FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA

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T eatro de fogo e aéreo, teatro tra- A edição de 2011 mantém a aposta em espectáculos reconhecidos internacionalmente, desta vez de companhias portuguesas e espanholas, oferece uma programação diversificada. ESPECTÁCULO. Teatro aéreo volta a deliciar espectadores, desta vez com companhias espanholas e portuguesas

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| O MIRANTEFESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA| 09 JUNHO 20118

Teatro de fogo e aéreo, teatro tra-dicional, animação de rua, artes circen-ses, música, dança, exposições, marchas populares e espectáculos de pirotecnia únicos são alguns dos ingredientes do Festival de Animação e Teatro de Rua “Barquinha NONSTOP” que decorre entre os dias 10 e 13 de Junho, em Vila Nova da Barquinha. A par desta compo-nente, os visitantes podem ainda apre-ciar gastronomia, comprar artesanato

e experimentar algumas actividades de desporto aventura naqueles festejos que assinalam 100 anos dos festejos popula-res desta vila.

A edição de 2011 mantém a aposta em espectáculos reconhecidos interna-cionalmente, desta vez de companhias portuguesas e espanholas, oferece uma programação diversificada. A ideia pas-sa por promover o que de mais inovador existe neste género de expressão artísti-ca, surpreendendo as diversas franjas de

público com espectáculos singulares, que combinam a inovação com acontecimen-tos de cariz mais tradicional.

Deste modo, destaque para a realiza-ção de um Festival de Folclore na sexta--feira, 10 de Junho, no Palco Sto Antó-nio, a partir das 21h00. Actuam o Grupo Folclórico “Os Pescadores de Tancos”; Rancho Folclórico “Flor do Sabugueiro” (Tarouca); Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo; Grupo Etnográfico de Corticeiro de Cima (Cantanhede) e o

Teatro pelo ar e outros espectáculos nas festas de Vila Nova da Barquinha Barquinha “NONSTOP” decorre entre os dias 10 e 13 de Junho e aposta em teatro aéreo e com fogo

ESPECTÁCULO. Teatro aéreo volta a deliciar espectadores, desta vez com companhias espanholas e portuguesas

Rancho Folclórico de Santo Estevão (Ta-vira). No mesmo dia, a partir das 23h00, no palco ribeirinho a animação musical cabe ao grupo “Arregaita”.

No sábado, 11 de Junho, pelas 23h00, no palco principal, tem lugar o espectá-culo Carros de Foccompanhia de teatro espanhola) com animação da Luso Piro-tecnia No domingo, 12 de Junho, des-taque para o encontro de coros, a partir das 15h00, no Auditório do Centro Cul-tural da Barquinha. Participam o Coral do Conservatório de Música de Santa-rém, Coro Infanto-Juvenil de Tancos, Co-ro Infanto-Juvenil da Escola de Música Gualdim Pais de Tomar, o Coro Juvenil da Escola de Música Coral Phidelius de Torres Novas e o Coro Voxi Mix de Cas-telo Branco. Neste dia pelas 23h00, no palco principal, tem lugar o espectáculo “Sinfonia de Fogo” acompanhado pela Banda Sinfónica do Exército pelo Gru-po Lusopirotecnia Na segunda-feira, 13 de Junho, destaque para o espectáculo “Teatro do Mar” (companhia portugue-sa) com apontamentos de pirotecnia, a decorrer no Palco Principal a partir das 23h00.

Insufláveis para crianças no Barqui-nha Parque, teatro de rua, apresentações de livros, megafitness, descida de canoas, convívios, danças de salão, ballet, exposi-ção de produtos regionais, concentração de vespas e marchas populares são outras das atracções programadas e divulgadas em http://www.barquinhanonstop.org.

A edição de 2011 mantém a aposta em espectáculos reconhecidos internacionalmente, desta vez de companhias portuguesas e espanholas, oferece uma programação diversificada.

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O MIRANTE | FESTAS DE VILA NOVA DA BARQUINHA | 09 JUNHO 2011 9

Tânia Serra, 32 anos, cabeleireira, Cardal (Moita do Norte) – V. N. Barquinha

“Actuação de pelo menos um cantor popular trazia mais gente às festas”

Tânia Serra gosta das festas de Vila Nova da Barquinha mas considera que devia existir um maior equilíbrio entre a verten-te alternativa dos espectáculos apresentados e a popular. “Gosto do convívio, da sardinha assada e dos espectáculos mas também acho que se actuasse pelo me-nos um cantor popular poderia vir ainda mais gente ”, afirma a profissional de estética. Conside-ra que um dos pontos mais fortes do concelho da Barquinha assen-ta na sua história e que o Barqui-nha Parque atrai muita gente à vila. “Quando vou a Congressos e digo que sou da Barquinha res-pondem-se logo que conhecem o parque ribeirinho”, exemplifi-ca. Em relação a pontos fracos considera negativo o facto de se ter que deslocar a Torres Novas ou ao Entroncamento para ir a uma grande superfície comercial e que a existência destas infra-es-truturas também seria benéfica uma vez que representavam a criação de mais postos de traba-lho. Se fosse confrontada com a possibilidade do concelho de Vila Nova da Barquinha se vir a fundir com o Entroncamento responde que a sua opinião de-penderia do que isso implicasse. “Se calhar os dois concelhos, só ti-nham a ganhar porque estão aos poucos a morrer mas para emitir uma opinião teria que ver quais as propostas concretas. Sabe, há muita gente que pensa que isto (Cardal- Moita do Norte) já é o Entroncamento”, remata.

Se há quem tenha dúvidas sobre as vantagens de uma eventual fusão dos concelhos de Vila Nova da Barquinha e Entroncamento, já o mesmo não se passa em relação ao Festival de Teatro e Animação de Rua - Barquinha

Non Stop, a realizar entre 10 e 13 de Junho. Mesmo assim há quem diga que as actividades inovadoras, criativas e surpreendentes, não deveriam afastar completamente de cena os espectáculos tradicionais.

Fusão dos concelhos da Barquinha e do Entroncamento só muito bem justificada

António Constantino, 66 anos, presidente da Junta de V. N. Barquinha

“As festas são um momento de reencontro para os naturais do concelho”

é contra a fusão de conce-lhos e justifica. “Não são as autarquias locais que põem em causa a riqueza do país. Pelo contrário, são as entidades que melhor gerem o dinheiro públi-co”, afirma. Para ele, antes de fazerem qualquer fusão deviam explicar-lhe o que fazem mais de 80 por cento dos Institutos que existem em Portugal, que orçamento é dispendido neles e qual o rendimento para o pa-ís que advém da sua existência. Aponta como pontos fortes do concelho o desenvolvimento turístico (muito em redor do Castelo de Almourol e da Igre-ja da Atalaia), a paisagem natu-ral, um ambiente sustentável e a qualidade de vida. Em relação aos pontos fracos sublinha, em particular, a falta de indústria para gerar emprego. “As pesso-as que vivem no nosso concelho ou são militares ou trabalham em outros concelhos”, sustenta. Em relação às festas, sublinha que se trata de um ponto de re-encontro para muitas pessoas. “Para além de assinalar o dia do concelho, é das poucas coisas que consegue juntar pessoas na-turais da terra que vivem fora, o que é bastante interessante”, refere. Do programa destaca o leque variado de artesanato que pode ser apreciado e comprado nas festas, os espectáculos de teatro que classifica como “ex-traordinários” e a alegria que se respira nas ruas, por estes dias, cheias de gente de dentro e fora do concelho.

Filipa Gonçalves, 28 anos, professora de Matemática, V. N. Barquinha

“O facto de as festas serem diferentes chama mais público”

Se por um acaso Vila Nova da Barquinha se viesse a fundir com o concelho do Entronca-mento, Filipa Gonçalves, pro-fessora, via nisso um conjunto de vantagens e desvantagens para analisar. “Se pensarmos que a Barquinha tem menos indústria e menos Serviços que o Entroncamento, seria bom porque com a fusão teríamos acesso a estas possibilidades”, considera, acrescentando que a desvantagem será sempre ao nível orçamental porque pas-sando a Barquinha a ser uma freguesia viria menos dinheiro e consequentemente, menos desenvolvimento. Proprietá-ria do centro de explicações “Academia Pitagórica”, Filipa Gonçalves aponta como pon-tos fortes do seu concelho o sossego, a segurança e a qua-lidade de vida, por exemplo, a nível habitacional. “O gran-de ponto fraco é o facto de não termos muita indústria e a maior parte da população ter que ir trabalhar em outros municípios, o que acaba por levar a riqueza para esses la-dos”, contrapõe. Em relação às festas diz que estão “muito diferentes” daquelas a que ia quando era mais nova. “Acho que são importantes para dar alguma visibilidade a empre-sas que ali estão expostas em stands e também às tradições do concelho como é o caso do Festival de Folclore”, refere.

Dionísio Galinha, 40 anos, empresário, Cardal (Moita do Norte) – V. N.Barquinha

Barquinha Parque é palco de excelência para as Festas

Tem dúvidas sobre a fusão entre concelhos mas é total-mente a favor da medida apli-cada às freguesias. Dionísio Galinha diz que tem que for-mar melhor a sua opinião em relação a este assunto mas, por exemplo, se a proposta fosse fundir a freguesia de Atalaia com Moita do Norte tinha o seu aval. Como pontos fortes no concelho o proprietário da “Galilux” tem a assinalar o de-senvolvimento obtido com a realização de obras públicas e também de serviços que foram colocados ao dispor da popula-ção, como é o caso da Loja do Cidadão. Como pontos fracos reporta-se ao fraco desenvolvi-mento do comércio e indústria. “As pessoas compram casa nas freguesias limítrofes como, por exemplo, no Cardal ou na Ata-laia, e só vêm cá dormir porque trabalham e passam o dia em outros locais”, sustenta. Gosta das Festas da Barquinha até pe-lo espaço agradável em que se decorre, o Barquinha Parque. “Se tentássemos fazer o mesmo noutra terra qualquer o resul-tado não era o mesmo porque não existiam estas condições”, aponta o empresário, acrescen-tando que as festas permitem que se encontre com amigos e conhecidos.

Nuno Gomes, 42 anos, engenheiro e professor, V. N. Barquinha

“Devia existir um equilíbrio maior entre o moderno e o tradicional”

Considera que se Vila Nova da Barquinha se viesse a fundir com o município do Entronca-mento lhe iria custar mas reco-nhece as vantagens que desta situação poderiam advir. “Em termos administrativos do país penso que é benéfico aconte-cer essa fusão porque significa uma grande redução de despe-sa pública”, opina o nosso in-terlocutor, gerente da empre-sa Hipercalculo na Barquinha. Nuno Gomes aponta como pontes fortes da Barquinha a tranquilidade, o acesso fácil a alguns serviços e o facto de ser um local aprazível para viver. Em termos de desvantagens, sublinha a falta de uma grande superfície comercial para evi-tar deslocações a outros conce-lhos sempre que tem que fazer compras maiores. Em relação às festas da Barquinha subli-nha que gostava quando estas tinham uma vertente mais tra-dicional. “Alguns espectácu-los são engraçados mas outros nem por isso. Se calhar devia existir um equilíbrio maior en-tre o que é moderno e o que era tradicional e que ainda é apreciado por muitos que visi-tam as festas”, considera.