Fenômenos de Transporte Parte B - primeira parte

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Fenômenos de Transporte: Parte B Transferência de Calor - Introdução - Resistência Térmica - Condução de calor unidimensional Parede plana; Configuração radial; Configuração cilíndrica. - Transferência de calor por convecção nas configurações: Parede plana; Configuração radial; Configuração cilíndrica. 1

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Fenômenos de Transporte Parte B - primeira parte

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  • Fenmenos de Transporte: Parte B Transferncia de Calor

    - Introduo - Resistncia Trmica - Conduo de calor unidimensional Parede plana; Configurao radial; Configurao cilndrica. - Transferncia de calor por conveco nas

    configuraes: Parede plana; Configurao radial; Configurao cilndrica.

    1

  • Unidades de medida Medida S.I Ingls Mtrico

    Tempo (t) Segundo (s) Segundo (s) Segundo (s)

    Comprimento (L) Metro (m) P (ft) Metro (m)

    Massa (M) Massa (kg) Libra-massa (lb) Quilograma (Kg)

    Temperatura (T) Kelvin (K) Tk=Tc+273,15

    Farenheit (F) TF=1,8.Tc+32

    Celsius (C)

    Fora (F) Newton (N) F=m.a=Kg.m.s-2

    Libra-fora (lbf) Kilograma-fora (Kgf)

    Energia (E) Joule (J) E=F.dx=N.m

    Lbf.ft (BTU) Kgfm (kcal)

    Potencia (P) Watt (W(=J/s)) BTU/s Kcal/h

    2

  • Conduo de calor unidimensional em regime permanente Lei de Fourier

    . =

    " o fluxo de calor por conduo por unidade

    de rea k a condutividade trmica do material dT/dx o gradiente de temperatura na direo x do fluxo de calor. Unidade de medida de k: Mtrico: kcal/h.m.C SI:W/m.K Ingls: BTU/h.ft.F

    " =

    3

  • Coeficiente de condutividade trmica em condies normais de presso e

    temperatura

    4

  • Coeficiente de condutividade

    trmica em funo da temperatura no SI para diferentes

    materiais

    5

  • Lei de Fourier em regime permanente - No h variao da quantidade de

    calor com o tempo;

    - A rea de seco transversal constante;

    - A condutividade trmica um valor mdio;

    Assim:

    =

    6

  • 0

    = 2

    1

    =

    7

  • Exemplo 01 Exerccio 1.1 Uma folha isolante extrudada rgida possui k=0,029 W/(m.K). A diferena de temperatura entre as superfcies da parede de 10C (T1-T2). A folha tem espessura de 20 mm. a) Qual o fluxo trmico atravs da folha isolante cuja as dimenses dos lados da seo

    transversal ao fluxo de 2m x2m? b) Qual a taxa de transferncia de calor atravs da folha de isolante?

    8

  • Exemplo 02 Exerccio 1.11 Em um circuito integrado um chip quadrado de silcio (k=150 W/(m.K)) com lados de 5 mm e espessura 1 mm, est termicamente isolado pelos lados e na superfcie inferior a superfcie superior est exposta a um fluido refrigerante. Se 4 W forem dissipados na superfcie inferior do chip, qual a diferena de temperaturas das superfcies inferior e superior no estado estacionrio?

    9

  • Conveco: Fundamentos Lei Bsica da conveco Lei de resfriamento de Newton:

    =

    q a taxa de transferncia de calor (W=J/s);

    A rea de transferncia de calor (m2);

    diferena de temperatura entre a superfcie de contato e o fluido (Ts-T) (K);

    h coeficiente convectivo (coeficiente de transferncia de calor por conveco) ou coeficiente pelcula (J/s.m2.K).

    A equao embora simples no explica o comportamento do coeficiente convectivo.

    10

  • Exemplo 03 Exerccio 1.13 Com a superfcie da mo a 30C, determine o fluxo de calor por conveco para (a) uma velocidade de deslocamento de um veculo de 35 Km/h no ar a -5C, com coeficiente convectivo de 40W/(m2 K); (b) em uma corrente de gua com velocidade de 0,2 m/s com temperatura de 10C, com coeficiente convectivo de 900W/(m2 K). Qual condio faria sentir mais frio?

    11

  • Exemplo 04 Exerccio 1.18 Em um circuito integrado um chip quadrado (k=200W/(m.K)) com lados de 5 mm e espessura 1 mm, est termicamente isolado pelos lados e na superfcie inferior a superfcie superior est exposta a um fluido refrigerante. O chip opera em condies isotrmicas. A temperatura do fluido refrigerante que escoa na superfcie superior do chip de T=15C. A temperatura mxima na superfcie superior do chip no pode ultrapassa a 85C.

    Determine a mxima potncia que poder ser dissipada pelo circuito se:

    a) O lquido refrigerante for ar (h=200 W/m2K).

    b) O lquido refrigerante for um fluido dieltrico (h=3000 W/m2K).

    12

  • Exemplo 05 Um recipiente barato para alimentos e bebidas fabricado de poliestireno (k=0,023 w/mK), com espessura de 25 mm e dimenses interiores de 0,8mx0,6mx0,6m. Sob condies nas quais a temperatura da superfcie internar de aproximadamente 2C e a da superfcie externa de 20C. Qual o fluxo trmico atravs das paredes do recipiente? Considerando desprezvel o ganho de calor pela base do recipiente de 0,8mx0,6m. Qual a carga trmica total para as condies especificadas?

    13

  • Exemplo 06

    Qual a espessura requerida para uma parede de alvenaria com k=0,75w/m.k, se a taxa de calor deve ser 80% da de uma parede estrutural (k=0,25w/mK) cujo dx=100mm? A diferena de temperatura imposta nas duas paredes a mesma.

    14

  • Resistncia trmica

    No caso da transferncia de calor unidimensional sem gerao de energia interna e com propriedades constantes podemos fazer a seguinte analogia:

    Da equao de Fourier temos: ,1 ,2

    =

    O lado esquerdo da Equao acima relaciona a fora

    motriz ,1 ,2 para o processo de transferncia de calor e a respectiva taxa de transferncia de calor.

    15

  • A razo entre a fora motriz e a taxa conhecida como resistncia trmica para a conduo (, ):

    ,1 ,2

    =

    ,

    A analogia em relao conduo de eletricidade que um material pode oferecer ou no resistncia conduo dos eltrons (fnons de energia trmica);

    Pela lei de ohm ,1,2

    =

    16

  • Assim para a conduo podemos associar a um determinado material a sua resistncia trmica conduo atravs da relao:

    , ,1 ,2

    =

    Para fluidos na superfcie da parede a lei do resfriamento de Newtons fica rearranjada para:

    = ( )

    ,

    =1

    17

  • A analogia com a conduo de eletricidade facilita a soluo de alguns problemas em fenmenos de transferncia de calor. Podemos usar o conceito de circuitos em circuito trmico equivalente:

    a) Parede plana com

    conveco nas duas

    superfcies

    Como o fluxo de calor

    constante:

    Pode-se representar cada

    meio material como um

    material resistivo trmico

    e por analogia fazer uma

    associao em srie: 18

  • Assim podemos escrever o fluxo como:

    =,1 ,11/1

    =,1 ,2/

    =,2 ,21/2

    A diferena de Temperatura total : ,1 ,2

    Ento: =,1,2

    ,

    Onde : RT,total a resistncia trmica equivalente do sistema em anlise:

    , =1

    1+

    +1

    2

    19

  • b) Parede composta:

    =,1 ,4

    RT a resistncia trmica de cada componente do sistema

    20

  • Dois valores diferentes de RT so obtidos, o valor real da taxa de transferncia estar compreendido entre estes dois valores; Quanto maior a diferena entre a condutividade trmica dos corpos em paralelo maior ser a diferena entre as resistividades trmicas, no caso da figura, superior e inferior.

    21

  • Resistencia de contato (RT,c)

    ", =

    22

  • Em sistemas compostos normal a soluo de problemas de transferncia de calor em termos do coeficiente global de transferncia de calor U: Onde U est relacionado ao fluxo de calor atravs da relao:

    = Onde: dT a diferena global de temperatura;

    Da equao de fluxo de calor para parede composta: =,1,4

    Temos que: = 1/,

    Ou: =1

    .,

    23

  • Exemplo 07 Uma parede de um forno constituda de duas camadas uma com 0,20 m de espessura de tijolo refratrio e outra de 0,13 m de espessura de tijolo isolante. A temperatura na superfcie interna do refratrio de 1675C e a temperatura na superfcie externa do isolante de 145C. desprezando a resistncia trmica das juntas de argamassa calcule:

    a) O calor perdido por unidade de tempo e por m2 de parede.

    b) A temperatura da interface refratrio/isolante.

    Krefratrio=1,2 kcal/hmC e Kisolante=0,15 kcal/hmC

    24

  • 25

    Exemplo 08 A base de concreto de um poro tem 11 m de comprimento, 8 m de largura e 0,20 m de espessura. Durante o inverno, as temperaturas so normalmente de 17C e 10C em suas superfcies superior e inferior, respectivamente. Se o concreto tiver uma condutividade trmica de 1,4 W/(mK), qual a taxa de perda de calor atravs da base? (4312 W). 2. Uma cmara de congelador um espao cbico de lado igual a 2 m. Considere que a sua base seja perfeitamente isolada. Qual a espessura mnima de um isolamento base de espuma de estireno (k = 0,030 W/(m.K)) que deve ser usada no topo e nas paredes laterais para garantir uma carga trmica menor do que 500 W, quando as superfcies interna e externa estiveram a -10 e 35C? (0,054m)

  • Exemplo 09

    Obtenha a equao para o fluxo de calor em uma parede plana na qual a condutividade trmica varia com a temperatura de acordo com a equao:

    K = a + b T

    26

  • Conduo de calor atravs de configuraes radiais

    Temperaturas interna e externas constantes haver transferncia de calor em regime permanente.

    27

  • A taxa de calor por unidade de rea que atravessa a parede radial dado pela Lei de Fourier:

    =

    Com

    o gradiente de temperatura na direo radial.

    A rea de configuraes radiais dado em funo do raio e comprimento: A=2rL

    Assim: = (2)

    Para as condies de contorno do problema rearranjamos a equao acima e integramos os dois lados da mesma:

    28

  • = (2)

    2

    1

    = (2) 2

    1

    ln 12 = 2 1

    2

    =2

    (2/1). (1 2)

    29

  • Resistencia trmica em configuraes radiais Por definio: a razo entre o potencial trmico e o fluxo de calor a resistncia trmica:

    =

    =2

    (2/1).

    1

    =

    2

    (2/1)

    Ento a resistncia trmica em parede radiais ser:

    =(2/1)

    2

    30

  • Para configuraes com associao em paralelo a soluo de problemas ser anloga s configuraes planas modificando apenas a resistncia trmica:

    =

    com = 1 + 2 ++

    A resistncia convectiva permanece a mesma observe apenas a necessidade de modificar rea de troca de calor.

    31

  • Conduo por conveco e configurao radial: Pela lei de resfriamento de Newton o fluxo de calor :

    =

    Ento: = (2)

    Sendo q , h (coeficiente convectivo), r o raio, e L o comprimento do tubo, por exemplo, ento:

    = (2)

    A Soluo : = 2

    A resistncia trmica ser:

    , =

    1

    ,= 2 , =

    1

    2

    Ateno para o raio ele deve ser a medida do centro da configurao at a superfcie onde h a troca de calor.

    A diferena de temperatura sempre obedece o sentido do fluxo de calor.

    32

  • Exemplo 10: 15,1 0,075 0,038

    Um tubo de ao de 1,25 cm de espessura e 25 cm de dimetro externo utilizado para conduzir ar aquecido. O Tubo isolado com 2 camadas de materiais isolantes: a primeira de isolante de alta temperatura com espessura de 2,54 cm e a segunda com isolante trmico de 2 cm de espessura. Sabe-se que a temperatura na superfcie interna do tubo de 800C e a temperatura na superfcie externa de 30C. Determine:

    a) A taxa de transferncia de calor por unidade de comprimento do tubo. 0,917 (q=846,15w)

    b) Determine a temperatura na interface dos dois isolantes. 469,7C

    c) Compare o fluxo de calor se houvesse a troca de posio dos dois isolantes. (o fluxo diminui resolvido na Turma B)

    33

  • 34

    Exemplo 11 Uma tubulao de cobre (K=400 W/mK) de dimetro igual a 40 mm e espessura de 0,9 mm usada para transportar gua a 5C para um trocador de calor. Considere que o coeficiente convectivo da gua com a superfcie interna do tubo de 10 W/m2K. Em regime estacionrio e para um comprimento unitrio de tubo em um ambiente com ar a 27 C determine: a) A taxa de transferncia de calor para o ambiente, considerando a temperatura externa do tubo como a mesma do ambiente. b) Qual deve ser a espessura de um isolante de fibra de vidro (k=0,036 W/mK) necessrio para reduzir em 80% a taxa de transferncia de calor?

  • Esfera oca

    A lei de Fourier apropriada para essa configurao (fluxo de calor) :

    =

    = (42)

    rea normal direo de transferncia de calor 42

    Limites da conduo: r1 a r2 = espessura e dT T1 a T2

    2

    2

    1

    = (4) 2

    1

    2

    2

    1

    = (4) 2

    1

    35

  • 2

    2

    1

    = (4) 2

    1

    1 12 = 4 1

    2

    =4(,1 ,2)

    11

    12

    A resistncia trmica ser:

    , =

    =

    4(,1,2)11

    12

    1

    ,=

    411

    12

    , =11

    12

    4

    36

  • Transferncia por conveco e configurao esfrica: Pela lei de resfriamento de Newton o fluxo de calor :

    =

    Ento: = (42)

    Sendo q , h (coeficiente convectivo), r o raio, e L o comprimento do tubo, por exemplo, constantes, ento:

    = (42)

    A Soluo : = 42

    A resistncia trmica ser:

    , =

    1

    ,= 42 , =

    Ateno para o raio ele deve ser a medida do centro da configurao at a superfcie onde h a troca de calor.

    A diferena de temperatura sempre obedece o sentido do fluxo de calor.

    37

  • Exemplo 12 Um recipiente esfrico metlico com parede delgada usado para armazenar nitrognio lquido a 77 K. O recipiente possui um dimetro de 0,5m e coberto por um isolante trmico refletivo, composto de slica com vcuo nos interstcios. O isolante tem espessura de 0,25 m e sua superfcie externa est exposta a uma temperatura de 300 K. O coeficiente convectivo do fluido externo 20 W/m2.k. O calor latente de vaporizao e a densidade do nitrognio lquido so 2x105J/kg e 804 kg/m3, respectivamente. a) Determine a taxa de transferncia de calor para o nitrognio

    lquido. b) Qual a taxa de perda de lquido para o ambiente. Condies: Regime estacionrio; Transferncia de calor unidimensional na direo radial Desprezar a transferncia de calor na parede do recipiente e dessa

    para o lquido, parede delgada. Propriedades constantes. Troca trmica entre superfcie externa do isolante e vizinhanas por

    radiao desprezvel; H conservao de energia trmica: Eentra=Esai 38

  • 39

  • Transferncia de Calor em Superfcies estendidas

    At este pondo consideramos a transferncia de calor atravs das fronteiras de um slido na mesma direo do fluxo de calor.

    Uma superfcie estendida extremamente importante em processos de transferncia de calor pois permite aumentar a rea de transferncia de calor e consequentemente a eficincia de troca de calor entre uma superfcie e um fluido refrigerante.

    Diferente do que j analisamos em superfcies estendidas a transferncia de calor perpendicular ao sentido do fluxo de calor.

    40

  • Comparao do fluxo de calor entre parede plana e superfcie estendida:

    41

  • Em geral, superfcies estendidas so utilizadas para aumentar a taxa de transferncia de calor;

    Neste caso a superfcie estendida camada de aleta.

    Diversas configuraes so possveis:

    Trocadores de calor com tubos aletados:

    42

  • Configuraes de aletas:

    Aleta plana com seo transversal uniforme

    Aleta plana com seo transversal no-uniforme

    Aleta anular

    Aleta puntiforme

    43

  • Conduo de calor por aletas anlise geral

    Em nossa anlise iremos considerar que: Condies de regime estacionrio de calor;

    Condutividade trmica constante;

    Radiao na superfcie desprezvel;

    Efeito de gerao de calor ausente;

    Coeficiente de transferncia de calor por conveco uniforme;

    Como h conservao de energia a equao de taxa de transferncia de calor global pode ser escrita como:

    = + +

    44

  • = + + (Eq. 1)

    Para um elemento diferencial de slido temos que:

    =

    (Eq. 2)

    = ( ) (Eq. 3)

    45

  • A taxa de transferncia de calor no elemento de volume (x+dx) :

    + = +

    Ento:

    + =

    Substituindo as equaes de taxa de calor na equao de balano de energia teremos:

    Eacu = Eentra-Esai+Eg

    2

    2+

    1

    1

    = 0

    Forma geral da equao de energia para a superfcie estendida. Sua soluo necessita das condies de contorno definidas. 46

  • A transferncia de calor por conveco na extremidade da aleta. B despreza a perda de calor na extremidade da aleta , troca de energia nula portanto adiabtica C Temperatura na extremidade especificada; D Aleta longa

    47

  • Valores de P e Atr=Ac para configuraes com rea de seo transversal uniforme

    48

  • Exemplo 15:

    Um basto de cobre (k=380 w/mK) com 100 mm de comprimento e 5 mm de dimetro se estende horizontalmente a partir de uma solda a 200 C. O basto encontra-se em um ambiente com T=20 C e h=30W/m2K.

    Quais so as temperaturas no basto a 25, 50 e 100 mm da solda?

    25 mm= 195,56C

    49

  • A transferncia de calor por conveco na extremidade da aleta. B despreza a perda de calor na extremidade da aleta , troca de energia nula portanto adiabtica C Temperatura na extremidade especificada; D Aleta longa

    P o permetro da superfcie da base da aleta (superfcie de contato da solda)

    50

  • Exemplo 3: Soluo O que para determinar? Temperatura em 3 pontos distintos ao longo do comprimento da aleta. Conceitos envolvidos: A temperatura ao longo da aleta deve diminuir com o comprimento devido perda de calor no sentido transversal ao fluxo de calor. A distribuio de temperatura ao longo da aleta de seo transversal uniforme (quando essa perde calor tambm pela extremidade) dado pela relao:

    =[cosh ]+

    [ ( ]

    cosh +

    ()

    Onde: h o coeficiente convectivo; L o comprimento da aleta; x o ponto em relao ao comprimento onde se deseja saber a temperatura; k o coeficiente de condutividade trmica do material da aleta; = diferena de temperatura entre o fluido ao redor da aleta e o ponto x. = diferena de temperatura entre a base (Tb) da aleta e a temperatura do fluido ao redor da mesma (Tx).

    =

    m constante para uma aleta especfica onde h o

    coeficiente convectivo do fluido; P o permetro da REA DA BASE DA ALETA; K a condutividade trmica do material da aleta; Atr a AREA DE SEO TRANSVERSAL DA ALETA.

    51

  • Dados fornecidos pelo problema: k=380 W/mK h=30 W/m2K D=0,005 m L=0,1 m T=20C Tb=200C x1=0,025m x2=0,05m x3=0,1m Para a configurao da aleta temos que:

    =

    com: =

    2

    2=

    =2

    4

    Ento:

    =

    =

    4

    =

    4 30

    380 0,005 =7,95m-1

    Temos tambm:

    =

    30

    3807,95= 9,93x103

    52

  • Para o ponto x2=0,025

    =[cosh 7,95 0,10,025 ]+9,93x103 [ 7,95 0,10,025 ]

    cosh 7,950,1 +9,93x103(7,950,1)

    =cosh (0,596) + 9,93x103(0,596)

    cosh (0,7950) + 9,93x103(0,7950)

    =1,183 + 9,93x103(0,632)

    1,33 + 9,93x103(0,881)=1,183 + 6,275103

    1,33 + 8,748103

    =1,18927

    1,33875= 0,88

    Como: = = 200 20 = 180

    = = 20 Ento: 20 = 0,88 180

    = 159,9 + 20 = ,

    53

    =[cosh ]+

    [ ( ]

    cosh +

    ()

  • Para o ponto x2=0,05

    =[cosh 7,95 0,10,05 ]+9,93x103 [ 7,95 0,10,05 ]

    cosh 7,950,1 +9,93x103(7,950,1)

    =cosh (0,3975) + 9,93x103(0,3975)

    cosh (0,7950) + 9,93x103(0,7950)

    =1,08 + 9,93x103(0,408)

    1,33 + 9,93x103(0,881)=1,08405

    1,33875= 0,81

    Como: = = 200 20 = 180

    = = 20

    Ento: 20 = 0,81 180 = 145,8 + 20 = ,

    54

  • Para o ponto x2=0,1

    =[cosh 7,95(0,10,1)]+9,93x103 [ 7,95 0,10,1 ]

    cosh 7,950,1 +9,93x103(7,950,1)

    =

    cosh (0) + 9,93x103(0)

    cosh (0,7950) + 9,93x103(0,7950)

    =

    1,00 + 9,93x103(0)

    1,33 + 9,93x103(0,881)=1,000

    1,33875= 0,74

    Como: = = 200 20 = 180

    = = 20

    Ento: 20 = 0,74 180 = 134,4 + 20 = ,

    55

  • Desempenho das aletas

    Efetividade da aleta (): razo entre a taxa de transferncia de calor da aleta e a taxa de transferncia de calor sem a aleta.

    =

    ,

    Onde , a rea de transferncia de calor da base da aleta e Tb a temperatura da base da aleta.

    Quando a 2 justifica-se o uso de aletas

    56

  • Considerando o caso de aleta infinita, teremos:

    = =

    Onde P o permetro da rea de seo transversal da aleta.

    Assim:

    = ,,

    =

    ,

    Observaes:

    a aumenta com o uso de materiais com elevado;

    a aumenta com o aumento da relao P/Atr,b;

    Aletas devem ser usadas onde h pequeno;

    Para a 2 Pk/hAtr,b 4;

    No necessrio o uso de aletas muito longas pois para

    L=2,65/m obtm-se 99% da transferncia de calor de uma

    aleta infinita (ver exemplo 3.8 do Incorpera, cap. 3, 4ed)

    57

  • a pode ser quantificado em termos de resistncia trmica:

    Na aleta: =,

    Na base exposta: =,

    Ento:

    ==,,

    Eficincia da aleta (): dada pela razo entre a taxa de transferncia de calor atravs da aleta pela taxa ideal de transferncia de calor atravs da aleta para toda a superfcie da aleta a temperatura da base.

    =

    ()

    Onde Aale a rea da superfcie externa da aleta e Tb a temperatura da base (no haveria diferencial de temperatura com o comprimento da aleta).

    =

    58

  • Para aleta plana, seo uniforme e extremidade adiabtica

    tr b tra 2 2

    b

    hP A hP A tanhmLtanhmL

    hPL Lh P

    a2 2

    trtr

    1 tanhmL 1 tanhmL

    L LhPh PAhP A

    atanhmL

    mL Ento

    = ( ) 59

  • Um artifcio utilizado para se trabalhar com a equao da aleta com conveco desprezvel no topo, que mais simples, consiste em se trabalhar com um comprimento adicional da aleta (Lc) de forma a compensar a conveco desprezada no topo, ou seja:

    c

    c

    L L t / 2

    L L D/ 4

    para aleta retangular

    para aleta puntiforme

    T a espessura e D o dimetro

    Assim: = , tan

    =tan

    Erros associados a essa aproximao so desprezveis se

    ht / ou hD/ 2 0,0625 60

  • Para uma aleta retangular com a largura w muito maior que a altura t o permetro pode ser aproximado por P=2w e:

    multiplicando o numerador e o denominador por Lc1/2 e introduzindo

    uma rea corrigida do perfil da aleta Ap=Lc.t, resulta:

    c c c ctr

    hP h2w 2hmL L L L

    A wt t

    1/ 23 / 2c

    c c c1/ 2cc

    L2h 2hmL L L

    t tLL

    3 / 2c

    p

    2hL

    A

    61

  • Tabela 3.5- Relao da Eficincia da aleta ( = ) para algumas geometrias comuns, Incropera.

    62

  • Exemplo 4:

    Uma aleta plana fabricada com liga de alumnio 2024 (k=185 W/mK) tem uma espessura na base de 3mm e um comprimento de 15 mm. Sua temperatura na base de Tb=100C e ela est exposta a um fluido no qual T= 20C e h=50 W/m2K. Para as condies dadas e uma aleta de largura unitria, compare a taxa de transferncia de calor na aleta e a eficincia para os perfis retangular, triangular e parablico.

    63

  • Hipteses: 1 regime permanente; 2 conduo unidimensional; 3 propriedades constantes; 4 Radiao desprezvel; 5 coeficiente convectivo constante ao redor da aleta.

    Dados: Aleta de base retangular de alumnio 2021 KAl = 185 W/mK

    Espessura na base, = t = 3mm = 0,003m

    Comprimento, L= 15 mm= 0,015m.

    Temperatura na base, Tb=100C

    fluido com T= 20C e h=50 W/m2K.

    largura unitria w= 1 m

    Compare a taxa de transferncia de calor na aleta e a eficincia para os perfis retangular, triangular e parablico.

    Soluo:

    Sabe-se que a eficincia de uma aleta dada por:

    =

    ()

    Onde: a taxa transferncia ideal, caso no houvesse dT ao longo da aleta.

    Assim pode-se:

    i) Calcular qale usando a relao: = ()

    ii) A eficincia para uma configurao conhecida pode ser obtida atravs da Tabela 3.5 mostrada a seguir.

    iii) Poderia ser calculado qale se conhecermos a relao de taxa para a geometria dada e depois calcular a eficincia.

    Por facilidade vamos usar os passos ii e i.

    64

  • 65

  • Para aleta retangular :

    depende do fator m dado por: =

    ;

    como a largura da aleta de base retangular, w, muito maior que a espessura o perimetro pode ser dado por P=2w+2t=2w, (w>>t), e sendo Atr=w.t, assim:

    =2

    =

    2 50

    185 0,003= 13,4 1

    = 13,4 0,015 0,201 = 13,4 0,015 +0,003

    2= 0,221

    A eficincia da aleta :

    =tanh

    = 0,218

    0,222= 0,982 ~ 98,2%

    = = 2 = 2 1 0,015 +0,003

    2= 0,0332

    A taxa de transferncia de calor : = = 0,982 x 50 x 0,033 x 100 20 = 129,6 W/m

    66

  • Para aleta Triangular:

    depende do fator m dado por: =

    ;

    como a largura da aleta de base retangular, w, muito maior que a espessura o perimetro pode ser dado por P=2w+2t=2w, (w>>t), e sendo Atr=w.t, assim:

    =2

    =

    2 50

    185 0,003= 13,4 1

    = 13,4 0,015 0,201 = 13,4 0,015 +0,003

    2= 0,221

    A eficincia da aleta :

    =1

    1tanh 0

    = 0,205

    (0,201)0,222= 0,978 ~ 97,8%

    = = 2 2 + 2 2 1

    /2 = 0,0302

    A taxa de transferncia de calor : = = 0,978 x 50 x 0,030 x 100 20 = 117,3 W/m

    67

  • Para aleta Parablica:

    depende do fator m dado por: =

    ;

    como a largura da aleta de base retangular, w, muito maior que a espessura o perimetro pode ser dado por P=2w+2t=2w, (w>>t), e sendo Atr=w.t, assim:

    =2

    =

    2 50

    185 0,003= 13,4 1

    = 13,4 0,015 0,201 = 13,4 0,015 +0,003

    2= 0,221

    A eficincia da aleta :

    = 0,963 ~ 96,3%

    = = 0,0302

    A taxa de transferncia de calor : = = 0,963 x 50 x 0,030 x 100 20 = 115,6 W/m

    68

  • Conveco: Fundamentos Lei Bsica da conveco Lei de resfriamento de Newton:

    =

    q a taxa de de transferncia de calor) (W=J/s);

    A rea de transferncia de calor (m2);

    diferena de temperatura entre a superfcie de contato e o fluido (Ts-T) (K);

    h coeficiente convectivo (coeficiente de transferncia de calor por conveco) ou coeficiente pelcula (J/s.m2.K).

    A equao embora simples no explica o comportamento do coeficiente convectivo.

    69

  • O coeficiente pelcula uma funo complexa que depende:

    - Escoamento do fluido;

    - Propriedades fsicas do fluido: densidade, viscosidade, condutividade trmica e calor especfico;

    - Da geometria do sistema;

    Em relao ao ESCOAMENTO DO FLUIDO:

    - Pode ser laminar ou turbulento

    Fluxo livre

    Camada limite hidrodinmica

    Camada limite hidrodinmica: - Variao de velocidade (u) do escoamento do fluido nas proximidades da superfcie; - Variao de velocidade e u 0 nas proximidades da superficie devido viscosidade. 70

  • A camada limite trmica caracterizada pela existncia de um diferencial de temperatura entre o fluido contido na camada limite hidrodinmica.

    Para haver transferncia de calor por conveco entre o fluido e a superfcie necessrio:

    Gradiente de temperatura (camada limite trmica)

    Regio de baixa velocidade (camada limite hidrodinmica): sempre ocorre em escoamento de fluidos

    71

  • No caso da conduo de calor atravs da camada limite temos duas regies: 1 regio de baixa velocidade : conduo predominante (fluido estacionrio); 2 regio de alta velocidade: conveco mistura entre massa de fluido de maior temperatura com fluido de menor temperatura.

    Assim podemos considerar o fluido prximo superfcie (camada limite trmica) como uma parede slida (hiptese). Com isso:

    O fluxo de calor : =

    ( )

    Com a espessura da camada limite trmica onde prevalece a conduo.

    72

  • Na regio onde h variao de velocidade (transferncia de calor por troca de massa de fluidos) prevalece a conveco:

    =

    Igualando as equao de troca de calor para a camada hidrodinmica:

    ( ) =

    =

    O coeficiente convectivo ou pelcula inversamente proporcional espessura da camada limite trmica o que justifica o aumento da velocidade de escoamento para melhorar a eficincia de troca de calor.

    73

  • Coeficiente convectivo local e mdio

    Considerando uniforme a temperatura na superfcie e havendo ocorrer transferncia de calor por conveco:

    A taxa de transferncia de calor pode ser obtida pela integrao do fluxo de calor ao longo de toda a superfcie:

    = "

    Ento podemos escrever a lei de resfriamento de Newton como:

    = s h pode variar em funo da rea, ento:

    74

  • Define-se um valor mdio do coeficiente convectivo: A taxa total por conveco fica:

    = ( ) Igualando as equaes de conveco:

    s = ( )

    =1

    s

    Para uma placa plana podemos simplificar a equao anterior (h ir varia apenas com a distncia da extremidade at L) assim o comprimento da extremidade constante:

    =1

    0 .

    75

  • Determinao do coeficiente de pelcula ou convectivo: As variveis associadas transferncia de calor por conveco so: 1) Dimenso de troca de calor Dtr; 2) Propriedades fsica do fluido: viscosidade , massa especfica , calor especfico cp; condutividade trmica k; coeficiente de expanso volumtrica . 3) Estado de movimento do fluido: Velocidade u; acelerao da gravidade g; diferena de temperatura . Ento, h uma funo complexa do forma:

    = ( , , , , , , , ) ????? Muitas variveis

    76

  • A transferncia de calor por conveco um processo complexo devido s variveis envolvidas no coeficiente pelcula ou coeficiente convectivo h. Assim so feitas condies de contorno e uso de equaes empricas adimensionais para determinao do coeficiente convectivo: Equaes adimensionais em transferncia de calor: Numero de Nusselt(Nu): representa a relao entre o fluxo de calor por conveco e o fluxo de calor por conduo no prprio fluido.

    =

    Nmero de Prandtl(Pr): envolve apenas propriedades do fluido e representa a razo entre a difuso de quantidade de movimento e a difuso de calor.

    =

    Nmero de Grashof(Gr): inter-relaciona as foras de empuxo provocadas por efeito trmico e as foras viscosas. Tem a mesma funo do numero de Reynolds para a conveco forada.

    =3

    2

    77

  • Nmero de Reynolds: resultante da razo entre as foras de inrcia, que tendem a manter o movimento, e as foras viscosas que tendem a impedir o movimento. Ele mede o regime de escoamento atravs de um valor crtico que separa o escoamento: - Laminar: amortecimento das perturbaes por prevalecimento das foras viscosas; do - Turbulento: em que prevalece as foras de inrcia que amplificam as perturbaes introduzindo o modelo catico de escoamento.

    =

    78

  • A determinao de h feita atravs de casos particulares usando equaes empricas e anlise dimensional. Para conveco forada regime laminar a equao :

    = , Onde: Nu denominada de Nmero de Nusselt

    =

    Re o nmero de Reynolds

    =

    Pr o nmero de Prandtl

    =

    D dimetro

    Regime turbulento: = 0,023. 0,8.

    Onde: n=0,3 para fluido resfriando n=0,4 para fluido aquecendo

    79

  • Para conveco Natural a equao :

    = , Onde: Nu denominada de Nmero de Nusselt

    =

    (para configurao radial); =

    (para configurao plana)

    L comprimento da superfcie

    Pr o nmero de Prandlt

    =

    Gr o nmero de Grashof

    Gr=..

    D dimetro

    80

  • Exemplo 13

    O coeficiente de transferncia de calor por conveco local dado pela relao:

    = a0,1

    Onde a um coeficiente (W/m1,9K) e x(m) a distncia da aresta frontal da placa.

    Encontre uma expresso para a razo entre o coeficiente de transferncia de calor mdio em uma placa de comprimento x e o coeficiente de transferncia de calor local hx em x.

    81

  • Exemplo 17:

    Em uma placa plana de 150 x 100 mm, eletricamente aquecida, a mxima temperatura no centro da placa 135C. Para este caso especfico o nmero de Grashof 2,2x107 e o nmero de Prandtl 0,7. Sabe-se que a equao emprica para conveco natural em uma placa plana :

    Nu=0,555.Gr1/4.Pr1/4

    Calcule o fluxo de calor, para ambos os lados da placa, para o ar atmosfrico sabendo que kar=0,026 Kcal/hmC, considere a temperatura do ar como sendo de 25C.

    82

  • O coeficiente pelcula dado pela relao de Nusselt:

    Nu=0,555.Gr1/4.Pr1/4=

    placa plana

    Portanto:

    =0,555. 2,2107

    14. 0,7

    14 . 0,026103

    0,15

    =34,60 .0,026103

    0,15=0,899103

    0,15= 6,0103/2C

    O fluxo de calor ser obtido pela lei de resfriamento de Newton:

    = . . ; como o problema pede para os dois lados da placa:

    = . 2. = 6,0103. 2. (0,10,15).(135-25)

    =19,80x103 cal/h=~82,37 kJ/h

    0,15m

    q'

    q'

    0,10m

    Escoamento Ts= 135C; T= 25C Gr = 2,2x107

    Pr = 0,7 kar=0,026 Kcal/hmC

    83