Ezequiel

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Profeta EZEQUIEL O arquiteto do Templo

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Profeta EZEQUIELO arquiteto do Templo

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• Ezequiel era um homem de amplos conhecimentos, não somente das tradições de sua nação, mas também de assuntos internacionais e da

história. • Sua familiaridade com tópicos gerais de cultura, desde a construção de navios até

a literatura, é igualmente espantosa. • Era dotado de grande intelecto e tinha capacidade de compreender

questões de amplo alcance. • Na sua segunda vinda a Jerusalém (598-597), Nabucodonosor

deportou para a Babilônia, o rei Joaquim e a família real, junto com outros dez mil membros da elite (2 Reis 24.12-14). Ezequiel

estava entre eles. • Era contemporâneo do profeta Jeremias, porém, mais jovem.

Enquanto Jeremias profetizava em Jerusalém. • Era conhecido de Daniel, não sabemos se mantinha relações mais

próximas com ele (14.20; 28.3). • Ezequiel era casado, mas, sua esposa morreu durante o cativeiro

(24.15-18).

• Ezequiel era de família sacerdotal filho de Buzi, o sacerdote.

• Os sacerdotes iniciavam seu serviço no templo aos trinta anos.

• Mas, no ano em que Ezequiel fez trinta anos ele se encontrava no cativeiro babilônico a cerca de 1100 quilômetros distante do templo de Jerusalém.

• O profeta viveu entre os exilados, sua profecia foi formulada em meio às pessoas deportadas para as terras estranhas da Babilônia.

 

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CONTESTAÇÕES HEBRAICAS

• O livro de Ezequiel faz parte da subdivisão chamada Profetas Maiores do cânon hebraico e encontra-se logo após Isaías e Jeremias.

• A Bíblia em português adota a ordem da Septuaginta e coloca Ezequiel após Lamentações.

• Apesar do livro sempre ter feito parte do cânon hebraico, estudiosos judeus posteriores questionam seu valor pelas aparentes discrepâncias entre sua interpretação do ritual do templo e as prescrições da lei mosaica (Divergência no número e nos tipos de animais sacrificados na Festa da Lua Nova (Nm 28.11 e Ez 46.6). • Os rabinos finalmente restringiram

o uso público e particular de Ezequiel.

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A Casa de Ezequiel

Ezequiel, o grande profeta do exilio, entregou mensagens de calamidade e consolação entre 592 a.C. e 570 a.C., de acordo com a informação cronológica fornecida por ele.

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A Casa de Ezequiel

Fora levado ao cativeiro babilônico na segunda onda de deportação em 598 a.C. e evidentemente passara o resto da vida entre os exilados na Mesopotamia junto ao rio Quebar.

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A Época.

Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no começo do exílio babilônico. O profeta Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de

acontecimentos, analisou a queda e a restauração da casa de Israel; enquanto que seu contemporâneo mais velho, Jeremias, em Jerusalém, observou de perto os últimos suspiros do reino de Judá (Jr. 1:1-3). Durante grande parte dos séculos oito e sete A. C., o cruel poder assírio perturbou os reinas de Israel e Judá. O reino do norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente enfraquecido, conseguiu sobreviver ao seu opressor. Como reinado de Assurbanipal (669-633 A.C.), o império assírio começou a declinar.

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A Época.

O Egito esquivou-se ao seu jugo em 655. Dentro de poucos anos a Assíria estava lutando pela sobrevivência contra a Babilônia e os medos. Assur, antiga capital da Assíria, sucumbiu em 614, e a muito poderosa Nínive foi completamente destruída em 612. Por volta de 607 os restos do império assírio desmoronaram. Os egípcios sob as ordens de Neco foram derrotados por Nabucodonosor (também chamado Nabucodonosor) em Carquemis sobre o rio Eufrates em 605 A.C. (Jr. 46:2 e segs.). Os caldeus se tornaram os novos senhores do mundo (II Reis 24:7), com Judá por estado vassalo.

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O profeta dos ultimos dias

2ª. Parte

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A Época.

Jeoaquim (608-597 A.C.) perseguiu os profetas (Jr. 7; 26; 36), degradou a vida espiritual da nação (Jr. 7:1-15; 13:16-20; cons. Ez. 8), demonstrando ser um tirano fantoche (Jr. 22:13-15, 17-19). Ele se rebelou contra Nabucodonosor em 602 A.C. e foi molestado pelos estados vizinhos (II Reis 24:1 e seguintes.). Morreu em desgraça antes da invasão, punitiva de Nabucodonosor chegar a Judá (Jr. 22: 19).

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ISRAEL: VIOLAÇÃO DO CONCERTO

• Embora o linguajar tecnico do concerto seja esparso em Ezequiel, a noção do concerto esta pressuposta em todos os lugares.

• As demonstrações epifanicas gloriosas do Senhor servem o proposito de apresentar o Deus do concerto, o soberano a quem Israel e todas as nacoes da terra tem de prestar contas.

• A hediondez da deserção pecadora de Israel fica ainda mais evidente sob a luz da gloria e majestade do Senhor (cf. Is 6.1-5).

• Ezequiel descreveu a desobediencia de Israel ao concerto divididos em tres titulos: violação como prostituição, violação como idolatria ou apostasia e violação como quebra da lei ou estipulação.

• Disse que desde o começo da historia nacional o povo fora caracterizado por infidelidade ao Senhor. O que tinham feito em tempos recentes era pouco diferente do que os antepassados fizeram no deserto, nos dias de Moises (Ez 20.1-32).

• Em linguagem cheia de conotacoes ligadas ao concerto, o profeta detalhou esse relato medonho.

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A Época e o Motivo (Jeremias 7)

1  A palavra que da parte do SENHOR, veio a Jeremias, dizendo: 2  Pöe-te à porta da casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR. 3  Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar. 4  Näo vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este. 5  Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras; se deveras praticardes o juízo entre um homem e o seu próximo; 6  Se näo oprimirdes o estrangeiro, e o órfäo, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal, 7  Eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre. 8  Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. 9  Porventura furtareis, e matareis, e adulterareis, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que näo conhecestes, 10  E entäo vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Fomos libertados para fazermos todas estas abominaçöes? 

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A Época e o Motivo (Jeremias 7)

11  É pois esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR. 12  Mas ide agora ao meu lugar, que estava em Siló, onde, ao princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel. 13  Agora, pois, porquanto fazeis todas estas obras, diz o SENHOR, e eu vos falei, madrugando, e falando, e näo ouvistes, e chamei-vos, e näo respondestes, 14  Farei também a esta casa, que se chama pelo meu nome, na qual confiais, e a este lugar, que vos dei a vós e a vossos pais, como fiz a Siló. 15  E lançar-vos-ei de diante de minha face, como lancei a todos os vossos irmäos, a toda a geraçäo de Efraim. 16  Tu, pois, näo ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oraçäo, nem me supliques, porque eu näo te ouvirei. 17  Porventura näo vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém? 18  Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libaçöes a outros deuses, para me provocarem à ira. 19  Acaso é a mim que eles provocam à ira? diz o SENHOR, e näo a si mesmos, para confusäo dos seus rostos? 20  Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que a minha ira e o meu furor se derramaräo sobre este lugar, sobre os homens e sobre os animais, e sobre as árvores do campo, e sobre os frutos da terra; e acender-se-á, e näo se apagará. 

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O credo histórico – Deuteronômio 26:5-11

5 Então testificarás perante o Senhor teu Deus, e dirás: Arameu, prestes a perecer, foi meu pai, e desceu ao Egito, e ali peregrinou com pouca gente, porém ali cresceu até vir a ser nação grande, poderosa, e numerosa. 6 Mas os egípcios nos maltrataram e nos afligiram, e sobre nós impuseram uma dura servidão. 7 Então clamamos ao Senhor Deus de nossos pais; e o Senhor ouviu a nossa voz, e atentou para a nossa miséria, e para o nosso trabalho, e para a nossa opressão. 8 E o Senhor nos tirou do Egito com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres; 9 E nos trouxe a este lugar, e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel. 10 E eis que agora eu trouxe as primícias dos frutos da terra que tu, ó Senhor, me deste. Então as porás perante o Senhor teu Deus, e te inclinarás perante o Senhor teu Deus, 11 E te alegrarás por todo o bem que o Senhor teu Deus te tem dado a ti e à tua casa, tu e o levita, e o estrangeiro que está no meio de ti.

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Projeto de Culto e Liturgia

Projeto Ético

Projeto de Estado e Nação

Lei Mosaica - Apresenta 3 projetos de Deus para o homem

As Festas de Israel

Mês Dia Festa Retrospectiva ProspectivaEstabeleci

da Escritura

1 - Nissan 14 Páscoa

Redenção do Primogênito

Morte Redentora de Cristo Lev. 23:4-5

I Cor 5:7 - I Pedro 1:18-19

1 - Nissan 15-21

Pães Ázimos

Separação de outras nações

Viver Santo dos crentes Lev. 23:6-8

I Cor 5:7 -8 Gálatas 5.9,16-17

1 - Nissan 16 Primícias

Início da colheita na terra

Ressurreição de Cristo Lev. 23:9-14 I Cor 15:20-23

3 - Sivan 6

Pentecostes

Conclusão da Colheita

Envio do Espírito Santo Lev. 23:15-22

Atos 2:1-47 I Cor 12:13

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CREDO HISTÓRICO EXPLICADO

ANTECEDENTES: Meu pai era arameu prestes a perecer, v.5;AFLIÇÃO: Os egípcios nos afligiram, v.6;SÚPLICA: Clamamos a Deus, v. 7a;ATENDIMENTO: Deus nos ouviu e reparou na nossa miséria, v. 7b;SALVAÇÃO. Deus nos conduziu para fora do Egito, v.8, e nos transferiu para este lugar, entregando-nos a terra, v.9;RESPOSTA DO REDIMIDO: Portanto, eu ofereço...v, 10. Adorando e jubilando, v.11.

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DEUS: E SUA AUTO-REVELACAO

Este é foco central do profeta que emerge já no começo do tratado, em Ezequiel 1.1-3. Em uma das revelações mais impressionantes da gloria divina em toda a Biblia, o Senhor, em imagem intensamente apocaliptica, manifesta-se ao profeta no trigésimo ano do profeta, o quinto ano do cativeiro de Joaquim (ou seja, 592 a.C.). Ezequiel afirmou: “Eu vi visões de Deus” (Ez 1.1), visões acompanhadas por palavra interpretativa (v. 3) e pelo poder capacitador do Senhor (v.3).Estes tres elementos — visão, palavra e mão (ou poder) — aparecem espalhadamente nas descrições que Ezequiel fez da sua chamada e da auto-revelação do Senhor.A visão é a própria mensagem abstrata, a palavra e sua interpretação e a mão (ou poder) e o meio pelo qual a mensagem e eficazmente comunicada. A mão do Senhor em direção ao profeta significa dar-lhe a garantia da afirmação e capacitação do Senhor.

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1  E aconteceu no trigésimo ano, no quarto mês, no quinto dia do mês, que estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visöes de Deus. 2  No quinto dia do mês, no quinto ano do cativeiro do rei Jeoiaquim, 3  Veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mäo do SENHOR. Ezequiel 1 1) Sob rescrito. 1:1-3. 1. No trigésimo ano. Desde o tempo de Orígenes (185-254) esta referência ao tempo tem sido considerada como uma referência à idade do próprio profeta, cidade quando os sacerdotes começavam o seu ministério (Nm. 4:3, 4), um sistema de datar sem paralelos na história hebraica.

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O quarto mês era dos meados de junho aos meados de julho, calculando a partir do primeiro mês dos meados de março aos meados de abril. No meio dos exilados. A palavra hebraica gôlâ é um termo coletivo que significa "exilados", ou, de maneira abstrata, "o exílio". Rio Quebar (ké-bär) ou Nehar-Kebar (1:1, 3; 3:15, 23; 10:15 , 20, 22; 43:3). Provavelmente o nâru kabari, "ou grande rio", ou "o grande canal", um curso de água artificial do Eufrates.

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No quinto ano de cativeiro do rei Joaquim (junho-julho, 592) é a primeira das quatro referências a datas no livro de Ezequiel (cons. 1:2; 3:

16; 8:1; 20:1; 24:1; 26:1; 29:1, 17; 30:20; 31:1; 32:1,

17; 33:21; 40:1). Ezequiel foi o primeiro profeta a datar a sua mensagem cronologicamente.

3. Ezequiel (Yehezqe'l, "Deus fortalece") . . . o sacerdote. Nada se sabe do seu pai Buzi. Outros profetas com antecedentes sacerdotais foram: Samuel (I Cr. 6:28; I Sm. 7:9; 11:14; 16:2 e segs.); Jeremias (1:1); Zacarias (1:7; Ne. 12:4, 16; Ed. 5:1). Esteve sobre ele a mão do Senhor.

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Visões de Deus aqui incluem visões dadas por Deus e visões nas quais Deus foi visto.

4  Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de ámbar, que saía do meio do fogo. 5  E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem. 6  E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas. 7  E os seus pés eram pés direitos; e as plantas dos seus pés como a planta do pé de uma bezerra, e luziam como a cor de cobre polido. 8  E tinham mäos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas. 9  Uniam-se as suas asas uma à outra; näo se viravam quando andavam, e cada qual andava continuamente em frente. 

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10  E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leäo, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro. 11  Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas por cima; cada qual tinha duas asas juntas uma a outra, e duas cobriam os corpos deles. 12  E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; näo se viravam quando andavam. 13  E, quanto à semelhança dos seres viventes, o seu aspecto era como ardentes brasas de fogo, com uma aparência de lámpadas; o fogo subia e descia por entre os seres viventes, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relámpagos; 14  E os seres viventes corriam, e voltavam, à semelhança de um claräo de relámpago. 

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a) As Criaturas Viventes e o Carro. 1:4-14. 4. Quanto a aparição divina no vento tempestuoso (AV, redemoinho) e nuvem, veja também Ex. 9:24; 19:16; Jz. 5:4; I Reis 19:11; Sl.

29; Zc. 9:14. Do norte. Aqui Ezequiel não está tomando emprestado o conceito mitológico de que o norte era o trono dos deuses, mas talvez esteja sugerindo a transcendência divina. (lembrar de Elias) Metal brilhante (Uma coisa de cor âmbar, E.R.C.). No hebraico, como o olho do hashamal. Usado apenas em 1: 4, 27; 8:2. 5. Semelhança (demût) e aparência (mar'eh) aparece dez e quatorze vezes respectivamente na narrativa. O profeta sente a impropriedade da língua humana para descrever o inefável, mas também tem o cuidado de evitar os antropomorfismos. Quatro seres viventes (hayyôt) são mais tarde identificados como querubins

7. As suas pernas (e não pés; cons. Gn. 49:10; Is. 6:2; 7:20) eram direitas, sem joelhos; e a planta de seus pés era redonda como a de um bezerro, para que não se flexionasse ou virasse.

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8. Cada querubim tinha provavelmente duas mãos, pois aos quatro lados pode significar também "ao lado dos quatro". 9. Os querubins, com um par de asas estendidas que se tocavam umas às outras, formavam os lados da carruagem, que podia se movimentar em todas as quatro direções, mas não se viraram (cons. v. 12). Um segundo par de asas que cobriam os corpos

10. Cada querubim tinha quatro rostos, como o de homem, na frente; à direita . . . rosto de leão; à esquerda, rosto de boi e rosto de águia, atrás (cons. 10:14; Ap. 4:7).

QUATRO EVANGELHOSHOMEM = LUCAS - LEÃO = MATEUS

BOI = MARCOS - ÁGUIA = JOÃO No centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes

cobertos de olhos, tanto na frente como atrás. 7 O primeiro ser parecia um leão, o segundo parecia um boi, o terceiro tinha

rosto como de homem, o quarto parecia uma águia em vôo. 8

Cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar:

Ap. 4.6“Santo, santo, santo

é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir”.

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15  E vi os seres viventes; e eis que havia uma roda sobre a terra junto aos seres viventes, uma para cada um dos quatro rostos. 16  O aspecto das rodas, e a obra delas, era como a cor de berilo; e as quatro tinham uma mesma semelhança; e o seu aspecto, e a sua obra, era como se estivera uma roda no meio de outra roda. 17  Andando elas, andavam pelos seus quatro lados; näo se viravam quando andavam. 18  E os seus aros eram täo altos, que faziam medo; e estas quatro tinham as suas cambotas cheias de olhos ao redor. 19  E, andando os seres viventes, andavam as rodas ao lado deles; e, elevando-se os seres viventes da terra, elevavam-se também as rodas. 20  Para onde o espírito queria ir, eles iam; para onde o espírito tinha de ir; e as rodas se elevavam defronte deles, porque o espírito do ser vivente estava nas rodas. 21  Andando eles, andavam elas e, parando eles, paravam elas e, elevando-se eles da terra, elevavam-se também as rodas defronte deles; porque o espírito do ser vivente estava nas rodas. 

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b) As Quatro Rodas. 1:15-21. 15. O profeta viu a seguir ao lado dos seres viventes, rodas. 16. Pareciam brilhantes (lit. olho) como o berilo (turquesa). No hebraico, tarshîsh. A pedra que recebeu o nome de Társis, ou Tartessus, ao sul da Espanha, é provavelmente o antigo crisólito (pedra de ouro) correspondendo ao nosso topázio dourado, não à água marinha verde claro ou o berilo. Uma roda dentro da outra. A explicação comum é que cada roda parecia como duas rodas que se atravessavam fazendo ângulos retos e formando uma roda composta, que podia se movimentar em diferentes direções sem se virar (v. 17). 18. O texto hebraico está em desordem. A LXX sugere: e tinham rebordos (ou, aros; AV, anéis). E olhei para elas (em vez do heb. e metiam medo). E os seus rebordos eram cheios de olhos, símbolos da vida e inteligência.

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22  E sobre as cabeças dos seres viventes havia uma semelhança de firmamento, com a aparência de cristal terrível, estendido por cima, sobre as suas cabeças. 23  E debaixo do firmamento estavam as suas asas direitas uma em direçäo à outra; cada um tinha duas, que lhe cobriam o corpo de um lado; e cada um tinha outras duas asas, que os cobriam do outro lado. 24  E, andando eles, ouvi o ruído das suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, um tumulto como o estrépito de um exército; parando eles, abaixavam as suas asas. 25  E ouviu-se uma voz vinda do firmamento, que estava por cima das suas cabeças; parando eles, abaixavam as suas asas. 26  E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia algo semelhante a um trono que parecia de pedra de safira; e sobre esta espécie de trono havia uma figura semelhante à de um homem, na parte de cima, sobre ele. 27  E vi-a como a cor de ámbar, como a aparência do fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele. 28  Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do SENHOR; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava. 

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19-21. Havia uma unidade entre os seres viventes e as rodas orientadas pelo Espírito de Deus. Compare com as referências às rodas do trono do "Ancião de dias" em Dan. 7:9, às bases do Templo de Salomão, I Reis 7:27-30, e às da carruagem em I Cr. 28:18. Mais tarde, os "ofanins", as rodas personificadas, foram colocadas perto dos querubins e serafins na presença de Deus.c) A Plataforma, o Trono e a Aparência Divina em Cima Delas. 1:22-28.

22. Algo semelhante ao firmamento. O hebraico raqi'a aparece dezessete vezes nas Escrituras, em

Gn. 1; Ez. 1; 10:1; Sl. 19:1; 150:1; Dn. 12:3. Aqui a figura é de uma "plataforma" estendida por sobre (RSV) as cabeças dos seres viventes como cristal (lit., como o olho ou a cintilação do gelo; também a LXX, Sir. , Vulg. Cons. Ap. 4:6. Omita-se "que metia medo", de acordo com a LXX).

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24. Quando em movimento, o som de suas asas era como o rugido de muitas águas (Si. 42:7; Is,17:12),

como a voz do Onipotente (Sl. 29, "a voz de Deus", sete vezes), o estrondo tumultuoso, como o tropel de um exército (Is. 17:12; Joel 2:5 ). Onipotente. Hebraico Shadday é um termo pré-mosaico para Deus, usado principalmente para poesia, ou em prosa com El (Deus) antes (Gn. 17:1). O nome é de origem incerta, mas pode significar "onisciente, que tudo sabe", e não "onipotente", ou "das montanhas" (cons. N. Walker, "Uma Nova Interpretação do Nome Divino Shaddai" ZAW, 72, 1960, págs. 64-66).

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25. Este versículo foi omitido por nove manuscritos hebraicos, pela LXX e pelo manuscrito siríaco.26. Sobre a plataforma havia um trono como uma safira (cons. Êx. 24:10). Talvez fosse o antigo lapis lazuli semelhante ao mármore. 27. A parte superior da figura semelhante a um homem assentado sobre o trono parecia metal brilhante (bronze reluzente, RSV; lit, como o olho do hashmal; cons. v. 4) rodeada de fogo (lit. como se o fogo .a envolvesse de todos os lados); enquanto a parte inferior, também, era coberta por um resplendor ardente. 28. O resplendor à volta do trono do Senhor era como o arco que aparece na nuvem em dia de chuva. Isto sugere a quietude após a. tempestade. Para os hebreus e para nós o arco-íris faz lembrar a aliança feita com Noé (cons. Gn. 9:12 e segs.; Ap. 4:3; 10:1).

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Na presença de Deus, Ezequiel reconheceu a sua indignidade (cons. Gn. 32:30; Êx. 20; 19, 20; 24:11; Is. 6:5; Jr. 1: 6).

Da sua visão, Ezequiel ficou sabendo que Deus não se limitava à Palestina, mas estava presente na Babilônia entre os exilados, descendo à terra sobre querubins e tempestade (Sl. 18:10; 104:3). O carro podia movimentar-se rapidamente em todas as direções, simbolizado pelo número quatro. As figuras olhando para as quatro direções (vs. 9, 10, 17) dão a idéia que todas as partes do universo estão abertas aos olhos divinos. As asas ligavam a visão ao céu e as rodas à terra. Assim nenhum lugarzinho fica inacessível à presença e energia divinas. A onipresença de Deus fica desse modo transmitida de maneira poderosa.

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A figura assentada sobre o trono fala da onipotência e governo soberano de Deus (v. 26). A soberania de Deus está manifesta sobre a criação inanimada vento, nuvens, fogo, trovão (vs. 4, 24) e criação animada – os quatro seres viventes (vs. 5, 10). A forma humana generalizada e as diversas faces das criaturas viventes expressam a dignidade conferida por Deus às diversas porções de Sua criação, um reflexo de Sua majestade: homem, inteligência; águia, rapidez; boi, força; leão, majestade. Os rabis explicam o simbolismo assim: "

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O homem foi exaltado entre todas as criaturas; a águia, entre as aves; o boi, entre os animais domésticos; o leão, entre ai feras; e todos eles receberam o domínio e a grandeza, mas ainda assim estão sob o carro do Santo". (Misdrash Rabbah Shemoth, § 23, coment. sobre o Êx. 15:1). o ruído das asas dos querubins (v. 24) é o testemunho de toda a criação para com Deus (Sl. 19:1), enquanto os corpos velados (vs. 8, 11) representam a incapacidade de todas as criaturas de permanecerem na presença de Deus santo (cons. Is. 6:2).

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Os Pais da Igreja empregavam os quatro rostos como emblema dos Evangelistas. Irineu, Jerônimo, Atanásio e Agostinho variavam no seu uso, o de Jerônimo, de maior aceitação, tem a seguinte ordem: o homem, Lucas; o leão, Mateus; o boi, Marcos; a águia, João. Embora as divindades babilônicas, Marduque, Nebo, Nergal e Ninib fossem indicadas pelo boi, homem, leão e águia respectivamente (Jeremias), Ezequiel deve ter extraído o seu simbolismo mais provavelmente das figuras do templo de Salomão (I Reis 6:23-35; 7:27-37 ) e do propiciatório em cima da arca do Tabernáculo (Êx. 25:10-22).

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