Fim de Semana ARTESP - edição 22
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EDIÇÃO 22 – 28 DE AGOSTO DE 2015
ASSESSORIA DE IMPRENSA
RAMAL 2105
25.08.2015
SP descarta estudos de projetos de infraestrutura em
metrô, trem e ônibus
Entre eles estão obras para implantação de linhas de metrô e
monotrilho.
Governo diz que arquivou manifestações de interesses privados e não
PPPs.
O governo do estado de São Paulo descartou 32 projetos de estudos de parcerias
público-privada (PPPs) na área de infraestrutura. Entre eles estão propostas para a
realização de obras para implantação de linhas de metrô e monotrilho, trens de
alta velocidade para o interior e ABC e corredores de ônibus, entre outros. A
decisão do Conselho Gestor do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas
foi divulgada no "Diário Oficial" do último sábado (22).
A subsecretária de parcerias e inovações do governo de São Paulo, Karla Bertocco,
explicou que os projetos arquivados são Manifestações de Interesse Privado
(MIPs), apresentadas por empresas que pretendem estudar e apresentar uma
proposta de Parceria Público-Privada (PPP). "Não existem essas PPPs ainda, não
houve o arquivamento de propostas, e sim de manifestações de interesses
privados para iniciar estudos sobre esses assuntos", disse.
A PPP é um contrato de prestação de serviços ou obras. As empresas são pagas
diretamente pelo governo para realizar uma tarefa e podem ainda obter parte de
seu retorno financeiro explorando o serviço. Nas MIPs, são os investidores
interessados que levam ao governo estadual suas propostas de construção de
uma nova linha de metrô, por exemplo.
Karla disse que as 32 propostas foram arquivadas neste momento também por
causa de um decreto publicado em julho que define uma plataforma digital para
os projetos serem apresentados. "É a forma que a gente tem de ter isso de forma
mais organizada. Você pode submeter isso pelo site, não precisa vir até o
governo, é como se fosse o Poupatempo, e em 60 dias pretendemos dar uma
resposta aos interessados."
Alguns projetos foram negados, no entanto, devido a mudanças no cenário
econômico e regulatório ou porque eram antigos e tinham outros projetos
semelhantes já em curso. A área de mobilidade urbana foi a que teve mais
propostas arquivadas. Ao todo, 12 propostas envolvendo o tema foram
canceladas.
Entre as propostas de projetos de estudos descartadas sobre mobilidade estão:
- Implantação de linha de Metrô/ monotrilho interligando os bairros de Santo
Amaro, Jardim Ângela e Capão Redondo
- Expresso ABC/Linha 10;
- Expresso Bandeirantes;
- Expresso Jundiaí;
- Construção, operação, manutenção e adequação da Linha 2 do Metrô;
- Modernização da Linha 7-Rubi da CPTM;
- Implantação, operação e manutenção da Linha 19 (Celeste) do Metrô;
- Implantação, operação e manutenção da Linha 20 (Rosa) do Metrô;
- Duplicação, operação e manutenção da Rodovia SP-079;
- Expresso ABC;
- Monotrilho ligando a estação Portuguesa/Tietê ao Aeroporto de Guarulhos;
- Corredor de ônibus (Ant. João/Alphaville/Santana do Parnaíba);
- Construção, operação e manutenção de extensão do trecho Sul do Rodoanel e
Rodovia de acesso à Baixada Santista partindo do Trecho Leste do Rodoanel
(Ligação SP-021).
As propostas de construção de fóruns regionais e de prédios do Ministério
Público receberam parecer contrário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
porque “as atividades exercidas pelo Poder Judiciário não seriam passíveis de
delegação à iniciativa privada”, provocando a “submissão” do Judiciário ao
conselho e “violaria a separação dos Poderes”.
Dessalinização
O governo estadual também descartou as propostas de desenvolvimento para
implantação dos projetos de dessalinização da água do mar e implantação do
sistema de dessalinização de água associada ao sistema de transporte para a
região metropolitana. Ao todo, o Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas
(PPPs) excluiu cinco projetos de saneamento de investimentos. Um dos projetos,
estimado em R$ 1,5 bilhão, foi apresentado ao governo em fevereiro deste ano
por um consórcio formado por três empresas.
Algumas das propostas como a construção e operação de seis fóruns, de três
complexos prisionais, de pátios para veículos apreendidos, da Linha 20-Rosa do
Metrô e do Expresso ABC, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)
já tinham estudos ou licitação anunciados.
Outras propostas foram arquivadas por decisão dos próprios conselheiros, em
vista de parecer técnico existente contrário ao seguimento de tais propostas,
segundo manifesto dos próprios setoriais responsáveis, que sustentaram a
sugestão de arquivamento, principalmente pela incompatibilidade das propostas
com as demais ações prioritárias de cada uma das pastas, ou pela inviabilidade de
implementação de projeto que se demonstraria concorrente com demais
empreendimentos implantados (alguns já, inclusive, em operação) ou por
implantar.
A restrição orçamentária vigente revogou as propostas que demandariam grande
participação financeira do Estado, recomendando o arquivamento da implantação,
operação e manutenção da Linha 19 (celeste) do Metrô; implantação, operação e
manutenção da Linha 20 (Rosa) do Metrô; e Pátio Legal.
A decisão de arquivamento também contemplou as propostas que foram
apresentadas sem os requisitos mínimos para a sua submissão como: duplicação,
operação e manutenção da Rodovia SP-079; projeto identificação veicular;
Expresso ABC; construção, operação e manutenção de 200 creches na Grande SP; e
monotrilho ligando Portuguesa/Tietê ao Aeroporto de Guarulhos.
26.08.2015
Pesquisa aponta que insatisfação com transporte público
vem crescendo em São Paulo
Uma pesquisa realizada com passageiros do transporte público de São Paulo
indicou que a insatisfação cresceu nos últimos 10 anos. Metrô, trens e ônibus
caíram no levantamento feito pela Associação Nacional de Transportes Públicos
(ANTP). Divulgado pelo “Bom dia Brasil”, da “TV Globo”, o levantamento também
traz os motivos da insatisfação: superlotação e demora.
O número de pessoas que achavam o metrô excelente ou bom caiu de 92%, em
2004, para 65%, em 2014. A satisfação do público com o transporte da Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também caiu: de 60 para 40%.
O estudo foi questionado pelo governo de São Paulo, que argumentou que
pesquisas próprias apontam para um crescimento da aprovação dos passageiros.
“O caminho é expandir a rede, porque com isso você passa a ter uma sinergia
melhor e uma rede mais integrada, então por isso nós estamos em obra com cinco
linhas de metrô simultâneas”, disse o governador Geraldo Alckmin.
O ônibus foi o transporte público mais mal avaliado na capital paulista. De todos
os tipos de condução, é o com a pior marca da última década. Mais de 60% das
pessoas ouvidas pela pesquisa não aprovaram esse tipo transporte.
27.08.2015
Cerca de 5% dos motoristas cometem mais da metade das
infrações em SP
ARTUR RODRIGUES
ADRIANO QUEIROZ
DE SÃO PAULO
Um percentual de 4,9% dos 7,8 milhões de veículos da capital paulista recebeu
50,6% de todas as multas de trânsito de 2014, mostra balanço da gestão Fernando
Haddad. De acordo com os dados da prefeitura, 24,1% da frota cometeu 49,4% das
infrações. E a grande maioria, 71%, não tomou nenhuma multa no ano passado.
Entre os que receberam multas (29%), 41% dos motoristas cometeram apenas uma
infração. No outro extremo, 4% destes receberam mais de dez multas.
O levantamento foi feito após onda de acusações em rádios e redes sociais de que
a gestão Haddad promove a chamada "indústria da multa". As críticas
aumentaram após a prefeitura reduzir o limite de velocidade nas marginais Tietê
e Pinheiros, com objetivo de diminuir o número de acidentes no trânsito.
Quando questionado sobre o assunto, o prefeito costuma responder que é preciso
combater a "indústria da infração", sem a qual não há autuações. Em 2015, diz a
prefeitura, a tendência é que a grande maioria permaneça sem multas. Até agosto,
apenas 19% da frota (atualizada neste ano para 8 milhões de veículos) foi autuada
por irregularidades no trânsito –71,9% são automóveis.
CAMPEÃO
Entre as placas que lideram a lista de infrações, há casos com centenas de multas,
que chegam na casa dos milhões de reais. A campeã é uma empresa do ramo
têxtil, a Francis e Germain Indústria e Comércio de Roupas, com 1.528 multas,
totalizando R$ 7,4 milhões. A reportagem procurou a responsável pela empresa,
mas não a localizou. A pessoa física com mais multas no veículo, um Palio vinho
1998, é o mecânico José Evandro das Neves Pereira, 67.
Ele afirma que vendeu o carro há três anos, mas não passou o veículo para o
nome do novo dono. Desde então, tem um saco cheio de multas na sua casa. Só
em 2014 foram 778 infrações, que totalizam R$ 94.774. "Perdi a carteira desde
então e não voltei a dirigir", disse. Ele afirma que já procurou órgãos
responsáveis, mas não conseguiu tirar o carro do seu nome. "Tem que apreender
esse carro e prender esse motorista", diz.
Pereira afirma que o homem que comprou o carro costuma tomar muitas multas
na marginal Pinheiros. "Ele sempre toma multas por excesso de velocidade e por
andar na faixa de ônibus. Tenho medo de ele atropelar alguém e sobrar para
mim." O mecânico conta que já procurou pessoalmente o comprador, mas foi
ameaçado. "Ele disse: 'Não mexa comigo'", relata Pereira.
Neste ano, quem lidera a lista de infrações é um veículo ano 2012, que já recebeu
485 multas, no total de R$ 4,8 milhões, em nome da Casa de Carnes Novilho de
Ouro Anhanguera. A reportagem entrou em contado com a empresa. O gerente,
que se identificou como Antonio, afirmou não saber das multas.
Arrecadação
No total, as multas de trânsito renderam R$ 899,6 milhões aos cofres da
prefeitura no ano passado. Segundo balanço da Secretaria de Finanças, o valor é
menor do que o que era esperado (R$ 1,2 bilhões), mas representa um aumento de
6% em relação a 2013. O aumento anterior, de 2012 para 2013, havia sido de 4%.
As multas por transporte de carga perigosa renderam R$ 6,5 milhões, um
aumento de 63% do que foi recebido no ano anterior.
A arrecadação com multas foi influenciada pelo aumento do número de radares,
mas sofreu o impacto do fim da inspeção veicular -o número total de infrações
aplicadas na cidade cresceu 4,5%. A gestão Haddad estima que neste ano o
número de autuações terá crescimento maior. Além de ser finalizado o projeto de
ampliação do número de radares, terá início um novo método de fiscalização do
trânsito. A ideia é vigiar pontos da cidade em que hoje a presença de
marronzinhos não é tão efetiva, como em bairros da periferia.
A fiscalização será feita de forma aleatória, em todos os dias e horários. Foram
definidos 250 pontos, em todas as regiões, em que agentes vão fiscalizar
infrações como dirigir com o braço para fora do carro, não respeitar a placa de
Pare ou a falta de seta indicativa.
A CET não informou quantos agentes serão destacados para isso -o efetivo hoje é
de 1.800. A fiscalização não será feita em todos os locais ao mesmo tempo: um
sorteio feito por computador vai escolher os locais de atuação. Segundo a
companhia, o endereço dos pontos não será informados para manter o fator
surpresa. "A intenção é que o motorista fique de olho. Mesmo em um bairro
distante, num lugar que nunca teve um agente de trânsito, ele poderá
eventualmente estar na esquina aguardando pra ver se alguém está cometendo
infração", disse o secretário Jilmar Tatto (Transportes). A previsão da prefeitura é
que a arrecadação com multas de trânsito atinja R$ 948,2 milhões neste ano.
22.08.2015
Transporte em São Paulo tem sua pior avaliação em uma
década
ANDRÉ MONTEIRO
DE SÃO PAULO
O transporte público de São Paulo teve no último ano a pior avaliação dos
passageiros em uma década – deixando em xeque tanto bandeiras do governador
Geraldo Alckmin (PSDB) como do prefeito Fernando Haddad (PT). Os resultados
negativos são de pesquisa inédita da ANTP (Associação Nacional de Transportes
Públicos) –referência de técnicos e financiada pelos próprios órgãos públicos e
privados do setor.
O levantamento aponta que a maior queda foi na satisfação de usuários do metrô.
Esse sistema já teve 93% de avaliações excelentes ou boas em 2006 –índice que
estava em 75% em 2012 e caiu para 64% no ano passado. A principal explicação
para os resultados é a crescente superlotação, agravada por seguidos atrasos na
expansão.
Mesmo com a piora, a aprovação do metrô ainda é muito superior à dos ônibus na
capital. Bandeira da gestão Haddad, que apostou em faixas exclusivas, os
coletivos municipais não tiveram nenhum sinal de recuperação na opinião dos
passageiros. Eles continuam com a pior avaliação dentre os principais meios -
entre 2012 e 2014, a satisfação oscilou de 35% para 34%, dentro da margem de
erro de dois pontos percentuais, mas foi a menor marca numérica em uma
década.
Uma das explicações é que, na prática, os ônibus em geral estão quase tão lentos
como sempre: em 2014, a velocidade do sistema ficou em 15 km/h, ante a meta
de 25 km/h. Os resultados do levantamento da ANTP eram divulgados com alarde
anteriormente. Em 2013, ano marcado pelos protestos de junho, a pesquisa não
foi realizada. Os dados negativos do ano passado foram mantidos sob sigilo –mas
vazaram por meio de um relatório do TCM (Tribunal de Contas do Município) de
julho de 2015. A pesquisa (com usuários frequentes) ouviu 3.300 pessoas na
Grande São Paulo.
Os trens da CPTM também tiveram a pior marca numérica em dez anos –a
aprovação oscilou de 44% para 40%, no limite da margem de erro. Segundo
especialistas, a demanda por transporte vem crescendo mais que a oferta,
agravando a espera, a superlotação e a insatisfação. "Tem mais gente usando e
querendo usar, até por uma procura de alternativa ao carro, mas o sistema não
está crescendo no mesmo ritmo, com novos corredores e linhas de metrô. As
grandes inaugurações ainda não vieram para dar uma aliviada", afirma Renato
Arbex, mestre em transportes pela USP.
Em dez anos, a rede do metrô cresceu 36% e os usuários, 92%. Quase todas as
obras do governo Alckmin estão atrasadas. Os corredores de ônibus de Haddad
também patinam. De 150 km prometidos, somente 38 km tiveram as obras
iniciadas até agora.
OUTRO LADO
As gestões Alckmin e Haddad dizem que outros levantamentos do Estado e da
prefeitura apontam haver uma melhoria na avaliação dos serviços de transporte.
Elas não comentam nem questionam os resultados da pesquisa coordenada pela
ANTP (associação de transportes públicos) –que tem financiamento de órgãos
municipais, como SPTrans, e estaduais, como Metrô, e sempre foi referência de
técnicos dos setores público e privado.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos, responsável pelo Metrô, CPTM e
EMTU, afirma haver outros indicadores que "mostram de forma inequívoca a
melhora dos índices de satisfação". A pasta ligada à gestão Alckmin cita pesquisa
Datafolha de maio deste ano, feita com outra metodologia, que aponta o metrô
como o melhor meio de transporte em São Paulo na opinião de 64% dos
paulistanos. Afirma que outro levantamento recente, sem especificar a data ou
quem o fez, apurou que a satisfação dos usuários da CPTM "saltou para 68,7%,
dez pontos percentuais a mais do que o último levantamento, feito em 2012". O
secretário de Transportes da gestão Haddad, Jilmar Tatto, diz que as reclamações
de usuários de ônibus da capital caíram 60% neste ano.
Cita medidas como a renovação da frota, a implantação de faixas exclusivas e a
rede de linhas da madrugada. "Todas as intervenções que temos feito na cidade
são no sentido de melhoria do transporte, e outras pesquisas mostram que a
mobilidade é uma área com avaliação bastante positiva", afirma. "Temos uma
visão mais otimista. Ainda não está bom, reconhecemos que existem gargalos,
mas, do ponto de vista comparativo com os anos anteriores, tem melhorado a
cada ano o transporte na cidade", diz Tatto. No caso dos micro-ônibus, ele afirma
que parte da insatisfação pode estar relacionada ao tamanho dos veículos. Diz
que na nova licitação do transporte serão exigidos modelos maiores, com mais
capacidade, para evitar a superlotação nessas linhas.
CORREDOR
A única melhoria sensível apurada pela pesquisa da ANTP foi no corredor de
ônibus São Mateus-Jabaquara, gerenciado pela EMTU. A aprovação subiu de 67%
para 75% e superou até mesmo a avaliação do metrô. Com 33 km, o corredor liga
a zona leste à zona sul da capital e passa ainda por Mauá, Santo André, São
Bernardo do Campo e Diadema. O sistema de 13 linhas é operado por uma
concessionária privada (Metra) e tem um terço da frota em veículos elétricos,
menos barulhentos.
25.08.2015
"Sempre cresci na crise", afirma Abilio Diniz
SÃO PAULO - Abilio Diniz, membro do conselho de
administração do Carrefour Brasil e presidente do
conselho da BRF, disse na manhã que a crise do
país é muito mais política do que econômica.
Ainda afirmou que, "com tranquilidade política, a
economia se resolve".
“Há uma enorme crise de confiança no Brasil, mas
se empresários se unirem e voltarem a investir a
coisa muda", afirmou, durante o evento Latam
Retail Show, promovido pela consultoria GS&MD.
"Eu sempre cresci na crise. Se você está fragilizado, você vai ter dificuldade de
agir, mas se estiver minimamente preparado pode sair melhor. Na crise de 2008,
por exemplo, sentamos no caixa, e ao fim de 2009 tínhamos dobrado a companhia
de tamanho", disse ele. Neste período, a empresa comprou o Ponto Frio e se
fundiu com a Casas Bahia.
Para Abilio, há uma crise de confiança de grandes proporções no país e o "setor
privado está ‘atravancado’ e não está investindo", disse. Sobre os negócios em
que atua, o empresário afirmou que na BRF e no Carrefour "eles estão vendendo
lenço", ao se referir à máxima comum de que na crise ou se chora ou se vende
lenço.
Sobre corrupção, Abilio disse que "tem que ser atacada", mas ressaltou que "não é
só o Brasil que vive esse problema". Sobre a busca da governabilidade no país,
falou na necessidade de união dos setores. "É preciso união, se não somarmos,
não vai". "Os governantes fomos nós que colocamos lá, o que está faltando a nós
eleitores é união [...] Quando acabar a crise política, eu garanto que sairemos
disso com relativa facilidade".
Longe do pior momento
Abilio Diniz afirmou já ter passado por crises bem piores do que a atual e o que o
Brasil vive hoje não é nem de longe o pior momento do país. Abilio ressaltou
ganhos na era Lula e disse que nos últimos anos “as coisas começaram a andar de
lado”. “Na crise, não dá para se fazer de vítima, nem procurar culpados. Para
quem tem uma empresa, é hora de se olhar no espelho e perguntar se fez algo de
errado e o que você pode fazer agora”, afirmou.
Abilio mencionou sua etapa final à frente do Grupo Pão de Açúcar - ele deixou o
conselho da empresa em 2013. “Consegui sair do Pão de Açúcar quando entendi
que a companhia estava dentro de mim, que o grupo eram meus valores e
princípios”. Ele afirmou ainda que a dificuldade de capitalização das empresas
não tem nada a ver com a crise econômica, ao ser questionado sobre problemas
das empresas médias e pequenas. “É claro que momento é duro, mas os
fundamentos econômicos do país são sólidos”.
28.08.2015
Governo autoriza estudos para arrendamento de seis novas áreas
Por Fernanda Pires | De Santos
A Secretaria de Portos (SEP) autorizou ontem a realização de 28
Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs) para
o arrendamento de seis áreas nos portos de Santos (SP), do Rio de
Janeiro, de Suape (PE) e de São Francisco do Sul (SC). A medida está no
âmbito do segundo bloco do pacote de licitações portuárias que
integra a nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL).
As áreas deverão ser licitadas em 2016 e receber investimentos de R$
1,3 bilhão. "Espera-se que o incremento na movimentação seja de
aproximadamente 19 milhões de toneladas/ano após a realização dos
investimentos previstos", disse o ministro dos Portos, Edinho Araújo,
em nota.
Dez empresas farão os estudos. Linktech e R.Peotta foram as únicas
classificadas para desenvolver todos os EVTEAs. Um novo terminal
para carga geral no Porto de São Francisco do Sul e um terminal para
veículos em Suape foram os recordistas de habilitação: seis empresas
deverão estudar cada ativo. Planave, Eagle Serviços Diferenciados,
DTA Engenharia, Linktech, R.Peotta e Consórcio V.E.G. farão modelos
de EVTEAs para a exploração da área catarinense.
Já o terminal em Suape será estudado pela Eagle Serviços
Diferenciados, Tegma Gestão e Logística, Linktech, Merco Shipping
Marítima, Consórcio V.E.G. e R.Peotta. Cinco empresas (Eagle Serviços
Diferenciados, DTA, Linktech, R.Peotta e Freight Consultoria e
Projetos) foram habilitadas para estudar a exploração de um terminal
para granéis vegetais em Santos. Ainda no cais santista, Linktech,
Raízen Combustíveis, R.Peotta e Consórcio V.E.G. avaliarão a
implantação de terminal de líquidos. O desenvolvimento de uma
instalação no porto de Suape para escoamento de granéis sólidos de
origem vegetal será objeto do Consórcio V.E.G, Eagle Serviços
Diferenciados, Linktech e R.Peotta. Finalmente a SEP autorizou três
empresas (Eagle, Linktech e R.Peotta) a elaborar os EVTEAs de um
terminal destinado a granéis sólidos de origem vegetal no Rio de
Janeiro.
As empresas terão 60 dias para apresentar os estudos, que serão
avaliados por uma comissão a ser nomeada pelo ministro. Após a
avaliação, os estudos poderão ser selecionados para subsidiar o
arrendamento das áreas.
Além das empresas autorizadas, a SEP recebeu a doação de um EVTEA
da Bunge Alimentos para a área no porto do Rio de Janeiro. E a
empresa Vasconsult Consultoria, Engenharia e Pesquisa manifestou à
pasta interesse em doar um EVTEA para o arrendamento da área para
movimentação de trigo em Suape.~
21.08.2015
ANTT divulga metodologia para cálculo do custo do frete em
rodovias
Resolução foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (21).
Parâmetros estavam entre as demandas reivindicadas pelos caminhoneiros.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou nesta sexta-feira (21) a
metodologia e os parâmetros de referência para o cálculo do custo do frete do
serviço de transporte em rodovias. Conforme a ANTT, na metodologia foram
considerados os custos operacionais diretos e tributos incidentes sobre o veículo.
Segundo informou a agência, as regras atendem às reivindicações dos caminhoneiros
e foram elaboradas por um grupo de trabalho, coordenado pela Secretaria-Geral da
Presidência da República e pelo Ministério dos Transportes.
“Os custos classificados como diretos são determinados por meio de estudos
técnicos e são referenciais, já que podem variar conforme a operação. Estes se
dividem em custos fixos e variáveis. Os fixos são calculados independente se o
veículo está em operação ou parado, como reposição de veículo, remuneração
mensal do capital empatado no veículo, custo de mão de obra dos motoristas, entre
outros. Já os variáveis são compostos por manutenção, combustível, lavagem e
outros”, informa a agência.
A resolução também classifica o custo-peso, que é resultado da soma dos custos com
o deslocamento da carga, e o custo fixo, ponderado pela capacidade de carga do
veículo. O texto ressalta, no entanto, que a metodologia não se aplica para obter do
valor final do frete, já que não considera a margem de lucro nos cálculos.
28.08.2015
Secretaria de Portos autoriza estudos para arrendamentos
Para o complexo santista serão elaborados nove levantamentos
A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) autorizou a realização de
28 estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea), para o
arrendamento de áreas nos portos de Santos, Rio de Janeiro (RJ), Suape (PE) e São
Francisco do Sul (SC). Para o complexo santista, serão elaborados nove
levantamentos, voltados à demanda de instalações para a movimentação de
granéis líquidos (óleos, combustíveis, compostos químicos e sucos cítricos) e
sólidos vegetais (soja e milho).
As portarias com as liberações foram publicadas pela SEP na edição de ontem do
Diário Oficial da União. De acordo com a pasta federal, essas autorizações estão
previstas nos Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMIs), conforme os
editais de chamamento público nº 1, 2, 3, 4, 5 e 6, publicados no Diário Oficial da
União no último dia 13 de julho.
Esses 28 estudos serão realizados por
10 empresas. Há várias que receberam
o aval para estudar a demanda de
mais de um porto. Em Santos, na
pesquisa sobre as operações de
granéis sólidos vegetais, vão atuar a
RPeotta Engenharia e Consultoria Ltda,
a Eagle Serviços Diferenciados Ltda., a
Linktech International Gestão de Tecnologia e Inovação Ltda.,a DTA Engenharia
Ltda. e a Freight Consultoria e Projetos Ltda.
A LinkTech e a RPeotta também foram liberadas para analisar a movimentação de
líquidos. Essa tarefa também será realizada pela Raízen Combustíveis S.A. e o
Consórcio VEG. Essas empresas terão 60 dias para apresentar os estudos, que
serão avaliados por uma comissão a ser nomeada pelo ministro dos Portos,
Edinho Araújo. Após essa análise, os trabalhos poderão ser selecionados para
subsidiar o arrendamento das áreas de cada um dos PMIs.
Além das firmas autorizadas, a SEP recebeu doação de EVTEA da Bunge Alimentos
referente à área no Porto do Rio de Janeiro a ser arrendada para a movimentação
de trigo. Ainda com relação a doação de estudos, a empresa Vasconsult
Consultoria, Engenharia e Pesquisa manifestou à SEP interesse em doar EVTEA
para o arrendamento da área para movimentação de trigo no Porto de Suape.
28.08.2015
OMS debaterá redução de acidentes no Brasil
Evento vai debater ações para a redução de acidentes no mundo
por Wilson Vieira
O maior debate do mundo sobre a segurança viária será realizado no Brasil, entre
18 e 19 de novembro, na conferência global da Organização Mundial de Saúde
(OMS). Especialistas vão avaliar nestes dias as ações para a redução de mortes e
lesões ocorridas em todo o mundo dentro do Plano Global estabelecido na Década
de Ação para a Segurança de Trânsito, de 2011 a 2020.
A conferência deve reforçar o engajamento da comunidade internacional em
torno das políticas, legislações e medidas que devem contribuir para reduzir os
fatores responsáveis por 1,2 milhão de mortes por ano e traumas físicas de 50
milhões de pessoas por conta de acidentes de trânsito. Os óbitos atingem
principalmente crianças e jovens de cinco a 29 anos e os custos globais
econômicos chegam a 500 bilhões de dólares por ano.
Voluntário para sediar o evento da OMS, o Brasil é um dos parceiros da campanha
de redução da violência no trânsito e integra grupo comprometido com o plano
global, formado por Federação Russa, Estados Unidos, Espanha, França, Austrália,
Argentina, Costa Rica, Índia, México, Marrocos, Nigéria, Omã, Filipinas, África do
Sul, Suécia, Tailândia, Turquia, Uruguai, Organização Mundial de Saúde, Banco
Mundial, Comissão Econômica para a Europa, Comissão Global pela Segurança no
Trânsito (vinculada à Federação Internacional de Automobilismo) e Parceria
Global pela Segurança no Trânsito (Vinculada à Federação Internacional da Cruz
Vermelha e do Crescente Vermelho).
Durante a conferência serão analisados resultados nos países dentro da meta de
salvar 5 milhões de vidas no planeta por meio da adoção de políticas e legislações
que aumentem a segurança de pedestres, ciclistas e motociclistas, que
representam metade dos mortos no trânsito, de acordo com a OMS.
A conferência foi convocada por meio de assembleia geral da Organização das
Nações Unidas (ONU) por meio da resolução “Melhorando a Segurança Viária
Global”, adotada em 2014. Na resolução, a Assembleia Geral também acolheu a
oferta do governo brasileiro de sediar o evento.
O documento expressa a preocupação com o fato de apenas 7% da população
mundial estar protegida por leis de trânsito que preveem a obrigatoriedade de
equipamentos de segurança como cintos, capacetes e dispositivos de proteção
para crianças. Também faltam, segundo o órgão, ações como a Lei Seca, controle
de velocidade e fiscalização por uso de celular ao volante.
Segundo o Global Status Report on Road Safety 2013, da OMS, entre 2008 e 2011,
35 países, representando quase 10% da população mundial, aprovaram leis
atacando um ou mais de um dos cinco fatores-chaves de risco para o trânsito:
velocidade, álcool/direção, capacetes de motocicleta, cinto de segurança e
equipamentos de segurança veicular para crianças e uso de celular ao volante.
No entanto, o número de países com legislação adequada não aumentou. Vinte e
oito países com legislação abrangente, que representam 449 milhões de pessoas,
permanecem da mesma forma. “A crise mundial de segurança no trânsito só
poderá ser superada mediante uma colaboração multissetorial, mecanismos de
financiamento públicos e privados, e uma cooperação da qual façam parte tanto
os setores público e privado como a sociedade civil, a Cruz Vermelha e o
Crescente Vermelho, o mundo acadêmico, associações profissionais, organizações
não-governamentais, entidades formadas por vítimas do trânsito e seus
familiares, grupos de jovens e meios de Comunicação”, afirma a resolução da
Assembleia Geral das Nações Unidas, que também incentiva a inclusão da
segurança viária na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 e seus Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável.
25.08.2015
CNT inicia pesquisa para conhecer expectativas do
transportador
Sondagem serve para nortear transportador sobre planejamento para
2016
por Wilson Vieira
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) deu início a pesquisa para conhecer
as expectativas de transportadores. As consultas serão realizadas até 11 de
setembro e devem contribuir com o desenvolvimento do setor. Nesta edição, a
sétima, o propósito é identificar perspectivas de empresários em questões como a
macroeconomia, investimentos em infraestrutura e atividade empresarial.
Participarão transportadores de cargas e passageiros nas modalidades de
transporte rodoviário, ferroviário, aquaviário, aeroviário, urbano e
metroferroviário.
O estudo também serve como base para transportadores em planejamentos
anuais e para se posicionarem no mercado. Pode servir ainda para a definição de
políticas públicas mais eficazes diante das necessidades do setor. As entrevistas
serão realizadas, por telefone, em parceria com a MDA Pesquisa.
2014
A conclusão do levantamento divulgado em novembro do ano passado é a de que
o transportador demonstrava à época pessimismo com o futuro do país.
Presumiam, acertadamente, que 2015 seria um ano de recessão com aumento da
inflação, impacto na atividade com altos custos de insumos e serviços escassos.
Transportadores ouvidos na sexta edição da pesquisa disseram ainda que não
pretendiam fazer investimentos neste ano. Somente 25,8% dos empresários
demonstraram algum otimismo com relação a aumento na receita bruta e 29,4%,
aumento no número de viagens ainda em 2014. Em março do ano passado, esses
índices eram 43,2% e 39,3%. Também reduziu a perspectiva de aumento de
contratações formais, de 33,3% para 18,2%.
Foram citadas as ações emergenciais em cada modal. No rodoviário, foram
apontadas como prioritárias redução da carga tributária (37,1%) e melhorias na
qualidade das rodovias (31,2%). No ferroviário, as reivindicações são para
melhorias na acessibilidade aos portos (50,0%) e aplicação dos recursos
provenientes dos arrendamentos no próprio setor (50,0%). No aquaviário, redução
da burocracia (30,0%) e redução da carga tributária (22,0%) são as principais
demandas.
24.08.2015
Motorista embriagado que provocar morte em acidente
pode ter pena ampliada
Pena para motorista embriagado que matar no trânsito pode dobrar
A pena para motoristas alcoolizados ou sob efeito de substância química que gere
dependência que cometerem homicídio culposo pode ser aumentada. Projeto de
Lei 5512/2013 aprovado pela Comissão de Justiça e de Cidadania da Câmara dos
Deputados dobra o tempo previsto atual, que é de dois a quatro anos de reclusão.
Na justificativa, quatro anos é uma pena branda que pode ser revertida na
prestação de serviços comunitários. “Principalmente para as famílias que tiveram
uma perda por um acidente causado por alguém que faz uso da bebida. É preciso
ter uma pena que dê um sentido de justiça”, explicou o relator da proposta,
deputado Efraim Filho (DEM-PB).
O parlamentar reforça que os condutores embriagados responsabilizados por
mortes no trânsito devem sofrer privação de liberdade. O Código Penal prevê
medidas alternativas para réus primários com condenações de até quatro anos.
Até penas maiores podem ser abrandadas, neste caso, a comissão avalia que os
juízes devem dar atenção especial à culpabilidade do agente e às circunstâncias e
consequências do crime.
Lesão corporal
A matéria aumenta também o tempo de reclusão para casos de lesão corporal
grave, que passa dos atuais seis meses a dois anos para de dois a cinco anos.
A proposta aprovada tem como base o substitutivo da Comissão de Viação e
Transportes ao Projeto de Lei 5512/13, e outras quatro propostas apensadas. A
redação original, aumenta os índices de álcool ingerido por motoristas para a
aplicação de penalidades da chamada Lei Seca. Essa parte não foi aceita pela
comissão, mas a citação expressa a outras drogas que causem dependência estava
na proposta e fez parte do texto aprovado.
O texto alterado pela CCJ garante mais rigor na aplicação das penas, o que inclui
também a prática de rachas em vias públicas e de manobras perigosas.
25.08.2015
Paraná e Ministério dos Transportes vão debater
renovação das concessões de rodovias
O Paraná receberá nesta quarta-feira (26) a visita do secretário de Gestão de
Programas de Transportes do Ministério dos Transportes, Luciano de Souza
Castro. Ele foi nomeado pelo governo federal para coordenar a comissão que
estuda a proposta de renovação de contratos das atuais concessionárias de
rodovias. O secretário ficará quatro dias no Estado e afirma que vai conversar
com o governador Beto Richa, com deputados, lideranças empresariais, além de
visitar todos os trechos do Anel de Integração.
Em entrevista por telefone à FOLHA, ele disse estar consciente da polêmica que a
proposta gerou no Paraná. E também da posição contrária de entidades como a
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e da Organização das
Cooperativas do Paraná (Ocepar). “Vamos iniciar a busca de um entendimento. A
renovação só será possível se atender os anseios dos usuários”, declara.
Os contratos com as seis concessionárias (Caminhos do Paraná, Ecocataratas,
Econorte, Ecovia, Rodonorte e Viapar), firmado por um período de 24 anos, se
encerram daqui a seis anos, em novembro de 2021. Oficialmente, quem levantou
a bandeira da renovação já – com redução de tarifas e previsão de novas obras –
foi a Federação da Agricultura do Paraná (Faep).
O governo do Estado não assume essa proposta. Diz que está pedindo à União
apenas a renovação antecipada da delegação das vias (a maior parte do Anel de
Integração é formada por trechos federais). O secretário, no entanto, conta que o
Ministério recebeu a proposta de uma comissão liderada pela vice-governadora,
Cida Borghetti. “Vieram e solicitaram a renovação da delegação e também dos
contratos das concessionárias”, informa.
Castro afirma, no entanto, que não há uma predisposição por renovar os
contratos. “O ministro (dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues) determinou
que se fizesse análise de toda a situação do Paraná”, afirma. Segundo ele, a
comissão tem um ano para concluir os estudos e “tudo pode acontecer”. “Pode ser
que nós cheguemos à conclusão que é melhor deixar os contratos vencerem”,
ressalta.
O secretário diz ser natural que o modelo de pedágio do Paraná tenha
apresentado tantos problemas e gerado polêmica. “Esse modelo foi criado pelo
Lerner (ex-governador Jaime Lerner) numa época que não havia um modelo
nacional. Foi o embrião das concessões no País. Por ser embrionário, é natural que
tenha gerado problemas e não atendido o que a população esperava”, alega.
De acordo com ele, um dos desafios da comissão será conciliar o modelo estadual
com o das concessões federais, que apresentam tarifas muito mais baixas.
A reportagem o questionou sobre o fato de o Paraná ser um dos poucos Estados
que contam com delegação de rodovias federais. E também se não seria melhor
deixar que a União retome as BRs e faça ela mesma a concessão. “Pode ser que se
chegue a essa conclusão também. Acontece que é preciso ver se há entendimento
para que as empresas que já estão aí possam se aproximar daquilo que se entende
como razoável. Se isso acontecer, não tem necessidade de começar tudo de
novo”, avisa.
Ele evitou comentar as diferenças entre as tarifas paranaenses e as federais.
“Ainda não conheço todas. Tem lugares no Brasil cuja tarifa média de 100
quilômetros é maior que as daí”, desconversou.
Em sua visita, o secretário diz que irá conversar com representantes de todas as
concessionárias. “A gente tem que analisar caso por caso”, justifica. Ele foi
nomeado para coordenar a comissão pela portaria 186 do Ministério dos
Transportes, de 30 de julho. O prazo para o grupo concluir os trabalhos é de 12
meses, prorrogáveis por mais 12.
26.08.2015
Odebrecht substitui Dnit em 282 km de obras em rodovia
federal de MT
Empresa substitui Dnit em duplicação e conservação da rodovia BR-
163.
Transferência foi definida após lentidão dos trabalhos do Dnit.
Renê Dióz
Do G1 MT
A Rota do Oeste, empresa da Odebrecht TransPort, confirmou nesta quarta-feira (26)
que deverá assumir a partir da próxima semana obras de recuperação, conservação e
duplicação em 282 km da rodovia federal BR-163, substituindo o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A substituição já era aguardada
desde julho, mas foi determinada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) e confirmada nesta quarta-feira pela superintendência regional do Dnit em
Mato Grosso.
Concessionária de trechos da BR-163, a Rota do Oeste emitiu nota no final da tarde
desta quarta-feira informando que recebeu notificação da ANTT a respeito da decisão
de designar a empresa para dar continuidade aos trabalhos do Dnit. A
superintendência do órgão federal, por sua vez, confirmou a informação afirmando
que a mudança foi medida tomada em concordância entre o Dnit, a ANTT, a empresa
e o Ministério dos Transportes. A alteração deverá ser publicada em breve em
portaria no Diário Oficial da União.
De acordo com o superintendente regional do Dnit, Orlando Fanaia, a partir da
publicação da portaria o departamento deverá repassar imediatamente à Rota do
Oeste a responsabilidade sobre o trecho de 108 km entre Várzea Grande, na região
metropolitana de Cuiabá, e o município de Rosário Oeste, a 133 km da capital. No
trecho, a Rota do Oeste dará continuidade às intervenções para conservação da pista
e às obras de duplicação.
Posteriormente, segundo o Dnit, deverão ser repassados à responsabilidade da
empresa os demais trechos de obras de conservação na BR-163, como entre Cuiabá
e Rondonópolis, abrangendo outros 174 km de rodovia.
A concessionária Rota do Oeste já é detentora de 850,9 km de extensão da BR-163
em Mato Grosso, entre Itiquira, na divisa com Mato Grosso do Sul, e Sinop, na região
norte do estado. A empresa já vem realizando obras de duplicação em parte da via e,
conforme o contrato assinado com o governo federal, está autorizada a cobrar
pedágio em todo o traçado concedido porque já cumpriu 10% dessas obras.
Agora, entretanto, a empresa afirmou por meio de nota que só deverá cobrar pedágio
no segmento da estrada que abrange o município de Jangada (a 82 km de Cuiabá)
após ter eliminado a totalidade dos buracos no trecho.
A empresa também anunciou o início imediato de uma força-tarefa para recuperação
dos trechos mais críticos – o qual, afirma a nota da concessionária, detém índice de
acidentes 127% maior que a média dos demais trechos da BR-163 onde a empresa já
atua.
As mortes no trecho em que a Rota do Oeste agora substitui o Dnit representam 21%
do total de mortes que vêm sendo registradas em acidentes na BR-163 desde
setembro de 2014, afirmou a nota, que também avisa sobre a posterior necessidade
de um reajuste tarifário para reequilibrar financeiramente o contrato de concessão.
O cronograma de intervenções da Rota do Oeste nos trechos ainda deverá ser
divulgado pela ANTT.
AGENDA 2015
Setembro
5a edição do Salão de Inovação ABCR
14 a 16 de setembro de 2015 em Brasília
XI Congresso Brasileiro sobre Acidentes e Medicina de Tráfego
10 a 13 de setembro em Gramado (RS)
Novembro
TranspoQuip Latin America
10 e 12 de novembro em São Paulo
2ª Conferência Global De Alto Nível Sobre Segurança No Trânsito
(ONU)
18 e 19 de novembro em Brasília
2ª Conferência Paulista de Ecologia e Transportes - ARTESP
17 e 18 de novembro de 2015, em São Paulo