Faculdade internacional RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

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FACULDADE INTERNACIONAL Nome do Aluno RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA Cidade 2011

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FACULDADE INTERNACIONAL

Nome do Aluno

RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

Cidade

2011

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Nome do Aluno

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

Relatório de Estágio Clínico apresentado como requisito parcial para obtenção do título de

especialista no curso de pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional, na

modalidade à distância, da Faculdade Internacional

Prof.ª xxxxxxxxxxx

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Cidade

2011

FACULDADE INTERNACIONAL

Relatório Final de Estágio de Psicopedagogia Clínica apresentado à Faculdade Internacional ,

do curso de especialização em Psicopedagogia Clínica e Instrucional.

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Nota: _____________ ( ) A = Aprovado ( ) R = Reprovado

__________________________________________

Profº Orientador

Responsável pela Prática Psicopedagógica

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 IDENTIFICAÇÕES DA INSTITUIÇÃO

2.2 DADOS DO AVALIANDO

2.3 REGISTROS DA QUEIXA

2.4 REGISTROS DESCRITIVOS DOS ENCONTROS.

3 DEVOLUTIVA AOS PAIS E AO ALUNO.

4 PARECER PSICOPEDAGÓGICO.

5 INFORME PSICOPEDAGÓGICO.

6 PROPOSTA DE INTERVENÇAÕ.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

ANEXOS.

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo formular uma analise e uma intervenção

Psicopedagogica clinica de um aluno cujo pseudônimo V.m.m, de 6 anos de idade que cursa 1

ano do ensino fundamental e que vem apresentado dificuldades em seu processo de

construção do conhecimento. Enquanto futura psicopedagoga vejo a importância deste

trabalho se justifica pelo necessário aperfeiçoamento do conhecimento adquirido através do

estudo do campo. Sabemos que a educação para a cidadania é uma tentativa de fazer com que

haja maior conscientização da sociedade a fim de que ela assuma as responsabilidades sociais

e políticas que ele cabe.

Portanto, como se preocupa com o problema de aprendizagem, deve ocupar- se inicialmente

do processo de aprendizagem, estudando assim as características de aprendizagem humana.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Identificações da instituição

O estagio clinico foi realizado na escola estadual Coronel Antonio Trindade que fica localizado

na Rua Giovane toscano de brito n 380

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Situada no município de Aquidauana, Estado do Mato Grosso do Sul. Optei por cumprir a carga

horária de estagio exigida pelo curso que ora estou terminando, tive os primeiros contatos na

Instituição Diretora da Escola e também com a equipe de supervisores. Essa instituição de

caráter estadual atende atualmente uma media de 309 alunos. A escola foi fundada em março

de 1950 como escolas municipal, com apenas uma sala de aula, e após vinte e dois anos, em

30 de Agosto de 1972, passou a ser uma Escola Estadual, com o nome de Escola Estadual

Coronel Antônio Trindade, por determinação do então governador do estado na época de

Mato Grosso, hoje mato grosso do sul.

A instituição, que funciona em dois turnos (diurno e vespertino), conta hoje com um total de

14 funcionários para atender a demanda de 309 alunos matriculados no Ensino Fundamental.

No período da manhã estão matriculados 154 alunos nas turmas de 1º a 5º ano. E no período

das tarde 153 alunos do 1º ao 5º ano. A equipe é composta por 2 merendeiras , 7 funcionários

que atuam na secretaria distribuídos em ambos os períodos, 5 auxiliares de limpeza (2 de

manhã e 3 a tarde),. 1 diretora, 2 coordenadoras ( uma em cada turno). 14 professores

distribuídos em número iguais nos período matutino e vespertino.

A instituição atende crianças da zona rural, vilas e bairros próximos à escola. A clientela da

escola, quase na sua totalidade, é composta por alunos provenientes de famílias de baixa

renda, muitas delas em situações de vulnerabilidade social, são filhos de trabalhadores rurais,

domésticas, pedreiros, diaristas, garis, trabalhadores sem qualificação profissional, etc. Uma

grande parcela das crianças também participam de programas sociais Federais, como Bolsa

Escola, Bolsa Família, Segurança Alimentar, Agente Jovem, Programa de Erradicação do

Trabalho Infantil, etc.

A escola atende ainda alunos Portadores de Necessidades Especiais que estão inclusos nas

diferentes turmas do ensino fundamental. Entre os alunos matriculados encontram-se algumas

crianças indígenas originárias das aldeias existentes no município deAquidauana. É possível

que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

Quanto à estrutura física a instituição está instalada em um prédio de construção muito antiga,

onde durante décadas não passou por grandes reformas nem ampliações. Devido à

necessidade de espaço físico, em 2011 o Estado locou uma residência em frente à escola para

poder funcionar duas salas de aula porem uma sala inadequada, muito pequena o espaço

mede 18m para abrigar 23 alunos, a professora tem dificuldade para se locomover a falta de

espaço, e evidente e v.m.m senta no fundo às vezes não do tempo de atende lo. O prédio

antigo possui quatro salas de aula, sala de direção, sala de coordenação, almoxarifado, sala de

tecnologia, dispensa cozinha, seis banheiros para atender os alunos e dois para os professores

e administradores, pátio coberto, quadra esportiva e áreas livres, não possui biblioteca.

2.1 DADOS DO AVALIANDO

Nome: V.M.M.

Data de Nascimento: 08.08.2005

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Sexo: Masculino

Filiação: Pai: J.M

Mãe: R.M.P.

Serie: 1º ano Ensino Fundamental.

2.2 REGISTROS DA QUEIXA

V.M. M vem apresentando dificuldade em seu processo de construção de conhecimento. A

mãe relatou que V.M. M, só começou a falar com 5 anos de idade fez tratamento com vários

medico e chegou ate ouvir, que V.M.M seria um deficiente auditivo, mas para sua surpresa

com 5 anos ele começou a falar já no ensino aprendizagem ele é muito di spersivo.

A professora me disse que V. não consegue acompanhar os amigos. Seu material nunca este

completo todos os dias esquece os materiais não cuidando nem zelo, não copia direito do

quadro é um menino esperto, mas não consegue ficar quieto um minuto.

2.3 REGISTROS DESCRITIVOS DOS ENCONTROS.

29 De agosto de 2011

Visita na instituição de ensino Escola Estadual Coronel Antonio Trindade, com a professora e

também coordenadora da escola, afins de levantamento de dados com a professora de V. Deu -

se inicio a realização do estagio psicopedagogico clinico, a coordenadora me mostrou uma sala

vazia que fica na extensão da escola, visitei a sala de aula que V. estuda, garanto que não foi

nada agradável, pois a sala de aula fica na extensão sendo uma calamidade de 18 m² para 23

alunos da primeira serie, eles juntam as carteiras para trabalhar em grupo e só vendo a

professora muito calma não conseguindo nem andar pela sala porque não cabia ninguém

direito.

V.m.m senta ao fundo da sala, talvez este possa ser um dos motivos no qual ele não consegue

acompanhar.

A escola é uma casa mantida, pelo governo do Estado para atender duas salas, a outra fica na

varanda sem divisória a onde faz muito barulho atrapalhando a concentração dos alunos, o

calor é insuportável. A professora faz o melhor que pode

Conforme o combinado V. comparece a Escola Estadual Coronel Antonio Trindade

acompanhado pela sua irmã. O mesmo recebeu esclarecimentos a cerca do trabalho a ser

desenvolvido, mostrando-se contente e disposto a colaborar. Já agendei os encontros

subseqüentes.

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30 de agosto de 2011

Com intuito de ter melhor conhecimento sobre a história de vida de V., foi realizada a

Anamnese com a mãe de V. é importante incluir estes dados sobre o paciente dentro de sua

dinâmica familiar, contemplando toda a sua história de vida na coleta das informações foram

levadas em consideração as etapas de desenvolvimento do aprendente desde a gravidez até o

estagio atual.

Identificação do sujeito

V. é um menino de seis anos de idade que estuda atualmente na Escola Estadual Coronel

Antonio Trindade, situada no bairro Trindade.

V. reside no mesmo bairro onde está situada s sua escola, juntamente com sua mãe R.M. P, 25

anos, e seus avos maternos, seu pai os deixou logo ao nascer, mora junto a tua irmã I. De 9

anos, S. de 5 anos e G de 9 meses, V. ocupa a posição de 3 filho nesta família.

Iniciou a vida escolar sem maiores problemas de adaptação. Já na aprendizagem está

enfrentando dificuldade, com baixo rendimento escolar, aparentemente faz parte de uma

família que não se preocupa e nem sempre estão atentas as questões educacionais.

Relato descritivo Anamnese

Filiação

Pai: J.M

Idade: 54 anos

Profissão: Campeiro

Escolaridade: 6° ano do ensino fundamental.

Mãe: R.M. P

Idade: 25 anos

Profissão: Domestica

Escolaridade: Não tem escolaridade.

ANTECEDENTES NATAIS:

GESTAÇÃO:

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Para realização da Anamnese em nenhum momento da entrevista ela resistiu em responder as

perguntas, mostrando acessível a tornando a conversa bastante agradável.

Em seus relatos, R.M. P deixa claro que apesar da gravidez não ter sido planejado V., foi uma

criança muito bem vinda por toda a família. A gestação ocorreu sem maiores problemas clinico

e não sofreu nenhum acidente durante o período em que esteve grávida de V.

Durante a gestação J.M, não acompanhava a esposa nas consultas médicas. O parto de V. foi

normal não demorou muito para nascer, demorou reagir a todos os estímulos a que foi

submetido. Após seu nascimento o seu pai os abandonou no período neonatal V. dormia

muito, sono tranqüilo, não acordava assustado, foi amamentado no seio materno até os oito

meses de idade tinha boa sucção, hoje se alimenta bem.

Em relação ao seu desenvolvimento motor, V. não engatinhou e sentou com oito meses,

iniciou seus passos aos onze meses. A mãe relata que houve certa demora para V. falar

necessário acompanhamento médico, foi a vários como não tinha recursos financeiros, não foi

a nenhum especialista, somente os que a rede publica ofereceu, V. foi assistido por um

profissional no período de dez meses, chegando até mencionar que ele não iria falar, para sua

surpresa quando ele iria completar quatro anos começou a falar, suas pronuncia ainda não é

nítida.

A mãe relata que não tem muito tempo que perdeu o seu segundo filho, quando nasceu tinha

má formação no cérebro, viveu oito anos, seu ultimo filho G. também tem problema nos

pulmões, a família tem muitas dificuldades. R.M. P, fala que V. toma dois banhos diários, uma

vez que os avos moram junto, e também ajuda cuidar.

V. é um menino independente e desenvolve atividades práticas com facilidade, adquiriu

controle dos esfíncteres com um aninho de idade e segundo a mãe foi iniciativa própria, a mãe

fala que ele é um menino, melindroso briga com os coleguinhas facilmente, não divide seus

brinquedos com os irmãos, de vez em quando eles se pegam nos tapas, é quando minha mãe

os corrige.

OBSERVAÇÕES:

A mãe de V., disse que é muito duro para ela ajudar o filho, pois ela tem que trabalhar para dar

o que comer aos outros filhos. Ao final da sessão, ela disse queria poder fazer mais pelo meu

filho, mas não tenho condição faço o que posso.

06 de setembro de 2011

1º SESSÃO EOCA

Com o intuito de estudar as manifestações cognitivas afetivo do conduto de V. que podem

estar interferindo em seu processo de aprendizagem não abro mão de recurso de avaliação

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diagnostica formulado pelo professor argentino Jorge Visca intitulado de Entrevista Operatória

Centrada na Aprendizagem (EOCA).

No primeiro momento foi explicado a ele o que seria feito, deixei sobre a mesa a caixa de lápis

de cor, giz de cera, lápis sem ponta, apontador, borracha e livro de historinha, tesoura, cola

régua, quebra cabeça, jogo da memória.

Esse material foi tudo preparado para você mostrar o que você aprendeu na escola, ele

suspirou me olhou e ficou em silencio por alguns minutos disse a ele me mostre e que lhe

ensinarei a fazer e o que você aprendeu na escola, pegou o lápis sem ponta e logo saltou

depois olhou os lápis de cor e pegou o lápis de cor preto e com uma folha sul fite e começou a

desenhar, mas quebrou a ponta ele me perguntou tia o que eu faço sem que eu respondesse ,

pegou o apontador e apontou o lápis por várias vezes fez uso da borracha estava bem à-

vontade me disse tia você pode me dar essa borracha balançou a cabeça e ele tornou a

perguntar à senhora me da esta borracha para sempre ta, sim eu lhe dou esta borracha, sorriu

e percebi que ficou muito feliz, pegou outra folha e lápis de cor para colorir.

Observei que estava suspirando e apertava muito o lápis, tinha quatro folhas sul fite fez um

desenho em cada folha me disse já terminei tudo e respondi a ele nos temos um tempo a mais,

parou e ficou me olhando pegou o lápis sem ponta novamente olhou e me disse é lindo com

muitas figuras e um pau e os lápis de cor a senhora me da para sempre e mostrava este e

aquele disse que sim no final da conversa falou muito e pegou o apontador e começou a

apontar olha é um lápis tia, rabiscava na mesa era um lápis borracha ele acreditava que era

tinha na ponta passou por varias vezes na mesa dizendo o que é isto ate que apagou os

rabiscos da mesa, olha tia é uma borracha, este lápis é para menino tia, o que você acha:

Pegou o livro de historinha e foliou contando a historia, mas sem ler narrou a historia certinho

ate os felizes para sempre. Pronto já acabou posso levar tudo menos a tesoura e a régua eu

não quero já o quebra cabeça ele pegou tirou do pacote, mas não quis guardar. Já no final ele

me perguntou você gosta de mandioca frita com carne na panela de pressão só de pensar

tenho água na boca eu falei a ele gosto sim ele então respondeu eu já sei cozinhar tia.

O trecho apresentado acima consiste num resumido relato de comportamento de V. durante a

aplicação do EOCA, onde foram verificados aspectos relativos à temática a dinâmica ao

produto a dimensão afetiva e cognitiva do avaliado.

Entrevista operativa centrada na aprendizagem – EOCA

Nome: V. M.M.

Data: 08/08/2011

Idade: 6 anos

Horário: 9 h

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Observador: Aluna estagiaria do Curso de Especialização em Psicopedagogia clinica e

Institucional.

ANOTAÇÕES

HIPÓTESES

Temática: respondeu tudo que lhe foi perguntado.

Conteúdo manifesto: demonstra ser capaz de

realizar a tarefa.

Conteúdo latente: Corresponder às expectativas do avaliador a seu respeito.

Necessidade de comprenção.

Dinâmica: hora a sentado, hora em pé,

suando muito tímido, medo talvez.

Atitude de quem está muito apreensivo

e inseguro.

Produto: desenho pobre em detalhes,

embora tenha explorado quase todo o

material apresentado.

O medo de arriscar prefere utilizar

materiais que já conhece, bem como

realizar atividades já feita em outras

ocasiões.

Dimensão afetiva: uma enorme necessidade de

Receber ordens, dizer as atividades a ser

Desenvolvida. Esperando dizer o que

deve realizar.

Tem um alto grau de dependência,

Ansiedade.

Dimensão cognitiva: boa coordenação motora,

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traços firmes, não tem habilidade para traçar linhas

retas,suspirou antes de começar a tarefa indicando

uma antecipação e planejamento cerca do que iria

realizar. Descreveu o que desenhou.

Demonstrou capacidade intelectual

porém, necessita de estímulos diretivos

que indiquem o que deve fazer e como

agir. Não consegue tomar decisões

sem consentimento ou diga se está

certo ou errado.

Observações: V. recebeu as consignas com ansiedade. Demonstrou grande interesse em

corresponder às expectativas e como mecanismo de defesa, contou

muitas histórias no intuito de chamar a atenção.

RELATO DAS SESSOÊS

2º Sessão 08 de setembro de 2011

Atividade: provas operatória conservação de qualidades seriação

Objetivos: observar o funcionamento cognitivo do aluno de acordo com sua faixa etária.

Recursos: massa de modelar, folha de papel e tinta guache.

OBSERVAÇÃO

Conservação de quantidade iniciou a sessão explicando o que iríamos fazer e v. ficou feliz em

saber o que iria usar massa de modelar coloquei duas caixas de massa sobre a mesa e pedi que

escolhesse duas barras, V. então pediu pegue as mesmas cores que eu (branco e amarelo),

pedi que ele fizesse duas bolinhas de tamanhos iguais, e depois que me falasse qual que tem

mais massa. V. apresentou grau de construção operatória em nível 2 ou intermediário: as

resposta apresentam oscilações, instabilidade ou não são completas, chegando ate mesmo a

dizer que as bolinhas tem mais que a salsicha demonstrou não ter entendidos que a

disposição das bolas não interfere na qualidade ao terminar esta atividade, juntou as bolinhas

e as colocou na caixa e guardou.

Em um segundo momento ofereci a v.a atividade lúdica onde foi utilizada um jogo da memória

(para criança acima de 3 anos), V. demonstrou excelente percepção ao montar ,descobrindo

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as figuras e algumas letras do alfabeto, V. falou muito que queria lutar karat e que não gostava

de estudar ,nesta escola reclamou que a avo , deixava ele trazer os lápis de cor para a aula.

3º Sessão 12 de setembro de 2011

Atividade: provas de conservação de pequenos objetivos: identificar o processo mental usado

pela criança para encontrar respostas para a atividade proposta.

Recursos: 10 fichas de E.V. A vermelha e 10 fichas de E.V. As azuis.

Observações: iniciei a sessão explicando o que iríamos fazer, ele achou interessante a cor das

fichas e foi logo escolhendo sua cor, cor de sangue né tia, e esta outra cor do céu, falei p ara

ele, vermelho e azul, pegou suas fichas e começou a montar para ficar igual as minhas que

organizei em duas fileiras com todas as fichas, perguntei está igual a minha, ele me olhou e

respondeu sim está, contei a mesma quantidade, sim tem 5 indicou e pe di que ele repensei a

situação mudando a posição das fichas e ele mais uma vez demonstrou não ter percebido a

posição das fichas.

5 oscilou entre as respostas conservadoras e não conservadoras, realizando a correspondência

um a um, posso dizer, portanto que nessa prova 5, apresentou condutas intermediarias de

nível 2.

2 momento aplicação da técnica projetiva para educativo:

5 foi indagado com que ele aprendeu as coisas na sua casa, ou seja em seu dia a dia, ele

respondeu que aprende com o seu avó e com avô em nem um momento mencionou a escola.

Ele desenhou pássaros no lago, peixe e uma égua, dizendo que era do avô, e que gostava

muito de andar de carroça. O nome do desenho era: égua pocotó.

4º Sessão 13 de setembro 2011

Atividade: técnicas projetivas, os 4 momentos de um dia.objetivo: analisar os vínculos afetivos

do aluno, bem como seu desenvolvimento cognitivo e motor.Recursos: folha de papel, lápis e

borracha.

Na acolhida conversamos sobre o dia dele na escola, em casa falou dos avos, o quanto gosta

deles. Expliquei a V., o que iríamos fazer na sessão, e ele achou interessante o desafio de

dobrar o papel bem diretinho sem amassar junto com a tia, que conduziu a sessão pedia a ele

eu colocasse no papel fatos que ocorrem no seu dia a dia sem especificações, poderia colocar

qualquer dia. Ele desenhou a seguinte sequencia:

1- Um televisor

2- Um cavalo no gramado perto do chiqueiro

3- Um cavalo do seu avô comendo capim

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4- Um cavalo do seu avô preza no chiqueiro, porque já era noite, cujo nome do desenho é meu

cavalo.

Chamou-me a atenção o fato de que em nenhum momento ele representou as horas que

passa na escola, nem tampouco algo referente à aprendizagem e mais uma vez seu desenho

não tinha detalhes, desenhou apenas os personagens.

2º momento: ofereci a V., uma atividade lúdica onde foi utilizado um quebra cabeça (35 peças,

para crianças acima de 3 anos), não demonstrou interesse perante o jogo disse que não

gostava, mesmo sendo estimulado se recusou a fazer.sendo em vista que a sessão estava, no

final, pedi a ele que, lesse o livro de historinha para eu ouvir, deu um sorriso e disse não sei ler

tia, então vamos junto vou te ajudar, sem sucesso ele não conhecia ainda todas as letras, faz

troca.

5º Sessão 15 de setembro de 2011

Prova: de conservação de comprimento

Objetivo: avaliar a noção de conservação de comprimento.

Recursos: 1 corrente de 10 cm e 1 de 15 cm.

Esta atividade foi bem aceita por Valter. Você conhece esse material, sim bastante e a cor você

sabe que cor, é cor de sangue e cor de gema, ta vermelha e amarela. Para esta prova foi

mostrado uma posição inicial dos cordões e questionado sobre qual era o mais comprido dos

dois.

Em seguida os cordões foram modificados em duas outras posições. Na prova de conservação

de comprimento observei que a conduta de V. oscilou significativamente suas respostas

mudando os critérios de reconhecimento, o que demonstra seu período de transição,

característica do nível 2.

2° momento Família educativa

Solicitei a V. que desenhasse uma família qual quer. Ele desenhou a sua própria família com a

avó o avô a outra avó e sua mãe.

Quando questionei se aquela era sua família, V. voltou a desenhar, mas duas figuras humanas

dois irmãos, Toninho e Samuca, a figura dos avôs foram as primeiras da fila, todos do lado de

frente ao processo, pedi a V. que desenhasse a família que gostaria de ter, ele disse que não

queria.

Uma característica dos seus desenhos até o momento é a ausência de detalhes, as figuras não

tem boca, não tem pés, não tem cabelo e sempre são pequenos o fato de não te r contato com

o pai, em nenhum momento falou sobre ele. Nome do desenho karatê.

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6º Sessão 19 de setembro de 2011

Atividade: Nível pedagógico

Objetivo: Avaliar o nível pedagógico do aluno e seu fundamento cognitivo para desenvolver as

atividades propostas, bem sua emoções ao realizá-las.

Recursos: Folha de papel, lápis, borracha, lápis de cor, apontador.

Iniciei a sessão com a entrevista do realismo nominal, onde percebi que V. consegue identificar

os sons iniciais das palavras sem dificuldade, porem demonstra desconhecer os sons parecidos

no meio e no final das palavras. Reconhece e nomeia apenas as vogais do seu nome. Não

reconhece as demais como pertencentes ao seu nome e nem sabe nomea-las, coloca no papel

algumas vogais, porem não soube junta-las para ler.

Diante dessa situação, optei pelo ditado topológico.

Material usado: 1(uma) folha de sulfite branco, 1 (uma) caixa de lápis de cor, pedi para V.

divida a folha com um traço preto no meio, pegou o lápis preto e assim fez, falei de um lado

você vai fazer um circulo vermelho grande, fez mas não o fechou , agora faça um coração

amarelo, se recusou a usar o lápis amarelo, e me disse de coração é cor de sangue, agora fora

do circulo vermelho faça sete traços azuis, fez mais que sete, do outro lado do traço preto,

quero uma casa grande e uma casa pequena, fez as duas mas sem porta, sem janela, e tudo de

uma só cor, pedi que desenhasse um sol alaranjado acima da casa grande, foi feito, abaixo da

casa pequena, coloque uma grama verde V. desenhou a grama e a egua que era para ela

pastar,quero que você desenhe longe da casa pequena uma arvore.

Quanto à classificação do estagio de escrita, V. encontra se na fase pré silábica, escrita

diferenciada com valor sonoro inicial, porem apresenta alguns erros de escrita unive rsal.

3 DEVOLUTIVA AOS PAIS E AO ALUNO.

O embasamento para a realização dessa devolutiva foi à observação e as anotações realizadas

durante o período destinado as sessões de atendimento psicopedagogico, conclui que v. e uma

criança bastante feliz, e que esta compatível com o nível de desenvolvimento para sua faixa

etária pré operatória (6 anos).em relação a leitura e a escrita encontra se no nível pré silábico

escrita diferenciada cm o valor socorro inicial,nas atividades realizadas,ele fez registros

diferentes entre palavras modificando a quantidade e a posição e fazendo variação nos

caracteres, pode conhecer ou não os sons de algumas letras ou de todos elas.

Para a reconstrução de suas hipóteses quanto escrita e leitura, recomendo a exploração dos

conhecimentos já atingidos por V.M.M. com elogios, parabéns por suas realizações e incentivo

para tentar fazer de formas diferentes. O emprego do lúdico nessa etapa da vida e de grande

utilidade, pois as crianças nessa faixa etária fazem associações, entre o imaginário e o real,

então jogo de adivinhações, alfabeto móvel, recorte musica dramatizações, fantoches, entre

outras atividades, farão com que se divertindo ele possa aprender e que tal aprendizagem seja

de fato significativa, porque dessa maneira ele próprio construa o seu conhecimento.

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28 de setembro de 2011

DEVOLUTIVA A INSTITUIÇÃO.

Com o objetivo de apresentar os resultados da avaliação Psicopedagogia realizadas durante o

período destinado as sessões de atendimento para com V.M.M. foi observação e anotação,

durante os atendimentos, para melhor entender, sobre o relacionamento de questões de

cunho afetivo, social e intelectual, verifiquei no transcorrer da analise que v. e uma criança

bastante feliz, efetivamente pertencem a sua família, pois em todas as atividades proposta,

sempre se referiu a família e os animais com muito carinho e apreço, V.M. M, e saudável, esta

de acordo com o desenvolvimento para sua faixa etária, onde as crianças utilizam o imaginário,

ou seja, o lúdico para o desenvolvimento.

Assim como a aprendizagem, o corpo também esta em desenvolvimento e precisa de

atividades, ate como meio de canalizar a energia típica da idade, sugiro para as atividades

escolares um reforço pedagógico jogos de adivinhações, alfabeto móvel, recortes, mus ica,

dramatizações, fantoches, atividades repetitivas (copia ditado, escrever no quadro). Mas um

espaço onde o lúdico predomine e que de forma diferenciada ele possa realizar atividades que

venham a desenvolver os seus conhecimentos e fazer como ele possa adquirir outras,

participando efetivamente dessa construção.

Para o desenvolvimento físico, bem como disciplina e canalização de energia, sugiro o trabalho

multidisciplinar na realização das atividades, tendo em vista que as atividades requerem um

nível elevado, atividades físicas, natação, judô, karat, futebol musica, a fim de melhorar a

concentração, tranqüilidade disciplina para sua eficaz realização. Em centros públicos como

pólo esportivo existe atendimento gratuito para a população.

4 PARECER PSICOPEDAGÓGICO.

V é uma criança de seis anos de idade que frequenta o primeiro ano do Ensino Fundamental de

uma escola da rede pública estadual e que vem enfrentando dificuldades em seu processo de

ensino-aprendizagem.

Do ponto de vista intelectual apresenta uma estrutura cognitiva correspondente ao

nível de transição do pensamento operatório concreto para o operatório formal, o que está

adequado para sua idade, seis anos, pois nesta idade é comum que haja prevalência do estágio

de inteligência formal com maior utilização do raciocínio hipotético dedutivo.

Do ponto de vista afetivo demonstra condições inadequadas de relacionamento:

apresenta uma submissão excessiva a figuras de autoridades bem como uma ligação de

dependência com a mãe (relação simbiótica). Reage sempre com timidez a presença de outras

pessoas. Demonstram grande necessidade de aceitação/aprovação buscando sempre

corresponder as expectativas. Tal comportamento provoca em V. um alto grau de ansiedade

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frente às exigências as quais é submetida. Os sintomas de ansiedade que apresenta (sudorese,

taquicardia, agitação psicomotora) atrapalham o seu raciocínio. Observou-se um vínculo

negativo com o processo de aprendizagem, o que interfere no seu desempenho escolar.

Do ponto de vista funcional sua motricidade global é boa, movimenta-se bem, apresenta bom

equilíbrio, tem predominância de lateralidade esquerda, apresenta boa motricidade fina.

Quanto à orientação espacial V. apresentou um desempenho abaixo do esperado. Tal

dificuldade possivelmente ocorreu devido a não exploração do ambiente por v. que apresenta

características de personalidade introvertida. A orientação temporal foi à área em que V.

apresentou maior dificuldade. Possui noção de velocidade (lento/rápido) e de distância

(perto/longe). Não sabe ordenar dias da semana e os meses do ano. Não conhece as estações

do ano e não mencionou corretamente nenhuma data comemorativa (não soube responder

quando é Natal e Ano Novo). Dados revelaram dificuldades de orientação alopsíquica, ou seja,

dificuldades em fornecer informações referentes ao tempo e ao espaço. Demonstrou

preservada capacidade autopsíquica, informando dados de sua identificação pessoal,

revelando saber quem é, como se chama, que idade tem qual sua nacionalidade.

Do ponto de vista pedagógico sabe reconhecer e diferenciar letras, números e sinais de

pontuação. Não tem domínio da orientação convencional da leitura, não lê repete as historia,

ou seja, decorou em uma entonação que demonstra nervosismo e ansiedade. Quanto à

interpretação de tamanho e forma faz sempre referencia a coisa, ao objeto e não a escrita da

palavra. Situa-se na fase alfabética de nível de escritas alfabéticas. Em matemática é capaz de

traçar e reconhecer números bem não sabe realizar operações simples com êxito. Apresenta

dificuldade no entendimento do enunciado da pergunta.

Finalizando, as dificuldades de aprendizagem de V. são decorrentes da falta de atenção

e concentração para as atividades a serem desenvolvidas.

5 INFORME PSICOPEDAGÓGICO.

V.m.m, nascida no dia 8 (oito) de agosto do ano de 2005, atualmente com 6anos de idade,

aluno do 1º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual coronel Antonio trindade,

Aquidauana - MS foi indicada para avaliação psicopedagógica pela coordenação da escola. O

interesse pela realização de um trabalho psicopedagógico surgiu devido à queixa de que V.

vem apresentando dificuldades no processo de ensino aprendizagem.

A avaliação psicopedagógica se deu no período de 29/07/2011 a 29/09/2011, com a realização

de sete sessões com duração média de 60 minutos às 2h cada totalizando 15 horas de análise

diagnóstica. Na consecução do diagnóstico foram realizadas sessões que se fundamentaram da

seguinte forma: Anamnese com a mãe; aplicação da EOCA; aplicação de provas Piagetianas

para avaliação do desenvolvimento cognitivo; aplicação de provas projetivas para avaliação da

área emocional; aplicação de testes de desempenho sensório-motor para avaliação da área

funcional; aplicação de testes para avaliar as habilidades acadêmicas; e entrevista devolutiva a

avaliada, seus responsáveis e a instituição onde foi realizado o estágio.

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Ao integrar os resultados obtidos durante todo o processo de investigação psicopedagógica

conclui-se que V. traz um histórico de vida marcado por:

No campo afetivo social apresentou indícios de uma forte dependência psicoafetiva, com

debilidade do vínculo materno marcado por uma forte simbiose. Construções empobrecidas a

cerca do seu conhecimento de mundo, sempre foi muito superprotegida pelos pais em função

do problema, que se manifestou aos 2 anos de idade. Baixa auto estima produzida pelo

recorrente fracasso escolar. Necessidade de aprovação/aceitação não conseguindo tomar

decisões sem que alguém a diga que está certa ou errada.

No campo Funcional verificou-se que V. possui excelente desenvolvimento motor com boa

coordenação global. Sua orientação espacial é prejudicada por sua timidez, porem não o

impede de olhar, observar, investigar o que está ao seu redor. Sente -se inseguro em

ambientes novos. A orientação temporal foi à área em que V. apresentou maior dificuldade,

principalmente referente a dados de orientação alopsíquica.

Na área cognitiva apresenta uma estrutura de conhecimento correspondente ao nível de

transição do pensamento operatório concreto para o operatório formal, o que não está

adequado para sua idade. Apresenta lentidão de raciocínio e elaboração mental empobrecida.

V. apresenta uma modalidade de aprendizagem em desequilíbrio quanto aos movimentos de

assimilação e acomodação que são sintomatizados na hiperacomodação.

No campo pedagógico verificou-se um vínculo negativo com o processo de aprendizagem e

com a professora. Quanto à avaliação dos níveis pedagógicos de escrita leitura e calculo

encontra-se na fase pré alfabética de nível de escritas alfabéticas. Não tem capacidade de

antecipar uma representação silábica demonstrando uma elaboração de hipóteses silábicas.

Não Tem domínio da orientação convencional da leitura, respeitando a orientação espacial da

direita para esquerda e de cima para baixo. Seu vocabulário é reduzido, não sabe lê

corretamente a palavra, mas por vezes não identifica seu significado. Sua sintaxe oral é

deficiente no que se refere à concordância verbal e nominal. Tem dificuldades na

memorização de frases, dígitos e relatos. Realiza cálculos simples com êxito, mas apresenta

dificuldades na compreensão e interpretação das perguntas.

Em suma a hipótese diagnóstica evidencia que v. apresenta diagnóstico de dificuldade de

aprendizagem decorrente de uma situação patológica (disritmia) vinculada e agravada por

fatores afetivos e sociais.

O processo de intervenção psicopedagógica deve considerar as características individuais de

V. respeitando seu ritmo e suas peculiaridades condizentes ao seu desenvolvimento cognitivo,

emocional, lingüístico, psicomotor e social.

Portanto, quanto às recomendações necessárias ao desenvolvimento desta criança considera-

se um processo de Intervenção Psicopedagógica com inclusão de jogos terapêuticos, técnicas

projetivas psicopedagógicas que viabilizem a ressignificação das modalidades de aprendizagem

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e oportunizem uma aproximação e criação de vínculos afetivos com os elementos da

aprendizagem. Busca de superação do modelo de aprendizagem limitado ao princípio de

acomodação cognitiva que se encontra descontextualizado da realidade do aluno e pautado no

estímulo à dependência e nos recursos básicos da memorização.

6 PROPOSTA DE INTERVENÇAÕ.

O aluno com dificuldade de aprendizagem exige um atendimento variado que inclui: aulas

particulares, aconselhamento profissional especial, desenvolvimento de habilidades básicas,

assistência para organizar e desenvolver habilidades de estudo adequadas e/ou atendimento

psicopedagógico. Portanto, para melhoria no desempenho escolar de V. algumas

recomendações são elencadas:

Busca de aproximação física com a professora, colocando V. sentada bem próxima a esta

durante as aulas, a fim de que os vínculos afetivos com os elementos da aprendizagem possam

ser melhorados. Realização de dinâmicas de grupo em sala de aula que visem maior

aproximação de V. com os demais alunos da sala. Realização de trabalhos em dupla ou grupos.

Incentivo a participação de V. as atividades esportivas da escola. Apresenta excelente

coordenação motora. Estabelecimento de um horário e um local apropriado para estudo em

casa.

As atividades escolares de casa devem ser realizadas diariamente e se necessário com

acompanhamento a fim de melhorar o rendimento escolar. Participação de V. no reforço

escolar. Oferecer a V. livros, revistas, gibis, de assuntos que lhe interessam, para diminuir o

tempo que fica assistindo televisão. Fazer uma leitura compartilhada em casa e na escola.

Envolver V. nas atividades de práticas sociais que exijam habilidades acadêmicas como, por

exemplo: lista de compras, escreverem bilhete para mãe ou professora, leitura de um papel de

água ou luz, realizar pagamento de faturas, etc.

Criar atividades contextualizadas de escrita e leitura com a utilização de textos variados para

que a construção das hipóteses lingüísticas possa ser elaborada com segurança. Uso de

recursos didáticos atraentes que despertem o desejo de aprender. Trabalhar sua

independência e autonomia possibilitando seu deslocamento para a escola.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Sentindo na pele o papel desempenhado pelo psicopedagogo clinico pude perceber o quanto é

valioso fazer o bem ao nosso próximo, intervir na vida de criança com dificuldades de

aprendizagem, estimulando as a superar suas limitações e trazendo de volta sua auto-estima,

sua alegria é uma das recompensas que o dinheiro não paga. Portanto, é necessário que o

psicopedagogo tenha um olhar abrangente sobre as causas das dificuldades de aprendizagem

para que venha compreender mais profundamente como ocorre este processo de aprender

utilizando-se de uma abordagem mais ampla na qual não se toma apenas um aspecto da

Page 21: Faculdade internacional  RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

pessoa, mas sua integralidade. A esta idéia Piaget (1978 apud BALESTRA, 2007, p. 47) atesta o

fato de que a afetividade e a inteligência são indissociáveis e constituem os doi s aspectos de

toda conduta humana Espero que como professora e psicopedagogo e pela cobrança da

inclusão deste profissional no sistema educacional publico de nossa cidade. Sendo a

alfabetização célula mãe que norteia toda trajetória do aprendizado e do saber socialmente

elaborado e acumulado pela humanidade, é necessário que saia do discurso de programa

vultoso e se transforme em prioridade no contexto. Não cabe ao psicopedagogo julgamentos

precoce e equivocados e tão menos divisões de atitudes baseadas nos conceito de certo

errado, mas sim, um olhar dirigido a um sujeito, que é único, peculiar e tem sua própria

história e, portanto suas atitudes ou falta delas são reflexo dessa constituição, mesmo inserido

em um cenário social. É necessário, por fim, considerar o sujeito como um corpo; esse que é

dotado de conhecimento, de afetos e emoções, de um organismo, de inteligência e de cultura.

REFERÊNCIAS

BALESTRA, Maria Marta. A psicopedagogia em Piaget: uma ponte para a educação da

liberdade. Curitiba: Ibpex, 2007.

CHAMAT, L.S.J. Técnicas de Diagnóstico Psicopedagógico: O diagnóstico Clínico na Abordagem

Interacionista. São Paulo: Vetor,2004.

LOPES, Shiderlene Vieira. O processo de avaliação e intervenção em psicopedagogia. Curitiba:

Ibpex, 2008.

VISCA, Jorge. Técnicas projetivas Psicopedagógica e pautas gráficas para a sua interpretação

Buenos Aires. Visca e Visca, 2008.

Fonte:http://aparecidapolini.blogspot.com.br/2012/06/relatorio-clinico.html

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