FISIOTERAPEUTA ACUPUNTURISTA Melissa
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Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265
MELISSA SAYURI HOSHINO
FISIOTERAPEUTA ACUPUNTURISTA: Atuao profissional e expectativa de trabalho
CASCAVEL 2004
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Monografias do Curso de Fisioterapia Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265
MELISSA SAYURI HOSHINO
FISIOTERAPEUTA ACUPUNTURISTA: Atuao profissional e expectativa de trabalho
Trabalho de Concluso de Curso do curso de Fisioterapia do Centro de Cincias Biolgicas e da Sade da Universidade Estadual do Oeste do Paran Campus Cascavel. Orientadora: Profa Juliana Hering Genske
CASCAVEL 2004
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TERMO DE APROVAO
MELISSA SAYURI HOSHINO
FISIOTERAPEUTA ACUPUNTURISTA: Atuao profissional e expectativa de trabalho
Trabalho de Concluso de Curso aprovado como requisito parcial para obteno do ttulo graduado em Fisioterapia,na Universidade Estadual do
Oeste do Paran
................................................................................ Orientadora: Profa Juliana Hering Genske Colegiado de Fisioterapia UNIOESTE
................................................................................ Profa. Karen Andra Comparin
Colegiado de Fisioterapia UNIOESTE
................................................................................ Profo. Rodrigo Daniel Genske
Colegiado de Fisioterapia UNIOESTE
Cascavel, fevereiro de 2004
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Dedico este trabalho aos meus pais e irms que
confiaram a mim um futuro e a realizao de um sonho.
Sonho de poder ajudar algum e, ao mesmo tempo,
ser algum perante a sociedade, o trabalho e o
espelho...
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AGRADECIMENTOS
Meu especial agradecimento a todas as pessoas que apoiaram e colaboraram com esta pesquisa, de forma direta ou indiretamente, principalmente queles que se solidarizaram a participar da mesma.
A Deborah S. G. L. Schneider , pela eterna solidariedade, carinho e orientao, e que to logo se recupere. Celeide Pinto Aguiar Peres, pelo apoio dado ao comeo da pesquisa. Rodrigo Genske e Karen Comparin, pelo grande apoio e incentivo ao trabalho.
Agradeo professora e orientadora Juliana Hering Genske, pelo incentivo a esta pesquisa e ao carinho e perseverana quando mais precisei.
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SUMRIO
RESUMO........................................................................................................................ ix ABSTRACT....................................................................................................................x 1 INTRODUO...........................................................................................................1 1.1 OBJETIVO.................................................................................................................2 1.1.1 GERAIS .....................................................................................................................2 1.1.2 ESPECFICOS............................................................................................................3 2 REVISO DA LITERATURA..................................................................................4 2.1 ACUPUNTURA......................................................................................................... 4 2.2 FISIOTERAPIA.......................................................................................................... 9 2.3 FISIOTERAPIA E ACUPUNTURA......................................................................... 12 2.4 FISIOTERAPIA VERSUS MEDICINA: PARTES LEGISLATIVAS ........................ 15 3 MATERIAIS E MTODOS ......................................................................................18 3.1 CRITRIOS E AMOSTRA....................................................................................... 18 3.2 INTERVENO........................................................................................................ 19 3.3 O QUESTIONRIO................................................................................................. 20 3.4 ESTATSTICA......................................................................................................... 21 4 RESULTADOS ........................................................................................................22 4.1 CARACTERSTICA DOS PROFISSIONAIS.......................................................... 22 4.2 USO DA ACUPUNTURA EM FISIOTERAPIA....................................................... 25 4.2 VISO DO PROFISSIONAL SOBRE A ACUPUNTURA...................................... 30 5 DISCUSSO............................................................................................................34 6 CONCLUSO..........................................................................................................39 REFERNCIAS............................................................................................................40 APNDICE 1 APROVAO DO COMIT DE TICA......................................43 APNDICE 2 - QUESTIONRIO..............................................................................45 APNDICE 3 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIMENTO......................................................................49 APNCICE 4 CARTA DE ESCLARECIMENTO.................................................51
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LISTA DE TABELAS TABELA 1.1 DISTRIBUIO POR SEXO QUANTO AO ANO DE
GRADUAO ACADMICA E TEMPO DE ESPECIALIZAO..................................................................... 22
TABELA 1.2 DISTRIBUIO POR SEXO QUANTO AO ANO DE GRADUAO ACADMICA E TEMPO DE TRABALHO COM ACUPUNTURA........................................................................... 22
TABELA 1.3 DISTRIBUIO POR TEMPO EM ANOS DE TRABALHO COM ACUPUNTURA E O MOTIVO DA ESPECIALIZAO PELA IDADE............................................................................... 24
TABELA 2.1 DISTRIBUIO POR RESULTADOS OBSERVADOS NO TRATAMENTO COM ACUPUNTURA NAS REAS FISIOTERAPUTICAS............................................................... 26
TABELA 2.2 DISTRIBUIO QUANTO AO TRATAMENTO DAS PATOLOGIAS COM USO DE APARELHOS ELETROTERMOFOTOTERAPUTICOS................................... 29
TABELA 3.1 DISTRIBUIO POR INTERESSE DA POPULAO PELAS FORMAS DE TRATAMENTO, A PROCURA DAQUELA PELA ACUPUNTURA E A MAIOR RENTABILIDADE DESTAS.......... 31
TABELA 3.2 DISTRIBUIO QUANTO ESPECTATIVA DE TRABALHO E A ATUAO PROFISSIONAL DO ESPECIALISTA NO FUTURO..................................................................................... 32
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LISTA DE GRFICOS GRFICO 1.1 - QUANTO AO TEMPO DE CONCLUSO DE
ESPECIALIZAO, POR SEXO........................................ 23 GRFICO 1.2 - QUANTO AO TEMPO EM ANOS DE TRABALHO COM
ACUPUNTURA, POR SEXO.............................................. 23 GRFICO 1.3 - QUANTO AO MOTIVO DA ESPECIALIZAO, POR
IDADE................................................................................. 25 GRFICO 2.1.1 - QUANTO A REAS DE FISIOTERAPIA ASSOCIADAS
AO TRATAMENTO COM ACUPUNTURA......................... 27 GRFICO 2.1.2 - QUANTO AOS RESULTADOS OBTIDOS COM A
ACUPUNTURA EM PORCENTAGEM............................... 27 GRFICO 2.1.3 - QUANTO AOS RESULTADOS OBTIDOS COM A
ACUPUNTURA NAS REAS DE ORTOPEDIA, GERIATRTIA E PNEUMOLOGIA....................................... 28
GRFICO 2.2.1 - QUANTO S PATOLOGIAS MAIS ABORDADAS NO TRATAMENTO COM ACUPUNTURA................................ 29
GRFICO 2.2.2 - QUANTO AOS APARELHOS ELETROTERMOFOTOTERAPUTICOS MAIS UTILIZADOS PELOS PROFISSIONAIS............................. 30
GRFICO 3.1 - QUANTO A MAIOR RENTABILIDADE DENTRE AS FORMAS DE TRATAMENTO............................................. 31
GRFICO 3.2.1 - QUANTO A ATUAO PROFISSIONAL DO ESPECIALISTA FUTURAMENTE...................................... 32
GRFICO 3.2.1 - QUANTO A EXPECTATIVA DE MERCADO SEGUNDO OS ESPECIALISTAS.......................................................... 33
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LISTA DE SIGLAS AVE - Acidente Vascular Enceflico CFE - Conselho Federal de Educao CFM - Conselho Federal de Medicina CIUO - Classificao Internacional Uniforme de Ocupaes COFFITO - Conselho Federal De Fisioterapia e Terapia Ocupacional CREFITO - Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional MTC - Medicina Tradicional Chinesa OIT - Organizao Internacional do Trabalho TENS - Estimulao Nervosa Eltrica Transcutnea
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RESUMO
A acupuntura se difundiu no Brasil, entre a fisioterapia, a partir da dcada de 80 e desde ento vm sendo utilizada como um complemento aos seus tratamentos demonstrando muito bons resultados. A combinao destas duas especialidades teraputicas auxilia no processo curativo do indivduo, visto que uma potencializa os efeitos da outra. Atualmente, muitos cursos de Fisioterapia abordam, atravs de tpicos especiais em sua grade curricular, noes de acupuntura, o que vem despertando crescente interesse pelos seus acadmicos por essa rea, mas tambm gerando muitas dvidas a respeito da expectativa de trabalho e das reas em que o fisioterapeuta acupunturista pode atuar. Sendo assim, a presente pesquisa objetivou-se a levantar dados sobre a atuao profissional e a expectativa de trabalho dos fisioterapeutas acupunturistas no mercado de trabalho paranaense. Para obter-se esses dados, contou-se com a mediao do CREFITO-8 e enviou-se um questionrio todos os profissionais fisioterapeutas acupunturistas registrados neste Conselho obtendo-se uma amostra final de 20 fisioterapeutas para esta pesquisa. Aps a coleta dos dados, obteve-se como principais resultados, a maior incidncia do sexo feminino (80%) nessa pesquisa e o tempo de especializao destas, em relao ao sexo masculino maior. A maior parte dos profissionais (40%) relatam a procura primria dos pacientes pela fisioterapia e tm dificuldades em obter pacientes para acupuntura e 30% referem que so procurados inicialmente para acupuntura, sem dificuldades de conseguir pacientes para este tratamento. Quanto ao retorno financeiro, 70% referem a acupuntura como a forma mais rentvel. 85% dos profissionais associa fisioterapia e acupuntura. A maior parte dos fisioterapeutas preferem a acupuntura com agulhas, mas entre os recursos eletrotermofototeraputicos, o TENS e laser so os preferidos (41,38%). 38,89% dos fisioterapeutas referem a acupuntura como um grande mercado de trabalho (em ascenso) e 16,67% temem que no futuro, a profisso possa se tornar um ato exclusivamente mdico. Conclui-se, que a expectativa de mercado de trabalho favorvel aos fisioterapeutas acupunturistas e que a associao dessas duas especialidades garantem muito bons resultados no tratamento. Palavras-chave: fisioterapia, acupuntura, mercado de trabalho.
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ABSTRACT
The acupuncture was diffused in Brazil, among the physiotherapy, starting from the decade of 80 and ever since they have been used as a complement to their treatments demonstrating very good results. The combination of these two therapeutic specialties aids in the individual's healing process, because one potentiates the effects of the other. Nowadays, many courses of Physiotherapy approach, through special topics in his grating of curriculum, acupuncture notions, the one that comes waking up crescent interests for their academics for that area, but also generating a lot of doubts regarding the work expectation and of the areas in that the physiotherapist acupunturist can act. Being like this, to present research was aimed at to research data on the professional performance and the expectation of work of the physiotherapists acupunturist in the job market paranaense. To obtain those data, it was counted with the mediation of CREFITO-8 and it was sent a questionnaire to the all the professionals physiotherapists acupunturist registered in this Council being obtained a final sample of 20 physiotherapists for this research. After the collection of the data, it was obtained as main results, the largest incidence female (80%) in that research and the time of specialization of these, in relation to the masculine sex it is larger. Most of the professionals (40%) they tell the patients' primary search for the physiotherapy and they have difficulties in obtaining patient for acupuncture and 30% refer that they are sought initially for acupuncture, without difficulties of getting patient for this treatment. As for the financial return, 70% refer the acupuncture as the most profitable form. 85% of the professionals associate physiotherapy and acupuncture. Most of the physiotherapists prefers the acupuncture with needles, but enters the resources eletrotermophototherapeutic, the TENS and laser is the favorite ones (41,38%). 38,89% of the physiotherapists refer the acupuncture as a great job market (in ascension) and 16,67% fear that in the future, the profession can become an action exclusively doctor. It is concluded, that the job market expectation is favorable to the physiotherapists acupunturist and that the association of those two specialties guarantees very good results in the treatment. Key-words: physiotherapy, acupuncture, job market.
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1 INTRODUO
Por que um fisioterapeuta do sculo XX deveria estar preocupado com
as filosofias e crenas de uma outra cultura de mais de trs mil anos? A
resposta simples essa pergunta que no h razo alguma, absolutamente.
Um fisioterapeuta que tenha um interesse na arte da Acupuntura poderia
continuar a pratic-la e conseguir bons resultados sem se preocupar com as
Teorias e com o resto da bagagem cultural. Entretanto, esse fisioterapeuta iria
perder muito. A riqueza da experincia chinesa seria desperdiada, bem como
o meticuloso registro de resultados acumulados ao longo de milhares de anos
(HOPWOOD et al, 2001).
A existncia da acupuntura remonta aos primrdios da civilizao
chinesa, sendo atribuda sua descoberta ao Imperador Amarelo em 2797 a.C.,
e trata-se de um conjunto de conhecimentos terico-empricos, dentro da
Medicina Tradicional Chinesa, que visa terapia e cura das doenas atravs
de aplicaes de agulhas. Apesar de sua antiguidade, a Acupuntura continua
evoluindo juntamente com o moderno avano tecnolgico (DULCETTI JR,
2001;WEN, 1995).
E sabendo disso, a fisioterapia tem utilizado a acupuntura como um
complemento aos seus tratamentos desde a dcada de 80, no somente no
Brasil mas tambm em outros pases da Amrica do Norte e do Reino Unido,
demonstrando muitos bons resultados em diversos tipos de pacientes,
principalmente nos casos ortopdicos e reumatolgicos para alvio da dor e
melhora da funcionalidade (DUFFIN, 1982).
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Porm, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) um paradoxo
estimulante para um profissional da rea da sade. Os textos antigos fazem
afirmaes que nossos intelectos nos probem de acreditar, apesar dos sculos
de evidncias empricas que confirmam seu sucesso. Isso se torna evidente
medida que cada vez mais as pesquisas feitas demonstram que a tcnica da
acupuntura tem grande valor (HOPWOOD et al, 2001).
Portanto, muitos cursos de Fisioterapia possuem, como o da
UNIOESTE, em suas grades curriculares, disciplinas optativas ou tpicos
especiais em fisioterapia que trazem como assunto, noes de Tcnicas No
Convencionais, como a Acupuntura, o que vem despertando crescente
interesse pelos acadmicos de fisioterapia por essa rea.
Em virtude desse grande interesse por parte dos acadmicos e da
escassez de informaes sobre a atuao profissional do fisioterapeuta
acupunturista e seu respectivo mercado de trabalho no Paran, essa pesquisa
tem como objetivo reunir dados atuais sobre estes assuntos, objetivando traar
um perfil atual deste profissional bem como suprir as inmeras dvidas dos
acadmicos de fisioterapia.
1.1 OBJETIVO
1.1.1 GERAIS
Pesquisar e levantar dados sobre a atuao profissional e a expectativa
de mercado de trabalho para os fisioterapeutas acupunturistas.
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1.1.2 ESPECFICOS
Pesquisar o perfil do profissional fisioterapeuta acupunturista.
Pesquisar se a prtica da acupuntura est sendo associada ao
tratamento fisioteraputico.
Pesquisar quanto ao motivo que levou tais fisioterapeutas a se
especializarem em acupuntura.
Pesquisar em quais reas da Fisioterapia a associao de tratamentos
mais utilizada.
Pesquisar quais os resultados observados com a mescla dos
tratamentos.
Pesquisar quais patologias esto sendo abordadas com a
complementao do tratamento com a acupuntura.
Pesquisar que tipos de aparelhos eletrotermofoteraputicos so mais
utilizados nos tratamentos.
Pesquisar o interesse da populao pela busca ao tratamento
fisioteraputico e/ou por acupuntura.
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2 REVISO DA LITERATURA
2.1 ACUPUNTURA
A origem da Acupuntura confunde-se com o incio da civilizao chinesa
pelos indcios existentes de uma tradio onde os conhecimentos eram
transmitidos verbalmente de mestre para discpulo. Na dinastia do Imperador
Amarelo (Huang Di) tais conhecimentos foram condensados num livro
tradicional conhecido at hoje como a Bblia da Acupuntura, denominado
Huang Di Nei Jing, que se trata de um texto escrito em forma de dilogos nos
quais se obtm informaes a respeito da todas as questes ligadas sade,
principalmente, sobre a arte da cura (HISTRIA DA ACUPUNTURA, 2003).
A acupuntura tem por objetivo tratar as doenas por meio de aplicaes
de agulhas de corpo longo e ponta fina em pontos determinados para produzir
sensaes ao paciente com a finalidade de curar uma enfermidade
(YAMAMURA, 1993).
Para a Medicina Chinesa, o corpo constitudo de Matria e Energia.
Existem as energias que o homem absorve atravs da respirao (Energia
Celeste), atravs da alimentao (Energia Terrestre) que juntas constituem a
Energia Essencial e que esta, juntamente com a Energia Ancestral, vo
constituir a Energia Nutridora e a Energia Defensiva. O equilbrio destas
Energias, de uma maneira geral, o responsvel pela sade do indivduo.
Quando h o desequilbrio ou um excesso de Energia Celeste, considerados os
fatores de adoecimento, o indivduo adoece (CORDEIRO, 2001;WEN, 1995).
Existem as teorias:
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a) Yin-Yang, representado no Tai Chi (Grande Princpio Primordial), referindo
que todo o fenmeno do universo um ntegro formado por 2 partes
opostas e complementares que se relacionam mutuamente;
b) rgos e Vsceras (Zang-Fu), referindo as atividades fisiolgicas dos rgos
que permitem o equilbrio energtico;
c) cinco elementos (Madeira, Fogo, Terra, Metal e gua) que, na realidade, so
os 5 elementos bsicos que constituem a natureza onde existe, entre eles,
uma interdependncia e uma inter-restrio que determinam seus estados
de constante movimento e mutao, sendo essa teoria comumente usada
como guia na aplicao do tratamento aps realizado o diagnstico.
Todas as teorias so utilizadas para, de maneira filosfica, explicarem os
processos patognicos e curativos atravs do reequilbrio da Energia Vital (Qi),
com a manuteno dos 12 canais de energias bilaterais e dois canais
unilaterais existentes no corpo humano (YAMAMURA, 1993; MACIOCIA, 1996;
WEN, 1995).
O diagnstico na acupuntura se d por quatro (4) procedimentos:
a) inspeo geral e regional, onde a lngua muito inspecionada durante o
diagnstico pelos acupunturistas chineses;
b) ouvir as queixas e sentir os odores apresentados pelo paciente;
c) questionar os dados a respeito da durao, local e tipos de sintomas e
sinais;
d) palpao pulsologia, um dos mtodos tambm muito utilizado pelos
acupunturistas pois, baseado na observao milenar da medicina chinesa,
existe uma relao entre a posio do pulso e os diferentes meridianos do
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organismo podendo, desta forma, indicar a situao do meridiano no
indivduo naquele momento (WEN, 1995).
Com relao aos instrumentos de aplicao da acupuntura, estes foram
se desenvolvendo a partir do momento em que novos materiais foram sendo
descobertos resultando na confeco das agulhas. Existem provas
arqueolgicas de que as agulhas eram feitas primariamente de pedras polidas,
mas depois evoluram para outros materiais como ossos, bamb, barro, ferro,
ouro e prata, ligas metlicas at s agulhas de ao inoxidvel que so
utilizadas at os dias de hoje. Paralelamente ao desenvolvimento da aplicao
por agulhas houve tambm o desenvolvimento do uso da moxa (cones ou
bastes acesos feitos a partir de folhas secas de Artemisia vulgaris) para
cauterizar ou aquecer determinadas regies da pele, apesar de alguns autores
acreditarem que a moxa ainda mais antiga que a acupuntura. A aplicao da
acupuntura pelo corpo pode ser feita atravs de pontos por todo o corpo
(Acupuntura Sistmica) ou atravs de pontos localizados em partes
determinadas do corpo (Acupuntura Microssistmica) onde, por exemplo, a
orelha considerada um microssistema juntamente com a face, mos, ps, a
cabea na craneoacupuntura e outros (CENTER FISIO IMES, [200-];
YAMAMURA, 1993; WEN, 1995).
Com a passar dos tempos, os mtodos de aplicao da acupuntura
tambm foram se desenvolvendo onde, antigamente, os estmulos nos pontos
de acupuntura eram apenas mecnicos (agulhas, massagens e ventosas) e
trmicos (moxa), com a evoluo da cincia, outros tipos de estmulos tambm
podem ser administrados hoje como, por exemplo, estmulos eltricos
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(eletroacupuntura), luminosos (cromoterapia, laser, infravermelho), magnticos
(ims) e qumicos (HOPWOOD, 2001; CENTER FISIO IMES, [200-]).
Durante as ltimas dcadas, a acupuntura se tornou cada vez mais
popular e parcialmente aceita em muitos pases ocidentais, principalmente
como tcnica de alvio da dor. Vrios fatores contriburam para essa
popularidade, tais como muitos relatos de alvio de dor aguda e crnica, a
compreenso de alguns mecanismos de ao e o interesse nas culturas do
Extremo Oriente e em seu misticismo. Alm disso, o tratamento no tem efeitos
colaterais srios e barato. O fato mais importante para sua aceitao parcial
na rea da sade foi o acmulo de resultados da aplicao dos mtodos
cientficos na avaliao de seus efeitos. Isso comeou nos anos 50, na China,
com estudos da analgesia durante cirurgias (HOPWOOD et al, 2001).
Estudos de WEDENBERG e colaboradores (2000), relataram que o
tratamento com acupuntura alivia a dor e diminui a incapacidade causada pela
lombalgia durante a gravidez melhor que o tratamento fisioteraputico.
Sobre o tratamento da osteoartrite de joelho, na rea da reumatologia,
h fortes evidncias que o tratamento com a acupuntura mais efetivo que o
tratamento placebo de acupuntura para a dor. Existem evidncias limitadas de
que a acupuntura melhor que o tratamento usual, porm, h insuficientes
evidncias sobre outros tratamentos. Desta forma, sugere-se que a acupuntura
pode ter uma grande funo no tratamento da osteoartrite do joelho,
principalmente no tratamento da dor (EZZO, 2001).
Nos ltimos anos, apareceu um grande nmero de publicaes tratando
dos efeitos da acupuntura na ortopedia. Um exemplo destes o experimento
de SAIDAH (2002), que teve como finalidade, avaliar a eficcia da Acupuntura
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no ps-operatrio das cirurgias artroscpicas no joelho utilizando a tcnica Ao
Oposto da Medicina Tradicional Chinesa. Esta tcnica tem por finalidade o
tratamento das algias perifricas, descritas no livro Hoang Ti Nei Ching, este
considerado o maior e melhor livro de acupuntura escrito h mais de quatro
milnios, onde foram inseridas agulhas nos canais de energia responsveis
pelas atividades da articulao do joelho, dos nervos e da circulao sangnea
no joelho sadio para interferir nos mecanismos produtores do desequilbrio do
joelho afetado e conseqentemente da dor e dos movimentos do joelho
operado. Porm, a tcnica Ao Oposto ainda no tem comprovao cientfica
clnica, apesar de existir um respaldo cientfico para explicar este fenmeno,
sob a luz da neuroanatomia e da neurofisiologia, por meio de mecanismo do
arco reflexo smato-somtico cruzado.
Alguns ensaios indicam que a acupuntura efetiva em casos de emese
ps-cirurgia ou causada por quimioterapia em adultos e para nuseas em
gestantes. E existem boas evidncias que a acupuntura tambm efetiva para
alvio de dores dentrias. Para certas condies como dor crnica, lombalgia e
cefalia, os dados so equivocados ou contraditrios segundo KAPTCHUK
(2002) em seu trabalho onde foram analisadas mais de 25 revises
sistemticas e meta-anlises sobre a eficcia clnica da acupuntura.
Segundo VICKERS e colaboradores (2002) em sua reviso sistemtica
com relao reabilitao de pacientes neurolgicos (com acidente vascular
enceflico), atualmente, existem evidncias insuficientes sobre o uso da
acupuntura nestes tipos de pacientes no tratamento da dor apesar da boa
metodologia utilizada nos estudos.
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Sobre a rea pneumolgica, revises sistemticas sobre a asma
concluram que h poucas evidncias sobre quais as decises clnicas bsicas.
Estudos recentes publicaram que h uma introspeco limitada dentro
efetividade clnica da acupuntura para o tratamento da asma (VICKERS, 2002).
2.2 FISIOTERAPIA
Na Antiguidade havia uma forte preocupao com as pessoas que
apresentavam diferenas incmodas, denominadas doenas. Os agentes
fsicos, como por exemplo a eletricidade do peixe eltrico ou os movimentos do
corpo humano, eram um dos tipos de instrumentos utilizados para eliminar ou
reduz-las. Na Idade Mdia, as diferenas incmodas eram consideradas
como algo a ser exorcizado. No renascimento volta a aparecer alguma
preocupao com o corpo saudvel e, ao final deste, o interesse pela sade
corporal comea a especializar-se. Na industrializao volta o interesse pelas
diferenas incmodas, com atividades especializadas para seu tratamento.
Nas pocas subseqentes (sculos XIX e XX), as especializaes mdicas,
reas da sade, apareceram de forma mais definidas, mantendo ainda um grau
significativo de preocupao com a doena j instalada e pouco com a
preveno na sade.
No caso da Fisioterapia a sua prpria origem encaminhou as definies
de seu campo profissional para atividades recuperativas, reabilitadoras ou
atenuadoras a serem utilizadas quando um organismo se apresenta em ms
condies de sade. O surgimento desse profissional, como uma decorrncia
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das grandes guerras, fez-se necessrio, principalmente, para tratar pessoas
fisicamente lesadas. A prpria denominao das formas de atuao da
Fisioterapia evidencia a assistncia sade para reabilitar ou recuperar tanto
quanto a prpria composio do nome da profisso. Fisioterapia a atuao
teraputica por meio de movimento (cinesioterapia), da eletricidade
(eletroterapia), do calor (termoterapia), do frio (crioterapia), da massagem
(massoterapia) entre outros (REBELATTO, 1999).
No Brasil, a Fisioterapia teve incio para solucionar os altos ndices de
acidente de trabalho no intuito de curar ou reabilitar tais vtimas para reintegr-
las ao sistema produtivo do pas ou, ao menos, diminuir o sofrimento dessas
pessoas. Um dos primeiros documentos oficiais que definem a ocupao do
fisioterapeuta e os seus limites de trabalho e sua atividade foi apresentado em
19631 e um segundo documento oficial foi apresentado em 13 de outubro de
19692, que prov consideraes definindo o qu deve consistir a atividade do
fisioterapeuta, dando incio ao processo de definio da profisso no Brasil,
onde considerado um profissional de nvel superior com atividade privada de
executar mtodos e tcnicas fisioterpicas para restaurar, desenvolver e
conservar a capacidade fsica do paciente, com exerccio da profisso em
hospitais, clnicas, ambulatrios, creches, asilos ou exerccios de cargo, funo
ou emprego de assessoramento, chefia ou direo na administrao pblica
direta ou indireta, como condio essencial, a apresentao da Carteira de
Profissional de Fisioterapeuta (REBELATTO, 1999).
Segundo o COFFITO, a Fisioterapia define-se como uma cincia da
Sade que estuda, previne e trata os distrbios cinticos funcionais que
1 Parecer no 388/63 do Conselho Federal de Educao (CFE); 2 Decreto Lei no 938/69
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ocorrem em rgos e sistemas do corpo humano, gerados por alteraes
genticas, por traumas e por doenas adquiridas. Fundamenta suas aes em
mecanismos teraputicos prprios, sistematizados pelos estudos da Biologia,
cincias morfolgicas e fisiolgicas, patologia, bioqumica, biofsica,
biomecnica, cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia patolgica de rgos e
sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais. O
fisioterapeuta considerado um profissional de Sade, com formao
acadmica Superior, habilitado construo do diagnstico dos distrbios
cinticos funcionais (Diagnstico Cinesiolgico Funcional), a prescrio das
condutas fisioteraputicas, a sua ordenao e induo no paciente bem como,
o acompanhamento da evoluo do quadro clnico funcional e as condies
para alta do servio. A fisioterapia atua nas reas de ortopedia, pediatria,
neurologia, neuropediatria, ginecologia e obstetrcia, geriatria, reumatologia,
pneumologia, desportiva, urologia, entre outras.
Segundo REBELATTO (1999), no inicio, a fisioterapia estava limitada,
historicamente, dedicao a todos os distrbios de postura e movimento que
estariam causando sofrimento populao. Porm, trabalhar em uma profisso
exige ter uma clareza sobre o objeto de trabalho do qual se ocupa ou ao qual
se dedica, onde se constitui um eixo em relao ao qual possvel construir e
desenvolver o exerccio profissional dentro do seu campo de atuao. Dessa
forma, define e projeta-se o que necessrio na atuao profissional do
fisioterapeuta para suprir as necessidades e a demanda da populao. Sendo
este o motivo pelo qual muitos profissionais tm buscado cursos de
especializaes e ps-graduaes, e entre outros, para aumentar seus
conhecimentos.
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2.3 FISIOTERAPIA E ACUPUNTURA
A acupuntura uma parte que aborda holisticamente a sade na
Medicina Tradicional Chinesa (MTC), o seu uso no apenas para alvio de
sintomas, j que tambm auxilia na regulao do organismo e promove os
mecanismos homeostticos. Portanto, combinada aos mtodos no invasivos
da fisioterapia, pode-se conferir um efeito cumulativo da acupuntura, que
auxilia no processo curativo do indivduo (LOVESEY et al, 2001).
A introduo da acupuntura na fisioterapia no se deu apenas no Brasil,
como visto anteriormente, mas tambm em vrios outros pases da Amrica do
Norte e no Reino Unido. Na dcada de 70 no Canad, muitas instituies e
profissionais de medicina fsica e reabilitao j estavam envolvidos em
pesquisas ou prticas clnicas com acupuntura e no incio da dcada seguinte
muitos fisioterapeutas do Reino Unido j estavam freqentando cursos
intensivos de acupuntura aderindo sua prtica e considerando-a uma
modalidade muito til (ZHUO, 1982; LOVESEY et al,2001).
Em 1982, DUFFIN relatou que teve muitos bons resultados em pacientes
tratados com acupuntura dentro do departamento de fisioterapia, conforme os
critrios de melhora foram alcanados com a acupuntura quando a terapia
convencional no apresentava resultados ou quando se estabilizava, quando
nenhum tipo de tratamento tinha efeito, e quando se conseguia uma melhora
objetiva imediata. Dentre as patologias tratadas, destacam-se asma,
osteoartrite do joelho, dor no especfica do quadril, dor ps-patelectomia, dor
cicatricial, capsulite adesiva e eczema.
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Como visto na descrio acima, a acupuntura em si tem sido
amplamente utilizada dentro da fisioterapia para alvio da dor, onde segundo
KERR e colaboradores (2001), haviam aproximadamente 500 fisioterapeutas
atuando desta forma na Gr-Bretanha em 2001. Os mecanismos analgsicos
da acupuntura tm sido estudados desde a dcada de 70, revelando a relao
da estimulao dos pontos com funes e fatores neurais e humorais no
organismo. O efeito analgsico da tcnica pode proporcionar a interveno das
tcnicas fisioteraputicas precocemente ou incrementar o tratamento como
citado por DUFFIN (1982). Porm, sabe-se que a acupuntura aborda uma
enorme gama de patologias, sendo ento um desperdcio se a fisioterapia no
levasse tal fato em considerao, abordando no somente o alvio da dor mas
tambm o reequilbrio energtico do paciente e melhorando sua sade (WEN,
1995; ZHANG et al, 1999; LOVESEY et al, 2001).
Segundo LOVESEY e colaboradores (2001), as modalidades
fisioteraputicas podem ser empregadas para diminuir a inflamao e
aumentar a cura local enquanto que a acupuntura administrada para
aumentar o Qi (Energia Vital) no meridiano e rgo em questo ou para
analgesia local. Depois do aumento do fluxo de energia para a rea lesionada,
almejando-se a promoo da cura tecidual, vlida a aplicao de tratamento
de fisioterapia apropriado para alongamento, mobilidade ou fortalecimento
gradual. Deste modo, a aplicao associada de aparelhos existentes na
fisioterapia nos pontos de acupuntura tambm seguiria a mesma regra,
potencializar e melhorar o tratamento tornando-o o mais efetivo possvel.
Desde 1982, ZHUO j mencionava o uso de ...novos mtodos
promissores..., sendo eles a laser acupuntura, a eletroacupuntura e a magneto
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acupuntura os mais citados, e, uma referncia acupuntura aplicada por
ondas de ultrasom e raios ultravioletas.
Estudos de pesquisa cientfica revelam que a acupuntura contribui com
as seguintes aes no organismo:
a) analgesia;
b) proteo do corpo contra infeces;
c) regulao de vrias funes fisiolgicas.
Na realidade, as aes a e b podem ser atribudas pela regulao das
funes fisiolgicas, portanto, o efeito teraputico da acupuntura se d por
regulao de aes de vrios sistemas orgnicos, podendo ser considerada
como uma terapia no especfica com um amplo espectro de indicaes,
particularmente til em desordens funcionais (ZHANG, 1999).
Desta forma, levando-se em considerao a ampla abordagem da
acupuntura, natural que o tratamento fisioteraputico complementado com a
acupuntura pudesse abranger vrias reas dentro da fisioterapia. Como se
pode ver, s nos relatos de DUFFIN em 1982, abordaram-se doenas nas
reas de ortopedia, incluindo casos de ps-operatrios, reumatologia,
pneumologia, dermatologia e casos de neurologia e obstetrcia tambm foram
registrados em seus estudos. Alm destes, h relatos sobre intervenes em
ginecologia, oncologia (para alvio de dor) e pessoas com problemas de
noctria, ansiedade e estresse (LOVESEY et al, 2001).
Inicialmente, os estudos sobre a acupuntura tinham se voltado
preferencialmente s patologias ortopdicas, reumatolgicas e efeitos
analgsicos pois os problemas musculoesquelticos respondem bem ao uso de
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pontos locais e distais para controle da dor e para aumentar o Qi do canal que
passa sobre a leso. Entretanto, com as vrias revelaes cientficas, muitos
pesquisadores tm se empenhado nas reas neurolgicas, principalmente em
casos de seqelas de acidentes vasculares enceflicos (AVE), com vrios
indcios de xito em seus trabalho e, a cada dia, tm-se obtido respostas que
elucidam a mente dos profissionais ocidentais, mas para VICKERS et al (2002),
os estudos sobre a efetividade sobre a aplicao da acupuntura no tratamento
da dor ainda devem ser melhor analisados nestes casos neurolgicos. A partir
desses estudos, muitos pesquisadores sugerem, por exemplo, que o uso da
electroacupuntura no tratamento de vrios tipos de dores, depresso,
ansiedade, espasmo muscular induzido pela medula espinal, acidente vascular
enceflico, desordens gastrointestinais podem ser de grande valia para a
recuperao do paciente (ULETT et al, 1998; ZHANG, 1999; LOVESEY et al,
2001).
2.4 FISIOTERAPIA VERSUS MEDICINA: PARTES
LEGISLATIVAS
No Brasil, a acupuntura foi introduzida primariamente pelos imigrantes
chineses e japoneses no sculo XIX. E em 1950, o professor Friedrich Johann
Spaeth ingressou seus estudos em acupuntura em um curso na Alemanha,
voltando ao Brasil aps 3 anos. O Professor Spaeth comeou a ensinar e a
introduzir oficialmente a acupuntura no pas em 1958, permitindo a progresso
e a evoluo desta e tambm possibilitando o seu reconhecimento como uma
das profisses da Classificao Internacional Uniforme de Ocupaes (CIUO)
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pela Organizao Internacional do Trabalho (OIT) em 1966 (HISTRIA DA
ACUPUNTURA NO BRASIL, 2003).
A partir de ento, a acupuntura se difundiu no Brasil por diversas reas
da sade sendo que o primeiro Conselho a habilitar a prtica por seus
profissionais foi o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional em
29 de outubro de 19853, onde mais tarde, outras 2 resolues4 foram baixadas
aplicando-se atos complementares e dando nova redao a artigos anteriores
at que em 14 de dezembro de 20005 houve o reconhecimento da acupuntura
como especialidade da fisioterapia, sem reivindicao de exclusividade
(RESOLUES DO CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA
OCUPACIONAL COFFITO, QUE ASSEGURAM O DIREITO PRATICA DA
ACUPUNTURA PELO PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA, 2003).
Quanto ao Conselho Federal de Medicina, desde o incio mostrou-se
relutante em aceitar a acupuntura como especialidade mdica. Porm, com o
Projeto de Lei 67/19956, o Conselho retrocedeu em sua deciso reconhecendo
a acupuntura como uma especialidade mdica7. Com isso, no final de 2001,
com o apoio da Sociedade Mdica Brasileira de Acupuntura, moveram aes
contra os Conselhos8 que possuam resolues normatizadoras da prtica de
acupuntura, na tentativa de proibir que outros profissionais da sade a
exercessem, alegando que estes no teriam capacidade para diagnstico e
aplicao da mesma (HISTRIA DA ACUPUNTURA NO BRASIL, 2003).
3 Resoluo COFFITO-60; 4 Resoluo COFFITO-97 e COFFITO-201; 5 Resoluo COFFITO-219; 6 PL65/1995, discutia sobre o exerccio da acupuntura ser legal a todos os profissionais da sade; 7 Resoluo CFM no 1634/2002; 8 so 7 Conselhos: Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Enfermagem, Fonoaudiologia, Psicologia, Farmcia, Biomedicina e Medicina.
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Em se tratando do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional, a ao cautelar movida pela Medicina foi indeferida e extinta, sem
exame de mrito, condenando os autores ao pagamento dos honorrios
advocatcios pela Quinta Vara do Distrito Federal em fevereiro de 2002,
assegurando aos fisioterapeutas o direito pratica da acupuntura (SITUAO
DA ACUPUNTURA NO BRASIL, 2003; HISTRIA DA ACUPUNTURA NO
BRASIL, 2003).
Com esta deciso no Brasil, a introduo da acupuntura na fisioterapia
(que ocorre desde a dcada de 80) pde ser levada a diante com um respaldo
legislativo legtimo.
Hoje, os profissionais fisioterapeutas acupunturistas contam com o apoio
da Sociedade Brasileira de Fisioterapeutas Acupunturistas com suas
Regionais, j existente no Paran, para regularizar todos os especialistas junto
aos CREFITOS para garantir a legitimidade da profisso (GOULART, 2003).
Curiosamente, na Gr-Bretanha, o uso da acupuntura para
complementar as habilidades dos fisioterapeutas vem sendo aplicados tambm
desde o incio dos anos 80, e aceito como uma modalidade regular a ser usada
como parte do tratamento fisioteraputico desde 1984 pela Sociedade
Diplomada de Fisioterapeutas, um ano antes que no Brasil, onde tambm foi
aceita e reconhecida como uma modalidade teraputica capaz de
complementar a profisso de forma a atender as necessidades gerais da
populao brasileira (LOVESEY et al, 2001).
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3 MATERIAIS E MTODOS
Inicialmente, aps aprovao do Comit de tica (APNDICE 1),
consultou-se o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8
regio CREFITO-8 para se descobrir o tamanho da populao de
fisioterapeutas acupunturistas atuantes e registrados no Estado do Paran.
Desta forma, a pesquisa constou de uma populao de 95 fisioterapeutas
acupunturistas atuantes e registrados no referido Conselho, de ambos os
sexos, onde os dados foram obtidos atravs da aplicao de um questionrio
(APNDICE 2) via correio nacional no perodo de Julho a Outubro de 2003.
3.1 CRITRIOS E AMOSTRA
Os critrios de incluso foram: o profissional estar cadastrado
legitimamente no CREFITO-8, referente ao Estado do Paran, como
Fisioterapeuta Acupunturista e ter reenviado o questionrio e o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (APNDICE 3) preenchidos remetente
para a possvel anlise dos dados. A partir destes critrios a amostra foi
definida em 20 indivduos, sendo que somente 20 profissionais responderam
pesquisa.
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3.2 INTERVENO
Conforme o Captulo XI Seo I e II da Resoluo COFFITO 8/78, o
CREFITO-8 indeferiu primeira solicitao para a obteno de uma lista
contendo referncias sobre os profissionais, para a eventual emisso dos
instrumentos de pesquisa e a possvel realizao da mesma, e ainda informou
que para tal, seria imprescindvel uma solicitao por mala direta
Presidncia da Regional, juntamente com o fornecimento de um modelo do
material a ser distribudo para fins analticos sob os moldes da legislao do
COFFITO, fato que impossibilitaria a realizao da pesquisa pelo alto custo que
traria (devido ao valor da taxa de expediente da mala direta).
Imediatamente aps o conhecimento deste fato, foi redigida uma carta
ao Presidente do CREFITO-8, com o conhecimento da Coordenao do Curso
de Fisioterapia da UNIOESTE, explanando sobre o cunho cientfico e sem fins
lucrativos desta pesquisa, assim como a importncia da prpria para a classe.
Ademais, foi sugerida uma contraproposta para a emisso dos instrumentos de
pesquisa aos profissionais da seguinte forma:
a) 95 (noventa e cinco) envelopes selados e fechados seriam enviados
para o CREFITO-8 em um nico lote, onde apenas os remetentes
estariam preenchidos para o caso de devolues, estando apenas o
endereamento dos destinatrios a cargo do Conselho;
b) em cada envelope constaria:
- um (1) envelope ofcio aberto, selado e com destinatrio previamente
preenchidos;
- uma (1) Carta de Esclarecimento da Pesquisa (APNDICE 4);
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- um (1) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APNDICE 3);
- um (1) questionrio intitulado Fisioterapeuta acupunturista: atuao
profissional e expectativa de trabalho contendo 3 (trs) folhas
(APNDICE 2);
c) o Conselho e o profissional no teriam custos de postagem para o envio
e o reenvio, respectivamente;
d) a deciso de participar e/ou se identificar seria nica e exclusivamente
do profissional cadastrado;
e) permanecendo, assim, a integridade legislativa do Conselho, no sendo
emitida nenhum tipo de listagem ou cadastro dos profissionais.
Juntamente com esta carta, anexou-se o questionrio (APNDICE 2)
para fins analticos, sendo este documento enviado via Sedex para o
CREFITO-8 situado em Curitiba-PR.
A partir desta, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da 8a Regio deferiu favor do trabalho em questo, solicitando o
envio o mais breve possvel. Deste modo, foi enviada, via Sedex, os 95
(noventa e cinco) envelopes, num nico lote, no terceiro dia aps a resposta
dada.
3.3 O QUESTIONRIO
O questionrio foi confeccionado conforme os objetivos traados e com
base na literatura revisada, principalmente, nos indexadores cientficos da
sade, dentre eles, a MEDLINE, COCHRANE, LILACS, PUBMED e no
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procurador eletrnico GOOGLE. Porm, no foi possvel a aplicao de um
teste piloto deste devido aos trmites ocorridos, conforme descrito
anteriormente. Portanto, para atender solicitao do breve envio dos
instrumentos, optou-se pela omisso do teste piloto para a imediata emisso
destes para que o Conselho pudesse enderear e emitir todos os envelopes o
quanto antes.
Os profissionais tiveram um perodo de Julho a Outubro de 2003 para
responder e reenviar, sem custos, os dados no questionrio. Ainda foi
proporcionado um meio de comunicao com as pesquisadoras pelo e-mail
criado exclusivamente para este estudo. E
para os interessados em conhecer os resultados desta pesquisa, foi solicitado
que os mesmos escrevessem seus respectivos e-mails para receber,
opcionalmente, os resultados deste trabalho.
3.4 ESTATSTICA
A anlise estatstica foi feita atravs da Estatstica Descritiva em forma
de grficos e tabelas.
Disponibilizando os resultados em 3 categorias:
a) Caracterstica dos profissionais;
b) Uso da acupuntura em Fisioterapia;
c) Viso do profissional sobre a acupuntura.
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4 RESULTADOS
4.1 CARACTERSTICA DOS PROFISSIONAIS
Nota-se pela TABELA 1.1 que a concentrao maior de graduados na
especializao ocorre em 50% (10) nos anos de 1987 a 1995 e nos anos de
1982 a 1986 e 1996 a 2001 so de 20% (4) e 30% (6) respectivamente. Quanto
distribuio por sexo, 80% (16) so do sexo feminino para os 20% (4) do
sexo masculino. Onde o maior nmero dos homens, 15% (3), em termos de
tempo de especializao9 de 1 a 4 anos, enquanto que das mulheres, 30%
(6), de 5 a 8.
9 Tempo em anos de atuao como fisioterapeuta acupunturista;
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J na TABELA 1.2 nota-se que a concentrao maior do sexo masculino
por tempo de trabalho10 com acupuntura de 1 a 4 anos com 10% (2) e do
feminino de 1 a 8 anos com 50% (10) do total da amostra. No que se refere
ao feminino, h uma concentrao maior de mulheres entre os anos de 1991 a
1996, de 31,25% (5), com um tempo de trabalho entre 5 A 8 anos de forma
significativa.
Pelo GRFICO 1.1 verifica-se que o tempo de especializao mximo
dos homens mantm-se mais baixo que os das mulheres em todo o
comportamento da grfico. Enquanto o mximo das mulheres entre 5 a 8
anos, nos homens ocorre o mximo de diminuio, apresentando um
comportamento inverso, tambm visto aos 9 a 12 anos e 13 a 16 anos entre os
sexos.
Nota-se pelo GRFICO 1.2 que, inicialmente, a concentrao de ambos
os sexos permanece em ascenso at 1 a 4 anos onde, a partir de ento, a
10 Tempo em anos de trabalho com a acupuntura sem, necessariamente, ter feito a
especializao;
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linha do sexo feminino ascende at o seu mximo aos 5 a 8 anos de tempo de
trabalho com acupuntura enquanto que na linha do masculino h uma discreta
diminuio, seguida de uma estabilizao desta at os 9 a 12 anos. Neste
perodo, o sexo feminino tem uma importante diminuio que chega a se
igualar ao sexo masculino. E por fim, as mulheres ascendem novamente
enquanto os homens apresentam sua mxima diminuio aos 13 a 16 anos.
Com relao ao tempo de trabalho e o motivo que levou o fisioterapeuta
a se especializar em acupuntura, por faixa etria (24 a 44 anos, porm dois
sujeitos no informaram a idade), observa-se pela TABELA 1.3 que a
concentrao maior de indivduos se encontra de 1 a 16 anos de tempo de
trabalho com a acupuntura com 90% (18) da amostra enquanto h apenas 10%
(2) de indivduos com menos de 1 ano e mais de 17 anos.
J na distribuio por motivo e idade, nota-se que a maior concentrao
se encontra dos 41 a 44 anos para os indivduos que fizeram a especializao
por afinidade representando 30% (6),e os sujeitos que fizeram a especializao
por Outros motivos se apresentam na faixa etria de 31 a 40 anos como 25%
(5) da amostra. E em ambos, o tempo de trabalho tambm se concentrou de 1
a 16 anos. Para uma melhor visualizao, nota-se pelo GRFICO 1.3 que at
os 31 a 40 anos existe uma ascenso para ambos os motivos, porm aps
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isso, o motivo Outros tende a ir para a sua mxima diminuio enquanto que a
afinidade vai at a sua mxima concentrao aos 41 a 44 anos apresentando
comportamento inverso a partir da, com Outros voltando a ascender enquanto
a afinidade alcana a sua diminuio mxima.
4.2 USO DA ACUPUNTURA EM FISIOTERAPIA
Na pesquisa, 85% (17) dos especialistas associam os tratamentos da
fisioterapia com a acupuntura contra apenas trs mulheres que tratam apenas
com a acupuntura.
Tratando-se de resultados observados no tratamento com acupuntura,
nota-se pela TABELA 2.1 que o resultado mais efetivo o mais observado
pelos profissionais durante o tratamento com acupuntura referente a 23,64%
(52) dos casos enquanto que diagnstico preciso, analgesia tardia, resposta
0
1
2
34
5
6
7
24 a 26 27 a 30 31 a 40 41 a 44 IgIDADE
Afinidade Outros
No
GRFICO 1.3 QUANTO AO MOTIVO DA ESPECIALIZAO, POR IDADE
FONTE: Pesquisa de campo questionrio das autoras
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tardia e remisso lenta de sintomas so menos observados, referente a 9,09%
(20), pelos profissionais.
Com relao s reas, verifica-se que a ortopedia a mais associada
ao tratamento com a acupuntura com 28,18% (62), enquanto que as reas
menos associadas foram neuropediatria e obstetrcia com apenas 4,55% (10)
do total. Porm, cabe salientar que trs (3) indivduos no associam a
acupuntura no tratamento fisioteraputico utilizando-a de forma isolada.
Pela observao do GRFICO 2.1.1 nota-se que a rea de ortopedia a
mais associada ao tratamento com acupuntura sendo que a obstetrcia e
neuropediatria esto equiparadas, mas, menos associadas que as demais
reas.
E pelo GRFICO 2.1.2 nota-se que os profissionais observam os
resultados analgesia prolongada e imediata e a remisso rpida de sintomas
em 46% dos casos; resposta imediata e resultados mais efetivos em 44%; e
em 10% so observados resultados como diagnstico mais preciso, analgesia
tardia e remisso lenta de sintomas.
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FONTE: Pesquisa de campo questionrio das autoras (1): Diag: Diagnstico; (2): Analg: Analgesia; (3): Resp: Resposta; (4): Rem: Remisso.
GRFICO 2.1.2 QUANTO AOS RESULTADOS OBTIDOS COM A ACUPUNTURA EM PORCENTAGEM
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Observando as trs reas mais associadas ao tratamento com
acupuntura (ortopedia, geriatria e pneumologia) com os resultados, verifica-se
pelo GRFICO 2.1.3 que os dados em ortopedia so muito mais significativos
que nas outras duas reas, com exceo ao diagnstico mais preciso,
analgesia e resposta tardia e remisso lenta de sintomas por estas estarem
mais equiparadas entre as trs reas, sendo que a geriatria se apresentou
numa concentrao maior que a pneumologia, exceto em analgesia prolongada
quando h uma inverso de comportamento entre estas duas reas. E em
contrapartida, h resultados em que a pneumologia no foi citada como em
resposta tardia e remisso lenta de sintomas.
Sobre a prtica clnica dos profissionais, nota-se pela TABELA 2.2 que
60,34% (35) das patologias mais tratadas com o uso de aparelhos so os
acometimentos da coluna vertebral, dores musculoesquelticas, afeces
articulares, tendinites e tenossinovites. E 20,69% (12) so as
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cervicobraquialgias, bursites e epicondilites, doenas psicossomticas, desvios
posturais, artrite e artrose e cefalias (Ver GRFICO 2.2.1).
0
2
4
6
8
10
12
Cerv
icodo
rsolo
mbo
ciata
lgias
Dore
s mus
culoe
sque
ltica
s
afec
es
artic
ulare
s
tend
inite
s/ten
ossin
ovite
s
cerv
icobr
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lgias
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picon
dilite
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iscai
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psico
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ios p
ostu
rais
artri
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rtros
e
cefa
lias
fibro
mia
lgia
para
lisia
facia
l Ig
GRFICO 2.2.1 - QUANTO S PATOLOGIAS MAIS ABORDADAS NO TRATAMENTO COM ACUPUNTURA
PATOLOGIAS
N
FONTE: Pesquisa de campo questionrio das autoras
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Quanto preferncia do tipo de aparelho, nota-se uma utilizao de
laser e de eletro-estimulao transcutnea (TENS) no tratamento das principais
patologias de 41,38% (24) dentre o uso isolado de laser ou TENS ou, ainda, o
uso de algum outro tipo de forma de aplicao. Torna-se visvel tal preferncia
observando-se o GRFICO 2.2.1, porm nota-se que a no utilizao de
aparelhos no tratamento ainda maior que a utilizao de algum outro tipo de
aparelho no citado na pesquisa.
4.2 VISO DO PROFISSIONAL SOBRE A ACUPUNTURA
Sobre o interesse da populao em buscar o tratamento com acupuntura
e a maior rentabilidade profissional, a TABELA 3.1 apresenta que 70% (14) dos
profissionais referem que a acupuntura a forma mais rentvel (Ver GRFICO
3.1). Porm, 40% (8) dos pacientes procuram o especialista por tratamento
fisioteraputico e, este, tem dificuldade em encontrar pacientes para
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tratamento com acupuntura. J 30% (6) referem que os pacientes procuram
pelo tratamento com acupuntura e, portanto, no encontram dificuldade para
tal. Nesta distribuio, 3 sujeitos no associam as tcnicas.
E quanto viso do profissional sobre a atuao profissional no futuro,
observa-se na TABELA 3.2 que 88,89% (32) dos profissionais referem que
continuaro trabalhando com a associao das formas de tratamento
(acupuntura e fisioterapia, mas cabe salientar que 1 indivduo no trabalha hoje
com acupuntura, mas tem planos para atuar com ambas as formas de
tratamento), enquanto que 11,11% (4) referem que pretendem trabalhar s com
a acupuntura no futuro (Ver GRFICO 3.2.1).
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E sobre a expectativa de mercado de trabalho, 25% (9) dos profissionais
no temem que a acupuntura se torne uma especialidade exclusivamente
mdica contra 16,67% (6) que temem e, 38,89% (14) dos profissionais referem
que a acupuntura um grande mercado ou um pequeno mercado em
ascenso para os fisioterapeutas, como se observa no GRFICO 3.2.2.
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EXPECTATIVA
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5 DISCUSSO
Observando a TABELA 1.1, nota-se que so as mulheres que tm
procurado se especializar em acupuntura e a mais tempo que os homens, ou
em termos de pesquisa, as mulheres so mais colaborativas.
Comparando os resultados da TABELA 1.2 com a TABELA 1.1, percebe-
se a diferena entre o tempo de trabalho com acupuntura e o tempo de
especializao, em anos, tanto no sexo masculino quanto no feminino. No
masculino, a porcentagem de tempo de especializao de 15% (3) no perodo
de 1 a 4 anos foi para 10% (2) referente ao tempo de trabalho, com o
aparecimento de 1 indivduo (5%) em 5 a 8 anos deste. No feminino, 1 a 4
anos, o tempo de trabalho de 20% (4) foi para 15% (3) de tempo de
especializao; 9 a 12 anos de 5% (1) para 10% (2); 13 a 16 anos de 15% (3)
para 20% (4) e houve um aparecimento na TABELA 1.2 de 1 indivduo (5%)
com mais de 17 anos de tempo de trabalho que no constava na TABELA 1.1
referente ao tempo de especializao. Demonstrando que em ambos os sexos,
alguns j tinham contato com a acupuntura antes de se especializar e 1 mulher
fez a especializao, mas no atuou como especialista. Os GRFICOS 1.1 E
1.2 apresentam visualmente esta diferena.
Quanto aos motivos que levaram os sujeitos a se especializarem, a
maioria foi por afinidade acupuntura, principalmente na faixa etria de 41 a 44
anos, enquanto que aos 31 a 40 anos, muitos recorreram especializao por
outros motivos (podendo ser por insatisfao financeira e ou profissional com a
fisioterapia convencional). Sugere-se que os sujeitos na faixa etria de 31 a 40
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anos enfrentaram algum empecilho no mercado de trabalho paranaense tendo
que recorrer a um diferencial curricular.
Conforme o relato dos profissionais, a aplicao da acupuntura
demonstra resultados mais efetivos no tratamento dos pacientes, isto
provavelmente ocorre devido ao fato da acupuntura abranger a sade
holisticamente interceptando pontos em que a fisioterapia convencional no se
atm diretamente.
Com relao ao baixo nmero de citaes sobre diagnstico preciso,
existe na literatura uma divergncia de opinies entre alguns autores. A maioria
dos acupunturistas considera que os diagnsticos pelo pulso e lngua so muito
importantes na aplicao da acupuntura, porm alguns acupunturistas
ocidentais no concebem a idia de que somente a linguagem potica e a
harmonia das teorias podem, de certa forma, revelar a verdadeira natureza da
doena. Com todos os achados cientficos revelando os mecanismos de ao
da acupuntura nos estudos atuais, ocorre uma tendncia por parte dos
profissionais ocidentais a deixarem de mencionar os aspectos da metodologia
tradicional da acupuntura e aderir aos aspectos comprovadamente cientficos e
modernos (CHAITOW, 1984). Vale salientar que os resultados obtidos pelos
acupunturistas chineses so melhores.
Pela TABELA 2.1 observa-se que as trs (3) reas mais associadas com
a aplicao da acupuntura so a ortopedia, geriatria e pneumologia. Segundo
DUFFIN (1982), foi nos departamentos de ortopedia, reumatologia e
anestesiologia que a acupuntura comeou a ser aplicada e pesquisada.
Pensando desta forma, a geriatria tambm seria beneficiada j que a maioria
das patologias que acometem os idosos de origem reumatolgica,
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principalmente as osteoartrites. E na pneumologia, ZHANG (1999) relata que a
acupuntura tem sido muito utilizada na rinite alrgica por causar um efeito anti-
histamnico efetivo descartando a possibilidade de efeitos colaterais dos
medicamentos. Em se tratando da asma brnquica, a acupuntura tem uma
funo limitada no seu tratamento, mas tem demonstrado um bom efeito
profiltico em longo prazo nos ataques de asma aguda. Cabe lembrar tambm
que a acupuntura tem efeito anti-infeccioso que pode atuar nas desordens
respiratrias.
Quanto s reas menos associadas, h pontos na regio abdominal
baixa e regio lombossacral e pontos que produzem fortes sensaes so
contra-indicados em certos perodos da gestao sendo, desta forma,
compreensvel que a rea da obstetrcia seja menos utilizada por motivos de
segurana. Um dos procedimentos que tambm demanda cuidados especiais
na aplicao da acupuntura durante o manejo de pacientes inquietos,
desorientados e que apresentam movimentos no controlados e coordenados,
caractersticas muito semelhantes encontradas em crianas com seqelas
neurolgicas, sejam estas com ou sem dficit cognitivo (tornando a aplicao
mais difcil), explanando a pouca associao dos tratamentos na neuropediatria
(PERSIJN, 2003). Entretanto, consideram-se estas situaes como contra-
indicaes relativas pois at mesmo nas gestantes, pode-se estimular outros
pontos como o R9 (tambm chamado de ponto do Beb Feliz), tendo-se
cuidado no somente com os pontos abdominais, mas tambm com pontos
como o IG4 (por produzir fortes sensaes na gestante).
As patologias mais abordadas pelos fisioterapeutas acupunturistas
paranaense (60,34% - acometimentos da coluna vertebral e nervo citico;
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dores musculoesquelticas, afeces articulares e; tendinites/tenossinovites)
so semelhantes s citadas no estudo de KERR (2001) onde lombalgia, dor
torcica e cervical, e leses dos tecidos moles das articulaes perifricas
compreendiam a 81,3% das patologias mais tratadas com o complemento da
acupuntura visando a analgesia.
O uso tanto de TENS como de laser por vrios profissionais ressalta que
a combinao dos aparelhos no tratamento com acupuntura tem grandes
resultados, possivelmente, pelo grande efeito analgsico do TENS (Teoria da
Comportas proposto por Melzack e Wall em 1965) e pela possibilidade de se
optar pelo laser quando o paciente apresenta fobia por agulhas ou em casos de
crianas menores, para pontos sensveis, e como alternativas aos
procedimentos invasivos em pacientes infecto-contagiosos (HOPWOOD,
2001).
Conforme os dados coletados, os profissionais relatam que o
tratamento com a acupuntura , de fato, mais rentvel do que a fisioterapia
puramente convencional, apesar da maioria da populao no abordar o
fisioterapeuta primariamente pela acupuntura. Sugere-se, ento, que a
dificuldade dos profissionais se d pela falta de informao da populao sobre
a habilidade, capacidade e legitimidade que aquele possui para exercer a
prtica de acupuntura ou pela descrena desta sobre os efeitos da acupuntura
no tratamento do organismo.
Com relao expectativa de trabalho, a maioria dos profissionais relata
que o tratamento complementado pela acupuntura um mercado em ascenso
onde os fisioterapeutas tero boas oportunidades para explorar este
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campo11 trabalhando com ambas as formas de tratamento acreditando que,
desta maneira, os resultados sero mais efetivos no tratamento do paciente.
Tem-se como exemplo o estudo de AHONEN (1983) que demonstra uma
mudana significativa na intensidade da dor e na eletromiografia em pessoas
com cefalia tensional tratados com acupuntura e fisioterapia do que no grupo
controle tratado somente com fisioterapia. Os resultados obtidos em 4 sesses
do grupo teste eram equivalentes a 8 sesses do grupo controle.
Apesar de alguns profissionais (11,11%) preferirem trabalhar somente
com a acupuntura, nenhum relatou que pretenderia trabalhar s com a
fisioterapia no futuro. Sugere-se que todos os especialistas acreditam que o
complemento dado pela acupuntura deve trazer reais benefcios ao tratamento
fisioteraputico apesar de muitos estudos cientficos ainda precisem ser
realizados para elucidar os mecanismos de ao da acupuntura no organismo.
11 sem temer ao ato exclusivamente mdico pois, conforme descrito anteriormente, a justia
indeferiu ao cautelar movido pela medicina contra a fisioterapia
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6 CONCLUSO
Conclui-se com este trabalho que a maioria dos fisioterapeutas se
especializaram por afinidade tcnica associando-a ao tratamento
fisioteraputico convencional principalmente nas reas de ortopedia, geriatria e
pneumologia relatando obter resultados mais efetivos em suas abordagens.
So mais as mulheres que procuram a especializao em acupuntura e h
muito tempo antes que os homens. As principais patologias tratadas so de
origem vertebral, dores musculoesquelticas, afeces articulares e tendneas
onde muitos relatam usar aparelhos como o laser e o TENS associados
estimulao dos pontos, apesar dos pacientes no procurarem os profissionais
primariamente pelo tratamento com acupuntura. Na viso do profissional, a
expectativa de mercado de trabalho favorvel aos fisioterapeutas
especialistas, pois, encontraro muitos bons resultados na complementao da
fisioterapia com a acupuntura nos seus tratamentos.
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APNDICE 1 APROVAO DO COMIT DE TICA
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APNDICE 2 - QUESTIONRIO
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APNDICE 3 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIMENTO
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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Nome da pesquisa: Fisioterapeuta acupunturista: atuao profissional e expectativas de trabalho. Pesquisadora responsvel: Juliana Hering Genske Este um estudo de campo, junto aos fisioterapeutas acupunturistas do Estado do Paran, que tem como objetivo coletar dados sobre a atual atuao de trabalho deste profissional, bem como as expectativas deste mercado de trabalho. Destina-se a traar um perfil atual do profissional fisioterapeuta acupunturista, bem como esclarecer aos profissionais da rea e estudantes com inteno de se especializarem em Acupuntura, noes sobre essa rea de atuao e seu respectivo mercado de trabalho. Para a amostragem, sero enviados questionrios todos os fisioterapeutas acupunturistas registrados no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Paran (CREFITO-8) e participaro desta pesquisa, os sujeitos que responderem ao referido questionrio.
Sua participao ser muito importante para o sucesso desta pesquisa. Assinatura do pesquisador:________________________________________ Tendo recebido as informaes anteriores e, esclarecido dos meus direitos relacionados a seguir, declaro estar ciente do exposto e desejar participar da pesquisa. A garantia de receber a resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento a
dvidas sobre os procedimentos, riscos, benefcios e outros relacionados com a pesquisa;
A liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo;
A segurana de que no serei identificado e que ser mantido o carter confidencial das informaes relacionadas com a minha privacidade;
Compromisso de me proporcionar informao atualizada durante o estudo, ainda que possa afetar minha vontade de continuar participando.
Em seguida, assino meu consentimento.
Cascavel, _____de __________ de 2003.
Nome: ___________________________________________RG___________________ Assinatura: ______________________________
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APNDICE 4 CARTA DE ESCLARECIMENTO
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