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FACULDADE UNIÃO DAS AMÉRICAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DIAGNÓSTICO E RECOMENDAÇÃO DE DIFERENCIAIS COMPETITIVOS PARA A EMPRESA COMERCIAL MELHORANÇA Joelma Gebing Suzane Zvir Suzani Rodrigues dos Santos Foz do Iguaçu – PR Dezembro, 2011 1

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FACULDADE UNIÃO DAS AMÉRICAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

DIAGNÓSTICO E RECOMENDAÇÃO DE DIFERENCIAIS COMPETITIVOS

PARA A EMPRESA COMERCIAL MELHORANÇA

Joelma Gebing

Suzane Zvir

Suzani Rodrigues dos Santos

Foz do Iguaçu – PR

Dezembro, 2011

1

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Joelma Gebing

Suzane Zvir

Suzani Rodrigues dos Santos

DIAGNÓSTICO E RECOMENDAÇÃO DE DIFERENCIAIS COMPETITIVOS PARA A EMPRESA COMERCIAL MELHORANÇA

Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado como requisito parcial

para a obtenção do grau de Bacharel no curso de Administração da Faculdade União das

América

Foz do Iguaçu, 09 de Dezembro de 2011

__________________________________

Profª. Msc. Dirce Maria DalbertoFaculdade União das Américas

BANCA EXAMINADORA:

___________________________Profª. Msc Cristiane de Melo Aranda (Orientadora)

Faculdade União das Américas

__________________________

Prof. Msc. Samuel Bellido RodriguesFaculdade União das Américas

2

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Joelma Gebing

Suzane Zvir

Suzani Rodrigues dos Santos

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao curso de Administração da

Faculdade União das Américas, como

requisito parcial para obtenção do título de

bacharel em Administração.

Orientadora:

Prof. Msc. Cristiane Aranda

Foz do Iguaçu-PR

Dezembro, 2011

3

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SUMÁRIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO................................................................................11

1.1 DAS AUTORAS.......................................................................................................11

1.2 DA ORIENTADORA................................................................................................11

1.3 DO SUPERVISOR DA EMPRESA..........................................................................12

2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA...................................................................13

2.1 DADOS GERAIS......................................................................................................13

2.2 HISTÓRICO..............................................................................................................13

2.3 ÁREA DE ATUAÇÃO.............................................................................................14

2.4 RAMO DE NEGOCIO, PRODUTOS E SERVIÇOS...............................................14

2.5 PORTE DA EMPRESA............................................................................................15

2.6 FORÇA DE TRABALHO.........................................................................................15

2.7 MICROAMBIENTE.................................................................................................16

2.7.1 Clientes..................................................................................................................16

2.7.2 Fornecedores.........................................................................................................17

2.7.3 Concorrentes.........................................................................................................19

2.7.4 Órgão regulamentador.........................................................................................20

2.8 MISSÃO....................................................................................................................21

2.9 VISÃO ......................................................................................................................21

2.10 VALORES...............................................................................................................22

2.11 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.....................................................................22

2.11.1 Organograma......................................................................................................23

2.12 MACROAMBIENTE..............................................................................................24

3 SITUAÇÃO A SER SOLUCIONADA....................................................................26

4 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................27

4

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5 OBJETIVOS..............................................................................................................28

5.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................................28

5.2 OBJETIVOS ESPECIFÍCOS...................................................................................28

6 REVISÃO PROVISÓRIA DA LITERATURA.......................................................29

6.1 ADMINISTRAÇÃO..................................................................................................29

6.1.1 Fundamentos da administração..........................................................................29

6.1.2 Funções da administração....................................................................................29

6.1.3 Teoria geral da administração.............................................................................30

6.1.3.1 ESCOLA DAS RELACÕES HUMANAS..........................................................32

6.1.4 Administrador.......................................................................................................32

6.2 MARKETING...........................................................................................................33

6.2.1 Definição, função, objetivo do marketing...........................................................34

6.2.2 As eras da produção.............................................................................................34

6.2.3 Administração mercadológica.............................................................................36

6.2.4 Produto..................................................................................................................37

6.2.4.1 Classificação de produtos..................................................................................37

6.2.4.2 Qualidade do produto.......................................................................................37

6.2.4.3 Marca..................................................................................................................38

6.2.4.4 Embalagem.........................................................................................................38

6.2.4.5 Garantia..............................................................................................................39

6.2.4.6 Característica.....................................................................................................39

6.2.4.7 Design..................................................................................................................39

6.2.4.8 Serviço.................................................................................................................39

6.3 MARKETING DE RELACIONAMENTO...............................................................40

6.3.1 As ações de marketing de relacionamento.............................................................41

6.3.2 Ações de atração...................................................................................................41

6.3.3 Ações de retenção..................................................................................................42

6.4 CENTRAIS DE ABASTECIMENTO.......................................................................43

6.4.1 Ceasa de Foz do Iguaçu........................................................................................45

6.4.2 Fruticultura...........................................................................................................46

7 MÉTODO E TÉCNICA DE PESQUISA ................................................................49

7.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA ..................................................................................49

7.1.1 Pesquisa quanto à natureza.................................................................................49

7.1.2 Pesquisa quanto ao problema..............................................................................50

5

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7.1.3 Pesquisa quanto aos objetivos.............................................................................50

7.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA...................................................................................50

7.3 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS..................51

7.3.1 Entrevista .............................................................................................................51

7.3.2 Observação não participativa..............................................................................52

7.3.3 Pesquisa bibliográfica e documental...................................................................52

7.4 TÉCNICA E PROCEDIMENTOS DE DADOS .....................................................53

7.4.1 Análise de conteúdo..............................................................................................53

7.4.2 Análise estatística..................................................................................................53

8 ANÁLISE E DESCRIÇÃO DOS DADOS................................................................55

8.1 IDENTIFICANDO OS CONCORRENTES COM SEUS PONTOS FORTES E

FRACOS..........................................................................................................................55

8.2 PESQUISANDO QUAIS AÇÕES DE MARKETING A EMPRESA JÁ REALIZA

E SUAS VANTAGENS COMPETITIVAS....................................................................57

8.3 INVESTIGANDO DIFERENCIAIS COMPETITIVOS PARA O MERCADO DE

HORTIFRUTI..................................................................................................................6

0

9 RECOMENDAÇÕES.................................................................................................63

9.1 AÇÕES PARA A VARIÁVEL MERCADOLÓGICA “PRODUTO”......................63

9.1.1 Manuseio mínimo dos frutos...............................................................................63

9.2 AÇÕES PARA A VARIÁVEL PROMOÇÃO (COMUNICAÇÃO)........................64

9.2.1 Divulgação em redes sociais.................................................................................64

9.3 AÇÕES DE MARKETING DE RELACIONAMENTO..........................................65

9.3.1 Parcerias com Supermercados................................................................................65

9.3.2 Parcerias com Hotéis..............................................................................................65

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................67

6

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Porte das empresas segundo SEBRAE............................................................15

Figura 2: Clientes.............................................................................................................17

Figura 3: Fornecedores da empresa.................................................................................17

Figura 4: Colheita manual e colocação da laranja na sacola frontal...............................18

Figura 5: Os big-bags são erguidos mecanicamente através de um trator de guincho....18

Figura 6: Organograma....................................................................................................23

Figura 7: Processo do Pacing-Hause...............................................................................25

Figura 8: Função básica do Administrador......................................................................30

Figura 9: Resumo e visão geral do pensamento administrativo......................................31

Figura 10: As fases da Era da produção..........................................................................35

Figura 11: Conceito do mix de marketing.......................................................................36

Figura 12: Funções de embalagem..................................................................................38

Figura 13: Histórico das CEASAS brasileiras.................................................................45

Figura 14: Correlação dos objetivos com instrumentos de coleta, técnicas de analise...54

Figura 15 Concorrentes e suas vantagens........................................................................56

Figura 16: Mapeamento de SWOT.................................................................................58

Figura 17 Principais Tendências do setor de

alimentos...................................................61

LISTA DE TABELA

Tabela1: Colaboradores...................................................................................................15

Tabela 2: Principais países produtores de frutas 2008....................................................47

Tabela 3: Principais frutas produzidas no mundo 2008..................................................47

Tabela 4: Fruticultura Paranaense – produtos selecionados 2009..................................48

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INTRODUÇÃO

Para desenvolver este Projeto de Estágio Supervisionado em Administração foi

escolhida a empresa Comercial Melhorança que atua em Foz do Iguaçu desde 1990 nas

Centrais de Abastecimento do Paraná (CEASA), comercializando laranjas e outras

frutas cítricas.

O problema é que no mercado hortifruti é difícil às empresas terem diferencial

competitivo, pois os produtos oferecidos são in natura. O diferencial deve estar nos

serviços ou na qualidade dos produtos, neste caso, por exemplo, a higienização das

frutas, tornando-as alimento seguro. No entanto, nem sempre isso é suficiente para dar

destaque competitivo à empresa. Assim, este trabalho atuará na busca da solução do

diferencial, podendo este ser na oferta de outros serviços agregados aos produtos já

comercializados, no aprofundamento das relações empresa-cliente, ou ainda, na

ampliação do portfólio dos produtos.

Para guiar a leitura deste projeto, o mesmo foi divido em capítulos. No primeiro

capítulo apresentam-se os dados da autora, da orientadora e do supervisor da empresa

que acompanhou as autoras no levantamento das informações mais relevantes para a

realização do trabalho. O capítulo seguinte mostra a caracterização da empresa, os

dados gerais como o histórico, áreas de atuação, ramo de negócio, produtos e serviços,

porte da empresa, força de trabalho, microambiente, missão, visão, valores, estrutura

organizacional, e macroambiente.

No terceiro capítulo é apresentada a situação a ser solucionada, expondo todo o

problema diagnosticado na empresa e ao mesmo tempo apresentando uma questão como

ponto de partida para soluções.

No quarto capítulo encontra-se a justificativa do tema, no qual se explica o

porquê do tema escolhido, resumindo-se na importância, oportunidade e na viabilidade

do trabalho, e, no próximo capítulo apresentam-se os objetivos gerais e específicos que

foram desenvolvidos no trabalho.

No sexto capítulo está a revisão provisória da literatura que contextualiza as

teorias utilizadas no desenvolvimento do trabalho no qual segue a Administração,

buscando sua história e suas principais teorias. Em seguida, dado o caráter

mercadológico da pesquisa, estão os fundamentos de Marketing e por fim, as centrais de

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abastecimento, setor de atuação da empresa pesquisada.

No sétimo é abordado o método e as técnicas de pesquisa mais viáveis para a

elaboração do presente projeto.

No capítulo oito segue a análise dos dados obtidos durante a pesquisa.

No capítulo nove são enumeradas recomendações de estratégias para ampliação

de diferenciais competitivos. E por fim segue as considerações finais deste trabalho.

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RESUMO

As organizações devem buscar vantagens competitivas, fazendo com que a

obtenha um melhor posicionamento no mercado em que atua. Assim, este trabalho

estabeleceu como objetivo diagnosticar e recomendar diferenciais competitivos para a

empresa Comercial Melhorança a fim de aumentar a retenção dos clientes atuais e

promover a ampliação da carteira de clientes.. Para melhor entendimento da pesquisa

realizada, salienta-se que ela teve embasamentos teóricos da Administração

(CHIAVENATO, 2007; MAXIMIANO, 2007), do Marketing (KOTLER, 2006;

HONORATO, 2004) e do Abastecimento alimentar (www.ceasa.pr.gov.br). Como

método de pesquisa definiu-se a pesquisa diagnóstico, e os seguintes instrumentos de

coleta de dados: entrevista, observação não participativa, pesquisa documental e

bibliográfica. Os dados sofreram análise de conteúdo e estatística e, de posse dos dados

levantados, foi possível fazer algumas recomendações, dentre as quais destaca-se:

Ações para as variáveis mercadológicas produto e promoção, e Ações de marketing de

relacionamento, que serão apresentadas aos gestores para futura implantação na

empresa.

Palavras-chave: ações estratégicas de marketing; CEASA Foz do Iguaçu; mercado

hortifruti.

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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Este capítulo apresenta um minicurrículo das autoras, da orientadora e do

supervisor da empresa onde foi realizado o Estágio Supervisionado em Administração

de empresas que deu origem à pesquisa em questão.

1.1 DAS AUTORAS

Joelma Gebing: Nascida em 1983 na cidade de Capitão Leônidas Marques veio

para Foz do Iguaçu no ano de 1994. Concluiu o Ensino Médio com requisito de

Magistério no Colégio Estadual Barão do Rio Branco no ano de 2002. Atualmente cursa

Administração de Empresas na Faculdade União das Américas e trabalha de caixa na

Lotérica Esperança.

Suzane Zvir: Nascida em Foz do Iguaçu em 1990, concluiu o Ensino Médio no

Colégio Professor Mariano Camilo Paganoto em 2007. Atualmente cursa Administração

de Empresas na Faculdade União das Américas, e trabalha na área de negócios na

empresa Cooperativa Sicredi.

Suzani Rodrigues dos Santos: Nascida em Foz do Iguaçu em 1990, concluiu o

Ensino Médio no Colégio Estadual Tancredo de Almeida Neves no ano de 2007.

Atualmente cursa Administração de Empresas na instituição Faculdade União das

Américas e faz estágio de auxiliar Administrativo no CEASA - Centrais de

Abastecimento do Paraná.

1.2 DA ORIENTADORA

Cristiane de Melo Aranda: Graduada em Comunicação Social com habilitação

em Publicidade e Propaganda. Especializou-se em Administração Mercadológica e

concluiu Mestrado em Letras. É docente do curso de Administração da Uniamérica e

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também atua como instrutora de cursos profissionalizantes no SENAC-PR.

1.3 DO SUPERVISOR DA EMPRESA

Dionilson Melhorança: Nasceu em Doutor Camargo, norte do Paraná no ano de

1965. Veio com seus pais para Foz do Iguaçu no ano de 1973. É graduado em Ciências

Contábeis na Faculdade de Ciências Social e Aplicadas de Foz do Iguaçu (FACISA) no

ano de 1986. Atualmente é Sócio-administrador da Empresa Comercial Melhorança de

Hortifrutigranjeiros e membro do Conselho Fiscal da Associação dos Representativos

dos Usuários e Comerciantes e produtores do CEASA de Foz do Iguaçu (ARUFI).

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2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Neste capítulo são apresentados os dados da empresa estudada, a história, área

de atuação, ramo de negócio, força de trabalho, micro e macro ambientes.

2.1 DADOS GERAIS

Nome Fantasia: Laranjas Melhorança

Razão social: Comercial Melhorança de Hortifrutigranjeiros Ltda.

CNPJ: 82.056.557/0001-09

Ramo de atividade: Comércio atacadista de frutas verduras, raízes, tubérculos,

hortaliças e legumes frescos.

Inicio das atividades: 1990

Endereço: Av. Juscelino Kubitscheck, 1254- Box: 55,56,57 – Jd. América – Foz do

Iguaçu.

Telefone: (45) 3573-3019

E-mail: [email protected]

2.2 HISTÓRICO

Para coleta dos dados históricos da empresa, foi realizada uma entrevista com o

diretor da empresa Comercial Melhorança de Hortifrutigranjeiros, Dionilson

Melhorança. Conforme seus relatos, a empresa iniciou suas atividades em 1990 na

cidade de Foz do Iguaçu, com apenas um box de 45 m², por um contrato de comodato

na Central de Abastecimento do Paraná (CEASA). Era uma empresa familiar na qual

trabalhavam o pai Alcindo Milhorança e seus filhos José Carlos, Dionilson e Junior,

realizando todas as atividades da empresa manualmente, desde embalagem, limpeza até

a distribuição. Eles possuíam apenas uma Kombi para realizar as entregas, e por isso

atendiam somente lojas e mercados, mas, com o passar do tempo, foram conquistando

clientes e aumentando seu nicho de mercado.

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No ano de 1996, após seis anos de atuação, promoveram um grande avanço na

empresa conquistando o Packing House, que é uma casa de máquinas localizada nas

proximidades da CEASA, onde são realizados os processos de seleção, lavagem,

secagem e enceramento das frutas, que depois de processadas são reencaminhadas a

CEASA para processo de embalagem, comercialização e distribuição.

Em 2003, os empresários abriram uma filial na CEASA da cidade de Cascavel,

realizando as mesmas atividades da unidade de Foz do Iguaçu.

Nesses 21 anos de existência, a empresa Laranjas Melhorança atravessou vários

períodos e também crises que afetaram o seu funcionamento. Por estar em uma região

Binacional (Brasil e Paraguai) e atuar neste mercado de fronteira, em 2000 a empresa

sofreu um calote do mercado paraguaio tendo que descapitalizar 50% do capital por

falta de pagamentos, e com isso, levou cerca de dois anos para recuperar-se.

Hoje é uma empresa já estabelecida, sendo um dos maiores fornecedores de

frutas cítricas (laranja, limão, mexerica, poncã, morgote, entre outras) da cidade de Foz

do Iguaçu, atendendo mercados, supermercados, hipermercados, frutarias, restaurantes,

lanchonetes, hotéis, feirantes, vendedores de rua e consumidores finais.

Possui uma estrutura de três boxes de 5,62 x 8m² totalizando 135m², um

Packing House, e também uma frota de quatro caminhões e seis caminhonetas,

objetivando oferecer mais qualidade e agilidade na prestação de serviço, conquistando,

assim, uma grande parcela do mercado e a satisfação de seus clientes.

2.3 ÁREAS DE ATUAÇÃO

A empresa atua na cidade de Foz do Iguaçu, lotado na CEASA, atendendo ao

público de Foz do Iguaçu, cidades lindeiras e região paraguaia.

2.4 RAMO DE NEGÓCIO, PRODUTOS E SERVIÇOS

Conforme discriminado no Cartão de Cadastro Nacional Pessoa Jurídica (CNPJ),

a empresa Laranjas Melhorança atua no comércio atacadista e varejista de produtos

hortifrutigranjeiros, e o seu foco é a comercialização de frutas cítricas. Como atividade

secundária, exerce a prestação de serviço fitossanitário, o beneficiamento da fruta, o

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transporte rodoviário de cargas em geral, intermunicipal, interestadual e internacional.

Atua também na administração, compra, venda e locação de imóveis próprios e possui

um escritório contábil.

2.5 PORTE DA EMPRESA

Uma das instituições que qualificam o porte das empresas é o Serviço Brasileiro

de Apoio as Micros e Pequ*enas Empresas (SEBRAE). A classificação empresarial

pode ser tanto pelo seu faturamento ou pela quantidade de colaboradores. De acordo

com os dados obtidos, foi possível constatar que é uma empresa de pequeno porte por

ter em seu quadro funcional 19 colaboradores, conforme figura abaixo.

Figura 1: Porte das empresas segundo SEBRAE

Classificação das empresas por porte na Indústria, no comercio e serviços.

Micro Até 19 empregadosPequena De 20 a 99 empregadosMédia De 100 a 499 empregadosGrande De 500 ou mais

Fonte: SEBRAE (2011).

2.6 FORÇA DE TRABALHO

A empresa possui 14 colaboradores brasileiros e 5 paraguaios, todos

regularizados pela empresa e homologados pelo Ministério do Trabalho. Abaixo segue a

tabela 1, onde os colaboradores da empresa estão caracterizados pela escolaridade,

idade e o gênero.

Tabela 1: ColaboradoresFaixa etária Escolaridade Nacionalidade

Primário Fundamental Médio Superior Brasileiro Paraguaio De 20 a 25 1 1 126 a 30 2 2 231 a35 2 1 1 1 136 a 40 7 4 3 3 441 a 45 3 2 1 3

46 a mais 4 1 1 1 1 4Total 19 6 8 4 1 14 5

Fonte: Comercial Melhorança (2011). Nota: Elaborado pelas autoras.

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2.7 MICROAMBIENTE

Diante do conceito de alguns autores, foi possível realizar a análise do

microambiente. “O micro ambiente corresponde a sistemas próximos a empresa e que

interagem com ela de maneira forte e permanente, e esta também procura influenciá-lo,

tendo quase sempre alguma capacidade para isso” (LACOMBE; HEILBORN, 2003, p.

21).

Para Honorato (2004, p. 38), o micro ambiente “é o conjunto de agentes que

afetam diretamente a empresa e que podem de alguma maneira, ser controlados pelas

ações de marketing”.

A análise do microambiente teve ênfase em clientes, fornecedores, concorrentes

e órgãos regulamentadores.

2.7.1 Clientes

A organização precisa identificar quem são seus clientes e qual a relação dele

com o mercado, conhecendo suas necessidades e expectativas, pois cada um possui

características diferentes que precisam ser atendidas. A empresa identifica os grupos de

clientes e atua de forma que possam satisfazê-los. Segundo Honorato (2004, p. 14)

“diante da atual competitividade para satisfazer os desejos e as necessidades dos

clientes, é de fundamental importância desenvolver compostos mercadológicos que

criem valor para eles”.

A empresa em estudo possui duas classificações de produtos para duas

segmentações de mercado, que são:

a) Produtos classe A: Destinado aos clientes mais exigentes e de maior poder

aquisitivo;

b) Produtos classe B: Destinados a clientes menos exigentes e de menor poder

aquisitivo.

Desta forma, na figura 2 estão seus principais clientes:

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Figura 2: Clientes

Clientes A Clientes BFonte: Comercial Melhorança (2011).Nota: Elaborado pelas autoras.

2.7.2 Fornecedores

De acordo com Lacombe e Heilborn (2003, p. 21) “fornecedores são supridores

dos recursos: capital, mão de obra, materiais, equipamentos, serviços e informações,

entre outros”.

Os fornecedores serão classificados em: 1) fornecedor de atividade fim e 2)

fornecedor de atividade meio, sendo que os de atividade fim são aqueles que fornecem o

produto alvo para empresa, e os de meio são aqueles que contribuem para realização da

atividade principal. A figura 3 exemplifica estes fornecedores na empresa em questão.

Figura 3: Fornecedores da Empresa MelhorançaFORNECEDOR ATIVIDADE FIM FORNECEDOR ATIVIDADE MEIO

Laranja, limão, mexerica, poncã, morgote, bergamota, mandarina, tangerina, etc.

Materiais de escritórios, de serviços gerais, manutenção da frota, e outros que mantém a empresa.

Fonte: Comercial Melhorança (2011).Nota: Elaborado pelas autoras.

De acordo com diferentes autores, a empresa deve selecionar e avaliar os seus

fornecedores, pois são eles quem lhes fornecem os insumos necessários. Ela deve

conhecer a origem de seus produtos para observar se atendem as exigências e os

requisitos de qualidade. Assim, para exemplificar este conceito, apresentamos o

processo de colheita de um dos produtores da cidade Alto Paraná, que possui em média

200 alqueires de plantação, sendo ele um dos fornecedores da empresa Comercial

Melhorança.

A retirada dos frutos das árvores é realizada por meio de processo manual, o

qual exige uma grande quantidade de colhedores para a sua execução, utilizando de

equipamentos adequados visando o bem-estar dos mesmos.

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Figura 4: Colheita manual e colocação da laranja na sacola frontal

Nota: Fotografia tirada em 14.03.2011

Os frutos colhidos são depositados em sacolas individuais, e na sequência eles

são alocados em grandes sacolas denominadas big-bags, erguidos mecanicamente

através de um trator guincho, sendo os frutos depositados na carroceria de um caminhão

que os levará para o local de armazenamento.

Figura 5: Os “big-bags” são erguidos mecanicamente através de um trator guincho

Nota: Fotografia tirada em 14.03.2011.

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2.7.3 Concorrentes

“Concorrentes produzem bens ou serviços iguais, semelhantes ou sucedâneos,

visando aos mesmos consumidores ou usuários; competem pelos mesmos recursos junto

aos mesmos fornecedores” (LACOMBE; HEILBORN, 2003, p. 21).

A concorrência é muito importante, mas é necessário conhecer quem é

realmente o seu concorrente, para que possam adotar medidas. Muitas empresas

visualizam seus concorrentes apenas pela marca que comercializam, mas esquecem de

outros fatores que podem ser levados em consideração pelos clientes.

Honorato (2004, p. 154) descreve a importância dos concorrentes:

Ao selecionar um mercado-alvo, é preciso conhecer o concorrente, seu tamanho, suas habilidades, sua capacidade financeira, procurando formas de inovar, para entrar no mercado de maneira competitiva. Se fizer o mesmo que a concorrência torna-se difícil obter lucros.

Segundo Silva (2005, p.1), os concorrentes mais diretos de uma empresa são

aqueles que perseguem os mesmos mercados-alvo e adotam estratégias semelhantes. De

acordo Phillip Kotler apud Silva (2005, p.1) as empresas adotam três estratégias: 1)

Participação do Mercado: participação dos concorrentes no mercado-alvo, pois, é

necessário conhecer o percentual que está sendo ocupado pelos concorrentes, para então

investir mais no seu nicho; 2) Participação da Lembrança da Marca: porcentagem de

consumidores que identifica o concorrente quando solicitado, é quando se deve fazer de

tudo para ser o primeiro na mente do cliente; 3) Participação de Preferência:

porcentagem de consumidores que identifica o concorrente, onde identifica a empresa

da qual o cliente prefere comprar, onde ele escolhe a empresa na qual quer se relacionar.

De acordo com o mesmo, as empresas devem também conhecer os principais

atributos valorizados pelos seus clientes como atendimento, preço, qualidade,

pontualidade na entrega, garantia, segurança, etc., sendo necessário surpreendê-los

através de diferenciais.

A empresa Comercial Melhorança, conhece seus concorrentes, luta sempre para

estar à frente deles e mostrar sua qualidade através dos atributos que os geram valor

para sua clientela.

Diante deste contexto, os principais concorrentes existentes para clientes A da

empresa são:

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a) Vigor Hortifrutigranjeiro Ltda;

b) Comércio de Frutas Ceccatto,

c) Pequenos produtores que comercializam na região.

Dentre os concorrentes para clientes B, há aqueles que trabalham informalmente,

no comércio paralelo situado na Vila Portes, onde acontece a comercialização

inadequada de produtos hortifrutigranjeiros. Neste caso os produtos ficam expostos a

poluentes gerados pelo alto tráfego de veículos, e os resíduos orgânicos não possuem

um local de acondicionamento adequado, tendo como consequência à geração de

chorume nas ruas.

2.7.4 Órgão regulamentador

Segundo Lacombe e Heilborn (2003, p.21), órgãos regulamentadores são

“entidades que impõem controles, limites e restrições à ação da organização: governo,

meios de comunicação de massa, sindicatos, associações empresariais e de classe e

organizações não governamentais”.

Segue a lista dos órgãos que têm o papel de regulamentação e fiscalização das

empresas que atuam no ramo de hortifrutigranjeiro:

a) Centrais de Abastecimento do Paraná (CEASA) – Regulador de preço de

mercado;

b) Secretária do Estado e Abastecimento (SEAB) – Fiscalização vegetal de

atestado fitossanitário de origem;

c) Ministério da Agricultura e Pecuária Abastecimento (MAPA) – Estimular

o aumento da produção agrícola e o desenvolvimento do agronegócio, com o objetivo

de atender ao consumo interno do país e formar excedentes para exportação.

d) Receita Federal – Arrecadar tributos Federais (PIS, COFINS, Imposto de

Renda, imposto de importação e exportação, entre outros) e controle aduaneiro;

e) Receita Estadual – Arrecadar tributos Estaduais (ICMS, IPV, entre outros).

f) Secretaria Municipal da Fazenda – Arrecadar tributos Municipais (ISSQN,

IPTU, Alvará, Taxa de lixo, entre outros).

g) Vigilância Sanitária Municipal – Inspeção Sanitária e licença de alvará.

h) Corpo de Bombeiros – Inspeção e Vistoria Técnica.

i) Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – Fiscalização Trabalhista

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j) Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) – Verificação

Metrológica de Calibração e Ensaios.

2.8 MISSÃO

“Missão estabelece o propósito ou a razão de ser da organização”

(MAXIMIANO 2007, p. 165). Sendo assim, a missão deve ser utilizada a todo o

momento para guiar decisões e estratégias gerenciais, e não somente servir de elemento

motivacional. Os objetivos e metas sempre devem ser relacionados diretamente com a

missão da empresa. A missão é a determinação de onde a organização quer ir, é a razão

de existência do empreendimento, é o seu guia de trabalho.

Por esta empresa não apresentar uma missão definida, sugere-se:

“Comercializar produtos e serviços,

proporcionando segurança alimentar

e qualidade de vida para a sociedade”.

2.9 VISÃO

Segundo Chiavenato (2002, p. 54), “visão é a imagem definida pela organização

a respeito do seu futuro, ou seja, do que ela pretende vir a ser”.

A visão da empresa deve representar um desafio de longo prazo a ser perseguido

por todos, significando uma situação empresarial desejada como padrão. Apresenta-se

uma visão de acordo com objetivos analisados na empresa.

“Ser uma empresa de referência e de alta

qualidade em produtos e serviços, atingindo um

excelente nível de credibilidade e clientela no

mercado”.

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2.10 VALORES

“Valores são as crenças e as atitudes básicas que ajudam a definir o

comportamento individual. Os valores variam entre pessoas e empresas”

(CHIAVENATO, 2007, p. 53). A empresa não possui seus valores definidos, então

sugere-se:

a) Foco no cliente: Colocar as necessidades dos clientes como prioridade e

atender com eficiência e flexibilidade e agilidade.

b) Comprometimento: Ser comprometido com o sucesso de cada tarefa, e fazer

o melhor dentro do prazo combinado.

c) Ética: Conduzir os negócios de forma íntegra, com clientes, fornecedores,

governo e autoridades, devendo gerar completa credibilidade.

d) Foco no resultado: A rentabilidade representa a saúde da empresa e a

continuidade dos negócios, devendo maximizar as receitas e gastar apenas o necessário.

e) Respeito e Valorização dos colaboradores: Estabelecer um clima

organizacional de respeito e reconhecimento aos colaboradores.

f) Responsabilidade ambiental: Estabelecer uma política ambiental que

garanta segurança aos empregados e a sociedade.

2.11 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Segundo Cury (2005, p. 216) “a estrutura é o arranjo dos elementos constitutivos

de uma organização, ou seja, é a forma mediante a qual estão integrados e se

apresentam os elementos componentes de uma empresa”.

A estrutura Organizacional é um fator muito importante dentro de uma

organização, pois é um instrumento essencial para o desenvolvimento e para o alcance

dos objetivos empresariais.

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2.11.1 Organograma

Funcionalmente, o organograma possibilita a identificação dos processos de

comunicação existentes. De acordo com Oliveira (2005, p. 118), “o organograma é

representação gráfica de determinado aspectos da estrutura organizacional”, no qual irá

mostrar os componentes da departamentalização da empresa.

Já para Ballestero-Alvares (1997, p. 120), o organograma “é o instrumento

usado para configurar e estabelecer a estrutura formal de uma empresa ou de uma de

suas partes em um determinado momento; é uma forma estática de configurar a empresa

ou uma de suas partes”.

O modelo que melhor se adapta a empresa de acordo com os dados coletados

através de uma entrevista é a departamentalização por processos, que, de acordo com

Lacombe e Heilborn (2003, p. 76), “departamentalização por processo é um critério

comum na área de produção. Concentram-se num mesmo órgão todas as pessoas que

utilizam um mesmo tipo de equipamento, ou técnica, ou que operam um mesmo

processo”.

As vantagens dessa departamentalização segundo Oliveira (2006, p.124) são: a)

Maior especificação dos recursos alocados; e b) Possibilidade de comunicação mais

rápida de informações técnicas. Quanto às desvantagens, destaca-se: a) Possibilidade de

perda da visão global do andamento do processo; b) Flexibilidade restrita para ajustes

no processo.

Com base nos dados obtidos foi possível elaborar a seguinte sugestão:

Figura 6: Organograma

Fonte: Comercial Melhorança (2011).Nota: Elaborado pelas autoras

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2.12 MACROAMBIENTE

Para Chiavenato (2004, p. 81), o macro ambiente é a situação dentro da qual

uma empresa esta inserida, envolvendo o ambiente externo que se relaciona com a

empresa. Quanto à análise do ambiente externo ela pode se dividir em vários enfoques.

Abaixo serão conceituados os ambientes constituintes do macro ambiente e suas

relações com a Comercial Melhorança. De acordo com Honorato (2004, p. 40 a 47) são

eles:

a) Ambiente econômico: “Envolve a economia como um todo: renda, inflação,

juros, cambio, ciclos dos negócios, entre outras variáveis”.

Pelo fato da empresa trabalhar com um mercado binacional, os gestores ficam

atentos as oscilações da moeda e com o que acontece na economia destes mercados,

para não impactar sobre seu negócio.

b) Ambiente político e legal: “A empresa está inserida num contexto de leis,

regulamentações, pressões de grupos de interesse que afetam diretamente as decisões”.

A empresa se enquadra dentro dos padrões exigidos por lei, em respeito aos seus

colaboradores, clientes, fornecedores e a sociedade.

c) Ambiente natural: “Empresas que provocam desastres ambientais,

certamente não são bem vista no mercado. O tratamento de resíduos químicos, a

reciclagem de materiais, o reflorestamento, entre outras medidas, deve ser considerada”.

Por esse motivo, a empresa preocupa-se com o meio ambiente, realiza a

reciclagem de materiais, conscientiza seus colaboradores de tal importância e exige que

eles também o façam no seu ambiente de trabalho.

d) Ambiente sociocultural: “constitui-se em um dos mais importantes, pois

fornece dados sobre a situação econômica do país, estado ou região onde a empresa

atua”.

Localizada no extremo oeste do Paraná, na divisa do Brasil, Paraguai e

Argentina, Foz do Iguaçu é uma cidade que tem uma composição étnica variada, e

atrativos turísticos. Com isso a empresa obtém um ponto positivo para seu crescimento

e desenvolvimento.

e) Ambiente competitivo: “Dificilmente haverá produto ou serviço que não

tenha concorrência, poderá haver muita ou pouca, mais sempre haverá concorrência”.

A empresa sempre busca conhecer seus concorrentes, para ter um diferencial e

ganhar vantagens competitivas.

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f) Ambiente tecnológico: “A tecnologia é um fator chave para o futuro das

empresas. A cada dia que passa as empresas se deparam com uma corrida sem

precedentes na busca de conhecimentos científicos, invenções e inovações”.

No caso da Melhorança, ela sempre visa os melhores recursos necessários,

possuindo tecnologia que auxiliam no processo da empresa, como por exemplo: o

Packing House.

Figura 7: Processo Packing House

Nota: Fotografia tirada em 24.02.2011.

No Packing House é realizado o processo de higienização da fruta, como

seleção, lavagem e enceramento da mesma de acordo com as exigências da vigilância

sanitária.

Após a caracterização da empresa, no capítulo a seguir foi descrita a situação a

ser solucionada por esta pesquisa.

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3 SITUAÇÃO A SER SOLUCIONADA

O mundo moderno tem sido marcado por profundas transformações, mudanças

as quais ocorrem devido a forças de natureza política, econômica, tecnológica e social,

que causam um novo ritmo e um novo padrão a civilização. Tais transformações fazem

com que o cenário organizacional exija a adoção de uma nova visão estratégica e

gerencial dos negócios, que garanta vantagem competitiva.

A competitividade se tornou um fator importante para a sobrevivência e o

crescimento das empresas com a crescente globalização dos negócios. Assim, manter

uma vantagem competitiva diante das organizações é um recurso que faz a empresa ter

um melhor posicionamento no mercado, no qual está inserido. São através desses

recursos, como qualidade, custo, métodos, desenvolvimentos, processos, enfim, que

bem gerenciados garantem uma fatia maior do mercado, e dependendo deste mercado o

qual a empresa esta inserida ela terá que assumir posturas estratégicas diferentes.

O tamanho de mercado representa o volume de produtos e serviços que um

determinado segmento pode gerar e absorver. No mercado hortifrutigranjeiro a

vantagem deve estar nos serviços agregados ao produto original, uma vez que os

mesmos não apresentam diferencial entre si. A princípio, laranja é laranja em qualquer

lugar. Frutas e hortaliças são denominadas de commodity, produtos “in natura”, em

estado bruto, produzidos em grandes quantidades e por muito produtores.

Para a empresa Melhorança, a diferenciação das frutas cítricas que comercializa

está no processo de higienização o qual são submetidas, garantindo segurança ao

produto vendido. Esse salto qualitativo que as frutas exibem faz com a empresa tenha

um destaque na venda de laranjas, conquistando clientes através da qualidade dos

produtos e serviço oferecidos, fazendo com que seus clientes sintam-se seguro do

produto que estão adquirindo, inclusive vendendo para os concorrentes na CEASA.

Todavia, isso não é suficiente para que a empresa permaneça tranquila no

mercado atual e muito menos para conquistar novos mercados. Assim, levanta-se a

seguinte questão: Quais são os diferenciais competitivos da Comercial Melhorança,

e que outros diferenciais pode agregar à marca para aumentar a retenção dos

clientes atuais e promover a ampliação da carteira de clientes?

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4 JUSTIFICATIVA

Quanto ao presente trabalho, a definição do tema deu-se a partir da oportunidade

de realização de estágio supervisionado na empresa em estudo, na área de vendas.

Durante o acompanhamento dos processos e atividades rotineiras de comercialização,

viu-se a oportunidade de recomendar alternativas mercadológicas para manter a carteira

de clientes atuais ou mesmo ampliá-la. Este acompanhamento provocou o interesse das

acadêmicas em estudar o assunto, visando desempenhar o projeto de conclusão de

curso. A empresa também demonstrou interesse na realização do estudo, pois acredita

que será de grande valia.

O projeto elaborado pelas acadêmicas tornou-se viável, pois não acarretou custos

na sua elaboração. Outro aspecto que viabilizou sua realização foi a facilidade de acesso

aos dados empresariais para sua composição.

Quanto à importância deste trabalho, para empresa foi proporcionar maior

crescimento através de resultados positivos. E para as acadêmicas, a aplicação da teoria

na prática e realização pessoal e profissional.

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5 OBJETIVOS

Neste capítulo serão apresentados o objetivo geral seguidos dos específicos da

pesquisa em questão.

5.1 OBJETIVO GERAL

Recomendar diferenciais competitivos para a empresa Comercial Melhorança a

fim de aumentar a retenção dos clientes atuais e promover a ampliação da carteira de

clientes.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Identificar quem são os concorrentes da empresa, com seus pontos fortes e fracos;

b) Pesquisar quais ações de marketing a empresa já realiza e

quais são suas vantagens competitivas.

c) Investigar diferenciais competitivos para o mercado de

hortifruti.

d) Diagnosticar ações de marketing em literatura específica que

possam ser implementadas pela empresa.

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6. REVISÃO PROVISÓRIA DA LITERATURA

Este capítulo é de fundamental importância para o trabalho acadêmico, pois é

através dele que se situa o trabalho dentro da grande área de pesquisa da qual faz parte.

Nele são abordados os seguintes temas: Administração, Marketing e Abastecimento

Alimentar.

6.1 http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Navegacao_Suplementar/Perf

il/porte.htmlADMINISTRAÇÃO

Neste subcapítulo foram abordados os fundamentos da Administração, suas

escolas, e sobre o administrador.

6.1.1 Fundamentos da Administração

Segundo Maximiano (2004 p. 26), “ADMINISTRAÇÃO é o processo de tomar

e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização dos recursos”. O mesmo

entende que o processo administrativo é essencial em qualquer situação onde as pessoas

utilizam recursos para atingir seus objetivos, onde sua finalidade é a realização dos

mesmos.

6.1.2 Funções da Administração

De acordo com Chiavenato (2003, p. 02), “Administração trata do planejamento,

da organização (estruturação), da direção e do controle de todas as atividades

diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorra dentro de uma organização”. Diante

disto, a Administração é muito complexa e por este motivo requer muito conhecimento

humano, e os administradores precisam adquirir conhecimento para um bom

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desempenho de sua função. Abaixo segue figura 8, com as principais funções de um

administrador e seus conceitos.

Figura 8: Funções básicas do Administrador

PlanejarDiz respeito às implicações das decisões tomadas hoje para um futuro

próximo.

Organizar

Compreende a distribuição do poder, das tarefas, das responsabilidades e

da prestação de contas. A organização também expressa à distribuição

otimizada dos recursos em uma empresa.

Dirigir

Envolve os estilos de liderança e de direção utilizados pelos gestores para

motivar as pessoas e atingir os objetivos propostos e proporcionar o

sentido de missão.

ControlarDemonstra a compatibilidade entre objetivos esperados e resultados

alcançados. O produto principal da função controle é a informação.Fonte: Andrade e Amboni (2007, p. 05).

Para Chiavenato (2007, p. 4), a Administração é um processo proposto pela

organização para planejar, dirigir e controlar todos os processos realizados em todas as

áreas da empresa para atingir seus objetivos da melhor forma possível.

6.1.3 Teoria Geral da Administração

As teorias organizacionais podem ser entendidas como um conjunto de

princípios e prescrições que visam facilitar a realização dos objetivos das organizações e

serão mais ou menos válidas na medida em que isso efetivamente ocorre (LACOMBE e

HEILBORN, 2003, p.37).

As organizações necessitam de práticas administrativas que orientam na busca

de seus objetivos. Ao longo da história da administração foram surgindo algumas

escolas que lentamente se desenvolveram com o apoio da filosofia, igreja e organização

militar. Após a revolução industrial se intensificou a evolução da Administração,

surgindo então às escolas administrativas, que transformaram as práticas administrativas

em escolas, práticas as quais podem ser utilizadas em diversas organizações. Na figura

9, apresenta-se um breve resumo das principais escolas.

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Figura9: Resumo e visão geral do pensamento administrativoEscola e

principal nomeIdéias centrais

Visão da organização

Visão dohomem

Visão critica

Administração Cientifica(Taylor)

Economias; produção em série; subordinação funcional

Formal Homem econômico

Super valorização do operário; visão microscópica do homem

Normativas(Fayol)

Centralização, unidade de comando, normas divisão do trabalho, econômicas.

Formal Homem econômico

Excesso de normas; centralismo exagerado.

Relações humanas(Mayo)

Pessoas têm qualidades que precisam ser estimuladas; fatores emocionais interferem na eficiência do trabalho e o comportamento humano é complexo.

Informal Homem social Visão parcial do problema, conclusões muito óbvias

Comportamento humano(Argyres)

Os indivíduos participam, tomam decisões e resolvem problemas.

Informal Homem social Parte da ótica dos proprietários da empresa.

Burocracia(Max Weber)

Padronização; definir a racionalidade burocrática; administração impessoal; responsabilidades do cargo definidas.

Formal Administração Rotina inflexível. A insensibilidade das pessoas que vem de uma aderência inflexível e procedimentos e regras.

Estruturalista(Etzioni)

A pessoa vive em conflito com a organização, mas precisa adaptar-se a ela; a organização exerce forte influência no indivíduo.

Formal e informal

Homem organizacional

Fatalismo. Os homens aprisionados pela organização. Provocam o conflito, mas não o resolvem.

Sistemas(Ludwing Von

Bertalanffy)

Os sistemas existem dentro de sistemas; os sistemas são abertos; as funções de um sistema dependem de sua estrutura.

Organização como um sistema

Funcional Trouxe uma fantástica ampliação na visão dos problemas organizacionais em contraposição à antiga abordagem do sistema fechado, mas ainda carece de melhor sistematização e detalhamento, pois a sua aplicação prática é ainda incipiente.

APO (Administração por objetivos)

(Peter F. Druker)

Planejamento formulação de políticas e relações com os clientes.

Formal einformal

Homem econômico

A APO não é uma fórmula mágica, mas um meio de desenvolver um trabalho ordenado e consciente para conhecer, com razoável probabilidade, o resultado futuro das decisões.

Desenvolvimento organizacional

(Leland Bradford)

Clara percepção do que está ocorrendo nos ambientes interno e externo da organização; análise e decisão do que precisa ser mudado e a intervenção necessária para provocar a mudança tomando a organização mais eficaz.

Formaleinformal

Administrativo Existe uma convicção de que o DO é um rótulo utilizado para a embalagem de descobertas e princípios de teoria das relações humanas e da teoria comportamental, dentro de novas formulações.

Contingência(Lawrence e

Lorsch)

São as características ambientais que condicionam as características organizacionais. Identificação das variáveis que produzem maior impacto sobre a organização, como o ambiente e a tecnologia.

Sistema aberto e Sistema fechado

Complexo Eminentemente eclética e interativa, mas ao mesmo tempo relativista e situacional. Em alguns aspectos parece muito mais uma maneira relativa de encarar o mundo do que propriamente uma teoria administrativa.

Fonte Ribeiro (2004, p. 14)

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De acordo com análise teórica-prática, observou-se que a Escola que mais se

adapta ao modo como a empresa estudada é administrada, é a Escolas de Relações

Humanas, por isso, esta escola teórica foi detalhada a seguir.

6.1.3.1 Escola das Relações Humanas

Segundo Ribeiro (2006, p. 57) “a Escola das Relações Humanas surgiu em

decorrência de estudo e experiência realizada em uma fábrica de equipamentos

telefônicos localizada em Hawthorne, Estados Unidos. Foi uma reação, uma tentativa

de humanizar o trabalho”. Corroborando, Chiavenato (2007) explica que esta Escola da

ênfase maior na psicologia humana, na substituição da abordagem clássica pela

abordagem humanística assim priorizando conceitos humanísticos como: grupo social,

dinâmica de grupo, motivação, comunicação, liderança, entre outros, substituindo os

conceitos técnicos até então utilizados.

Na empresa em estudo, percebe-se que a liderança é democrática, visando o bem

estar de seus colaboradores, assim melhorando assim o desempenho no trabalho. O

resultado é que eles se sintam valorizados e tratem os clientes com mais atenção.

Em função dos aspectos de cada organização, o administrador é quem define as

estratégias e realiza os diagnósticos das situações, através de seu papel e de suas

habilidades, no qual será abordada com mais detalhes na sequência.

6.1.4 Administrador

Conforme Lacombe e Heilborn (2003, p. 03), “o papel do administrador é a

obtenção de resultados por meio de terceiros, do desempenho da equipe que ele

supervisiona e coordena”. Assim ele deve liderar sua equipe e saber tomar decisões,

para que seus objetivos e resultados sejam alcançados, pois o administrador deve ter

habilidade e capacidade para transformar seu conhecimento em resultados.

Desta forma, Chiavenato (2007, p. 69) mostra as habilidades necessárias do

administrador:

a)Habilidades técnicas: “consistem em utilizar o conhecimento, métodos,

técnicas e equipamentos necessários para realização das tarefas específicas com base em

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seus conhecimentos e técnicas profissionais. É a habilidade de fazer as coisas corretas e

práticas”.

b) Habilidades humanas: “consistem na capacidade e no discernimento para

trabalhar com pessoas e, por intermédio delas, saber comunicar, compreender as

atitudes e motivações e desenvolver uma liderança eficaz”.

c)Habilidades conceituais: “consistem na capacidade de liderar com idéias e

conceitos abstratos. Essa habilidade permite que o administrador faça abstrações e

desenvolva filosofias, valores e princípios de ação”.

Segundo Andrade e Amboni (2007, p. 9), a Administração no Brasil começou a

ser disseminada em 1931, pelo Instituto Regional do trabalho (IDORT), em São Paulo,

mas a implantação da Escola Superior de Administração foi na década de quarenta.

A criação da profissão ocorreu na metade dos anos sessenta, através da Lei nº

4.769, de 09 de setembro de 1965 e regulamentada pelo Decreto nº 61.934, de 24 de

fevereiro de 1966. Com a regulamentação, a carreira de Administrador de Empresas

previu a criação de órgãos responsáveis pela orientação e fiscalização do exercício

profissional, criando o Conselho Federal de Administração (CFA). O CFA tem como

missão a afirmação e a fixação da existência da profissão e os Conselhos Regionais de

Administração (CRAs) que tem a responsabilidade de fazer com que as diretrizes

formuladas pelo Conselho sejam fiscalizadas e executadas conforme a lei.

As áreas de atuação de um Administrador, de acordo com o CFA, são: Teorias

da Administração, Administração de Recursos Humanos, Administração de Estratégia e

Serviços, Administração Financeira, Planejamento Estratégico, Administração da

Produção e Administração de Marketing.

Dado o caráter mercadológico desta pesquisa, a Administração de Marketing

será aprofundada a seguir.

6.2 MARKETING

De acordo com Kotler e Koller (2006 p. 02) na maioria das vezes a empresa

depende do marketing, pois, outras operações não terão sentido, como no caso de uma

demanda insuficiente para consumir seus produtos. Assim para trabalhar com

marketing, é preciso entender o que ele significa e como funciona, a que se aplica e por

quem é feito.

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6.2.1 Definição, função, objetivos do Marketing

De acordo com Kotler e Armstrong (2003, p. 3) “Marketing é um processo

administrativo e social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e

desejam, por meio da criação, oferta e troca de produtos e valor com os outros”.

Para melhor entendimento, ressalta Churchill (2003, p.4) que o marketing “é o

processo de planejar e executar a concepção e distribuição de idéias, bens e serviços a

fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”.

Já para Cobra (1992, p. 34) “Marketing é o processo de planejamento e execução

desde a concepção, apreçamento, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e

serviços para criar trocas que satisfação os objetivos individuais e organizacionais”.

É de fundamental importância para nosso trabalho analisar a função do

marketing. De acordo com Kotler e Armstrong (2003, p. 3), a função do marketing é

lidar com os clientes. Entender, criar, comunicar e proporcionar ao cliente valor e

satisfação que constituem a essência do pensamento e da prática do marketing moderno.

Ele é uma entrega de satisfação para o cliente em forma de beneficio. Pode-se

acrescentar ainda que seus dois principais objetivos são: Atrair novos clientes,

prometendo-lhes valor superior, e manter os clientes atuais, proporcionando-lhes

satisfação.

Mas esse foco no cliente nem sempre foi assim; houve uma evolução da

administração até o conceito de marketing que se pode ser entendida pelas chamadas

Eras da Produção.

6.2.2 As eras da produção

De acordo com Cobra (1992, p. 30) o marketing pode ser dividido de 1600 a

1970 em 4 eras tais como: produção, produto, vendas, e marketing.

Na era da produção “o enfoque básico era a produção de mercadorias ou

serviços em escala crescente que possibilitasse redução de custos apoiada em fabricação

seriada e padronizada”.

Conforme a divisão, na sequência vem à era de produto, que, de acordo com

Cobra (1990, p. 31) “A preocupação básica passa a ser o produto e não mais a produção,

com os seus métodos e processos de fabricação”.

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Na fase seguinte, vem à era das vendas que passa a ser a maior preocupação de

várias organizações. Segundo Cobra (1992, p. 32) caracteriza-se como “é preciso vender

qualquer coisa, sem levar em conta ainda as necessidades de compradores e

consumidores”.

Mais com o passar do tempo os empresários começaram a perceber que com a

venda a qualquer custo à organização já não era mais capaz de sobreviver. Com isso as

empresas buscaram compreender as necessidades e desejos dos clientes, oferecendo

produtos e serviços que os satisfaçam e agregue valor a eles e que deu início a uma nova

era chamada marketing. Para melhor entendimento dessa era, Cobra (1990, p. 33), diz

que “é preciso descobrir o que o consumidor quer, ou necessita, e a partir daí orientar

uma produção mais racionalizada. Esse é o enfoque centrado no marketing para

identificar as necessidades dos consumidores”. Segue na figura abaixo demonstração

das fases.

Figura10: As fases da Era da produçãoEra da Produção Era da venda Era do Produto Era do MarketingAnos 1600 Anos 1900 Anos 1950 Anos 1970

• Fase subsistência (1600)

• Fase da encomenda (1700)

• Fase da produção especulativa (1800-1849)

• Fase da produção seriada (1850-1899)

• Fase da venda massiva (1900-1949)

• Foco no produto (1950)

• Fase de ênfase do consumidor (1970)Fonte: COBRA,1992 p.30.Nota: Adaptada pelas autoras.

Para melhor entendimento das fases que se passaram no contexto acima,

veremos a definição do papel do marketing nos dias de hoje.

O papel do marketing é então identificar necessidades não satisfeitas, de forma a

colocar no mercado produtos e serviços que, ao mesmo tempo, proporcionem satisfação

dos consumidores, gerem resultados auspiciosos aos acionistas e ajudem a melhorar a

qualidade de vida das pessoas e da comunidade em geral (COBRA, 1992, p. 35).

“O marketing por sua vez, inicia-se antes mesmo de a empresa ter determinado

produto. Ele continua por toda a vida do produto, na tentativa de encontrar novos

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clientes e manter os clientes atuais mediante a melhoria do desempenho e do apelo do

produto” (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p. 3).

Na era do marketing de fato o cliente está no foco. Embora Cobra tenha citado

essas eras, na primeira década do século 21, as empresas têm implementado o conceito

de marketing holístico, onde nem só as necessidades dos clientes são importantes. Além

delas, as necessidades da empresa, da sociedade e do planeta (meio ambiente) são

levadas em consideração. De acordo com Kotler (2006, p. 15) o marketing holístico

“reconhece que ‘tudo é importante’- o consumidor, os funcionários, outras empresas e a

concorrência, assim como a sociedade como um todo”.

6.2.3 Administração mercadológica

Uma vez que a empresa colocou o cliente no foco do negócio, ela passa a

administrar a favor dos interesses do cliente as variáveis empresariais controláveis

denominadas 4 P’s ou mix de marketing.

De acordo com Kotler (2000, p.37) mix de marketing ou composto de marketing

“é o conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para perseguir seus

objetivos de marketing no mercado-alvo”. São elas preço, produto, praça e promoção,

que podem ser compreendidos conforme figura abaixo.

Figura 11: Conceito do mix de marketing

ProdutosAlgo oferecido por profissionais de marketing para clientes com propósito de troca, tais como: Diferenciação de produto, qualidade, nome da marca, serviços, entre outros.

Praça (Distribuição)

Os canais de distribuição usados para levar produtos e serviços ao mercado, como: variedades, locais, estoque, transporte, entre outros.

PromoçãoOs meios pessoais e impessoais usados para informar, convencer e lembrar os clientes sobre produtos e serviços, nos quais: publicidade, marketing direto, força de vendas, entre outros.

PreçoA quantidade de dinheiro ou outros recursos que deve ser dada em troca de produtos e serviços, como: prazo de pagamento, preço de lista, descontos, entre vários..

Fonte: CHURCHILL (2003 p. 20) e KOTLER (2000, p. 37)Nota: Adaptado pelas autoras.

Destaca-se que para empresa em estudo a variável produto, dentre todas é a de

maior relevância, portanto será detalhada a seguir.

36

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6.2.4 Produto

“Um produto é qualquer oferta que possa satisfazer a uma necessidade ou a um

desejo” (KOTLER 2000 p. 33).

6.2.4.1 Classificação de produtos

De acordo com Kotler (2006, p. 368), os produtos podem ser classificados em

três diferentes grupos, de acordo com a durabilidade e a tangibilidade que são:

1) Bens não duráveis: são bens tangíveis normalmente consumidos ou usados

uma ou poucas vezes. Como são consumidos rapidamente e comprados com frequência,

a estratégia apropriada é torná-los disponíveis em muitos locais.

2) Bens duráveis: são bens tangíveis normalmente usados durante determinado

período.

3) Serviços: são produtos intangíveis, inseparáveis, variáveis e perecíveis. Como

resultado, normalmente exigem mais controle de qualidade, credibilidade do fornecedor

e adaptabilidade.

6.2.4.2 Qualidade do produto

Se o produto ou material vendido é de má qualidade, não há, realmente, serviço

que possa dar satisfações ao consumidor (COBRA, 1992, p. 375). Diante disso, é

necessário ter qualidade nos produtos ou serviços oferecidos, abaixo segue alguns

conceitos de qualidade de acordo com as idéias do mesmo.

a) Qualidade-Conceito relativo: É preciso distinguir a diferença entre má

qualidade oriunda do processo inadequado de fabricação – quando o fabricante,

intencionalmente, com o fim de lucro em curto prazo, utiliza matérias ou componentes

de segunda qualidade, pessoal não qualificado, negligencia os controles de qualidade,

etc.

b) Qualidade-Conceito Subjetivo: A qualidade real de um produto não é a

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única importância; a idéia que o comprador faz do produto é, via de regra, muito

importante, quando não é a mais.

c) Componentes da Qualidade: A qualidade não é uma noção monolítica;

inclui certo número de componentes que correspondem a diferentes pontos de vista

adotados pelos organismos interessados, legisladores, consumidores e produtores.

6.2.4.3 Marca

A marca faz parte do composto de produto. Segundo Cobra (1992, p. 346) “é um

nome, um sinal, um símbolo, ou design, ou uma combinação de tudo isso, com os

objetivos de identificar produtos ou serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e

diferenciá-los de seus concorrentes”.

6.2.4.4 Embalagem

Assim como o nome de marca tem por finalidade informar os consumidores

sobre o produto, a embalagem também o faz e até mesmo num grau ainda mais elevado,

no ponto de venda (COBRA, 1992, p.353). No que se refere à linha de produtos

apresentam-se as funções de embalagem na figura abaixo.

Figura 12: Funções de embalagemFacilitar a armazenagem

Proteger e conservar o produtoAjudar e posicionar o produto;Facilitar o uso do produto; eAjudar a vender o produto

Fonte: Cobra, 1992 p. 353Nota: Adaptada pelas autoras

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6.2.4.5 Garantia

Segundo Cobra (1992, p. 379) “todo produto deve ter uma garantia. Se a

qualidade do produto é uma condição necessária á satisfação de quem o utiliza ou do

consumidor, isso não é uma condição suficiente”.

6.2.4.6 Características

De acordo com Kotler (2000, p. 311) “muitos produtos podem ser oferecidos

com características variáveis, que complementam sua função básica. Ser o primeiro a

introduzir características novas e valiosas é uma das maneiras mais eficazes de

competir”.

6.2.4.7 Design

Segundo Kotler (2000, p. 313) o design “ é o fator que oferecerá a empresa uma

constante vantagem competitiva. O design é o conjunto de características que afetam a

aparência e o funcionamento do produto em termos das exigências do cliente”.

6.2.4.8 Serviço

De acordo com Gracioso (1997, p. 155) serviço é “um valor econômico

acrescido de valor pessoal. Por outro lado, o serviço é algo intransferível, tem seu valor

associado à pessoa ou a empresa à qual se destina. Por outro lado, é inerente a esta

noção de valor a qualidade do serviço”.

De nada adianta a empresa ter um mix de marketing e um produto adequado às

necessidades e desejos de seu público-alvo se a empresa não desenvolve relações com

os clientes. É sobre relações que o marketing de relacionamento trata. Veja a seguir.

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6.3 MARKETING DE RELACIONAMENTO

A expressão “marketing de relacionamento surgiu timidamente na década de 80

na área acadêmica, que contestava a baixa eficácia do marketing convencional, para

muitas situações, e atualmente começa a tomar o seu lugar de importância nas

organizações” (MADRUGA, 2004, p. 20).

Gordon (1998, p.9) conceitua marketing de relacionamento como “o processo

contínuo de identificação e criação de valores e o compartilhamento de seus benefícios

com clientes individuais, durante todo o tempo de vigência da parceria”.

Complementando Dias (2003, p. 301) diz que “é uma estratégia de marketing que visa

a construir uma relação duradoura entre cliente, baseada em confiança, colaboração,

compromisso, parceria, investimentos e benefícios mútuos, resultando na otimização do

retorno para empresa e seus clientes”.

Sendo assim, no Marketing de Relacionamento (MR) a organização pode reter

ou atrair novos consumidores, fazendo com que estas explorem novos mercados, ou o

consolida através da geração de valor, que de acordo com McKenna (1992, p. 45) “o

que realmente importa é como os possíveis clientes e os já existentes veem uma

empresa com relação às concorrentes”.

Uma das ferramentas de marketing é o Customer Relationship Management

(CRM) que de acordo com Kotler e Armstrong (2011, p. 97), consiste em “software e

ferramentas analíticas sofisticadas que interagem as informações dos clientes

provenientes de todas as fontes, analisam-nas em profundidade e utilizam resultados

para desenvolver relacionamentos mais sólidos”, e para Pizzinatto et al. (2005, p. 113) o

“CRM não é apenas um software, um programa de milhagem, muito menos um

atividade exclusiva do setor de atendimento da empresa, mas também um processo

holístico de antecipar e satisfazer as expectativas dos clientes”.

Seybold (2000) apud Pizzinatto et al. (2010, p. 3) conceitua que as estratégias

de implementação do CRM seguem quatro passos básicos:

a) definir a estratégia de CRM com base nas informações do cliente alvo; b) estabelecer transações definidas a partir desta estratégia; c) Redesenhar os processos que envolvam todas as transações do cliente com a empresa; d) Integrar as bases de dados que serão disponibilizados pela empresa através dos diferentes canais.

Peppers e Rogers (2001) citado por Scherer (2011, p. 55) dizem que “premissas

do CRM consideram as particularidades dos clientes, de forma mais clara, entender que

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todo cliente é diferente; que clientes consomem produtos ou serviços buscando

satisfazer necessidades diferentes e representam níveis de rentabilidades altos e baixos”.

A implantação desse software auxiliará na captação de informações dos clientes,

através de um banco de dados, onde o mesmo identificará o endereço, suas compras

efetuadas para uma melhor especificação, que contribuam para interagir melhor entres

eles com reconhecimento e relevância.

De acordo com Vavra (1993, p.56) “reconhecimento significa conhecer

ativamente o valor de um cliente, percebendo sua existência e estabelecendo um

conhecimento de suas necessidades e desejos específicos”, e complementa que a

relevância “será resultado da aplicação do reconhecimento. Os clientes sentirão o

interesse da empresa por eles ao observar a forma como seus produtos e serviços

atendem as necessidades específicas de seus clientes”.

Diante do exposto foi abordado no próximo subcapítulo as ações de marketing

de relacionamento.

6.3.1 As ações de marketing de relacionamento

De acordo com Santos e Fernandes (2008) citado por Filho (2010, p.3) “as ações

efetivadas pelo MR buscam reduzir o êxodo dos clientes, evitando que estes procurem

outras empresas, estimulando a fidelidade e as transações com a organização”. E o autor

complementa através de McKenna (1997), que “as empresas devem ficar atentas as

necessidades, problemas, frustrações e desejos dos clientes, escutando-os e

compreendendo-os”. Diante do exposto será abordado o contexto de atração e dado

ênfase em retenção que é foco do trabalho.

6.3.2 Ações de atração

Umas das estratégias das empresas é a atração de clientes que segundo Vavra

(1992, p.28) citado por Ribas (2007, p.7) “(...) a conquista de novos clientes torna-se

cada vez mais difícil em razão dos altos custos de mídia e da acirrada concorrência nos

mais diversos mercados”, e Kotler (1998) explica que “para a empresa, custa menos

reter um cliente do que conquistá-lo”.

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Diante disto, mais do que atrair cliente é muito importante retê-los de forma que

eles sintam-se satisfeitos do produto ou do serviço que estão adquirindo, fazendo com

que permaneçam fiéis por muito mais tempo na empresa.

6.3.3 Ações de Retenção

De acordo com Wing (p. 147, 1999) reter clientes “é fundamental para aumentar

os lucros e permanecer competitiva”. Já para Morgan (1994) citado por Scherer (2011,

p. 37) reter clientes é “mais fácil e menos custoso para as organizações, em

contraposição a atração de novos clientes” e complementa através de Berry (1995), que

“solidificar clientes é o que deveria ser considerado marketing, enquanto que, atrair

novos clientes deveria ser considerado apenas um passo no processo de marketing”.

De acordo com Zeithaml e Bitner (2003) apud Scherer (2011, p. 40) “a retenção

dos consumidores, diz respeito à repetição da compra e a lealdade deste para com a

empresa em longo prazo, representando para a organização um potencial de

crescimento”, e onde o mesmo complementa através de Ferreira e Sganzerlla (2000) que

“o consumo com certa frequência ao longo do tempo contribui para o fortalecimento de

laços relacionais entre consumidor-fornecedor”.

Sheth e Parvatiyar (1995) citado por Cruz (2006, p. 3) “consideram que os

motivos para os clientes ingressarem em um relacionamento estão associados a fatores

de ordem pessoal, influências sociológicas e influências institucionais”, e salienta

através de Goldstein e Almeida (2000, p.17) que os cinco estágios do processo de

compra são: ”necessidade sentida, procura por informação, avaliação de alternativas,

decisão de compra e sentimento pós-compra”.

Assim retê-los não é uma estratégia fácil, diante disto existem vários

instrumentos dentre os quais são: Programas de Fidelização e programas

Endomarketing.

Outro instrumento bastante utilizado pelas organizações é o Programa de

Fidelização, que, segundo Hawkes (apud Brezke, 2000) “e programa contribui para um

relacionamento de longo prazo, onde as necessidades, desejos e expectativas individuais

dos clientes possam ser atendidos permanentemente”.

Segundo Kotler e Armstrong (2003, p. 447), “clientes satisfeitos são menos

sensíveis aos preços, falam bem da empresa e de seus produtos a outras pessoas e

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permanecem fieis por um período mais longo”.

Os autores como Angelo e Silveira (2001) citado por Pizzinato et al. (2011)

afirmam que um “programa de fidelização deve ser um processo que as empresas

utilizam para estimular seus clientes ao uso frequente de seus serviços por meio de

recompensas como: descontos, produtos, bônus, obtidos pela constante relação de

troca”.

O endomarketing que e um instrumento do MR, segundo Cerqueira (1994) e

Nickels e Wood (1999), citado por Pizzinato et al (2011)“é um conjunto de práticas

introduzidas e aprimoradas na empresa, onde seu objetivo é elevar ou obter o

comprometimento dos seus funcionários com mudanças nas atitudes e comportamentos

que se refletem, positivamente, tanto no público interno, quanto no externo”. Já para

Honorato (2004, p. 26) “o marketing interno é um conjunto de ações da empresa com o

propósito de preparar seus funcionários para a cultura do comprometimento com a

satisfação de seus clientes”, e complementa que “quem é capaz de satisfazer o cliente é

o funcionário. Para isso ele precisa ser preparado para ter um bom relacionamento

interpessoal, conviver com a informação integrada e estar voltado para o

comprometimento”. Contudo a satisfação dos colaboradores é a satisfação dos clientes.

Com base no exposto acima o comprometimento dos colaboradores, trazem

benefícios para a empresa, pois com o reconhecimento e motivação dado a eles, isso é

respectivamente passado aos clientes por meio de um bom atendimento e

relacionamento dos funcionários isso faz com que a empresa seja bem vista pelas

pessoas.

Após apresentação da visão mercadológica apresenta-se no tópico a seguir o

mercado hortifruti brasileiro das centrais de abastecimento.

6.4 CENTRAIS DE ABASTECIMENTO

O Brasil é um país grande em área, população, diversidade, concentrados em

grandes aglomerações urbanas, e para abastecer estas regiões não é uma tarefa fácil. A

diversidade de frutas e hortaliças é grande, e cresce todos os dias, e para suprir tal

ocorrência, é necessário adequar novas estruturas para comercialização.

Com o crescimento dos centros urbanos do país, o processo de distribuição

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de produtos hortigranjeiros tornou-se mais complexo e oneroso, o que aliado à precariedade dos mercados tradicionais, suscitou a necessidade de aperfeiçoamento das estruturas de comercialização desses produtos. (CEASA-PR, 2011).

Essa estruturação iniciou-se na década de 60, através de uma consultoria

elaborada por técnicos franceses sugerindo a Superintendência do Desenvolvimento do

Nordeste (SUDENE), a criação das centrais de abastecimento (CEASAS) dentro do

projeto de melhoria do abastecimento das grandes cidades do nordeste brasileiro, sendo

estas centrais, empresas de economia mista (ABRACEM, 2011).

Então, surge a necessidade de um projeto de abastecimento nas principais

concentrações urbanas do país, dando origem ao Programa Estratégico de

Desenvolvimento (1970) e o I Plano de Desenvolvimento (1972/74), onde se

estabeleceram a construção das centrais de abastecimento (CEASA-PR, 2011).

Sua implantação foi fundamentada através de estratégias de outros países, em

técnicas de planejamento, construção e operação dos mercados atacadistas. Assim, o

Governo Federal cria em 1972 o Sistema Nacional de Centrais de Abastecimento

(SINAC) sob a coordenação da Companhia Brasileira de Alimentos (COBAL). Esse

sistema deu abertura a uma estrutura para comercialização direta dos produtores rurais

no Mercado Livre do Produtor (MLP) que é uma área específica colocada à disposição

de pequenos produtores de hortigranjeiros que comparecem na CEASA, especialmente

em época de safra, para a comercialização de seus produtos. Assim, o modelo se

consolida e dá inicio ao comércio de produtos atípicos e complementares e as CEASAS

se tornam centros de abastecimento atacadista do comércio de hortigranjeiros. Em 1987,

o sistema é instinto e a COBAL transfere sua participação acionária nas centrais de

abastecimento para o Governo Federal que as distribui a Estados e Municípios

(ABRACEM, 2011).

Figura 13: Histórico das CEASAS brasileira.HISTÓRICO DA CEASAS BRASILEIRAS

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Na década de 50 ocorrem as primeiras discussões.

Formação do Conselho Nacional de Abastecimento.

Em 1962 foi instalada a primeira CEASA brasileira, Central de Abastecimento de Pernambuco S/A (CAPESA).

Em 1967 tem inicio a edição de série de decretos que precederam e propiciaram a criação das CEASAS brasileiras.

Em 1972 foi regulamentado o Sistema Nacional das Centrais de Abastecimento (SINAC).

Em 1987 a União transfere aos estados e municípios a participação acionária nas CEASAS.

Fonte: Abracem (2011 p.5)Nota: Adaptada pelas autoras.

No estado do Paraná a primeira CEASA constituída foi em Maringá, em 1972,

onde transformaram a COBAL que possuía um mercado varejista, em uma central de

abastecimento. Porém a primeira implantada de acordo com um planejamento urbano

foi a CEASA de Curitiba, que começou a operar em 1976. Em seguida foi implantada a

de Foz do Iguaçu em fevereiro/1978; Cascavel em maio/1979; Londrina em março/1982

e as novas instalações de Maringá em 1986 (CEASA-PR).

6.4.1 CEASA de Foz do Iguaçu

Através de uma entrevista realizada com a mais antiga funcionária do

CEASA/Foz foi possível registrar nesta pesquisa o histórico da central, uma vez que

este histórico não se encontra documentado.

A funcionária conta que só foi possível a implantação da central em Foz, em

função de atender a obra da Itaipu Binacional. A atividade de comercialização na

empresa começou no ano de 1978, com apenas 20 boxes de cada, todo cedido pelo

governador do estado, na época Jayme Canet Junior, por tempo indeterminado aos

usuários, tendo que pagar somente Termo de Permissão Remunerada de Uso (TPRU),

que é um valor pago mensalmente por ocupação de área, e o rateio, que é restituição de

despesa paga mensal a CEASA/PR. Também possuía o pavilhão do produtor (Pedra),

onde os mesmos pagavam uma taxa diária de uso do local, para sua comercialização.

Dentre os 20 empresários pioneiros, hoje, apenas a empresa Comércio de Frutas

Ceccatto, com dois Box de uso, permanece atuando na CEASA.

Na administração do CEASA/Foz, no início havia cerca de 20 funcionários

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contratados através processo seletivo, no qual se dividia em vigilantes, serventes,

gerentes e administrativos que realizavam a cotação de preços manualmente e eram

remetidos através do Telex para Itaipu e Curitiba. Dentro das instalações havia também

o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), que

auxiliava o produtor, e fornecia o laudo de produção dos mesmos, e a Secretaria da

Agricultura, que hoje é Secretaria do Estado Abastecimento do Paraná (SEAB), que na

época controlava a média dos preços e a regulamentação dos mesmos, para

abastecimento da Itaipu.

Por volta de 1989 começou a ampliação dos boxes, criando o pavilhão “B”,

através de um contrato de comodato, onde o usuário deixava de pagar o TPRU por 7

anos, pagando somente o rateio. Em 1990, deu início à construção do pavilhão “C”, e

em torno de 1994 o pavilhão “D”, todos construídos através do comodato. Somente a

partir do ano de 2008, começou o processo de licitação de áreas para adequação da lei

8.666/93. A partir de então pessoas de natureza física ou jurídica poderão adquirir áreas

através do pregão presencial.

Relatou também o gerente da unidade através de uma entrevista, que existem 51

empresas atuantes inseridas no contrato de comodato, e 11empresas através do processo

pregão presencial.

No total existem 62 de empresas abertas, a CEASA possui 167 boxes, com

6.260,77 m² de área ocupada, inserida a área do produtor com 1.045m² (DITEC, Fev/

2011). Em seu quadro funcional possuem apenas 3 funcionários seletivos, 2 estagiários,

e 13 colaboradores terceirizados, sendo 4 serviços gerais, 1 jardineiro, 4 porteiros e 4

vigilantes.

Diante deste centro de abastecimento atacadista, serão ressaltados a seguir

alguns produtos que são comercializados na CEASA.

6.4.2 Fruticultura

A produção mundial de frutas se caracteriza pela grande diversidade de espécies

cultivadas, onde tem se apresentados grandes números. Abaixo segue tabela com os

principais países produtores de frutas no ano de 2008, com base nos dados da Secretaria

da Agricultura e do Abastecimento (SEAB).

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Tabela 2: Principais países produtores de frutas -2008Países Toneladas %China 191.141.384 27,1Índia 68.109.200 9,6Brasil 41.019.126 5,8Estados Unidos 30.619.513 4,3Itália 18.734.021 2,7Turquia 18.581.740 2,6Espanha 18.021.297 2,6México 17.904.210 2,5Irã 16.980.363 2,4Indonésia 16.447.246 2,3Demais Países 268.369.641 38,0TOTAL 705.927.741 100,0Fonte: FAO aput SEAB (2010)Nota: Adaptada pelas autoras.

Os três maiores produtores são a China, a Índia e o Brasil, que juntos

correspondem há 42,5% do total e tem suas produções destinadas principalmente para

mercado interno. Ocupando a terceira colocação, o Brasil é responsável por 5,8% do

volume colhido das frutas (ANDRADE, 2010, p.4), e “das aproximadamente 42

milhões de toneladas produzidas em 2008, em mais de 2 milhões de hectares, 65%

foram consumidas internamente e 35% embarcadas para o mercado externo” (NOTÍCIA

AGRÍCOLA, 2010).

Dentre as principais frutas produzidas no Brasil em 2009, de acordo com dados

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE aput SEAB (2010) a laranja, a

banana e o abacaxi correspondem por 66,4% da produção.

Tabela 3: Principais frutas produzidas no mundo 2008.Frutas Toneladas % VolumeBanana 127.699.919 18,1Melancia 98.439.589 13,9Maçã 69.819.324 9,9Laranja 68.599.338 9,7Uva 66.643.404 9,4

demais frutas 274.726.167 38,9Total 705.927.741 100,0Fonte: FAO aput SEAB (2010)Nota: Adaptado pelas autoras.

Já no Paraná analisando a safra 2009, as cinco principais frutas produzidas

considerando um universo de 35 frutas, foram: laranja, banana, tangerina, melancia e

uva, que correspondem a 88,0% de acordo com dados Secretaria da Agricultura e

Abastecimento do Paraná (SEAB).

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Tabela 4: Fruticultura Paranaense – Produtos selecionados - 2009Fonte: SEAB/DERAL citado por Andrade (2010)

A partir do mapeamento dessas tabelas é possível verificar as oportunidades de

negócio que o mercado de frutas oferece. Todavia, este assunto será profundamente

detalhado no capítulo 9, na Análise dos Resultados, quando os mesmos serão

confrontados com os demais estudos realizados na pesquisa.

Por hora, após a apresentação desta fundamentação teórica, no capítulo a seguir

apresenta-se a Metodologia da pesquisa.

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7 MÉTODO E TÉCNICA DE PESQUISA

Neste capítulo, são apresentados métodos e técnicas de pesquisa, para a

elaboração do presente projeto. Deste modo Cervo (1996, p. 44) conceitua pesquisa

como “uma atividade voltada para solução de problemas, através do emprego de

processos científicos”. E a respeito de métodos, Cervo e Bervian (2007, p.27),

conceituam que “é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para

atingir certo fim ou um resultado desejado”. E técnicas segundo Andrade (1999, p.117)

“são conjuntos de normas usadas especificamente em cada área das ciências, podendo-

se afirmar que a técnica é a instrumentação específica de coleta de dados”.

Quanto a finalidades de uma pesquisa afirma Selltiz et alli citado por Lakatos e

Maconi (2002, p. 16) “ é descobrir respostas para questões, mediante aplicação de

métodos científico”.

Diante disto, a metodologia que foi utilizada é de uma pesquisa diagnóstico,

com enfoque quantitativo e qualitativo, com o emprego de estudos exploratórios e

descritivos.

7.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA

Neste subcapítulo, foram abordados os tipos de pesquisa que serão aplicados

para a concretização dos objetivos.

7.1.1 Pesquisa quanto à natureza

Neste projeto foi utilizada a pesquisa diagnóstico que segundo Roesch (2010, p.

72), “são pesquisas que visam ao diagnóstico de uma situação organizacional,

normalmente não acarretam um custo muito alto, mas são dificultadas dado o problema

de confidencialidade dos danos ou desconfiança do empresa em abrir informações(...)”.

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7.1.2 Pesquisa quanto ao problema

O método utilizado é qualitativo e quantitativo, que de acordo com Roesch

(2005, p. 130) “pesquisa quantitativa é utilizar a melhor estratégia de controlar o

delineamento da pesquisa para garantir uma boa interpretação dos resultados”. A mesma

autora (2005, p. 154), ressalta que a “pesquisa qualitativa é apropriada para a avaliação

formativa, quando se trata de melhorar a afetividade de um programa, ou plana, ou

mesmo quando é de caso da proposição de planos”.

Assim, a metodologia utilizada neste projeto será uma combinação de

quantitativa e qualitativa, onde serão levantados dados de valor (qualitativo) e dados de

medida (quantitativo), através dos quatro instrumentos que serão apresentados a seguir.

7.1.3 Pesquisa quanto aos objetivos

No presente projeto, foi utilizada a pesquisa exploratória, que segundo Gil

(2009, p. 41) “está pesquisa tem como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou

de descobertas de intuições", corroborando Cervo (2007, p. 62) diz que está pesquisa

“realiza descrições precisas da situação, e quer descobrir as relações existentes entre

seus elementos componentes”.

Quanto à pesquisa descritiva Andrade (1999, p. 106) conceitua que “os fatos são

observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador

interfira neles”.

Esta pesquisa foi exploratória, pois buscou alternativas para aperfeiçoar a

relação com seus clientes. E também será descritiva, pois delineará como o processo

acontece e como irá ocorrer na empresa.

7.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

População de acordo com Roesch (2010, p. 138), “é um grupo de pessoas ou

empresas que interessa entrevistar para o propósito específico de um estudo”.

Segundo Larson (2004, p. 2), “é o conjunto de todos os resultados, respostas,

medidas ou contagens que são de interesse”.

Já para Silva (1996, p. 12), conceitua população “como sendo o conjunto de

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todos os itens (pessoas, coisas, objetos) que interessam ao estudo de um fenômeno

coletivo segundo alguma característica”.

A população desta pesquisa é composta por duas pessoas, sendo elas o gerente e

da CEASA e o gerente da empresa. Considerando que este universo é pequeno não será

utilizada a amostra na pesquisa, onde será pesquisa-censo, que de acordo com Silva et

al (1999, p. 13) censo “é uma avaliação direta de um parâmetro, utilizando-se todos os

componentes da população”.

Salienta-se, que a pesquisa dos dados dos concorrentes foi realizada

indiretamente, através de uma entrevista aplicada a este público-alvo, e através, da

pesquisa dos documentos da CEASA. Por este motivo, não se definiu os concorrentes

como público-alvo.

7.3 INSTRUMENTO E PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS

Os instrumentos de pesquisa de acordo com Andrade (2009, p.132) “são os

meios através dos quais se aplicam às técnicas selecionadas” e o mesmo complementa

que, “o planejamento de uma pesquisa inclui um plano de execução e a elaboração dos

instrumentos que serão utilizados na coleta de dados: questionários, formulários,

roteiros de entrevista, entre outros”.

Neste trabalho foram utilizados como instrumentos: entrevista, observação não

participante, pesquisa documental e bibliográfica.

7.3.1 Entrevista

No que se refere à entrevista Cervo (2007, p. 51) conceitua que, “entrevista não

é uma simples conversa. É uma conversa orientada para o objetivo definido: recolher,

por meio do interrogatório do informante, dados para pesquisa”. Assim, ela pode ser

tanto estruturada ou não estruturada, onde Richardson (1999, p. 208) diz que, entrevista

estruturada são perguntas e respostas pré-formuladas, e a não estruturada “procura saber

que, como e porque algo ocorre, em lugar de determinar a frequência de certas

ocorrências, nas quais o pesquisador acredita”.

Diante disto, realizou-se uma primeira entrevista não estruturada para a

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constituição do histórico da empresa descritos no capítulo um. Realizaram-se mais duas

entrevistas não estruturadas, sendo uma com o gerente da CEASA e outra com o gerente

da empresa, a fim de complementar informação que possam atingir os objetivos do

trabalho.

7.3.2 Observação não participativa

Lakatos aput Cervo e Bervian (2002, p. 28) dizem que, observação não

participante é “quando o observador deliberadamente se mantém na posição de

observador e de expectador, evitando se envolver ou deixar-se envolver com o objeto da

observação”.

Pelo fato de uma das integrantes trabalhar na CEASA, e todas irem à empresa

quando necessários para coletar dados, indiretamente estão observando o fluxo do

mercado e da concorrência, deste modo todas realizaram uma observação não

participativa durante o período do Estagio Supervisionado I (2011).

7.3.3 Pesquisa bibliográfica e documental

De acordo com Gil (1999, p. 65), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a

partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos

científicos”. Já a pesquisa documental “vale-se materiais que não receberam ainda um

tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos

da pesquisa”.

A pesquisa bibliográfica contribuiu para a elaboração do capítulo seis

(fundamentação teórica), e será aprofundado na medida em que novas informações

serão necessárias para o desenvolvimento do trabalho.

Já na pesquisa documental foi feita para contribuir na proposição das estratégias

prevista nos objetivos.

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7.4 TÉCNICA E PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS

De acordo com Gil (2002, p. 125) “o processo de análise dos dados envolve

diversos procedimentos: codificação das respostas, tabulação dos dados e cálculo

estatísticos”.

Neste subcapítulo apresentamos a análise de conteúdo e análise estatística, com

suas técnicas e procedimentos que foram utilizadas para levantamento dos dados.

7.4.1 Análise de conteúdo

A análise de conteúdo segundo Weber aput Roesch (20, p. 170) é “uma série de

procedimentos para levantar inferências válidas a partir de um texto”.

Segundo Marconi e Lakatos (2001, p. 29) “análise de conteúdo trabalha a

palavra, a prática da língua realizada por emissões identificáveis. Levam em

consideração as significações, sua forma e a distribuição desses conteúdos e formas.

Lida com mensagens e tem como objetivo principal sua manipulação”.

As informações foram levantadas do banco de dados da CEASA/Foz, através de

relatórios e índices.

7.4.2 Análise estatística

De acordo com Gil (2009, p.101) “o procedimento básico adotado na análise

estatística nas pesquisas experimentais consiste no teste da diferença entre as médias”,

Para encerrar este capítulo apresenta-se um quadro mostrando sinteticamente a

correlação dos objetivos específicos, coleta de dados e técnica de análise.

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Figura 14: Correlação dos objetivos específicos com os instrumentos de coleta e as técnicas de análise.

Objetivos específicosInstrumentos de coleta de

dados

Técnicas de análise de

dadosIdentificar quem são os

concorrentes da empresa, com

seus pontos fortes e fracos;

Pesquisa Documental;

Entrevista.Análise de conteúdo

Pesquisar quais ações de

marketing a empresa já realiza e

quais são suas vantagens

competitivas

EntrevistaAnálise de conteúdo

Investigar diferenciais

competitivos para o mercado de

hortifruti

Pesquisa – Bibliográfica Análise de conteúdo

Diagnosticar ações de

marketing em literatura

específica que possam ser

implementadas pela empresa

Pesquisa bibliográfica e

documental;

Observação não participativa.

Análise de conteúdo;

Análise estatística.

Nota: Elaborado pelas autoras

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8 ANÁLISE E DESCRIÇÃO DOS DADOS

Neste capítulo são apresentadas a análise e descrição dos dados obtidos pelos

instrumentos de coleta que foram empregados tais como: a entrevista, observação não

participativa, pesquisa documental e bibliográfica. A apresentação das análises está

estruturada de acordo com os objetivos específicos.

8.1 IDENTIFICANDO OS CONCORRENTES COM SEUS PONTOS FORTES E

FRACOS

O primeiro objetivo específico da pesquisa incidiu em identificar quem são os

concorrentes da empresa, com seus pontos fortes e fracos, lembrando que concorrentes

segundo Kotler (1998, p. 212) são “aqueles que perseguem os mesmos mercados-alvo e

adotam estratégias semelhantes”.

Ao identificar que na CEASA existe um número elevado de concorrente

buscou-se no banco de dados da mesma, documentos que identificassem quais são os

maiores comerciantes deste mercado através do acompanhamento do Mapa do Índice

de Eficiência dos Usuários, documento o qual indica fatores de volume comercializado.

Para esta análise, o mapa utilizado foi do período de Julho/2010 a Julho/2011, pois

devido à sazonalidade este é o melhor período da empresa, assim para comparar as

vendas da empresa com seus concorrentes diretos, justifica-se essa escolha.

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Figura 15: Concorrentes e suas vantagens

Nº Empresa Portfólio Volume

Comercializado

(ton)

Vantagem

Competitiva

1 Comercial

Melhorança

Frutas Citricas1.551,89

Único Portfólio;

Tecnologia.

2 Com. De Frutas

Ceccatto

Hortifrutigranjeiro1.404,55

Portfolio

Diversificado;

3 Vigor Hort. Ltda Hortifruti

795,31

Portfólio

Diversificado;

Sem

armazenagem.Fonte: Elaborado pelas autoras

Para análise da figura acima, foram selecionadas as empresas que possuem o

mesmo ramo de comercialização que a Comercial Melhorança, mas, pela empresa

trabalhar exclusivamente com esse portfólio e possuir tecnologia adequada para seleção

e distribuição da fruta, ela se destaca entre as demais que possuem outros portfólios,

como a empresa Comércio de Frutas Ceccatto, que além de comercializar citros, possui

um leque de outros produtos que auxiliam na comercialização. Já o Vigor

Hortifrutigranjeiros, além de possuir também uma variedade de produtos e trabalhar

com citros, trabalha com sistema de desperdiço zero, onde suas compras são

programadas, para que não haja sobra nos produtos adquiridos.

Devido à empresa Melhorança ser a única a trabalhar com citros dentro da

CEASA, ela ganha um novo cliente, que são os seus próprios concorrentes, os

comerciantes de outros boxes que compram da Melhorança frutos para alimentar sua

cadeia de produtos, pois, para eles não é viável comprar direto do campo. Assim

agregando mais um diferencial. Apesar disso, é necessário buscar alternativas para

agregar mais valor a seus produtos e serviços e se destacar ainda mais dentre seus

concorrentes.

A partir do uso do Mapa de Índice de Eficiência dos Usuários do CEASA e da

observação participante que permitiu identificar os concorrentes e as suas características

mercadológicas, conclui-se que o primeiro objetivo da pesquisa, que incide em

identificar quem são os concorrentes, foi alcançado.

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8.2 PESQUISANDO QUAIS AÇÕES DE MARKETING A EMPRESA JÁ REALIZA

E SUAS VANTAGENS COMPETITIVAS

Através da entrevista com o gerente da empresa e da observação não

participativa, foi possível identificar ações de marketing para os clientes A e B da

empresa. A entrevista foi pautada nas variáveis do mix de marketing listados no

capítulo seis que são: preço, praça, produto e promoção.

Sobre a variável produto, a Comercial Melhorança procura adquirir produtos

com qualidade para atender seus clientes, além disso, utiliza sua casa de máquina

(Packing House) para melhor inspeção da qualidade de seus produtos.

Para atender aos clientes que procuram um produto fresco e de boa aparência, a

empresa seleciona as melhores frutas, buscando atendê-los.

Conforme o manuseio e os fatores climáticos, as frutas vão perdendo sua

qualidade original, ocorrendo o escurecimento da casca. Assim, surge à oportunidade de

oferecer estes produtos a outros clientes menos exigentes quanto à aparência, que são os

restaurantes, onde aparência não é importante.

Quanto à diversificação do portfólio de produtos, a empresa optou por

posicionar-se na comercialização apenas de cítrus, assim, mesmo que o mercado de

frutas seja atrativo para outras espécies, a diversificação do portfólio não é de interesse

do proprietário da empresa.

Neste sentido, a empresa busca diversificar nas espécies de citrus que

comercializa, ofertando diferentes variáveis de laranja, limão e tangerinas de acordo

com o período de colheita e safra das mesmas.

Quanto à variável preço, as frutas escurecidas são ofertadas aos comerciantes

paraguaios que preferem preço ao invés de qualidade. Estas frutas são comercializadas

com uma margem variável cerca de 15% menor que da laranja de melhor qualidade.

A empresa estipula seus preços de acordo com custo do produto, das despesas

variáveis e fixas mais a margem de lucro.

A empresa oferece crédito para pagamento de 1 á 45 dias, com sistema de pagamento:

cheque pré datado, boleto bancário e cobrança em carteira. Tudo para facilitar a compra de seus clientes.

No que diz respeito à praça, a localização na CEASA é considerada estratégica,

pois atende tanto aos seus concorrentes que se transforma em clientes, quanto aos seus

clientes A e B.

Além disso, para atender aos clientes mais exigentes, que buscam produtos

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sempre frescos, a empresa precisa de uma logística eficaz. Assim ela procura

fornecedores da região, e localizar-se na CEASA favorece as negociações. O resultado é

a rapidez com que a fruta colhida chega ao box de comercialização, garantindo a

qualidade do produto.

No que diz respeito à promoção, através de uma entrevista com o gerente da

empresa, foi possível identificar que a mesma não utiliza canais de mídia convencional

para comunicação, apenas o “marketing boca a boca”, uma estratégia simples, mas que

tem grande potencial para a organização, pois a mesma acredita que tal estratégia traz a

confiabilidade do cliente pelos seus 30 anos de bom atendimento.

Ao verificar que o mercado em que a empresa se insere é muito competitivo, e,

para concluir a segunda parte deste objetivo específico, decidiu-se coletar dados para

verificar os seus pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades através do

mapeamento da análise SWOT que, de acordo Kother “é a avaliação global das forças,

fraquezas, oportunidades e ameaças [...]. Ela envolve o monitoramento dos ambientes

externos e internos”.

Essa coleta foi feita através de uma entrevista semi-estruturada com o gerente

da empresa e por observação não participativa, na qual foi possível identificar:

Figura 16: Mapeamento de SWOT da empresa Comercial Melhorança

MAPEAMENTO DE SWOT DA EMPRESA COMERCIAL

MELHORANÇAFortes Produtos; Serviços oferecidos e Mercado de atuação.Oportunidades Mercado binacional e Tecnologia.Fracos Portfólio de produtos e Estrutura.Ameaças Sazonalidade; Concorrência, Legislação e Variação cambial.Fonte: Elaborado pelas autoras.

A) Pontos fortes, segundo Oliveira (2005, p. 64) “é a diferenciação conseguida

pela empresa – variável controlável – que lhe proporcionam uma vantagem operacional

no ambiente empresarial”. A partir da entrevista com o gerente e com a observação não

participativa, foi possível observar que os produtos e serviços prestados são pontos

fortes devido à qualidade de seus produtos, como por exemplo, a rastreabilidade que são

as novas exigências da SEAB (órgão regulamentador), que determina que as empresas

do mercado hortifruti se adéquem. Assim a empresa em estudo já está adquirindo

métodos para se adequar a está necessidade, de tal modo obtendo um diferencial

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competitivo que traz segurança ao cliente. Outro fator é a logística que se destaca

devido o fato de buscar os frutos diretos dos produtores da região fazendo com que o

transporte dos mesmos seja realizado no mínimo prazo de entrega possível, contudo

chegando a mesa do consumidor um produto fresco e de qualidade. Já a prestação de

serviços é enfatizada pela qualidade no atendimento, onde visam à satisfação do cliente.

Devido o mercado de atuação possuir a marca CEASA e esta ser de poder

estadual e estar no mercado há mais de trinta anos, torna-se um ponto positivo, pois, os

clientes conhecem este mercado e sentem segurança dos produtos adquiridos do mesmo,

assim os consumidores que vão as compras circulam pelo espaço conhecendo os boxes

e escolhendo o lugar mais adequado para adquirir seus produtos.

B) Oportunidades, de acordo com Camalionte (2004, p. 195) “representam as

condições existentes no ambiente externo que possam auxiliar a empresa a alcançar a

tão desejada vantagem competitiva em relação a seus competidores”. O mercado

binacional pode ser uma grande oportunidade devido à empresa estar situada na tríplice

fronteira. E conseqüência da globalização ficou mais fácil o acesso as tecnologias e

inovações, assim a empresa possui grandes oportunidades de crescimento, como a

utilização de redes sociais.

C) Pontos fracos, de acordo com Honorato (2004, p.61), “referem-se a quaisquer

limitações que a empresa possa enfrentar no desenvolvimento ou implementação das

estratégias de marketing”. Pela a empresa em estudo trabalhar somente com produtos

cítricos ela não aproveita totalmente sua estrutura e também acaba limitando seus

clientes perdendo de vender mais produtos e oferecer mais opção a eles dando espaço ao

concorrente.

D) Ameaças, para Camalionte (2004, p. 61), “representam as condições que

possam prejudicar os esforços dessa empresa para alcançar esta vantagem” A

sazonalidade por ser um período de altas e baixas no caso das frutas pode se tornar uma

ameaça diante de um fator incontrolável como o tempo ou clima ou também de no caso

da empresa em estudo não possuir outra opção de venda.

De acordo com a entrevista realizada com o gerente da empresa, foi possível

detectar que o mercado externo tem grande influência dentro de seu negócio, pois há

alguns anos ele tinha um poder de barganha com mercado paraguaio de

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aproximadamente 70%. Hoje, devido á desvalorização da moeda Argentina, hoje seu

poder reduziu para em média 30%, pois o mercado paraguaio passou a comprar do

argentino devido aos seus produtos ter um preço mais baixo.

Mesmo sendo um negócio pequeno, num ramo sem tradição na implementação

de estratégias mercadológicas, esta pesquisa conseguiu identificar algumas ações de

marketing que a empresa realiza. Também foi possível fazer um breve mapeamento da

análise SWOT da empresa, contribuindo para que este objetivo específico da pesquisa

fosse atingido, servindo de apoio para as recomendações futuras.

Após essa etapa, o passo seguinte foi investigar os diferenciais competitivos

existentes no mercado hortifruti. Os resultados estão descritos a seguir.

8.3 INVESTIGANDO DIFERENCIAIS COMPETITIVOS PARA O MERCADO DE

HORTIFRUTI

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Fiesp/Ibope em 2010, publicado

pela revista Hortifruti Brasil, Inoue, Viana e Silveira (2010, p. 5) explicam que nos

últimos trinta anos a população brasileira tem mudado seus hábitos alimentares, e por

isso que o mercado hortifruti teria que acompanhar este processo de mudança para gerar

valor a seus produtos e diferenciá-los.

Considerando que os produtos são in natura, a diferenciação que agrega valor

aos alimentos está relacionada ao serviço prestado. Assim, a pesquisa citada acima

apresenta as quatro tendências alimentares dos consumidores, que são: a conveniência e

praticidade; produtos confiáveis e com qualidade; que emitam sinais de sensorialidade e

prazer e que transpareçam sustentabilidade, bem-estar e ética. A figura abaixo ilustra

essas tendências e os novos valores do setor de alimentação no Brasil.

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Figura 17: Principais Tendências do setor de alimentos

Fonte: Brasil Food Trends, apud Inoue, Viana e Silveira (2010, p. 9)Nota: Adaptado pelas autoras.

A praticidade e a conveniência dos alimentos consistem de acordo com o artigo

das autoras Inoue, Viana e Silveira (2010, p10) “em alimentos que relacionam aspectos

saudáveis e nutritivos com praticidade de consumo”. As autoras explicam que “a

tendência de alimentos práticos e convenientes é apresentada por consumidores que

levam uma vida corrida, trabalham em tempo integral e têm pouco tempo para cuidar da

casa, dos filhos e da alimentação da família”. Por isso preferem alimentos com

praticidade.

E as mesmas conceituam qualidade e confiabilidade como “produtos que sejam

seguros para o consumo ou que tenham sua qualidade atestada”. A partir da

globalização uma parcela de consumidores exige produtos que transpareçam segurança,

como selos de qualidade, que também é uma exigência do consumidor do mercado

externo.

E salientam sensorialidade e prazer como “tendência associada á sensoriedade e

ao prazer que o consumo de alimentos pode trazer ao indivíduo”, onde o

reconhecimento do produto é aderido a partir da região onde é produzido, que assegura

como diferencial características de sua origem como: solo, vegetação, clima e forma de

cultivo para valorização da gastronomia regional aos alimentos.

Já sustentabilidade, bem-estar e ética é conceituada pelas mesmas como

“produtos que atendam a demanda do consumo consciente, que se preocupa com os

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efeitos dos alimentos sobre o ambiente e a sociedade”. Que segundo dados da

Fiesp/Ibope (2010) citado pelas autoras “21% dos consumidores brasileiros preferem

alimentos com produção que atende a princípios de sustentabilidade, bem estar e ética”.

Diante deste contexto os consumidores se preocupam em conhecer os valores e atitudes

das empresas para entender os efeitos dos alimentos ingeridos no dia-dia e seu impacto

socioambiental.

Em conversas com o gerente geral da CEASA, durante a observação não

participativa, foi possível notar que deve aumentar a preocupação dos comerciantes da

CEASA em torno do atendimento desses novos valores, pois está sob decisão desses

empresários a escolha que garantirão a qualidade dos produtos ofertados ao consumidor

final. Assim, por exemplo, na questão dos alimentos saudáveis e com praticidade, pode

aumentar a procura por produtos orgânicos, cada vez mais nas gôndolas dos

supermercados. Cabe a CEASA intermediar o acesso à esse tipo de produto. Esse tipo

de alimento também se adéqua ao valor “alimento seguro”, preocupação que a

Comercial Melhorança já tem implantado através do packing house. Quanto à

sensorialidade e prazer, a Melhorança também contribui para que isso chegue ao prato

dos consumidores finais, pois, conforme comentado, a empresa privilegia os produtores

próximos, para que as frutas cheguem rapidamente ao seu destino final. Já no quesito

sustentabilidade, será preciso maior investimento dos comerciantes da CEASA, de

modo geral.

Com esses dados, considera-se o terceiro objetivo específico satisfatoriamente

atendido, motivo pelo qual se passa para o capítulo nove do trabalho, apresentando as

recomendações dos diferenciais competitivos para a empresa Comercial Melhorança,

para que possa aumentar a retenção dos clientes atuais e promover a ampliação da

carteira de clientes, conforme definido no objetivo geral da pesquisa.

Salienta-se que o quarto objetivo específico definido como diagnosticar ações de

marketing em literatura específica que possam ser implementadas pela empresa foi

atendido no capítulo seis, no tópico marketing, servindo também de base para as

recomendações.

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9 RECOMENDAÇÕES

Considerando que a pesquisa realizada foi para recomendar diferenciais

competitivos na empresa Comercial Melhorança, identificou-se que a empresa trabalha

de modo transparente, em harmonia com a toda equipe e na busca de satisfazer seus

clientes com qualidade nos produtos e serviços prestados. Com base nos resultados

obtidos na análise de dados identificaram-se oportunidades de agregar valor a marca

Melhorança. Assim recomeda-se:

9.1 AÇÕES PARA A VARIÁVEL MERCADOLÓGICA “PRODUTO”

9.1.1 Manuseio mínimo dos frutos

Umas das grandes tendências do setor hortifruti é a modernização do setor com

conveniência e praticidade, pois, de acordo com a pesquisa realizada por Inoue, Viana e

Silveira (2010), 33% dos consumidores preferem produtos que possuem praticidade

alimentar.

De acordo com o nível de exigências de seus clientes, recomenda-se à

Comercial Melhorança dar outro salto qualitativo a seus produtos, com a adequação de

iniciativas “padronização, rastreabilidade e conveniência”, ou seja, produto

embalado (VIANA; TRUPPEL, 2010, p. 5), tenderiam a ser promovidas a partir do

“Manuseio mínimo”, que de acordo com os mesmo autores “visa a utilização de caixas

do produtor (ou beneficiador) para a exposição do hortifrutícola no varejo”. Com está

iniciativa a empresa estaria também trabalhando sua marca e ao mesmo tempo

agregando um diferencial competitivo a seu produto e, consequentemente, a criação de

valor ao cliente.

Para adoção de nova metodologia de manuseio, a empresa deve adquirir caixas

de papelão padronizadas com a logomarca da empresa, para identificar a origem e a

qualidade dos produtos. E para identificar a cadeia da fruta, é necessário a empresa

utilizar a ferramenta da rastreabidade, com intuito de agregar mais valor a seu cliente,

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pois é através desta ferramenta que os consumidores poderão identificar e efetuar os

registro dos caminhos percorridos da fruta. Tal estratégia visa na contribuição do

acondicionamento da fruta, e com a qualidade com que produto chegue a mesa do

consumidor com menos intermediários possíveis. Esta estratégia reduz a contaminação,

ferimentos da fruta e o desperdício dos produtos sofridos pelo manuseio. Assim, com os

produtos já selecionados, seria uma vantagem para os clientes a compra segura do

produto com praticidade.

Outra oportunidade que se recomenda a Melhorança é a consolidação do

fornecedor no mercado, através do beneficiamento e embalamento. De acordo com

os autores Viana e Truppel (2010), essa é uma tendência, pois hoje em dia a

diferenciação do produto é uma das formas de agregar valor. E com relação ao custo,

um dos maiores receios dos agentes da cadeia, de acordo com os mesmos “produtores

que já realizaram o processo de manuseio mínimo comprovam que o investimento

inicial vale a pena [...], pois os custos são absorvidos rapidamente pela redução de

perdas, pelo ganho de agilidade no processo e pela aceitação do produto no mercado”.

Assim, aplicações deste método garantem ganhas a todos.

9.2 AÇÕES PARA A VARIÁVEL PROMOÇÃO (COMUNICAÇÃO)

9.2.1 Divulgação em redes sociais

Devido a era da informação, exercer um papel importante na sociedade, onde as

informações são transmitidas por diversos canais de comunicação tais como

computação e telecomunicação, surge uma oportunidade de aproximar o cliente a

empresa Comercial Melhorança, de modo a oferecer seus produtos com os quesitos de

conveniência e praticidade; confiabilidade e qualidade; sensorialidade e prazer; e que a

empresa preocupa-se com sustentabilidade, bem-estar e ética. Assim, recomenda-se a

utilização de redes sociais para a publicação de informações da empresa e relações

profissionais. Deste modo, o consumidor será informando da importância alimentar da

laranja, produto o qual é foco das vendas, seu valor nutricional, sua importância de

consumo a prevenção de doenças e receitas para o aproveitamento total da fruta, para

assim seus consumidores compreenderem a importância do mesmo em seu consumo, e

estimulando-o a compra. E também manter relações profissionais, pois é um meio da

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empresa se tornar mais visível a sociedade, pois muitas vezes o consumidor passa mais

tempo em frente ao computador.

Para isto, é necessária a criação de conta nas redes mais visitadas tais como:

Facebook, Orkut e blogs. Tal iniciativa não terá custos e trará benefícios como a

divulgação e reconhecimento de sua marca, e também estará contribuindo com o meio

ambiente. Essa ação pode substituir a panfletagem, por exemplo, que ainda é a

estratégia de propaganda mais utilizada pelas empresas, e com isso reduzira a

quantidade de lixo nas ruas que pode causar impactos ambientais.

As publicações serão postadas e atualizadas por um colaborador no qual fará o

acompanhamento diário das publicações.

9.3 AÇÕES DE MARKETING DE RELACIONAMENTO

9.3.1 Parcerias com Supermercados

As exigências com os produtos hortifruti ao passar dos anos têm se aumentado

representativamente, conforme os novos hábitos alimentares, assim os distribuidores

dos mesmos precisam adequar a está tendência para se manter no mercado.

Os supermercados são intermediários que relativamente sofrem com está pressão

e exigência dos consumidores, e para atender está necessidade é necessário ter

fornecedores que atendam essas exigências.

Diante de informações obtidas através do artigo de Silveira e Geraldini

publicado pela revista Hortifruti Brasil (2010), para atender os supermercados é

necessário que seus fornecedores possuam estrutura adequada como Packing House e

logística.

Portanto, a Comercial Melhorança, possui requisitos adequados para atender a

necessidade desse cliente, diante do exposto a empresa poderá agregar um diferencial

perante sua marca realizando parceria com esse cliente.

Recomenda-se que a empresa estabeleça parceria com os supermercados a

fim de realizar o “Mês do Citrus”, no qual a empresa Comercial Melhorança ofertará

uma quantidade maior de seus produtos com desconto para elaboração de um evento

acordado com o cliente.

Tal evento se concretizará entre os meses de agosto a setembro, período de

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maior colheita. De acordo com dados da publicado no artigo da CONAB (2011), a

laranja tem produção o ano inteiro, mas os maiores períodos são nesses meses, assim o

evento poderá ser realizado de 15 de agosto á 15 setembro.

Para esta ação, recomenda-se que a empresa disponibilize um colaborador

para realizar uma visita aos mercados, expondo a idéia de realizar a parceria,

ofertando um preço diferenciado para realização do mesmo.

A ação proporcionará benefícios a ambas as partes, onde a Comercial

Melhorança comercializará seus produtos em maior quantidade, e além do mais poderá

expandir o reconhecimento de sua marca, utilizando recursos de visibilidade de sua

logomarca em um stand ornamentado com o tema “Mês do Citrus”. No stand, os

clientes do mercado poderão fazer a degustação de seu produto, e o supermercado

poderá adquirir um resultado positivo como aumento das vendas.

9.3.2 Parcerias com Hotéis

Partindo da mesma lógica aplicada aos supermercados, recomenda-se que a

empresa estipule parcerias com a rede hoteleira da cidade. Neste sentido, a ação

consiste em promover o “Mês do Citrus” na culinária desses estabelecimentos. Os

hotéis ganhariam no desconto pelo volume de venda e a empresa ganharia no aumento

das vendas e no reforço da marca, pois para divulgação das iguarias. Os hotéis poderão

contar com o stand da Melhorança.

A implementação destas ações contribuirá para o desenvolvimento da empresa

no processo de melhoria contínua e no crescimento de sua carteira de clientes, afim de

satisfazê-los através de seus diferenciais competitivos.

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10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho pretendeu diagnosticar as vantagens competitivas para

aumentar a retenção e promover a ampliação da carteira de clientes, na busca de

melhorias constantes para atender as necessidades exigidas pelo mercado e pelos

clientes, a fim de agregar valor aos seus produtos comercializados.

Com o advento de novas tecnologias e mudanças econômicas, sociais e

ambientais, as empresas precisam se adaptar a este novo cenário de negócios, para

gerenciar de forma integrada e eficaz junto ao relacionamento com o cliente, tais

mudanças contribuirão para o desenvolvimento da empresa.

O mercado hortifrutigranjeiro é um mercado concorrido e difícil de destacar

devido os frutos serem in natura, e assim, se manter competitivo não é uma tarefa fácil.

É preciso criar diferenciais competitivos para manter um bom posicionamento no

mercado, e é necessário que as empresas busquem a qualidade de seus produtos e ações

de marketing para promover o crescimento e o reconhecimento de sua marca.

No presente estudo, foi observado alguns pontos a serem avaliados com mais

cautela pela empresa, a fim de colaborar na maximização dos resultados. Tais pontos

foram analisados com o apoio de referências bibliográficas, documental, entrevista e

observação não participativa, no qual foi dado subsidio para as recomendações.

Os objetivos propostos para execução do trabalho foram alcançados, e através da

análise de resultados foi possível observar que a empresa possui diferenciais que

poderão ser melhorados a partir destas recomendações.

Por fim, salienta-se que este trabalho foi importante para as autoras, pois

puderam confrontar os aprendizados do curso de Administração com a realidade

empresarial, enriquecendo a formação profissional.

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APÊNDICES

Apêndice 1: Entrevista semi-estruturada com gerente da Comercial Melhorança

Entrevista realizada com Sr. Dionilson Melhorança – sócio proprietário da

empresa Comercial Melhorança de Hortifrutigranjeito Ltda, realizado no

dia 26/09/2011, às 10h30.

1. Comente sobre seu currículo?

2. Comente sobre a história da empresa?

a) Quantos anos de atuação?

b) Passarão por algum momento de crise?

3. Quem são os atuais sócios da empresa ?

4. Qual região e/ou públicos atende?

5. Quais são seus principais fornecedores?

6. Quem são seus clientes?

7. Diante da CEASA possuir vários boxes, consequentemente são todos

indiretamente concorrentes, mas quais deles são seus concorrentes diretos?

8. Liste as frutas comercializadas no Box?

9. Qual é o volume comercializado pela empresa?

10. Quantos colaboradores possuem na organização?

11. Quantos caminhões/carretas possuem em sua frota?

12. Comente sobre a casa de máquina que a empresa possui?

13. Quais são os órgãos que regulamenta a empresa?

Apêndice 2: Segunda entrevista semi-estruturada com gerente da Comercial

Melhorança

Entrevista realizada com Sr. Dionilson Melhorança – sócio proprietário da

empresa Comercial Melhorança de Hortifrutigranjeito Ltda, realizado no

dia 02/05/2011, às 11h00.

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1. A empresa possui missão, visão e valores definidos?

2. Quais são os departamentos existentes na organização?

3. Possui assessoria?

Apêndice 3: Segunda entrevista semi-estruturada com gerente da CEASA/Foz

Entrevista realizada com Sr. Valdinei Loesi dos Santos – Gerente da

CEASA/Foz, realizado nodia 12/09/2011, às 13h00.

1. Ao seu ver, o que é necessário para um comerciante se destacar no mercado

Hortifruti?

2. Qual a maior ameaça deste mercado?

3. Uma comercialização diversificada seria uma oportunidade para o crescimento

de uma organização neste mercado?

Apêndice 4: Terceira entrevista semi-estruturada com gerente da Comercial

Melhorança

Entrevista realizada com Sr. Dionilson Melhorança – sócio proprietário da

empresa Comercial Melhorança de Hortifrutigranjeito Ltda, realizado no

dia 01/10/2011, às 11h00.

- Comente sobre logística aplicada na empresa?

- Quais são os padrões de qualidade exigidos?

- Em sua opinião qual a sua maior vantagem competitiva ?

- Qual o fator que poderia influenciar direto na sua comercialização?

- Qual influencia do Paraguai na sua comercialização?

- Qual maior interferência referente ao clima?

- Qual é a margem de preço dos produtos comercializados?

- A empresa oferece créditos para pagamento?

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ANEXOS

CRONOGRAMA

Neste capítulo são abordados os cronogramas do Projeto de Estágio

Supervisionado em Administração (ESA I), onde o mesmo foi desenvolvido e do

Relatório de Estágio (ESA II), que foi realizado neste ultimo semestre.

Cronograma segundo Roesch (2007, p. 176), “é uma estrutura que apresenta a

distribuição planejada das atividades que compõem o projeto e o tempo necessário para

sua execução”.

De acordo com a mesma autora (2007, p. 178), o cronograma é utilizado tanto

para a fase de planejamento do projeto quanto para fase de controle da prática do

mesmo, assim permitindo a visualização direta ao desenvolver o trabalho e a

importância do cumprimento das atividades.

O cronograma do ESA I traz as atividades desenvolvidas durante o 1º semestre

de 2011, entre os meses de fevereiro a julho. A figura 17 mostra as atividades e a

respectiva semana do mês onde elas foram realizadas.

Figura 17: Cronograma do Projeto de Estagio Supervisionado em Administração 1º PARTE: PR

OJETO ESA I ATIVIDADES FEV MAR ABR MAIO JUNHO JULHO

SEMANAS 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41. Documentos Legais ESA I X 2. Escolha do Tema X 3. Escolha do Orientador X 4. Escolha da empresa X 5. Escolha do supervisor X 6. Dados de Identificação X 7. Caracterização de Empresa X X X

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8. Situação a ser Solucionada X X 9. Justificativa do tema X 10. Elaboração dos objetivos X 11. Revisão provisória da Literatura X X X X 12. Metodologia X X X 13. Elaboração do Cronograma X 14. Elaboração do orçamento X e cronograma 15. Revisão ortográfica X 16. Protocolo do projeto X 17. Retirar projeto avaliado X 18. Correções pós avaliação X 19. Entrega da versão final do projeto X

Nota: Elaborado pelas autoras

Apresentamos na figura 18 o cronograma de desenvolvimento do Projeto de

estágio, que ocorreu entre o mês de agosto a novembro de 2011, esse cronograma foi

realizado com base no Calendário Acadêmico Letivo da Faculdade União das Américas,

onde o mesmo sofreu alterações pelo cronograma do ESA II para o 2º semestre de 2011.

Figura 18: Cronograma do Relatório de Estagio Supervisionado em Administração (ESA II)2ª

PARTE: RELATORIO

DE ESA II

ATIVIDADES AGO SET OUT NOV DEZ

SEMANAS 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

1. Realização do pré-teste X

2. Co 2. Correlação dos Instrumentos X

3. Aplicação da Pesquisa X X

4. Codificação dos dados X X

5. Tabulação dos dados X X

6. Atualização do vocabulário da metodologia X

7. Análise dos dados X X X

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8. Proposição de planos ou considerações e recomendações X X X

9. Verificação da coerência do ESA II X X

10.Considerações Finais X

11. Revisão ortográfica X

12. Protocolo do relatório do ESA II X

13. Pré-banca

14. Defesa em Banca

15. Correção pós banca

16. Protocolo da Versão Final do Relatório de ESA II

Nota: Elaborado pelas autoras

ORÇAMENTO

Neste capítulo foi apresentado o orçamento mostrando a lista de despesas que

tivemos para a realização do projeto no primeiro semestre de 2011 (ESA I), e uma

prévia projeção para a realização da conclusão do projeto que será realizada no segundo

semestre de 2011(ESA II).

9.1 CONCEITO DE ORÇAMENTO

De acordo com Sanvicente aput Roesch (2010, p.179), “orçamento é um

instrumento de planejamento e controle das atividades financeira-administrativa”.

Já Gil (2008) Corrobora dizendo que orçamento devera considerar os custos de

cada fase da pesquisa, segundo itens de despesas por sua vez agrupadas nas categorias

de custo pessoal e custo de materiais, o mesmo deve ser elaborado com bases realistas.

9.2 LISTA DAS DESPESAS

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Segundo Roesch (2009, p. 179), os custos e as despesas “devem ser

especificados detalhadamente em moeda forte (do país) para que os valores não

necessitem de constantes ajustes”.

Na figura 19 apresentamos às despesas obtidas na realização do projeto de

estágio ESA I entre o mês de fevereiro a julho de 2011 e também as despesas do ESA II

que foram praticadas no decorrer do período entre os meses de agosto a dezembro de

2011.

Figura 19: Lista de despesas

Atividades Quant. Custo Unit.R$ Total R$

Encadernação 10 2,50 25,00

Compra: CD´s p/ dados do Projeto (ESA I) 5 3,00 15,00

Capas: Projeto (ESA I) e Capa Dura (ESA II) 2 40,00 80,00

Impressão Faculdade (preta) 200 0,25 11,50

Impressão Faculdade (colorida) 50 1,00 50,00

Fotocópias - livros e anexos 40 0,13 5,20Ernegia utilizada com uso do PC de Fevereiro á Dezembro/2010 11/meses 20,00/mês 220,00

Transporte Urbano 11/mês 2,20 450,00

Transporte particular (Automotorl) 11/meses 60,00 /mês 660,00

Crédito no Celular (Recargas) 11/meses 36,00/mês 396,00

Alimentação durante o estágio (2 dias por semana) 11/meses 120,00/mês 1320,00

Ligações telefônicas fone fixo (média p/ mês) 11/meses 10,00/ mês 100,00TOTAL GERAL (R$) de Fevereiro até dezembro/ 2011 (período 11meses)

R$ = 3265,70Nota: Elaborada pelas autoras.

9.3 CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO

Neste subcapítulo, foi dado o cronograma de desembolso do ESA I e II,

conforme figuras abaixo.

Figura 20: Cronograma de Desembolso (ESA I)

ATIVIDADES

FEV

R$

MAR

R$

ABR

R$

MAIO

R$

JUNHO

R$

JULH

O R$Encadernação 5,00 5,00 7,00Compra: 2 CD´s para dados

do projeto (ESA I) 3,00 3,00Capa do Projeto (ESA I) 7,00

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Impressão na Faculdade 47,00 60,00 60,00Ernegia utilizada com uso do

PC

45,00

60,00 60,00 70,00 60,00 60,00Transporte Urbano (Ônibus) 16,00 20,00 30,00 35,00 40,00 20,00Transporte particular

(Motocicleta)

20,00

30,00 30,00 30,00 30,00 30,00Crédito no Celular 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00Alimentação durante todo

estágio 50,00 40,00 60,00 60,00 40,00

Internet

100,0

0

100,0

0

100,0

0 100,00 100,00

100,0

0

TOTAL CUSTOS MENSAIS

R$ =

217,0

0

296,

00

296,

00

383,0

0 394,00

363,0

0TOTAL GERAL

R$ =

Descrição do valor de

desembolso =

1949

,00 (Hum mil novecentos e quarenta e

nove reais)Nota: Elaborada pelas autoras

No cronograma abaixo foram lançadas as despesas para os próximos meses,

atividades que surgiram no decorrer do 2º Semestre de 2011 no Trabalho de Curso (TC)

e no Estagio Supervisionado (ESA II).

Figura 21: Cronograma de desembolso (ESA II)

ATIVIDADES

AGO

R$ SET R$ OUT R$ NOV R$ DEZ R$Encadernação 5,00Compra CD´s para dados TCC 11,00Capa Dura (Azul ou Preta) 40,00Impressão na Faculdade 120,00Ernegia utilizada com uso do PC 60,00 60,00 70,00 80,00 60,00Transporte Urbano (Ônibus) 30,00 40,00 30,00 40,00 30,00Transporte particular

(Motocicleta) 30,00 40,00 30,00 40,00 30,00Crédito no Celular 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00Alimentação durante todo

estágio 40,00 50,00 60,00 70,00 60,00Ligações telefônicas 5,00 5,00 5,00 10,00 10,00TOTAL CUSTOS MENSAIS

R$ = 201,00 231,00 231,00 292,00 386,0TOTAL GERAL

R$ =

Descrição do valor de

reembolso =

1.341,00

(Hum mil trezentos e quarenta e um reais)Nota: Elaborado pelas autoras.

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Neste capítulo, foram apresentadas as despesas gastas no ESA I e ESA II, onde

foi possível obter uma base de custos para a conclusão do projeto.

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