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FACULDADE TECSOMA Bacharelado em Administração Luana Fagundes França Da Silva Norões QUALIDADE NO ATENDIMENTO COMO FATOR DE CRESCIMENTO EMPRESARIAL, ATRAVÉS DA FIDELIZAÇÃO E CAPTAÇÃO DE NOVOS CLIENTES um estudo de caso na Versátil. Paracatu 2015

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FACULDADE TECSOMA

Bacharelado em Administração

Luana Fagundes França Da Silva Norões

QUALIDADE NO ATENDIMENTO COMO FATOR DE CRESCIMENTO

EMPRESARIAL, ATRAVÉS DA FIDELIZAÇÃO E CAPTAÇÃO DE NOVOS

CLIENTES – um estudo de caso na Versátil.

Paracatu

2015

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Luana Fagundes França Da Silva Norões

QUALIDADE NO ATENDIMENTO COMO FATOR DE CRESCIMENTO

EMPRESARIAL, ATRAVÉS DA FIDELIZAÇÃO E CAPTAÇÃO DE NOVOS

CLIENTES – um estudo de caso na Versátil.

Monografia apresentada ao curso de Administração

da faculdade Tecsoma. Como requisito para obtenção

do título de bacharelado em Administração.

Orientador: Fernando Antônio Antunes

Orientador metodológico: Geraldo B. B. Oliveira.

Paracatu

2015

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Fonte: Elaborado pela autora

N03972063q Fagundes, Luana França Silva Norões, 1990.

Qualidade no atendimento como fator de crescimento empresarial, através da fidelização e capitação de novos clientes – um estudo de caso na Versátil/ Luana Fagundes Franca Silva Norões. Paracatu, 2015. Orientador: Fernando Antônio Antunes. Orientador Metodológico: Geraldo Benedito Batista de Oliveira. 1. Marketing 2. Qualidade no atendimento 3. Estudo de caso na versátil.

CDU: 658.8

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Luana Fagundes França Da Silva Norões

QUALIDADE NO ATENDIMENTO COMO FATOR DE CRESCIMENTO

EMPRESARIAL, ATRAVÉS DA FIDELIZAÇÃO E CAPTAÇÃO DE NOVOS

CLIENTES – um estudo de caso na Versátil.

Monografia apresentada ao curso de Administração

da faculdade Tecsoma. Como requisito para obtenção

do título de bacharelado em administração.

_______________________________________________________

Fernando Antônio Antunes (Orientador Teórico)

_______________________________________________________

Geraldo B. B. de Oliveira (Orientador Metodológico)

_______________________________________________________

Professor examinador (Banca Examinadora)

Paracatu

2015

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Deus é o meu refúgio, minha força e a minha

fortaleza, sem ele em minha vida não teria

conseguido conquistar mais essa vitória.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me dado força e paciência para chegar até aqui, e ao meu

esposo, por ter me dado apoio e motivação para conquistar mais essa etapa, que é tão importante

em minha vida.

.

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RESUMO

O mercado hoje em dia está muito competitivo e os clientes cada vez mais exigentes. Isso

significa que as empresas não podem ficar estacionadas, simplesmente por que já estão no

mercado. Elas precisam correr atrás de novos clientes e de fidelizar-lós, garantindo a qualidade

de seus serviços e produtos. Os clientes estão cada vez mais exigentes não apenas em questão

dos produtos, mas como são atendidos. As empresas devem prestar bastante atenção, na sua

imagem, qual a impressão que os clientes têm dela, isso envolve seu ambiente interno e externo,

suas instalações e, principalmente como são atendidos.

Aquele ditado que diz “a primeira impressão é a que fica” consegue expressar com clareza o

que os clientes desejam, um bom atendimento, e esse atendimento não é apenas mostrar a ele o

que ele deseja e sim cativar seu cliente e firmar um vínculo com ele.

A qualidade no atendimento hoje se tornou-se um dos fatores mais competitivos no mercado, e

requer uma atenção especial, manter o foco no cliente é o que garante a sobrevivência no

mercado. Manter se uma empresa que atenda seus clientes de forma eficiente requer persistência

e treinamento.

Para se conseguir atingir o cliente externo, é necessário tratar bem o cliente interno, um clima

agradável e com as suas necessidades básicas atendidas, apesar de não ser um fator

motivacional, com certeza induz seus funcionários a trabalhar melhor. É muito importante que

as empresas não pensem somente no hoje, mas também pensem no futuro, afinal cliente

satisfeito é sinônimo de cliente fiel.

Segundo Kotler e Armstrong “o conceito de marketing diz que, para ser bem-sucedida, uma

empresa deve satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores melhor que seus

concorrentes. ”. (KOTLER e ARMSTRONG, 1993, p.39).

Os clientes devem ser atendidos da melhor maneira possível, eles devem se sentir importantes,

pois hoje o que faz uma empresa a cativa novos clientes e fideliza os já existentes, é prestação

de um atendimento de qualidade, pois esses clientes possuem muitas opções de escolhas no

mercado, portanto o atendimento de qualidade se tornará um diferencial.

Palavra-chave: Qualidade no atendimento – Cliente – Mercado – Marketing.

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ABSTRACT

Nowadays, the market is being very competitive and the clients each more exigent. That means

companies can’t be stagnated just because they’re already at the market. They need to go after

new costumers and retain existing customers, ensuring the quality of its services and products.

Customers are increasingly demanding not only concerned the products, but how they are met.

Companies should pay close attention to your image, what impression customers have of it; this

involves its internal and external environment, its facilities and especially how they are met.

That saying "the first impression is the one that is" can clearly express what customers want,

good attendance, which is not just show him what he wants, but captivate your customer and

establish a bond with him.

Today, the quality of attendance has become one of the most competitive factors in the market

and requires special attention. Keep the focus on the customer is what ensures survival in the

market. Keep a company that serves its customers efficiently requires persistence and training.

In order to accomplish the external client, you must treat well the internal customer. A pleasant

climate and with their basic needs met, despite not being a motivating factor, certainly induces

employees to work better. It is a very important factor that companies do not just think in today,

but also think of the future, after all, satisfied customer is a loyal customer. According to Kotler

and Armstrong "the concept of marketing says that to be successful, a company must meet the

needs and desires of consumers better than their competitors.". (KOTLER e ARMSTRONG,

1993, p. 39).

Customers must be met in the best possible way and feel important, because, nowadays, what

makes a company retain new customers and the existing ones, is to provide a quality service

because those customers have plenty of choices on the market therefore the quality of service

becomes a differential.

Keyword: Quality of service - Customer - Market - Marketing

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Os 4 p´s do marketing ............................................................................................... 44

Figura 2: Pirâmide das necessidades de Maslow...................................................................... 72

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Cronograma das atividades...................................................................................... 35

Quadro 2: Índice de variação do volume de vendas no comércio varejista ............................. 90

Quadro 3: Classificação para o comércio varejista .................................................................. 91

Quadro 4: Média de pessoal ocupado por empresa, salário médio mensal, produtividade do

trabalho e taxa de margem de comercialização, segundo as atividades do comércio varejista,

Brasil – 2011 ............................................................................................................................. 91

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Recursos Humanos ................................................................................................... 35

Tabela 2: Recursos de materiais ............................................................................................... 36

Tabela 3: Recursos financeiros ................................................................................................. 36

Tabela 4: Principais tipos de Marketing ................................................................................... 40

Tabela 5: Tipo de cliente analítico ........................................................................................... 47

Tabela 6: Tipo de cliente dominante ........................................................................................ 48

Tabela 7: Tipo de cliente expressivo ........................................................................................ 48

Tabela 8: Tipo de cliente observador ....................................................................................... 48

Tabela 9: Tipo de cliente ao contratar a empresa ..................................................................... 48

Tabela 10: Comportamento dos funcionários ........................................................................... 62

Tabela 11: Comparativo entre fatores motivadores e higiênicos ............................................. 76

Tabela 12: Teoria de Maslow e Teoria de Herzberg ................................................................ 77

Tabela 13: Fidelização dos clientes .......................................................................................... 85

Tabela 14: Treinamento .......................................................................................................... 103

Tabela 15: Estratégia de MKT................................................................................................ 104

Tabela 16: Orçamento dos brindes ......................................................................................... 105

Tabela 17: Canal de sugestão e reclamação ........................................................................... 105

Tabela 18: Utilização do CRM ............................................................................................... 106

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LISTA DE APÊNDICES

Apêndice I: Perguntas utilizadas para entrevistar os funcionários ......................................... 113

Apêndice II: Questionário de satisfação de clientes ............................................................... 114

Apêndice III: Gráficos ........................................................................................................... 114

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LISTA DE ABREVIATURAS

CNPJ – Cadastro nacional de pessoas Jurídicas

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

PAC- Pesquisa Anual de Comércio

QVT- Qualidade de vida no trabalho

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 30

2 TÍTULO ............................................................................................................................... 31

3 TEMA .................................................................................................................................. 31

4 DADOS DA EMPRESA ..................................................................................................... 31

4.1 Razão Social ...................................................................................................................... 31

4.2 Nome Fantasia ................................................................................................................... 31

4.3 Endereço ............................................................................................................................. 31

4.4 CNPJ .................................................................................................................................. 31

4.5 Inscrição Estadual .............................................................................................................. 31

4.6 Quadro Societário .............................................................................................................. 31

4.7Capital Social ...................................................................................................................... 32

4.8 Organograma ..................................................................................................................... 32

5 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 32

5.1 Objetivo Geral ................................................................................................................... 32

5.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................ 32

6 PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................................... 32

7 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 32

8 RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................................... 34

9 CRONOGRAMA ................................................................................................................ 35

9 RECURSOS ........................................................................................................................ 35

9.1 Recursos Humanos ............................................................................................................ 35

9.2 Recursos Materiais ............................................................................................................ 36

9.3 Recursos Financeiros .......................................................................................................... 36

10 MARKETING ................................................................................................................... 36

10.1 Evolução do marketing ..................................................................................................... 36

10.2 Conceitos de Marketing .................................................................................................... 38

10.3 Objetivo de marketing ...................................................................................................... 41

10.4 Tipos de marketing .......................................................................................................... 41

10.5 Estratégia de marketing .................................................................................................... 42

10.6 Marketing de relacionamento ........................................................................................... 44

10.7 Identificações do cliente ................................................................................................... 46

10.8 Tipos de clientes ............................................................................................................... 46

10.9 Estratégia empresarial....................................................................................................... 49

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10.10 Funções da gestão estratégica ......................................................................................... 49

10.11 Marketing de valor.......................................................................................................... 50

10.12 Valor para o cliente......................................................................................................... 51

10.13 Serviços .......................................................................................................................... 51

10.14 Qualidade em serviços .................................................................................................... 53

11 GESTÃO DE PESSOAS ................................................................................................... 53

11.1 Conceito ............................................................................................................................ 53

11.2 Teorias administrativas e sua evolução ............................................................................ 55

11.3 Teoria de Frederick Winslow Taylor................................................................................ 56

11.4 Teoria de Henry Ford ....................................................................................................... 57

11.5 Teoria de Jules Henri Fayol .............................................................................................. 58

12 ADMINISTRAÇÃO NUMA ABORDAGEM HUMANÍSTICA .................................. 58

12.1 Teoria das Relações Humanas .......................................................................................... 58

12.2 Antecedentes histórico da Abordagem Humanística ........................................................ 59

12.3As implicações da Teoria das Relações Humanas para a Ciência Administrativa ............ 61

12.4 A experiência de Hawthorne ............................................................................................ 61

13 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO .................................. 63

13.1 Teoria Burocrática ............................................................................................................ 63

13.2 Teoria estruturalista da administração .............................................................................. 64

14 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO .................................................................... 64

14.1 Conceito ............................................................................................................................ 64

14.2 Motivação pessoal dos colaboradores .............................................................................. 65

15 MOTIVAÇÃO ................................................................................................................... 66

15.1 Conceito ............................................................................................................................ 66

15.2 Relação entre a revolução industrial e a motivação ......................................................... 67

16 CARGOS E SALÁRIOS ................................................................................................... 70

16.1 Conceito ............................................................................................................................ 70

16.2 Motivação e recompensas ................................................................................................. 71

16.3 Programas de benefícios aos funcionários........................................................................ 71

17 TEORIAS MOTIVACIONAIS ........................................................................................ 72

18 ATENDIMENTO AO CLIENTE..................................................................................... 77

18.1 Conceitos .......................................................................................................................... 77

18.2 Atrações de clientes .......................................................................................................... 79

19 QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE .................................................... 80

19.1 Conceito ............................................................................................................................ 80

19.2 Satisfação total do cliente ................................................................................................. 82

19.3 Fidelização do cliente e brinde ......................................................................................... 84

19.4 Relacionamento especial com o cliente ............................................................................ 86

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20 ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 88

20.1 Varejo no Brasil ................................................................................................................ 88

20.2 Evolução do mercado varejista no Brasil ......................................................................... 88

20.3 Estudo sobre o comércio varejista nacional .................................................................... 91

20.4 Comércio varejista de vestuário pela internet ................................................................... 92

20.5 História da loja Versátil ................................................................................................... 93

20.6 Política e conduta da empresa .......................................................................................... 93

20.7 Valores da empresa ........................................................................................................... 94

20.8 Missão da empresa............................................................................................................ 94

21 METODOLOGIA .............................................................................................................. 94

21.1 Limitação do trabalho ....................................................................................................... 95

21.2 Análise e discussão dos resultados da pesquisa................................................................ 96

21.3 Pesquisa com clientes ....................................................................................................... 96

Gráfico 1: Avaliação da qualidade no atendimento.................................................................. 96

Gráfico 2: Atendimento cordial ................................................................................................ 97

Gráfico 3: Cliente se sentindo à vontade .................................................................................. 97

Gráfico 4: Funcionários buscando atender as necessidades e objetivos dos clientes ............... 98

Gráfico 5: Cliente satisfeito ...................................................................................................... 99

Gráfico 6: Cliente se sentindo importante para a loja .............................................................. 99

Gráfico 7: Atendimento de má qualidade ................................................................................. 99

21.4 Entrevista com funcionários ........................................................................................... 100

21.5 Propostas de melhorias ................................................................................................... 100

21.6 Treinamento .................................................................................................................... 101

21.7 Estratégia de MKT ......................................................................................................... 101

21.8 Canal de sugestão e reclamação ..................................................................................... 102

21.9 Utilização do CRM ......................................................................................................... 102

21.10 Matriz 5W2H ................................................................................................................ 103

CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 107

REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 108

APÊNDICES ......................................................................................................................... 113

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1 INTRODUÇÃO

O atual mercado é caracterizado por grande volume de informação disponível e pela

intensa globalização e como resultado o aumento da concorrência, causando o desenvolvimento

de novos métodos por parte das empresas. Modificações constantes no mercado mudaram para

sempre o modo de como administrar uma organização. Agora, é fundamental que as empresas

passem a atuar com um sistema aberto, em constante interação com o ambiente.

E todos sabem que o cliente é o principal gerador de lucros numa organização, e cada

vez se tornam mais exigentes na hora de realizar uma compra, e o preço está deixando de ser o

fator principal de compra.

Uma empresa deve ser reconhecida não somente por ter produtos de qualidade, ou

porque tem preço bom, mas também porque tem um atendimento de altíssima qualidade,

proporcionando aos seus clientes a satisfação.

Mas, infelizmente, hoje em dia é comum ver que muitas empresas não estão

conseguindo manter um relacionamento de longo prazo com seus clientes ou até mesmo nem

conseguindo cativá-los, por não proporcionar um atendimento eficaz. Para que ocorra esse bom

atendimento, é necessário que haja cooperação entre as partes envolvidas, isso resultará em um

relacionamento duradouro entre a empresa e o cliente.

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2 TÍTULO

Qualidade no atendimento como fator de crescimento empresarial através da fidelização

e capitação de novos clientes – um estudo de caso na Versátil.

3 TEMA

Gestão de Marketing.

4 DADOS DA EMPRESA

4.1 Razão Social

Versátil Indústria Comércio e Serviços LTDA

4.2 Nome Fantasia

Versátil

4.3 Endereço

Rua Joaquim Adjuto Botelho, N: 23, Bairro: Centro, Cidade: Paracatu- MG

4.4 CNPJ

11.774.323/0001-59

4.5 Inscrição Estadual

001.575.872/0062

4.6 Quadro Societário

Vinícius Jordão Botelho 10.000- Quotas 50%

Virgínia Lúcia Silva Jordão Botelho 10.000- Quotas 50%

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4.7 Capital Social

R$ 20.000,00.

4.8 Organograma

5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo Geral

Medir a qualidade no atendimento, e como esse fator possibilitará o crescimento

empresarial mediante aos concorrentes, através da fidelização e a capitação de novos clientes.

5.2 Objetivos Específicos

Conceituar qualidade no atendimento e marketing;

Demostrar qual a importância da qualidade no atendimento para o crescimento

da empresa; através da fidelização e da capitação de novos clientes;

Analisar o grau de satisfação dos funcionários da empresa;

Analisar o grau de satisfação dos clientes, referente ao atendimento prestado pela

a empresa.

PROPRIETÁRIO

VENDEDOR

CAIXA

GERENTE

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6 PROBLEMATIZAÇÃO

A base de uma empresa é o cliente, então temos que procurar satisfazer a sua real

necessidade. Mas será que os funcionários sabem qual é a verdadeira necessidade do cliente, a

qual o levou até a empresa?

Será que os clientes se sentem à vontade ao entrar na loja, para olhar os produtos, sem

se sentirem obrigados a levá-los? Os produtos da Versátil possuem valores mais altos, por

trabalharem com produtos de marcas conceituadas e bem conhecidas. Seria importante um

estudo sobre como a empresa é vista pelo cliente, e a partir deste momento identificar formas

de solucionar tal problema, como investimentos em treinamentos para os colaboradores, por

exemplo.

A imagem que a empresa passa para o cliente é o que determinará seu crescimento. O

funcionário é responsável por parte dessa imagem, assim a sua capacitação é muito importante

na hora da venda. “A produtividade do funcionário é o resultado da combinação de suas

habilidades, motivação e ambiente de trabalho, e a tecnologia com a qual eles precisam

trabalhar. ” (BOHLANDER , 2009, p. 20).

Afinal, até que ponto a qualidade no atendimento poderá influenciar no crescimento

empresarial, através da fidelização e da captação de novos clientes?

7 JUSTIFICATIVA

O cliente é o principal gerador de lucros numa organização, e cada vez se tornam mais

exigentes na hora de realizar uma compra, e o preço está deixando de ser o fator principal de

compra.

Uma empresa deve ser reconhecida não somente por ter produtos de qualidade, ou

porque tem preço bom, mas também porque tem um atendimento de altíssima qualidade,

proporcionando aos seus clientes a satisfação.

Como em Paracatu possui muitas lojas no ramo de vestuário, que é o caso da Versátil,

os seus concorrentes muita das vezes acabam possuindo preços melhores do que a dela, então

é de suma importância que ela invista cada vez mais na qualidade de seu atendimento.

Proporcionando aos seus funcionários treinamentos para melhorar ou até mesmo aperfeiçoar o

atendimento. Sendo assim, mesmo tendo o preço mais elevado, em comparação com os seus

concorrentes, ela, com certeza, conseguirá conquistar a fidelização e até mesmo conquistar

novos clientes.

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É comum ver que muitas empresas não estão conseguindo manter um relacionamento

de longo prazo com seus clientes ou até mesmo nem conseguindo cativa-los, por não

proporcionar um atendimento eficaz. Para que ocorra esse bom atendimento é necessário que

haja cooperação entre ambas as partes envolvidas, isso resultará em um relacionamento

duradouro entre a empresa e o cliente. “A satisfação do cliente é intimamente ligada à qualidade.

A qualidade tem um impacto direto sobre o desempenho do produto, portanto também afeta a

satisfação do cliente”. (KOTLER E ARMSTRONG , 1999, p. 6).

Uma organização que realmente se preocupa com o seu crescimento, tem que começar a

investir em seus funcionários, para que possam fazer treinamentos, para poderem adquirir

conhecimentos técnicos, podendo proporcionar um atendimento de qualidade aos seus clientes,

pois hoje em dia o mercado anda muito competitivo, proporcionando assim mais opções de

compras, não permitindo que ocorra nenhum tipo de deslizes por parte da empresa.

Existem muitos funcionários despreparados, onde muitas das vezes proporcionam ao

cliente um atendimento muito mecanizado e forçado, sendo que essa forma de atendimento não

é o mais apropriado para se cativar e fidelizar um cliente, pois tem que passar ao cliente

segurança e naturalidade ao atendê-lo.

Para que uma empresa consiga conquistar e fidelizar o cliente, não basta somente se

preocupar com o preço e qual a melhor forma de pagamento, mas se preocupar em descobrir

quais são as verdadeiras necessidades e preferências de seu público. Em busca disso, este estudo

irá direcionar ao melhor desempenho e consequentemente resultados satisfatórios para a

Versátil.

8 RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se que a partir do momento que a pesquisa for realizada com os funcionários e

com os clientes da empresa sobre o grau de satisfação de ambas as partes, perceberão que

funcionário motivado é sinal de produtividade e bom desempenho, podendo assim proporcionar

aos clientes, um atendimento de qualidade, podendo então conquistar a fidelização desses

clientes e a captação de novos clientes, podendo assim ocorrer o aumento do ticket médio.

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9 CRONOGRAMA

Quadro 1: Cronograma das atividades e o mês que forem desenvolvidas-2015

Fonte: Elaborada pela autora.

9 RECURSOS

9.1 Recursos Humanos

Tabela 1: Recursos humanos utilizados para o desenvolvimento do projeto

Descrição Pessoa Valor

Professor orientador Fernando Antônio Antunes ___

Professor de metodologia orientador do estágio Geraldo Benedito ___

Orientadora na empresa Virgínia Lúcia Silva ___

Responsável pela pesquisa do projeto Luana Fagundes Norões ___

Fonte: Elaborado pela autora

Atividade/mês/2015 J F M A M J J A S O N D

Leitura de livros, artigos e tcc’s pronto X X

Escolha do local para fazer o estágio X

Realização do estágio X X

Dados da empresa X

Elaboração do objetivo geral e específico X

Problematização X

Justificativa X

Resultados esperados X

Metodologia X

Cronograma X

Recursos X

Referencial teórico X

Apresentação do projeto X

Início da segunda etapa do estágio X

Visita à empresa X

Elaboração e aprovação do questionário de pesquisa X

Aplicação da pesquisa com clientes e funcionários da empresa X X

Tabulação e discussão dos resultados X

Formatação do projeto monográfico X

Correção ortográfica do projeto monográfico X

Apresentação da monografia para a banca examinadora X

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9.2 Recursos Materiais

Tabela 2: Recursos de materiais utilizados para o desenvolvimento do projeto

Materiais Quantidade Valor unitário Valor total

Papel A4 02 R$ 28,90 R$ 57,80

Toner preto e branco 02 R$ 60,00 R$ 120,00

Livros da biblioteca - ___

Artigos e tcc’s já

prontos na internet

- R$ 41,90 R$ 41,90

TOTAL 04 R$ 130,80 R$ 219,70

Fonte: Elaborado pela autora

9.3 Recursos Financeiros

Tabela 3: Recursos financeiros utilizados para o desenvolvimento do projeto

Materiais Quantidade Valor unitário Valor total

Combustível

automóvel

25 Litros R$ 3,09 R$ 77,25

Conta telefônica - R$ 41,90 R$ 41,90

Impressão do trabalho 300 R$ 0,20 R$ 60,00

TOTAL - R$ 45,19 R$ 179,15

Fonte: Elaborado pela autora

10 MARKETING

10.1 Evolução do marketing

Historicamente é difícil identificar quando surgiu o marketing. Existem muitas dúvidas

a respeito da sua origem. O que se sabe é que a história do marketing está ligada à história da

humanidade e sua evolução. Segundo Kotler (2000), “desde as civilizações antigas havia, ainda

que intuitivamente, pessoas com visão de marketing, considerando que, muitos artesões

conheciam bem seus clientes, suas características e necessidades, e desdobravam-se sempre no

atendimento de suas encomendas”. No entanto, a produção era artesanal e muitas vezes os

artesões não conseguiam vencer a toda demanda de pedidos.

A partir de 1780, com a Revolução Industrial, a preocupação central passou a ser a

produção em massa de produtos idênticos. Surge então a concorrência das empresas para ver

quem oferecia estes produtos pelo menor preço do mercado.

O desenvolvimento industrial foi mais que um salto produtivo, pois proporcionou a ampliação

dos mercados e do capitalismo industrial, este foi cedendo espaço ao capitalismo financeiro,

surgindo assim, as instituições financeiras bem como os bancos. A Revolução foi, portanto, um

conjunto complexo de alterações em todos os setores da vida humana.

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Segundo Ricardo Sergio (2004), Mesmo com essa revolução industrial o consumidor

não estava preparado para consumir produtos sofisticados e industriais, pois já estavam

acostumados em adquirir qualquer produto sem questionar a qualidade. Portanto as empresas

se prosperavam nessa época devido a uma demanda pouco criteriosa e passiva em função de

uma estratégia planejada de adaptação ao mercado.

O foco do marketing deixou de ser vendas e passou para a propaganda, realizada quase

que exclusivamente por meio de mídias eletrônicas. De forma complementar, as

empresas começaram a definir seus públicos- alvos por meio de estratégias de

segmentação e com o apoio de pesquisas de mercado. A ideia dominante era que

diferentes grupos de consumidores possuíam diferentes perfis e interesses, e estes

precisavam ser identificados e atendidos. A maneira de fazer isso era comunicando-

lhe a existência do produto certo, por meio da publicidade. (RICARDO SÉRGIO,

2004, p. 39).

De acordo com (KOTLER, 2000), terem como foco a melhoria dos seus produtos, as

empresas os aprimoravam sob o ponto de vista técnico, ainda desconsiderando as reais

necessidades dos consumidores. Ele reforça que esta concepção pode levar a empresa à

“miopia” de marketing. Foi exatamente o que aconteceu, não enxergaram que seus dirigentes

fabricavam massivamente produtos, sem nenhum tipo de pesquisa de mercado, que

comprovasse a aceitação destes pelos consumidores. Então surge uma série de clientes

insatisfeitos, que percebiam não ter comprado bens que não correspondiam as suas reais

necessidades.

A partir de 1918, após o termino da 1° Guerra Mundial, ocorreu então um avanço

industrial com proporções gigantescas, com um efetivo excedente de produção, agravado pela

“Depressão Econômica” ocorrida em 1929, e que enfraqueceu a demanda do mercado.

Como saída para esvaziar os estoques que se acumulavam, a ordem das indústrias era

concentrar-se nas vendas. Era preciso vender a qualquer custo, aquilo que era produzido, sem

necessariamente produzir o que o mercado necessitava comprar. Criando-se então táticas de

venda e de instrumentos promocionais tais como: propaganda, promoção de vendas e venda

pessoal.

Neste período, não havia a mínima preocupação por parte das empresas em criar

vínculos com os clientes, ou em prestar serviços que mantinham sua preferência a longo prazo.

O raciocínio era sempre a curto prazo. Neste contexto, a área comercial era a mais valorizada

nas organizações.

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A empresa que tem a mentalidade de “vender sem se preocupar com o cliente”, tem

como pressuposto, que os clientes devem ser persuadidos a consumir seus produtos.

Isto gera, a longo prazo, uma série de clientes insatisfeitos, que percebiam não ter

comprado bens que não correspondiam as suas reais necessidades. Decorreram desta

época as ideias de que o marketing se resume a vendas, propagandas e promoções

(KOTLER , 2000, p. 25).

A partir de 1945, após a Segunda Guerra Mundial, houve grande desenvolvimento

tecnológico proporcionando o aparecimento de novos materiais, novas tecnologias, novas

fontes de energia, novos canais de comunicação e popularização do automóvel. Isto causou uma

sofisticação nos produtos e processos de produção. Sendo assim as empresas passaram a buscar

uma nova forma de atuação no mercado, começam a mudar seus conceitos e passam a se

preocuparem com a satisfação e atender as reais necessidades e desejos dos clientes. O

consumidor, por sua vez, passa a ter liberdade de escolha devido às grandes opções de consumo

que lhe é oferecido.

Portanto as empresas passam a ter novos desafios como redução das estruturas

operacionais, procura de flexibilidade, agilidade nas soluções e constante adaptação ás

necessidades do mercado. Segundo Kotler (2000), o cliente passa a exigir cada vez mais

qualidade, serviços superiores além de customização.

Afinal como o mercado se tornou cada vez mais competitivo depois da Segunda Guerra

Mundial, as empresas começaram a se preocupar em atender os desejos e as necessidades de

seus clientes, pois o cliente passaria a ter mais opções de compra.

10.2 Conceitos de Marketing

O atual mercado é caracterizado por grande volume de informação disponível e pela

intensa globalização e como consequência o aumento da concorrência, causando o

desenvolvimento de novos métodos por parte das empresas. Modificações constantes no

mercado mudaram para sempre o modo de como administrar uma organização. Agora, é

fundamental que as empresas passem a atuar com um sistema aberto, em constante interação

com o ambiente.

Estruturada a empresa, do ponto de vista sistêmico, a área de marketing é a principal

ligação entre as relações da empresa com o mercado e com os consumidores e clientes. Nos

dias atuais, o marketing tem um papel vital para o desenvolvimento das organizações, pois

identifica e cria modos de gerar valor aos seus clientes-alvo. Portanto, o marketing é uma

atividade organizacional, associada a um conjunto de processos que envolvem a criação, a

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comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração de Inter

relacionamentos, de forma a beneficiar a todos os envolvidos direta ou indiretamente

stakeholders.

Em 1960 AMA (American Marketing Association), definia marketing como desempenho

que as atividades no mundo dos negócios, se dirigiam ao fluxo de bens e serviços produtor até

o consumidor final. Porém com o passar do tempo, o mundo dos negócios vem evoluindo a

cada dia que passa, surgindo assim a necessidade melhorar o conceito de marketing. “O

processo na sociedade pelo o qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviço é

antecipada ou a abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição

física de bens e serviços. ” (COBRA, 1997, p. 23).

Desde a década de 1970, a troca de valor, por exemplo, produtos físicos por dinheiro

têm sido considerados o fenômeno central em marketing. Segundo essa visão, o marketing é o

planejado e implementado para facilitar a troca de produtos por dinheiro. (GRONROOS, 2004,

p.34). Portando o marketing tem como foco, fazer com que os clientes comprem, não

importando se são clientes novos ou antigos.

Segundo (SANDHUSEN RICHARD, 2003, p. 3), o conceito de marketing, que incluem

necessidades, demandas, trocas, mercado e concorrência. Segundo (KOTLER, 2012, p. 3)

marketing é suprir as necessidades gerando lucro.

Segundo (KOTLER, 2007, P. 3), marketing é administrar relacionamentos lucrativos

com o cliente. Já para (KOTLER, 2000, p. 30), marketing é um processo social por meio do

qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a

criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com os outros, onde o seu

ideal é deixar o cliente pronto para comprar através da impulsão psicológica.

Portanto, é através do marketing que as empresas procuram produzir bens e serviços que

atendam ao público-alvo, assim conquistando e fidelizando seus clientes. “Marketing é o

processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e

distribuição de ideias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e

organizacionais”. (KOTLER,2000, p.30).

Para Kotler e Armstrong (1998), definem os conceitos centrais de marketing,

Como:

Necessidades: refere-se a bens ou serviços que os consumidores ou

Compradores organizacionais requerem para sobreviver;

Desejos: são bens e serviços que satisfazem necessidades adicionais que Vão

além da necessidade de sobrevivência;

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Demandas: é quando seus desejos por produtos podem ser adquiridos pela

compra;

Produtos: necessidades, demandas e desejos levam à existência de uma “Coisa”

qualquer que possa ser oferecida no mercado para satisfazê-las;

·Troca: é o conceito central de marketing, envolvendo a obtenção de um

Produto desejado de alguém, oferecendo-se algo em troca.

Transações: é a unidade de medida do marketing, é composta por uma

Negociação de uma troca de valores entre duas partes;

Mercados: um grupo de compradores reais e potenciais de um produto. O

mercado pode crescer em torno de um produto, serviço ou qualquer outra.

Quando se fala em marketing as pessoas já pensam só em propagandas e vendas. Mas o

marketing vai muito além disso, pois busca entender e desenvolver produtos que irão atender

as reais necessidades de seus clientes.

Segundo (KOTLER, ARMSTRONG, 2007, p. 4) “Marketing é um processo

administrativo e social pelo qual indivíduos e organizações obtém o que necessitam e desejam

por meio de criação e troca de valor com os outros. E um contexto mais específico dos negócios,

o marketing envolve construir relacionamentos lucrativos e de valor com os clientes”. Então o

marketing pode ser definido como um processo pelo qual as empresas criam valor para os

clientes e constroem fortes relacionamentos com eles para capturar seu valor em troca.

De acordo com Churchill e Peter, (2000, p.10). “A visão de que uma organização deve

procurar satisfazer as necessidades e desejos de seus clientes enquanto busca alcançar suas

próprias metas”. As empresas devem satisfazer seus clientes e com isso conseguirá alcançar

seus objetivos e obter lucro.

Segundo Cobra (1997, p.31), para uma empresa ter sucesso, é preciso se voltar para os

conceitos dos 4 C’s: Cliente (Necessidades do consumidor), Custo ao consumidor,

Comunicação e Conveniência. Onde o foco deixa de ser o produto para ser o cliente,

proporcionando ao cliente toda a facilidade para a compra.

Cliente (Necessidades do Consumidor) - O cliente, sempre busca suprir da

melhor maneira possível, suas necessidades e desejos através de produtos e serviços, sendo um

dos pontos mais importantes, pois sem clientes não há consumo e não existem vendas.

Custo do consumidor - é quando uma empresa, consegue vender um produto

com um preço, que para o cliente seja vantajoso adquirir.

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Comunicação - É necessário que o cliente tenha necessidade e saiba da

existência desse produto, quais são suas características, onde pode encontrar, o que o produto

traz de diferencial, e o que o cliente ganhará adquirindo esse produto e o preço que irá pagar.

Conveniência - É o ponto de distribuição, ou seja, é a praça de atendimento de

mais fácil acesso que lhe convenha.

10.3 Objetivo de marketing

Segundo (Las Casas,1991), o marketing tem por objetivo identificar tudo o que é

indispensável para lançar um produto ou serviço, apresentar o produto aos clientes em

potencial, e fazer o cliente desejar o produto e depois vender o produto aos mesmos, sem deixar

de lado a busca pela satisfação das necessidades e desejos dos clientes. O marketing é a área do

conhecimento na qual engloba todas as atividades concernentes as relações de troca orientadas

para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados

objetivos da organização ou indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o

impacto que as relações causam no bem-estar da sociedade.

“Entende-se que o marketing não cria hábitos de consumo, mais estimula a compra de

produtos ou serviços que satisfaçam a alguma necessidade latente” (COBRA, 1997, p. 32). O

marketing busca elaborar campanhas para desenvolver ou apoiar a imagem ou o serviço

prestado pela empresa.

Porém o foco principal é mais no fator de facilitar as compras e na manutenção do

relacionamento já existe entre a empresa e o cliente. [...] existem mais e mais empresas que

acham que conservar os clientes já existentes é tão importante quanto do que conquistar novos.

(GRONROOS, 2004).

Segundo (KOTLER PHILIP KOTLER, ARMSTRONG GARY, 2007, p. 3), os dois

principais objetivos do marketing são: atrair novos clientes, prometendo-lhes valor superior, e

manter e cultivar os clientes atuais, propiciando-lhes satisfação.

10.4 Tipos de marketing

Marketing é uma ferramenta do empreendedor do futuro, pois é muito mais que

propaganda e vendas, é uma atitude estratégica, holística e sistêmica que supera qualquer outra

existente. É a única forma de garantir relacionamentos duradouros e lucrativos entre empresa e

cliente.

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Para Churchill e Peter (2000, p.5), “o marketing é usado para desenvolver trocas que

visam ou não lucros. A maior parte dos tipos de marketing mostrados na tabela a seguir pode

ser realizada para ambos os fins”. Existem diversas trocas, metas no mundo do marketing, onde

lojas, indústrias e diversos que visam os lucros para cobrir os gastos e gerar receita, outros que

buscam o lucro apenas para cobrir seus gastos como, por exemplo, um escoteiro e políticos. E

tem as organizações sem fins lucrativos, que buscam outras metas como campanhas para doação

de sangue e trabalhos voluntários.

Tabela 4: principais tipos de marketing

Fonte: Churchill e Peter (2000, p.5)

10.5 Estratégia de marketing

Estratégias de Marketing são planos desenhados para atingir objetivos do marketing.

Uma boa estratégia de marketing deveria integrar os objetivos, políticas, e sequências de ação

num todo coerente da organização. O objetivo de uma estratégia de marketing é colocar a

organização numa posição de cumprir eficazmente e eficientemente a sua missão.

Para (COBRA, 1997), estratégia, em um sentido mais amplo, é um plano pronto com o

intuito de realizar o melhor uso de recursos para atingir uma meta. Estratégias de marketing,

ainda de acordo com o autor, consistem em políticas, procedimentos e programas relativos às

características do produto, preço, serviço e comunicação com os consumidores e outros

públicos. Há muitos tipos de estratégias. (PORTER, 2002) resumiu-as em três tipos genéricos:

Liderança total em custos: a empresa realiza um grande empenho para reduzir

ao máximo os custos de produção e distribuição, podendo, assim, proporcionar preços menores

que a concorrência e obter maior participação de mercado;

Diferenciação: a empresa reúne energia para alcançar desempenho superior em

uma determinada área de benefício para o consumidor, valorizada por grande parte do mercado.

Por exemplo, comprometer-se para ser líder em serviços, em qualidade, em estilo, em

tecnologia etc., mas não é possível liderar em todas as áreas;

Tipo Descrição

Produto Marketing destinado a criar trocas para produtos tangíveis.

Serviço Marketing destinado a criar trocas para produtos intangíveis.

Pessoa Marketing destinado a criar ações favoráveis em relação a pessoas.

Lugar Marketing destinado a atrair pessoas para lugares.

Causa Marketing destinado a criar apoio para ideias e questões ou a levar as pessoas a mudar

comportamentos sociais indesejáveis.

Organização Marketing destinado a atrair doadores, membros, participantes ou voluntários.

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Foco: a empresa aborda um ou mais segmentos de mercado menores, em vez de

ir atrás de um grande mercado. Para tanto, tem que conhecer as necessidades dos segmentos

escolhidos e obter lideranças em custos ou encontrar uma maneira de diferenciação dentro do

segmento-alvo.

O autor ainda diz que as empresas que adotam a mesma estratégia dirigida ao mesmo

mercado ou segmento de mercado-alvo constituem um grupo estratégico. As organizações que

aplicam melhor a estratégia obtêm os maiores lucros. Conforme Cobra (1997), a elaboração de

estratégias depende, num primeiro momento, da avaliação das alternativas estratégicas viáveis,

dependendo do binômio produto/mercado para a formulação de quaisquer alternativas

estratégicas. Uma vez decidida à estratégia produto/mercado, a empresa estará apta a determinar

as estratégias em cada área. Na visão do autor, são quatro os tipos estratégias:

Global: operacional e funcional;

Estratégia global: visa analisar as opções de ação e direcionamento para a

empresa, em nível macro;

Estratégia operacional: visa identificar e determinar as prioridades e escaloná-

las, ao mesmo tempo em que propõe diretrizes básicas de ação, levanta necessidades de recursos

e planeja a distribuição dos recursos;

Estratégia funcional: é a estratégia por área funcional da empresa, ou seja, por

departamentos ou divisão, quem faz o que, como faz, o que faz e quanto faz.

Segundo o autor (McDonald 2004), as estratégias de marketing são baseadas nos 4P’s:

produto, preço, praça e promoção. (FERREL, 2005) têm a mesma opinião de McDonald: a

organização precisa desenvolver ações a respeito dos 4P’s para garantir vantagens diante da

concorrência.

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Figura 1: Os 4 p´s do marketing

PRAÇA

Canais

Cobertura

Locais

Estoques

PRODUTO PREÇO PROMOÇÃO

Variedade Preço de lista Promoção de vendas

Qualidade Descontos Propaganda

Design Bonificações Força de vendas

Características Prazo de pagamento Relações públicas

Nome da Marca Condições de financiamento Marketing direto

Embalagem

Tamanhos

Serviços

Garantias

Devoluções

Fonte: Kotler (2012, p. 24)

Para que cada estratégia de certo é vital o conhecimento do produto, o mercado, o

público-alvo e a concorrência, pois um simples descuido resulta em surpresas desagradáveis,

além de ser perigoso chegar ao ponto de não existir tempo hábil para mudar a estratégia e

corrigir o erro.

10.6 Marketing de relacionamento

É através do marketing de relacionamento que as organizações podem projetar e lançar

ações voltadas aos clientes, buscando sempre que estes tornem-se cada vez mais próximos de

seus produtos e/ou serviços, de forma a utilizá-los e recomendá-los a inúmeras pessoas, pois

indiretamente e imperceptivelmente, reconhecem o valor e o esforço a eles disponibilizado por

aquela empresa, que a todo momento se preocupa com seu bem-estar e atende prontamente suas

solicitações.

Mix de marketing

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É de suma importância que as empresas tomem conhecimento das necessidades e

desejos do consumidor, pois através disso a empresa poderá desenvolver uma vantagem

competitiva que através de estratégias venham atender as necessidades do mercado.

É importante destacar que o Marketing de Relacionamento exige, justamente, interações

frequentes com os clientes, sendo, portanto, essencial que a empresa planeje essas interações,

que se traduzem em serviços aos clientes. Pois se a empresa perde um cliente, ela estará

perdendo ganhos no decorrer da vida, portanto é importante que ambos desenvolvam um

relacionamento.

Segundo o autor (KOTLER, 2000) perder clientes é uma tarefa extremamente fácil, o

mercado é muito competitivo e inúmeras empresas estão surgindo com uma mentalidade mais

avançada e com cuidado junto ao seu mercado, como um todo. Criar sistemas de fidelidade é

um passo importante para que as empresas não tenham, a todo o momento, que passar por

dificuldades, pois desta forma poderá planejar ações preventivas que auxiliarão em um processo

organizacional constante.

Para se ter sucesso no mercado competitivo de hoje, as empresas precisam voltar

diretamente aos clientes. Elas devem ganhar os clientes na disputa com os concorrentes e, então,

mantê-los e cultivá-los com a entrega de maior valor. Mas antes da empresa buscar a satisfazer

os consumidores, ela deve se preocupar primeiramente em atender as reais necessidades e os

desejos deles.

Segundo (COBRA, 1997, p.85) as empresas estão cada vez mais preocupadas com as

necessidades e opiniões dos consumidores para tomar decisões acerca de um produto e buscam

através de pesquisa e análises entender o que influencia seu comportamento. E com esse

conhecimento sobre o cliente também possam ter vantagens sobre seus concorrentes.

Segundo (ZEITHAML, 2003, p.139), “O objetivo básico do marketing de

relacionamento é a construção e a manutenção de uma base de clientes comprometidos que

sejam rentáveis para a organização. Atingindo essa meta, a empresa deverá estar concentrada

na atração, retenção e na fortificação dos relacionamentos com seus clientes”.

De acordo com (KOTLER E ARMSTRONG,2007, p.4) complementam que as

empresas que se destacam por sua orientação de marketing procuram aprender a entender as

necessidades, os desejos e as demandas de seus clientes.

Para (NICKELS E WOOD, 1999, p.5), “marketing de relacionamento é o processo de

estabelecer e manter relacionamento de longo prazo mutuamente benéfico entre organizações

e seus clientes, empregados e outros grupos de interesse”. O autor comenta que a empresa que

se preocupa em manter um relacionamento de longo prazo com seus clientes, terá muitos

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benefícios, tais como: desenvolvera confiança, vínculos econômicos, técnicos e sociais entre as

partes.

Segundo o autor (KOTLER, 2012), o marketing de relacionamento tem como principal

objetivo construir relacionamentos de longo prazo satisfatórios com os seus clientes, a fim de

manter ou conquistar negócios com eles.

Os quatros componentes chave no marketing de relacionamento são os clientes, os

funcionários, os parceiros de marketing (Canais, fornecedores, distribuidores,

revendedores, agências) e os membros da comunidade financeira (Acionistas,

investidores, analistas). As empresas devem gerar prosperidade a esses componentes

e equilibrar os retornos a todos os principais stakeholders. (KOTLER, 2012, P. 19).

O marketing de relacionamento é uma das tendências e estratégias de negócios que visa

construir relacionamentos duradouros entre a organização e seus clientes. Afinal a empresa que

procura fidelizar e captar novos clientes é fundamental que tenha um relacionamento com seus

clientes de longo prazo.

10.7 Identificações do cliente

Segundo (RUST; ZEITHAML; LEMON, 2001), conhecer os clientes significa ter uma

visão ampla do relacionamento. Ter todos os dados dos clientes disponíveis em todos os

departamentos, ter a capacidade de analisar estes dados e finalmente transformar estes dados

em informações úteis. Conhecer todos os tipos de clientes é fundamental para uma ação mais

eficiente. Outros segmentos muitas vezes esquecidos nos projetos de Gestão de Relacionamento

é o próprio público interno.

Quantas vezes os funcionários são pegos de surpresa quando recebem um contato de um

cliente, buscando determinada informação que ele recebeu e os funcionários nem sabiam do

que estava acontecendo? Neste momento percebemos quanto é importante conhecer todos os

tipos de clientes. Para uma boa gestão de relacionamento com o cliente, é necessário mapear

todas as formas de contato com os clientes e definir os tipos de clientes.

10.8 Tipos de clientes

O cliente é a pessoa que compra produtos das empresas para consumo próprio ou

distribuição dos mesmos. É, sem dúvida, é a pessoa mais importante em qualquer tipo de

negócio, pois, depende dele para permanecer no mercado. Ele é a razão do trabalho. Afinal

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nenhuma empresa consegue sobreviver no mercado sem seus clientes, pois ele é o principal

fator gerador de lucro.

O cliente não significa apenas dinheiro no caixa, ele é, antes de tudo, um ser humano e

precisa ser tratado com respeito e consideração. Sem clientes, as portas de qualquer empresa

seriam fechadas. (BOGMANN, 2000). Podemos identificar quatro tipos de clientes:

Cliente pessoal: são aqueles que influenciam nossas vidas e nosso desempenho

no trabalho (cônjuge, filhos, amigos, entre outros);

Cliente da concorrência: são os que compram de nossos concorrentes. Aqui é

interessante fazer uma avaliação, para descobrir o que os leva a comprar da concorrência, para

em seguida elaborar uma forma de conquistá-los;

Cliente interno: é a pessoa que trabalha em nossa empresa e que influencia o

processo produtivo. Merece também grande atenção, pois essa atitude gera um melhor clima

organizacional, maior produtividade e união da equipe, bem como ajuda a atrair clientes da

concorrência. É no cliente interno que começa o processo de fidelização de um cliente externo;

Cliente externo: são os fornecedores e consumidores. (BOGMANN, 2000). Se

a empresa que

É preciso que a empresa aprenda a ser capaz de se colocar no lugar do cliente e

ajudá-lo realmente com suas necessidades.

O estilo de comportamento do profissional de atendimento será dirigido conforme o

perfil do cliente que está sendo atendido.

Tabela 5: Tipo de cliente analítico

Se o perfil do cliente for: O comportamento do Atendente deve:

• Planejador / Organizador • conduzir a um caminho direto, ater-se aos negócios.

Detalhista / Técnico

• apoiar sua lógica e método, construir sua

credibilidade ouvindo os prós e contras de sua

abordagem de serviços.

• Toma decisões com lentidão • ser específico e fazer aquilo que diz poder fazer, usar

o tempo necessário, mas ser persistente.

• Precisa estar certo • criar uma lista de ações de serviços com datas de cada

item. Assegurar que não haverá surpresas

Conservador e cauteloso • documentar tudo

• Faz pouca pressão • promover uma apresentação de sua posição e fazer

sugestões para resolver a situação.

• Preciso, crítico, lógico • Dar tempo para verificar o prognóstico de suas ações,

ser preciso e realista.

Fonte: Bogmann, 2000, p. 32.

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Tabela 6: Tipo de cliente dominante

Fonte: Bogmann, 2000, p. 33.

Tabela 7: Tipo de cliente expressivo

Fonte: Bogmann, 2000,p.34.

Tabela 8: Tipo de cliente observador

Se o perfil do cliente for: O comportamento do Atendente deve:

• Precisa de pessoas • iniciar com um compromisso pessoal, ser agradável

• Bom ouvinte • mostrar sincero interesse no cliente como pessoa

humana

• Status quo / detesta mudanças • escutar bastante, ser protetor e compreensivo

• não quer riscos • trazer metas pessoais e trabalhar para atingi-las no

serviço. Assegurar o mínimo de risco.

• não exerce pressão • Estimular e fazer perguntas "COMO

• inseguro, necessita confirmação • ser ordenado e amistoso. Oferecer soluções com

garantias

Fonte: Bogmann, 2000, p. 35.

Tabela 9: Tipos de clientes ao contratar a empresa

O consumidor for / estiver: O atendente deve ser / dar:

• Objetivo e direto • Objetivo e direto

• inseguro ou confuso • Apoio, compreensão. Tentar ordenar o assunto,

segurança, confiabilidade a ser transmitida

• irritado, hostil (sente-se lesado) • escutar, tratar com firmeza

• em pânico, situação de emergência • mostrar ação

• Cínico • Boa vontade e não entrar no jogo

• Paquerador, fazendo convites • cortar com jeito

• Chantagista • gravar e acionar o jurídico

• mal-educado -educado e grosseiro • Educação, firmeza

• Camarada • ser amável

Fonte: Bogmann, 2000, p. 36.

Se o perfil do cliente for: O comportamento do Atendente deve:

• orientado para resultados • ser claro, específico, breve e eficaz.

• Impaciente • ater-se aos fatos e a lógica.

• decidido com opinião própria • fornece fatos e números.

• Controlador • convencer, fazer referência a objetivos e resultados.

Se o perfil do cliente for: O comportamento do Atendente deve:

• Sonhador • Dar apoio aos sentimentos e valores. Ser

estimulante, usar o tempo para ser sociável, mas seja

rápido.

• criativo, as ideias fluem • conversar sobre pessoas, seus objetivos e opiniões

que elas julgam estimulantes.

• Necessita de aprovação • evite detalhes minuciosos do serviço

• Baixa estima • elogie, cumprimente.

• generalista • pedir opinião e ideias de como melhor atende-lo

• Opiniões formadas • apresentar testemunho de pessoas que são

importantes / proeminentes.

• impulsivo • continuar a apoiar o relacionamento, ser casual

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10.9 Estratégia empresarial

Segundo o autor (OLIVEIRA, 2004), a finalidade das estratégias empresariais é

estabelecer quais serão os caminhos, os cursos, os programas de ação que devem ser seguidos,

para que os objetivos ou resultados estabelecidos pela organização sejam alcançados.

Portando, a estratégia empresarial é o ajustamento da empresa ao seu ambiente, em

geral em constante mutação, quase sempre com a empresa alterando suas próprias

características, tendo em vista esse ajustamento. Assim, todo processo de implantação

e acompanhamento das estratégias empresariais ocorre em circunstâncias de

constantes mudanças. A estratégia não deve ser considerada como um plano fixo ou

determinado, mas um esquema orientador dentro de fluxo de decisões. (OLIVEIRA

DJALMA, 2004, p. 5).

Ainda segundo o autor (OLIVEIRA, 2004), a chave do sucesso de uma empresa é a

habilidade da alta administração em identificar as principais necessidades de cada um desses

grupos, estabelecer equilíbrio entre eles, e atuar com um conjunto de estratégias que permitam

a satisfação de cada um. E esse conjunto de estratégias identifica o que a empresa tenta ser.

Segundo (TAVARES MAURO, 2005), a gestão estratégica procura reunir o plano

estratégico e sua implementação em um único processo. Também visa assegurar as mudanças

organizacionais necessárias para essa implementação e a participação de vários níveis

organizacionais envolvidos no processo decisório.

Ainda segundo o autor, o sistema de valores compartilhados estabelece uma ligação

entre o planejamento e implementação. Embora os estilos de liderança e os ambientes

organizacionais possam variar, em todos os níveis nas organizações:

O valor do trabalho em equipe: Conduz a abordagem interativa e

multidisciplinar, facilitando a flexibilidade organizacional;

A impulsão empresarial: E fazer com que as coisas acontecem;

A comunicação aberta: em vez de se preservar a confidencialidade;

A confiança: Por parte de todos, em grande medida, criar seu próprio futuro.

10.10 Funções da gestão estratégica

Segundo (TAVARES, 2005, p. 73), a gestão estratégica possui algumas funções

fundamentais, sendo elas:

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Proporcionar maior interação da organização com o seu meio ambiente, a partir

de uma prospecção em uma perspectiva sistêmica, estimulando a busca mais propositada do

futuro;

Estabelecer um foco e um significado na busca da visão, missão,

desenvolvimento de competências essenciais e distintivas, cultivo e prática de valores;

Determinar instâncias para o processo decisório e torná-la mais ágil e coerente;

Definir o escopo competitivo delineando estratégias e estabelecimento dos

objetivos, metas, permitindo o desenvolvimento de planos de ação mais oportunos e adequados;

Viabilizar o desenvolvimento de modelos organizacionais mais adequados ás

demandas ambientais, integrando pessoas, habilidades e recursos;

Coordenar e otimizar a alocação de recursos, proporcionando melhores

resultados operacionais e administrativos;

Estabelecer mecanismo de avaliações e controles voltados para a eficácia, a

eficiência e a efetividade da organização.

Afinal a principal função da gestão estratégica é estabelecer um elo entre o futuro e o

presente, visando assegurar as questões de sobrevivência e crescimento da organização.

10.11 Marketing de valor

O Marketing de valor possui uma visão bem simples, pois é baseado pelo qual motivo

que leva os clientes a comprar bens ou serviços. Por isso que o marketing de valor tem como

foco principal o negócio com o consumidor.

A primeira tarefa com que a empresa tem que se preocupar é em gerar clientes. Pois os

clientes andam muito mais exigentes e procuram analisar o que lhe proporcionam muito mais

valor, pois existem um amplo universo de produtos, marcas e concorrentes.

Afinal as empresas devem buscar de forma clara e objetiva a satisfazer as necessidades

e desejos de seus clientes. Segundo (KOTLER, 2000, p. 33), “Define o valor como a razão entre

o que o cliente recebe e o que ele dá. O cliente recebe benefícios e assume custos. Os benefícios

incluem benefícios funcionais e emocionais. Os custos incluem custos monetários, de tempo,

de energia e psicológicos”.

Portanto, a definição para valor é a diferença entre o conjunto de benefícios esperados

de um produto e o seu custo. O autor ainda afirma que, “o custo total para o cliente é o conjunto

de custos em que os consumidores esperam incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar um

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51

produto ou serviço”. (KOTLER 2000, p.56), pois o custo total consiste na dificuldade ao efetuar

o orçamento, analisando o produto, serviço, pessoal e imagem.

10.12 Valor para o cliente

Segundo (KOTLER, 2012), a missão de qualquer negócio é fornecer valor ao cliente,

sem abrir mão do lucro. Com um mercado cada vez mais competitivo, com compradores cada

vez mais exigentes diante de uma abundância de opções, uma empresa somente pode vencer se

ajustar o processo de entrega de valor e selecionar, proporcionar e comunicar um valor superior.

Ainda segundo o autor, a sequência e a entrega de valor são divididos em três

fases, sendo elas:

Selecionar valor: Representa a lição de casa que o marketing deve fazer antes

da criação de qualquer produto. Onde os profissionais de marketing devem selecionar o

mercado alvo adequado e desenvolver o posicionamento do valor da oferta;

Fornecer valor: O marketing deve determinar as características especificas, o

preço e a distribuição do produto;

Comunicar o valor: Utilizando forças de vendas para promover o produto.

A tarefa da empresa é examinar seus custos e desempenho em toda a atividade que gere

valor e buscar melhoras. É de suma importância que a empresa tenha todos os custos e o

desempenho de seus concorrentes como padrões de referência para comparar com os seus.

Para ter sucesso, uma empresa deve igualmente buscar vantagens competitivas fora

de suas operações, nas cadeias de valor de seus fornecedores, distribuidores e clientes.

Atualmente é comum as empresas firmarem parcerias com fornecedores e

distribuidores para criar uma rede para entrega de valor, também denominada cadeia

de suprimento. (KOTLER, 2012, p. 37).

10.13 Serviços

Segundo (GRONROOS CHRISTIAN, 2004), tudo aquilo que não estatísticas como

manufatura, setor industrial ou agrícola era considerada serviço. Existem várias definições de

serviços, diversas definições e conceitos. “Um serviço é bem diferente de um produto físico.

Um serviço é um resultado psicológico e fundamentalmente pessoal, ao contrário de um produto

físico que é geralmente impessoal, quanto a seu impacto sobre o cliente”. (ALBRECHT, 1992,

p. 67).

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52

Os serviços possuem características que os diferenciam bastante dos produtos. De

acordo com (TOLEDO 1991, p. 27), são:

[...] Intangibilidade: os serviços têm pouca ou nenhuma materialidade. Só existem

como experiências vividas. Na maioria dos casos, o cliente de um serviço só pode

exprimir seu grau de satisfação depois do consumo. Perfectibilidade e demanda

flutuante: a impossibilidade de estocagem e a demanda cíclica exigem planejamento

e capacidade de previsão de picos. Inseparabilidade: consistem na venda, produção e

consumo simultâneos. Heterogeneidade: que é a dificuldade de padronização dos

serviços por serem fornecidos na maioria dos casos por pessoas.

Essas características definem como os serviços são distintos dos produtos pois serviços

não podem ser tocados ou sentidos, são produzidos simultaneamente existindo a interação com

o cliente. “Qualidade em serviços, é a capacidade que uma experiência ou qualquer outro fator

tenha para satisfazer uma necessidade, resolver um problema ou fornecer benefícios a alguém.

Em outras palavras serviços com qualidade é aquele que tem a capacidade de proporcionar

satisfação”. (LAS CASAS, 1999, p. 16).

Para (COBRA,1997, p.221) “O serviço ao cliente é a execução de todos os meios

possíveis de dar satisfação ao consumidor por algo que ele adquiriu. ” Serviço é aquilo que se

faz para satisfazer a expectativa de um cliente. É o ato de servir, atuar e agir, é consumido

simultaneamente, ou seja, no momento em que é produzido seguido de ações e processos, onde

você não tem como prever sua qualidade, pois só depois de realizado, você saberá se conseguiu

atender as expectativas ou não.

Para Kotler, Hayes e Bloom (2002, p.283), a definição de serviço é: “Um serviço

consiste em uma ação, desempenho ou ato que é essencialmente intangível e não acarreta

necessariamente a propriedade do que quer que seja. Sua criação pode ou não estar vinculada a

um produto material. ” O autor, ainda, afirma que existe três níveis de serviços, que são:

Serviço Essencial – é o nível mais fundamental dos serviços e responde às

perguntas básicas como: O que o cliente quer na verdade: Qual a necessidade que o serviço

realmente atende?

Serviço Percebido – referente à percepção do cliente quanto ao serviço

prestado;

Serviço Ampliado – é o serviço adicional prestado ao cliente, que vão além dos

serviços percebidos, compondo consequentemente um serviço ampliado.

Os serviços oferecidos por uma empresa devem ser cuidadosamente planejados e, acima

de tudo, oferecidos com qualidade. Os serviços, diferentemente dos produtos, são produzidos e

consumidos simultaneamente. Um produto pode passar pelo controle de qualidade e ser

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53

devolvido para ser refeito ou como refugo, já o serviço não. Uma vez um serviço prestado sem

qualidade aos seus clientes, a sua imagem já fica queimada, onde será difícil mudar essa

situação.

10.14 Qualidade em serviços

Quem determina se a qualidade do serviço é boa ou não é o cliente. Isso vai depender

da expectativa do cliente, de como é atendido, e se suas necessidades e objetivos foram

atendidos. A qualidade de um serviço, avaliada pelo cliente, é determinada por três fatores:

Desempenho, Atendimento e Custo. Via de regra, as empresas preocupam-se, mormente com

o primeiro deles, desprezando os outros dois.

Esses três fatores mencionados pelo o autor está sempre interligado, em que

desempenho é quando o serviço é feito com eficiência no tempo e destino certo, fazendo, assim,

a diferença. O Atendimento é o ato de satisfazer as necessidades, anseios, desejos, informações

ao cliente, fazer tudo o que estiver ao seu alcance para solucionar problemas e resolver questões

inusitadas. E o custo é preço pago pelo produto e ou serviço, que relacionados com o

atendimento e o desempenho gera o custo final, trazendo ou não satisfação ao cliente.

11 GESTÃO DE PESSOAS

11.1 Conceito

Gestão de pessoas baseia-se no fato de que o desempenho de uma organização depende

fortemente da contribuição das pessoas que a compõem e da forma como elas estão organizadas,

estimuladas, capacitadas, e como são mantidas num ambiente de trabalho e num clima

organizacional adequados.

Segundo (CHIAVENATO, 1999), a gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem

passado por mudanças e transformações nestes últimos anos. Gestão de pessoas ou recursos

humanos é um conjunto de métodos, políticas, técnicas e práticas definidas com o objetivo de

orientar o comportamento humano e as relações humanas de maneira a maximizar o potencial

do capital humano no ambiente de trabalho.

Na visão de (TOLEDO, 1999), pode ser definida como a área de estudos e atividades

que lida com os aspectos relativos ao elemento humano em geral, nas organizações, ou seja, a

área que trata dos problemas de pessoal, de qualquer agrupamento humano organizado.

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54

O contexto da gestão de pessoas é formado por pessoas e organizações, as pessoas

passam maior parte de suas vidas trabalhando dentro de uma organização, onde estas dependem

das outras para atingir o sucesso, seja ela individual ou organizacional. Hoje as pessoas estão

deixando de serem vistas somente como funcionários, mas vistos como parceiros e como

colaboradores.

A gestão de pessoas é uma área muito sensível a mentalidade que predomina nas

organizações. Ela é extremamente contingencial e situacional, pois depende de vários

aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional

adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da

tecnologia utilizada, dos processos internos, do estilo de gestão utilizado e de uma

infinidade de outras variáveis importantes. (CHIAVENATO, 2008, p.8).

A Gestão de Pessoas tem enorme responsabilidade quanto à capacitação e

desenvolvimento de seus colaboradores, buscando atender a demanda da empresa e a realização

pessoal e profissional de seu colaborador. Deixar o discurso de lado e desenvolver políticas

para promover, coordenar, planejar e controlar as atividades estabelecidas quanto à seleção,

orientação, avaliação de desempenho comportamental e funcional, qualificação, capacitação,

acompanhamento global na organização, bem como atividades relacionadas à manutenção da

segurança e saúde no trabalho.

As organizações precisam que seus colaboradores estejam por “inteiros” na empresa,

somente assim poderão desenvolver com afinco através de suas inteligências, meios para que a

empresa possa olhar para trás e ver com certa distância seus concorrentes e não olhar para frente

e ver que não irá conseguir alcançá-los. O capital humano é sem dúvida o bem mais precioso

que qualquer organização possa ter, somente ele poderá customizar estratégias de acordo com

a demanda da empresa, com o intuito de projetá-la a um futuro promissor.

Segundo (CHIAVENATO, 2008), nos tempos atuais as organizações estão cada vez

mais ampliando sua visão e atuação estratégica. Onde todo processo produtivo somente se

realiza quando ocorre a participação conjunta de diversos parceiros, onde cada um contribui

com algum tipo de recurso. Como por exemplo, os fornecedores contribuem com matéria-

prima, serviços e tecnologias. Os acionistas e investidores contribuem com o capital e

investimentos, que permitem o aporte financeiro para aquisição de recursos. Os empregados

contribuem com os seus conhecimentos, capacidades e habilidades, proporcionando decisões e

ações que dinamizam a organização. E os clientes são as peças mais importantes para o

desenvolvimento e crescimento de uma organização, pois eles adquirem os bens e os serviços

fornecidos pela a empresa.

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55

11.2 Teorias administrativas e sua evolução

A autora (BERGAMINI, 2006), explica que Antes da Revolução Industrial, a principal

maneira de motivar consistia no uso de punições, criando, dessa forma, um ambiente

generalizado de medo. Tais punições não eram unicamente de natureza psicológica, podendo

aparecer sob forma de restrições financeiras, chegando até a se tornar reais sob a forma de

prejuízos de ordem física. Levando em conta que as organizações passaram a existir muito antes

da Revolução Industrial, onde é possível concluir que a preocupação com o aspecto

motivacional do comportamento humano no trabalho é um fato bastante recente.

Segundo (BERGAMINI, 2006), durante o período da Revolução Industrial, vieram os

investimentos pesados na produção, com o objetivo de aumentar a eficiência dos processos

industriais, os quais passaram a exigir maiores e mais retornos com isso. A autora ainda

complementa, que as punições foram deixadas de lado, pois permanecia o ambiente de medo

nas empresas e os administradores utilizavam como método principal em suas atividades

administrativas a abordagem do tipo “tentativa e erro”. Eram práticas dispendiosas e

ineficientes.

Com isso, as organizações começaram, portanto, a perceber, que precisavam repensar

nas estratégias administrativas de modo a trazer-lhes melhor eficiência e melhores resultados.

Tomando esta necessidade uma proporção vital para a manutenção e consolidação das

empresas.

Faz-se importante nesse contexto, uma retrospecção histórica, uma vez que, já no séc.

XVII Descartes já negava todo saber que fosse tradicional, ou seja, baseado em

costumes e crenças, afirmando que esses deviam ser substituídos pelo racional e no

século XVIII, o Racionalismo passou a ser aplicado às ciências naturais e sociais,

porém o trabalho ainda não abandonara as antigas técnicas para adotar “a

racionalização da organização e execução do trabalho”. (MOTTA;

VASCONCELOS, 2002, p. 32).

Com o avanço no desenvolvimento industrial americano, entre o final do século XIX e

o início do século XX, proliferaram as filosofias de gerenciamento com foco na produtividade

do trabalhador e na padronização das tarefas. Começou-se então a desenvolver os primeiros

trabalhos relacionados à administração.

As mudanças ocorridas no início do século XX, em decorrência da Revolução

Industrial, exigiram métodos que aumentassem a produtividade fabril e

economizassem mão-de-obra evitando desperdícios, ou seja, “a improvisação deve

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56

ceder lugar ao planejamento e o empirismo à ciência: a Ciência da Administração. ”

(CHIAVENATO, 2004, p. 43).

Porém com a decorrência da revolução industrial ocorreram mudanças, que

exigiam métodos que aumentassem a produtividade e diminuíssem os desperdícios, ou seja, a

improvisação perde espaço para o planejamento e empirismo.

11.3 Teoria de Frederick Winslow Taylor

Taylor era engenheiro, nasceu em 1856 na Filadélfia, desenvolveu a Escola da

Administração Científica, cujo objetivo era aumentar a eficiência por meio dos operários.

Propunha para a organização do trabalho a diminuição de qualquer perda de tempo na produção,

baseando cada fase do processo de trabalho em passos cuidadosamente cronometrados, com o

intuito de eliminar processos longos e inúteis.

Segundo (GARRATY & MCCAUGHEY 1991), citado por (PILATTI, 2005), Taylor

acreditava ainda que os trabalhadores possuíam disposição natural para a indolência, e apontava

como extrema importância a presença de uma gerência capaz de exercer o controle total não

somente sobre os processos de trabalho, mas principalmente sobre os trabalhadores, eliminando

interações que pudessem atrapalhar a produção.

De acordo (CHIAVENATO, 2004), Frederick Taylor, buscou o desejado aumento

produtivo tomando como base a eficiência dos trabalhadores. Analisando esses e seus modos

de produção, identificou falhas no processo produtivo geradoras de baixa produtividade, uma

vez que, para ele, cada operário produzia um terço do que poderia produzir (processo que ele

nomeou “vadiagem sistemática”). Tal fato o fez despertar para a necessidade de criação de um

método racional padrão de produção em detrimento das práticas tradicionais, que ainda deixava

resquícios nas fábricas. Essa teoria leva o nome de Administração Cientifica.

Devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos trabalhos operacionais a

fim de aumentar a eficiência industrial. Os principais métodos científicos são a

observação e mensuração”. (CHIAVENATO, 2004, p. 41).

De acordo o autor (MARRAS, 2007), Frederick Taylor iniciou a discussão sobre

motivação, adotando a crença de que o dinheiro era o maior motivador. De acordo com ele, as

pessoas eram levadas a fazer coisas apenas para obterem mais dinheiro e que deveriam ser

controladas para que o trabalho rendesse o máximo possível.

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57

Segundo (MAXIMIANO, 2006), ás estandardizações no processo e nas ferramentas

utilizadas no trabalho, permitiram a criação do método ideal de produção (the best way),

baseado no estudo de tempos e movimentos (motion-time study) e, consequentemente o

surgimento da gerência cujas principais funções eram o planejamento da melhor forma de

execução do trabalho e o controle do mesmo.

Para possibilitar o gerenciamento efetivo, responsável também pela organização do

ambiente, o trabalho foi fragmentado, centralizaram-se as decisões e a magnitude de controle

de cada chefe foi diminuída, buscando estruturas e sistemas perfeitos, nos quais as

responsabilidades eram bem delineadas.

Taylor dissociou os princípios das técnicas, uma vez que os trabalhadores e seus

supervisores imediatos deveriam ocupar-se exclusivamente da produção. Toda atividade

cerebral deve ser removida da fábrica e centralizada no departamento de planejamento.

O método de Taylor apoiava-se na supervisão funcional, estabelecendo que todas as

fases do trabalho devem ser acompanhadas de modo a verificar se as operações estão

sendo desenvolvidas em conformidades com as instruções programadas e estas

instruções devem ser transmitidas a todos os empregados, por meio da descrição

detalhada de cargos e tarefas. Em suma, o Taylorismo baseia-se na divisão do trabalho

por meio das tarefas: “a questão não é trabalhar duro, nem depressa, mas trabalhar de

forma inteligente”. (MAXIMIANO, 2006, p.41).

Mesmo com esse pensamento e do plano de incentivo salarial (pagamento por

produção), Taylor foi considerado o maior inimigo do trabalhador.

11.4 Teoria de Henry Ford

Ford era engenheiro e empresário nascido em Springwells (1863), aperfeiçoou o

taylorismo através de dois princípios adicionais: a integração das etapas do processo de trabalho

(através do deslocamento, por meio de esteiras, das partes dos trabalhos individuais) e a fixação dos

trabalhadores em seus designados postos de trabalho. Desta forma, o modelo administrativo de

Taylor, consolidado e expandido por Ford, permeou o século passado e é ainda de grande influência,

pois gerou empresas bem estruturadas, eficientes e hierarquicamente organizadas, capazes de

produzir grandes quantidades de bens materiais. De acordo (GARRATY & MCCAUGHEY

1991), citado por (PILATTI, 2005), em 1925, Ford estava produzindo mais de 9.000 carros por

dia, aproximadamente 1 a cada 10 segundos, a custos que a concorrência da época (General Motors

e Chrysler) não podia comparar.

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58

11.5 Teoria de Jules Henri Fayol

Fayol era engenheiro francês, nascido em Istambul (1841), desenvolveu a Teoria

Clássica, cuja preocupação era aumentar a eficiência da empresa por meio da definição das

responsabilidades em todos os níveis organizacionais e da aplicação de princípios gerais da

administração com uso de bases científicas sobre seis áreas: produção, comercial,

contabilidade, gestão, administrativa e segurança.

Henri Fayol, teórico clássico com ênfase na estrutura organizacional, segundo

(CHIAVENATO,2004, p.11), a eficiência da empresa é muito mais do que a soma da eficiência

dos seus trabalhadores, e que ela deve ser alcançada por meio da racionalidade, isto é, da

adequação dos meios (órgãos e cargos) aos fins que se deseja alcançar.

Fayol adotou alguns princípios da Administração Cientifica, como a divisão do

trabalho e disciplina, abandonando outros e acrescendo os princípios de autoridade e

responsabilidade, espírito de equipe e iniciativa, entre outros. Enquanto Ford e Taylor

cuidaram da empresa de baixo para cima, Fayol cuidou da empresa de cima para

baixo. (CHIAVENATO,2004, p.13).

Fayol traz em sua teoria funcionalista a abordagem prescritiva e normativa, uma vez que

a ciência administrativa, como toda ciência, deve basear-se em leis ou princípios globalmente

aplicáveis. Sua maior contribuição para a administração geral foi as funções administrativas:

prever, organizar, comandar, coordenar e controlar, pois essas são as próprias funções do

administrador ainda nos dias atuais.

A função administrativa nesse novo enfoque deixa de ser exclusiva da alta gerência,

ficando difundida proporcionalmente entre todos os níveis hierárquicos, quando mais alto o

cargo, mais funções administrativas apareciam, mas, ainda assim, os executivos têm maior

responsabilidade administrativa, distinguindo-se das funções técnicas, isto é, ainda havia

distinção entre princípios e técnicas.

12 ADMINISTRAÇÃO NUMA ABORDAGEM HUMANÍSTICA

12.1 Teoria das Relações Humanas

Surge em 1930 nos Estados Unidos uma nova abordagem da Ciência administrativa. A

nova abordagem administrativa denominada de humanística apresenta um novo objeto de

estudo. Ocorreu então uma transformação radical e complexa, pois até então, a preocupação

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dos estudos organizacionais recaia sobre as máquinas, com os métodos de trabalho, as tarefas

e as funções a serem realizadas.

De acordo com (SHIGUNOV,2005), a partir desse momento a preocupação, passou a

voltar prioritariamente para análise do homem, do trabalhador e seu grupo social. Portanto o

objetivo da abordagem humanística são as pessoas e o enfoque deixa de ser os aspectos técnicos

desviando para os aspectos psicólogos e sociais.

De acordo com os teóricos humanistas o ser humano independentemente das

circunstâncias que o envolvem possui a capacidade inata de assumir o controle da sua vida e de

promover o seu próprio desenvolvimento por meio de das capacidades exclusivamente humanas

de escolha, criatividade e auto Realização.

A Teoria das Relações Humanas, em face do desenvolvimento de ciências sociais como

a psicologia e sociologia destacando-se a psicologia do trabalho. Essa Teoria surgiu num

momento histórico como resposta aos novos padrões democráticos defendidos pelo povo

americano.

Elton Mayo, no ano de 1923, conduziu uma pesquisa em uma indústria têxtil em

Hawthorne, próxima a Filadélfia e comprovou, entre outras coisas, que fatores psicológicos são

altamente determinantes no comportamento e satisfação do trabalhador. A partir dessa famosa

experiência novos conceitos como integração social, necessidades psicológicas e sociais,

organização informal, liderança e comunicação, adentraram no mundo da Administração,

deixando claro que a preocupação com a tarefa e com a estrutura dera lugar as pessoas.

Assim, a teoria das Relações Humanas nasceu da necessidade de se corrigir a forte

tendência à desumanização do trabalho surgida com a aplicação de métodos rigorosos,

científicos e precisos, aos quais os trabalhadores deveriam forçosamente se submeter.

(CHIAVENATO,2004, p.133).

Administração, dando ao homem e ao seu grupo social o lugar anteriormente ocupado

pelas máquinas e métodos de trabalho, sendo que ocorreu uma transformação no conceito

utilizado pela teoria da administração, decorrendo daí uma verdadeira revolução na gestão de

pessoas nas organizações privadas e públicas.

12.2 Antecedentes histórico da Abordagem Humanística

Os principais acontecimentos históricos que antecederam a Abordagem Humanística,

segundo (SHIGUNOV,2005, p. 248), tiveram implicações direta na sociedade e na vida dos

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trabalhadores e que, também, propiciaram o surgimento da Teoria das Relações Humanas

Podemos citar:

A Abordagem Clássica da Ciência Administrativa e sua incapacidade de

proporcionar explicações sobre o comportamento e o desempenho organizacional,

A necessidade de rever os conceitos e teorias administrativas que já não

conseguiam explicar o comportamento organizacional;

As novas necessidades da sociedade, dos homens e dos trabalhadores;

O desenvolvimento das Ciências Sociais;

O desenvolvimento da psicologia do trabalho ou psicologia industrial;

A grande depressão econômica de 1929;

A sempre e eterna preocupação dos empresários em aumentarem a

produtividade, reduzir custos e aumentar o lucro;

A necessidade de humanizar e democratizar a administração;

As ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia dinâmica de

Kurt Lewin.

Com a Abordagem das Relações Humanas de acordo com (SHIGUNOV,2005, p. 249),

novas variáveis são acrescentadas, até então inexistentes enquanto objetos de estudos, sendo

elas:

Homem social;

Estilos de liderança e comunicação;

Integração social;

Comportamento social dos trabalhadores;

Necessidades psicológicas e sociais;

Novas formas de compensação e sanções não materiais;

Grupos informais;

Dinâmica de grupo;

Organização informal;

A preocupação com as Relações Humanas dentro das organizações;

A ênfase nos aspectos emocionais e não racionais do comportamento dos

trabalhadores;

A importância do conteúdo dos cargos e tarefas;

A nova concepção de homem, racional-emocional, em oposição ao homem

econômico-racional da Abordagem Clássica.

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12.3. As implicações da Teoria das Relações Humanas para a Ciência Administrativa

A Abordagem Humanística ocorreu com aparecimento da teoria das relações humanas,

onde a Ciência Administrativa passou por uma revolução conceitual, onde ocorre uma

transferência da ênfase da Administração Cientifica e estrutura organizacional, para uma

abordagem com ênfase nas pessoas que trabalham ou que participam nas organizações.

Outro aspecto da Teoria da Relações Humanas é o estudo que influência na motivação

sobre o comportamento das pessoas. Para que se possa compreender a motivação do

comportamento humano, é necessário que tenha conhecimentos sobre as necessidades humanas

fundamentais.

Segundo (SHIGUNOV,2005), o comportamento humano é determinado por causas que,

muitas vezes, escapam ao próprio entendimento e controle do homem. Essas causas são

denominadas necessidades ou motivos: São forças conscientes ou inconscientes que levam o

indivíduo a um determinado comportamento.

A partir da Teoria das Relações Humanas passou-se a constatar a enorme influência da

liderança informal sobre o comportamento das pessoas. A liderança é necessária em todos os

tipos de organizações humanas, principalmente nas empresas e em cada um de seus

departamentos. Existem três teorias a respeito da liderança, a saber:

Teoria dos traços de personalidade;

Teoria dos estilos de liderança;

Teoria situacional de liderança.

Portanto os subordinados devem receber continuamente dos superiores um fluxo de

comunicações capaz de suprir-lhes as necessidades. Por outro lado, os superiores devem receber

dos subordinados um fluxo de comunicação capaz de oferecer ideias adequada do que está

acontecendo.

12.4 A experiência de Hawthorne

Em 1927 a direção da Western Eletric Company, fábrica de componentes de telefones

situado no bairro de Hawthorne da cidade de Chicago, Estados Unidos, contratou uma equipe

da Universidade de Harvard para realizar pesquisas sobre produtividade e condições físicas de

trabalho.

George Elton Mayo fundador do movimento das Relações Humanas e da sociologia

industrial, chefiou a experiência de Hawthorne, que iniciou com o interesse de estudar a fadiga,

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62

os acidentes de trabalho e os efeitos das condições físicas do trabalho e suas relações com a

produtividade.

Segundo (SHIGUNOV, 2005), A Experiência de Hawthorne aconteceu no período de

1927 a 1932, na Western Eletric Company, situado no bairro de Hawthorne, visando determinar

qual a relação existente entre a intensidade da iluminação e a produtividade dos operários. Em

1932 a experiência foi interrompida pelas implicações da grande depressão de 1929.

A Western Eletric Company era uma fábrica de equipamentos e componentes

telefônicos, considerada avançada para a época, e de acordo com (SHIGUNOV, 2005), a fábrica

estava voltada para a melhoria das condições físicas de trabalho e salários satisfatórios, ou seja,

voltada para o bem-estar de seus funcionários. Os estudos da experiência de Elton Mayo e seus

colaboradores foram realizadas no departamento de montagem de relés de telefone, no qual

trabalhavam a maioria mulheres, onde o trabalho era executado de maneira manual de

montagem, dependendo intensamente de sua velocidade para a produção.

De acordo com (SHIGUNOV, 2005, p. 252), a experiência foi dividida em quatro fases

que objetivam detectar o comportamento dos funcionários, seu rendimento e produtividade sob

determinadas condições físicas de trabalho. As quatro fases são:

Tabela 10: Comportamento dos funcionários.

Fase 1

Essa fase foi divido em dois grupos, onde o grupo de controle, manteve as condições ambientais

de trabalho constante, onde o segundo grupo de observação trabalhou sob a intensidade da luz

variável de forma proposital. E nessa experiência foi descoberto que o fator psicológico tem

influência sobre o desempenho dos funcionários. Então como pesquisa tinha como intuito

verificar a relação da modificação da iluminação sobre a produtividade no trabalho, eles

voltaram a se dedicar ao seu objetivo original.

Fase 2

Com a introdução de novas variáveis independentes (horários de descanso, lanches, reduções

no período de trabalho, sistema de pagamento), pretendia-se identificar aquela que mais

influenciava na produtividade do trabalho.

Fase 3

Nesse momento, foi realizado um programa de entrevistas com os operários buscando maiores

conhecimentos sobre atitudes e motivações do trabalhador. Foram avaliados os aspectos que

envolvem a lealdade do grupo e a lealdade com os propósitos da empresa.

Fase 4

Foi montado um grupo experimental, onde passaram a ser observados constantemente na sala

de montagens de terminais, e essa observação permitiu os pesquisadores perceberem as

artimanhas utilizadas por esses operários para reduzir seu trabalho, de acordo com os padrões

que o próprio grupo considerava ideal. Aqueles trabalhadores que não fizessem eram punidos

simbolicamente pelo o grupo. Nessa última experiência, foi possível o estudo das relações entre

a organização informal dos operários e a organização formal da fábrica.

Fonte: Elaborada pela autora.

Ao término da pesquisa a conclusão foi que a qualidade do tratamento dispensado pela

gerencia aos trabalhadores influencia fortemente em seu desempenho. Onde bom tratamento

significa bom desempenho.

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63

O sistema social formado pelos grupos determina o resultado do indivíduo, que é

mais leal ao grupo do que a administração. Se o grupo resolve ser leal a administração,

o resultado é positivo para a empresa. O resultado é negativo para a empresa quando

o grupo resolve atender a seus próprios interesses. (MAXIMIANO, 2000, p. 67).

Portanto o indivíduo precisa ser eficaz, ou seja, atingir os propósitos da organização, e

buscar a satisfazer os seus motivos individuais para sobreviver nesse sistema.

13 Abordagem estruturalista da administração

13.1 Teoria Burocrática

Na década de 1940, aparece a abordagem Estruturalista da Administração, vindo

complementar as Abordagens Clássica e Humanística, as quais já não supriam as expectativas.

Essa Abordagem está firmada em duas importantes teorias. A Teoria da Burocracia,

pesadamente alicerçada nas obras de Max Weber, famoso sociólogo alemão já falecido, e a

Teoria Estruturalista, a qual enfatiza não apenas a estrutura, mas as pessoas e o ambiente como

também importantes.

As obras de Max Weber são a grande fonte de inspiração da Teoria Burocrática. Para

este sociólogo alemão a burocracia é o modelo da organização por excelência e tem conforme

Chiavenato as seguintes características:

Caráter legal das normas e regulamentos;

Caráter formal das comunicações;

Caráter racional e divisão do trabalho;

Impessoalidade nas relações;

Hierarquia de autoridade;

Rotinas e procedimentos estandardizados;

Competência técnica e meritocracia;

Especialização da administração que é separada da sociedade;

Profissionalização dos participantes;

Completa previsibilidade do funcionamento.

O foco desta Teoria é a organização considerada em seu todo, devendo ser administrada

de forma racional com vistas ao alcance da eficiência. As pessoas não são consideradas como

tais com suas peculiaridades e valores intrínsecos, mas apenas como meros ocupantes de cargos

e funções, devendo as relações estabelecidas serem impessoais.

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64

13.2 Teoria estruturalista da administração

A teoria estruturalista aparece no final da década de 1950, quando do declínio da teoria

das relações humanas, a qual combateu a teoria clássica, deixando um vazio, não preenchido

pela teoria Burocrática. Daí é apresentada uma visão crítica da organização formal, através da

teoria estruturalista.

Segundo (Chiavenato,2004), ao se referir a mesma ”significa um desdobramento da

Teoria da Burocracia e uma leve aproximação à Teoria das Relações Humanas”.

Dentre as contribuições trazidas por essa Teoria, destaca-se o conceito do homem

organizacional, prefigurado como aquele que desempenha diferentes papéis em diferentes

organizações, bem como o enfoque na inter-relação das organizações com o ambiente externo.

Agora, a organização passava a ser vista como um sistema aberto, dependente de variáveis

externas.

14 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

14.1 Conceito

A qualidade de vida no trabalho vem sendo um objeto de estudo e de atenção nas últimas

décadas, devido à apresentação de vantagens tanto para os trabalhadores quanto para a empresa

que a aplica.

De acordo com CHIAVENATO,2004), a qualidade de vida no trabalho está relacionada

com o comprometimento e participação com o bem-estar dos funcionários, visando um

ambiente organizacional onde exista uma gestão dinâmica, tornando a vida de todos mais

saudável, sendo mais propício a melhorar e aumentar a produtividade.

Na maioria das vezes quando se trata da construção da QVT as empresas logo imaginam

os custos que isso irá gerar, como por exemplo, aumento salarial, mudanças nas jornadas de

trabalho, entre outros, o que dificulta a implementação da qualidade de vida no trabalho.

A qualidade de vida no trabalho se apresenta como uma preocupação do homem deu-

se início da sua existência, com objetivo de facilitar ou trazer satisfação e bem-estar

ao trabalhador na execução de suas tarefas. “O conceito de qualidade de vida engloba

vários aspectos como físicos, ambientas e psicológicos do local de trabalho”

(CHIAVENATO,2004).

A pesquisa atual na área de Qualidade de Vida evoluiu de uma visão de melhoria das

condições e ambientes de trabalho, visando à maior satisfação e à produtividade total, para uma

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65

visão holística do homem, um ser biopsicossocial. Entre os cientistas, existe atualmente uma

grande preocupação com a relação entre trabalho e bem-estar do trabalhador. O destaque está

na prevenção, no desenvolvimento da qualidade de vida no trabalho e na construção de um

ambiente que seja propício à produtividade das pessoas e à sua realização.

A qualidade de vida no trabalho caracteriza-se por uma constante busca pelo equilíbrio entre o indivíduo

e a organização, valorizando o trabalhador como ser humano e sua posição na organização, requerendo

a construção de um espaço organizacional que valorize a subjetividade dos trabalhadores,

considerando-os sujeitos de seu trabalho e não objeto de produção (NASCIMENTO FÁBIO,

2005, p. 67)

Na busca pela excelência as organizações procuram trabalhar com Qualidade de Vida

no Trabalho dentro do Ambiente organizacional; para sanar os Conflitos no ambiente de

Trabalho; e oferecendo Capacitação Profissional para os colaboradores e incentivando a

Competência Profissional e a Motivação Pessoal; para a Valorização do Capital Humano.

Empresas que buscam o bem-estar dos seus colaboradores vêm inovando com

programas de saúde para prevenir e manter a saúde de cada um. Essas medidas além da elevação

da autoestima de cada colaborador também servem para reduzir os elevados custos em saúde.

Cada um desses programas desenvolvidos não pode deixar de conter orientações aos

seus funcionários no que diz respeito à pressão alta, fumo, obesidade e estresse, assim como

encorajá-los a mudar seus hábitos alimentares, prática frequente de exercícios para que sua

produtividade seja maior no trabalho.

Os programas de QVT buscam criar uma organização mais humanizada com o aumento

na responsabilidade, autonomia no trabalho e constantes trocas de informação entre colaborador

e organização. Esses programas são constituídos com uma das mais eficazes formas de

desenvolvimento do indivíduo e atingindo um alto nível de comprometimento das pessoas no

que diz respeito à qualidade.

14.2 Motivação pessoal dos colaboradores

Motivação é uma das grandes forças impulsionadoras do comportamento humano. É ela

que irá determinar os níveis de desempenho pessoal e profissional obtidos na empresa. Está

diretamente relacionada com sentimentos de pertença, produtividade e valorização. Priorizar a

motivação na empresa significa valorizar, implantar e manter um alto nível de criação e

recriação, uma comunicação entre todos da equipe, sempre prezando por uma atmosfera que

alimente o bom e saudável relacionamento entre todos.

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66

O clima organizacional, bem como o desempenho no cargo, representa fatores

importantes na hora de determinar sobre QVT (Qualidade de Vida no Trabalho).

Por outro lado, a importância das necessidades humanas varia conforme a cultura de

cada indivíduo e de cada organização. Portanto, a QVT não é determinada apenas

pelas características individuais (necessidades, valores, expectativas) ou situacionais

(estrutura organizacional, tecnologia, sistemas de recompensas, políticas internas),

mas, sobretudo pela atuação sistêmica dessas características individuais e

organizacionais. (CHIAVENATTO, 2004, p. 392).

Já quando existe a QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) automaticamente se iniciará

um clima favorável de respeito mútuo e confiança, onde o indivíduo somente aumentará as suas

contribuições para toda e qualquer organização.

As práticas motivacionais compreendem todos os tipos de incentivo e recompensas

que as organizações oferecem a seus empregados na tentativa de conseguir o

desempenho que possibilite a realização de seus objetivos. Abrangem desde os elogios

e desafios propostos pelos gerentes até a participação dos funcionários no processo

decisório, nos lucros ou na propriedade da empresa, passando por benefícios, prêmios,

programas de enriquecimento do trabalho e planos de carreira (MAXIMIANO, 2006,

p.244).

Buscando responder sobre a questão da motivação, deve-se considerar que a motivação

de cada um depende da força de seus motivos. Motivos esses que impulsionam e mantém o

comportamento dos indivíduos, ou seja, agem como molas de ação nas vidas de cada um.

É perceptível quando se tem um colaborador motivado, sinais como uma postura

tranquila, um sorriso ou um olhar confiante fazem perceber que as coisas andam acontecendo

de maneira correta. Existem também os sinais claros de desmotivação como: postura

displicente, cabeça apoiada e também a falta de brilho nos olhos. Estes, somados, são indícios

de que o funcionário não está motivado.

15 MOTIVAÇÃO

15.1 Conceito

Os administradores organizacionais contemporâneos apontam como maior preocupação

nas empresas a falta de motivação das pessoas no trabalho. Porém esse problema não é atual –

sempre existiu, e começou a ser identificado há muitos anos atrás.

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67

Cada um de nós possuímos muitas necessidades, sendo que algumas são biogênicas, ou

seja, surgem de acordo com o estado de tensão fisiológico. Outras necessidades são

psicológicas, decorrentes do estado de tensão psicológicos, como por exemplo, a necessidade

do reconhecimento ou estima.

E essas necessidades passam a ser motivo, quando a intensidade ganha um nível que

seja suficiente para levar uma pessoa a agir. “A abordagem cognitiva enfatiza que o

comportamento é dirigido a metas e propósitos e a motivação é vista como uma tendência a

mover as pessoas às metas desejada”. (COBRA, 1997, p. 44).

Por isso é muito importante ter funcionários dentro da empresa motivados, seja porque

o salário é bom, ou porque o ambiente de trabalho é gostoso de trabalhar e porque o funcionário

enxerga a possibilidade de crescimento dentro da organização. Portanto funcionário motivado

é sinal de cliente satisfeito.

Pouco daquilo que se passa no momento com as pessoas dentro das organizações

representa uma ocorrência atual. As dificuldades vêm se preparando e se estruturando

ao longo dos anos para se evidenciarem hoje como tal. Assim sendo, existe sempre

uma história passada que, na maioria das vezes, acumula erros e mais erros que foram

se sucedendo e se avolumando sem que os próprios problemáticos desmotivados nem

seus líderes os percebessem a tempo. (BERGAMINI, 2008, p. 1).

Toda pessoa que inicia sua vida de trabalho em qualquer organização, ficam cheias de

expectativas com relação a sua nova vida no trabalho e esse é, portanto, o momento em que as

pessoas estão mais motivadas. A melhor eficácia para geri-las seria a utilização de estratégias

que visam não as desmotivar.

15.2 Relação entre a revolução industrial e a motivação

Um importante marco para analisarmos o crescente estudo sobre a motivação encontra-

se na Revolução Industrial. Antes desse período, o método mais utilizado para elevar a

motivação daqueles que trabalhavam era o uso de ameaças e punições, o que causava, entre as

pessoas, um ambiente impregnado de medo de não se conseguir cumprir a contento as

atividades que lhes eram atribuídas.

Durante a Revolução Industrial, as organizações buscaram aumento dos resultados

através de grandes investimentos em máquinas e procedimentos industriais. Com a filosofia de

maximizar a produção a qualquer custo, as áreas de Recursos Humanos nas empresas criaram

planos salariais, benefícios extras e premiações de modo a garantir, através de uma espécie de

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68

competição, que os empregados aplicassem a totalidade do seu potencial nos trabalhos sob suas

responsabilidades.

Dentro deste contexto, a Administração Científica de Taylor, nos idos de 1911, propõe

a importância da necessidade de conforto físico e segurança no trabalho, pois se

compreendia que o atendimento das necessidades básicas deveria ser a principal forma

de atingir os melhores níveis de produtividade. (BERGAMINI, 2008, p. 3).

Portanto as recompensas e controles desta natureza podem até acelerar a produtividade,

mas também podem levar a resultados negativos como desenvolver uma tendência a fazer

somente o que se é pago para ser feito, e possivelmente até se engajar em sabotagem sutil.

O cientista social australiano, George Elton Mayo (1880-1949) fundou o movimento

das Relações Humanas em oposição a Administração Científica de Taylor. BERGAMINI

(2008) aponta que, nesta importante ótica, Mayo propôs a substituição da ênfase na estrutura e

nas tarefas pela ênfase nas pessoas através da interação social. Os administradores das empresas

em geral, passaram a adotar uma nova atitude a partir da qual os empregados sentissem sua

utilidade e importância pessoal no trabalho.

A autora acrescenta ainda que, destas orientações de Mayo, passou-se a considerar que

os objetivos motivacionais mais importantes a serem conquistados eram o reconhecimento de

como as pessoas eram úteis e importantes dentro das organizações e grupos sociais que

pertenciam.

Na década dos anos 50, o psicólogo social e especialista em comportamento humano,

Douglas McGregor (1906-1964) preconiza que as pessoas têm uma necessidade psicológica de

trabalhar e aspiram a ter realização profissional e responsabilidade. Com isso, propõe que a auto

realização seria um novo representante dos fatores motivacionais no trabalho.

Começa-se a falar de maturidade motivacional, na qual a busca do auto realização

caracteriza o nível mais alto dessa maturidade, diferentemente dos fatores extrínsecos,

do tipo conforto físico, segurança e interação social, que eram os fatores que

formavam a base da pirâmide motivacional proposta por Maslow. (BERGAMINI,

2008, p. 7).

McGregor adverte ainda que é natural a busca do trabalhador por um nível de maior

maturidade motivacional e, caso não consiga atingi-lo, é porque a organização da qual faz parte

não o favoreceu – a partir daí, comportam-se, com previsibilidade:

Com indolência;

Passividade;

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69

Má vontade em aceitar responsabilidade;

Resistência à mudança;

Tendência a aderir aos demagogos;

Exigências exageradas de benefícios econômicos.

Com o tempo, essas teorias que apontavam a existência de apenas um fator

motivacional, seja ele o econômico, o relacionamento social ou a auto realização tornaram-se

insuficientes para a escolha da melhor filosofia administrativa de pessoas. O homem passou a

ser percebido como um ser mais complexo do que os estudos motivacionais descreviam até

então.

Passou-se a considerar o ser humano no trabalho como pertencente a um grupo de

pessoas que estão motivadas por um conjunto mais complexo de fatores que se

combinam de maneira diferente em cada uma delas, para determinar assim a sua

identidade pessoal e motivacional. (BERGAMINI, 2008, p. 9).

Diante desta ótica, assumiu-se que cada trabalhador traria consigo uma combinação

ímpar de potenciais habilidades e talentos. E, para contar com a contribuição diferenciada de

cada um, seria necessário não os desmotivar e dar-lhes ainda a possibilidade de terem suas

ideias e pontos de vista expostos para a apreciação das organizações.

Segundo a autora (BERGAMINI 2008), o ser humano não se submete passivamente no

desempenho daquelas atividades que lhe são impostas e nas quais não vê sentido algum. Nesta

vê-se, portanto, as quão ineficazes eram as teorias administrativas durante a Revolução

Industrial, que focavam todos os esforços nas aquisições de máquinas e desenvolvimento de

processos industriais que buscavam reduzir as operações no trabalho, fracionando as atividades

em seus menores movimentos dentro das linhas de produção. As ações dos trabalhadores

deveriam ser o mais simples possível.

Hoje, o ser humano é visto de maneira completamente diferente de qualquer outro

recurso produtivo, torna-se explícito o reconhecimento da motivação como um fator interior e

individual de cada pessoa. Esta motivação é uma das mais poderosas forças na medida em que

as pessoas estão dispostas a se esforçar no sentido de alcançarem uma determinada meta, porque

isso satisfaz uma de suas importantes necessidades.

Mas estas novas conceituações sobre a motivação são relativamente recentes,

começando somente agora a ser consideradas pelas organizações que, durante décadas,

trataram-na também como condicionamento ou manipulação.

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70

Para conseguir que os trabalhadores agissem a contento de suas administrações, as

empresas utilizavam-se de artifícios que vão desde promessas de premiações por altos

desempenhos até punições por comportamentos considerados inadequados.

Com isso, frequentemente encontravam relacionamentos profissionais baseados em

trocas entre as pessoas, sejam de cargos, posições, salários, regalias e outros que visam

assegurar uma suposta fidelidade e submissão mesmo que de forma transitória e temporária.

Era o obedecer pelo emprego remunerado.

Porém, as pessoas que eram agraciadas com as tais premiações começaram a perceber

que não havia nesta transação a satisfação de suas expectativas pessoais e de realização.

Começou-se então a ruir a fórmula de sucesso que as empresas acreditaram ter descoberto.

16 CARGOS E SALÁRIOS

16.1 Conceito

A atividade de cargos e salários é apresentada como foco estratégico, onde a questão

central é transformar a visão usual da remuneração, como fator de aperfeiçoamento da

organização, melhoria e aumento da competitividade interna.

Para entender melhor, vamos conceituar separadamente o que é cargo e o que é salário.

Segundo os autores (ARAÚJO, GARCIA, 2009), cargo é um conjunto atribuições e requisitos

semelhantes e que tem responsabilidades específicas a serem praticadas pelo o seu cargo.

Já quando se fala de salário, de acordo com (ARAÚJO, GARCIA), trata-se de uma

contraprestação em dinheiro, recebida periodicamente pelo corpo funcional, em face de um

trabalho desenvolvido num espaço de tempo previamente definido.

O estudo de cargos e salários é um instrumento que permitirá à empresa a

administração de seus recursos humanos na contratação, movimentações horizontais

(méritos) e verticais (promoções) de seus profissionais e retenção dos talentos da

empresa. A definição de cargos e salários estabelecerá uma política salarial eficaz que

permitirá a ascensão profissional dos colaboradores de acordo com suas aptidões e

desempenhos, assim como subsidiará o desenvolvimento do plano de carreiras.

(ARAÚJO, GARCIA, 2009, p. 49).

Porém se o profissional tiver um cargo e um salário que atenda às suas expectativas, ele

será um profissional motivado, podendo então proporcionar aos clientes da empresa um

atendimento de qualidade, tornando possível a fidelização e captação de novos e clientes.

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71

16.2 Motivação e recompensas

Muitas das vezes já ouvimos vários funcionários dizerem que não tinham mais

motivação para trabalhar e que seu desempenho já não era mais o mesmo, pois acreditavam que

mereciam mais e melhores recompensas e ser reconhecido pelo que faz. Sendo assim percebesse

que a motivação, recompensas e reconhecimento são circunstâncias relacionadas a

remuneração.

Motivação: Motivação é o ato de motivar, a espécie de energia psicológica ou tensão que

coloca em prática o movimento do organismo humano. Sendo assim a motivação para um

trabalho dependerá do significado que cada qual atribui a uma determinada atividade.

Recompensas: De acordo com (ARAÚJO, GARCIA, 2009), a organização possui várias

formas de recompensar seus funcionários. Podendo ser um reconhecimento formal por uma

contribuição da pessoa por meio de elogio público ou não, de uma carta pessoal ou um prêmio

como viagens até mesmo um aumento salarial ou uma promoção para posições organizacionais

com desafios maiores. Portanto se o funcionário for reconhecido pelo o seu bom desempenho

dentro da organização e se for recompensado da melhor maneira possível, ele será um

colaborador totalmente motivado, ou seja, ele sempre estará pronto e preparado para oferecer

aos clientes da empresa um atendimento de ótima qualidade, podendo fidelizar e conquistar

novos clientes para a organização.

Baseado nas considerações da autora (LIMONGI FRANÇA et al ,2002), a prática de

recompensar as pessoas pelo seu trabalho, está presente desde o sistema capitalista de produção

e o padrão de recompensas surgiu somente a partir da primeira guerra mundial, com o

crescimento das organizações.

A lógica de remunerar conforme o cargo funcionou bem, portanto a medida que as

organizações passaram a utilizar os seus profissionais de uma outra forma, com muito mais

flexibilidade, autonomia e delegações.

16.3 Programas de benefícios aos funcionários

Os benefícios constituem uma forma indireta de remuneração destinada a aprimorar a

qualidade de vida profissional e pessoal dos funcionários. De acordo com os autores

(BOHLANDER, SNELL, 2009), os benefícios representam cerca de 42% dos custos totais com

a folha de pagamento das empresas. Portanto os empregadores geralmente esperam que os

funcionários apoiem a empresa e sejam produtivos. Visto que os funcionários passaram a

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esperar um número crescente de benefícios, e o seu valor motivacional depende de como o

programa de benefícios é elaborado e divulgado.

O programa de benefícios dos funcionários deve basear-se em objetivos bem

específicos. Os objetivos que uma empresa estabelece dependerão de vários fatores, como:

tamanho e localização da empresa, lucratividade e os padrões da indústria. Os principais

objetivos da maioria dos programas de benefícios são:

Aprimorar a satisfação do funcionário no trabalho;

Atender aos requisitos de saúde e segurança;

Atrair e motivar os funcionários;

Reter funcionários com alto nível de desempenho;

Manter uma posição competitiva favorável.

Portanto se a empresa não tiver um plano de benefícios flexível é interessante que passe

a ter, pois se os funcionários possuem benefícios e são recompensados pelo o seu bom

desempenho dentro da organização, com certeza ele será um colaborador motivado.

17 TEORIAS MOTIVACIONAIS

Vários foram os autores que discorreram sobre as necessidades intrínsecas do ser

humano que culminaram no estudo da motivação.

Desses estudos, nasceram várias teorias que buscavam definir o comportamento do

indivíduo, principalmente dentro das organizações na realização de suas tarefas. Citaremos a

seguir as principais teorias, que mais trouxeram contribuições e comentários.

Existem três das maiores teorias sobre a motivação humana, sendo elas: Sigmund Freud,

Abraham Maslow e Frederick Herzberg.

Teoria de Freud: Sigmund Freud concluiu que as forças psicológicas que formam o

comportamento dos indivíduos são basicamente inconscientes e que ninguém chega a entender

por completo as próprias motivações. Além disso, estabelece que as motivações são

responsáveis pela aceitação ou rejeição de determinados produtos ou serviços. “Atualmente, os

pesquisadores de motivação mantêm a tradição da interpretação freudiana. Jan Callebaut

identifica diferentes motivos pelos quais um produto pode satisfazer o consumidor”. (Freud

Sigmund, apud KOTLER KELLER, 2012, p. 173).

Teoria da Hierarquia das Necessidades, de Maslow: Segundo (CHIAVENATO, 1999), após

inúmeras pesquisas e artigos a respeito do comportamento humano, em 1954 o psicólogo

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americano Abraham Harold Maslow desenvolveu uma das mais importantes obras dentro do

estudo da motivação humana: a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas. Nesta,

Maslow definiu como primárias as necessidades fisiológicas e as de segurança e secundárias as

necessidades sociais, de estima e de auto realização.

De acordo com (CHIAVENATO, 1999), Maslow supôs que, quando uma pessoa

conquista esses elementos essenciais, passa ao nível das necessidades de segurança (defesa,

proteção, salário, casa própria, seguro-saúde, aposentadoria, emprego). Ao atingi-lo e sentir-se

segura quanto à proteção contra ferimentos e danos, a pessoa sobe ao próximo nível: o das

necessidades sociais (relacionamento, amor, pertencer a um grupo). Neste terceiro nível, a

aceitação e a afeição dão origem a um quarto estágio, definido como o das necessidades de

estima (autoestima, reconhecimento, status, prestígio). No topo da escala, encontram as 32

necessidades de auto realização. Essa última etapa representa a realização de potencialidades e

a expressão do crescimento pessoal.

Para Maslow, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja,

uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo

realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem

meios para satisfazê-la.

Ele conclui que as necessidades humanas são dispostas em uma hierarquia, da mais

urgente para as menos urgentes necessidades ficológicas, necessidades de segurança,

necessidades sociais, necessidades de estima e necessidade de auto realização.

(KOTLER, 2012, p. 173).

As pessoas buscam satisfazer as necessidades de mais importância e depois vão à busca

de satisfazer aquelas que não têm “prioridade”. E depois que as necessidades principais são

realizadas, as que ficaram para segundo plano se tornam importantes.

Figura 2 - Pirâmide das Necessidades de Maslow

Fonte: adaptado de CHIAVENATO (1999).

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Segundo a pirâmide de Maslow as necessidades são:

Necessidades Fisiológicas: constituem o nível mais baixo das necessidades

humanas, como a de alimentação (fome e sede), de sono e repouso (cansaço), de abrigo (frio

ou calor), o desejo sexual, etc.;

Necessidades de Segurança: (sobrevivência física) constituem a busca de

proteção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo;

Necessidades Sociais: (a aceitação pelo meio e o sentido de importância),

incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros,

de troca de amizade, de afeto e amor;

Necessidade de Estima: (relevância, domínio, reputação, prestígio) envolve a

auto apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status,

prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o

mundo, independência e autonomia;

Necessidade de Auto realização: (desejo de conhecer, compreender,

sistematizar, organizar e construir um sistema de valores) são as mais elevadas, de cada pessoa

realizar o seu próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente.

Estas necessidades englobam três tipos de motivos, os físicos, interação com os outros

e relacionamento com o próprio. De acordo com a pirâmide, a ordem de satisfação das

necessidades acontece de baixo para cima, ou seja, os desejos mais altos da escala só serão

realizados quando os que estão mais abaixo estiverem mais ou menos satisfeitos. Sempre

presente quando o assunto é motivação, a teoria da hierarquia das necessidades de Maslow é

unanimidade, entre os estudiosos deste tema, por ainda descrever com tamanha precisão os

anseios do ser humano contemporâneo.

Teoria dos dois fatores de Herzberg: Frederick Herzberg dividiu a sua teoria em dois fatores

principais, sendo eles: insatisfatores e satisfatores. O Fator insatisfatores, são fatores que

causam a insatisfação nas pessoas. Já o fator satisfatores é ao contrário, pois se tratam de fatores

que causam a satisfação no indivíduo. Segundo Herzberg [...] os vendedores devem fazer o

possível para evitar os insatisfatores, por exemplo, um manual de instruções de má qualidade

ou uma política de atendimento precário. (HERZBERG FREDERICK apud KOTLER , 2012,

p. 174).

Para Bee (2000), é necessário que o funcionário compreenda que o seu atendimento é

importante, pois pode ser que ele seja responsável por metas de vendas e atendimento, ou por

uma equipe e suas metas; estar querendo obter um aumento ou apenas porque o seu superior

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disse que se trata de um assunto muito importante. Talvez seja por perceber que seu emprego

depende da sobrevivência da empresa e que o atendimento ao cliente é um elemento vital para

sobrevivência da organização.

Funcionários motivados contribuem para o crescimento da organização, pois os mesmos

precisam perceber que podem contribuir para o fortalecimento e crescimento da empresa.

Através de capacitações e estímulos o funcionário percebe que ambas as partes se

complementam e que seu atendimento contribui para o desenvolvimento, satisfação e captação

de clientes e fidelização de novos.

Fatores higiênicos: são extrínsecos porque se localizam no ambiente que rodeia as pessoas e

abrangem as condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Como estas condições

são administradas e decididas pela empresa, as necessidades higiênicas estão fora de controle

das pessoas. Nessa categoria estão elencados: salário, benefícios sociais, tipo de chefia,

condições físicas de trabalho, modelo de gestão e relacionamento com os colegas. Os fatores

higiênicos, se presentes, não chegam a causar satisfação, porém se ausentes, são capazes de

causar insatisfação.

Bergamini (2006), afirma que é bom que se diga, logo de início, que fatores extrínsecos

ao trabalhador tal como salário, segurança, políticas organizacionais, relacionamento

interpessoal, condições do ambiente de trabalho, fazem apenas com que as pessoas se

movimentem para buscá-los, ou se disponham a lutar por eles quando os perderam. Não é a sua

presença que motiva.

Conforme CHIAVENATO (1999), a expressão “higiene” possui um caráter preventivo

e serve para mostrar que esses fatores se destinam a afastar as condições desagradáveis. Como

exemplo de necessidades higiênicas destaca-se:

Salários;

Segurança no cargo;

Benefícios sociais;

Relações com a chefia;

Condições de trabalho e conforto;

Políticas e diretrizes da empresa;

Clima de relacionamento entre a empresa e funcionários;

Regulamentos internos.

Fatores motivacionais: são intrínsecos e dizem respeito aos sentimentos de auto realizarão e

reconhecimento. No trabalho, estão relacionadas com o conteúdo do cargo e com a natureza

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das tarefas que a pessoa executa. Ao contrário das necessidades higiênicas as necessidades

motivadoras estão sob controle do indivíduo, pois estão relacionados com aquilo que ele faz e

desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e

auto realização, e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho. Se presentes,

causam satisfação. Se ausentes, deixam de causar satisfação, mas não chegam a causar

insatisfação.

Ainda conforme (CHIAVENATO, 1999), o termo “motivação” envolve sentimentos de

realização, de crescimento e de reconhecimento profissional, manifestados por meio de

exercícios das tarefas e atividades que oferecem suficiente desafio e significado para o trabalho.

Como exemplo de necessidades motivacionais destacam:

Delegação de responsabilidade;

Liberdade de decidir como executar o trabalho

Promoção;

Uso pleno das habilidades pessoais;

Estabelecimento de objetivos e avaliação relacionadas com eles;

Simplificação do cargo pelo próprio ocupante;

Ampliação ou enriquecimento do cargo (horizontal ou verticalmente).

A partir das definições destes dois fatores, faz-se entre eles uma análise comparativa:

Tabela 11 - Comparativo entre Fatores Motivadores e Fatores Higiênicos

Fatores Motivadores Fatores Higiênicos

Sentimento de realização Relação com o chefe

Reconhecimento Relação com os colegas

Trabalho variado e desafiante Supervisão técnica

Desenvolvimento pessoal Condições de trabalho

Fonte: adaptado de TEIXEIRA (2005).

A teoria de Herzberg coincide com a teoria de Maslow de que os níveis mais baixos de

necessidades humanas têm pequeno efeito motivacional quando o padrão de vida é elevado. E

apresentam, ainda, pontos de concordância e diferenças que permitem uma visão mais ampla

sobre a motivação do comportamento humano.

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Tabela 12 - Teoria de Maslow X Teoria de Herzberg

Fonte: adaptado de TEIXEIRA (2005).

18 ATENDIMENTO AO CLIENTE

18.1 Conceito

O cliente é o principal gerador de lucro na empresa, é necessário que fiquem satisfeitos

através dos produtos ou serviços adquiridos na empresa, para que possam continuar comprando

e, assim, conquistando o sucesso no negócio.

O nível de atendimento precisa ser constantemente aprimorado nas organizações, o

cliente interno precisa estar sempre se preparando, investindo, buscando conhecimentos e

recursos para melhorar o atendimento, pois os consumidores estão buscando novidades, ficando

mais exigentes, e com isso é necessário satisfazer suas necessidades e objetivos.

No negócio, o atendimento ao cliente é um dos aspectos mais importante, sendo que

o cliente é o principal objetivo do negócio, [...] que todo negócio deve ser voltado ao

cliente, sendo que só permanecera se o cliente estiver disposto a continuar comprando

o produto/serviço. (CHIAVENATO, 2005, p. 209).

Um dos principais responsáveis pelo sucesso e futuro de uma empresa é o atendente,

pois é o atendimento que liga a organização ao cliente. O cliente sendo bem tratado, conquistada

sua simpatia, levará uma boa impressão da empresa, podendo voltar outras vezes, e até

divulgando o bom atendimento.

Maslow Herzberg

Auto Realização

O trabalho em si;

Responsabilidade;

Progresso;

Crescimento.

Autoestima

Realização;

Reconhecimento;

Status.

Social

Ser aceito por outros;

Pertencer a grupos.

Segurança

Políticas Administrativas e Empresariais;

Segurança no cargo.

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78

O atendimento está diretamente ligado aos negócios que uma organização pode ou

não realizar, de acordo com suas normas e regras. O atendimento estabelece dessa

forma uma relação de dependência entre o atendente, a organização e o cliente.

(CARVALHO, 1999, p. 233).

Segundo (KOTLER,2000, p.462), Clientes cujas reclamações são resolvidas de modo

satisfatório acabam se tornando mais fiéis à empresa do que aqueles que nunca ficaram

insatisfeitos.

O autor afirma que é necessário ter sempre em mente as seis regras do bom atendimento:

1. Crie um relacionamento com o cliente;

2. Escute as necessidades do cliente;

3. Resolva os problemas rapidamente;

4. Conheça a fundo os produtos e serviços oferecidos;

5. Evite o "Eu não sei";

6. Supere as expectativas do cliente.

O cliente gosta de ser tratado com delicadeza e atenção no atendimento, objetivando a

satisfação e o encantamento, podendo estabelecer vínculos de amizade e respeito.

De acordo com (KOTLER,2000), para realizar um bom atendimento é necessário o

perfeito conhecimento do cliente, suas necessidades, desejos, problemas e expectativas é ponto

indispensável.

Quando um cliente fica insatisfeito com o atendimento recebido é a imagem da

organização que fica comprometida e não a sua.

Diante desse fato, apresentamos quatro grandes oportunidades, onde os clientes

percebam a qualidade do atendimento, são elas:

Entrada: Quando o cliente chega à empresa, sua primeira impressão é:

Analisar se a empresa é organizada;

Verificar se os funcionários são receptivos;

Averiguar se os funcionários demonstram disposição em resolver as dificuldades

apresentadas.

Abordagem - Quando se aproximar do cliente para abordá-lo:

Deverá cumprimentar com um sorriso;

Abordar de maneira gentil e educada;

Utilizar palavras como: Bom dia, boa tarde sempre olhando para ele.

Atendimento - Quando prestar um atendimento ao cliente, deverá se assegurar que:

· Passou informações corretas e de forma clara;

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79

· Se o cliente compreendeu suas explicações;

· Se o cliente foi bem orientado e suas dúvidas foram resolvidas.

Despedida - Que sensação o cliente se despede da empresa:

· Se suas necessidades foram/irão ser resolvidas;

· Se suas expectativas foram/irão ser atendidas;

· Se poderá contar com uma forte parceria nos negócios.

Um atendimento fica melhor a cada dia, onde você pode utilizar vários aspectos que o

ajude a ter mais desempenho e, assim, melhorar sua percepção perante aos clientes. Evitando

alguns tipos de atitudes, para não comprometer a qualidade no atendimento e consequentemente

gerar a insatisfação ao cliente.

Os setes pecados no atendimento ao cliente são:

1. APATIA – ocorre quando os funcionários não demonstram que se importam com o

cliente, levando as pessoas ficarem zangadas e ofendidas;

2. MÁ VONTADE – é quando os funcionários tentam se livrar do cliente, sem dar uma

solução ao problema;

3. FRIEZA – quando o cliente é tratado de forma distante, até desagradável;

4. DESDÉM – há funcionários que se dirigem ao cliente com arrogância como se este

não soubesse nada ou fosse uma criança. Isso enfurece as pessoas.

5. ROBOTISMO – o funcionário passa a agir mecanicamente e repete sempre a mesma

coisa, da mesma maneira, com os mesmos movimentos, como se estivesse em outro lugar.

6. DEMASIADO APEGO ÀS NORMAS – acontece com o funcionário que diz “sinto

muito, mas não podemos ser flexíveis”.

7. JOGO DE RESPONSABILIDADE – Há funcionários que mandam o cliente de um

lugar para outro, sem resolver nada. No entanto, é necessário manter sempre uma postura que

mostre disposição e interesse, pois ninguém gosta de se relacionar com uma pessoa que parece

estar cansada, desinteressada, mal-humorada ou com baixo-astral, portando é bom saber separar

os problemas pessoais dos profissionais focando em seu melhor desempenho.

18.2 ATRAÇÃO DE CLIENTES

As empresas têm que buscar sempre a melhor relação com seus parceiros na cadeia de

suprimentos, tendo assim vínculos mais sólidos com seus clientes finais.

Page 82: FACULDADE TECSOMA Bacharelado em Administração Luana ...

80

No passado, muitas empresas achavam que seus clientes eram garantidos, porque não

tinham muitas diversidades, e hoje em dia os clientes são mais conscientes em relação aos

preços, mais inteligentes, mais exigentes onde são abordados por mais concorrentes com ofertas

iguais ou até melhores.

De acordo com (KOTLER, 2000, p.68), “empresas em busca do crescimento de seus

lucros e de suas vendas devem investir tempo e recursos consideráveis na busca por novos

clientes”. É importante que as empresas invistam em seus funcionários internos, através de

treinamentos e ferramentas de trabalho adequadas, para que possam ser motivados a fazer seu

papel com eficiência e também deve investir em equipamentos para que seu produto traga ao

cliente o que ele deseja e necessita.

No entanto, atração de clientes é a busca de novos clientes, exigindo assim técnicas, tais

como:

Geração de indicações, em que você chama os clientes;

Qualificação de indicações, é a busca dos perfis para a compra;

Conversão dos clientes, é quando você “muda” moralmente para melhor.

19 QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

19.1 Conceito

Qualidade é quando não existe defeito na produção de bens ou serviços, ou seja, a

qualidade passa a existir a partir do momento que os bens e serviços da empresa correspondem

ou superam as expectativas.

Sem qualidade, os produtos de uma empresa ficam sem credibilidade, o que significa

que os clientes não pensam neles como opção viável. Na verdade, os clientes não vão

cogitar comprar um produto enquanto não acreditarem que ele possa satisfazer pelo o

menos as suas expectativas básicas em termos dos aspectos de qualidade que são

importantes para eles. (MICHAEL; DUANE; ROBERT, 2008, p.138).

Nos dias atuais o mercado anda muito competitivo, passando a exigir mais atenção das

empresas, referente à qualidade no atendimento prestado aos clientes. E quando se fala em

prestar um atendimento com qualidade, não basta que o funcionário da organização possua

apenas um belo sorriso no rosto. “Um bom atendimento aos clientes é uma combinação entre

os elementos: qualidade, eficiência, custo do produto, distribuição e rapidez”. (DALLEDONE,

Page 83: FACULDADE TECSOMA Bacharelado em Administração Luana ...

81

2008, p. 63). Isto significa que estes elementos tornam-se possíveis a fidelização e conquistas

de novos clientes para a empresa.

O conceito de qualidade evolui historicamente do foco do produto para o foco do

cliente. Basta ver que aos 14 pontos da filosofia Deming, nos 10 pontos de Juran e

nos 14 de Crosby a palavra cliente não aparece uma única vez. Neste novo foco no

cliente o conceito de qualidade se encontrou com a definição de marketing em que

Drucker, Kotler e Levitt já diziam, há muitos anos, que cada cliente tem uma

necessidade especifica para ser atendida e que o cliente não compra produto ou serviço

e sim o valor que aquele produto ou serviço representa para ele. (MILLET, 1997, p.

198).

Para que a empresa se torne competitiva perante aos seus concorrentes e consiga a

fidelização e captação de novos clientes, é necessário identificar o que o cliente realmente

espera da organização, sendo preciso saber quem são os clientes e qual o seu perfil e qual sua

real necessidade que levou até empresa. “As empresas que visam tornam-se competitivas em

relação aos concorrentes necessita criar e manter clientes satisfeitos sem deixar de lado a

obtenção de lucro”. (SHETH, MITTAL E NEWMAN, 2001, p. 35).

Isso não significa que a sociedade ira lhe sustentar mas sim mantê-lo, pois o seu

principal objetivo é buscar a suprir as necessidades de seus clientes. Portanto se esse fato não

acontecer, a empresa deixará de ter seus clientes, podendo extinguir em curto espaço de tempo.

Por esse motivo que a satisfação dos clientes é identificada como a chave para o sucesso da

organização.

Qualidade tem um amplo significado, ela pode ser interpretada de diversas maneiras, ou

seja, ela pode representar busca da satisfação, a excelência e a fidelização, agregando valores

aos produtos e serviços adquiridos e destinados.

A busca pela qualidade é muito intensa, ela não é mais uma estratégia de diferenciação

no mercado e, sim, uma necessidade de sobrevivência. Para a empresa ganhar confiança no

mercado, ela precisa produzir e oferecer produtos e serviços com qualidade, ganhando, assim,

durabilidade. “Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma

confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”.

(CAMPOS, 1999, p.2). Portanto a qualidade no atendimento é um fator que pode determinar o

sucesso ou fracasso de um negócio. Se a relação entre funcionários e clientes for satisfatória a

empresa será bem-sucedida.

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82

Qualidade é um atributo de produtos, de serviços, mas pode se referir a tudo que é

feito pelas pessoas. Quando se fala que alguma coisa foi feita com qualidade;

entretanto não é fácil definir com presteza o que seja essa qualidade. É costume falar

em: Qualidade de conformação (maior ou menor grau em que um produto, serviço ou

atividade é feito com um padrão ou especificações estabelecidas; ausência de defeitos

em relação ao padrão ou à especificação); Qualidade de projeto (diz respeito às

características particulares do projeto de um produto). (DEMING, 1990, p. 26).

Conforme o autor cita acima, podemos entender que a qualidade é claramente e

totalmente voltada para o cliente, onde os produtos e serviços atendam as expectativas e as

necessidades dos mesmos.

Afinal atendimento ao cliente não é apenas mostrar e vender aquilo que ele pede. É

muito mais intenso que isso: é compreendê-los, saber suas necessidades, suas expectativas,

escutar o que ele tem a dizer, ou seja, fazê-lo sentir-se importantes.

Os clientes é a peça mais importante que as empresas possuem. Elas dependem deles

para sua sobrevivência e, assim, precisam compreender as suas demandas presentes e futuras.

Devem procurar atender suas exigências e lutar para superar as suas expectativas. Falar em uma

organização focada no cliente, significa definir as estratégias da empresa e influenciar toda a

cultura da mesma para tal atendimento. Como existem diferentes tipos de clientes e todos

precisam estar satisfeitos, assim, tanto os externos quanto os internos e os intermediários

precisam ser escolhidos e mantidos e este parece ser o grande desafio para as empresas.

19.2 Satisfação total do cliente

Atualmente, a satisfação do cliente é fundamental para o sucesso da empresa, e essa

consciência em oferecer um bom atendimento é primordial para permanecer no mercado.

Um cliente pode ter vários níveis de satisfação. Se o desempenho ficar abaixo dessa

expectativa, o cliente ficará insatisfeito. Se o produto preencher as expectativas, ele

ficará satisfeito. Se o produto exceder essas expectativas, o cliente ficará altamente

satisfeito ou encantado. (KOTLER,2000, p.142).

A satisfação requer compreender a demanda e expectativa dos clientes, fazendo com

que os objetivos internos da empresa se voltem exatamente para essa questão. Para tanto, é

importante avaliar constantemente o nível de satisfação, procurando agir tanto de forma

preventiva quanto corretiva.

Um primeiro ponto para se considerar em relação ao consumidor é a motivação. Pode-

se considerar que, com raras exceções, o ser humano não irá consumir nada, se não estiver

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83

devidamente motivado a comprar. Assim, é de fundamental importância a realização das

necessidades dos clientes e, para tanto, os funcionários devem estar atentos às características

dos mesmos. Em outras palavras, perceber tanto nos clientes introvertidos quanto nos

extrovertidos as suas características fundamentais e procurar atendê-los de modo que sejam

satisfeitas as suas necessidades.

A satisfação é uma sensação momentânea, podendo ficar satisfeito com o desempenho

de um produto, de um serviço ou de uma ação de atendimento neste momento;

entretanto, no momento seguinte, o mesmo produto, serviço e/ou atendimento podem

não atender as expectativas ou, por outro lado, superá-las (LOVELOCK, 2001, p.

123).

A satisfação reflete os julgamentos comparativos de uma pessoa sobre o desempenho

percebido de um produto em relação as suas e suas expectativas. Se o desempenho no atinge

expectativas, o cliente fica decepcionado. “Se o desempenho alcança as expectativas, o cliente

fica satisfeito. Se o desempenho supera as expectativas, o cliente fica encantado”. (KOTLLER,

2012, p. 9).

Empresa inteligente e que se preocupa em manter no mercado, mede a satisfação de seus

clientes de forma frequente. Pois se algum cliente ficar insatisfeito pelo o serviço prestado por

algum funcionário da organização, terá tempo de corrigir o erro e buscar a ter novamente a

confiança e a satisfação de seu cliente. “Um cliente altamente satisfeito permanece fiel por mais

tempo, compra mais à medida que a empresa lança produtos ou aperfeiçoa aqueles existentes,

fala bem da empresa e de seus produtos, da menos atenção Marcas e propagandas concorrentes

e é menos sensível ao preço”. (KOTLLER, 2012, p. 134).

Por isso é muito importante que a empresa passe a conhecer melhor os seus clientes,

através de um sistema de qualidade que possa fornecer o máximo de informações importantes.

Sendo assim a empresa poderá entrar em contato com o cliente, após a venda, verificando o

grau de satisfação, se possui alguma reclamação, sugestão ou elogio a fazer sobre o atendimento

prestado pelos funcionários. Isso será uma maneira de demostrar aos seus clientes o quanto são

importantes, conhecidos e valorizados. “A moderna tecnologia de informação provê á empresas

amplas oportunidades para desenvolver maneiras de mostrar a um cliente que ele é conhecido

e valorizado”. (CHISTIAN, 2004, p. 47).

A empresa tem que se preocupar em atender as necessidades de seus clientes, e

consequentemente desencadeando a satisfação do mesmo. Afinal cliente insatisfeito não terá

piedade em denegrir a empresa que não se preocupou em lhe prestar um atendimento de

qualidade, muito pelo ao contrario ele irá falar muito mal da empresa, não se preocupando em

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84

momento algum em difamar a imagem da organização. “Um alto nível de satisfação e

encantamento cria um vínculo emocional com a marca ou empresa, não apenas uma preferência

racional”. (KOTLLER, 2012, p. 135).

19.3 Fidelização do cliente e brinde

Fidelidade corresponde ao grau em que os clientes estão predispostos a permanecer com

sua empresa e resistirem às ofertas dos concorrentes. Segundo (LOVELOCK, WRIGHT, 2002),

fidelidade, no contexto empresarial, corresponde à vontade do cliente de continuar prestigiando

a empresa, por um período prolongado de tempo, comprando e recomprando seus produtos de

maneira preferencialmente exclusiva e recomendando o produto e a marca as outras pessoas.

A fidelidade do cliente é o resultado real de uma organização criando benefícios para

um cliente, para que ele mantenha ou aumente suas compras junto à organização. A

fidelidade do cliente é criada, quando ele se torna um defensor da organização, sem

incentivo para tal. (BROWN 2001, p.53).

O cliente se tornará fiel, se a marca, produto e serviço, conseguirem encantar e satisfizer

suas necessidades e desejos, agregando valor para sua empresa. Qualquer empresa e

profissional sonha em criar com os clientes uma relação estreita, forte e a longo prazo.

Como ponto de partida, uma organização deve perceber que seus relacionamentos

com seus clientes devem evoluir assim como um namoro. A fidelidade mútua e a

confiança devem ser conquistadas gradual e seletivamente. A empresa que constrói

um relacionamento duradouro, ou noivado, vence a batalha por clientes. (BROWN,

2001, p.55).

Para isso acontecer é necessário que o cliente receba um atendimento de grande

qualidade. Na verdade, quem não gosta de entrar em uma empresa e se sentir importante? Ser

recepcionado com muito entusiasmo e educação? Afinal quem não gosta de ser bem atendido?

Infelizmente há muitas empresas, que só se preocupam em dar aos seus clientes brindes

e promoções, e se esquecem de que agrados materiais não são suficientes para conquistar a

fidelização e a captação de novos clientes. É preciso que a organização vá além, é necessário

que haja um gerenciamento de forma responsável e proativa, principalmente, possuir um

relacionamento mais abrangente e ter colaboradores motivados e que sentem prazer no que

fazem.

A organização conseguirá identificar se está conseguindo fidelizar seus clientes, no

decorrer de sua trajetória, através de pesquisas de satisfação e relatórios que identifiquem se os

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85

clientes continuam mantendo vínculos com a empresa, podendo também influenciar outras

pessoas a comprarem na empresa. Sendo assim a satisfação pode ser conquistada em uma única

transação, em que a fidelidade só acontecerá com passar do tempo. E nada garante que um

cliente satisfeito resistira às ofertas dos concorrentes, porém o cliente fiel pensará mais de duas

vezes antes de trair.

Infelizmente existem muitas empresas que acreditam que oferecer serviços e produtos

de qualidade, brindes ou preços baixos, será suficiente para fidelização e captação de novos

clientes. Segundo (JONES,2010, p 54), quando uma empresa quer manter um alto nível de

fidelização de seus clientes, será preciso a elaboração de algumas lições muito importante, tais

como:

Tabela 13: Fidelização dos clientes

Um bom produto ou serviço será sempre a base para o desenvolvimento da fidelidade do cliente. Sem ele,

nenhum programa para fortalecer o relacionamento de uma empresa com seus clientes será bem-sucedido;

As empresas devem desenvolver produtos e serviços personalizados de acordo com o que os clientes

individuais querem e não de acordo com o que as empresas estão atualmente preparadas para oferecer ou de

acordo com aquilo que acham que os clientes querem;

Desenvolver a fidelidade do cliente deve ser um compromisso de toda a empresa. Todas as atividades da

organização devem servir ao objetivo de criar valor para o cliente;

Reunir informações sobre os clientes não é tudo. Por mais sofisticada que seja a tecnologia da informação é

simplesmente um instrumento para melhorar a qualidade do produto e do serviço para atender às necessidades

individuais dos clientes;

O impacto econômico do foco de uma empresa na fidelidade do cliente torna-se evidente apenas após um

longo período de tempo. Portanto, a avaliação em longo prazo do comportamento do cliente é essencial para

se compreender o retorno sobre o investimento em iniciativas de fidelização. Sem avaliação, uma empresa

pode perder prematuramente o seu foco na fidelidade do cliente;

Nunca percam de vista as atividades dos seus concorrentes. Portanto se o cliente sair da empresa, com as suas

necessidades atendidas, satisfeitos e se sentindo importantes, se tornara fiel aos produtos e serviços prestados

pela empresa, não se importando diretamente com o preço. Afinal a fidelidade tem que ser agregada é com

valor, e não com brindes.

Fonte: JONES, 2010. Adaptado pela autora

Embora a satisfação dos clientes seja primordial para qualquer empresa bem-sucedida,

percebe-se que a satisfação isolada não é suficiente para a conquista de clientes fiéis.

Segundo (KOTLLER,2012), ser fiel é ser digno de fé, ser leal aos seus compromissos,

é aquele que não falha e é seguro. O objetivo da fidelização é reter os clientes, evitando que

migrem para a concorrência, aumentando o valor dos negócios que elas proporcionam.

Hoje em dia a satisfação dos clientes é a palavra de ordem das empresas. Todo mundo

deve ser preocupar em encontrar forma de deixá-los felizes, atendendo as expectativas e até

mesmo superando-as. Acreditava-se que, se eles estivessem satisfeitos, comprariam mais e com

maior frequência. A fidelidade de um cliente é determinada pelo seu comportamento habitual.

Consiste numa relação duradoura, em que sua manutenção e participação são vitais para o

contínuo relacionamento fiel.

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A fidelidade de um cliente é determinada pelo seu comportamento habitual. Consiste

numa relação duradoura, em que sua manutenção e participação são vitais para o contínuo

relacionamento fiel. É conquistada em longo prazo, através de atitudes que transmitam

confiança, respeito, cuidado, atenção e carinho.

Evidentemente, a manutenção da fidelidade e da satisfação depende da capacidade da

empresa em identificar rapidamente a insatisfação e dar uma resposta imediata. Se a empresa

ignorar o problema de um cliente com ela, haverá poucas chances de o problema ser corrigido,

antes de ele optar pela concorrência. A monitoração constante e a solicitação do feedback dos

clientes são essenciais para a manutenção de uma clientela fiel.

19.4 Relacionamento especial com o cliente

Clientes insatisfeitos frequentemente cessam de usar ou comprar os serviços sem dar

informações que permitam que ações corretivas sejam tomadas. A confiança nas reclamações

dos clientes como uma medida da satisfação, pode levar a conclusões incorretas.

O relacionamento é baseado na informação que se obtém antes, durante e após qualquer

contato. Não somente os dados da venda e o cadastro do cliente geram níveis de lealdade à

marca, o relacionamento reduz o investimento na busca de novos clientes.

Quando o cliente confia mais na empresa, sabe que ela reconhece suas necessidades e

entrega produtos e serviços compatíveis com as suas características, mas dá informações a seu

respeito. Quanto mais informações a empresa tem, maior a capacidade de reconhecer e

privilegiar os clientes lucrativos.

Atender bem o cliente é mais do que abordá-lo de forma correta e agradá-lo. E ter

sensibilidade para detectar o que ele sente naquele momento, procurando agir da

forma em que ele quer. Em alguns momentos o cliente só quer permanecer em silêncio

e ficar à vontade. Aí está necessidade dos funcionários terem sensibilidade é

necessário estar conectado emocionalmente com o mesmo. (FREEMANTLE, 2001,

p.22).

Sendo mais interessante, é bem provável que se consiga oferecer um atendimento

personalizado, fazendo com que o cliente retorne. Não existe uma receita para personalizar o

atendimento. Isto poderá ser conseguido, se ficar explícita a autenticidade como pessoa em si e

com os clientes.

Existem algumas atitudes que podem indicar sua disponibilidade em ouvir o cliente, tais

como: o olhar sincero, o sorriso discreto e o cumprimento cordial. Pode-se, sem perder a

autenticidade, treinar os funcionários. Algumas dessas atitudes são convenientes, a menos que

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já se possua alguma intimidade, pode-se tratá-lo por senhor ou senhora, seguido do nome do

mesmo.

Muitos clientes procuram não demonstrar sua insatisfação e saem calados e até mesmo

sem reclamar. Isto, no mundo dos negócios, é bastante delicado, uma vez que o cliente não

perde seu tempo nem mesmo para reclamar. Neste caso, a atenção do bom funcionário deve

estar voltada para este tipo de situação e procurar contorná-la.

Proporcionar um serviço de qualidade ao cliente é muito mais do que zelar pelas suas

necessidades ou encaminhar suas reclamações. Superar suas expectativas e encantá-lo requer

uma preparação prévia. Um ótimo atendimento passa pela antecipação dos problemas.

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88

20 ESTUDO DE CASO

20.1 Varejo no Brasil

O mercado do varejo vem crescendo continuamente no Brasil e no mundo, tomando um

espaço extraordinário e "sem fronteiras". Ao longo dos anos a tecnologia, a informação a forma

de gerir vem crescendo juntamente com este mercado. Segundo (PARENTE, 2000, p.15) “Se

viajássemos pelo túnel do tempo e desembarcasse em uma metrópole brasileira no início da

década de 60, ficaria surpreso ao descobrir que a maioria dos atuais formatos de loja não existia

naquela época. ”. As empresas acompanharam o movimento de evolução e mudaram sua forma

de abordar o cliente e de atrai compradores.

20.2 Evolução do mercado varejista no Brasil

Não existia mercado para os hipermercados, lojas de conveniências, supermercados,

lojas de confecções quem dirá os “shoppings center”. Mas se a procura aumenta, a oferta cresce

junto, o que acontece é que antes dessa "revolução", o mercado era dominado penas pelos

vendedores pracistas. Concordando com isso (MORGADO E GONÇALVES, 1999, p. 33), diz:

"Até então, as vendas em exercidas por mascates que percorriam os povoados e vilas

negociando artigos diferenciados”.

Quando a população e suas necessidades aumentavam o mercado se viu obrigado a

crescer juntamente, os mascates não conseguiam mais atender os grandes centros e as vezes

não tinham os produtos que agradavam a todos ou todos os mascates teriam se mudado para as

grandes cidades ou se achava uma nova solução, como nas maiorias das coisas no Brasil "nada

se cria e tudo se copia", ou melhor nesse caso não foi cópia e sim implementado.

Foi o caso da famosa Casa Maçom, estabelecida no Rio de janeiro em 1.871 e exemplo

de luxo e bom gosto para s classes dirigentes da época. Já na virada do século, com a

República e modernização trazida pela indústria, destacaram se a Casas

Pernambucanas, em 1.906 (...), e a Mesbla, em 1.902, no Rio de janeiro; assim como

o Mappin Stores, em 1.913, em São Paulo. ” (MORGADO, GONÇALVES, 1999,

p.33).

Apesar de serem totalmente novas no Brasil estas empresas adotavam modelos já

existente em outros países como os Estado Unidos e na Europa. Mesmo com este grande salto

o mercado ainda se via em condições de melhoras. Daí surge à figura do balconista ou vendedor,

dentre diversas modificações neste setor.

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89

Fica claro que no Brasil o varejo é um setor ao qual passa por diversas transformações

e torna cada vez mais competitivo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), que faz uma pesquisa mensal do comercio a qual “produz indicadores que permitem

acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita

bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e

cuja atividade principal é o comércio varejista”. (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,

2015).

Esta mesma pesquisa revela dados surpreendentes sobre este setor. Que são relatados na

tabela que segue:

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Quadro 2: Índice e variação do volume de vendas no comércio varejista por Unidades da Federação

Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Nota: Adaptado pela autora.

São dados relevantes e que provam o continuo crescimento neste setor comercial

chamado Varejo.

Índice e variação do volume de vendas no comercio varejista, por Unidade da Federação – julho.

Unidade da Federação

Índice de volume (1)

Variação

Mensal (2) Acumulada (3)

Mai/15 Jun/15 Jul/15 No ano 12 meses

Brasil 112,0 4,4 1,7 6,0 3,5 5,4

Rondônia 120,7 12,2 6,9 10,9 9,3 8,1

Acre 115,8 3,1 -0,4 -1,7 1,5 5,3

Amazonas 108,0 -0,7 0,6 4,2 1,4 1,2

Roraima 129,4 13,4 6,2 1,9 7,0 13,9

Pará 113,2 5,3 4,7 6,5 5,2 5,3

Amapá 128,6 2,0 4,7 7,9 4,8 10,8

Tocantins 119,0 2,8 3,7 1,6 4,8 8,9

Maranhão 124,5 9,0 4,8 10,4 6,9 8,7

Piauí 117,7 0,9 2,1 10,1 2,3 3,3

Ceará 115,5 5,3 -0,5 2,6 3,6 6,6

Rio G. do Norte 118,9 11,3 4,3 10,9 9,5 9,1

Paraíba 119,9 8,0 7,5 13,8 9,8 10,1

Pernambuco 118,6 4,4 2,7 10,7 5,1 7,5

Alagoas 111,9 6,7 4,6 7,6 4,4 6,2

Sergipe 105,4 3,9 2,1 4,1 3,3 4,2

Bahia 110,8 6,2 -1,8 2,5 0,8 4,3

Minas gerais 106,7 1,6 -2,6 1,0 0,1 2,1

Espírito Santo 111,3 3,2 -2,9 3,9 2,6 6,7

Rio de Janeiro 107,3 5,8 1,5 6,4 4,4 4,5

São Paulo 112,6 3,7 2,3 5,7 3,3 6,0

Paraná 116,3 4,4 5,0 8,8 4,4 5,4

Santa Catarina 108,0 3,8 0,1 8,0 1,7 3,5

Rio grande do

Sul

111,0 4,7 0,3 7,9 3,9 5,9

Mato Grosso do

Sul

132,5 10,7 6,8 15,7 12,3 15,1

Mato Grosso 114,9 13,2 7,4 5,0 6,4 6,6

Goiás 114,4 5,4 1,7 4,8 3,4 5,4

Distrito Federal 106,5 1,8 1,6 4,1 1,6 2,0

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91

20.3 Estudo sobre o comércio varejista nacional

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulga na presente publicação,

os resultados da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) referentes ao ano de 2011.

A PAC representa a principal fonte de dados sobre a estrutura e o funcionamento do

setor comercial, fornecendo informações relevantes para os planejamentos público e privado,

bem como para a comunidade acadêmica e o público em geral.

A pesquisa Anual de Comércio (PAC), tem por objetivo descrever as características

estruturais básicas do segmento empresarial do comércio atacadista e varejista no País e suas

transformações no tempo.

Quadro 3: Classificação para o comércio varejista

Denominação Código

Comércio de tecidos, artigos de armarinho, vestuário

e calçados

47.55-5

Artigos do vestuário e complementos 47.81-4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio,2011.

Nota: Adaptado pela autora.

A PAC optou-se por não distinguir, no comércio varejista, a atividade segundo a forma

de comercialização em loja ou fora de loja (catálogo, domicílio, Internet, entre outras), mas sim

por tipo de produto e mercado atingido.

Tal opção resultou da constatação de sub-numeração de empresas comerciais varejistas

de grande porte que exercem atividades fora de loja, classificadas em função dos produtos

comercializados no varejo especializado, não priorizando, portanto, a forma de

comercialização; e não perdendo a identificação do tipo de produto e mercado de atuação da

empresa.

Quadro 4: Média de pessoal ocupado por empresa, salário médio mensal, produtividade do trabalho e

taxa de margem de comercialização, segundo as atividades do comércio varejista - Brasil - 2011

Atividade do

comércio varejista

Média de pessoal

ocupado por

empresa

Salário médio

mensal (em

salários mínimos)

Produtividade do

trabalho (R$)

Taxa de margem

de

comercialização

(%)

Tecidos, artigos de

vestuário e

calçados

5

1,4

21.898,00

74,3

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio,2011.

Nota: Adaptado pela autora.

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92

De acordo com o quadro 4, a atividade no segmento de tecidos, artigos do vestuário e

calçados, alcançaram as maiores taxas de margem de comercialização de 74,3% no ano de 2011.

O setor varejista brasileiro manteve bom nível de crescimento decorrente, sobretudo, do

desempenho favorável do mercado de trabalho, marcado pelo crescimento da população

ocupada e dos rendimentos reais, no período de 2007 a 2011.

O varejo de moda no Brasil nunca vendeu tanto como nos últimos dez anos. Prova disso

é que o País saltou da sétima para a quinta posição no ranking dos maiores consumidores

mundiais de roupas, com US$ 42 bilhões em vendas, conforme revela estudo recente realizado

pela consultoria norte-americana AT Kearney.

O resultado não poderia ser outro, pois o segmento de vestuário tornou-se um dos mais

importantes para a economia nacional. O comércio de roupas e acessórios, de acordo com dados

da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2011, totaliza mais de 365 mil empresas

e tem se firmado como primeiro colocado em número de negócios no território brasileiro.

Detentor de mais de 679 mil postos de trabalho, movimenta R$ 9,3 bilhões em salários.

As cifras do Estado de São Paulo são consideráveis. Segundo o Sebrae-SP, o segmento

reúne 92.354 empresas (99,6% delas são micro e pequenas). No total, elas empregam mais de

197 mil pessoas e geram uma massa salarial de R$ 3,4 bilhões, entre 2006 e 2011, o setor

cresceu a uma taxa média de 4% ao ano.

Segundo (LUCAS MOTAS, 2013, p. 17), O Brasil é o quinto país mais atrativo para

multinacionais do varejo de confecções. Isso se deve a maior percepção de valor à moda que a

classe média passou a ter nos últimos anos.

20.4 Comércio varejista de vestuário pela internet

O vigor do varejo de vestuário não se limita às lojas físicas. Vender roupa pela internet

também virou moda. Maior mercado do comércio eletrônico, a categoria Moda e Acessórios

totalizou 4,87 milhões de pedidos online no primeiro semestre de 2013, alcançando 13,7% dos

35,54 milhões de compras previstas para o ano.

No mesmo período do ano anterior, elas representaram 11% do total. Benefícios como

a possibilidade de troca sem custo e a padronização nas referências de tamanho e numeração

vêm conquistando a confiança do consumidor nas compras via web. O uso das redes sociais

como canais estimuladores do consumo online de roupas já tem sido frequente entre os

varejistas. As mídias sociais se tornaram importantes meios de propagação de tendências e

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93

motivadores de compras da categoria. As vendas não são necessariamente efetivadas nas redes,

mas elas são responsáveis pela maior geração de tráfego às lojas virtuais.

Assim como outros segmentos, o varejo de vestuário acompanhou atentamente a

variação cambial registrada nos últimos meses, pois a alta do dólar afeta toda a cadeia têxtil,

desde o fornecedor até o varejista. Por isso que os produtores nacionais se esforçam para não

repassar para o consumidor o aumento de custos no preço final.

20.5 História da loja Versátil

A Versátil Boutique foi fundada em Paracatu no ano de 2010, pela empresária Maridalva

Vaz. E em apenas dois anos, a versátil já era líder de vendas no segmento de roupas femininas.

No entanto, no dia 17 de novembro de 2012, por motivo de mudanças, a empresa foi vendida

para o casal Dr. Vinícius Jordão e sua esposa, Virgínia Gontijo.

A partir daí, nasce uma nova Versátil Boutique. Virginia Gontijo, administradora da

empresa, fazendo uso apenas das instalações e da estrutura física, começa então uma nova era

e um novo perfil em suas marcas, abrangendo um público agora mais exigente e sofisticado.

As grifes mais desejadas do país, inspiradas nas tendências de Milão, Paris, Nova iorque

e São Paulo, como Vida Bela, Divina Pele, Maria Filó, Limelight, dentre outras que são as

preferidas das atrizes globais e são de exclusividade da Versátil Boutique. Tudo se fez novo, o

perfil, o público e a política da empresa. Além das marcas e da exclusividade dos modelos e

estampas, o nosso diferencial é o atendimento. Praticamos e buscamos excelência.

20.6 Política e conduta da empresa

A Versátil respeita e cumpre todas as suas obrigações trabalhistas em acordo com a CLT

vigente no país. Seus empregados têm gozo de seus benefícios, como férias, 13º salário, licença

maternidade, auxilio doença (INSS), dentre outros previstos pela lei, que ampara o empregado

assegurado.

A empresa não admite a prática do bullying, preconceito ou qualquer tipo de

discriminação, esteja ela relacionada às questões socioeconômicas, raciais, étnicas ou a

qualquer outro fator. Envolvimentos em atos de vandalismo ou escândalos públicos são atos

intolerantes e inadmissíveis.

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94

20.7 Valores da empresa

A empresa preza a satisfação de seus clientes. O cliente é o mais importante, sem ele

não existiríamos, nossos clientes são prioridades, devemos encantá-los, fazer com que se sintam

especiais, indiferentes do seu potencial financeiro. Nunca em quaisquer circunstâncias,

devemos discute-se com eles, sempre são educados com os clientes, tratam-lhes e respeito,

honestidade, sinceridade e ética profissional sustentam os nossos valores.

20.8 Missão da empresa

A missão da Versátil é fidelizar os que já são, e buscar novos clientes, crescer cada vez

mais e torna-se um referencial no segmento, por sua originalidade, bom gosto e atendimento de

ótima qualidade. A empresa conta com os funcionários da organização para que a missão seja

cumprida da melhor maneira possível.

21 METODOLOGIA

Esse trabalho foi desenvolvido por meio de algumas pesquisas, sendo elas: amostragem,

quantitativa, bibliográfica, documental e de campo. Esses métodos utilizados foram

fundamentais para verificar o grau de satisfação dos funcionários e dos clientes da empresa em

estudo.

A empresa Versátil possui mais de mil clientes cadastrados em seu sistema, não

tornando possível uma pesquisa ampla com todos eles. Por esse motivo um dos meios utilizado,

para obter informações que foram fundamentais para o avanço dessa pesquisa, foi pesquisa por

amostragem. Esse método permitiu um estudo de um pequeno grupo retirado de uma população

que se pretende obter informações. “Quando se deseja colher informações sobre um ou mais

aspectos de um grupo grande ou numeroso, verifica-se, muitas vezes, ser praticamente

impossível fazer um levantamento do todo”. (LAKATOS E MARKONI, 2002, p. 41).

A pesquisa quantitativa abrange a coleta sistemática de informação numérica,

geralmente mediante condições de controle, além da análise dessa informação,

utilizando métodos estatísticos. “As investigações de cunho descritivo têm por

finalidade informar sobre a distribuição de um fato, na população e em termos

quantitativos” (PEREIRA, 1995, p. 134).

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95

Na pesquisa bibliográfica, foram utilizados materiais como livros, artigos e trabalhos

acadêmicos já existentes. A bibliografia pertinente “oferece meios para definir, resolver, não

somente problemas já conhecidos, como também novas áreas onde os problemas não se

cristalizaram suficientemente”. (LAKATOS, 2002, p. 32).

É considerada pesquisa documental, pois foram utilizados materiais da empresa como

fator de estudo. Exemplo, documentos internos da empresa (fichas dos clientes da Versátil), e

informações fornecidas pelos funcionários da instituição.

A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença

essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza

fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a

pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou

que ainda podem ser elaborados de acordo com os objetos da pesquisa.

Já a pesquisa de campo, é quando foram utilizados questionários para buscar o grau de

satisfação dos clientes e dos funcionários da empresa em estudo. “O formulário enquanto

técnica de coleta de dados encontra-se entre a entrevista e o questionário”. (GIL, 1991, p. 88).

Foi elaborado um questionário para os funcionários da Versátil, com o objetivo de

detectar qual o nível de satisfação e motivação, e para os clientes foi elaborado questionário

com perguntas voltadas para verificar o grau de satisfação correlacionado a qualidade no

atendimento prestado pelos funcionários da empresa em estudo.

Ao final dessas pesquisas com ambas as partes, os resultados foram apresentados em

gráficos, sendo capaz de constatar o grau de motivação por parte dos funcionários da empresa

e o nível de satisfação e insatisfação por parte dos clientes, em relação ao atendimento

proporcionado pelos empregados da versátil.

Desta forma, foi possível avaliar de maneira mais ampla o grau de satisfação e

insatisfação das duas partes envolvidas na pesquisa, onde foi verificado qual a verdadeira

importância de ter funcionários motivados dentro da empresa, para que possam propiciar aos

clientes um atendimento com qualidade, podendo fidelizar e captar novos clientes e

consequentemente esse fator poderá influenciar no crescimento da organização.

21.1 Limitação do trabalho

O trabalho realizado com os clientes da empresa Versátil apresenta uma limitação na

sua quantidade. Em função de um custo mais elevado que inviabiliza sua realização, acatou-se

como metodologia de pesquisa a do tipo “não probabilística” por julgamento; o pesquisador

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96

utiliza seu julgamento para selecionar membros da população que apresentam informações

precisas” (KOTLER; AMSTRONG, 1993, p, 70). Sendo assim, foram ouvidos 50 (cinquenta)

clientes escolhidos pelo pesquisador a fim de se obter as informações contidas no questionário

de pesquisa.

21.2 Análise e discussão dos resultados da pesquisa

Foram elaboradas duas pesquisas uma para medir a satisfação dos clientes e outra dos

funcionários para que sejam avaliadas e propostas melhorias dentro da loja visando a melhoria

no atendimento, conforme anexo. A seguir serão apresentados os resultados dessas pesquisas.

21.3 Pesquisa com clientes

Gráfico 1: Avaliação da qualidade no atendimento

Fonte: Elaborado pela autora

A empresa realiza treinamento e capacitação através de consultoria interna representado

pela Eliane, onde foi elaborado um livro que mostra a melhor maneira que os funcionários

devem atender os seus clientes, pois a filosofia da empresa é que o cliente é razão da existência

da organização. Portanto 54% dos clientes entrevistados consideram que o atendimento

prestado pelos funcionários é de qualidade. Os gráficos abaixo ratificam tal afirmação.

0% 10%

54%

36%

Como você avalia a qualidade no atendimento da empresa?

Péssimo Ruim Bom Ótimo

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97

Gráfico 2: Atendimento cordial Gráfico 3: cliente se sentindo à vontade

Fonte: Elaborado pela autora

Quando o cliente entra na loja ele tem que se sentir bem à-vontade para escolher o

produto que irá atender as suas necessidades e expectativas. Portanto o funcionário tem que

ficar atento e buscar identificar quais os desejos, que fizeram com que o cliente buscasse a loja,

e consequentemente o funcionário apresentará um produto compatível com as expectativas do

cliente.

Cerca de 86% dos clientes da Versátil considera o atendimento prestado pelos

colaboradores da organização cordial, pois os funcionários se preocupam em serem educados,

gentis e prestativos com os clientes, de maneira a realizar uma abordagem apropriada, visando

especialmente a total satisfação do cliente e consequentemente conquistando a sua fidelização.

Porém a empresa não deve se acomodar perante esse resultado, pois é muito importante que a

organização busque alternativas que possam melhorar o resultado, sendo assim é fundamental

que os diretores busquem aperfeiçoar os conhecimentos dos seus colaboradores, através de

treinamentos, podendo assim melhorar a sua capacidade de oferecer aos clientes um

atendimento de ótima qualidade.

86%

14%

O atendimento é cordial?

Sim Não

70%

30%

Você se sente à vontade ao entrar na loja?

Sim Não

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98

Gráfico 4: Funcionários buscando atender as necessidades e objetivos dos clientes

Fonte: Elaborado pela autora

O cliente é a peça principal e mais importante para uma empresa, por isso é muito

importante que o funcionário saiba qual é o verdadeiro motivo que o levou a escolher a sua loja

como opção de escolha e quais são as suas reais expectativas e objetivos. Se o funcionário não

tiver essa capacidade de percepção, o cliente sairá da loja totalmente insatisfeito e não voltará.

E, para que isso não aconteça é fundamental que os funcionários saibam ouvir os seus clientes

e que deixem expor a sua opção de escolha.

Mesmo tendo 68% positivos com relação a percepção dos clientes os 32% devem ser

considerados, pois eles julgam que os funcionários não buscam atender os seus objetivos. É

necessário entender, portanto, o que internamente está levando a esse resultado. Além da

consultoria que está acontecendo propõe-se que coloca o estudo do clima da empresa.

68%

32%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Sim Não

As funcionárias sempre buscam atender as suas necessidades e objetivos?

Sim Não

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99

Gráfico 5: Cliente satisfeito Gráfico 6: Cliente se sentindo importante para a loja

Fonte: Elaborado pela autora

Gráfico 7: Atendimento de má qualidade

Fonte: Elaborado pela autora

Quando o funcionário oferece aos seus clientes um atendimento de qualidade, esse

cliente se sentira importante para a empresa e consequentemente se tornara satisfeito. Na

realidade todo cliente espera que ao entrar em uma loja, ele seja recepcionado da melhor

maneira possível. Mesmo assim 16% dos clientes entrevistados já receberam um atendimento

88%

12%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Sim Não

Você é um cliente satisfeito?

Sim Não

90%

10%

Você se sente um cliente importante para a

empresa?

Sim Não

16%

84%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Sim Não

Você já recebeu um atendimento de má qualidade alguma vez nesta loja?

Sim Não

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100

de má qualidade, portanto é muito importante que os funcionários passam a rever a maneira que

está abordando estes clientes.

Para que a empresa alcance 100% de satisfação de seus clientes referente aos gráficos

citados a cima, o funcionário tem que buscar ser o mais natural possível na hora de atender, tem

que saber ouvir, tem que saber identificar qual o tipo de perfil daquele cliente, pois qualquer

expressão exagerada e até mesmo errada, pode significar uma ofensa para o cliente e ser motivo

para considerar o atendimento de má qualidade.

21.4 Entrevista com funcionários

A empresa versátil possui apenas quatro funcionários, portanto o método utilizado para

verificar o grau de motivação dos mesmos foi a entrevista. Ao concluir a entrevista percebesse

que todos os colaboradores ficaram um pouco tenso durante a entrevista, porém todos disseram

que sentem satisfação e motivação em trabalhar na empresa, mesmo tendo que trabalhar com

metas de vendas, metas cobradas pela dona da loja.

Todos alegam que a loja possui um ambiente agradável de se trabalhar, e quando uma

tarefa é realizada com êxito existe o reconhecimento por parte do gestor e existe um bom

relacionamento entre colegas e chefe.

Afirmam também que é muito importante para eles buscarem vender muito, pois no fim

de cada mês ganham o salário e a comissão, além disso ganham o reconhecimento por parte da

gestora e principalmente porque passa a ter um sentimento de mais uma tarefa cumprida com

êxito.

Afinal é muito importante ter dentro de uma empresa colaboradores motivados, pois

quando se é motivado tende a trabalhar de maneira melhor e principalmente, passa a oferecer

aos clientes um atendimento de ótima qualidade.

21.5 Propostas de melhorias

Através da pesquisa realizada com os clientes e através da entrevista realizada com os

funcionários da loja versátil, observa-se que existem pequenas falhas quanto ao atendimento

prestados aos clientes. E essas falhas podem estar ocorrendo por parte da organização, por não

fornecer aos seus colaboradores treinamentos adequados.

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101

21.6 Treinamento

A primeira proposta é de realizar um treinamento específico para todos os funcionários,

voltado para o atendimento ao cliente. Ao finalizar a entrevista com todos os colaboradores da

loja, nota-se que não existe um processo de treinamento adequado que garante um bom

atendimento e um bom trabalho.

A loja versátil possui uma pessoa que presta serviço de consultoria, onde a mesma

oferece um “ treinamento” de apenas um dia para o novo funcionário contratado, e o material

utilizado para esse estudo, é a apostila criada pela proprietária da loja, em que consta a história,

missão, valor e visão da empresa e a maneira que o funcionário deve tratar o cliente.

Portanto esse dia de “ treinamento “ não é o suficiente para que o funcionário se torne

capacitado para prestar um atendimento de qualidade aos clientes da loja. Sendo assim, é muito

importante que a empresa comece a oferecer aos seus funcionários, um treinamento externo,

porém mais intenso, possibilitando assim a capacidade intelectual dos mesmos.

Este treinamento será muito importante, pois possibilitara aos funcionários desenvolver

melhor suas habilidades, e principalmente saberá identificar de maneira correta quais são as

reais necessidades e objetivos do cliente que o fez escolher a loja como opção de compra, ou

seja, o atendimento prestado será de ótima qualidade, podendo assim cativar novos clientes e

fidelizar os já existentes.

21.7 Estratégia de MKT

Todo cliente ama a palavra “desconto”, uma loja que não observa este fator, acaba

perdendo clientes. Mesmo porque não basta facilitar a forma de pagamento sendo que o preço

do produto continua congelado.

É muito importante que a empresa seja bem flexível na hora de negociar o preço de um

produto, podendo assim lançar descontos como por exemplo, o cliente que realizar uma

comprar acima de 300 reais ganha um desconto de 10%, as grandes promoções relâmpagos em

produtos que estão há mais tempo parado em estoque também é uma maneira de atrair clientes.

Sendo assim tanto a organização quanto o cliente saem ganhando nessa negociação, pois além

de o cliente estar comprando o produto que desejava ele se tornará satisfeito e

consequentemente a empresa estará conquistará ou até mesmo fidelizará esse cliente.

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102

21.8 Canal de sugestão e reclamação

É muito importante que a empresa passe a oferecer aos seus clientes canais que

possibilitam expressarem de forma clara a sua satisfação ou insatisfação pelo atendimento

prestado. Sendo assim, a cada quinze dias a empresa vai pegar todos os clientes que foram

atendidos nesse período, vai entrar em conta através de ligação, ou caso o cliente não atenda ao

telefone enviara um e-mail perguntando se está satisfeito com o atendimento prestado pelos

funcionários? Se voltaria a loja para comprar outra vez? E qual nota daria pelo o atendimento?

A partir do momento que a empresa faz esse contato pós-venda com o cliente e passa a

ouvi-lo, o mesmo vai se sentir importante para a organização, podendo assim se tornar um

cliente fiel.

Segundo (KOTHER E KELLER, 2012), existe uma outra forma mais rápida e barata de

se saber os que os clientes têm a dizer sobre o estabelecimento, é o uso da “caixinha de

sugestões”, onde os mesmos podem deixar suas ideias sem gastar muito tempo e sem se

identificarem.

Isso significa que mesmo aquelas sugestões que são dadas aos funcionários que atendem

aos clientes, devem ser ouvidas e repassadas aos responsáveis para que se possam tomar as

providências cabíveis.

21.9 Utilização do CRM

A implantação do sistema de CRM é muito importante para que os clientes se sintam

importantes e principalmente para sentirem que fazem parte da empresa. Portanto é necessário

que a organização tenha dados específicos de cada cliente, como, por exemplo, nome completo,

data de nascimento, telefone para contato, se é casado ou não, endereço completo entre outras

informações que serão fundamentais para garantir um bom relacionamento entre cliente e

empresa.

Não esquecendo que é fundamental que a empresa busque sempre estar atualizando os

dados cadastrais de cada cliente, podendo assim facilitar o contato assim que necessário. Como

por exemplo, se os dados do cliente estão sempre atualizados, quando chegar a data de

aniversário desse cliente, a loja poderá entrar em contato e oferecer um desconto especial em

qualquer produto, devido a comemoração de uma data tão especial e importante e fornecer

brindes personalizados (canetas, canecas e chaveiros), assim que finalizar a compra. São esses

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103

pequenos agrados que fazem com que o cliente nunca se esqueça da empresa, podendo tornar

um cliente fiel.

A loja versátil possui cadastro dos clientes, porém o cadastro possui apenas dados

básico, e não é realizado de maneira frequente a atualização desses dados, impossibilitando

muita das vezes um contato quando necessário for.

21.10 Matriz 5W2H

21.10.1 Treinamento

Tabela 14: Treinamento

Fonte: Elaborado pela autora.

O Que?

Treinamento voltado ao atendimento ao cliente.

Quem?

Funcionários do SEBRAE-MG.

Por que?

Sempre buscar aperfeiçoar o

atendimento;

Necessidade de capacitação

intelectual dos funcionários;

Sempre buscar a satisfação total

dos clientes.

Quando?

Fevereiro de 2016.

Onde?

SEBRAE-MG.

Como?

Treinamento com todos os

funcionários da loja;

Treinamento com os novos

funcionários;

Realização de duas consultorias

de 90 minutos cada.

Custo orçado

A carga horária do treinamento será de 16 horas,

onde será cobrado um valor de R$ 200,00

(duzentos reais) por empresa, podendo participar 2

colaboradores, e ganha uma consultoria com

duração de 90 minutos, podendo ser realizada na

empresa ou no próprio Sebrae. No caso da loja

versátil são 4 funcionários, então o valor cobrado

será de 400 reais, e terá direito a duas consultorias.

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104

21.10.2 Estratégia de MKT

Tabela 15: Estratégia de MKT

Fonte: Elaborado pela autora.

O Que?

Descontos, promoções e brindes.

Quem?

Gerente.

Por que?

Necessidade de chamar mais clientes;

Aumentar as vendas;

Clientes mais satisfeitos;

Maior popularidade da loja;

Maior interação entre cliente e empresa.

Quando?

Fevereiro de 2016.

Onde?

Versátil.

Como?

Descontos para os clientes que fizerem

uma compra acima de 300 reais;

Promoções relâmpagos para acabar com

o estoque parado;

Descontos para os aniversariantes.

Custo orçado

O gerente juntamente com a dona da loja, se juntaram para

tomar as devidas decisões para a elaboração das

promoções. E os custos dos brindes estão detalhados logo

abaixo.

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105

Tabela 16: Orçamento dos brindes

MATERIAIS PERSONALIZADOS QUANTIDADE PREÇO VALOR TOTAL

Caneta 200 0,88 172,00

Caneca 100 12,99 1.299,00

Chaveiro 200 1,46 292,00

TOTAL 600 - 1.664,00

Fonte: Elaborado pela autora

21.10.3 Canal de sugestão e reclamação

Tabela 17: Canal de sugestão e reclamação

Fonte: Elaborado pela autora.

O Que?

Canal de sugestões reclamações.

Quem?

Gerente.

Por que?

Conhecer melhor o cliente;

Avaliar o desempenho da loja;

Ouvir novas ideias.

Quando?

Janeiro de 2016.

Onde?

Versátil.

Como?

Deixando uma caixinha de sugestões (junto com

uma caneta e papel), para que os clientes possam

depositar ali suas ideias.

Custo orçado

A caixinha será confeccionada pelos próprios

funcionários da loja, onde eles utilizarão uma

caixinha de sapato e embrulhara com um papel

decorado. A caneta e os papeis já possui na loja.

Então não haverá ocorrência de gastos extras

para a confecção da caixa de sugestão e

reclamação.

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106

21.10.4 Utilização do CRM

Tabela 18: Utilização do CRM

Fonte: Elaborado pela autora.

O Que?

Adoção de práticas de CRM.

Quem?

Gerente.

Por que?

Aumentar vínculo com os clientes;

Facilitar comunicação entre empresa e

cliente;

Utilizar para realizar pós-venda.

Quando?

Março de 2016.

Onde?

Versátil.

Como?

Elaboração de uma planilha no Excel com todos os dados

atualizados de todos os clientes que costumam a comprar com

mais frequência, para facilitar o contato assim que necessário

for, como por exemplo:

Entrar em contato com cliente para informar assim que

chegar novidades na loja;

Informar ao cliente aniversariante que ele terá

descontos especiais e além disso ganhará brinde ao final da

compra e;

Informar sobre promoções relâmpagos.

Custo orçado

Não terá nenhum tipo de custo adicional, pois a planilha será

elaborada através do Excel, pelo gerente.

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107

CONCLUSÃO

As empresas estão cada vez mais preocupadas em se manterem vivas nesse mercado tão

competitivo. Por isso é fundamental que busquem fornecer aos seus clientes um atendimento

de boa qualidade, não esquecendo que um bom atendimento não se resume apenas em um belo

sorriso no rosto, mas em um conjunto de comportamentos e habilidades positivas que

influenciarão diretamente na total satisfação do cliente.

Portanto para que a empresa se torne competitiva perante aos seus concorrentes e

consiga a fidelização e captação de novos clientes, será necessário identificar o que o cliente

realmente espera da organização, sendo preciso saber quem são os seus clientes, qual o seu

perfil e qual sua real necessidade e que o levou até a empresa. Porém as empresas têm que ser

competitiva e manter os seus clientes totalmente satisfeitos sem deixar de lado a obtenção de

lucro.

No entanto, é muito importante que as empresas tenham funcionários totalmente

motivados e satisfeitos com o seu trabalho, que tenham uma boa qualidade de vida no trabalho

e que tenham acessos a treinamentos que serão fundamentais para o seu desenvolvimento

intelectual. Sendo assim, esses colaboradores sempre buscaram descobrir quais as necessidades

e objetivos dos clientes, saberá ouvir e falar no momento certo, deixará o cliente mais à vontade

para escolher o produto que lhe satisfará. E todos esses comportamentos por parte dos

funcionários, possibilitará esses clientes atingirem o grau máximo de total satisfação e

realização. Respondendo à questão levantada, afinal até que ponto a qualidade no

atendimento influenciará no crescimento empresarial, através da fidelização e captação de

novos clientes?

Hoje em dia o cliente anda muito mais exigente por ter mais opções de escolha para

comprar, portanto ele não se importa em pagar mais caro por um produto ou serviço, ele na

verdade se importa sem em ser bem atendido.

Por isso a qualidade no atendimento além de ter o poder para fidelizar e captar novos

clientes, ela possibilita a empresa chegar ao ponto máximo de sucesso que qualquer empresa

almeja chegar, como por exemplo, ser famosa por oferecer produtos e serviços de ótima

qualidade, possuir um ambiente agradável de se comprar, ter os melhores e os mais capacitados

profissionais trabalhando na sua empresa e, principalmente, por proporcionar aos seus clientes

um atendimento de ótima qualidade.

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108

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APÊNDICES

APÊNDICE I: Perguntas utilizadas para entrevistar os funcionários

1. Você sempre é reconhecida pela concretização correta de uma tarefa?

2. O seu trabalho é algo que lhe dá total satisfação?

3. Você enxerga possibilidade de crescimento dentro da organização?

4. Existe um convívio saudável entre funcionária e a gerência da empresa?

5. Você se considera um funcionário motivado?

6. Existe treinamento adequado para cada funcionário?

7. Ao finalizar determinado trabalho existe alguma forma de gratificação?

8. Existe reciclagem de treinamento quando é necessário?

9. Você considera que seu trabalho possui um ambiente agradável?

10. Existe alguma forma de recompensa que o motive a dar seu melhor?

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114

APÊNDICE II: Questionário de satisfação de clientes

1 – Como você avalia a qualidade no atendimento da empresa?

( ) PÉSSIMO ( ) RUIM ( ) BOM ( ) ÓTIMO

2 – O atendimento é cordial?

( ) SIM ( ) NÃO

3 – Você se sente à vontade ao entrar na loja?

( ) SIM ( ) NÃO

4 – Você já se sentiu obrigado a comprar algum tipo de produto da loja?

( ) SIM ( ) NÃO

5 – As funcionárias sempre buscam atender as suas necessidades e objetivos?

( ) SIM ( ) NÃO

6 – Você é um cliente satisfeito?

( ) SIM ( ) NÃO

7 – Você alguma vez já foi avisada pelas funcionárias da empresa, quando chega coleção

nova na loja?

( ) SIM ( ) NÃO

8 – Você se sente um cliente importante para a empresa?

( ) SIM ( ) NÃO

9 – Você já recebeu um atendimento de má qualidade alguma vez nesta loja?

( ) SIM ( ) NÃO

10 – A empresa alguma vez já entrou em contato com você para te parabenizar por

algum motivo especial?

( ) SIM ( ) NÃO

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115

11- Você encontra tudo o que precisa na loja?

( ) SIM ( ) NÃO

12- Se não, o que você precisaria?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

APÊNDICE III: Gráficos

Gráfico 8: Você já se sentiu obrigado a comprar algum tipo de produto da loja?

Fonte: Elaborada pela autora

38%

62%

Sim Não

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116

Gráfico 9: Se os clientes são avisados pela empresa quando chega coleção nova na loja?

Fonte: Elaborada pela autora

Gráfico 10: Se a empresa lembra dos clientes em datas especiais

Fonte: Elaborada pela autora

86

14%

Você alguma vez já foi avisada pelas funcionárias da empresa, quando chega

coleção nova na loja?

Sim Não

60%

40%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Sim Não

A empresa alguma vez já entrou em contato com você para te parabenizar por algum

motivo especial?

Sim Não

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117

Gráfico 11: Se o cliente encontra tudo que precisa na loja

Fonte: Elaborada pela autora

Gráfico 12: Quando o cliente não encontra o que precisa na loja

Fonte: Elaborada pela autora

70%

30%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Sim Não

Você encontra tudo o que precisa na loja?

Sim Não

6%

16%

4%

2%

4%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

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