Folha Oceânica

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Folha Oceânica ANO I - EDIÇÃO DE APRESENTAÇÃO março 2009 www.blogoceanico.blogspot.com Índios Guaranis afirmam que podem dividir grupo entre Camboinhas e Maricá A DUPLA SETA DO DESTINO Sobre a recente propos- ta feita pelo prefeito de Maricá, Washington Quaquá, de transferir o grupo de 57 índios Gua- ranis de Camboinhas pa- ra o município vizinho, o cacique da tribo, Darci Tupã, afirmou à nossa reportagem que, mesmo aceitando a oferta das novas terras, o grupo de- ve se manter no bairro da Região Oceânica. Ele afirma que sua preocu- pação é com a preserva- ção da terra que foi de seus antepassados, e que pretende evitar que a Área de Proteção Per- manente (APP), onde e- les estão, venha a ser o- cupada mais tarde por um aglomerado de edifí- cios. Um exemplo já e- xiste: o condomínio O- cean Inn, em frente ao quiosque Tia Lúcia, está erguido sobre o que, se- gundo o cacique, figura como o segundo maior cemitério indígena do Estado. PÁGINA 5 Mudanças para R.O estão dentro do pacotão do prefeito No último dia 19, o prefeito Jorge Ro- berto Silveira divul- gou uma lista de 35 obras e medidas que que serão rea- lizadas na cidade. O chamado “paco- tão”, ou “susto”, prevê um investi- mento de 19 mi- lhões, dos quais a Região Oceânica abocanha uma considerável fatia. Já tiveram início a obra de alargamen- to da Estrada Fran- cisco da Cruz Nu- nes, desde o Largo da Batalha, e a re- formulação do Tre- vo de Piratininga. MATÉRIA PÁGINA 8 Com aval da prefeitura municipal, projeto de melhorias proposto pela Soami fará do bairro da Região Oceânica um mo- delo a ser seguido pelo restante da cidade. MATÉRIA - PÁGINA 3 Se político não morre, como afirma, ela, então, é o retrato da eternidade. Madame Yolanda, a vidente, está de volta às lides jornalísticas e adianta ao repór- ter especial de Besteirol, Adamastor Aquino Rego, como será a coluna que assinará nas páginas do Folha Oceânica. Desta vez, ela promete revelações ainda mais instigantes, sem limitar suas previsões aos políticos. Isto é, vai sobrar pra muito mais gente. O padrão Itacoatiara Entrevista - Madame Yolanda Sangue novo no 4° Gru- pamento Marítimo. Novo comandante diz que dará continuidade ao trabalho da gestão anterior e que vai buscar melhorias há anos reivindicadas. MATÉRIA - PÁGINA 7 Renovação no G-Mar fotos: thiago freitas

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Edição: março 2009

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Page 1: Folha Oceânica

Folha OceânicaANO I - EDIÇÃO DE APRESENTAÇÃO março 2009www.blogoceanico.blogspot.com

Índios Guaranis afirmam que podemdividir grupo entre Camboinhas e Maricá

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Sobre a recente propos-ta feita pelo prefeito deMaricá, WashingtonQuaquá, de transferir ogrupo de 57 índios Gua-ranis de Camboinhas pa-ra o município vizinho, ocacique da tribo, DarciTupã, afirmou à nossareportagem que, mesmoaceitando a oferta dasnovas terras, o grupo de-ve se manter no bairroda Região Oceânica. Eleafirma que sua preocu-pação é com a preserva-ção da terra que foi deseus antepassados, eque pretende evitar quea Área de Proteção Per-manente (APP), onde e-les estão, venha a ser o-cupada mais tarde porum aglomerado de edifí-cios. Um exemplo já e-xiste: o condomínio O-cean Inn, em frente aoquiosque Tia Lúcia, estáerguido sobre o que, se-gundo o cacique, figuracomo o segundo maiorcemitério indígena doEstado. PÁGINA 5

Mudanças para R.O estãodentro do pacotão do prefeito

No último dia 19, oprefeito Jorge Ro-berto Silveira divul-gou uma lista de 35obras e medidasque que serão rea-lizadas na cidade.O chamado “paco-tão”, ou “susto”,prevê um investi-mento de 19 mi-lhões, dos quais aRegião Oceânicaabocanha umaconsiderável fatia.Já tiveram início aobra de alargamen-to da Estrada Fran-cisco da Cruz Nu-nes, desde o Largoda Batalha, e a re-formulação do Tre-vo de Piratininga.MATÉRIA PÁGINA 8

Com aval da prefeituramunicipal, projeto demelhorias proposto pelaSoami fará do bairro daRegião Oceânica um mo-delo a ser seguido pelorestante da cidade.

MATÉRIA - PÁGINA 3

Se político não morre, como afirma, ela, então, é oretrato da eternidade. Madame Yolanda, a vidente,está de volta às lides jornalísticas e adianta ao repór-ter especial de Besteirol, Adamastor Aquino Rego,como será a coluna que assinará nas páginas doFolha Oceânica. Desta vez, ela promete revelaçõesainda mais instigantes, sem limitar suas previsõesaos políticos. Isto é, vai sobrar pra muito mais gente.

O padrãoItacoatiara

Entrevista - Madame Yolanda

Sangue novo no 4° Gru-pamento Marítimo. Novocomandante diz que darácontinuidade ao trabalhoda gestão anterior e quevai buscar melhorias háanos reivindicadas.

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Renovaçãono G-Mar

fotos: thiago freitas

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Opi

nião

DEMOCRADURAÉ inadimíssivel que em

um país que se diz demo-crático, um cidadão, seja elemédico, policial, gari, ope-rário ou até mesmo um be-bum, venha a ser preso porexpressar sua opinião, comoocorrido com o coronel PM,preso em Niterói.

Mais um crime impunecontra a liberdade de ex-pressão.

JORGE DE ORDEMEnfim teve início, nesta

semana, o prometido “cho-que de ordem” coordenadopelo prefeito Jorge RobertoSilveira. As equipes inicia-ram o trabalho pela EstradaFrancisco da Cruz Nunes.

Sejam bem-vindos àsnossas páginas, pois espe-ramos ser também em suasleituras.

O jornal Folha Oceânicanasce num momento degrande importância dahistória do desenvolvi-mento desta apreciávelregião de Niterói, boa de seviver, divertir-se e, agora,também, de trabalhar. Éesta a localidade que maiscresce em nosso municípioe, por isso, não poderia sefurtar de um veículo poronde sua sociedade possase comunicar, se expressare mostrar sua identidade,sua história e cultura.

Aos ventos de um novotempo da comunicaçãosocial, temos o objetivo devoar numa prática dejornalismo que acompanheos novos conceitos quesurgiram com as últimasdécadas, em virtude daaquisição desta grandeferramenta da humanidadechamada internet. Ela fezcom que o jornalismo pas-sasse a ser participativo,isto é, hoje um jornal pode,

JORGE DE ORDEM IIEntre as intervenções

iniciadas está o processo dealargamento da estrada, areformulação do Trevo dePiratininga, em frente aoShopping, e o asfaltamentoe drenagem de três ruas daregião.

ENCONTROA direção do Folha Oceâ-

nica informa que pretendese reunir, no início de abril,com os presidentes dasassociações de moradores ede comércios para conheceros principais problema daregião. O objetivo é fazer umjornalismo participativo, emque toda comunidade daregião esteja envolvida.

Umas e outras...

Aos leitores deuma nova imprensa

e deve, ser feito com aparticipação da sociedade.

A Região Oceânica hátempo trilha um caminhode independência docentro da cidade, e mergu-lha numa aventura dedesenvolvimento, aocomeço de um novogoverno, a qual é precisoque estejamos atentos. Apreservação do meioambiente, o que incluinossas praias e parquesflorestais, o desenvolvi-mento urbanístico, comsaneamento e pavimenta-ção das vias, o crescimentodesordenado, a geração deemprego, o aumento dapopulação, o impacto notrânsito são temas quecertamente iremos tratarnesta epopéia jornalísticaque começa na data dehoje. E você, caro leitor,está convidado. Suba abordo e seja bem-vindo amais um novo tempo destaregião. O nascimento donosso jornal.

Até a próxima edição.Ps.: escrevam para

[email protected]

EXPEDIENTE

Livre - Produção & Comunicações Ltda.CNPJ: 10.471.884/0001-16Av. Almirante Tamandaré, Quadra 220, Lt. 42 - Casa 2.Tel.: 8321-4452 / 8231-6079e-mail: [email protected] Presidente / Diretor de Redação - Thiago FreitasEditor Executivo - Paulo FreitasGerente Administrativa - Elisângela CarvalhoEditor de Arte - David Tadeu Freitas

Paulo Freitas

De quem é o susto?

Tem muita gente espe-rando pelo "susto" deobras prometido emcampanha pelo prefeitoJorge Roberto. Algunsbeiram à intransigência e,até seculares aliados, àboca pequena, fazemdiscursos de oposição.

Mas que oposição éessa, limitada a dois gatospingados na CâmaraMunicipal e algumas bocasamordaçadas de políticosengessados pelareaproximação SérgioCabral/Jorge RobertoSilveira?

Um pouco de boavontade ajuda a entendera matemática e a geografiapolítico-administrativa queimpede JR de assombrar oshabitantes: a cidade estáliteralmente quebrada,mergulhada em dívidas,vitima de uma administra-ção temerária e abusiva,que sacrificou todos osbairros e serviços públicos.

Já dizia vovó Beatriz quenão se faz omelete semquebrar os ovos. Não

adianta tapar a buraqueiragenealógica de nossas ruas(tem buraco dentro deburaco, sem exagero). Amaior parte do asfaltoexistente, foi implantada poreste mesmo Jorge Robertoou o continuinte JoãoSampaio quando de adminis-trações passadas. Perdeu a

validade, tem que sersubstituído e qualquerremendo, tapa buraco, ébalela, operação pega-trouxa.

Devido à expectativacriada em torno do "susto",os primeiros meses destagestão de JR pouco impor-tam.

A cidade confia em seugovernante, sabe de seupotencial e capacidade. Darsusto, quando prometido, foiuma prolepse e uma alegoriapara que as pessoas (eleito-res e adversários) tivessem a

exata noção da disposiçãode Jorge Roberto de traba-lhar pela cidade.

E como é bom ser gover-nado por quem sabe! Porquem não treslouca nemfraqueja. Jorge Roberto temconsciência de que governarnão é quebrar galhos, fazerfavores, adotar posiçõespaternalistas e ilusórias. É ocontrário. Governar é a artede contrariar interesses.Quem não gostaria de terum sinal de trânsito, umponto de ônibus próximo desua casa, um guarda ou umgari o dia todo na sua calça-da? A ceder a esse caprichoe tantos caprichos, porexemplo, a cidade seria ocaos.

Certo disso, JR principiasua administração sob osigno da queixa de aliados eindignação dos adversários,contrariando a quase totali-dade deles, seja pela nomea-ção de figuras de altíssimogabarito, mas com seusnomes associados a momen-tos patéticos da históriarecente, seja pela determi-nação de arrumar a casa,reabilitar as finanças e nãoceder à tentação (que égrande) deixar fluir osinteresses menores doseleitores e foliões.

“Até seculares aliados,à boca pequena, fazem

discursos de oposição”

leia

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2 Folha Oceânica março 2009

“Jorge temconsciência de que

governar não équebrar galhos”.

Carias

Page 3: Folha Oceânica

Se todos foremiguais a você

março 2009 3Folha Oceânica

Ger

al Bairro de Itacoatiara

quer ser projetomodelo para os

demais da cidadede Niterói

A data ainda é in-certa. O custo,

também. Mas Itacoatia-ra, a menina dos olhosda Região Oceânica, iráse transformar em bair-ro modelo, conformeprevê o "Projeto de De-senvolvimento e Ade-quação do Bairro deItacoatiara ao Padrão deBairro Modelo".

Elaborado pela Socie-dade dos Amigos e Mo-radores de Itacoatiara(Soami), o documentofoi bem recebido peloprefeito de Niterói, Jor-ge Roberto Silveira, queacenou positivamentepara dar anda-mento aoprojeto, que deve ser co-locado em prática oquanto antes.

Entre as chamadasadequações apontadaspelo projeto - entregueem janeiro pelo presi-dente da Soami, EugênioSchitine -, encontra-se,no topo da lista, o con-trole do trânsito dentrodo bairro. A entidadequer limitar a entradade veículos, assim comodeterminar o número devagas e localização dasmesmas para estaciona-mento. Segurança, co-mércio e o transportepúblico são outros seto-res que deverão seraperfeiçoados.

Os problemas - esoluções - foram levan-tados junto aos mora-dores, a partir de umapesquisa de opinião en-comendada pela Soa-mi. A pesquisa apontoutambém para outrosaspectos em que o bair-ro precisa melhorar parase tornar exemplo parao resto da cidade: a dre-nagem, manutenção elimpeza das ruas e pra-ças; urbanismo; meioambiente e eventos naárea de saúde.

PrincipaisPropostasTRÂNSITO▲Finalização do pro-

jeto em parceria com aNittrans, prevendo a re-tirada de dois postes e a

Da Redaçã[email protected]

construção das baiaspara parada dos ônibusna entrada do bairro;

▲O remanejamentoda parada de ônibuspara fora do bairrodurante o verão, tendoem vista o tumulto quese forma pelo excessivonúmero de banhistasque utilizam ônibus evans;

▲ Atuação perma-nente de agentes detrânsito (no mínimoquatro), com um super-visor;

▲Limitação da entra-da de carros, permissãode estacionamento emapenas um lado da rua,blitz, construção deciclovias e bicicletários,entre outras;

▲Intensificação dafiscalização, coibindo,principalmente, as irre-gularidades com carrosde som, vans e ônibus.

SEGURANÇA▲ Designação de

guardas municipais parafazer o policiamento os-tensivo;

▲iluminação nas ru-as e praças, verificaçãosemanal das lâmpadasqueimadas e a instala-ção de mais postes deluz.

COMÉRCIO▲Revisão do alvará

do ambulantes;▲Revisão, com possí-

vel retirada das licenças,para quiosques à beira-mar e fiscalização para ocumprimento do Termode Ajustamento deConduta (TAC).

URBANISMO▲Drenagem e pavi-

mentação de todas asruas do bairro;

▲Programa de ma-nutenção e limpezaconstante da rede pluvi-al;

▲Atuação do super-visor da Companhia deLimpeza de Niterói(Clin);

▲Limpeza da praiacomplementada por ga-ris e fiscalização e con-trole com relação à inva-são do Morro das Ando-

rinhas (Trilha).

Abandonona última gestãoEsperançoso no apoio

do prefeito JorgeRoberto, Eugênio Schi-tine, presidente daSoami, disse que o bair-ro de Itacoatiara sofreuo absoluto abandonopela última gestão.

- Fomos abandona-dos na última gestão eagora precisamos desseapoio. Precisamos deinfraestrutura no trân-sito, policiamento, me-lhorias no combate àdengue, entre outrasmedidas - enumerou,complementando que oprojeto tem o objetivode favorecer não apenaso bairro, mas, sim, todaa cidade:

- Nós não temos apretensão de que ape-nas Itacoatiara tenhatoda essa infraestrutura.Queremos apenas co-meçar lá e levar esseprojeto para toda a ci-dade. Niterói tem capa-

Itacoatiaravista doalto doCostão.Bairro unebelezaparadizíacacomconstruçõesresidenciaisde altorefino.

cidade de se tornar umacidade modelo.

Jorge Roberto desta-cou que pretende de-senvolver as ações, co-mo o calçamento dasruas de paralelepípedo,drenagem e controleurbano, que podem serestendidos para todo omunicípio.

"Queremos transfor-

mar Itacoatiara em umparadigma para toda acidade, um exemplo aser seguido. Ele foi es-colhido devido ao fatode ser bem servido e,portanto, mais fácil deimplantar esse piloto.Estamos trabalhandopara logo colocarmosem prática essa iniciati-va", explicou.

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4 Folha Oceânica março 2009

“Ent

revi

sta

excl

usiv

a” A volta por cimade Madame Yolanda

Por Adamastor Aquino [email protected]

obre e esquecida, morando de favor num sítio de posse emVárzea das Moças, de onde pode bisbilhotar a criação de avestruzesde Zeca Mocarzel, Yolanda Maria da Conceição, ou simplesmenteMadame Yolanda, topou sem pestanejar voltar a fazer suasprevisões, desde que fosse na FOLHA OCEÂNICA.

Em seu cafofo, na verdade um cubículo de 2x2, em que estãoexpostas as fotos de políticos e artistas que recorreram aos seusserviços, Madame Yolanda falou de alegrias e tristezas ao anunciarseu regresso. E concedeu uma entrevista descontraída, antecipandoquem pretende entrevistar nas primeiras edições.

P

FOLHA – O que é voltar àslides jornalísticas para asenhora?

Madame – Ocê fala comose eu fosse uma múmia. Sounão... Voltar a fazer previ-sões de safados e honestos(nesse mundo tem de tudo,mô fio) só com muita insis-tência do Paulo Freitas, overdadeiro, o pobre, o ter-rorista. Foi por intermédiodele e do meu outro filho,Ephrem Amora (que Deus o

da, a senhora já pensou noformato de sua coluna,quem será o primeiroentrevistado...?

Madame – Tá tudomudado, mô fio! O PauloFreitas rolou a bola pro filhoThiago, um garoto commania de trabalhar emfolhas: a “Folha da Manhã”,em Campos: e a “Folha dosLagos”, em Cabo Frio. Temum monte de gente que-rendo uma consulta. O ZecaMocarzel parece um garotobirrento no meu portão,dando pulinhos e gritando“eu quero, eu quero”. Tem oComte Bittencourt, com seuescorpião no bolso, educa-damente, querendo saber seo PPS vai apoiar Cabral ouWagner Montes. Sem falarque Jorge Roberto ameaçase matar se o primeiroconsulente não for ele...

FOLHA – A senhora só vaientrevistar cardeal? Não vaireceber o “baixo clero”?

Madame – Qual o quê! Obaixo clero está em alta, tan-to que o Paulo Bagueira foieleito presidente da Câmarasem um voto contra. Aliás, o

tenha em sua glória!) quepassei a fazer previsões parao “Olho Vivo”, um jornal queeles fundaram nos anos 80,com o Oséas (Carvalho),João Luiz (Mendes) e aSônia, viúva do Ephrem.

FOLHA – Tristezas à parte,posto que sabemos que amorte não interrompe a vi-

“Já disse: não hámeia-verdadecomo em meia-dúzia. Meia-verda-de é uma mentirapor inteiro.”

baixo clero está em maioriana Câmara. A saída de Fer-nandinho de Oliveira, Wol-ney Trindade, Paulo Eduardoe Zé Vicente empobreceumuito a Casa...

FOLHA – Quando a se-nhora esteve no “Olho Vivo”,respondeu a muitos proces-sos por falar algumas ver-dades. Vai manter a mesmalinha crítica aqui na Folha.

Madame – Foram 32 pro-cessos e 46 prisõesarbitrárias em minha vida.Vou continuar dizendo averdade, doa a quem doer.Não podemos perder devista que é uma coluna dehumor e não tem objetivode ofender nem prejudicarnin-guém. A verdade nuncacausa prejuízo, só benefícios.A mentira sim, faz umestrago danado. Eu nãoprego nem o que chamam

de “mentira boa” (as que osmédicos pregam na hora dedizer a um paciente que eleestá em estado terminal),que consiste evitar uma mánotícia... Meia-verdade e a“boa mentira” são mentiraspor completo...

FOLHA – Quem não pro-cessou a senhora ficou seuinimigo...

Madame – Perdiamizades sim,especialmente de pessoasque amo muito. Não querocitar nomes, mas umespecialmente eu não queriadizer o que foi publicada,mas fui obrigada.

FOLHA – Obrigada porquem?

Madame – Deixa isso prálá, águas passadas nãomovem moinhos.

FOLHA – Aqui a senhoravai pegar leve, então?

Madame – Eu não disseisso, mesmo porque averdade não tem peso e nãomachuca. A verdade é única.Já disse: não há meia-verdade como em meia-dúzia. Meia-verdade é umamentira por inteiro. Se acriatura não está com averdade, então está com amentira. A verdade é feia, ementira é a linda e bri-lhante, justamente paraseduzir e conquistar. A

verdade não precisa dosatributos da mentira. Ideal éque as pessoas não vivessemsob o signo da mentira e doódio.

FOLHA – Quais os políti-cos que estão despontandoem Niterói, na sua opinião?

Madame – Poucos, pou-quíssimos. Já é hora do Jorgetirar o filho Robertinho Sil-veira do armário e trazê-lo atiracolo. A Cristina (gente,que moça fina!!) é que deveestar embolando o meio-campo.

FOLHA – Cristina a que serefere é a Primeira Dama,mulher do prefeito?

Madame – Mas é claro.Ela é uma Ramalho, genuina-mente de Niterói, de umafamília que é um amor. Ma-dame gostou de vê-la comaquele ar de matrona italia-na, protegendo doishomões, Jorge eRobertinho...

FOLHA – Quem mais?Madame – Tenho grande

apreço pela Marina, viúva doRaul de Oliveira Rodrigues.Fomos amigas de infância,assim como da Ismélia, viúvado finado Roberto Silveira. Oneto dela, acho que é Rafael,mostrou que não tá aí prabrincadeira, não. O filho doPitanga (Hamilton), Maurí-cio, fez uma aparição meteó-rica e precipitada. Tem oBruno, filho de Silvio Lessa, afilha de Wolney, que tam-bém precisa sair da toca.Dos meninos, só o Serginhoda Sinuca conseguiu vencer.Tem o Jaiminho Suzuki, filhoda minha colega de infância,afamada jornalista, tia Tere-zinha Suzuki, que conheci lápelos idos de 1923. Fizeramuma puta sacanagem comela agora...

FOLHA - A senhora falados maridos das amigas, masnão cita se tem filhos, éviúva de quem?

Madame – (risos) – Deninguém. Nunca me casei.Se contar quem freqüentoumi-nha alcova posso serproces-sada por algum des-cendente, sei lá. Prudentede Morais foi um (risos esuspiros)...

FOLHA – As promessas dapolítica a senhora já enume-rou. E agora, quem está emdeclínio e vai morrer politi-camente?

Madame – (exaltada)político não morre, mô fio.Político hiberna ou suicida.Mes-mo os suicidas, vez poroutra, ressuscitam. Lembrado ACM, do Severino, Re-nam Calheiros e Collor.Deixaram o poder

escorraçados. E depoisvoltaram como heróis.Político de verdade nãomorre. Se morrer não é polí-tico, terá sido um esperta-lhão que foi sem nunca tersido.

FOLHA – Wolney estámorto?

Madame – Zeca Diabo???Esse não morre nunca. Per-deu a eleição, mas mantevesua convicção de ser contrao crescimento de favelas, abandidagem. Quando de-sencarnar vai para o céu so-zinho, pois seus aliados doPMDB são medonhos e jácarimbaram o passaportepara o inferno. Na surdina,atuou até para Rodrigo Ne-ves desistir da candidatura.Um dia madame conta...

FOLHA – Conta agora...Madame – Não! Quando

for ler a mão de Rodrigo cer-tamente revelarei. Por umtriz, aos 49 minutos da pror-rogação, a candidatura doPMDB emplacou. E com golde mão de Sérgio Cabral,num passe de Picianni, genteque odeia Niterói... MoreiraFranco perto deles é um res-peitado e insuspeito mongebudista.

Vidente voltaa consultar os

políticos dacidade e

revelar todo opassado,

presente efuturo

FOLHA – E o secretariadode Jorge Roberto, o que asenhora achou?

Madame – Pra dizer averdade, nada me surpre-ende. Sei de tudo que vaiacontecer. Sabia que o filhoda dona Leda voltaria, queMichel não perdeu o pres-tígio, que Sasse (o maisgabaritado administradorpúblico que o país conhe-ceu) comandaria as finan-ças... Só uma coisa fugiu àminha previsão: Paulo Ba-gueira presidente da Câma-ra. Essa madame ficou sementender... Mas isso vai seesclarecer quando começara ler o passado, presente efuturo dos envolvidos...

FOLHA – E não vaidemorar...

Madame – Vai não. Estouconvencendo o Thiago Frei-tas a me dar um espaço mai-or, de modo que possa fazerduas ou três previsões porquinzena. O jornal vai serquinzenal, não é?

FOLHA – Mensal. Mas oque a senhora pretendeabordar aqui.

Madame – Chiii, temtanta coisa.... Não vou fazerprevisões só para ospolíticos, vai ter todomundo, empresários, gentedo povo, etc.

“Político não morre,mô fio. Político

hiberna ou suicida.Mesmo os suicidas,

vez por outra,ressuscitam”

LeiaMadameYolanda

emnossoblog

Page 5: Folha Oceânica

março 2009 5Folha Oceânica

Índios de Camboinhas: “vamos ficar”

Espe

ci-

al

T raduzindo as pala-vras aí de cima para

o bom português, querdizer que: "Pretende-mos ficar para preservara memória do nossopovo e também parafortalecer o espírito danatureza". Essas pala-vras foram ditas pelocacique Darci Tupã, datribo Guarani que hácerca de um ano ocupauma área de restinga emCamboinhas. Em resu-mo, expressa parte dadecisão que pretendemtomar a respeito daproposta feita recente-mente pelo prefeito deMaricá, WashingtonQuaquá, que quer trans-ferir os 57 indígenaspara o municípiovizinho. Em entrevista àFolha Oceâ-nica, Darcidisse que gostou daproposta feita porQuaquá, mas quemesmo aceitando-a,pre-tende dividir o

Instaladosem

Camboinhasdesde março

do anopassado,índios da

tribo Guaraniformam

movimentode resistência

que visa obem-estar

social dessacomunidade

assim como apreservação

de suacultura e

de seusantepassa-

dos

grupo, mantendo a tribonos dois lugares.

" E s t a m o spreocupados com apreservação da terra emque vive a his-tória ecultura dos nossosantepassados. O lugarque nos ofereceram emMaricá é três vezes mai-or do que esse. Seriabom para toda tribo,mas se deixarmos aqui,estare-mos deixandonosso pas-sado, pois embreve o que terá emcima desse cemitérioserão prédios" justificouo cacique.

Atualmente, no Esta-do do Rio de Janeiro, atribo Guarani ocupaoutros territórios alémdo bairro de classemédia/alta da RegiãoOceânica. SegundoDarci, seu povo está pre-sente também em ParatiMirim (com 180 índios),Araponga (60) eSapucaia (500), entre

outras localidadesdemarcadas.

Ainda nesta semana,os grupos pretendem sereu-nir para definir qualserá a resposta ao pre-feito de Maricá. A nego-ciação para atransferên-cia dos índiosde Cambo-inhas paraMaricá conta tambémcom a interme-diaçãode representantes daFundação Nacional dos

Ìndios (Funai), comoCarlos Augusto Valdeta-ro, que destacou o apoioà questão dos índios, aqual tem também a ade-são do deputado federalChico D´Ângelo e o mi-nistro do Meio Ambi-ente, Carlos Minc.

Segundo a proposta,os indígenas ganhariamabrigo e respaldo domu-nicípio de Maricá,que teria, emcontrapartida, o direitode explorar o po-tencialturístico em que podevir a se tornar a aldeia.

Por Thiago Freitas e Paulo [email protected]

Cultura, discórdias e denúnciasEles têm celulares,

assistem a TV, e, nomomento em que che-gamos à aldeia, tocavaPitty em um rádio.Mesmo parecendo as-sim tão emancipados,eles ainda mantêm tra-dições e costumes dasraízes mais primordiaisdos seus antepassados.

Quem recepcionou, emuito bem, nossa equi-pe de reportagem foiTupã, não o cacique,mas um dos cães deestimação mantidospela tribo. Os animais,aliás, andam soltos einteragem com todos.Na verdade, mais difícilpara os índios Guaranisé se relacionar com avizinhança humana.

Desde que chegarama Camboinhas, eles di-vidiram opiniões, tantoquando o Muro de Ber-lim na Alemanha. Daparte dos que são con-tra, já partiram iniciati-

vas hostis. Há cerca deoito meses, a vila foiincendiada. Os índiosperderam quase tudo,ficando praticamentecom a roupa do corpo.

"Para nós, o impor-tante é viver em paz eharmonia com a nature-za e a sabedoria deixa-da por nossos ances-trais. Queremos preser-var nossa cultura, e oque está neste solo fazparte dela", diz Lidia, amais velha do grupo.

Darci conta que nãopretende deixar o lugar,pela preocupação com a

conservação do mesmo.Ele revela ter tido aces-so a um projeto que vi-sa o aterramento de par-te da Lagoa de Itaipu eo loteamento da terrapara construção deedifícios.

"Falam nos cemitéri-os indígenas, mas nãotem uma preocupaçãoverdadeira em conser-vá-los. Aquele prédioali (Ocean Inn), ele estáem cima do segundomaior cemitério indíge-na do Estado do Rio.Mas ninguém diznada", revela Darci.

No próximo dia10, a aldeia estaráem dia de festa. Atribo Guarani vairealizar um eventocultural para divul-gação da sua arte. Aprogramação, quecomeçara às 10h,inclui apresentaçãode danças da tribo,comida típica, arte-sanato, pintura cor-poral e passeio pelaaldeia. O evento temo objetivo de chamara atenção da popula-ção e autoridadespara a riqueza cul-tural dos índios, aqual eles tentam,mesmo sob o signodo preconceito dasociedade, manterviva.

Os 57 índios queali estão vivemunicamente da vendado artesanato e do

que conseguemextrair da próprianatureza, como apesca e o cultivo dealguns tipos dealimentos. Alémdisso, transformarama aldeia em atrativoturístico, um passeiopelo qual os visitantespagam R$ 10. Darci

Condomí-nio OceanInn, que,segundocacique, foiconstruídosobre umcemitérioindígena

“Ore ma apy ropytataronhangua reko havuaapy py ol arandu rapytaoeja pyre”

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Fest

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úsic

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art

esa

nato

Evento cultural vai animar a aldeia

conta que a aldeiapossui ainda umaescola com 15 alunosda tribo, com aulas desegunda à sexta sobrea língua materna e oportuguês, e tambémum há um curso deGuarani para não-indígenas, cujamensalidade custaR$ 40.

Cacique Darci TupãLidia, a mais antiga

Para felicidade de uns, infelicidade de outros, os índios Guaranis de Camboinhas acenam que ficaram no bairro da R.O.fotos: thiago freitas

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6 Folha Oceânica março 2009

MÁRIO SOUSA

TURISMO EM ALTA

José Haddad, pre-sidente da Neltur,está concluindo comsua equipe um Pro-grama a ser desen-volvido este ano pelaNeltur. Haddad, nasua primeira fasecomo presidente doórgão de Turismo,demonstrou com-petência como ges-tor, sabendo intera-gir muito bem com otrade turístico nacio-nal e internacional.Foi na sua época olançamento do Planode Turismo da cidadee a parceria feita coma Riotur, objetivando“vender” Niteróijunto com o Rio paratodo o País e o Mun-do.

Entre outros pro-gramas bem sucedi-dos, lembramos a re-vitalização do carna-val e a infra-estruturamontada no Parqueda Cidade, que é oterceiro atrativo tu-rístico mais procu-rado do município.

José Haddad, quejá foi também presi-dente do Fórum deSecretários de Turis-mo do Estado do Rio,

quer ousar novosprojetos, dentro demetas estabelecidaspelo prefeito JorgeRoberto Silveira. OCarnaval é uma desuas prioridades, pelocrescimento já reali-zado este ano, quan-do o prefeito quadru-plicou a verba. Tere-mos, ainda, mais novi-dades na Folia do Mar,em 2010.

O Parque da Cidadeserá um modelo deatrativo de passeio,inclusive com a sinali-zação das trilhas einfra-estrutura no lo-cal, além de seguran-ça. Haddad pretendedar nova visibilidadeaos postos de infor-mações turísticas dacidade e maior di-nâmica ao ônibus deTurismo. No PacoteTurístico, está sendoformatado, entre vá-rios programas, a Ca-ravana e o SeminárioIntermunicipal de Tu-rismo.

José Haddad, comapoio do prefeito Jor-ge Roberto, quer fazerde Niterói o Portão deentrada para o turis-mo do interior.

ALGO ESTRANHO NO SUPERMERCADO

Está causando a maior polêmica a inauguração do supermercadoGuanabara. O Grupo Pão de Açúcar se diz lesado e entrou com uma açãona Justiça, onde alega que a licença liberada para instalação dosupermercado lhe pertence. O caso virou um embate judicial noMinistério Público. A questão é quem liberou e para quem liberou?

Um vereador, em comunicado à Imprensa, afirma que foi ele oresponsável pela vinda do grupo Guanabara a Niterói e também é de suaresponsabilidade a nomeação dos funcionários do supermercado. É gravea coisa.

Estranho, que na gestão de Godofredo, tenha sido inaugurado o CentroCultural Antônio Callado neste local, sem que houvesse, inclusive, alicença para o funcionamento do supermercado. Coisas a esclarecer.

É preocupante o funcionamento desse centro cultural com todoimbróglio jurídico. Lá estiveram o secretário de Cultura, Cláudio Valérioe o presidente da FAN, Marco Sabino, para se inteirar do centro. É bomsinal.

Mas é bom ficar atento, afinal no governo passado foi anunciado comtoda pomposidade, a transformação da Cantareira num centro cultural,inclusive artistas da cidade foram usados para apresentação do tal centro.Meses depois, ali foi instalada uma casa noturna, já com outro discursode que esta faria de uma parte do local, um espaço para os artistas dacidade. A casa noturna está lá, já o centro cultural nada.

E ninguém se manifesta...

PESCA PREDATÓRIA

O vereador JoséAugusto (PPS) ouviu ospescadores de Itaipusobre a pescapredatória, que esatáacabando a produçãode peixes na região. Overeador jáencaminhou à Alerj,através do deputadoComte Bittencourt,uma proposta para queseja proibida entradana região de grandesembarcações.

foto: adem

ir rebelo

POSSE

Ernesto Vianatomou posse comopresidente do Sindi-cato dos JornalistasProfissionais doEstado do Rio deJaneiro, assim comotoda diretoria, no dia11 de fevereiro, emsolenidade noauditório da OAB, nocentro de Niterói.Ernesto foi reeleito eestá fazendo umexcelente trabalhono interior do Esta-do, fortalecendo oSindicato.

leia: www.blogdomariosousa.blogspot.com

O jurista AfonsoFeitosa, um dos maio-

INUSITADO

res especialistas em Direito de Família, defendeuma causa no minímo inusitada. Um megaem-presário entrou com uma ação judicial contra suamulher. Motivo: por não aceitar a separação, elajogou o seu carro contra o do seu marido, colo-cando em risco a vida dos dois. Detalhe: o carrofoi um presente dado a ela, acima de 60 mil.

PRESERVAÇÃO

Niterói virou referênciaem preservação e

restauração. O trabalhoapresentado pelo

secretário de Culturade Niterói, CláudioValério, no recente

encontro de prefeitosde todo o Estado com o

diretor do Instituto doPatrimônio Histórico(Iphan), foi acatadocomo modelo para

todos os municípios doRio de Janeiro.Claúdio

Valério foirepresentano o prefei-

to Jorge RobertoSilveira e sua proposta

começou na primeiragestão do atual prefei-

to. Na época, Cláudiofoi responsável pela

restauração do TeatroMunicipal e do Solar do

Jambeiro.

O presidente da Câmara, Paulo Bagueira,o presidente da Neltur, José Haddad,com a corte da Folia no Carnamar

Page 7: Folha Oceânica

março 2009 7Folha Oceânica

Segu

ranç

a No 4º G-MAR, novocomando para enfrentarantigos problemas

aqui. E estamos tentan-do pegar uma boa fatiadesses recém-formados- explica Nicácio.

Ao falar das principaisdificuldades do trabalhode salvamento na Regi-ão Oceânica, Nicáciodestacou as particulari-dades de cada praia.

- Nossos problemas, aprincípio, são de natu-reza geográfica. Itacoati-ara, por exemplo, é umapraia de maior profun-didade e de grande on-dulação, mas não é amais freqüentada. Cam-boinhas tem o problemada extensão de areia.Mas o mais complicadoé dar conta do grandepúblico nas praias dePiratininga e Itaipu.

Essas são mais freqüen-tadas por causa da faci-lidade do acesso, comônibus direto, e sãoesses nossos principaisfocos de atuação deresgate - conta o coman-dante, ressaltando quepara tanto, conta,atualmente, com trêsbarcos, um bote, doisquadriciclos, além de170 guarda-vidas.

- É uma estruturaboa, mas que a genteainda pretende melho-rar.

Briga maior Nicáciodeve enfrentar parasolucionar um problemade anos e que afeta nãoos banhistas, mas, sim,os próprios guarda-vidas: a falta de guaridas

Tenente-coronel

Nicácio:“Temos

problemasde anos queainda estou

tomandoconhecimento,e que vamosnos esforçar

pararesolver”

Por Thiago Freitas [email protected]

nas praias.- Este é um problema

muito antigo, e umareivindicação que nuncafoi atendida. Por en-quanto, o que consegui-mos foi garantirprotetor solar euniformes apro-priadospara os solda-dos. Mastenho esperan-ça deconseguir sensibi-lizar asautoridades e ganhar ainstalação des-sasbases, pois aqui játivemos casos de guar-da-vidas nos quais foidiagnosticado câncer depele, naturalmente porf i c a r e mc o n s t a n t e m e n t eexpostos ao sol - contaNicácio.

Empossado poucoantes do Carnaval,

o novo comandante do4º Grupamento Marí-timo (G-MAR/Itaipu),tenente-coronel CláudioPedro Nicácio, é a maisnova esperança paralidar com antigos pro-blemas de segurançamarítima da Região Oce-ânica.

Ele afirma que está sefamiliarizando com a no-va casa e os antigos re-vezes dela. Nicácio erasubcomandante do 3ºG-MAR (Copacabana) e,em entrevista à FolhaOceânica, garantiu queirá se empenhar paraconseguir soluções parasuprir as deficiênciasque ainda dificultam otrabalho dos guarda-vidas na região e demaisáreas cobertas pelo gru-pamento, que atua des-de São Gonçalo até Pon-ta Negra.

Uma vitória, segundoele, já foi conquistada: oreforço no efetivo. O 4ºG-MAR ganhou mais 20soldados que se forma-ram recentemente emuma turma de 300 daBarra da Tijuca, e que jáestagiavam na unidade.Existe ainda a expectati-va de conseguir mais 20até maio, quando seforma outra turma.

- O Estado nãopromovia um concursopúblico para guarda-vidas desde 2002. Coma realização recente deum novo concurso, pos-sibilitado pelo governa-dor Sérgio Cabral, issovai ajudar bastante nanossa área de cobertura

Em reunião entre ocomando da Capitaniados Portos do Estado doRio e o 4º GrupamentoMarítimo, realizada noinício do mês passado,selou-se um acordo en-tre as duas instituiçõespara trazer a OperaçãoVerão, encerrada nestemês, para a orla dacidade. Durante o mes-mo evento, o entãocomandante do 4ºGmar, coronel WladimirRollemberg, revelou aocomandante da Capita-nia dos Portos, LimaFilho, que o Canal deItaipu, que liga as praiasde Itaipu e Camboinhas,e a Pedra da Baleia, emPiratininga, são os pon-tos com maior númerode acidentes marítimosda cidade.

Saldo - Em Niterói:cerca de 150 embarca-ções notificadas (112recolhidas). Quatro jet-skis foram apreendidosem Piratininga e Itaipu.

Operação Verãoaponta as áreasde riscos da região

Prefeito se reúne comgovernador e consegueinvestimentos de R$ 92milhões em obras

Um encontroamistoso, umalmoço reserva-do e uma conver-sa produtiva. Foiassim a primeirareunião detrabalho entre oprefeito deNiterói, JorgeRoberto Silveira,e o governadordo Estado, SérgioCabral Filho,realizada no dia 11deste mês . Os doisfecharam uma parceriaque trará para o muni-cípio R$ 92 milhões,para serem investidosnas áreas de infra-estrutura, saúde,segurança e habitação.

Com essa aproxima-ção do governo estadu-al, Jorge Robertoespera tirar proveito daboa relação de Cabralcom o presidente LuizInácio Lula da Silva, econseguir também oacesso às verbasfederais.

Apreensão de animais silvestres

Equipe do Serviçode Proteção do Par-que Estadual da Ser-ra da Tiririca (PESET),do Instituto Estadualdo Ambiente (Inea),órgão da Secretariado Ambiente, estou-rou um sítio na regi-ão do Engenho doMato, no último dia 9.Os fiscais suspeitamque o local funciona-va como ponto deencontro de caça-dores.

O grupo encon-trou cerca de 20 pás-saros, alguns amea-çados de extinção,como pichanchão;peles de uma jibóiade 2 metros e de umquati; dois cascos detatu; cerca de 20kgde cipó caboclo,nativo da MataAtlântica; e, ainda,material paraconfecção de rede deneblina, utilizada pa-ra apanhar pássaros.

O local foi descober-to quando o grupo vol-tava de vistoria na áreada carvoaria irregularestourada pelo Serviçode Proteção, na sema-na anterior. Os infrato-res estão sendo procu-rados e terão que res-ponder por crime am-biental. Eles serão mul-tados de acordo comos artigos 31 e 35 da Lei3467/00. Os valoresto-tais serãocalculados de acordocom o número deexemplares apreen-didos.

Para informar irre-gularidades, a popula-ção contatar o Serviçode Proteção do par-que, pelo telefone (21)2638-4813, ou o e-mail . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [email protected] usuários tambémpodem denunciar cri-mes ambientais ao Dis-que Ambiente (21)2332-4604.

Conseguido oinvestimento, Jorgedeve agora tirar dagaveta um projetoda área de seguran-ça, que data desde acampanha do seuúltimo mandato, em2001: os pórticos desegurança. Ao todo,serão construídos 14em pontos estratégi-cos da cidade, trêsdeles na RegiãoOceânica.

Saiba mais emnosso blog:blogoceanico.blogspot.com

Jorg

e e

Cab

ral:

boa

parc

eria

Verba vai tirar da gaveta antigo projetodo prefeito: os portais de segurançafoto: thiago freitas

foto: Imprensa/RJ

Page 8: Folha Oceânica

Pacotão de Jorgeprevê melhoriastambém para R.O.Sa

idei

ra

No plano de obrasanunciado peloprefeito JorgeRoberto Silveira, noúltimo dia 19, noauditório do Museude Arte Contemporâ-nea (MAC), aRegião Oceânicagarantiu uma consi-derável fatia do totalde R$ 19 milhões(recursos próprios daprefeitura) que serãoinvestidos neste anode 2009 no municí-pio. No total, o“pacotão” inclui 35obras e medidas, boaparte dessas paraserem executadas naR.O e em Pendotiba.

No início de seudiscurso, Jorgeexplicou que seugoverno começarealmente agora, issoporque a máquinapública já sofre os

Jorge Roberto. Prefeito se dizconvencido de que terá quegovernar com o dobro decautela em seu primeiro anode mandato, por conta dacrise financeira mundial.

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efeitos da crise finan-ceira mundial.

“Temos consciênciadas dificuldades quevamos enfrentar porconta da crise, que já sereflete nas finanças deNiterói, com a reduçãodos royalties em 75%,do ICMS em 5% e doFundo de Participaçãodos Municípios em20%, com expectativade chegar a 40%”,pontuou o prefeito,acrescentando queNiterói terá, no mínimo,menos 10% dos recur-sos que foram previstosno ano passado.

Para a RegiãoOceânica, estão previs-tas as seguintes obras emedidas:

▲Asfaltamento edrenagem de três ruaspor mês na R.O. e emPendotiba;

▲Alargamento daEstrada Francisco daCruz Nunes;

▲Recapeamento da via auxiliarda Estr. Franciso da Cruz Nunes;

▲Instalação de quatro dos 16pórticos de segurança;

▲Conclusão da reforma docalçadão da Praia de Piratininga;

▲Projeto Itacoatiara, transfor-mando o bairro modelo para osdemais da cidade;

▲Reformulação doTrevo de Piratininga;

▲Instalação de duas(Itaipu e Piratininga)das seis unidades deapoio à pavimentação;

▲Construção dePosto Médico no Largoda Batalha.

Algumas dessasobras já tem inícionesta semana, outrasem abril e as demais emmaio. Além disso, aregião também vai sebeneficiar de outrasobras que foram anun-ciadas em aspecto geralpara a cidade.

Confira o plano deobras completo para acidade em nosso blog.le

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Calçadão de Piratininga, quehá mais de uma décadaespera ser reformado.Prefeito quer transformá-lona maior área de lazer daR.O.

fotos: thiago freitas

A Estrada Francisco da CruzNunes terá váriasintervenções, comoalargamento, recapeamentoda via auxiliar e reformulaçãodo Trevo em frenteao Itaipu Multicenter