FISIOTERAPEUTA ACUPUNTURISTA Melissa

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  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    MELISSA SAYURI HOSHINO

    FISIOTERAPEUTA ACUPUNTURISTA: Atuao profissional e expectativa de trabalho

    CASCAVEL 2004

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    MELISSA SAYURI HOSHINO

    FISIOTERAPEUTA ACUPUNTURISTA: Atuao profissional e expectativa de trabalho

    Trabalho de Concluso de Curso do curso de Fisioterapia do Centro de Cincias Biolgicas e da Sade da Universidade Estadual do Oeste do Paran Campus Cascavel. Orientadora: Profa Juliana Hering Genske

    CASCAVEL 2004

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    TERMO DE APROVAO

    MELISSA SAYURI HOSHINO

    FISIOTERAPEUTA ACUPUNTURISTA: Atuao profissional e expectativa de trabalho

    Trabalho de Concluso de Curso aprovado como requisito parcial para obteno do ttulo graduado em Fisioterapia,na Universidade Estadual do

    Oeste do Paran

    ................................................................................ Orientadora: Profa Juliana Hering Genske Colegiado de Fisioterapia UNIOESTE

    ................................................................................ Profa. Karen Andra Comparin

    Colegiado de Fisioterapia UNIOESTE

    ................................................................................ Profo. Rodrigo Daniel Genske

    Colegiado de Fisioterapia UNIOESTE

    Cascavel, fevereiro de 2004

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    Dedico este trabalho aos meus pais e irms que

    confiaram a mim um futuro e a realizao de um sonho.

    Sonho de poder ajudar algum e, ao mesmo tempo,

    ser algum perante a sociedade, o trabalho e o

    espelho...

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    AGRADECIMENTOS

    Meu especial agradecimento a todas as pessoas que apoiaram e colaboraram com esta pesquisa, de forma direta ou indiretamente, principalmente queles que se solidarizaram a participar da mesma.

    A Deborah S. G. L. Schneider , pela eterna solidariedade, carinho e orientao, e que to logo se recupere. Celeide Pinto Aguiar Peres, pelo apoio dado ao comeo da pesquisa. Rodrigo Genske e Karen Comparin, pelo grande apoio e incentivo ao trabalho.

    Agradeo professora e orientadora Juliana Hering Genske, pelo incentivo a esta pesquisa e ao carinho e perseverana quando mais precisei.

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    SUMRIO

    RESUMO........................................................................................................................ ix ABSTRACT....................................................................................................................x 1 INTRODUO...........................................................................................................1 1.1 OBJETIVO.................................................................................................................2 1.1.1 GERAIS .....................................................................................................................2 1.1.2 ESPECFICOS............................................................................................................3 2 REVISO DA LITERATURA..................................................................................4 2.1 ACUPUNTURA......................................................................................................... 4 2.2 FISIOTERAPIA.......................................................................................................... 9 2.3 FISIOTERAPIA E ACUPUNTURA......................................................................... 12 2.4 FISIOTERAPIA VERSUS MEDICINA: PARTES LEGISLATIVAS ........................ 15 3 MATERIAIS E MTODOS ......................................................................................18 3.1 CRITRIOS E AMOSTRA....................................................................................... 18 3.2 INTERVENO........................................................................................................ 19 3.3 O QUESTIONRIO................................................................................................. 20 3.4 ESTATSTICA......................................................................................................... 21 4 RESULTADOS ........................................................................................................22 4.1 CARACTERSTICA DOS PROFISSIONAIS.......................................................... 22 4.2 USO DA ACUPUNTURA EM FISIOTERAPIA....................................................... 25 4.2 VISO DO PROFISSIONAL SOBRE A ACUPUNTURA...................................... 30 5 DISCUSSO............................................................................................................34 6 CONCLUSO..........................................................................................................39 REFERNCIAS............................................................................................................40 APNDICE 1 APROVAO DO COMIT DE TICA......................................43 APNDICE 2 - QUESTIONRIO..............................................................................45 APNDICE 3 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

    ESCLARECIMENTO......................................................................49 APNCICE 4 CARTA DE ESCLARECIMENTO.................................................51

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    LISTA DE TABELAS TABELA 1.1 DISTRIBUIO POR SEXO QUANTO AO ANO DE

    GRADUAO ACADMICA E TEMPO DE ESPECIALIZAO..................................................................... 22

    TABELA 1.2 DISTRIBUIO POR SEXO QUANTO AO ANO DE GRADUAO ACADMICA E TEMPO DE TRABALHO COM ACUPUNTURA........................................................................... 22

    TABELA 1.3 DISTRIBUIO POR TEMPO EM ANOS DE TRABALHO COM ACUPUNTURA E O MOTIVO DA ESPECIALIZAO PELA IDADE............................................................................... 24

    TABELA 2.1 DISTRIBUIO POR RESULTADOS OBSERVADOS NO TRATAMENTO COM ACUPUNTURA NAS REAS FISIOTERAPUTICAS............................................................... 26

    TABELA 2.2 DISTRIBUIO QUANTO AO TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS COM USO DE APARELHOS ELETROTERMOFOTOTERAPUTICOS................................... 29

    TABELA 3.1 DISTRIBUIO POR INTERESSE DA POPULAO PELAS FORMAS DE TRATAMENTO, A PROCURA DAQUELA PELA ACUPUNTURA E A MAIOR RENTABILIDADE DESTAS.......... 31

    TABELA 3.2 DISTRIBUIO QUANTO ESPECTATIVA DE TRABALHO E A ATUAO PROFISSIONAL DO ESPECIALISTA NO FUTURO..................................................................................... 32

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    LISTA DE GRFICOS GRFICO 1.1 - QUANTO AO TEMPO DE CONCLUSO DE

    ESPECIALIZAO, POR SEXO........................................ 23 GRFICO 1.2 - QUANTO AO TEMPO EM ANOS DE TRABALHO COM

    ACUPUNTURA, POR SEXO.............................................. 23 GRFICO 1.3 - QUANTO AO MOTIVO DA ESPECIALIZAO, POR

    IDADE................................................................................. 25 GRFICO 2.1.1 - QUANTO A REAS DE FISIOTERAPIA ASSOCIADAS

    AO TRATAMENTO COM ACUPUNTURA......................... 27 GRFICO 2.1.2 - QUANTO AOS RESULTADOS OBTIDOS COM A

    ACUPUNTURA EM PORCENTAGEM............................... 27 GRFICO 2.1.3 - QUANTO AOS RESULTADOS OBTIDOS COM A

    ACUPUNTURA NAS REAS DE ORTOPEDIA, GERIATRTIA E PNEUMOLOGIA....................................... 28

    GRFICO 2.2.1 - QUANTO S PATOLOGIAS MAIS ABORDADAS NO TRATAMENTO COM ACUPUNTURA................................ 29

    GRFICO 2.2.2 - QUANTO AOS APARELHOS ELETROTERMOFOTOTERAPUTICOS MAIS UTILIZADOS PELOS PROFISSIONAIS............................. 30

    GRFICO 3.1 - QUANTO A MAIOR RENTABILIDADE DENTRE AS FORMAS DE TRATAMENTO............................................. 31

    GRFICO 3.2.1 - QUANTO A ATUAO PROFISSIONAL DO ESPECIALISTA FUTURAMENTE...................................... 32

    GRFICO 3.2.1 - QUANTO A EXPECTATIVA DE MERCADO SEGUNDO OS ESPECIALISTAS.......................................................... 33

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    LISTA DE SIGLAS AVE - Acidente Vascular Enceflico CFE - Conselho Federal de Educao CFM - Conselho Federal de Medicina CIUO - Classificao Internacional Uniforme de Ocupaes COFFITO - Conselho Federal De Fisioterapia e Terapia Ocupacional CREFITO - Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional MTC - Medicina Tradicional Chinesa OIT - Organizao Internacional do Trabalho TENS - Estimulao Nervosa Eltrica Transcutnea

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    RESUMO

    A acupuntura se difundiu no Brasil, entre a fisioterapia, a partir da dcada de 80 e desde ento vm sendo utilizada como um complemento aos seus tratamentos demonstrando muito bons resultados. A combinao destas duas especialidades teraputicas auxilia no processo curativo do indivduo, visto que uma potencializa os efeitos da outra. Atualmente, muitos cursos de Fisioterapia abordam, atravs de tpicos especiais em sua grade curricular, noes de acupuntura, o que vem despertando crescente interesse pelos seus acadmicos por essa rea, mas tambm gerando muitas dvidas a respeito da expectativa de trabalho e das reas em que o fisioterapeuta acupunturista pode atuar. Sendo assim, a presente pesquisa objetivou-se a levantar dados sobre a atuao profissional e a expectativa de trabalho dos fisioterapeutas acupunturistas no mercado de trabalho paranaense. Para obter-se esses dados, contou-se com a mediao do CREFITO-8 e enviou-se um questionrio todos os profissionais fisioterapeutas acupunturistas registrados neste Conselho obtendo-se uma amostra final de 20 fisioterapeutas para esta pesquisa. Aps a coleta dos dados, obteve-se como principais resultados, a maior incidncia do sexo feminino (80%) nessa pesquisa e o tempo de especializao destas, em relao ao sexo masculino maior. A maior parte dos profissionais (40%) relatam a procura primria dos pacientes pela fisioterapia e tm dificuldades em obter pacientes para acupuntura e 30% referem que so procurados inicialmente para acupuntura, sem dificuldades de conseguir pacientes para este tratamento. Quanto ao retorno financeiro, 70% referem a acupuntura como a forma mais rentvel. 85% dos profissionais associa fisioterapia e acupuntura. A maior parte dos fisioterapeutas preferem a acupuntura com agulhas, mas entre os recursos eletrotermofototeraputicos, o TENS e laser so os preferidos (41,38%). 38,89% dos fisioterapeutas referem a acupuntura como um grande mercado de trabalho (em ascenso) e 16,67% temem que no futuro, a profisso possa se tornar um ato exclusivamente mdico. Conclui-se, que a expectativa de mercado de trabalho favorvel aos fisioterapeutas acupunturistas e que a associao dessas duas especialidades garantem muito bons resultados no tratamento. Palavras-chave: fisioterapia, acupuntura, mercado de trabalho.

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    ABSTRACT

    The acupuncture was diffused in Brazil, among the physiotherapy, starting from the decade of 80 and ever since they have been used as a complement to their treatments demonstrating very good results. The combination of these two therapeutic specialties aids in the individual's healing process, because one potentiates the effects of the other. Nowadays, many courses of Physiotherapy approach, through special topics in his grating of curriculum, acupuncture notions, the one that comes waking up crescent interests for their academics for that area, but also generating a lot of doubts regarding the work expectation and of the areas in that the physiotherapist acupunturist can act. Being like this, to present research was aimed at to research data on the professional performance and the expectation of work of the physiotherapists acupunturist in the job market paranaense. To obtain those data, it was counted with the mediation of CREFITO-8 and it was sent a questionnaire to the all the professionals physiotherapists acupunturist registered in this Council being obtained a final sample of 20 physiotherapists for this research. After the collection of the data, it was obtained as main results, the largest incidence female (80%) in that research and the time of specialization of these, in relation to the masculine sex it is larger. Most of the professionals (40%) they tell the patients' primary search for the physiotherapy and they have difficulties in obtaining patient for acupuncture and 30% refer that they are sought initially for acupuncture, without difficulties of getting patient for this treatment. As for the financial return, 70% refer the acupuncture as the most profitable form. 85% of the professionals associate physiotherapy and acupuncture. Most of the physiotherapists prefers the acupuncture with needles, but enters the resources eletrotermophototherapeutic, the TENS and laser is the favorite ones (41,38%). 38,89% of the physiotherapists refer the acupuncture as a great job market (in ascension) and 16,67% fear that in the future, the profession can become an action exclusively doctor. It is concluded, that the job market expectation is favorable to the physiotherapists acupunturist and that the association of those two specialties guarantees very good results in the treatment. Key-words: physiotherapy, acupuncture, job market.

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    1 INTRODUO

    Por que um fisioterapeuta do sculo XX deveria estar preocupado com

    as filosofias e crenas de uma outra cultura de mais de trs mil anos? A

    resposta simples essa pergunta que no h razo alguma, absolutamente.

    Um fisioterapeuta que tenha um interesse na arte da Acupuntura poderia

    continuar a pratic-la e conseguir bons resultados sem se preocupar com as

    Teorias e com o resto da bagagem cultural. Entretanto, esse fisioterapeuta iria

    perder muito. A riqueza da experincia chinesa seria desperdiada, bem como

    o meticuloso registro de resultados acumulados ao longo de milhares de anos

    (HOPWOOD et al, 2001).

    A existncia da acupuntura remonta aos primrdios da civilizao

    chinesa, sendo atribuda sua descoberta ao Imperador Amarelo em 2797 a.C.,

    e trata-se de um conjunto de conhecimentos terico-empricos, dentro da

    Medicina Tradicional Chinesa, que visa terapia e cura das doenas atravs

    de aplicaes de agulhas. Apesar de sua antiguidade, a Acupuntura continua

    evoluindo juntamente com o moderno avano tecnolgico (DULCETTI JR,

    2001;WEN, 1995).

    E sabendo disso, a fisioterapia tem utilizado a acupuntura como um

    complemento aos seus tratamentos desde a dcada de 80, no somente no

    Brasil mas tambm em outros pases da Amrica do Norte e do Reino Unido,

    demonstrando muitos bons resultados em diversos tipos de pacientes,

    principalmente nos casos ortopdicos e reumatolgicos para alvio da dor e

    melhora da funcionalidade (DUFFIN, 1982).

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    Porm, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) um paradoxo

    estimulante para um profissional da rea da sade. Os textos antigos fazem

    afirmaes que nossos intelectos nos probem de acreditar, apesar dos sculos

    de evidncias empricas que confirmam seu sucesso. Isso se torna evidente

    medida que cada vez mais as pesquisas feitas demonstram que a tcnica da

    acupuntura tem grande valor (HOPWOOD et al, 2001).

    Portanto, muitos cursos de Fisioterapia possuem, como o da

    UNIOESTE, em suas grades curriculares, disciplinas optativas ou tpicos

    especiais em fisioterapia que trazem como assunto, noes de Tcnicas No

    Convencionais, como a Acupuntura, o que vem despertando crescente

    interesse pelos acadmicos de fisioterapia por essa rea.

    Em virtude desse grande interesse por parte dos acadmicos e da

    escassez de informaes sobre a atuao profissional do fisioterapeuta

    acupunturista e seu respectivo mercado de trabalho no Paran, essa pesquisa

    tem como objetivo reunir dados atuais sobre estes assuntos, objetivando traar

    um perfil atual deste profissional bem como suprir as inmeras dvidas dos

    acadmicos de fisioterapia.

    1.1 OBJETIVO

    1.1.1 GERAIS

    Pesquisar e levantar dados sobre a atuao profissional e a expectativa

    de mercado de trabalho para os fisioterapeutas acupunturistas.

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    1.1.2 ESPECFICOS

    Pesquisar o perfil do profissional fisioterapeuta acupunturista.

    Pesquisar se a prtica da acupuntura est sendo associada ao

    tratamento fisioteraputico.

    Pesquisar quanto ao motivo que levou tais fisioterapeutas a se

    especializarem em acupuntura.

    Pesquisar em quais reas da Fisioterapia a associao de tratamentos

    mais utilizada.

    Pesquisar quais os resultados observados com a mescla dos

    tratamentos.

    Pesquisar quais patologias esto sendo abordadas com a

    complementao do tratamento com a acupuntura.

    Pesquisar que tipos de aparelhos eletrotermofoteraputicos so mais

    utilizados nos tratamentos.

    Pesquisar o interesse da populao pela busca ao tratamento

    fisioteraputico e/ou por acupuntura.

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    2 REVISO DA LITERATURA

    2.1 ACUPUNTURA

    A origem da Acupuntura confunde-se com o incio da civilizao chinesa

    pelos indcios existentes de uma tradio onde os conhecimentos eram

    transmitidos verbalmente de mestre para discpulo. Na dinastia do Imperador

    Amarelo (Huang Di) tais conhecimentos foram condensados num livro

    tradicional conhecido at hoje como a Bblia da Acupuntura, denominado

    Huang Di Nei Jing, que se trata de um texto escrito em forma de dilogos nos

    quais se obtm informaes a respeito da todas as questes ligadas sade,

    principalmente, sobre a arte da cura (HISTRIA DA ACUPUNTURA, 2003).

    A acupuntura tem por objetivo tratar as doenas por meio de aplicaes

    de agulhas de corpo longo e ponta fina em pontos determinados para produzir

    sensaes ao paciente com a finalidade de curar uma enfermidade

    (YAMAMURA, 1993).

    Para a Medicina Chinesa, o corpo constitudo de Matria e Energia.

    Existem as energias que o homem absorve atravs da respirao (Energia

    Celeste), atravs da alimentao (Energia Terrestre) que juntas constituem a

    Energia Essencial e que esta, juntamente com a Energia Ancestral, vo

    constituir a Energia Nutridora e a Energia Defensiva. O equilbrio destas

    Energias, de uma maneira geral, o responsvel pela sade do indivduo.

    Quando h o desequilbrio ou um excesso de Energia Celeste, considerados os

    fatores de adoecimento, o indivduo adoece (CORDEIRO, 2001;WEN, 1995).

    Existem as teorias:

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    a) Yin-Yang, representado no Tai Chi (Grande Princpio Primordial), referindo

    que todo o fenmeno do universo um ntegro formado por 2 partes

    opostas e complementares que se relacionam mutuamente;

    b) rgos e Vsceras (Zang-Fu), referindo as atividades fisiolgicas dos rgos

    que permitem o equilbrio energtico;

    c) cinco elementos (Madeira, Fogo, Terra, Metal e gua) que, na realidade, so

    os 5 elementos bsicos que constituem a natureza onde existe, entre eles,

    uma interdependncia e uma inter-restrio que determinam seus estados

    de constante movimento e mutao, sendo essa teoria comumente usada

    como guia na aplicao do tratamento aps realizado o diagnstico.

    Todas as teorias so utilizadas para, de maneira filosfica, explicarem os

    processos patognicos e curativos atravs do reequilbrio da Energia Vital (Qi),

    com a manuteno dos 12 canais de energias bilaterais e dois canais

    unilaterais existentes no corpo humano (YAMAMURA, 1993; MACIOCIA, 1996;

    WEN, 1995).

    O diagnstico na acupuntura se d por quatro (4) procedimentos:

    a) inspeo geral e regional, onde a lngua muito inspecionada durante o

    diagnstico pelos acupunturistas chineses;

    b) ouvir as queixas e sentir os odores apresentados pelo paciente;

    c) questionar os dados a respeito da durao, local e tipos de sintomas e

    sinais;

    d) palpao pulsologia, um dos mtodos tambm muito utilizado pelos

    acupunturistas pois, baseado na observao milenar da medicina chinesa,

    existe uma relao entre a posio do pulso e os diferentes meridianos do

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    organismo podendo, desta forma, indicar a situao do meridiano no

    indivduo naquele momento (WEN, 1995).

    Com relao aos instrumentos de aplicao da acupuntura, estes foram

    se desenvolvendo a partir do momento em que novos materiais foram sendo

    descobertos resultando na confeco das agulhas. Existem provas

    arqueolgicas de que as agulhas eram feitas primariamente de pedras polidas,

    mas depois evoluram para outros materiais como ossos, bamb, barro, ferro,

    ouro e prata, ligas metlicas at s agulhas de ao inoxidvel que so

    utilizadas at os dias de hoje. Paralelamente ao desenvolvimento da aplicao

    por agulhas houve tambm o desenvolvimento do uso da moxa (cones ou

    bastes acesos feitos a partir de folhas secas de Artemisia vulgaris) para

    cauterizar ou aquecer determinadas regies da pele, apesar de alguns autores

    acreditarem que a moxa ainda mais antiga que a acupuntura. A aplicao da

    acupuntura pelo corpo pode ser feita atravs de pontos por todo o corpo

    (Acupuntura Sistmica) ou atravs de pontos localizados em partes

    determinadas do corpo (Acupuntura Microssistmica) onde, por exemplo, a

    orelha considerada um microssistema juntamente com a face, mos, ps, a

    cabea na craneoacupuntura e outros (CENTER FISIO IMES, [200-];

    YAMAMURA, 1993; WEN, 1995).

    Com a passar dos tempos, os mtodos de aplicao da acupuntura

    tambm foram se desenvolvendo onde, antigamente, os estmulos nos pontos

    de acupuntura eram apenas mecnicos (agulhas, massagens e ventosas) e

    trmicos (moxa), com a evoluo da cincia, outros tipos de estmulos tambm

    podem ser administrados hoje como, por exemplo, estmulos eltricos

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    (eletroacupuntura), luminosos (cromoterapia, laser, infravermelho), magnticos

    (ims) e qumicos (HOPWOOD, 2001; CENTER FISIO IMES, [200-]).

    Durante as ltimas dcadas, a acupuntura se tornou cada vez mais

    popular e parcialmente aceita em muitos pases ocidentais, principalmente

    como tcnica de alvio da dor. Vrios fatores contriburam para essa

    popularidade, tais como muitos relatos de alvio de dor aguda e crnica, a

    compreenso de alguns mecanismos de ao e o interesse nas culturas do

    Extremo Oriente e em seu misticismo. Alm disso, o tratamento no tem efeitos

    colaterais srios e barato. O fato mais importante para sua aceitao parcial

    na rea da sade foi o acmulo de resultados da aplicao dos mtodos

    cientficos na avaliao de seus efeitos. Isso comeou nos anos 50, na China,

    com estudos da analgesia durante cirurgias (HOPWOOD et al, 2001).

    Estudos de WEDENBERG e colaboradores (2000), relataram que o

    tratamento com acupuntura alivia a dor e diminui a incapacidade causada pela

    lombalgia durante a gravidez melhor que o tratamento fisioteraputico.

    Sobre o tratamento da osteoartrite de joelho, na rea da reumatologia,

    h fortes evidncias que o tratamento com a acupuntura mais efetivo que o

    tratamento placebo de acupuntura para a dor. Existem evidncias limitadas de

    que a acupuntura melhor que o tratamento usual, porm, h insuficientes

    evidncias sobre outros tratamentos. Desta forma, sugere-se que a acupuntura

    pode ter uma grande funo no tratamento da osteoartrite do joelho,

    principalmente no tratamento da dor (EZZO, 2001).

    Nos ltimos anos, apareceu um grande nmero de publicaes tratando

    dos efeitos da acupuntura na ortopedia. Um exemplo destes o experimento

    de SAIDAH (2002), que teve como finalidade, avaliar a eficcia da Acupuntura

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    no ps-operatrio das cirurgias artroscpicas no joelho utilizando a tcnica Ao

    Oposto da Medicina Tradicional Chinesa. Esta tcnica tem por finalidade o

    tratamento das algias perifricas, descritas no livro Hoang Ti Nei Ching, este

    considerado o maior e melhor livro de acupuntura escrito h mais de quatro

    milnios, onde foram inseridas agulhas nos canais de energia responsveis

    pelas atividades da articulao do joelho, dos nervos e da circulao sangnea

    no joelho sadio para interferir nos mecanismos produtores do desequilbrio do

    joelho afetado e conseqentemente da dor e dos movimentos do joelho

    operado. Porm, a tcnica Ao Oposto ainda no tem comprovao cientfica

    clnica, apesar de existir um respaldo cientfico para explicar este fenmeno,

    sob a luz da neuroanatomia e da neurofisiologia, por meio de mecanismo do

    arco reflexo smato-somtico cruzado.

    Alguns ensaios indicam que a acupuntura efetiva em casos de emese

    ps-cirurgia ou causada por quimioterapia em adultos e para nuseas em

    gestantes. E existem boas evidncias que a acupuntura tambm efetiva para

    alvio de dores dentrias. Para certas condies como dor crnica, lombalgia e

    cefalia, os dados so equivocados ou contraditrios segundo KAPTCHUK

    (2002) em seu trabalho onde foram analisadas mais de 25 revises

    sistemticas e meta-anlises sobre a eficcia clnica da acupuntura.

    Segundo VICKERS e colaboradores (2002) em sua reviso sistemtica

    com relao reabilitao de pacientes neurolgicos (com acidente vascular

    enceflico), atualmente, existem evidncias insuficientes sobre o uso da

    acupuntura nestes tipos de pacientes no tratamento da dor apesar da boa

    metodologia utilizada nos estudos.

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    Sobre a rea pneumolgica, revises sistemticas sobre a asma

    concluram que h poucas evidncias sobre quais as decises clnicas bsicas.

    Estudos recentes publicaram que h uma introspeco limitada dentro

    efetividade clnica da acupuntura para o tratamento da asma (VICKERS, 2002).

    2.2 FISIOTERAPIA

    Na Antiguidade havia uma forte preocupao com as pessoas que

    apresentavam diferenas incmodas, denominadas doenas. Os agentes

    fsicos, como por exemplo a eletricidade do peixe eltrico ou os movimentos do

    corpo humano, eram um dos tipos de instrumentos utilizados para eliminar ou

    reduz-las. Na Idade Mdia, as diferenas incmodas eram consideradas

    como algo a ser exorcizado. No renascimento volta a aparecer alguma

    preocupao com o corpo saudvel e, ao final deste, o interesse pela sade

    corporal comea a especializar-se. Na industrializao volta o interesse pelas

    diferenas incmodas, com atividades especializadas para seu tratamento.

    Nas pocas subseqentes (sculos XIX e XX), as especializaes mdicas,

    reas da sade, apareceram de forma mais definidas, mantendo ainda um grau

    significativo de preocupao com a doena j instalada e pouco com a

    preveno na sade.

    No caso da Fisioterapia a sua prpria origem encaminhou as definies

    de seu campo profissional para atividades recuperativas, reabilitadoras ou

    atenuadoras a serem utilizadas quando um organismo se apresenta em ms

    condies de sade. O surgimento desse profissional, como uma decorrncia

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    das grandes guerras, fez-se necessrio, principalmente, para tratar pessoas

    fisicamente lesadas. A prpria denominao das formas de atuao da

    Fisioterapia evidencia a assistncia sade para reabilitar ou recuperar tanto

    quanto a prpria composio do nome da profisso. Fisioterapia a atuao

    teraputica por meio de movimento (cinesioterapia), da eletricidade

    (eletroterapia), do calor (termoterapia), do frio (crioterapia), da massagem

    (massoterapia) entre outros (REBELATTO, 1999).

    No Brasil, a Fisioterapia teve incio para solucionar os altos ndices de

    acidente de trabalho no intuito de curar ou reabilitar tais vtimas para reintegr-

    las ao sistema produtivo do pas ou, ao menos, diminuir o sofrimento dessas

    pessoas. Um dos primeiros documentos oficiais que definem a ocupao do

    fisioterapeuta e os seus limites de trabalho e sua atividade foi apresentado em

    19631 e um segundo documento oficial foi apresentado em 13 de outubro de

    19692, que prov consideraes definindo o qu deve consistir a atividade do

    fisioterapeuta, dando incio ao processo de definio da profisso no Brasil,

    onde considerado um profissional de nvel superior com atividade privada de

    executar mtodos e tcnicas fisioterpicas para restaurar, desenvolver e

    conservar a capacidade fsica do paciente, com exerccio da profisso em

    hospitais, clnicas, ambulatrios, creches, asilos ou exerccios de cargo, funo

    ou emprego de assessoramento, chefia ou direo na administrao pblica

    direta ou indireta, como condio essencial, a apresentao da Carteira de

    Profissional de Fisioterapeuta (REBELATTO, 1999).

    Segundo o COFFITO, a Fisioterapia define-se como uma cincia da

    Sade que estuda, previne e trata os distrbios cinticos funcionais que

    1 Parecer no 388/63 do Conselho Federal de Educao (CFE); 2 Decreto Lei no 938/69

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    11

    ocorrem em rgos e sistemas do corpo humano, gerados por alteraes

    genticas, por traumas e por doenas adquiridas. Fundamenta suas aes em

    mecanismos teraputicos prprios, sistematizados pelos estudos da Biologia,

    cincias morfolgicas e fisiolgicas, patologia, bioqumica, biofsica,

    biomecnica, cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia patolgica de rgos e

    sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais. O

    fisioterapeuta considerado um profissional de Sade, com formao

    acadmica Superior, habilitado construo do diagnstico dos distrbios

    cinticos funcionais (Diagnstico Cinesiolgico Funcional), a prescrio das

    condutas fisioteraputicas, a sua ordenao e induo no paciente bem como,

    o acompanhamento da evoluo do quadro clnico funcional e as condies

    para alta do servio. A fisioterapia atua nas reas de ortopedia, pediatria,

    neurologia, neuropediatria, ginecologia e obstetrcia, geriatria, reumatologia,

    pneumologia, desportiva, urologia, entre outras.

    Segundo REBELATTO (1999), no inicio, a fisioterapia estava limitada,

    historicamente, dedicao a todos os distrbios de postura e movimento que

    estariam causando sofrimento populao. Porm, trabalhar em uma profisso

    exige ter uma clareza sobre o objeto de trabalho do qual se ocupa ou ao qual

    se dedica, onde se constitui um eixo em relao ao qual possvel construir e

    desenvolver o exerccio profissional dentro do seu campo de atuao. Dessa

    forma, define e projeta-se o que necessrio na atuao profissional do

    fisioterapeuta para suprir as necessidades e a demanda da populao. Sendo

    este o motivo pelo qual muitos profissionais tm buscado cursos de

    especializaes e ps-graduaes, e entre outros, para aumentar seus

    conhecimentos.

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    12

    2.3 FISIOTERAPIA E ACUPUNTURA

    A acupuntura uma parte que aborda holisticamente a sade na

    Medicina Tradicional Chinesa (MTC), o seu uso no apenas para alvio de

    sintomas, j que tambm auxilia na regulao do organismo e promove os

    mecanismos homeostticos. Portanto, combinada aos mtodos no invasivos

    da fisioterapia, pode-se conferir um efeito cumulativo da acupuntura, que

    auxilia no processo curativo do indivduo (LOVESEY et al, 2001).

    A introduo da acupuntura na fisioterapia no se deu apenas no Brasil,

    como visto anteriormente, mas tambm em vrios outros pases da Amrica do

    Norte e no Reino Unido. Na dcada de 70 no Canad, muitas instituies e

    profissionais de medicina fsica e reabilitao j estavam envolvidos em

    pesquisas ou prticas clnicas com acupuntura e no incio da dcada seguinte

    muitos fisioterapeutas do Reino Unido j estavam freqentando cursos

    intensivos de acupuntura aderindo sua prtica e considerando-a uma

    modalidade muito til (ZHUO, 1982; LOVESEY et al,2001).

    Em 1982, DUFFIN relatou que teve muitos bons resultados em pacientes

    tratados com acupuntura dentro do departamento de fisioterapia, conforme os

    critrios de melhora foram alcanados com a acupuntura quando a terapia

    convencional no apresentava resultados ou quando se estabilizava, quando

    nenhum tipo de tratamento tinha efeito, e quando se conseguia uma melhora

    objetiva imediata. Dentre as patologias tratadas, destacam-se asma,

    osteoartrite do joelho, dor no especfica do quadril, dor ps-patelectomia, dor

    cicatricial, capsulite adesiva e eczema.

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    13

    Como visto na descrio acima, a acupuntura em si tem sido

    amplamente utilizada dentro da fisioterapia para alvio da dor, onde segundo

    KERR e colaboradores (2001), haviam aproximadamente 500 fisioterapeutas

    atuando desta forma na Gr-Bretanha em 2001. Os mecanismos analgsicos

    da acupuntura tm sido estudados desde a dcada de 70, revelando a relao

    da estimulao dos pontos com funes e fatores neurais e humorais no

    organismo. O efeito analgsico da tcnica pode proporcionar a interveno das

    tcnicas fisioteraputicas precocemente ou incrementar o tratamento como

    citado por DUFFIN (1982). Porm, sabe-se que a acupuntura aborda uma

    enorme gama de patologias, sendo ento um desperdcio se a fisioterapia no

    levasse tal fato em considerao, abordando no somente o alvio da dor mas

    tambm o reequilbrio energtico do paciente e melhorando sua sade (WEN,

    1995; ZHANG et al, 1999; LOVESEY et al, 2001).

    Segundo LOVESEY e colaboradores (2001), as modalidades

    fisioteraputicas podem ser empregadas para diminuir a inflamao e

    aumentar a cura local enquanto que a acupuntura administrada para

    aumentar o Qi (Energia Vital) no meridiano e rgo em questo ou para

    analgesia local. Depois do aumento do fluxo de energia para a rea lesionada,

    almejando-se a promoo da cura tecidual, vlida a aplicao de tratamento

    de fisioterapia apropriado para alongamento, mobilidade ou fortalecimento

    gradual. Deste modo, a aplicao associada de aparelhos existentes na

    fisioterapia nos pontos de acupuntura tambm seguiria a mesma regra,

    potencializar e melhorar o tratamento tornando-o o mais efetivo possvel.

    Desde 1982, ZHUO j mencionava o uso de ...novos mtodos

    promissores..., sendo eles a laser acupuntura, a eletroacupuntura e a magneto

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    14

    acupuntura os mais citados, e, uma referncia acupuntura aplicada por

    ondas de ultrasom e raios ultravioletas.

    Estudos de pesquisa cientfica revelam que a acupuntura contribui com

    as seguintes aes no organismo:

    a) analgesia;

    b) proteo do corpo contra infeces;

    c) regulao de vrias funes fisiolgicas.

    Na realidade, as aes a e b podem ser atribudas pela regulao das

    funes fisiolgicas, portanto, o efeito teraputico da acupuntura se d por

    regulao de aes de vrios sistemas orgnicos, podendo ser considerada

    como uma terapia no especfica com um amplo espectro de indicaes,

    particularmente til em desordens funcionais (ZHANG, 1999).

    Desta forma, levando-se em considerao a ampla abordagem da

    acupuntura, natural que o tratamento fisioteraputico complementado com a

    acupuntura pudesse abranger vrias reas dentro da fisioterapia. Como se

    pode ver, s nos relatos de DUFFIN em 1982, abordaram-se doenas nas

    reas de ortopedia, incluindo casos de ps-operatrios, reumatologia,

    pneumologia, dermatologia e casos de neurologia e obstetrcia tambm foram

    registrados em seus estudos. Alm destes, h relatos sobre intervenes em

    ginecologia, oncologia (para alvio de dor) e pessoas com problemas de

    noctria, ansiedade e estresse (LOVESEY et al, 2001).

    Inicialmente, os estudos sobre a acupuntura tinham se voltado

    preferencialmente s patologias ortopdicas, reumatolgicas e efeitos

    analgsicos pois os problemas musculoesquelticos respondem bem ao uso de

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    15

    pontos locais e distais para controle da dor e para aumentar o Qi do canal que

    passa sobre a leso. Entretanto, com as vrias revelaes cientficas, muitos

    pesquisadores tm se empenhado nas reas neurolgicas, principalmente em

    casos de seqelas de acidentes vasculares enceflicos (AVE), com vrios

    indcios de xito em seus trabalho e, a cada dia, tm-se obtido respostas que

    elucidam a mente dos profissionais ocidentais, mas para VICKERS et al (2002),

    os estudos sobre a efetividade sobre a aplicao da acupuntura no tratamento

    da dor ainda devem ser melhor analisados nestes casos neurolgicos. A partir

    desses estudos, muitos pesquisadores sugerem, por exemplo, que o uso da

    electroacupuntura no tratamento de vrios tipos de dores, depresso,

    ansiedade, espasmo muscular induzido pela medula espinal, acidente vascular

    enceflico, desordens gastrointestinais podem ser de grande valia para a

    recuperao do paciente (ULETT et al, 1998; ZHANG, 1999; LOVESEY et al,

    2001).

    2.4 FISIOTERAPIA VERSUS MEDICINA: PARTES

    LEGISLATIVAS

    No Brasil, a acupuntura foi introduzida primariamente pelos imigrantes

    chineses e japoneses no sculo XIX. E em 1950, o professor Friedrich Johann

    Spaeth ingressou seus estudos em acupuntura em um curso na Alemanha,

    voltando ao Brasil aps 3 anos. O Professor Spaeth comeou a ensinar e a

    introduzir oficialmente a acupuntura no pas em 1958, permitindo a progresso

    e a evoluo desta e tambm possibilitando o seu reconhecimento como uma

    das profisses da Classificao Internacional Uniforme de Ocupaes (CIUO)

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    16

    pela Organizao Internacional do Trabalho (OIT) em 1966 (HISTRIA DA

    ACUPUNTURA NO BRASIL, 2003).

    A partir de ento, a acupuntura se difundiu no Brasil por diversas reas

    da sade sendo que o primeiro Conselho a habilitar a prtica por seus

    profissionais foi o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional em

    29 de outubro de 19853, onde mais tarde, outras 2 resolues4 foram baixadas

    aplicando-se atos complementares e dando nova redao a artigos anteriores

    at que em 14 de dezembro de 20005 houve o reconhecimento da acupuntura

    como especialidade da fisioterapia, sem reivindicao de exclusividade

    (RESOLUES DO CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA

    OCUPACIONAL COFFITO, QUE ASSEGURAM O DIREITO PRATICA DA

    ACUPUNTURA PELO PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA, 2003).

    Quanto ao Conselho Federal de Medicina, desde o incio mostrou-se

    relutante em aceitar a acupuntura como especialidade mdica. Porm, com o

    Projeto de Lei 67/19956, o Conselho retrocedeu em sua deciso reconhecendo

    a acupuntura como uma especialidade mdica7. Com isso, no final de 2001,

    com o apoio da Sociedade Mdica Brasileira de Acupuntura, moveram aes

    contra os Conselhos8 que possuam resolues normatizadoras da prtica de

    acupuntura, na tentativa de proibir que outros profissionais da sade a

    exercessem, alegando que estes no teriam capacidade para diagnstico e

    aplicao da mesma (HISTRIA DA ACUPUNTURA NO BRASIL, 2003).

    3 Resoluo COFFITO-60; 4 Resoluo COFFITO-97 e COFFITO-201; 5 Resoluo COFFITO-219; 6 PL65/1995, discutia sobre o exerccio da acupuntura ser legal a todos os profissionais da sade; 7 Resoluo CFM no 1634/2002; 8 so 7 Conselhos: Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Enfermagem, Fonoaudiologia, Psicologia, Farmcia, Biomedicina e Medicina.

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    17

    Em se tratando do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia

    Ocupacional, a ao cautelar movida pela Medicina foi indeferida e extinta, sem

    exame de mrito, condenando os autores ao pagamento dos honorrios

    advocatcios pela Quinta Vara do Distrito Federal em fevereiro de 2002,

    assegurando aos fisioterapeutas o direito pratica da acupuntura (SITUAO

    DA ACUPUNTURA NO BRASIL, 2003; HISTRIA DA ACUPUNTURA NO

    BRASIL, 2003).

    Com esta deciso no Brasil, a introduo da acupuntura na fisioterapia

    (que ocorre desde a dcada de 80) pde ser levada a diante com um respaldo

    legislativo legtimo.

    Hoje, os profissionais fisioterapeutas acupunturistas contam com o apoio

    da Sociedade Brasileira de Fisioterapeutas Acupunturistas com suas

    Regionais, j existente no Paran, para regularizar todos os especialistas junto

    aos CREFITOS para garantir a legitimidade da profisso (GOULART, 2003).

    Curiosamente, na Gr-Bretanha, o uso da acupuntura para

    complementar as habilidades dos fisioterapeutas vem sendo aplicados tambm

    desde o incio dos anos 80, e aceito como uma modalidade regular a ser usada

    como parte do tratamento fisioteraputico desde 1984 pela Sociedade

    Diplomada de Fisioterapeutas, um ano antes que no Brasil, onde tambm foi

    aceita e reconhecida como uma modalidade teraputica capaz de

    complementar a profisso de forma a atender as necessidades gerais da

    populao brasileira (LOVESEY et al, 2001).

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    18

    3 MATERIAIS E MTODOS

    Inicialmente, aps aprovao do Comit de tica (APNDICE 1),

    consultou-se o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8

    regio CREFITO-8 para se descobrir o tamanho da populao de

    fisioterapeutas acupunturistas atuantes e registrados no Estado do Paran.

    Desta forma, a pesquisa constou de uma populao de 95 fisioterapeutas

    acupunturistas atuantes e registrados no referido Conselho, de ambos os

    sexos, onde os dados foram obtidos atravs da aplicao de um questionrio

    (APNDICE 2) via correio nacional no perodo de Julho a Outubro de 2003.

    3.1 CRITRIOS E AMOSTRA

    Os critrios de incluso foram: o profissional estar cadastrado

    legitimamente no CREFITO-8, referente ao Estado do Paran, como

    Fisioterapeuta Acupunturista e ter reenviado o questionrio e o Termo de

    Consentimento Livre e Esclarecido (APNDICE 3) preenchidos remetente

    para a possvel anlise dos dados. A partir destes critrios a amostra foi

    definida em 20 indivduos, sendo que somente 20 profissionais responderam

    pesquisa.

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    19

    3.2 INTERVENO

    Conforme o Captulo XI Seo I e II da Resoluo COFFITO 8/78, o

    CREFITO-8 indeferiu primeira solicitao para a obteno de uma lista

    contendo referncias sobre os profissionais, para a eventual emisso dos

    instrumentos de pesquisa e a possvel realizao da mesma, e ainda informou

    que para tal, seria imprescindvel uma solicitao por mala direta

    Presidncia da Regional, juntamente com o fornecimento de um modelo do

    material a ser distribudo para fins analticos sob os moldes da legislao do

    COFFITO, fato que impossibilitaria a realizao da pesquisa pelo alto custo que

    traria (devido ao valor da taxa de expediente da mala direta).

    Imediatamente aps o conhecimento deste fato, foi redigida uma carta

    ao Presidente do CREFITO-8, com o conhecimento da Coordenao do Curso

    de Fisioterapia da UNIOESTE, explanando sobre o cunho cientfico e sem fins

    lucrativos desta pesquisa, assim como a importncia da prpria para a classe.

    Ademais, foi sugerida uma contraproposta para a emisso dos instrumentos de

    pesquisa aos profissionais da seguinte forma:

    a) 95 (noventa e cinco) envelopes selados e fechados seriam enviados

    para o CREFITO-8 em um nico lote, onde apenas os remetentes

    estariam preenchidos para o caso de devolues, estando apenas o

    endereamento dos destinatrios a cargo do Conselho;

    b) em cada envelope constaria:

    - um (1) envelope ofcio aberto, selado e com destinatrio previamente

    preenchidos;

    - uma (1) Carta de Esclarecimento da Pesquisa (APNDICE 4);

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

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    - um (1) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APNDICE 3);

    - um (1) questionrio intitulado Fisioterapeuta acupunturista: atuao

    profissional e expectativa de trabalho contendo 3 (trs) folhas

    (APNDICE 2);

    c) o Conselho e o profissional no teriam custos de postagem para o envio

    e o reenvio, respectivamente;

    d) a deciso de participar e/ou se identificar seria nica e exclusivamente

    do profissional cadastrado;

    e) permanecendo, assim, a integridade legislativa do Conselho, no sendo

    emitida nenhum tipo de listagem ou cadastro dos profissionais.

    Juntamente com esta carta, anexou-se o questionrio (APNDICE 2)

    para fins analticos, sendo este documento enviado via Sedex para o

    CREFITO-8 situado em Curitiba-PR.

    A partir desta, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia

    Ocupacional da 8a Regio deferiu favor do trabalho em questo, solicitando o

    envio o mais breve possvel. Deste modo, foi enviada, via Sedex, os 95

    (noventa e cinco) envelopes, num nico lote, no terceiro dia aps a resposta

    dada.

    3.3 O QUESTIONRIO

    O questionrio foi confeccionado conforme os objetivos traados e com

    base na literatura revisada, principalmente, nos indexadores cientficos da

    sade, dentre eles, a MEDLINE, COCHRANE, LILACS, PUBMED e no

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    21

    procurador eletrnico GOOGLE. Porm, no foi possvel a aplicao de um

    teste piloto deste devido aos trmites ocorridos, conforme descrito

    anteriormente. Portanto, para atender solicitao do breve envio dos

    instrumentos, optou-se pela omisso do teste piloto para a imediata emisso

    destes para que o Conselho pudesse enderear e emitir todos os envelopes o

    quanto antes.

    Os profissionais tiveram um perodo de Julho a Outubro de 2003 para

    responder e reenviar, sem custos, os dados no questionrio. Ainda foi

    proporcionado um meio de comunicao com as pesquisadoras pelo e-mail

    criado exclusivamente para este estudo. E

    para os interessados em conhecer os resultados desta pesquisa, foi solicitado

    que os mesmos escrevessem seus respectivos e-mails para receber,

    opcionalmente, os resultados deste trabalho.

    3.4 ESTATSTICA

    A anlise estatstica foi feita atravs da Estatstica Descritiva em forma

    de grficos e tabelas.

    Disponibilizando os resultados em 3 categorias:

    a) Caracterstica dos profissionais;

    b) Uso da acupuntura em Fisioterapia;

    c) Viso do profissional sobre a acupuntura.

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    22

    4 RESULTADOS

    4.1 CARACTERSTICA DOS PROFISSIONAIS

    Nota-se pela TABELA 1.1 que a concentrao maior de graduados na

    especializao ocorre em 50% (10) nos anos de 1987 a 1995 e nos anos de

    1982 a 1986 e 1996 a 2001 so de 20% (4) e 30% (6) respectivamente. Quanto

    distribuio por sexo, 80% (16) so do sexo feminino para os 20% (4) do

    sexo masculino. Onde o maior nmero dos homens, 15% (3), em termos de

    tempo de especializao9 de 1 a 4 anos, enquanto que das mulheres, 30%

    (6), de 5 a 8.

    9 Tempo em anos de atuao como fisioterapeuta acupunturista;

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    23

    J na TABELA 1.2 nota-se que a concentrao maior do sexo masculino

    por tempo de trabalho10 com acupuntura de 1 a 4 anos com 10% (2) e do

    feminino de 1 a 8 anos com 50% (10) do total da amostra. No que se refere

    ao feminino, h uma concentrao maior de mulheres entre os anos de 1991 a

    1996, de 31,25% (5), com um tempo de trabalho entre 5 A 8 anos de forma

    significativa.

    Pelo GRFICO 1.1 verifica-se que o tempo de especializao mximo

    dos homens mantm-se mais baixo que os das mulheres em todo o

    comportamento da grfico. Enquanto o mximo das mulheres entre 5 a 8

    anos, nos homens ocorre o mximo de diminuio, apresentando um

    comportamento inverso, tambm visto aos 9 a 12 anos e 13 a 16 anos entre os

    sexos.

    Nota-se pelo GRFICO 1.2 que, inicialmente, a concentrao de ambos

    os sexos permanece em ascenso at 1 a 4 anos onde, a partir de ento, a

    10 Tempo em anos de trabalho com a acupuntura sem, necessariamente, ter feito a

    especializao;

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    linha do sexo feminino ascende at o seu mximo aos 5 a 8 anos de tempo de

    trabalho com acupuntura enquanto que na linha do masculino h uma discreta

    diminuio, seguida de uma estabilizao desta at os 9 a 12 anos. Neste

    perodo, o sexo feminino tem uma importante diminuio que chega a se

    igualar ao sexo masculino. E por fim, as mulheres ascendem novamente

    enquanto os homens apresentam sua mxima diminuio aos 13 a 16 anos.

    Com relao ao tempo de trabalho e o motivo que levou o fisioterapeuta

    a se especializar em acupuntura, por faixa etria (24 a 44 anos, porm dois

    sujeitos no informaram a idade), observa-se pela TABELA 1.3 que a

    concentrao maior de indivduos se encontra de 1 a 16 anos de tempo de

    trabalho com a acupuntura com 90% (18) da amostra enquanto h apenas 10%

    (2) de indivduos com menos de 1 ano e mais de 17 anos.

    J na distribuio por motivo e idade, nota-se que a maior concentrao

    se encontra dos 41 a 44 anos para os indivduos que fizeram a especializao

    por afinidade representando 30% (6),e os sujeitos que fizeram a especializao

    por Outros motivos se apresentam na faixa etria de 31 a 40 anos como 25%

    (5) da amostra. E em ambos, o tempo de trabalho tambm se concentrou de 1

    a 16 anos. Para uma melhor visualizao, nota-se pelo GRFICO 1.3 que at

    os 31 a 40 anos existe uma ascenso para ambos os motivos, porm aps

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    25

    isso, o motivo Outros tende a ir para a sua mxima diminuio enquanto que a

    afinidade vai at a sua mxima concentrao aos 41 a 44 anos apresentando

    comportamento inverso a partir da, com Outros voltando a ascender enquanto

    a afinidade alcana a sua diminuio mxima.

    4.2 USO DA ACUPUNTURA EM FISIOTERAPIA

    Na pesquisa, 85% (17) dos especialistas associam os tratamentos da

    fisioterapia com a acupuntura contra apenas trs mulheres que tratam apenas

    com a acupuntura.

    Tratando-se de resultados observados no tratamento com acupuntura,

    nota-se pela TABELA 2.1 que o resultado mais efetivo o mais observado

    pelos profissionais durante o tratamento com acupuntura referente a 23,64%

    (52) dos casos enquanto que diagnstico preciso, analgesia tardia, resposta

    0

    1

    2

    34

    5

    6

    7

    24 a 26 27 a 30 31 a 40 41 a 44 IgIDADE

    Afinidade Outros

    No

    GRFICO 1.3 QUANTO AO MOTIVO DA ESPECIALIZAO, POR IDADE

    FONTE: Pesquisa de campo questionrio das autoras

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    26

    tardia e remisso lenta de sintomas so menos observados, referente a 9,09%

    (20), pelos profissionais.

    Com relao s reas, verifica-se que a ortopedia a mais associada

    ao tratamento com a acupuntura com 28,18% (62), enquanto que as reas

    menos associadas foram neuropediatria e obstetrcia com apenas 4,55% (10)

    do total. Porm, cabe salientar que trs (3) indivduos no associam a

    acupuntura no tratamento fisioteraputico utilizando-a de forma isolada.

    Pela observao do GRFICO 2.1.1 nota-se que a rea de ortopedia a

    mais associada ao tratamento com acupuntura sendo que a obstetrcia e

    neuropediatria esto equiparadas, mas, menos associadas que as demais

    reas.

    E pelo GRFICO 2.1.2 nota-se que os profissionais observam os

    resultados analgesia prolongada e imediata e a remisso rpida de sintomas

    em 46% dos casos; resposta imediata e resultados mais efetivos em 44%; e

    em 10% so observados resultados como diagnstico mais preciso, analgesia

    tardia e remisso lenta de sintomas.

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    27

    FONTE: Pesquisa de campo questionrio das autoras (1): Diag: Diagnstico; (2): Analg: Analgesia; (3): Resp: Resposta; (4): Rem: Remisso.

    GRFICO 2.1.2 QUANTO AOS RESULTADOS OBTIDOS COM A ACUPUNTURA EM PORCENTAGEM

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    28

    Observando as trs reas mais associadas ao tratamento com

    acupuntura (ortopedia, geriatria e pneumologia) com os resultados, verifica-se

    pelo GRFICO 2.1.3 que os dados em ortopedia so muito mais significativos

    que nas outras duas reas, com exceo ao diagnstico mais preciso,

    analgesia e resposta tardia e remisso lenta de sintomas por estas estarem

    mais equiparadas entre as trs reas, sendo que a geriatria se apresentou

    numa concentrao maior que a pneumologia, exceto em analgesia prolongada

    quando h uma inverso de comportamento entre estas duas reas. E em

    contrapartida, h resultados em que a pneumologia no foi citada como em

    resposta tardia e remisso lenta de sintomas.

    Sobre a prtica clnica dos profissionais, nota-se pela TABELA 2.2 que

    60,34% (35) das patologias mais tratadas com o uso de aparelhos so os

    acometimentos da coluna vertebral, dores musculoesquelticas, afeces

    articulares, tendinites e tenossinovites. E 20,69% (12) so as

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

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    cervicobraquialgias, bursites e epicondilites, doenas psicossomticas, desvios

    posturais, artrite e artrose e cefalias (Ver GRFICO 2.2.1).

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    Cerv

    icodo

    rsolo

    mbo

    ciata

    lgias

    Dore

    s mus

    culoe

    sque

    ltica

    s

    afec

    es

    artic

    ulare

    s

    tend

    inite

    s/ten

    ossin

    ovite

    s

    cerv

    icobr

    aquia

    lgias

    burs

    ite/e

    picon

    dilite

    LER/

    DORT

    hrn

    ias d

    iscai

    s

    psico

    ssom

    tica

    s

    desv

    ios p

    ostu

    rais

    artri

    te/a

    rtros

    e

    cefa

    lias

    fibro

    mia

    lgia

    para

    lisia

    facia

    l Ig

    GRFICO 2.2.1 - QUANTO S PATOLOGIAS MAIS ABORDADAS NO TRATAMENTO COM ACUPUNTURA

    PATOLOGIAS

    N

    FONTE: Pesquisa de campo questionrio das autoras

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

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    Quanto preferncia do tipo de aparelho, nota-se uma utilizao de

    laser e de eletro-estimulao transcutnea (TENS) no tratamento das principais

    patologias de 41,38% (24) dentre o uso isolado de laser ou TENS ou, ainda, o

    uso de algum outro tipo de forma de aplicao. Torna-se visvel tal preferncia

    observando-se o GRFICO 2.2.1, porm nota-se que a no utilizao de

    aparelhos no tratamento ainda maior que a utilizao de algum outro tipo de

    aparelho no citado na pesquisa.

    4.2 VISO DO PROFISSIONAL SOBRE A ACUPUNTURA

    Sobre o interesse da populao em buscar o tratamento com acupuntura

    e a maior rentabilidade profissional, a TABELA 3.1 apresenta que 70% (14) dos

    profissionais referem que a acupuntura a forma mais rentvel (Ver GRFICO

    3.1). Porm, 40% (8) dos pacientes procuram o especialista por tratamento

    fisioteraputico e, este, tem dificuldade em encontrar pacientes para

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    31

    tratamento com acupuntura. J 30% (6) referem que os pacientes procuram

    pelo tratamento com acupuntura e, portanto, no encontram dificuldade para

    tal. Nesta distribuio, 3 sujeitos no associam as tcnicas.

    E quanto viso do profissional sobre a atuao profissional no futuro,

    observa-se na TABELA 3.2 que 88,89% (32) dos profissionais referem que

    continuaro trabalhando com a associao das formas de tratamento

    (acupuntura e fisioterapia, mas cabe salientar que 1 indivduo no trabalha hoje

    com acupuntura, mas tem planos para atuar com ambas as formas de

    tratamento), enquanto que 11,11% (4) referem que pretendem trabalhar s com

    a acupuntura no futuro (Ver GRFICO 3.2.1).

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    32

    E sobre a expectativa de mercado de trabalho, 25% (9) dos profissionais

    no temem que a acupuntura se torne uma especialidade exclusivamente

    mdica contra 16,67% (6) que temem e, 38,89% (14) dos profissionais referem

    que a acupuntura um grande mercado ou um pequeno mercado em

    ascenso para os fisioterapeutas, como se observa no GRFICO 3.2.2.

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    33

    EXPECTATIVA

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    34

    5 DISCUSSO

    Observando a TABELA 1.1, nota-se que so as mulheres que tm

    procurado se especializar em acupuntura e a mais tempo que os homens, ou

    em termos de pesquisa, as mulheres so mais colaborativas.

    Comparando os resultados da TABELA 1.2 com a TABELA 1.1, percebe-

    se a diferena entre o tempo de trabalho com acupuntura e o tempo de

    especializao, em anos, tanto no sexo masculino quanto no feminino. No

    masculino, a porcentagem de tempo de especializao de 15% (3) no perodo

    de 1 a 4 anos foi para 10% (2) referente ao tempo de trabalho, com o

    aparecimento de 1 indivduo (5%) em 5 a 8 anos deste. No feminino, 1 a 4

    anos, o tempo de trabalho de 20% (4) foi para 15% (3) de tempo de

    especializao; 9 a 12 anos de 5% (1) para 10% (2); 13 a 16 anos de 15% (3)

    para 20% (4) e houve um aparecimento na TABELA 1.2 de 1 indivduo (5%)

    com mais de 17 anos de tempo de trabalho que no constava na TABELA 1.1

    referente ao tempo de especializao. Demonstrando que em ambos os sexos,

    alguns j tinham contato com a acupuntura antes de se especializar e 1 mulher

    fez a especializao, mas no atuou como especialista. Os GRFICOS 1.1 E

    1.2 apresentam visualmente esta diferena.

    Quanto aos motivos que levaram os sujeitos a se especializarem, a

    maioria foi por afinidade acupuntura, principalmente na faixa etria de 41 a 44

    anos, enquanto que aos 31 a 40 anos, muitos recorreram especializao por

    outros motivos (podendo ser por insatisfao financeira e ou profissional com a

    fisioterapia convencional). Sugere-se que os sujeitos na faixa etria de 31 a 40

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    35

    anos enfrentaram algum empecilho no mercado de trabalho paranaense tendo

    que recorrer a um diferencial curricular.

    Conforme o relato dos profissionais, a aplicao da acupuntura

    demonstra resultados mais efetivos no tratamento dos pacientes, isto

    provavelmente ocorre devido ao fato da acupuntura abranger a sade

    holisticamente interceptando pontos em que a fisioterapia convencional no se

    atm diretamente.

    Com relao ao baixo nmero de citaes sobre diagnstico preciso,

    existe na literatura uma divergncia de opinies entre alguns autores. A maioria

    dos acupunturistas considera que os diagnsticos pelo pulso e lngua so muito

    importantes na aplicao da acupuntura, porm alguns acupunturistas

    ocidentais no concebem a idia de que somente a linguagem potica e a

    harmonia das teorias podem, de certa forma, revelar a verdadeira natureza da

    doena. Com todos os achados cientficos revelando os mecanismos de ao

    da acupuntura nos estudos atuais, ocorre uma tendncia por parte dos

    profissionais ocidentais a deixarem de mencionar os aspectos da metodologia

    tradicional da acupuntura e aderir aos aspectos comprovadamente cientficos e

    modernos (CHAITOW, 1984). Vale salientar que os resultados obtidos pelos

    acupunturistas chineses so melhores.

    Pela TABELA 2.1 observa-se que as trs (3) reas mais associadas com

    a aplicao da acupuntura so a ortopedia, geriatria e pneumologia. Segundo

    DUFFIN (1982), foi nos departamentos de ortopedia, reumatologia e

    anestesiologia que a acupuntura comeou a ser aplicada e pesquisada.

    Pensando desta forma, a geriatria tambm seria beneficiada j que a maioria

    das patologias que acometem os idosos de origem reumatolgica,

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    36

    principalmente as osteoartrites. E na pneumologia, ZHANG (1999) relata que a

    acupuntura tem sido muito utilizada na rinite alrgica por causar um efeito anti-

    histamnico efetivo descartando a possibilidade de efeitos colaterais dos

    medicamentos. Em se tratando da asma brnquica, a acupuntura tem uma

    funo limitada no seu tratamento, mas tem demonstrado um bom efeito

    profiltico em longo prazo nos ataques de asma aguda. Cabe lembrar tambm

    que a acupuntura tem efeito anti-infeccioso que pode atuar nas desordens

    respiratrias.

    Quanto s reas menos associadas, h pontos na regio abdominal

    baixa e regio lombossacral e pontos que produzem fortes sensaes so

    contra-indicados em certos perodos da gestao sendo, desta forma,

    compreensvel que a rea da obstetrcia seja menos utilizada por motivos de

    segurana. Um dos procedimentos que tambm demanda cuidados especiais

    na aplicao da acupuntura durante o manejo de pacientes inquietos,

    desorientados e que apresentam movimentos no controlados e coordenados,

    caractersticas muito semelhantes encontradas em crianas com seqelas

    neurolgicas, sejam estas com ou sem dficit cognitivo (tornando a aplicao

    mais difcil), explanando a pouca associao dos tratamentos na neuropediatria

    (PERSIJN, 2003). Entretanto, consideram-se estas situaes como contra-

    indicaes relativas pois at mesmo nas gestantes, pode-se estimular outros

    pontos como o R9 (tambm chamado de ponto do Beb Feliz), tendo-se

    cuidado no somente com os pontos abdominais, mas tambm com pontos

    como o IG4 (por produzir fortes sensaes na gestante).

    As patologias mais abordadas pelos fisioterapeutas acupunturistas

    paranaense (60,34% - acometimentos da coluna vertebral e nervo citico;

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    37

    dores musculoesquelticas, afeces articulares e; tendinites/tenossinovites)

    so semelhantes s citadas no estudo de KERR (2001) onde lombalgia, dor

    torcica e cervical, e leses dos tecidos moles das articulaes perifricas

    compreendiam a 81,3% das patologias mais tratadas com o complemento da

    acupuntura visando a analgesia.

    O uso tanto de TENS como de laser por vrios profissionais ressalta que

    a combinao dos aparelhos no tratamento com acupuntura tem grandes

    resultados, possivelmente, pelo grande efeito analgsico do TENS (Teoria da

    Comportas proposto por Melzack e Wall em 1965) e pela possibilidade de se

    optar pelo laser quando o paciente apresenta fobia por agulhas ou em casos de

    crianas menores, para pontos sensveis, e como alternativas aos

    procedimentos invasivos em pacientes infecto-contagiosos (HOPWOOD,

    2001).

    Conforme os dados coletados, os profissionais relatam que o

    tratamento com a acupuntura , de fato, mais rentvel do que a fisioterapia

    puramente convencional, apesar da maioria da populao no abordar o

    fisioterapeuta primariamente pela acupuntura. Sugere-se, ento, que a

    dificuldade dos profissionais se d pela falta de informao da populao sobre

    a habilidade, capacidade e legitimidade que aquele possui para exercer a

    prtica de acupuntura ou pela descrena desta sobre os efeitos da acupuntura

    no tratamento do organismo.

    Com relao expectativa de trabalho, a maioria dos profissionais relata

    que o tratamento complementado pela acupuntura um mercado em ascenso

    onde os fisioterapeutas tero boas oportunidades para explorar este

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

    38

    campo11 trabalhando com ambas as formas de tratamento acreditando que,

    desta maneira, os resultados sero mais efetivos no tratamento do paciente.

    Tem-se como exemplo o estudo de AHONEN (1983) que demonstra uma

    mudana significativa na intensidade da dor e na eletromiografia em pessoas

    com cefalia tensional tratados com acupuntura e fisioterapia do que no grupo

    controle tratado somente com fisioterapia. Os resultados obtidos em 4 sesses

    do grupo teste eram equivalentes a 8 sesses do grupo controle.

    Apesar de alguns profissionais (11,11%) preferirem trabalhar somente

    com a acupuntura, nenhum relatou que pretenderia trabalhar s com a

    fisioterapia no futuro. Sugere-se que todos os especialistas acreditam que o

    complemento dado pela acupuntura deve trazer reais benefcios ao tratamento

    fisioteraputico apesar de muitos estudos cientficos ainda precisem ser

    realizados para elucidar os mecanismos de ao da acupuntura no organismo.

    11 sem temer ao ato exclusivamente mdico pois, conforme descrito anteriormente, a justia

    indeferiu ao cautelar movido pela medicina contra a fisioterapia

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

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    6 CONCLUSO

    Conclui-se com este trabalho que a maioria dos fisioterapeutas se

    especializaram por afinidade tcnica associando-a ao tratamento

    fisioteraputico convencional principalmente nas reas de ortopedia, geriatria e

    pneumologia relatando obter resultados mais efetivos em suas abordagens.

    So mais as mulheres que procuram a especializao em acupuntura e h

    muito tempo antes que os homens. As principais patologias tratadas so de

    origem vertebral, dores musculoesquelticas, afeces articulares e tendneas

    onde muitos relatam usar aparelhos como o laser e o TENS associados

    estimulao dos pontos, apesar dos pacientes no procurarem os profissionais

    primariamente pelo tratamento com acupuntura. Na viso do profissional, a

    expectativa de mercado de trabalho favorvel aos fisioterapeutas

    especialistas, pois, encontraro muitos bons resultados na complementao da

    fisioterapia com a acupuntura nos seus tratamentos.

  • Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265

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    APNDICE 1 APROVAO DO COMIT DE TICA

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    44

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    APNDICE 2 - QUESTIONRIO

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    APNDICE 3 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

    ESCLARECIMENTO

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    TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Nome da pesquisa: Fisioterapeuta acupunturista: atuao profissional e expectativas de trabalho. Pesquisadora responsvel: Juliana Hering Genske Este um estudo de campo, junto aos fisioterapeutas acupunturistas do Estado do Paran, que tem como objetivo coletar dados sobre a atual atuao de trabalho deste profissional, bem como as expectativas deste mercado de trabalho. Destina-se a traar um perfil atual do profissional fisioterapeuta acupunturista, bem como esclarecer aos profissionais da rea e estudantes com inteno de se especializarem em Acupuntura, noes sobre essa rea de atuao e seu respectivo mercado de trabalho. Para a amostragem, sero enviados questionrios todos os fisioterapeutas acupunturistas registrados no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Paran (CREFITO-8) e participaro desta pesquisa, os sujeitos que responderem ao referido questionrio.

    Sua participao ser muito importante para o sucesso desta pesquisa. Assinatura do pesquisador:________________________________________ Tendo recebido as informaes anteriores e, esclarecido dos meus direitos relacionados a seguir, declaro estar ciente do exposto e desejar participar da pesquisa. A garantia de receber a resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento a

    dvidas sobre os procedimentos, riscos, benefcios e outros relacionados com a pesquisa;

    A liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo;

    A segurana de que no serei identificado e que ser mantido o carter confidencial das informaes relacionadas com a minha privacidade;

    Compromisso de me proporcionar informao atualizada durante o estudo, ainda que possa afetar minha vontade de continuar participando.

    Em seguida, assino meu consentimento.

    Cascavel, _____de __________ de 2003.

    Nome: ___________________________________________RG___________________ Assinatura: ______________________________

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    APNDICE 4 CARTA DE ESCLARECIMENTO

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