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FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: A QUÍMICA AMBIENTAL NA PRODUÇÃO DE SABÕES A PARTIR DO ÓLEO DOMÉSTICO: CONSTRUINDO E CONTEXTUALIZANDO O CONHECIMENTO CIENTÍFICO.
Autor Luciane Giongo
Escola de Atuação Colégio Estadual Humberto de Campos – Ensino Fundamental, Médio e Profissional- EFMP
Município da escola Santo Antonio do Sudoeste
Núcleo Regional de Educação
Francisco Beltrão
Orientador Profª Drª Marcia Borin da Cunha
Instituição de Ensino Superior
Unioeste - Campus de Toledo
Disciplina/Área (entrada no PDE)
Química
Produção Didático-pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Matemática e Sociologia
Público Alvo Alunos da 3ª série do Ensino Médio
Localização
O Projeto será desenvolvido no Colégio Estadual Humberto de Campos – Ensino Fundamental, Médio e Profissional- EFMP, localizado na Rua Presidente Vargas, 143, no município de Santo Antonio do Sudoeste.
Apresentação: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
A inserção da Química Ambiental no cotidiano escolar interage os alunos face à crise socioambiental, qualificando-os para um posicionamento crítico na formação de uma cidadania ambiental, interferindo de forma consciente e positiva sobre a realidade local, frente aos problemas atuais, de preocupação a nível global. A disciplina de Química por ser integrante das Ciências Naturais, facilita a interação com o meio ambiente. O que se propõe neste projeto é possibilitar a aprendizagem de conceitos químicos estabelecendo uma relação entre referenciais teóricos que ressaltam a experimentação, utilizando a educação ambiental como recurso didático na aprendizagem de conteúdos de Química. Deste modo far-se-á o reaproveitamento do óleo de cozinha e a transformação deste em sabões, abordando o conteúdo de Química Orgânica: Reação de Saponificação que ocorrerá durante os experimentos, observando as representações, bem como as fórmulas existentes nos compostos que serão
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utilizados na aula prática. Portanto, na execução da Implementação Pedagógica, será abordado as implicações do descarte do óleo ao meio ambiente, incentivando e mobilizando os alunos na realização de uma campanha no reaproveitamento do óleo, oficinas para o preparo do sabão ecológico e experimentos no laboratório, para ampliar o conhecimento químico científico.
Palavras-chave (3 a 5 palavras)
Educação Ambiental; Experimentação; Sustentabilidade.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO
LUCIANE GIONGO
A QUÍMICA AMBIENTAL NA PRODUÇÃO DE SABÕES A PARTIR DO ÓLEO
DOMÉSTICO: CONSTRUINDO E CONTEXTUALIZANDO O CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
SANTO ANTONIO DO SUDOESTE
2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO
LUCIANE GIONGO
A QUÍMICA AMBIENTAL NA PRODUÇÃO DE SABÕES A PARTIR DO ÓLEO
DOMÉSTICO: CONSTRUINDO E CONTEXTUALIZANDO O CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Produção Didático Pedagógica apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – Campus de Toledo – PR Orientadora: Profª Dr
a Marcia Borin da Cunha.
SANTO ANTONIO DO SUDOESTE
2011
SUMÁRIO
1 VISÃO GERAL DA UNIDADE DIDÁTICA ............................................................... 3
2 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 4
3 ROTEIRO DAS ATIVIDADES .................................................................................. 5
AÇÃO 1 ....................................................................................................................... 5
AÇÃO 2 ....................................................................................................................... 6
AÇÃO 3 ....................................................................................................................... 6
AÇÃO 4 ....................................................................................................................... 7
AÇÃO 5 ..................................................................................................................... 11
AÇÃO 6 ..................................................................................................................... 17
AÇÃO 7 ..................................................................................................................... 18
GRUPO 1 .................................................................................................................. 19
GRUPO 2 .................................................................................................................. 20
GRUPO 3 .................................................................................................................. 21
GRUPO 4 .................................................................................................................. 22
GRUPO 5 .................................................................................................................. 22
AÇÃO 8 ..................................................................................................................... 23
A PRODUÇÃO DE SABÃO A PARTIR DE ÓLEO DE SOJA (RECICLADO) ............ 25
SOLUBILIDADE DO SABÃO EM CLORETO DE SÓDIO ......................................... 26
SOLUBILIDADE DO SABÃO EM ÓLEO DE SOJA (RECICLADO) ........................... 26
AÇÃO 9 ..................................................................................................................... 28
AÇÃO 10 ................................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ON LINE ......................................................................................... 32
UNIDADE DIDÁTICA
Conteúdos Estruturantes: Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica e
Química Sintética.
Conteúdos Básicos: Funções Orgânicas, Reação de Saponificação,
Conceitos de Cinética e Termoquímica e Polaridade de Moléculas.
1 VISÃO GERAL DA UNIDADE DIDÁTICA
Analisando o meio em que estamos inseridos é notório observar que toda
química faz parte dele, isto é, os processos químicos estão intimamente ligados com
ele. Porém, é vista geralmente como causadora de grandes impactos ambientais.
Diante de tais considerações, os educadores têm um papel estratégico e
decisivo na inserção da Química Ambiental no cotidiano escolar, interagindo os
alunos face à crise socioambiental, qualificando-os para um posicionamento crítico
na formação de uma cidadania ambiental. A disciplina de Química por ser integrante
das Ciências Naturais, facilita a interação com o meio ambiente.
Partindo deste pressuposto, o que se propõe neste projeto é oferecer
mudanças de hábitos, sensibilizando nossos alunos para contribuir na
sustentabilidade do planeta, procurando minimizar o impacto do descarte do óleo de
cozinha ao meio ambiente. Deste modo far-se-á o reaproveitamento do óleo e a
transformação deste em sabões, com aplicabilidade extensa e viabilidade
econômica, salientando que o processo artesanal não é necessário o uso de um
laboratório tão sofisticado, mas aplicar o conhecimento de forma adequada.
O ensino experimental e o ensino teórico se efetuam juntamente,
proporcionando ao aluno a integração do conhecimento prático e o conhecimento
teórico. Descartar o ensino experimental é destituir o conhecimento científico de seu
contexto, levando à abstração de fatos que ocorrem e que muitas vezes são
possíveis discutir na prática, levando a compreensão dos conceitos científicos de
modo mais interessante, motivador e acessível.
Ou seja, propõe-se que os alunos questionem, envolvem-se por meio de
oficinas dinâmicas, permitindo novas possibilidades de olhar para a prática
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laboratorial e ao mesmo tempo se apropriem de conhecimentos teóricos,
interpretando e analisando o contexto da realidade educativa.
O professor em sua postura de educador consciente, cria condições para que
o conhecimento seja incorporado pelo educando, reinventando a prática de sala de
aula. Refletindo desta forma, o processo de obter sabão a partir do óleo já utilizado,
procura aliar o benefício da prática da educação ambiental, promovendo aos alunos
atitudes empreendedoras com o conteúdo de Química Orgânica, demonstrando as
reações orgânicas e a forma que os grupos polar e apolar da molécula atuam,
relacionando o conhecimento com a problemática ambiental, levando-os à reflexão
de um saber solidário. Ressalta Morin (2000, p. 20):
Cabe ao educador criar condições para que a educação ambiental seja incorporada como filosofia de vida e se expresse por meio de uma ação transformadora. Não existe educação ambiental apenas na teoria, o processo de ensino-aprendizagem na área ambiental implica exercício de cidadania pró-ativa.
Santos e Schnetzler (2003) citam que o objetivo básico do ensino de química
para formar o cidadão, compreende a abordagem de informações químicas
fundamentais que permitam ao aluno participar ativamente na sociedade, tomando
decisões com consciência de suas consequências. Isso implica que o conhecimento
químico aparece não como um fim em si mesmo, mas como objetivo maior de
desenvolver as habilidades básicas que caracterizam o cidadão: participação e
julgamento, podendo mostrar que somos parte integrante da natureza e pequenas
ações refletem positivamente na preservação do meio ambiente.
2 OBJETIVO GERAL
Possibilitar a aprendizagem de conceitos químicos aliados à educação
ambiental, implicando no exercício da cidadania por meio de ação transformadora, e
de experimentos no reaproveitamento do óleo de cozinha para fabricação de
sabões, como recurso didático na aprendizagem de conteúdos de Química,
estimulando os alunos na produção de conhecimentos.
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3 ROTEIRO DAS ATIVIDADES
AÇÃO 1
QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO
O questionário tem como objetivo uma investigação prévia, para refletir sobre
o tema que irá ser trabalhado. Por meio deste levantamento de dados, verifica-se o
conhecimento inicial sobre o assunto, e para o questionamento das diferentes
respostas dos alunos.
Dados de identificação:
Nome (Identificar cada informante com um número ou letra) : _______________
Idade:______________ Série: ____________ Local onde mora:_____________
Sexo:______________ Turno:____________ Data da entrevista:____________
1- Quais os alimentos que mais utilizam óleo quando preparados em sua casa?
( ) pipoca ( ) pastel ( ) bolinho ( ) batata
( ) outros________________
2- O que você ou sua família fazem com o óleo de cozinha depois que é utilizado?
( ) guardam em potes de plástico ( ) guardam em potes de vidro
( ) jogam na pia ( ) jogam no solo
( ) outros____________
3- Que sugestão você teria para descartar o óleo após sua utilização?
( ) jogar no lixo ( ) jogar no ralo da pia ( ) jogar no vaso sanitário
( ) enterrar no quintal ( ) outros________________
4- Ao descartar o óleo de cozinha ao meio ambiente, quais os problemas que você
acha que podem acarretar?
( ) contaminação da água ( ) contaminação dos lençóis freáticos
( ) entupimento dos canos de esgoto ( ) outros_________________
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5- Em sua opinião o óleo de cozinha se mistura na água?
( ) sim ( ) não ( ) não sei
6- É possível separar o óleo de cozinha da água?
( ) sim ( ) não ( ) não sei
7- Ao descartar um litro de óleo no meio ambiente, contamina a água, qual sua
estimativa deste volume de água?
( ) 100 a 1000 litros ( ) 10.000 a 100.000 litros
( ) 100.000 a 1.000.000 litros ( ) bastante
8- Assinale quais produtos podem serem feitos com o reaproveitamento do óleo:
( ) sabão ( ) detergente ( ) sabonete
( ) amaciante ( ) não sei
AÇÃO 2
Levantamento de dados, com a turma a qual organizará gráficos para expor, a
fim de informar a todos a preocupação com o descarte inadequado do óleo no
ambiente. Esta etapa será elaborada em forma de cartazes, os resultados da
pesquisa serão anexados no saguão do Colégio, para a conscientização e incentivo
das demais turmas na contribuição efetiva da coleta de óleo doméstico.
AÇÃO 3
Pesquisa na Internet (Laboratório de Informática) questões relevantes da
teoria que envolve a Química dos Sabões, para posteriormente, em grupos serem
apresentados e debatidos em sala de aula, bem como vídeos na TV- multimídia,
cujo material será usado como forma de motivar o desenvolvimento da proposta da
importância da reciclagem do óleo, demonstrando os impactos negativos no meio
ambiente: “Pequenas atitudes, grandes consequências”, bem como demonstração
da realização de aulas práticas na fabricação do sabão ecológico.
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Itens para a Pesquisa:
Óleo Reciclado (vantagens, implicações no descarte ao meio ambiente o
óleo doméstico);
Saponificação: a reação que produz sabão;
Atuação de sabão na limpeza;
Preparação de sabão com óleo reciclado.
AÇÃO 4
Apresentação de slides, contendo informações sobre a importância do
reaproveitamento do óleo para posteriormente colocar em ação a campanha, por
meio de panfletos informativos, com o objetivo de incentivar às suas famílias e
comunidade desta ação.
HORA DE
PESQUISAR!
SUGESTÕES DE VÍDEOS. CONFIRA!!!!
http://www.agracadaquimica.com.br/simulacoes/36.swf
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20061031112152AA3OFt9
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AÇÃO 5
Apresentação do Conteúdo em slides:
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AÇÃO 6
Campanha para a mobilização ecológica, com o objetivo de incorporar no dia
a dia práticas de melhoria do meio ambiente, inclusão social e consumo consciente,
as quais são as bases do desenvolvimento sustentável. A campanha será realizada
no Colégio, famílias e comunidade em geral, a qual terá como material de motivação
para a prática da mobilização o seguinte panfleto:
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AÇÃO 7
Oficinas para o preparo de sabão com o uso do reaproveitamento do óleo.
Primeiramente será abordado com os alunos as seguintes precauções e
cuidados:
O sebo deve ser derretido, bem limpo e de boa qualidade;
A soda deve ser de boa qualidade;
Peneirar o óleo reaproveitado;
Não utilizar panelas ou bacias de alumínio para dissolver a soda. Use
vasilha plástica;
Fabricar os produtos em ambiente bem arejado;
Usar máscara, luvas e avental;
Nunca cheirar a matéria-prima em sua embalagem;
Tomar cuidados com as mãos, pernas e olhos quando retirar a soda do
pacote e colocar para derreter;
Utilizar uma pá de madeira com cabo bem longo;
Cortar o sabão em pedaços pequenos e deixar secar antes de usar;
Para guardar o sabão coloque todos os pedaços secos em sacos
plásticos, pois isso evita que o sabão seque demais.
ATENÇÃO!
Lembre-se você pode causar um acidente. Tenha local
seguro para guardar a matéria-prima.
VAMOS FICAR ATENTOS ÀS
RECOMENDAÇÕES PARA O
PREPARO DO SABÃO!
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Organizar a turma em grupos, para realizar as práticas de acordo com as
receitas abaixo, sendo que estas vão estar em forma de apostila, para serem
seguidas e colocarem em prática os cuidados necessários para a realização das
mesmas.
GRUPO 1
SABÃO COM RESTOS DE FRITURA (óleo usado):
Reagentes:
6 kg de óleo (equivalem 6,5 litros) Se quiser menos
alcalino coloque 7 litros.
1 kg de soda 99. Se usar soda de supermercado use
apenas 5 litros ou 4,5 litros de óleo usado. (se quer
mais alcalino, ou seja, mais forte de soda).
2 litros de água.
Procedimento:
Dissolva a soda na água um dia antes ou pelo menos 8 h antes para que ela
esfrie.
Esta solução tem o nome agora de: LIXÍVIA.
Esquente o óleo (apenas morno), coe em uma lata (nada de alumínio),
misture a essência (se for usar), despeje a lixívia e mexa com uma pá de madeira
(nada de cabo de vassoura) até que comece a engrossar e despeje numa caixa de
madeira forrada com plástico ou dentro de caixinhas vazias de leite. O tempo para
cortar, você verá. O corte pode ser feito com faca ou um pedaço de fio de aço
amarrado em dois pedacinhos de cabo de vassoura. A quantidade de água varia
conforme o tipo de gordura se é saturada (sólida) ou insaturada (líquida). As
CURIOSIDADE!!!
A Soda é um mineral, encontrado natureza na em diferentes estados de
pureza. Deve ser manuseada com cuidado para não queimar as mãos nem ser
aspirado. É sempre bom usar soda de boa qualidade para produzir um bom
sabão.
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saturadas são os sebos e as banhas e as insaturadas são os óleos. Podemos
substituir e fazer com 4 kg de sebo e 2 kg de óleo, então a receita aceita 4 litros de
água. Detalhe interessante: Quando o sabão é feito com mais gorduras saturadas,
ele engrossa mais rápido, então, o tempo de ficar mexendo é mais curto, cerca de 5
a 10 minutos. Outro detalhe: Você pode até colocar mais água, daí o sabão fica mais
mole, demora mais tempo mexendo e se a temperatura não for respeitada (sempre
morna), a receita pode desandar. Tudo isso é feito fora do fogo. Se a receita
desandar, teremos que levá-la ao fogo para corrigir, então se deverá observar outro
ponto no sabão, é o ponto de fio (sabão quente).
GRUPO 2
SABÃO FRIO
Reagentes:
3 kg de sebo + 3 kg de óleo usado
1 kg de soda forte
3 litros de água
Meio quilo de caulim (O caulim serve para dar
peso ao sabão = carga)
Procedimento:
Dissolva a soda um dia antes na água. Depois aqueça o sebo junto com o
óleo - tem que ficar morninho. (em torno de 45°C). Dissolva o caulim na lixívia e
despeje sobre as gorduras e mexa até começar a engrossar. Mexa, pare, mexa,
pare. Começou a engrossar, é só despejar na forma. Eu disse mexa, pare, porque
não precisa ficar mexendo feito um louco sem parar. O tempo que demora em
começar a engrossar vai depender da quantidade de óleo que você coloca, ou seja,
menos óleo ele engrossa mais depressa. No final, o resultado é o mesmo.
CURIOSIDADE!!!
Frio mesmo ele não é. Isto porque você tem que aquecer as gorduras e a
reação de saponificação também eleva a temperatura do sabão.
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GRUPO 3
SABÃO LÍQUIDO DE ÓLEO USADO (reaproveitamento)
Reagentes:
2 litros de óleo usado
1 kg de soda forte 99%
2 litros de álcool
50 litros de água
500 ml de detergente
500 g de sabão em pó
Procedimento:
Dilua a soda em 2 litros de água, junte o óleo e lentamente o álcool, mexendo por 5
minutos. Colocar a mistura no restante da água (48 litros), colocar o detergente e o
sabão em pó. Mexer por 40 minutos, deverá formar uma natinha por cima e uma
espuminha. Se isto não acontecer é porque não ocorreu a saponificação, então leve
cuidadosamente ao fogo para ganhar calor, retire e mexa até que saponifique. Ele
fica meio aguado mesmo.
CURIOSIDADE!!!
No INVERNO este sabão turva!! Basta aquecer que ele volta ao normal. É um
sabão forte que poderá ser usado para deixar roupas sujas de molho, limpeza
de pisos, quintal etc. Pode até ser usado como detergente para lavar louças,
desde que se usem luvas.
PARA PENSAR...
COLOQUE SEMPRE AS ESCAMAS
DA SODA NA ÁGUA E NUNCA O
INVERSO.
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GRUPO 4
SABÃO EM BARRA CASEIRO
Reagentes:
4 L de óleo comestível usado
2 L de água
1/2 copo de sabão em pó
1 Kg de soda cáustica
5 ml de essência aromatizante (facultativo)
Procedimento:
Dissolver o sabão em pó em ½ L de água quente
Dissolver a soda cáustica em 1 e ½ L de água quente
Adicionar lentamente as duas soluções ao óleo
Mexer por 20 minutos
Adicionar a essência aromatizante
Despejar em formas
Desenformar no dia seguinte.
GRUPO 5
SABÃO DE ÁLCOOL
Reagentes:
4 Kg de sebo
1 Kg de soda
2 litros de álcool
2 litros de óleo (usado)
3 litros de água
Procedimento:
Desmanchar a soda na água, despejar o sebo quente, o óleo e o álcool na
soda. Mexer até dar liga. Cortar assim que estiver firme e ainda morno. Guardar em
sacos plásticos para não secar demais.
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AÇÃO 8
Na realização desta ação, iremos praticar experimentos com o sabão
fabricado artesanalmente pelos alunos e abordar as discussões propostas,
objetivando a ampliação do conhecimento químico.
Inicialmente, iremos recordar os Cuidados Básicos de segurança para
trabalhar no Laboratório.
ATENÇÃO! Laboratórios de Química são locais interessantíssimos, onde
podemos aprender inúmeras coisas. Neles, contudo, devemos sempre lembrar que
é alta a chance de ocorrerem acidentes, principalmente se não seguirmos certos
cuidados básicos,
Acompanhe!
HORA DE IR AO
LABORATÓRIO!
VAMOS RECORDAR OS CUIDADOS
BÁSICOS DE SEGURANÇA PARA
TRABALHAR NO LABORATÓRIO?
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Seguir rigorosamente as instruções recebidas do (a) professor (a);
Usar óculos de segurança, luvas e avental;
Dentro do laboratório, cabelos longos devem ser mantidos presos;
Não comer nem beber dentro do laboratório;
Lavar bem as mãos antes de deixar o laboratório;
Antes de usar reagentes (substâncias usadas para realizar experiências),
informar-se como manuseá-los, como descartá-los e os perigos de sua
manipulação, inalação ou ingestão.
Certificar-se da voltagem dos aparelhos antes de conectá-los à rede
elétrica. Quando não estiverem em uso, os aparelhos devem ficar
desconectados;
Evitar armazenar reagentes em lugares altos e de difícil acesso;
Lembre-se de que o vidro quente pode ter a mesma aparência que o vidro
frio. Não usar nenhum material que estiver com o vidro trincado;
Antes de iniciar um experimento, verificar se todas as conexões e ligações
estão seguras;
Ao testar o odor de produtos químicos, nunca colocar o produto ou o frasco
diretamente no nariz;
Ao manipular frascos, nunca dirigir a sua abertura na própria direção ou na
direção de outras pessoas.
VAMOS AOS
EXPERIMENTOS.
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A PRODUÇÃO DE SABÃO A PARTIR DE ÓLEO DE SOJA (RECICLADO)
Reagentes e Materiais Necessários:
- 20 ml de óleo de soja;
- 16 pastilhas de hidróxido de sódio ou, aproximadamente, trinta gramas;
- 15 ml de etanol (álcool comum);
- Cloreto de Sódio (sal de cozinha);
- Gelo;
- Bacia;
- Um béquer de 100 ml (ou um copo comum);
- Dois béqueres de 250 ml (ou uma panela e um copo comum);
- Uma proveta de 180 ml (ou uma seringa de 20 ml);
- Um bastão de vidro (ou uma colher);
- Papel de tornassol
Procedimento:
Primeiramente prepare a solução alcalina em um béquer de 250 ml,
colocando as 30 g de hidróxido de sódio em aproximadamente 100 ml de água da
torneira (agite com um bastão de vidro para homogeneizar a solução e cuidado, pois
ela é cáustica).
Após, monte o equipamento para o banho-maria. No béquer de 100 ml,
coloque 20 ml de óleo de soja, 20 ml da solução alcalina e 15 ml de etanol.
Leve a mistura ao banho-maria até cobri-la. Agite constantemente para
emulsionar os componentes. Aqueça a mistura (solução 1) por aproximadamente 30
minutos, acrescentando um pouco de água, se a pasta formada estiver ficando muito
dura.
Após este período, retire a solução 1 do banho-maria e coloque para aquecer
200 ml de água num béquer de 250 ml. Quando a água estiver fervendo, adicione
cloreto de sódio até saturar a solução (solução 2).
Após verta a solução 1 no frasco da solução 2. Agite fortemente e leve a
mistura formada para um banho de gelo. Deixe repousar por trinta minutos.
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DISCUSSÕES
1) Por que se coloca uma solução de cloreto de sódio, se já temos o sabão,
na primeira etapa da experiência?
2) Se utilizássemos óleo de milho ao invés de óleo de soja, ocorreria a
formação de sabão?
3) Após colocada no banho de gelo, o que ocorreu com a mistura? O que
contém cada fase desta mistura?
4) O sabão obtido é líquido ou sólido? Procure justificar sua resposta.
5) O que poderíamos fazer para obter um produto final de melhor qualidade?
6) Utilizando papel indicador, realize um teste de pH no sabão obtido no
experimento. Qual é o resultado? Esse resultado era o esperado?
Justifique.
SOLUBILIDADE DO SABÃO EM CLORETO DE SÓDIO
Procedimento:
Coloque 50 ml de água em um copo e 50 ml de uma solução de água e sabão
em outro.
Adicione cloreto de sódio aos dois copos até que ele deixe de dissolver-se.
DISCUSSÕES
1) Qual dos dois copos dissolveu mais sal? Justifique.
2) O que ocorreu com a solução de água e sabão após a adição de cloreto de
sódio? Justifique.
3) Adicione sabão à água com sal e mexa com uma colher. O que ocorre?
SOLUBILIDADE DO SABÃO EM ÓLEO DE SOJA (RECICLADO)
Procedimento 1: Dissolva um pequeno pedaço de sabão em um pouco de
água, formando uma pasta uniforme. Misture a esta pasta um pouco de óleo de soja.
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DISCUSSÕES
1) Ocorreu a dissolução?
2) A que conclusão você pode chegar quanto a polaridade da molécula de
sabão?
Procedimento 2: adicione a dois copos de 50 ml de água. Em um coloque sal
até saturar a solução (marque-o). Adicione sabão aos dois copos. Agitar as duas
soluções com uma colher.
DISCUSSÕES
1) Qual das duas soluções formou maior quantidade de espuma? Justifique.
2) A espuma ocorre devido ao efeito da redução da tensão superficial da
solução. Quanto maior a quantidade de espuma menor será a tensão
superficial? Justifique.
Procedimento 3: passe óleo de soja sobre uma superfície e teste o poder de
limpeza das duas soluções.
DISCUSSÕES
1) Qual delas limpou melhor? Justifique.
2) O sal influenciou no poder de limpeza da solução? Justifique.
Procedimento 4: Com um mesmo conta-gotas pingue em uma superfície
limpa e lisa uma gota de água, uma de álcool e uma de óleo de soja (nesta ordem e
equidistantes de uns 5 cm).
DISCUSSÕES
1) Qual delas esparramou-se mais? Qual terá interações intermoleculares
mais fortes?
2) Qual o motivo de usarmos o mesmo conta-gotas?
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AÇÃO 9
Nesta etapa serão realizadas entrevistas individuais, as quais serão gravadas,
com os alunos que participaram das atividades do Projeto. O objetivo é buscar
informações por meio de perguntas abertas com vistas à análise dos resultados da
Implementação para, posteriormente, servirem de suporte para a avaliação final do
projeto e publicação do artigo final.
Aluno (a) ___________________________________ Série_____________
Obs.: Colocar um número ou letra no campo Aluno(a) como forma de identificação.
1- Você já havia refletido sobre os problemas ambientais quanto ao descarte do óleo
doméstico ou foi a partir do projeto que iniciou sua reflexão?
2- A partir do que você vivenciou ao abordar este tema, qual sua atitude em relação
à problemática dos resíduos domésticos ao meio ambiente?
3- O que você achou da nova maneira de estudar os conteúdos de Química,
relacionando-os com a consciência ambiental?
4- Você considera importante que as pessoas entendam e conheçam a relevância
do descarte adequado do óleo doméstico?
5- Quanto à experimentação nas aulas de Química, você considera interessante
para a aprendizagem dos conteúdos?
6- Diante das reflexões abordadas sobre o tema: “Química dos Sabões”, ao fazer a
limpeza da caixa de gordura em sua casa, você usaria como alternativa o
hidróxido de sódio (soda cáustica) como produto de limpeza? Qual seu ponto de
vista quanto a esta alternativa? Teria outra solução?
Acompanhe abaixo o
roteiro da entrevista!!!
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AÇÃO 10
AVALIAÇÃO
De acordo com as Diretrizes Curriculares de educação Básica de Química do
Estado do Paraná a avaliação deve ser:
[...] concebida de forma processual e formativa, sob os condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento (PARANÁ, 2008, p. 69).
Por meio de reflexões e ações em torno da abordagem da Química Ambiental
serão realizadas práticas avaliativas de acordo com o roteiro de trabalhos,
organizado em diversas etapas: o levantamento de dados e gráficos, a pesquisa
bibliográfica e explanação do assunto, o trabalho coletivo, relatório dos experimentos
e a assimilação do conteúdo teórico por meio do tema abordado.
As questões de números 1 a 6 assinale a alternativa correta
1- Aquecendo uma mistura de gordura com solução de soda cáustica ocorre
saponificação, na qual forma-se, como produtos:
a) Ácidos graxos e etanol
b) Sais de ácidos graxos e proteínas
c) Ácidos graxos e propanol
d) Proteínas e glicerol
e) Sais de ácidos graxos e glicerol
2- As gorduras são constituídas essencialmente de:
a) Aldeídos b) éteres c) cetonas d) ésteres e) aminoácidos
MOSTRE QUE
ENTENDEU E RESPONDA!
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3-A saponificação do triestearato de glicerina produz:
a) Acido esteárico e glicerina
b) monoestearato de glicerina e acido esteárico
c) somente estearato de sódio
d) estearato de sódio e glicerina
e) estearato de sódio e água
4- A glicerina comercial pode ser obtida através de:
a) Esterificação de um sabão
b) Fusão de uma cera
c) Hidrogenação
d) Saponificação de um triéster de um óleo
e) Desidrogenação de uma gordura
5 -A hidrólise dos ésteres e a saponificação dos ésteres têm em comum:
a) a formação de um álcool
b) a formação de sal
c) a formação de acido
d) a eliminação de água
e) a produção de solução neutra
6-Industrialmente, a hidrólise alcalina de um triéster de ácidos graxos e glicerol é
utilizada para a obtenção de sais de ácidos graxos(sabões). A produção de sabão
caseiro é bastante comum. Para tanto, os reagentes utilizados na indústria podem
ser substituídos por reagentes caseiros:
a) Suco de limão e restos de comida
b) Banha de porco e cinzas de carvão vegetal
c) Cera de abelha e gordura de côco
d) Soda cáustica e proteína animal
e) Gordura de animal e farinha de milho.
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Qual é a estrutura de uma molécula de sabão?
Como se dá o nome da reação que ocorre entre um ácido graxo e o
hidróxido de sódio? Esta reação é considerada endotérmica ou
exotérmica? Demonstre esta reação.
Qual é a estrutura molecular de sabão (polar, apolar) ou ambas as
características?
Como se dá a forma que a molécula de sabão dissolve e elimina as
sujeiras que estão fixas nos tecidos através de moléculas orgânicas
apolares?
Sabe-se que a água é uma substância polar. Quando o sabão entra em
contato com a água, qual a parte da molécula de sabão que interage com
a água?
Como se dá o aparecimento de espuma numa solução de sabão e água?
Para o sabão ser considerado “bom”, necessariamente precisa ter
espuma?
Para a fabricação de sabão comum, quais os principais produtos químicos
utilizados?
Quem atua como base e como ácido na reação de saponificação?
Encerram-se as atividades avaliativas com a aplicação novamente do
questionário diagnóstico prévio aos alunos, a fim de dados comparativos do trabalho
desenvolvido, cujos resultados serão expostos na escola, para que possam
visualizar se houve mudanças em suas atitudes ambientais.
Obs.: A partir dos resultados da Implementação do Projeto de Intervenção
Pedagógica na Escola será elaborada a estruturação e redação de um artigo final, o
qual será divulgado em rede pública, servindo como fonte de conhecimentos,
AGORA É PARA
RESPONDER!
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reflexões e ações em torno da abordagem da Química Ambiental para todos os
professores de Química do Estado do Paraná.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, D. X, SILVA, R. R, TUNES, E. O conceito de substância em química apreendido por alunos do ensino médio. Química Nova, v. 18, n. 1, p. 80-90, 1995. BERNARDELLI, M.S. Encantar para ensinar- um procedimento alternativo para o ensino de química. In: ENCONTRO PARANAENSE, 9.; CONGRESSO BRASILEIRO, 4.; CONVENÇÃO BRASIL/LATINO AMÉRICADE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, 1., Foz do Iguaçu, 2004. Anais... Curitiba: Centro Reichiano, 2004. CD-ROM CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino? Canoas: Ed. Da Ulbra, 1995. MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2000. NANNI, R.A natureza do conhecimento científico e a experimentação no ensino de ciência. Revista Eletrônica de Ciências, v.26, maio 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de química para a educação básica. Curitiba, 2008. TITO, Miragaia Peruzzo; CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do cotidiano. São Paulo: Moderna, 2006. VASCONCELLOS, H. S. R.A pesquisa-ação em projetos de educação ambiental. In: PEDRINI, A. G. (org). Educação ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. Petrópolis: Vozes, 1997.
REFERÊNCIAS ON LINE
COMO cuidar o meio ambiente. Disponível em: <http://www.guiabrasilblog.com/como-cuidar-o-meio-ambiente/>. Acesso em:01 jun. 2011. CTQ. Química Orgânica III: noturno. Disponível em: <http://gaia.liberato.com.br/quimicaonline/Disciplinas/Quimica%20organica/exercicios%20quiorg.htm>. Acesso em: 14 jun. 2011.
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PROPRIEDADES do sabão. Disponível em: <http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/experimentos/sabao.html>.Acesso em: 04 jun. 2011. REAPROVEITAR óleo de cozinha usado é também ajudar o meio ambiente. Disponível em: < http://www.guiabrasilblog.com/reaproveitar-oleo-de-cozinha-usado-e-tambem-ajudar-o-meio-ambiente/>. Acesso em:01 jun. 2011. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Escola do Futuro. Laboratório Didático Virtual. Sabões e detergentes. Disponível em: <http://www.labvirtq.fe.usp.br/simulacoes/quimica/sim_qui_saboesedetergentes.htm>. Acesso em: 04 jun. 2011. VASCO, Sérgio Correia Freitas Silva. Pipocas no laboratório. Presidente Prudente: UNESP. Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/11155>. Acesso em: 10 jun. 2011.