a garan-tia de compra do aço, assegurando preços de mercado por todo o ano, o que, consequentemente, ajudará na gestão financeira das cooperati-vas, criando melhores condições de estruturação”, finaliza a executiva.

Outros centros de reciclagem serão criados até 2016. Todos serão autossuficientes, ou seja, as fontes de recursos para a manutenção serão obtidas com a venda dos materiais recicla-dos e atividades desenvolvidas junto à população. Todos os centros serão vinculados às siderúrgicas que garantirão a compra do material.

Demais centros

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Sustentabilidade

Fotos: Divulgação

Remuneração ao consumidor final

Em breve, os consumidores poderão le-var as embalagens de aço pós-consumo direto para os centros ou para cooperativas e sucatei-ros parceiros do programa Prolata Reciclagem. Toda a sucata entregue será remunerada.

As pessoas físicas que levarem latas de aço pós-consumo ao Centro Modelo de São Pau-lo serão cadastradas com o número do CPF e, por meio de software específico, irão acumulando pontos de acordo com a quantidade (kg) descar-tada. Os pontos somados poderão ser trocados por quantia em dinheiro ou por cursos profis-sionalizantes que serão ministrados nos centros modelo da Prolata.

Por meio do sistema de cadastro será possível consultar a quantidade de pontos e o valor acumulado. O preço de aquisição da suca-ta de aço será definido com base no preço geral de mercado vigente.

Cooperativa Crescer

Cooperativa Vitória do Belém

Cooperativa Reciclo

serviço e passar para a etapa de acompanhamento e supor-te às cooperativas.

Na segunda fase, já em processo, as cooperativas re-ceberão suporte quanto às questões de segurança do trabalho e uso de EPIs (equipamento de proteção individual), layout de operação, enfardamento (embalagem) e estrutura do am-biente de trabalho. Segundo Guilherme Brammer, CEO da Wise Waste, empresa responsável pela elaboração e imple-mentação do treinamento dos cooperados, além da capaci-tação, a Associação Prolata também irá oferecer apoio no processo de gestão e na compra de materiais e equipamentos.

A capacitação oferecida pelo programa é de extrema importância, pois padroniza a triagem e o manuseio do aço além de preparar os cooperados para comercializar o material coletado. Segundo Thais, o treinamento é necessário para que os cooperados e co-operativas entendam a importância da revalorização do aço, separem adequadamente as latas pós-consumo e, consequentemente, recebam valor mais adequado pelo material.

A sucata recolhida pelas cooperativas irá para as usinas siderúrgicas parceiras, onde será tratada para fa-bricação de novo aço. As siderúrgicas vinculadas ao Pro-lata comprarão diretamente das cooperativas parceiras. O Prolata prestará todo apoio necessário aos parceiros para que as exigências da PNRS sejam atendidas.

Cooperativa Cooperação

Cooperativa ACMR

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Saco vazio não para em pé! Todo mundo conhece e concorda com essa expressão popular. Desde criança ou-vimos esse ditado de nossas mães e avós. “Energia gasta deve ser reposta”. Se ali-mentar adequadamente é prioridade uni-versal. Principalmente na escola, período em que muita energia é gasta aprenden-do, ensinando, brincando, se divertindo, se exercitando. Para manter todos com saúde e disposição, a merenda escolar é essencial.

Segundo artigo do Código de Conduta Internacional sobre Direito à Alimentação Adequada (CCI/DDA), o direito à alimentação significa que “todo homem, mulher e criança, sozi-nho ou em comunidade, deve ter acesso físico e econômico, a todo tempo, à ali-mentação adequada ou através do uso de uma base de recurso apropriada para sua obtenção de maneira que condiz com a dignidade humana.”

No Brasil, para garantir a ali-mentação adequada a milhões de alunos de escolas públicas, o Programa Nacio-nal de Alimentação Escolar (Pnae) tem como princípios três pilares: reconhecer, concretizar e fortalecer o direito humano à alimentação. Sua função é satisfazer as necessidades nutricionais dos estudantes no período em que permanecem na escola, além de contribuir para aquisição de há-bitos e práticas alimentares saudáveis. O programa segue a Constituição Federal de 1988, que afirma em seus artigos 6 e 208 que a alimentação escolar é dever do Es-

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tado (governo federal, estadual, distrital e municipal) e um direito social. Os recursos para esse fim são repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa-ção (FNDE), autarquia vinculada ao Mi-nistério da Educação.

Todo o processo de execução da merenda na escola começa pela definição do cardápio, elaborado por nutricionis-tas. Esses profissionais habilitados sele-cionam alimentos variados, nutritivos, saborosos e seguros que favorecem o de-senvolvimento dos alunos e a melhoria do rendimento escolar.

Os locais para refeições nas es-colas também devem ser adequados. Im-portante ter cozinhas estruturadas e higi-ênicas para a preparação dos alimentos e espaços reservados para o armazenamen-to. Ambos devem seguir as exigências da vigilância sanitária.

Para montar o cardápio, todos os envolvidos precisam estar atentos a algu-mas regras. É proibido, com recurso do FNDE, a compra de bebidas com baixo teor nutricional como refrigerantes, re-frescos artificiais e similares. O artigo 17 da Resolução nº 38/2009 também indica quais os produtos enlatados, embutidos, doces, alimentos compostos, preparações semi-prontas ou prontas para o consu-mo, ou alimentos concentrados podem ser comprados, restringindo os com quantidade elevada de sódio (500mg de sódio por 100g) ou gordura saturada (5,5g por 100g).

SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR É DEVER DO ESTADO (GOVERNO FEDERAL, ESTADUAL, DISTRITAL E MUNICIPAL) E UM DIREITO SOCIAL.

Saúde e gastronomia

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Saúde e gastronomia

OS ALIMENTOS ENLATADOS TÊM LONGA VIDA ÚTIL, COM PRAZO DE VALIDADE DE DOIS ANOS. TAMBÉM SÃO RESISTENTES E INVIOLÁVEIS, O QUE DEMONSTRA SEGURANÇA ALIMENTAR.

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Confira outros alimentos enlatados que podem ser usados para preparar a merenda escolar.

- Molho de tomate: o molho de tomate enlatado é feito com tomate, sal, amido, açúcar, cebola, salsa e alho. Todos os ingre-dientes são devidamente balanceados e não há adição de nenhum conservante químico ao alimento. O molho de tomate enlatado possui baixo valor calórico e é excelente fonte de licopeno, poderoso antioxidante que combate os radicais livres, retarda o envelheci-mento e combate o câncer. O tomate enlatado também é fonte das vitaminas A, B e C e de sais minerais como o cálcio, ácido fólico e potássio (importante mineral para o controle da pressão arterial). O tomate é tonificante e auxilia na circulação sanguínea.

- Seleta de legumes: a jardineira de legumes enlatada é de baixo valor calórico e excelente fonte de fibras. A jardineira de legumes é feita com milho, ervilha, batata, cenoura, água e sal, ingredientes estes devidamente balanceados. Não são adicionados conservantes químicos aos legumes enlatados. Os legumes têm papel fundamen-tal para uma boa alimentação. O milho auxilia no funcionamento do intestino, reduz os níveis de colesterol e glicose no sangue. A ervilha é excelente fonte de sais minerais que funcionam como constituintes estruturais dos tecidos do corpo. A batata é importan-te fonte de amido e fósforo o qual auxilia na formação óssea e na digestão. A cenoura ajuda no processo de crescimento, fortalece os dentes, melhora a visão e previne contra infecções urinárias.

- Feijão cozido e temperado: o feijão cozido enlatado é boa fonte de aminoácidos. O feijão pertence ao grupo das leguminosas, a melhor fonte de proteínas vegetais. A composição do feijão enla-tado é feijão carioca, água, sal, óleo de soja e condimentos. Nenhum conservante químico é adicionado ao feijão enlatado. O feijão possui carboidratos complexos e fibras, que ajudam a equilibrar as taxas de açúcar no sangue. Outra de suas virtudes é o baixo teor de gordura e sódio. Graças a esse perfil ele é indicado para hipertensos e colabora na prevenção e tratamento de distúrbios cardiovascula-res, diabetes, obesidade e câncer. Também contém ferro.

Confira os vídeos sobre alimentos enlatados no canal You Tube/TV Abeaço.

Uma boa variedade de alimentos enlatados está contemplada como opção para compor a merenda escolar. E nesse caso, contra fatos não há argumentos: ali-mentos em lata de aço saem ganhando em vários aspectos.

A primeira vantagem, e nesse caso faz toda a diferença, é a longa vida útil dos alimentos enlatados, com prazo de validade de até dois anos. As latas são resistentes e invioláveis, o que demons-tra segurança alimentar. Por sua forma e acabamento, as latas são facilmente trans-portadas. Além disso, economizam ener-gia, pois não necessitam de refrigeração para conservação dos alimentos. São prá-ticas para usar e fáceis de armazenar: bas-ta empilhar umas sobre as outras. Ponto para os alimentos enlatados!

Mas o mais importante é que esses alimentos na latinha de aço, sejam legumes, vegetais, molhos ou carnes, usa-dos na merenda escolar, preservam todas as propriedades nutricionais e o sabor por mais tempo sem necessidade de conser-vantes ou aditivos químicos. Os alimen-tos são cozidos dentro da própria lata. A embalagem de aço ainda bloqueia a entrada de luz e de oxigênio, fatores que podem alterar as propriedades.

O Frisa, frigorífico sediado no Espírito Santo com mais de 40 anos de tradição e qualidade, é um fornecedor de alimentos enlatados para a merenda esco-lar do Governo do Estado de São Paulo. A empresa participa do programa distribuin-do carne de bovino moída ao molho com legumes, hamburguer de carne bovina em

conserva, carne de frango em pedaços ao molho, entre outros. A lata de carne de bovino por exemplo contém carne bovina, água, batata, cenoura, polpa de tomate, sal refinado, condimentos na-turais e óleo vegetal. Nenhuma delas contém glúten.

Para preparar um prato com a carne de frango em pedaços ao molho, a Frisa sugere na embalagem dou-rar alho e cebola, acrescentar tomate, pimentão, extrato de tomate, cheiro verde e abafar por 10 minutos. Abrir a lata, juntar ao molho preparado sepa-radamente e, ao levantar fervura, desli-gar. Uma refeição completa. Os rótulos vêm com as informações nutricionais e dicas de modo de preparo e instruções de uso, armazenamento e conservação antes e após a abertura da embalagem primária. Todos as latas têm peso lí-quido de 3,0kg e são registradas no Ministério da Agricultura.

Há muitas leis já sancionadas e projetos de lei nas diversas esferas públicas em andamento relacionados à merenda escolar. Todos em prol da alimentação adequada. O projeto de lei 2389/2011, por exemplo, tem o objetivo de reduzir os índices de obesidade infan-til -- que quadruplicou nos últimos anos segundo dados do IBGE --, incentivar as escolas a oferecer produtos mais sau-dáveis e reeducar as crianças quanto aos hábitos alimentares. Uma transformação essencial para que todos os estudantes brasileiros de escolas públicas tenham melhor qualidade de vida no futuro.

Fotos: Divulgação

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Inovação e Tecnologia

Elas podem ter alças de pérolas ou teci-dos, shapes criativos e diferenciados, relevos sedu-tores e cores de saltar aos olhos. Cada vez mais as latas promocionais, criadas pelas mentes brilhantes de designers visionários e criativos, deixam o mer-cado e os consumidores admirados. São como a alta costura das embalagens.

Nesse verdadeiro desfile de beleza e gla-mour, há muitas top models. Bom exemplo é a lata cilíndrica rosa-choque inspirada na boneca Barbie, criada pela Princípia para acondicionar os deliciosos cookies da Santa Edwiges. Com um irresistível colar de pérolas como alça, a lata pode ser reutilizada depois para as meninas pas-searem com suas bonecas de um jeito mais do

que charmoso. Ainda na coleção Barbie, foram lançadas a lata vaso, em formato cônico, e a lata porta joia, em formato cilíndrico. Todas com li-tografias caprichadas e supercoloridas e a forte ideia de reutilização da lata após o consumo das guloseimas.

Para as mocinhas mais radicais, a parce-ria entre a Princípia e a Santa Edwiges resultou em uma lata porta-bonecas Monster High, com alcinha de tecido, fundo azul turquesa e estampa super fashion, com as ilustrações das monstrinhas charmosas. O conceito é o mesmo da lata Barbie: depois de devorar os biscoitos, as meninas podem levar sua Monster High para passear dentro da lata, matando as amigas de boa inveja.

Marcelo Dinhi, gestor comercial da Princípia, conta que este ano a empresa lançou quatro formatos de embalagens com alças, sendo três cilíndricas e um oval. “As alças facilitam o transporte da lata e agregam valor à embalagem. Fazem parte do conceito do pro-duto envasado, criando uma segunda utilização após o consumo. Além de acondicionar os produtos, as emba-lagens têm a função lúdica de se tornar um brinquedo, como no caso das latas porta-bonecas e, também, como belos presentes, no caso das embalagens de panetones e biscoitos”, explica.

Além da lata Barbie, fazem parte da coleção 2014 da Princípia latas com alças plásticas que viram cofrinhos, para a marca de gomas doces Finni, e uma linda lata dourada para panetone, com motivos nata-linos e alça dourada. “A Principia busca desenvolver sempre projetos diferenciados. Acreditamos que a uti-lização de outros materiais, em conjunto com a lata de aço, amplia as possibilidades de introdução da lata em novos mercados”, ressalta Marcelo.

Mas a Princípia não está sozinha na alta costu-ra da embalagem de aço. Poucos anos atrás, seria quase inimaginável moldar em aço algo como a Embala-gem Mini Baú, criada pela Meister para acondicionar lembrancinhas de casamentos, batizados, aniversários e para atender a um público que aprecia a delicade-za. “Essa lata foi criada para quem quer não somen-te oferecer um presente, mas um carinho, um mimo, um pequeno tesouro”, ressalta Evelin Silva, analista de vendas da empresa.

Segundo Evelin, a Meister tem em sua essên-cia o desejo e a preocupação de, ao criar um novo produto, fazer com que ele não seja simplesmente um objeto, mas que venha carregado de um sentimento. E leva tão ao pé da letra esse conceito que um de seus maiores sucessos é uma irresistível lata em forma de coração, oferecida em nove diferentes litografias, pas-sando por vermelha, verde limão e prateada. Quem não se apaixona?

Tecnologia para novas alças

Como já destacamos, a lata de aço, pelas características desse material, permite criações únicas, que nenhuma outra embalagem consegue obter. Enquanto algumas latas apresentam aberturas inovadoras ou litogra-fias e relevos criativos, outras têm alças nunca vistas antes no mercado. Fabricantes de maquinários investem para garantir mais esse diferen-cial. O colar de pérolas como alça da lata da Barbie, desenvolvido pela Princípia, por exemplo, reitera que não há limite para inovar e con-quistar mercado.

A Canpac, empresa que representa fabricantes de máquinas da Europa, Estados Unidos e Ásia, forneceu equipamento para a Metalúrgica Moco-ca para nova alça de plástico com tecnologia desenvolvida pela Sabatier da França, pertencente ao Grupo Soudronic. A novidade já é utilizada há alguns anos na Europa em latas de tintas. “Os rebites são soldados di-retamente na lata e na sequência a alça é inserida de forma automática”, diz Fabio Lourenço, diretor comercial da Canpac. Lourenço comenta que por esta aplicação ter um investimento alto, ainda não foi introduzida aqui no Brasil em latas decorativas. Está aí uma oportunidade que pode ser aproveitada pelas marcas no mercado brasileiro.

Para entender o processo da tecnologia Sabatier, o anteparo de plástico é fabricado a partir de uma bobina que segue as fases de pré-corte e perfu-ração do orifício, inserção de rebites e inserção da soldadora. A máquina permite processar latas nos formatos cilíndrica, cônica e tulipa.

Uma embalagem com alça oferece valor agregado, pois proporciona manuseio ergonômico, maior conforto, carregamento fácil e seguro, eco-nomia de espaço nas prateleiras e menos danos ao verniz causado pela fricção e atrito durante o transporte.

Já faz mais de 200 anos que o aço é utilizado nas embalagens de variados produtos. Isso porque, ao longo de sua história, muitas foram as tecnologias e novidades aplicadas ao seu desenvolvimento. Se antes a diferenciação era a impressão na própria lata de aço, hoje as marcas contam com litografia de ampla variedade, frente e verso, impressão em rele-vo etc. Isso faz com que a embalagem de aço tenha menor custo e se diferencie das demais.

Inovação sem limites

para brilharVestidas

Fotos: Divulgação

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Inovação e Tecnologia

Para destacar e diferenciar a embalagem de aço no mercado junto a marcas e consumidores é essencial que fabricantes de maquinários estejam atualizados às tendências e investindo em tecno-logia. No quesito relevo, a Stipare, empresa de soluções para envase e fabricação de embalagens, se destaca no mercado Latino Americano por ser a única empresa do mundo a fornecer tecnologia para relevo em latas com alta velocidade. Além disso, consegue aplica-lo em qualquer lata cilín-drica em toda a circunferência da embalagem.

A tecnologia desse equipamento chama--se Embomax®, patente da empresa alemã Blema

Kircheis, que é representada pela Stipare na Amé-rica Latina e vem se destacando devido aos grandes investimentos em novas tecnologias para latas. Por meio de torres rotativas, as ferramentas de relevo são acopladas e a lata é acessada ao equipamento, posicionando-se automaticamente podendo inclu-sive executar velocidades de até 600 latas por minu-to com diferentes aplicações. As latas de aerossol Pure Chili, por exemplo, fez uso desta tecnologia e conseguiu evidenciar seu produto com layout totalmente diferenciado devido ao efeito 3D, ex-periência tátil, impressão e litografia no próprio relevo, design único, evitando inclusive a cópia de seus produtos, além de destacar a logomarca evi-denciando ainda mais seu produto no PDV.

As máquinas para produção de embala-gem de aço com relevo são complementares ao sistema de impressão em latas. Normalmente a impressão é feita em maquinários específicos para esta finalidade. O equipamento Embo-max® recebe a lata já impressa e montada e, em seguida, posiciona a lata junto ao ferramental de relevo. A partir daí, o relevo é transferido para a lata gerando uma visão 3D da imagem com alta qualidade, precisão e flexibilidade quanto as mudanças de formas, formatos ou cores. O equipamento permite realizar relevos dentro ou fora do processo de fabricação das latas. Em caso de volumes baixos, a máquina é forneci-da para processos semiautomáticos podendo

Relevo 3D em Latas Cilíndricas ser trabalhada dentro do cliente final. Após o processo de relevo, então a embalagem estará pronta para o envase. Todo esse procedimento é feito por apenas um único equipamento, poden-do ser adequado a qualquer layout. Importante destacar que a variedade de relevos se dá por conta das diferentes ferramentas que podem ser adquiridas conforme a necessidade do cliente e a troca das ferramentas é muito rápida, em questão de minutos, dependendo do formato.

Os equipamentos estão em constante evo-lução para atender à demanda crescente do mer-cado. As principais inovações nas máquinas para fabricação e envase em lata de aço tornam a em-balagem mais competitiva e sustentável.

A robustez do aço permite que, com tecnologia e bom gosto, o material possa ser transformado em obras pri-mas. E lá vêm outras top models entrando na passarela da Meister: a embalagem cônica em formato de Baldinho, com alça e um pegador de madeira, permite acondicionar vários tipos de produtos e pode se transformar em um charmoso balde de gelo para o bar de residências chiques; e a emba-lagem retangular com telhado Casinha tem charme para guardar com carinho comidinhas delicadas, como biscoitos e chocolates, em datas festivas, da Páscoa ao Natal.

Mas não são só nos ângulos e curvas que as latas de aço se destacam. Além dos formatos diferenciados com detalhes primorosos, o relevo em aço tem um efeito único. É oferecido para clientes que desejam ter o seu nome eviden-ciado de uma forma marcante. Um exemplo é o relevo em destaque feito pela Meister sob medida para a Borges Infor-

mática em letras manuscritas, sobre uma lata em tom verme-lho vibrante. “A infinita possibilidade de cores e assessórios nos permite estar sempre renovando dentro do mercado de embalagens de aço”, diz Evelin.

Segundo Thaís Fagury, gerente executiva da Abeaço, as empresas associadas têm feito inves-timentos em tecnologia e inovação. “A lata de aço, pelas caracterís-ticas desse material, permite criações únicas, que não seriam viabilizadas em qualquer outro material. E isso já fez com que indústrias de diversos segmentos percebessem que a lata é também a me-

lhor embalagem quando querem valorizar seus produtos com ações promocionais”, ressalta. Thaís comenta que, enquanto embalagens promocionais em outros materiais costumam ir para o lixo, a lata ganha nova funcionalida-de na casa e no coração do consumidor, fortalecendo o vínculo com a marca.

Para Marcelo Dinhi, os investimentos em criati-vidade e inovação são necessários também para diferen-ciar as latas produzidas no Brasil. “Hoje o mercado glo-balizado nos traz uma desvantagem grande em relação, principalmente, aos produtos chineses, que no segmento de latas decorativas vêm se destacando em razão de seu baixo custo e diferentes formatos. O mercado possui uma demanda latente de latas diferentes e está receptivo a latas com aplicações de outros materiais em conjunto com o aço”, finaliza.

Fotos: Divulgação

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Empresas

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Investimentogarante qualidade

A Metalúrgica Mococa S/A foi fundada pela família Figueiredo Barretto há 60 anos. O nome da empresa foi inspirado na cidade em que se localiza a fábrica, Mococa, interior de São Paulo. A família já possuía uma fábrica de doces e conservas e, ao implan-tar uma unidade de produção de embalagens de aço, tinha como objetivo ampliar a produção e expandir as atividades, pois havia a oportunidade de atender os la-ticínios da cidade envasando produtos como manteiga e leite em pó.

Foi instalada então uma fábrica destinada à produção dos mais diversos modelos de latas brancas e litografadas para acondicionar e conservar produtos alimentícios. Por conta da qualidade de seus produtos e serviços prestados, no decorrer dos anos, a empresa re-gistrou crescimento expressivo e conseguiu aumentar a produção de embalagens metálicas para grandes marcas alimentícias do país. Recentemente, a Mococa iniciou a produção de embalagens de tintas.

Situada em um amplo e moderno parque indus-trial com uma área de 240.000 m², a Mococa se tornou

uma respeitável referência no segmento de embalagens metálicas. “No mundo inteiro, o segmento de em-balagens representa um dos mais robustos pilares da economia. Como uma poderosa alavanca para o cres-cimento de um país, atua tanto como fator estrutural para o desenvolvimento de mercados de produção e de serviços quanto como artigo final na cadeia do con-sumo”, diz Carlos Henrique de Oliveira, supervisor de vendas da Metalúrgica Mococa. “A Mococa trilha seus caminhos com a missão de proporcionar a todos os seus parceiros a melhor solução em embalagens e serviços litográficos”, completa Oliveira.

Para garantir a qualidade de seus produtos, a Mococa realiza verificações e controles, por uma equi-pe técnica especializada, em cada etapa do processo de produção de suas embalagens. São utilizados ins-trumentos de mediação e equipamentos devidamente calibrados e mantidos em perfeitas condições de uso. Além disso, a equipe realiza ensaios das características da embalagem, tais como análises de dimensões visu-ais e teste de resistência física e química, simulando

ExperiênciaCARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA Supervisor de Vendas da Metalúrgica Mococa S/A

O supervisor de vendas fala um pouco mais sobre a participação da empresa no mercado e também como a metalúrgica investe na melhoria do ambiente organizacional.

1) Quais foram as últimas novidades em lata de aço da empresa?Foram as embalagens expandidas para Nescafé e Linha Fiesta (Nestlé) e também as embalagens cônicas para o setor de tintas.

2) Vocês acreditam que a lata de aço é um atrativo a mais para os consumidores?Sim, pois possui a garantia da inviolabilidade dos produtos adquiridos, o que traz a segurança para o consumidor. O aspecto visual das artes litográficas anuncia o produto ao consumidor com suas formas, cores e dizeres apropriados aos objetivos das empresas que as utilizam e também por não agredirem o meio ambiente, já que a lata de aço é 100% reciclável.

3) A Metalúrgica Mococa se preocupa com a responsabilidade sócio-ambiental?A Mococa, desde seus primórdios, sempre buscou despen-der todos os cuidados com seus produtos e processos para que o meio ambiente em que está inserida. Para nós, tão importante quanto à qualidade de seus produtos e serviços, é a qualidade de relacionamento com seus colaboradores. Acreditamos que ao construir e cultivar relações éticas e transparentes, criamos um ambiente seguro e saudável onde o dinamismo, a conf iança e a cooperação estejam sempre presentes na organização. Todos esses elementos são elos es-senciais para a construção de uma cadeia sustentável. Temos o compromisso com a busca permanente de qualidade de vida de todos com quem estamos envolvidos.

Fotos: Arquivo pessoalo tratamento a que as latas serão submetidas. Com isso, suas em-

balagens metálicas para produtos alimentícios são todas produzidas com qualidade comprovada pelas normas internacionais, dentro dos critérios da norma ISO 9001:2008. A empresa oferece ainda garantia de assistência técnica.

Com alta capacidade de produção para atender aos mais va-riados clientes com qualidade e agilidade, a Mococa também investe pesado em tecnologia. Os equipamentos da Mococa nos setores de pré-impressão digital, corte, envernizamento, litografia, estamparia e montagem são todos importados de outros países e são considerados um dos mais modernos do mercado, o que torna a empresa pioneira em implantação de prensas multi-die para tampas-fundos e também registro de pré-impressão litográfica nos setores de Envernizamento e Litografia. Os equipamentos da Mococa são de alto desempenho, tanto em velocidade como em qualidade, comparáveis com as melho-res empresas desse segmento no mundo.

O executivo também ressalta a importância da valorização e do investimento e reconhecimento em pessoal. “A Mococa também acredita que além dos equipamentos de alta tecnologia, investir no ta-lento individual e no conjunto de conhecimentos, habilidades, com-portamento e aptidões possibilita maior probabilidade de resultados eficientes e eficazes na execução de nosso trabalho”, finaliza Oliveira.

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