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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL DISCIPLINA: AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA Profa. Janira Siqueira Camargo Rua: José Clemente, 151 - ap. 102 87.020-070 – Maringá – PR (44) 3224-2012 (44) 9101-5392 [email protected] CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA DISCIPLINA: Avaliação e intervenção em Psicopedagogia Clínica EMENTA: Os diferentes instrumentos de diagnóstico e intervenção em Psicopedagogia clínica.

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL

DISCIPLINA: AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO EM

PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA Profa. Janira Siqueira Camargo Rua: José Clemente, 151 - ap. 102 87.020-070 – Maringá – PR (44) 3224-2012 (44) 9101-5392 [email protected] CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA DISCIPLINA: Avaliação e intervenção em Psicopedagogia Clínica EMENTA: Os diferentes instrumentos de diagnóstico e intervenção em Psicopedagogia clínica.

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PROGRAMA: 1 - O diagnóstico psicopedagógico clínico:

1.1 - Contrato e enquadramento; 1.2 - Entrevista de Anamnese; 1.3 - Questionário a ser respondido pelo professor; 1.4 - Sessão Lúdica Centrada na Aprendizagem; 1.5 - Provas projetivas psicopedagógicas; 1.6 - Provas para o diagnóstico operatório; 1.7 - Faz de Conta; 1.8 - Teste de Desempenho Escolar (T.D.E.); 1.9 - Elaboração da Hipótese Diagnóstica; 1.10 - Elaboração do Informe Psicopedagógico; 1.11 - Entrevista de devolução. 2- O processo de intervenção psicopedagógica clínica. BIBLIOGRAFIA: OLIVEIRA, V. B.; BOSSA, N.A. (orgs.). Avaliação psicopedagógica da criança de zero a seis anos. Petrópolis:Vozes, 1994. OLIVEIRA, V. B.; BOSSA, N.A. (orgs.). Avaliação psicopedagógica da criança de sete a onze anos. Petrópolis: Vozes, 1996. STEIN, L. M. Teste de Desempenho Escolar – T.D.E. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996. VISCA, J. Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e pautas gráficas para sua interpretação. Buenos Aires: Visca&Visca, 2008. WEISS, M. L. L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica. Rio de Janeiro: DP&A, 1997. YAEGASHI, S. F. R. O fracasso escolar nas séries iniciais: um estudo com crianças de escolas públicas. Campinas, Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, 1997 (Tese de Doutorado).

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CONTRATO E ENQUADRAMENTO 1) Contrato a ser estabelecido com a escola: - indicação de aluno com problemas de aprendizagem para avaliação e

diagnóstico psicopedagógico clínico; - contato com a família para autorização do processo de avaliação e diagnóstico

psicopedagógico clínico; - local para a realização das sessões; - o professor deverá preencher questionário fornecendo dados ao psicopedagogo; - o psicopedagogo deverá apresentar Informe Psicopedagógico e orientações ao

professor e à escola após o fechamento da hipótese diagnóstica. 2) Contrato a ser estabelecido com os pais: - dia, horário e local das sessões; - pontualidade e assiduidade; - 3 faltas consecutivas sem justificativa, desligamento do processo; - comparecimento dos pais, sempre que solicitado, para entrevista de anamnese e

de devolução, ou outras que se fizerem necessário. 3) Contrato a ser estabelecido com a criança: - compromisso com as sessões (dias e horários); - cuidado com os materiais; - sigilo das informações expressas nas sessões; - respeito para com o psicopedagogo.

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QUESTIONÁRIO A SER RESPONDIDO PELO PROFESSOR

1) Nome do (a) aluno (a): 2) Idade: 3) Série: Turno: 4) Número de repetências: 5) Qual a preocupação e a queixa a respeito da criança? 6) Como a criança age na sala de aula e no recreio? 7) Como é sua frequência às aulas? 8) Em quais disciplinas a criança apresenta mais dificuldades? 9) Dê exemplos de fatos, acontecimentos ou cenas com essa criança que lhe chamaram a atenção. 10) Forneça um pequeno histórico da vida escolar da criança, como: quando entrou na escola, quais classes frequentou, quem foram seus professores. 11) Dê informações que sabe a respeito da família da criança. 12) Quais hipóteses formula sobre a queixa?

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ENTREVISTA DE ANAMNESE

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 1.1 Nome: 1.2 Data de nascimento: 1.3 Idade: 1.4 Filiação: 1.4.1.Pai: 1.4.1.1 Idade: 1.4.1.2 Profissão: 1.4.2 Mãe: 1.4.2.1 Idade: 1.4.2.2 Profissão: 1.5 Endereço: II – QUEIXA PRINCIPAL OU MOTIVO DA CONSULTA: III – DADOS PESSOAIS: 3.1 Concepção 3.1.1 Idade do pai e mãe por ocasião do nascimento. 3.1.2 Número de filhos e idade dos mesmos (desenhar o genograma). 3.2 Gestação 3.2.1 Enjôos e vômitos. 3.2.2 Doenças e traumatismos (tipo e época). 3.2.3 Medicação. 3.2.4 Alimentação. 3.3 Nascimento 3.3.1 Tipo de parto. 3.3.2 Condição da criança. 3.3.3Atitude dos familiares. 3.4 Sono 3.4.1 Como é o sono. 3.4.2 Onde dorme. 3.5 Alimentação

3.5.1 Amamentação. 3.5.2 Mamadeira e chupeta. 3.5.3 Desmame. 3.5.4 Alimentação na atualidade. 3.6 Desenvolvimento Psicomotor 3.6.1 Sentou, engatinhou e andou. 3.6.2 Acidentes. 3.6.3 Tiques. 3.7 Desenvolvimento da Linguagem 3.7.1 Época em que começou a falar.

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3.7.2 Uso do pronome EU. 3.7.3 Apresentou ou apresenta algum distúrbio na fala (gagueira, nasalização

excessiva etc.). 3.7.4 Comunicação e expressão da criança atualmente. 3.8 Controle de esfíncteres 3.8.1 Como foi ensinado o controle de esfíncteres. 3.8.2 Se atualmente necessita de ajuda para ir ao banheiro. 3.9 Enfermidades 3.9.1 Doenças que já teve. 3.9.2 Medicamentos que tomou ou está tomando. 3.10 Sociabilidade 3.10.1 Jogos e brincadeiras que mais gosta. 3.10.2 Facilidade em fazer amigos e tem tendências a dirigir as demais crianças? 3.10.3 Adaptação ao meio. 3.11 Atividades rotineiras 3.11.1 Tomar banho. 3.11.2 Escovar dentes. 3.11.3 Pentear os cabelos. 3.11.4 Trocar de roupa. 3.11.5 Tarefas atribuídas e realização. 3.12 Escolaridade 3.12.1 Idade em que entrou na escola. 3.12.2 Desempenho. 3.12.3 Atitude da escola e da família frente às dificuldades da criança. 3.13 Dinâmica familiar 3.13.1 Relacionamento dos pais. 3.13.2 Relacionamento entre os pais e os filhos. ANÁLISE: Observações e sensações do entrevistador ocorridas durante a entrevista:

WEISS, M. L. L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica. Rio de Janeiro: DP&A, 1997.

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SESSÃO LÚDICA CENTRADA NA APRENDIZAGEM

Objetivo: “compreender, basicamente, o funcionamento dos processos cognitivos e afetivo-sociais em suas interferências mútuas, no Modelo de Aprendizagem do paciente” (WEISS, 1997, p.72). Materiais: - folhas de papel (sulfite branco e colorido, pautado, dobradura, seda etc.); - lápis preto novo sem ponta; - apontador; - borracha; - régua; - canetas esferográfica e hidrocor; - lápis de cor; - lápis de cera; - tesoura sem ponta; - cola; - revistas para recortar; - 4 livros infantis no mínimo (1 somente com figuras, 1 com figuras e pouco texto, 1 com figuras e textos em quantidade igual, 1 somente com texto); - material de sucata; - uma caixa de tamanho que comporte todo este material dentro. Aplicação: - Colocar parte do material sobre a mesa, sem uma ordenação ou classificação, e deixar parte dele dentro da caixa; - Propor à criança que utilize o material para brincar como quiser e que quando estiver próximo ao final da sessão será avisado. Análise: - temática; - dinâmica; - produto. WEISS, M. L. L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica. Rio de Janeiro: DP&A, 1997.

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PROVAS PROJETIVAS PSICOPEDAGÓGICAS As Provas Projetivas Psicopedagógicas foram propostas por Jorge Visca com vistas a investigar os vínculos:

a) Escolares: Par educativo, Eu com meus companheiros, O plano da sala de aula; b) Familiares: O plano de minha casa, Os quatro momentos de um dia, Família

educativa; c) Consigo mesmo: Desenho em episódios, O dia do meu aniversário, Em minhas

férias, Fazendo o que mais gosto. 1) Desenho do Par Educativo Através do desenho da dupla educativa é possível verificar os vínculos que o sujeito estabelece com a aprendizagem e com a professora.

a) Material: folha de papel sulfite em branco, lápis preto e borracha. b) Aplicação: solicitar ao sujeito que desenhe duas pessoas: uma que ensina e

outra que aprende. Após o término do desenho, a criança deve ser estimulada a contar uma estória sobre o mesmo. Além disso, deve dizer o nome e a idade das pessoas desenhadas.

c) Avaliação: São seguidos os critérios de correção e análise propostos por Visca (2008).

2) Eu com meus companheiros Através do desenho Eu com meus companheiros é possível investigar o vínculo com os companheiros de sala.

a) Material: folha de papel sulfite em branco, lápis preto e borracha. b) Aplicação: solicitar ao sujeito que desenhe seus companheiros de sala,

indicando quem é ele, como se chan1am e a idade das outras pessoas e fazendo um comentário sobre seus companheiros.

c) Avaliação: São seguidos os critérios de correção e análise propostos por Visca (2008).

3) O plano da sala de aula Através do desenho O plano da sala de aula é possível conhecer a representação do campo geográfico da sala de aula e as posições, reais e desejadas, na mesma

a) Material: folha de papel sulfite em branco, lápis preto e borracha. b) Aplicação: solicitar ao sujeito que desenhe o plano da sala de aula fazendo uma

cruz no lugar onde senta e se a escolha do lugar foi sua ou do professor, perguntar se gostaria de sentar em outro lugar e porque, indicar quem são as outras pessoas falando algo sobre elas, fazer um comentário sobre a aula.

c) Avaliação: São seguidos os critérios de correção e análise propostos por Visca (2008).

4) O plano de minha casa Através do desenho O plano de minha casa é possível conhecer a representação do campo geográfico do lugar onde mora e a posição real dentro do mesmo.

a) Material: folha de papel sulfite em branco, lápis preto e borracha. b) Aplicação: solicitar ao sujeito que desenhe o plano de sua casa colocando o

nome dentro de cada ambiente, perguntar de quem é cada quarto e se gostaria de ocupar outro quarto e porque, fazer outras perguntas que se considere necessárias.

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c) Avaliação: São seguidos os critérios de correção e análise propostos por Visca (2008).

5) Os quatro momentos de um dia Através do desenho Os quatro momentos de um dia é possível investigar os vínculos durante um período da vida.

a) Material: folha de papel sulfite em branco dobrada em 4 partes, lápis preto e borracha.

b) Aplicação: dobrar uma folha em 4 partes iguais e pedir que o sujeito faça o mesmo com outra folha, pedir que desenhe 4 momentos de seu dia desde a hora que desperta até a hora de dormir, dizer o que está acontecendo no desenho, em cada cena. Pode-se realizar outras perguntas que se fizerem necessárias.

c) Avaliação: São seguidos os critérios de correção e análise propostos por Visca (2008).

6) Família Educativa Através do desenho da família é possível verificar a percepção que o sujeito tem de si mesmo em relação aos outros membros da sua família. Como uma forma de expressão livre, o desenho permite à criança projetar no exterior as tendências reprimidas do inconsciente e, dessa maneira, revelar os verdadeiros sentimentos que professa à sua família.

a) Material: folha de papel sulfite em branco, lápis preto e borracha. b) Aplicação: solicitar ao sujeito que desenhe uma família. Durante a execução são

anotadas as atitudes do sujeito. Após o término do desenho, solicita-se à criança que conte uma estória associada ao mesmo.

c) Avaliação: São seguidos os critérios de correção e análise propostos por Visca (2008).

7) Desenho em Episódios Através do desenho dos seis episódios é possível investigar a representação do tempo e do espaço, o tema escolhido, os afetos expressados, os aspectos sociais e os movimentos identificatórios (identidade e identificação).

a) Material: folha de papel sulfite em branco dobrada em seis partes iguais, lápis preto e borracha.

b) Aplicação: Primeiramente, diante do sujeito, dobrar a folha de papel de forma que fique em seis partes iguais. Em seguida, dar a seguinte instrução: "Você vai desenhar uma história. Um (a) menino (a) que tem um dia livre, de descanso, para ele (a). Desenhe o que ele (a) vai fazer desde o momento que levanta (indicar o primeiro quadrado superior da esquerda) até o momento que ele (a) volta para casa (indicar o sexto quadrado inferior da direita)".

c) Avaliação: São seguidos os critérios de correção e análise propostos por Visca (2008).

8) O dia do meu aniversário Através do desenho do dia do aniversário é possível conhecer a representação que tem de si e do contexto sócio-dinâmico na transição de uma idade para a outra.

a) Material: folha de papel sulfite em branco, lápis preto e borracha. b) Aplicação: solicitar ao sujeito que desenhe o dia do aniversário de um menino

ou menina (do mesmo sexo da criança) perguntando a idade do aniversariante e das outras pessoas e qual a relação que têm com o aniversariante. Perguntar

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sobre outras coisas que se passaram no dia e outras perguntas que se fizerem necessárias.

c) Avaliação: São seguidos os critérios de correção e análise propostos por Visca (2008).

9) Em minhas férias Através do desenho em minhas férias é possível estudar as atividades escolhidas durante o período de férias escolares.

a) Material: folha de papel sulfite em branco, lápis preto e borracha. b) Aplicação: solicitar ao sujeito que faça uma fotografia do que fazia nas férias e

relatar, pode-se fazer outras perguntas caso se faça necessário. c) Avaliação: São seguidos os critérios de correção e análise propostos por Visca

(2008). 10) Fazendo o que mais gosto Através do desenho fazendo o que mais gosta é possível investigar o tipo de atividade que mais gosta.

a) Material: folha de papel sulfite em branco, lápis preto e borracha. b) Aplicação: solicitar ao sujeito que desenhe fazendo o que mais gosta e comentar

(o que e quando ocorre), caso se faça necessário faz-se perguntas complementares.

c) Avaliação: São seguidos os critérios de correção e análise propostos por Visca (2008).

VISCA, J. Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e pautas gráficas para sua interpretação. Buenos Aires: Visca & Visca, 2008.

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PROVAS PARA O DIAGNÓSTICO OPERATÓRlO

1- Classificação a) Material: blocos lógicos de duas espessuras (grossa e fina), de três cores (azul, vermelha e amarela), quatro formas (quadrada, retangular, triangular e circular) e dois tamanhos (pequeno e grande). b) Aplicação: colocar sobre a mesa os blocos lógicos e pedir que: diferencie as formas geométricas; compare as semelhanças e diferenças entre as peças, explicando-as. Para isso, apresentar questões do tipo: "O que tem de igual?", "O que tem de diferente?", mostrando, por exemplo, duas peças que estão sobre a mesa. Depois, apontar todos os blocos lógicos e solicitar que reúna em grupos, as peças parecidas, dizendo: "Como pode arrumar estas peças de modo que fiquem juntas as que combinam?". Depois que executar perguntar: "Há outro jeito de arrumá-las?". Em seguida, solicitar que dê um nome a cada coleção. c) Avaliação: Nível I: tende a organizar o material classificável, não numa hierarquia de classes e subclasses baseada em semelhança e diferença entre os objetos, chamada de coleções figurais; Nível IIa: forma grupos utilizando um critério único de classificação (cor, forma, etc.); Nível lIb: utiliza pelo menos dois critérios de classificação; Nível IIl: a classificação é formada de classes propriamente lógicas, subdivididas em subclasses e com quantificação das inclusões. 2- Seriação a) Material: 10 bastonetes de 4 a 13 cm. b) Aplicação: apresentar os bastonetes dizendo: "Estes pauzinhos chamam-se bastonetes. Você vai pega-los e fazer uma escada (ou fileira) colocando-os em ordem, um ao lado do outro". Observar e anotar como escolhe os bastonetes e os ordena. Se fizer uma escada sem base comum sugerir: "Você não poderia fazer sua escada de outra forma?". Quando terminar perguntar: "Como fez para escolher os bastonetes?". Anotar o desempenho ao construir a série de bastonetes: - nenhum ensaio de seriação, - pequenas séries, - tentativa de seriação ou seriação assistemática, - êxito sistemático. Apontar para o primeiro bastonete e perguntar: "Por que você colocou este aqui?". Apontar para o último e perguntar: “Por que você colocou este aqui?". Apontar para um dos medianos e fazer a mesma pergunta. c) Avaliação: Nível I: não possui a noção de seriação operatória quando não tem êxito na construção da série; Nível II: está no estágio de transição quando acerta algumas das fases e erra outras; Nível III: possui a noção de conservação operatória quando tem êxito sistemático na construção da série. Além disso, ela deve compreender que qualquer um dos elementos medianos da série é ao mesmo tempo maior do que o seu antecessor e menor do que o seu sucessor.

3 - Conservação de comprimento a) Material: 8 palitos de fósforo de tamanho grande e 10 de tamanho pequeno, de maneira tal que ao enfileirar os palitos grandes e paralelamente os pequenas as duas tenham o mesmo comprimento.

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b) Aplicação: colocar sobre a mesa duas fileiras paralelas (A e B) dos dois tipos de palitos de fósforo com o mesmo comprimento, dizendo: "Vamos fazer de conta que estas fileiras são duas estradas. Elas têm o mesmo comprimento?". Após anotar a resposta, certificando-se de que a mesma concorda em terem as fileiras o mesmo comprimento passar para a situação seguinte. Deixar a fileira A como na primeira situação e deslocar a fileira B para a direita e perguntar: "Qual destas duas estradas é mais comprida? Ou elas têm o mesmo comprimento? Como você sabe disso?". Em seguida, anotar a resposta. Deixar a fileira A na primeira situação e arrumar a fileira B em ziguezague e perguntar: "Se você fosse andar nestas duas estradas, em qual você andaria mais? Ou você andaria o mesmo tanto? Elas têm o mesmo comprimento? Como você sabe disso?". Em seguida, anotar a resposta. Deixar a fileira A como na primeira situação e arrumar a fileira B de forma não retilínea e perguntar: "Se você fosse andar nestas duas estradas em qual você andaria mais? Ou você andaria o mesmo tanto? Elas têm o mesmo cumprimento? Como você sabe disso?". Anotar a resposta. Criar mais duas situações, nas quais a fileira B é disposta de diferentes maneiras, mas com uma configuração não retilínea. c) Avaliação: Nível I: não conservação, julga os comprimentos conforme o critério da coincidência das extremidades; Nível II: condutas intermediárias, ora diz que as fileiras têm o mesmo comprimento, ora diz que não têm; Nível III: conservação, começa a afirmar que as duas fileiras têm o mesmo comprimento, mesmo que ambas possuam configurações diferentes. 4 - Conservação de massa a) Material: 2 rolinhos de massa de modelar de mesma cor. b) Aplicação: apresentar os dois rolinhos e perguntar: “Estes dois rolinhos têm a mesma quantidade de massa? Você tem certeza?”. Fazer duas bolinhas e perguntar: “Estas duas bolinhas são iguais? Elas têm a mesma quantidade (ou o mesmo tanto) de massa? Você tem certeza?”. “Se eu der esta bolinha para você e ficar com esta para mim, qual de nós ganha a bola que tem mais massa? Ou nós ganhamos o mesmo tanto? Por quê?”. Se responder que uma vai ganhar uma bola maior que a outra, perguntar: “Então elas não são iguais?”. Transformar uma das bolas em rolinho colocando-a horizontalmente na mesa e perguntar: “E agora onde tem mais massa? Ou tem o mesmo tanto de massa nas duas? Por quê?” ou “ Como você sabe disso?”. Transformar a salsicha em bolinha novamente e perguntar: “Estas duas bolinhas são iguais? Elas têm a mesma quantidade (ou o mesmo tanto) de massa? Você tem certeza?”. Transformar a bolinha em rolinho colocando-a verticalmente sobre a mesa e perguntar: “E agora onde tem mais massa? Ou tem o mesmo tanto de massa nas duas? Por quê?” ou “Como você sabe disso?”. Transformar o rolinho em bolinha novamente e perguntar: “Estas bolinhas são iguais? Elas têm a mesma quantidade (ou o mesmo tanto) de massa? Você tem certeza?”. Dividir uma das bolinhas em quatro ou cinco pedaços iguais fazendo com eles bolinhas menores, em seguida perguntar: “E agora onde tem mais massa? Nesta bola grande ou em todas estas bolinhas juntas? Ou tem o mesmo tanto de massa nas duas? Por quê?” ou “Como você sabe disso?” c) Avaliação: Nível I: não-conservação, não tem a noção de conservação de massa quando admite que a quantidade de massa se altera quando a bolinha é transformada;

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Nível II: condutas intermediárias, está em fase de transição quando admite a conservação de massa em algumas situações e a nega em outras; Nível III: conservação, tem a noção de conservação de massa quando afirma que as bolinhas transformadas continuam tendo a mesma quantidade de massa e justifica suas afirmações com argumentos lógicos de identidade, reversibilidade simples e reversibilidade por reciprocidade.

5 - Conservação de líquido a) Material: 2 copos idênticos, 1 copo mais estreito e mais alto, 1 copo mais largo e mais baixo. b) Aplicação: "Vou colocar água neste dois copos (A e A') quando eles estiverem com a mesma quantidade (ou o mesmo tanto) de água você avisa". Colocar água até mais ou menos metade dos copos e perguntar: "Estão iguais? Tem a mesma quantidade de água nos dois copos? Você tem certeza? Por quê? Se você tomar a água deste copo (A) e eu tomar a água deste (A') qual de nós dois (duas) toma mais água? Por quê?”. c)Transvasar a água de A para B e depois perguntar: "E agora onde tem mais água? Por quê?" ou "Como você sabe disso?". Contra-argumentação: se demonstrar que não possui a noção de conservação dizer: "Outro dia eu estava brincando com uma pessoa que tem a sua idade e ela me disse que nestes dois copos tem a mesma quantidade de água porque a gente não pôs e nem tirou. Você acha que aquela menina estava certa ou errada? Por quê?". Se a pessoa demonstrar que possui a noção de conservação dizer: "Outro dia eu fiz esta brincadeira com uma pessoa do seu tamanho e ela me disse que neste copo (B) havia mais água, porque nele a água estava mais alta. O que você acha dessa pessoa, ela estava certa ou errada? Por quê?". Transvasar a água de B para A, mostrar os copos A e A' perguntando: "E agora onde tem mais água?" e depois: "Se eu beber esta água (A) e você esta (A') quem bebe mais, eu ou você? Por quê?". Transvasar a água de A para C e depois perguntar: "E agora onde tem mais água? Por quê?" ou "Como você sabe disso?". Fazer uma contra-argumentação. c ) Avaliação: Nível I: não possui a noção de conservação quando afirma que a quantidade de água não é mesma em B e C. Nível II: está em fase intermediária ou de transição quando admite a conservação da quantidade em alguns transvasamentos e nega em outros. Nível III: possui a noção de conservação de líquido quando afirma que os copos A e B e A e C tem a mesma quantidade de água e para justificar suas afirmações apresenta os seguintes argumentos: identidade: "Tem a mesma quantidade de água porque não se pôs e nem tirou"; reversibilidade simples: "Tem a mesma quantidade porque se pusermos a água deste copo (B) neste (A) fica tudo igual outra vez"; reversibilidade por reciprocidade: "Tem a mesma quantidade porque este copo (B) é estreito e nele a água sobe e este é mais largo e a água fica mais baixa". 6 - Conservação de quantidades discretas a) Material: 10 fichas redondas de cor azul e 10 fichas redondas de cor rosa. b) Aplicação: pedir para que escolha quais fichas quer. Dispor sobre a mesa 5 fichas da outra cor, alinhando-as, e pedir para compor uma coleção equivalente numericamente com as fichas da cor escolhida: "Coloque aqui na mesa o mesmo número (mesmo tanto) de fichas, assim como foram postas, nem mais, nem menos". Depois de ter anotado a conduta dispor, se for necessário, as fichas azuis e rosa termo a termo e assegurar de que acerta a equivalência das coleções. Modificar a disposição, espaçando as fichas de uma das coleções ou unindo-as mais, de

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modo a formar uma linha mais comprida ou mais curta. Em seguida, perguntar: "E agora, tem o mesmo número (mesmo tanto) de fichas azuis e rosa ou não? Aonde tem mais? Como você sabe?". Colocar as fichas em círculo e pedir que o sujeito a mesma quantidade de fichas. Repetir com 8 e 10 fichas. Contra-argumentação (deve ser utilizada nas três situações): se a resposta é conservativa, o experimentador chama sua atenção sobre a configuração das duas coleções: "Olha como essa linha é comprida, será que não tem mais fichas do que a outra?". Se a resposta é não conservativa, lembrar a equivalência inicial: "Mas você se lembra, antes a gente tinha posto uma ficha diante de cada uma, e uma pessoa disse que daquele jeito tinha o mesmo tanto de fichas azuis e rosa. E agora, o que é que você pensa? Tem o mesmo tanto de fichas azuis e rosa ou não?". c) Avaliação: Nível I: não-conservação, quando admite que o número de fichas se altera após a transformação de uma das fileiras (espaçamento ou união das fichas); Nível II: condutas intermediárias, quando admite a conservação de quantidades discretas em algumas situações e a nega em outras; Nível III: conservação, quando afirma que mesmo após a transformação de uma das fileiras continua existindo o mesmo número de fichas.

7 - Imagem Mental a) Material: duas garrafas iguais, lápis, borracha e uma folha de papel sulfite com desenhos de garrafas em várias posições (Anexo). b) Aplicação: deixar sobre a mesa duas garrafas: uma com água um pouco mais que a metade e outra vazia. Mostrar a garrafa vazia dizendo: "Vamos supor que esta garrafa estivesse cheia de água, assim como esta (aponta a garrafa cheia). Como ficaria a água se eu virasse a garrafa de várias maneiras?". Inclinar a garrafa vazia para a direita e perguntar: "Como vai ficar a água da garrafa se colocar deste jeito?". Em seguida, dizer: "E se virar a garrafa assim, como a água vai ficar?". Mostrar a garrafa inclinada para a esquerda. Além das posições anteriores, colocar a garrafa deitada, com o gargalo para baixo e em pé. Depois de mostrar a garrafa em diferentes posições e perguntar como a água vai ficar em cada uma das situações oferecer a folha com desenhos, pedindo para desenhar como a água ficará em cada caso. c) Avaliação: Nível I: incapazes de representar planos, a água na garrafa é representada por uma garatuja, na qual é impossível discernir qualquer nível, em qualquer orientação; Nível II: os níveis são representados toscamente, tendo como referencial a própria garrafa e não as coordenadas externas, em algumas situações representa o nível da água corretamente, em outras representa incorretamente; Nível III: baseia-se na referência espacial mais ampla, usando, por exemplo, o nível da mesa como um guia na previsão do nível da água.

8 - Inclusão de Classes a) Material: 20 flores, sendo 10 rosas e 10 flores de outro tipo. b) Aplicação: mostrar as flores e perguntar: "São diferentes?". Pedir para separar as flores em dois montes. Colocar 7 flores (5 rosas e 2 de outro tipo) e perguntar: "Aqui na mesa tem mais rosas ou mais flores?". "Como você sabe?" ou "Como você faria para explicar isto que você disse a um amigo seu?". Repetir o procedimento com: 9 flores (4 rosas e 5 de outro tipo), 7 flores (2 rosas e 5 de outro tipo), 9 flores (6 rosas e 3 de outro tipo), 8 flores (4 rosas e 4 de outro tipo). c) Avaliação: Nível I: ausência de quantificação inclusiva é incapaz de comparar o número de elementos de uma subclasse ao de uma classe mais geral na qual ela está inclusa; ela faz

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sistematicamente a comparação das duas subclasses, respondendo então que há mais rosas (ou outro tipo de flor dependendo da questão) do que outro tipo de flor. Nível II: condutas intermediárias, pois hesita diante da questão que lhe é feita e, ora responde que tem mais rosas (ou outro tipo de flor), ora responde que tem mais outro tipo de flor; Nível III: acerto da quantificação inclusiva, todas as perguntas obtêm respostas corretas.

9 - Equidistância a) Material: 10 animais em miniatura e uma lagoa (feita em cartolina azul, em formato circular). b) Aplicação: apresentar os animais e a lagoa e solicitar que coloque os animais a uma mesma distância da lagoa (ponto central). Iniciar com 2 dizendo: "Nesta fazenda existem vários animais. Todos os dias eles gostam de ir até esta lagoa para beber água. De que forma você pode colocar os animais para que cada um ande o mesmo tanto até chegar à lagoa?". Após a primeira situação idealizada perguntar: "Da forma como colocou os animais, eles andam o mesmo tanto até chegarem à lagoa?", "Como você fez para saber que eles andam o mesmo tanto?", "Tem outro jeito de colocar os animais, para que eles andem o mesmo tanto até chegarem à lagoa?". Proceder da mesma forma com 5, 8 e 10 animais. Em cada situação, insistir para que demonstre pelo menos 5 maneiras de colocar os animais. c) Avaliação: Nível Ia: faz uma reunião dos animais, seja através de um alinhamento vertical ou horizontal, figuras em curva, ziguezague, animais em desordem e perto da lagoa; Nível Ib: começa a fazer configurações fechadas, mas não circulares, que envolvem a lagoa, comparando a distância entre a lagoa e cada um dos animais individualmente, sem levar em conta os outros animais envolvidos, ainda existe um predomínio de retas e amontoados como Ia; Nível II: trabalha predominantemente com formas, podendo apresentar o círculo como solução, ou não, mas considerando uma forma entre outras; Nível III: as únicas construções aceitas são o círculo ou o semicírculo, que já aparecem desde as primeiras construções, e as únicas variações são aquelas nas quais aumenta ou diminui o raio do círculo.

10 - Posições dos dados sobre um suporte a) Material: três suportes coloridos (círculo amarelo, quadrado vermelho, triângulo azul) e nove dados, cujas faces são de cores diferentes (branco, preto, rosa, verde, vermelho, amarelo). b) Aplicação: colocar o círculo amarelo sobre a mesa e entregar três dados dizendo "Coloque estes três dados de todas as maneiras sobre este cartão". Após a execução da tarefa, perguntar: "Pode ser de outro jeito?". Caso argumente que não há outras maneiras, insistir: "Faça agora de um jeito bem diferente". Continuar fazendo as seguintes solicitações: "Você acha que existem jeitos certos ou errados de colocar os dados?", "Então mostre um jeito certo de colocar os dados", "Agora mostre um outro jeito certo", "Mostre um jeito errado de colocar os dados", "Agora mostre outro jeito errado", "De quantos jeitos você acha que pode colocar estes dados sobre este cartão? Como você sabe? Você conseguiria fazer todos esses jeitos?”. Deve incentivar a demonstrar todas as posições em que pensar. Todas as condutas devem ser anotadas. O mesmo procedimento é adotado para os outros dois suportes: quadrado vermelho e triângulo azul. c) Avaliação: Nível Ia: combina pequenas diferenças com semelhanças (procedimentos analógicos), e seus argumentos caracterizam-se pela presença de pseudo-necessidades, além disso,

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trabalha apenas com uma família de co-possíveis; Nível Ib: trabalha com duas famílias de co-possíveis; Nível II: busca mais variações e apresenta co-possíveis antecipados, já trabalha com três famílias de co-possíveis; Nível III: argumenta que existem maneiras ilimitadas de colocar os dados (co-possíveis quaisquer). YAEGASHI, S. F. R. O fracasso escolar nas séries iniciais: um estudo com crianças de escolas públicas. Campinas: Faculdade de Educação/UNICAMP, 1997 (Tese de Doutorado em Psicologia Educacional).

Quadro para registro do resultado das provas para o diagnóstico operatório

NÍVEIS PROVAS

Ia Ib IIa IIb III Classificação Seriação Conservação de comprimento Conservação de massa Conservação de líquidos Conservação de quantidades discretas Inclusão de classes Imagem mental Eqüidistância Posições dos dados sobre um suporte

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IMAGEM MENTAL

ANEXO

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FAZ DE CONTA

O Faz de Conta é um teste projetivo em que o sujeito é convidado a imaginar como um personagem responderia a uma seqüência de perguntas. Através de um personagem o sujeito expressa auto-percepção, real ou imaginária/ideal; percepção da família, real ou ideal; percepção da escola como rendimento escolar, real ou ideal, relação com a professora, real ou ideal, e relação com os colegas, real ou ideal. a) Material: folha contendo 46 questões. b) Aplicação: se o sujeito for do sexo masculino usar Roberto se for do sexo feminino usar Maria. Dizer ao sujeito: “Eu conheço um (a) menino (a) chamado (a) Roberto (Maria) e você vai imaginar como ele (a) é porque ele (a) faz coisas assim. Diga-me a primeira coisa que você pensar”.

1) Roberto não tem tempo de ouvir música. Por quê? 2) Roberto não jantou ontem. Por quê? 3) Roberto não brinca com outros meninos. Por quê? 4) Roberto não foi ao cinema domingo. Por quê? 5) A professora disse que queria falar com ele depois da aula. Por quê? 6) Quando o pai de Roberto chegou ontem o que aconteceu? 7) Roberto levantou-se durante a noite. Por quê? 8) Quando Roberto abriu a porta o que foi que ele viu? 9) Roberto não fez nenhuma lição de casa. Por quê? 10) Roberto uma noite sonhou. Com o quê? 11) Roberto trouxe ontem suas notas. O que aconteceu? 12) A mãe de Roberto vestiu o casaco e saiu. Por quê? 13) Roberto chegou chorando em casa. Por quê? 14) Roberto ficou com raiva de sua mãe. Por quê? 15) Roberto queria ser mais sabido do que é. Por quê? 16) Roberto foi para o seu quarto. Por quê? 17) Roberto está com medo de alguma coisa. O que é? 18) Às vezes alguém aborrece Roberto e ele fica triste. Por quê? 19) Roberto queria ser mais forte do que é. Por quê? 20) A mãe de Roberto está muito preocupada com alguma coisa. O que é? 21) Roberto não veio jantar em casa. Por quê? 22) Ontem aconteceu alguma coisa ruim. O que foi? 23) Roberto não gosta de alguma coisa em seu pai. O que é? 24) Roberto pensa que seu pai e sua mãe não gostam dele. Por quê? 25) Roberto não quer ir à escola hoje. Por quê? 26) Roberto não gosta de recitar poesias (falar na frente) em classe. Por quê? 27) Roberto gostaria às vezes de ser menina. Por quê? 28) Roberto gostaria de ser maior do que é. Por quê? 29) Roberto gosta de uma coisa em sua professora. O que é? 30) Roberto às vezes fica com raiva na escola. Por quê? 31) Roberto às vezes não faz o que sua mãe manda. Por quê? 32) Roberto prefere brincar com meninos ou meninas. Por quê? 33) Roberto não gosta de um menino de sua classe. Por quê? 34) Roberto às vezes fica nervoso e preocupado na escola. Por quê? 35) Certo dia Roberto e sua mãe brigaram seriamente. Por quê? 36) Um dia Roberto quis fugir de sua casa. Por quê? 37) Roberto não gosta de alguma coisa em sua professora. Por quê?

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38) Roberto às vezes fica muito triste. Por quê? 39) Roberto gosta de ficar sozinho. Por quê? 40) Roberto acha uma pessoa da escola muito boa. Quem é? 41) Quantos anos você pensa que Roberto tem? 42) Se Roberto fosse grande e forte, o que faria que não pode fazer agora? 43) Se Roberto fosse rico, o que faria que não pode fazer agora? 44) Se Roberto fosse sabido, o que faria que não pode fazer agora? 45) Se Roberto pudesse fazer tudo o que quisesse, o que faria que não pode fazer

agora? 46) O que Roberto quer acima de tudo (O que Roberto mais quer na vida?)”.

c) Análise: Assinalar as respostas que se referem a auto-percepção, a percepção da família e a percepção da escola. Analisar as respostas que se referem a cada percepção a partir das respostas apresentadas, apontando as questões.

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TESTE DE DESEMPENHO ESCOLAR – TDE Teste de Desempenho Escolar – TDE, teste psicométrico proposto por Stein (1996), composto por três subtestes: - subteste de escrita. - subteste de aritmética - subteste de leitura. Avaliação: O teste permite uma avaliação em termos da série que a criança cursa e da idade cronológica em que se encontra. STEIN, L. M. Teste de Desempenho Escolar – T.D.E. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996.

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SEQUENCIA DAS SESSÕES DE DIAGNÓSTICO DA CRIANÇA

Anamnese com os pais

1ª. Sessão: Sessão Lúdica Centrada na Aprendizagem

2ª. Sessão: Prova Projetiva Psicopedagógica: Par Educativo

Provas operatórias: classificação, seriação, conservação de comprimento

3ª. Sessão: Prova Projetiva Psicopedagógica: Família Educativa

Provas operatórias: conservação de massa, conservação de líquido, conservação de quantidades discretas

4ª. Sessão: Prova Projetiva Psicopedagógica: Desenho em Episódios

Provas operatórias: imagem mental, inclusão de classes, eqüidistância, posições dos dados sobre um suporte

5ª. Sessão: Faz de Conta

TDE

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INFORME PSICOPEDAGÓGICO I- DADOS PESSOAIS - Nome: - Data de nascimento: - Idade na avaliação: - Escola: - Ano: II- MOTIVO DA AVALIAÇÃO (QUEIXA) III- PERÍODO DA AVALIAÇÃO E NÚMERO DE SESSÕES IV- INSTRUMENTOS UTILIZADOS - Entrevista de anamnese - Sessão Lúdica Centrada na Aprendizagem - Provas Projetivas Psicopedagógicas: Par Educativo, Família Educativa, Desenho em Episódios - Provas operatórias: classificação, seriação, conservação de comprimento, conservação de massa, conservação de líquido, conservação de quantidades discretas, imagem mental, inclusão de classes, equidistância, posição dos dados sobre um suporte - Faz de Conta - Teste de Desempenho Escolar V- ANÁLISE DOS RESULTADOS NAS DIFERENTES ÁREAS - Pedagógica - Cognitiva - Afetiva-social - Dinâmica familiar VI- HIPÓTESE DIAGNÓSTICA VII- RECOMENDAÇÕES E INDICAÇÕES

Local e data

Nome do psicopedagogo Psicopedagogo