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Pedro António

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Frankelim AmaralDIRECTOR DE REDACÇÃO

DirectorPedro ANTÓNIO

Director de redacçãoFrankelim AMARAL

Propriedade e EdiçãoFP Productions

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ColaboradoresSusana Patarra, Karine da Costa, Guida Amaral, Maria-Yvonne Frutuoso,

Vitor Santos, Marianne Longuève, Adélio Amaro (Portugal),Magali Terrasson, Mário Pina, Lucia Lopes, Célia Coimbra,

Angélique David-Quinton, Manuel Moreira, Susana Alexandre,Serge Farinho, Mario Cantarinha, Manuel do Nascimento,

Maria Fernanda Pinto, Alfredo Lima

FotógrafosTeresina Amaral, Marla Maciel, Maryline da Cunha

Portugal Magazineé uma publicação mensal gratuita

Agence de PresseLusa

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ISSN2105-7761

Tiragem15.000 exemplares

Todos os direitos reservadosOs textos assinados são da responsabilidade dos autores

e não reflectem, necessariamente, a opinião da revista

A revista bilingue da comunidadeportuguesa em França

Portugal Magazine nomeada no Prémio EmprendorismoInovador na Diáspora Portuguesa 2012, entregue por SuaExcelência o Presidente da República, numa iniciativa daCOTEC Portugal que pretende celebrar as empresas que,pela capacidade empreendedora e inovadora, se notilibi-

zam fora de Portugal nas suas actividades.

EDITORIAL 3JUNHO 2013

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Depois duma Primavera triste devido ao frio e à chuva per-manente, chegamos ao mês de Junho no qual será celebrado dia21 a chegada do Verão, resta-nos esperar que os dias mais lon-gos serão também mais quentes, que o sol timido até agoravenha estimular a nossa pele e conceder-nos os seus efeitospositivos, para que comecemos enfin a preocupar-nos com asroupas que vamos comprar, a toalha de praia, os óculos de sol,o bronzeador, … visto que a verdade é que tudo isso é bompara a saúde, fazendo-nos esquecer por instantes as dificulda-des e adversidades do dia-a-dia, assim que a crise económica naqual se encontra a Europa. É nesta altura que começa para mui-tos emigrantes a tão esperada partida de férias até Portugal,muitos são aqueles que começaram a contar os dias e a prepa-rar o dia que nos aproxima da terra natal.

Em Junho, vários eventos irão ser festejados, a começarpelo dia 10, dia de Portugal, das Comunidades Portuguesas,mas também do grande poeta Luís de Camões, dia feriado emPortugal e conhecido no tempo da ditadura como o " Dia deCamões, de Portugal e da Raça " em que eram homenageadasas Forças Armadas Portuguesas. Dia 16 não esquecer o Dia doPai em França, agradecer-lhe por ter contribuido a dar-nos aluz da vida, pela educação, amor e carinho que nos acompa-nham dia após dia.

Também é domingo 16 de Junho que tem lugar na Base deLoisirs de Créteil a festa da Radio Alfa que conta este ano com oseguinte elenco musical : Ana Moura, José Cid, Lura, Boss AC eTim, sem esquecer a missa campal logo de manhã, assim que aactuação de diversos ranchos folclóricos, a Portugal Magazineirá estar presente com um stand. Aproveite para passar o diaem família, como nos anos anteriores, irá encontrar todas ascondições para passar um belo dia, fazer um pique-nique aosom da música tradicional portuguesa.

Depois do enorme sucesso do filme " La Cage Dorée " deRuben Alves que ultrapassou o milhão de entradas, a PortugalMagazine teve o prazer de encontrar a Barbara Cabrita. Descu-bra nesta edição a entrevista desta grande actriz de origem por-tuguesa, assim que a do cantor Mike da Gaita cujo álbum " Se-guindo meu caminho " encontra-se à venda à pouco mais deuma semana.

Desejamos desde já umas boas férias aos nossos queridosleitores que irão partir este mês para Portugal. Boa leitura eobrigado pela sua fidelidade.

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ÍNDICE4JUNHO 2013

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06

5.º Rallye PaperFotográfico,

“Descobrir Lisboaem Paris”

14

A CCIFP organizoupela segunda vez a

edição do Salãodo Imobiliário

Português em Paris

37A equipa “US CréteilLusitanos” foihomenageada pelapromoção à segundaliga Francesa

34

Mike da Gaitaedita o seu últimotrabalho “Seguindomeu Caminho”

40

42Mina de SãoDomingos“em concelhode Mértola”

AGENDA

Exposição defotografias de Gérald

Bloncourt, sobre aemigração ilegal de

portugueses

15

10 de JunhoDia de Portugal,

de Camõese das Comunidades

Portuguesas

48Cronologiae Biografiados Presidentes daRepública Portuguesa

Festa em honra daNossa Senhora de

Fátima decorreu emPonthierry

38.ª FestaFranco-Portuguesade Pontault Combault

16

31

11

50

18ARCPF, Associação

Franco-Portuguesa deFontenay Sous Bois

Barbara CabritaRencontre avecl’actrice du film

“La Cage Dorée”

25

O «Quase» do Benfica,o «campeão» do Por-to, a «revelação»do Paços de Ferreira ea «Vitória» do Vitóriade Guimarães

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A AGRAFr está empenhada no su-cesso da comunidade pós-graduada por-tuguesa em França e acredita que pro-mover ciência, melhorar o networking eestabelecer novas colaborações são es-senciais para a projeção de Portugal epara o sucesso de cada um.

Todos os estudantes de pós-gradua-ção, investigadores e trabalhadores pós-graduados poderão tornar-se membrosda AGRAFr. A associação conta com assugestões e ideias de cada um, assim

Foi criada a AGRAFr, «Association des Diplomés Portugais en France»A AGRAFR, «ASSOCIATION DES DIPLOMÉS PORTUGAIS ENFRANCE», é uma organização independente e não lucrativa que visarepresentar, promover e defender os interesses de estudantes,investigadores e trabalhadores pós-graduados portugueses em França.

Raúl Lopes, militante do PCP e presi-dente da associação, disse que esta as-sociação plural tem como objetivo "cele-brar e homenagear não apenas o homempolítico, o dirigente comunista que foi,como também o lutador pela liberdade epela democracia em Portugal".

"Conseguimos agregar à nossa voltamais de 60 pessoas de diferentes pers-petivas políticas ideológicas, militantespartidários e independentes, figuras des-tacadas da comunidade portuguesa emParis, mas não só, também temos fran-ceses entre nós", explicou o militante doPCP.

A associação pretende honrar o mili-tante político, mas também "o intelectualhumanista multifacetado que foi, criadorartístico, escritor, ensaísta, novelista e ar-tista plástico", disse Raúl Lopes.

Para as comemorações do centenáriodo nascimento de Álvaro Cunhal a asso-ciação pretende assinalar a sua vida navila de Montreuil.

"É sabido que Álvaro Cunhal viveu lána mais rigorosa clandestinidade, sob umnome falso. Queríamos, no mínimo, co-locar uma placa evocativa no prédio onde

Paris conta com uma associação“Círculo Álvaro Cunhal”

PARIS CONTA COM O "CÍRCULO ÁLVARO CUNHAL", associação criada paraas comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, que pretendehomenagear o histórico ex-secretário-geral do Partido Comunista Português.

HOMENAGEM 5JUNHO 2013

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como com o apoio de todos para a con-cretização e divulgação deste projeto!

Quem pode tornar-se membro? To-dos os individuos de nacionalidade Por-tuguesa, ou Luso-descendentes que sãopós-graduados a desempenhar estudos,investigação ou a trabalhar em França.Ao tornar-se membro passa a ter aces-so às actividades e conteúdos daAGRAFr.

Para mais informações:

[email protected]://sites.google.com/site/agrafr/

viveu ou assinalar com o seunome uma rua da cidade",disse Raúl Lopes, sublin-hando que é um objetivo quenão depende exclusivamenteda associação.

A apresentação daobra foto-biográficade Álvaro Cunhal, deManuel Rodrigues,com a presença doautor é outra inicia-tiva do círculo paraas comemorações,assim como aapresentação pú-blica da traduçãofrancesa da obra deÁlvaro Cunhal "O par-tido com paredes devidro".

"A par disto, pretende-mos fazer, em colaboração com associa-ções, coletividades locais e universidades,exposições, colóquios, conferências, pas-sagem de filmes sobre a vida e obra deÁlvaro Cunhal, em toda a França", adian-tou o dirigente associativo.

As aberturas das comemoraçõesdo centenário de Álvaro Cunhal já ti-veram lugar na Casa de Portugal - Re-

sidência André de Gouveia.A apresentação contou

com o visionamento de umfilme sobre a vida e obra

de Álvaro Cunhal.O luso-descen-

dente Filipe de Sou-sa acompanhou,na guitarra portu-guesa, AntónioTopa e CristinaSemblano que le-

ram, respetivamen-te, um texto de JorgeAmado e um poema dePablo Neruda, para assi-nalar o início das come-morações.

Na mesma sala estão15 painéis impressos traduzidos em fran-cês, com o percurso do militante home-nageado "para que os franceses possamconhecer Álvaro Cunhal", acrescentouRaúl Lopes.

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Durante o regime ditatorialdo Estado Novo de 1933 até àRevolução dos Cravos de 25 deAbril de 1974, era celebradocomo o Dia da Raça : a raçaportuguesa ou os portugueses.

Da sequência dos trabalhoslegislativos após a Proclamaçãoda República Portuguesa de 5de Outubro de 1910, foi publi-cado um decreto em 12 de Ou-tubro estipulando os feriadosnacionais. Alguns feriados fo-ram eliminados, particularmen-te os religiosos, de modo a di-minuir a influência da igreja ca-tólica e laicizar a sociedade.

Neste decreto ficaram con-signados os feriados de 1 deJaneiro, Dia da FraternidadeUniversal; 31 de Janeiro, queevocava a revolução falhada doPorto, e portanto foi consagra-do aos mártires da República;5 de Outubro, Dia dos heróisda República; 1 de Dezembro,o Dia da Autonomia (Restau-ração da Independência) e o Diada Bandeira; e 25 de Dezem-bro, que passou a ser consi-derado o Dia da Família, ten-tando também laicizar a festareligiosa do Natal.

O decreto de 12 de Junhodava ainda a possibilidade deos municípios e concelhos es-colherem um dia do ano querepresentasse as suas festastradicionais e municipais. Lis-boa escolheu para feriado mu-nicipal o 10 de Junho, em hon-ra de Camões, uma vez que adata é apontada como sendo ada morte do poeta que escre-veu Os Lusíadas.

10 de JunhoDia de Portugal, de Camões

e das Comunidades PortuguesasDIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS, celebrado a 10 deJunho, é o dia em que se assinala a morte de Luís Vaz de Camões em 1580, e também feriado nacionalem Portugal.

COMEMORACÃO6JUNHO 2013

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PORTUGAL MAG

Luís de Camões represen-tava o génio da pátria na suadimensão mais esplendorosa,significado que os republicanosatribuíam ao 10 de Junho, ape-sar de nos primeiros anos darepública ser um feriado exclu-sivamente municipal. Com o 10de Junho, os republicanos deLisboa tentaram invocar a gló-ria das comemorações camo-nianas de 1880, uma das pri-meiras manifestações das mas-sas republicanas em plena mo-narquia.

O 10 de Junho começou aser particularmente exaltadocom o Estado Novo, o regime

instituído em Portugal em 1933sob a direcção de António deOliveira Salazar. Foi a partirdesta época que o dia de Ca-mões passou a ser festejado anível nacional. A generalizaçãodessas comemorações deveu-se bastante à cobertura dosmeios de comunicação social.

Durante o Estado Novo, o10 de Junho continuou sendoo Dia de Camões. O regimeapropriou-se de determinadosheróis da república, não nosentido laico que os republica-nos pretendiam, mas num sen-tido nacionalista e de comemo-ração colectiva histórica e pro-

pagandística.Até ao 25 de Abril de 1974,

o 10 de Junho era conhecidocomo o Dia de Camões, de Por-tugal e da Raça, este último epí-teto criado por Salazar na inau-guração do Estádio Nacional doJamor em 1944. A partir de1963, o 10 de Junho tornou-senuma homenagem às ForçasArmadas Portuguesas, numaexaltação da guerra e do podercolonial. Com uma filosofia di-ferente, a Terceira Repúblicaconverteu-o no Dia de Portugal,de Camões e das ComunidadesPortuguesas em 1978.

A forte emigração que sefez sentir durante as décadasde 60 e 70 para os países in-dustrializados da Europa,como a França e Alemanha, foiuma questão que o EstadoNovo nunca gostou de media-tizar e de desenvolver, sobre-tudo porque muitos portugue-ses saíram do país por ques-tões de sobrevivência econó-mica, Durante o Estado Novo,esses emigrantes eram referi-dos como sendo portuguesesespalhados pelo mundo e portodas as comunidades portu-guesas. Desta forma retirava-se-lhe qualquer carga políticae ideológica, e ficava apenas opovo português espalhado nasinúmeras comunidades queexistiam pelo mundo fora.

O Dia de Portugal é

ainda motivo para dignifi-

car o nome de um povo, a

história de uma nação que

ninguém nos pode negar.

Viva o 10 de Junho, Viva

Portugal !

LUÍS DE CAMÕESSALAZAR

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Associação Portuguesa de Escritores organizouhomenagem ao escritor português Aquilino Ribeiro

No cinquentenário da morte de Aquili-no Ribeiro, o coordenador do programa queassinala a efeméride, Luís Machado, que oescritor "viveu muito reprimido" em Portu-gal e quando chega a Paris "deslumbra-se"com o ambiente boémio da cidade.

A presença de Aquilino em Paris, pri-meiro de 1908 a 1914 e depois de 1927 a1930, foi hoje lembrada numa mesa re-donda com o tema "Paris: Tempo de Exí-lio e Liberdade", organizada pela Associ-ação Portuguesa de Escritores.

Realiza-se uma evocação histórica,"Cafés de Aquilino em Montparnasse",com um itinerário que passou pelos cin-co estabelecimentos: "La Closerie de Li-las", "Le Dôme", "La Rotonde", "Le Select"e "La Coupole".

O autor considerou os cafés por ondepassou em Paris como "os antros da revo-lução", mas também como uma universi-dade, nos quais aprendeu e amadureceu.

A homenagem pelo cinquentenário da

CULTURA8JUNHO 2013

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OS CAFÉS DE PARIS FORAM UMA "UNIVERSIDADE" para Aquilino Ribeiro, que em

nove anos de exílio deixou para trás o ambiente "reprimido" de Portugal, disse o coordenador

de uma homenagem ao escritor português na capital francesa.

PORTUGAL MAG

Os emigrantes em França e no ReinoUnido continuam a ser os maiores emis-sores para Portugal, com 198 e 146 mil-hões, respetivamente, representando maisde metade do total de verbas recebidasem Portugal no primeiro trimestre.

No que diz respeito às remessas deportugueses a trabalhar nos Países Afri-canos de Língua Oficial Portuguesa (PA-LOP), houve uma redução de cerca de 3%,para 67,6 milhões (com Angola a valer aquase totalidade deste valor), enquantoque os imigrantes dos PALOP a trabalharem Portugal enviaram para os seus países10,2 milhões, o que representa uma re-dução de 2,2% face à média de transfe-

Emigrantes mandam cada vez mais dinheiro para Portugal,“partir” não significa “esquecer”AS REMESSAS DE DINHEIRO DE EMIGRANTES para Portugal subiram 7,1% no primeiro trimestre deste

ano, para 644,8 milhões de euros, revelam dados do Boletim Estatístico do Banco de Portugal (BdP).

rências do ano passado.Já as verbas enviadas pelos trabalha-

dores estrangeiros para fora de Portugaldesceram 30% para 40,4 milhões deeuros.

Espero que com estas férias que seaproximam, os nossos compatriotas com-preendem melhor o porqué de termos

imigrado e que sejamos melhor acolhidos,que não sejamos somente os "avecs" ou"frâncios" ou até mesmo os "armanços"de carros novos… Pois eles também ago-ra necessitam e procuram por vários meiosresolver certas situações, uma delas é acrise financeira que o país atravessa.

É com orgulho que escrevo estas lin-has, ao saber que o emigrante Portuguêsainda acredita no país que deixou, aquiestá a prova que "partir" não quer dizer"abandonar" ou "esquecer" porque aindahoje um dos maiores desejos para a maio-ria dos que partiram, era poder regressarpara um país onde houvesse trabalho,igualdade, justiça e um futuro para os fil-hos e que não tivéssemos só o mar e obom tempo como consolo.

PORTUGAL MAG

morte de Aquilimo Ribeiro terminou emLisboa, com um jantar Aquiliniano.

No primeiro exílio de 1908 a 1914,Aquilino "vai viver quase o final da 'BelleÉpoque', que é um momento de grandeeuforia, sobretudo em França", lembrouLuís Machado.

Regressa a Paris de 1927 a 1930,numa fase que Luís Machado considera"mais importante ainda", indicando que azona de Montparnasse tinha mudado,perdendo a familiaridade bairrista da zonaainda periférica de 1908.

Montparnasse dos anos 20 acolhe ageração de escritores norte-americanos,"a chamada geração louca" de Hemingwaye Fitzgerald.

"Tudo isto vai provocar um grande"abanão" na forma do Aquilino", assegu-rou o coordenador da iniciativa.

Aquilino Ribeiro preocupou-se desdea década de 40 com a situação profissio-nal dos escritores, "conseguiu criar a So-ciedade "Portuguesa de Escritores" quedivulga os seus associados e cria-lhestambém condições sociais para que a es-crita fosse uma profissão".

O escritor foi fundador, sócio númeroum e primeiro presidente da SociedadePortuguesa de Escritores que antecedeua atual Associação Portuguesa de Escri-tores.

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Cristina Semblano e Vicky Skoumbi, deram umaconferência sobre “O futuro neoliberal da Europa

à luz dos paradigmas grego e português”A ECONOMISTA CRISTINA SEMBLANO considerou que "Portugal e Grécia prefiguram ummovimento global de construção de uma Europa neoliberal", onde o "assistencialismo substituiria asolidariedade".

A economista e professo-

ra de economia portuguesa na

Sorbonne, em Paris, e Vicky

Skoumbi, editora de uma re-

vista grega e co-redatora do

manifesto "Salvemos o povo

grego dos seus salvadores",

deram uma conferência sobre

"O futuro neoliberal da Euro-

pa à luz dos paradigmas gre-

go e português", na Residên-

cia André de Gouveia, na ca-

pital francesa.

Cristina Semblano consi-

derou que tanto Portugal

como a Grécia são os princi-

pais "laboratórios da experi-

mentação das políticas neoli-

berais da 'troika'"

Cristina Semblano subli-

nhou que "nenhum país é igual

a um outro". No entanto, con-

sidera que "podemos, olhando

para a Grécia, ver o que se vai

passar em Portugal no futuro".

Precarização da popula-

ção, aumento do desemprego

e emigração de massa, dimi-

nuição do acesso à saúde,

aumento da taxa de suicídio

são alguns dos tópicos que a

economista refere terem acon-

ECONOMIA10JUNHO 2013

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Pub.

VICKY SKOUMBICRISTINA SEMBLANO

tecido primeiro na Grécia e

estarem a acontecer mais re-

centemente em Portugal.

Cristina Semblano acredi-

ta que a insistência dos gover-

nos na implementação das

medidas de austeridade reve-

la "um projeto político" e não

económico, pois que os dese-

quilíbrios iniciais que serviram

de pretexto à implementação

das políticas austeritárias, não

só não se atenuarm como,

pelo contrário se amplifica-

ram.

"Leva a crer que há um

projeto político por trás que

consiste no fim do contrato

social entre o Estado e os ci-

dadãos, o desmantelamento e

a destruição do Estado Soci-

al, do Serviço Nacional de Saú-

de, da escola pública", assina-

lou.

"Este projeto político", ex-

plicou, "teria como objetivo a

construção de uma sociedade

completamente diferente da

sociedade em que vivemos até

agora, caracterizada pela exis-

tência de um contrato social

entre o Estado e os cidadãos,

uma sociedade ditatorial e ba-

seada nos proveitos especu-

lativos".

Vicky Skoumbi acrescentou

que o que se passa com a Gré-

cia neste momento espelha o

futuro da Europa caso se con-

tinuem a tomar as mesmas

medidas, que apelida de "pe-

rigosas e criminais de auste-

ridade permanente".

Vicky Skoumbi, considerou

que a saída da crise passa por

"parar imediatamente os cor-

tes e as restrições na despesa

pública e tentar restabelecer a

situação financeira de serviços

públicos, nas áreas da saúde

e da educação, que já sofre-

ram muito na Grécia devido

aos cortes orçamentais".

"Existe uma transferência

de riqueza da classe média e

mais pobre para uma minoria

mais rica", sublinhou.

Para sair da crise, a edito-

ra defende ainda que é neces-

sário inverter completamente

as políticas que têm vindo a

ser tomadas e termina com

uma chamada de atenção ao

Governo português que deve,

na sua opinião "ouvir as ma-

nifestações do povo".

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A exposição inclui fotogra-

fias, a preto e branco, capta-

das no norte de Portugal, em

Lisboa e em Hendaye, região

fronteiriça francesa conhecida

como o local de chegada a

França dos milhares de por-

tugueses que emigraram para

aquele país nos anos 50 e 60.

Esta exposição foi inaugu-

rada em finais do mês de

maio, presentes na cerimónia

estiveram os deputados Car-

los Gonçalves (PSD) e Paulo

Pisco (PS), eleitos pelo círcu-

lo da Europa que elogiaram a

iniciativa.

Para Carlos Gonçalves, a

exposição acaba por homena-

gear "um percurso notável de

uma comunidade que se sou-

be integrar" no país de acolhi-

mento.

Já Paulo Pisco espera que

o passado ensine a geração

atual a "minorar os efeitos

dramáticos" os problemas da

emigração: "Quando olhamos

para a história da emigração

nos anos 60 e nos anos 70

aquilo que nós reparamos é

que esses fluxos migratórios

Exposição de fotografias de Gérald Bloncourt,sobre a emigração ilegal de portugueses paraFrança e a revolução de 1974A EMIGRAÇÃO ILEGAL DE PORTUGUESES PARA FRANÇA e a revolução de1974 são as estrelas de uma exposição de fotografias de Gérald Bloncourt, em Paris.

EXPOSIÇÃO 11JUNHO 2013

WWW.PORTUGALMAG.FR

em massa tiveram repercus-

sões brutais no nosso país".

Paulo Pisco considera que

"os efeitos que estes fluxos

migratórios têm na socieda-

de portuguesa são altamente

preocupantes e não devem

ser menosprezados os sinais

que têm vindo a ser dados de

alerta".

Como exemplo o deputa-

do refere o último boletim de

outono do Banco de Portugal

que alerta que o novo fluxo de

emigração em massa pode

"pôr em causa a sustentação

económica de Portugal a mé-

dio prazo", disse Paulo Pisco.

Por seu turno, Carlos Gon-

çalves insiste que a "comuni-

dade portuguesa é hoje uma

comunidade que contribui de

forma decisiva para a econo-

mia" francesa e que "já não é

a dos 'bidonvilles' bairros de

lata".

O deputado acrescenta que

"as pessoas, tanto em Portu-

gal como em França, descon-

hecem o percurso desta co-

munidade" que sendo "antiga,

não é indiferente aos novos

migrantes".

O deputado do PS eleito

pelo círculo da Europa, Paulo

Pisco, acredita que se deve

agir "para tentar minorar os

efeitos dramáticos" que a nova

vaga de emigração "pode ter

no nosso país".

A iniciativa sobre os 50

anos de emigração portu-

guesa, "Retour sur 50 ans

d'immigration portugaise" in-

cluiu uma mesa redonda onde

foi debatido o tema "Les mi-

grations portugaises d'hier et

d'aujourd'hui" seguida de vários

testemunhos relacionados com

a exposição de fotografias de

Gérald Bloncourt, "Pour une

vie meilleure".

A Exposição estará aberta

ao público na Cité Nationale

de l'Histoire de l'Immigration,

em Paris, até 31 de Julho.

Cité Nationale de l'His-

toire de l'Immigration

293 Avenue Daumesnil

75012 Paris

Tel: 01 53 59 58 60

CARLOS GONÇALVESPAULO PISCO

GÉRALD BLONCOURT CITÉ NATIONALE DE L'HISTOIRE DE L'IMMIGRATION

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A TAP Portugal, fundada a 14 de Março de 1945, é umacompanhia aérea de bandeira portuguesa e a maior com-panhia de linha aérea de Portugal. É membro integranteda Star Alliance desde 14 de março de 2005, data dos60 anos de existência da companhia. Em 2007, a TAPadquiriu a companhia aérea Portugália, considerada du-rante 5 anos consecutivos a melhor companhia aérearegional da Europa, que manteve, no entanto, a identi-dade própria. É uma companhia aérea bastante galar-doada a nível internacional.A rede de rotas da TAP compreende 80 destinos, em36 países, através de quase 2.000 voos semanais, comuma frota de 55 aviões Airbus e outros 16 aviões emserviço da subsidiária Portugália Airlines.Em 2012, a TAP esteve envolvida num processo de pri-vatização em que o principal interessado, e único nofim do processo, foi o empresário Germán Efromovich.No dia 20 de Dezembro, o Governo português decidiuadiar para 2013 a venda da TAP. Depois, ambos partesconcluíram que foi uma falha de comunicação que dei-tou por terra o negócio da TAP. Germán Efromovichgarantiu que vai continuar interessado na privatizaçãoda TAP.

TAP PORTUGAL

EMPRESAGASTRONOMIA

7 MARAVILHAS

DA GASTRONOMIA

COUP DE COEUR12JUNHO 2013

WWW.PORTUGALMAG.FR por: Célia Coimbra

A BOLA

DESPORTO

A Bola é um jornal desportivoportuguês (com especial destaquepara o futebol), de âmbito nacio-nal e com periodicidade diária.A sua primeira edição foi em1945, tendo sido fundado por

Cândido de Oliveira, Ribeiro dos Reis e Vicente de Melo,publicando-se duas vezes por semana. Em 1989 passou aquadrissemanário. Tornou-se um jornal diário em 1995.É o jornal mais popular entre os emigrantes portugueses ebastante lido nas antigas colónias portuguesas de África.Desde 2006 é também impresso em Nova Iorque, Nova Jer-sey. A partir de 2009 passou a contar, também, com ediçãopara Angola, três vezes por semana, e a partir de 2012, tam-bém em versão de trissemanário, produz edição para Moçam-bique.Podemos encontrar o journal através do site do jornal ABOLA, as notícias são a nível nacional e international.Podemos ter diretamente acesso a todos os clubes portugue-ses. Na seção África, encontramos todas as notícias da An-gola, Cabo Verbe....

CINEMA

A RESSACA

- PARTE III

Capítulo final da trilogia "A Ressaca", a hilariante comeé-dia realizado por Todd Phillips. Desta vez não há casa-mento. Não há despedida de solteiro. Então, o que podecorrer mal?Bom... quando o Wolfpack se reúne, ninguém está a salvo.Uma viagem para deixar Alan numa casa de repouso ter-mina abruptamente com um rapto violento ordenado poralguém que procura Mr. Chow.A partir daí o trio viaja até Tijuana, do outro lado da fron-teira com o México, para tudo terminar onde começou...

As 7 Maravilhas da Gastronomia surgem na sequência dapromoção do património histórico e natural de Portugal,através do programa das 7 Maravilhas, em que os nomea-dos são votados pelo grande público em vez de um júri 1 .O objectivo do certame foi o de divulgar e promover o pa-trimónio gastronómico nacional, tendo por base a gastro-nomia tradicional, reflectindo a gastronomia das regiõesque as representam bem como os componentes da boa mesaportuguesa .Inicialmente foram apresentados 70 pratos, separados porsectores gastronómicos, que depois foram reduzidos a 21finalistas.A declaração oficial das 7 Maravilhas da Gastronomia tevelugar num espectáculo com inicio às 21 horas do dia 10 deSetembro de 2011, em Santarém, na Antiga Escola Práticade Cavalaria (junto ao Convento de São Francisco), duran-te um mega espectáculo com a participação de Rui Veloso,Ana Moura, Boss AC, Carminho e Zeca Sempre, NunoGuerreiro, Olavo Bilac, Tozé Santos e Vítor Silva. A apre-sentação ficou a cargo de Catarina Furtado e José CarlosMalato.No final do espectáculo, foram apresentados por chefes decozinha de renome internacional, aquelas que passaram aser conhecidas pelas maravilhas da gastronomia portugue-sa, que foram: Alheira de Mirandela, Queijo Serra da Es-trela, Caldo verde, Sardinha assada, Arroz de marisco,Leitão da Bairrada, Pastel de Belém.

Com : Bradley Cooper, Zach Galifianakis,Ed Helms, Mike TysonRealização : Todd PhillipsProdução : Todd Phillips, Daniel Gold-bergArgumento : Todd PhillipsGénero : ComédiaOrigem : Estados Unidos da América

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5.º Rallye Paper Fotográfico,“Descobrir Lisboa em Paris”

Marque já na agenda o dia 8 de Ju-nho que será dedicado a um jogo quepermite a parisienses e a luso-descen-dentes partirem à descoberta da culturaportuguesa e sobretudo lisboeta na ca-pital francesa. Os participantes habilitam-se a ganhar uma viagem de avião a Por-tugal e, de uma maneira divertida, todospoderão ver e sentir a presença da luso-fonia nas ruas de Paris.

À semelhança do ano passado, oRallye Paper vai realizar-se na cidade deParis, através de um percurso pré-esta-belecido que as equipas, constituídas porduas pessoas, terão de percorrer. Ao lon-go do circuito, existem vários pontos deparagem obrigatórios onde os participan-

ESTÁ DE VOLTA O RALLYE PAPER FOTOGRÁFICO organizado pela Cap Magellan.

Este ano, a capital portuguesa é homenageada no quadro dos 15 anos do Pacto de Amizade

entre as cidades de Lisboa e Paris.

Pub.

EVENTO14JUNHO 2013

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ZÉLIE OBERLÉ

tes terão de resolver enigmas que os le-varão à etapa seguinte. Todos os locaistêm de ser fotografados. A Cap Mage-llan vai premiar a equipa mais rápida comuma viagem a Portugal mas também aequipa que tirar as melhores, mais ori-ginais e criativas fotografias com umcabaz de produtos típicos portuguesesoferecido pelo estabelecimento "Commeà Lisbonne". A equipa vencedora doRallye Paper e a equipa com o melhoralbúm fotográfico receberão ainda o li-vro "Lisbonne", oferecido pela LibrairiePortugaise & Brésilienne.

Esta iniciativa tem como ponto de par-tida a Casa do Benfica de Paris, onde osparticipantes receberão todo o material deapoio e as últimas instruções necessáriasà realização do jogo de pistas. As inscri-ções devem ser enviadas para o [email protected],com o nome da equipa, os nomes dos

dois elementos, idade, nacionalidade eformação, endereço postal, um contactotelefónico e e-mail. Também podem serenviadas por correio para Cap Magellan- Rallye Paper photographique - 7, avenuede la Porte de Vanves - 75014 Paris, até aodia 5 de Junho, em boletim libre ou fazen-do o download do boletim de inscrição dis-ponível em www.capmagellan.sapo.pt.

A Cap Magellan convida todos a par-ticipar neste jogo divertido, repleto deanimação, surpresas, brindes, espectá-culos e descobertas. Este projecto con-tinua a ter o objectivo de reforçar os la-ços entre as duas capitais e os seus ha-bitantes, mas principalmente o de pro-porcionar um dia cheio de actividadespara todas as equipas participantes.

Mais informações:www.capmagellan.sapo.pt

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COMUNIDADE 15JUNHO 2013

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A Câmara do Comércio e Indústria Franco-Portuguesa(CCIFP), organizou pela segunda vez a edição do Salão

do Imobiliário Português em Paris

O presidente da CCIFP, Carlos VinhasPereira, disse que o Turismo é "uma boavitrina" do país, pelo que incluir este se-tor no salão é um "passo natural", e res-ponder à necessidade de quem está inte-ressado em comprar um imóvel em Por-tugal, que precisa de ir ao país.

Esta segunda edição contou com umespaço superior a 4.000 metros quadra-dos ocupados por promotores, agênciasimobiliárias, construtores, designers ebancos.

Também faz parte do programa umciclo de conferências, com temas queaprofundaram a questão do investimentoem Portugal, a situação do mercado, asoportunidades, assuntos fiscais, as espe-

A SEGUNDA EDIÇÃO DO SALÃO DO IMOBILIÁRIO PORTUGUÊS EM PARIS,organizado pela Câmara do Comércio e Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP), realizou--se no último fim de semana de maio, este ano com uma componente de Turismo.

PORTUGAL MAGFOTOS : ANGÉLIQUE

DAVID-QUINTON

cificidades de cada região e a arquiteturaportuguesa. Nesta edição voltou-se a re-alizar-se um leilão de imóveis.

Durante o salão, marcaram presençapersonalidades como o presidente daCCIFP, o embaixador de Portugal em Fran-ça, José Filipe Moraes Cabral, o Cônsul-Geral de Portugal em Paris, Pedro Lourtiee o Secretário de Estado das Comunida-des Portuguesas, José Cesário, entre ou-tras.

As empresas que marcaram presençanesta segunda edição do Salão do Imobi-liário português em Paris estavam moti-vadas com uma maior presença de visi-tantes franceses, que procuram cada vez

mais Portugal pelos benefícios fiscais queo país oferece.

Muitos economistas presentes realça-ram os novos benefícios fiscais em Por-tugal, dizendo que Portugal é o "novoparaíso fiscal para os reformados france-ses", designando a costa portuguesa comoo novo "eldorado".

Cláudia Faria, do departamento Co-mercial Troia Resort, acredita que asalterações fiscais para reformados "pos-sam estar a incentivar o nacional francêsa procurar alguns investimentos fora deFrança", onde Portugal "se apresenta combastantes vantagens fiscais".

O salão ofereceu ainda soluções deaconselhamento com a presença de no-tários e sociedades de advogados, queponderam informar os visitantes acercade cada fase na aquisição e rentabilizaçãode imobiliário em Portugal.

A Rogério Fernandes Ferreira & As-sociados é uma sociedade de advogadosespecializada em fiscal e negócios e temsido procurada, na sua maioria, pelo in-teresse dos visitantes nos "benefíciosfiscais que estão ligados à sucessão e àdoação" nos quais Portugal tem "um regi-me ímpar na Europa", adiantou RogérioFernandes Ferreira, sócio da empresa.

"Por outro lado, temos um regime dosresidentes não habituais que foi objeto dealguns aperfeiçoamentos durante esteano. Sentimos muito interesse por partedos franceses em saber como é que esteregime funciona", acrescentou.

A Câmara do Comércio e da IndústriaFranco-Portuguesa, que organizou o sa-lão, apontou para mais de 6 mil visitan-tes, mais 2 mil que a edição anterior.

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Festa em honra da Nossa Senhorade Fátima decorreu em Ponthierry

Essa tarde de domingo foi bastanteanimada, mesmo se o tempo não estavacom cara de bons amigos, a alegria e ocalor humano foram suficientes para im-pedir a chuva de cair. No princípio da tar-de foi celebrada uma missa ao ar livre,seguida de uma procissão pelas ruas e oadeus à Nossa Senhora de Fátima.

Os organizadores da comissão dasfestas de Fátima tiveram o cuidado demanter os festejos como a tradição.

Depois de ter acabado os festejos re-ligiosos, teve lugar a animação musicalcom o Grupo BAT2PE que animou a fes-ta com várias cantigas para os presentes,nesta tarde também participaram os gru-

DECORREU EM PONTHIERRY NO MÊS PASSADO a festa da "Notre Dame de Fátima"os festejos começaram no sábado dia 18 à noite na igreja de Moulignon com uma missa e adoraçãoà Nossa Senhora, no dia 19 à tarde foi na praça de Tilleuls em Moulignon que decorreu a festa.

PORTUGAL MAGFOTOS: HENRIQUE DE

FREITAS ARAÚJO

pos "Os amigos da Borga de Saint-Far-geau - Ponthierry", "Juventude Portugue-sa de Ponthierry" e o "Rancho Luar doMinho - Corbeil" estes três grupos estãode parabéns pela atuação e espetáculo quecontribuíram para a festa.

Um dos momentos mais esperados foi

a entrada em palco do artista Mike da Gaitaacompanhado de suas bailarinas, este ar-tista com grande reputação e fama entrea nossa comunidade e no panorama damúsica portuguesa, fez dançar toda agente com suas musicas bem animadas,onda apresentou algumas do seu novoálbum "Seguindo o meu caminho".

O som e técnica desta festa estiverama cargo de Sérgio Farinho.

No final foi sorteado uma tombola comvários prémios oferecidos por empresase gentes de bom coração.

A Portugal Magazine dá os parabéns atoda a organização e associação em es-pecial ao seu presidente, João Leal, pelaexcelente festa que organizaram, que ser-viu como ponto de encontro de váriosportugueses e relembrou as nossas tra-dições festivas e católicas.

FESTA16JUNHO 2013

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História :

A associação dos Portugueses de Fon-tenay sous Bois foi criada em 1976. Oprimeiro objectivo desta associação foi delutar pela integração dos portugueses naFrança e sobretudo os portugueses quemoravam em Fontenay, de defender osseus direitos e de ajudar os povos. Hojea associação pode orgulhar-se do seu tra-balho, cada pessoa pode ver, passeandoem Fontenay, um monumento de 25 abrilna praça da Amizade, um verdadeiro re-conhecimento para a comuniadade por-tuguesa da cidade, da sua integração edo combate da associação. Podemos tam-bém notar a geminação da cidade de Fon-tenay sous Bois com a cidade portuguesaMarinha Grande e da presença activa dealgums dirigentes da associação no con-selho municipal. Uma prova da participa-ção da comunidade na vida da cidade eda sua integração são os intercambiosculturais entre França e Portugal, permi-tindo manter um contacto permanentecom Portugal, mas também um enrique-cimento cultural a nível de ambas as ci-dades.

Actividades :

Hoje a associação está na origem denumerosas iniciativas com repercussõespositivas para a comunidade portuguesa,por isso tenta ser sempre dinâmica, pro-pondo novas actividades, principalmentepara o jovens.

ASSOCIACÃO DO MÊS18JUNHO 2013

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UM MODELO DE TOLERÂNCIA, DE SOLIDARIEDADE E DE PARTILHA COM TODAS AS COMUNIDADES.

MAGALI

TERRASSON

ARCPF, Associação Franco--Portuguesa de Fontenay Sous Bois

Actividades tradicionais :

Ela propõe actividades tradicionaiscomo o folclore e tardes musicais, parti-cipando na difusão da cultura e das tradi-cões de Portugal, uma maneira de trans-mitir suas raizes aos jovens. O folclorereune 70 pessoas, faz parte das activita-des priviligiadas da associação, o grupochama-se " Aldeias de Portugal " e se com-põe de três grupos (infantil, juvenil e ogrupo de adultos). Cada ano o grupo par-ticipa no "Madelon de Fontenay sous Bois",uma oportunidade para compartilhar comtoda a cidade a cultura portuguesa. Astardes musicais são momentos de alegria,que também reunem as diversas geraçõespara romper com o dia-a-dia e fazer fes-tas em qualquer momento do ano.

A associação realiza também uma sé-rie de eventos para comemorar o 25 deabril, uma maneira de recordar e divul-gar o passado do povo português, e so-bretudo de transmiti-lo aos jovens que seimplicam muito nos eventos.

Um festival de acordeão e concertinaé organizado pela associação, um festivalespecial que reune acordeonistas talen-

tosos de várias origens. Isso participa nadivulgação da cultura musical de todasas comunidades e permite aos amadoresdeste instrumento de compartilhar as suatécnicas e diferentes tipos de música.

A associação tem também activida-des mais modernas para a segunda gera-ção, como as danças modernas e váriasfestas organizadas com eles. Ela desejatambém implicar a juventude portuguesana associação, que representa os futu-ros dirigentes... Por essa razão, a associ-ação tenta integrar cada vez mais jovensna equipa de dirigentes, com a ideia dereforçar os elos entre a primeira e a se-gunda geração e formar os mais novospara o trabalho de gestão da associação.

Ela recebe um apoio da cidade com acedência de salas para as várias activida-des, e com um empréstimo de materialpara as sua animações. Outro grande sím-bolo dessa relação forte com a cidade,foi a reconstrução e adaptação dum pré-dio pela comunidade, chamado hoje " Casados portugueses ", essa obra representa

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ASSOCIACÃO DO MÊS 19JUNHO 2013

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horas de trabalho arduo, e é um lugar deencontro e de momentos de convivio epartilha de paixões de valor inesquecível.Para realizar os seus novos projectos eavançar com as outros, ela deve agoraencontrar meios financieros e apoios ex-teriores.

A maior iniciativa da associação :

Ela está na origem dum evento mui-to importante para a cidade, a "Festa daAmizade" que reune todos os povos detodas as comunidades representadas nacidade de Fontenay Sous Bois. Esseevento tem como objectivo de lutar con-tra o racismo e a intolerância , e refor-

çar a solidariedade e a cohabitação har-moniosa entre os povos. Um exemplo aseguir que poderia ser duplicado emtodas as cidades de França. No mesmoestado de espírito, a associação propõecada ano o Natal das crianças, uma fes-ta de alegria e de tradição onde cadacriança recebe um presente, esse even-to é aberto a todas as comunidades,mesmo não sendo de origem portugue-sa, todos são convidados. A noite da S.Silvestre também, onde cada pessoapode trazer a sua contribuição (música,comida...) uma festa que permite a des-coberta das diferentes culturas e sobretudo a compartilha de momentos con-

viviais entre as comunidades desta ci-dade.

Para encontrar a associação :

Participe na próxima saída do grupode Folclore dias 01 e 02 de junho de 2013no " Stand de la Madelon " no parque daCidade de Fontenay Sous Bois.

Página facebook :www.facebook.com/aldeiasdeportugal

Site Internet : www.arcpf.org

Maison "Eça de Queiros"

44 rue Louis Auroux

94120 Fontenay s/bois

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CRÓNICA20JUNHO 2013

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Sendo assim, a crise é mesmo um pro-blema de sociedade, é um problema quedeve ser tratado, porque ela nos afeta, mascomo devemos nós enfrentar a crise?

Eu não sou um "sabichão " mas se cadaum de nós começasse por tentar resolveros seus pequenos problemas do dia-a-diasem querer culpar a crise, já era um bominício para contribuir a acabar com ela. Nóscontamos sempre com os outros para re-solver os problemas, e raramente com nósmesmos, concordo plenamente que o mun-do financeiro, político, assim que os ladrõesem "colarinho branco" são os maiores res-ponsáveis dos momentos que atravessa-mos, mas não podemos ficar à espera queesses sacanas venham a casa de cada umde nós resolver as nossas crises. Temosque positivar e enfrentar as dificuldades quea vida nos põe à nossa frente, temos quecombater o pessimismo que contribue aalimentar a crise. Há que deitar a mão àobra, há que levantar a crista! Não vosdigo que devemos parar de nos lamentar,de nos queixar, isso não, mas seria bomtermos atitudes positivas, porque se nãoresolvem, pelo menos ajudam! E isso é

ESTAMOS EM CRISE! PALAVRAS QUE SAIEM DE BOCA de qualquer um de nós por tudo e pornada! a crise é a responsável das nossas ações, sejam elas boas ou más! Reparem, não há trabalho éa crise, não há dinheiro é a crise, não há ferias é a crise, até quando chove também há crise de sol!

Há crise... E crises!

certo, reparem, todos os especialistas vosdirão que em caso de doenças graves, acura depende muitas vezes da atitude men-tal da pessoa, o tratamento só não conse-gue curar. É assim com a crise, não é sócom os governantes e financeiros que nossairemos da crise, mas também com avontade de cada um de se levantar, vocêsjá notaram que mesmo uma criança quan-do cai, o seu primeiro reflexo é de se le-vantar, embora ela precise de ajuda, masela esforça-se para se levantar.

Portanto levantemo-nos, positivemos!Para concluir com o tema da crise,

queria fazer um reparo que esse sim,preocupa de certeza, que todos vós jánotaram, que esta crise traz-nos outras

coisas negativas, que é a crise de valores,o que os nossos pais e avôs chamavam a"palavra de honra" ficou para a história,agora essa palavra é usada por qualquerum a todo o momento e em todas as cir-cunstâncias, já não representa a honra dequem a professe! O seu sentido, todo oseu valor e respeito. Os nossos avôs nãosabiam assinar e o que prevalecia era aPalavra, e quando se a dava, valia maisque todas as assinaturas, agora, com acrise, nem palavra nem assinaturas sãorespeitadas. Isto sim é uma crise, e paravos dizer tudo, esta não tem o mesmoremédio ou até nem sei se terá cura, ouaté se calhar já morreu, já não existe! Emtodo o caso eu espero me enganar!

LUISGONÇALVES

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22JUNHO 2013

WWW.PORTUGALMAG.FR CRÓNICA

O Verão em PortugalO INVERNO ABRIU AS PORTAS À PRIMAVERA. Ela entrou aproximando-se devagarinho ainda

com o sabor do vento frio, da chuva, da neve e de outras intempéries que restam de um tempo escuro

e rigoroso que nos deixa por vezes um pouco deprimidos.

Eis que madrugada após madrugada

o campo florescera com a ajuda do sol

que brilha mais intensamente no céu de

Portugal. As aves brincam de ramo em

ramo e enchem o ar com as músicas que

só elas sabem cantar. A primavera veio

assim enfeitar o nosso chão que, daqui a

pouco está a abrir as portas ao estio. O

mês de Junho é o responsável por esta

transição. Rico em acontecimentos mar-

cantes começando logo no primeiro dia

em que se comemora o dia mundial da

criança. Hoje mais do que nunca há que

MÁRIO PRATA PINA defender os direitos que elas têm, so-

bretudo o direito à vida, ao pão, à edu-

cação, à saúde e ainda de serem protegi-

das dos que não sabem o quanto elas

merecem ser respeitadas e amadas a fim

de terem uma infância que lhes permita

ter um percurso de vida feliz. O dia 10

de Junho, dedicado a Portugal e às co-

munidades portuguesas, sem esquecer o

grande escritor que foi Luís Vaz de Ca-

mões, e ainda os festejos dos santos

populares, Stº António, São João e São

Pedro acompanhados do verde dos man-

jericos, do rosmaninho, da alcachofra ou

do alho-porro, misturados com o cheiro

das sardinhas assadas mediante a tradi-

ção enraizada nos diferentes locais de

norte a sul de Portugal. Assim tudo se

vai preparando numa renovação constante

e começa a chegar ao pensamento que

brevemente, as férias estão também a

bater à porta.

Tiram-se do roupeiro as vestes de tons

mais coloridos e frescos e os rostos ga-

nham mais vida e alegria.

A natureza encarrega-se assim de

preparar a grande sala de visitas para dar

as boas-vindas aos que pretendem visi-

tar Portugal.

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SORTI EN SALLE LE 24 AVRIL,"LA CAGE DORÉE" DE RUBENALVES A ATTEINT RÉCEMMENTLE MILLION D'ENTRÉES.Ce film, drôle et émouvant au scénario

et aux acteurs parfaits, rend un bel

hommage à la communauté portugaise

de France.

Portugal Magazine a eût de plaisir de

rencontrer Barbara Cabrita, qui joue le

rôle de Paula Ribeiro dans le film.

BarbaraCabritaRencontre avecl’actrice du film“La Cage Dorée”

Interview

PORTUGAL MAG

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CINEMA26JUNHO 2013

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Barbara Cabrita, peux-tu nous

parler de tes origines ?

Mon père est portugais et toute ma fa-

mille paternelle habite au Portugal (Algar-

ve-Lagoa) donc j'y ai vécu quand j'étais pe-

tite, je garde de merveilleux souvenirs. On

dit souvent que ce sont les premières an-

nées de la vie qui forment la personnalité

de quelqu'un et j'en suis convaincue car j'ai

toujours eu en moi ces valeurs et cette sim-

plicité qui sont rattachées au Portugal.

La vie simple d'une grand-mère qui va

dans ses champs de figuiers, d'amandiers

et d'oliviers et qui va les ramasser quelque

soit le temps qu'il fait, avec sa force, son

humanité. Les dîners bien copieux de plats

qui ont mon enfance et que je retrouve

chaque fois que j'y vais. Les sorties dans

les bals où on joue de l'accordéon et où on

danse tous ensemble.

J'ai appris à nager dans les "Fontes" de

l'Algarve...

Je suis parisienne mais la portugaise

qui est en moi ne cessera jamais de revenir

aux sources. Plus les années passent et plus

cela est vital pour moi.

Mannequin, actrice de cinéma et

de théâtre, qu'est ce qui t'a poussé

à suivre une carrière artistique ?

Je n'ai jamais eu le désir de faire ce

métier depuis toute petite, c'est un hasard

un peu poussé par ma mère qui a envoyé

des photos de moi à une agence de "man-

nequin" junior et c'est dans cette agence

que j'ai fait mes premiers pas, tout en étu-

diant. Ce n'est que quelques années plus

tard et en faisant des films que je me suis

dit que ce métier était très enrichissant, que

chaque projet était différent et qu'on avait

jamais fini d'apprendre. J'ai alors pris des

cours de théâtre pour me sentir légitime

dans ce métier, et pour ne pas avoir le sen-

timent de prendre la place d'autres comé-

diens qui n'avaient pas la chance de vivre

de leur passion. C'était primordial pour moi

car en plus d'apprendre les techniques, on

se découvre aussi, et la curiosité ne fait

que grandir.

Je me suis dit alors que pour partager

tous ces beaux rôles qu'on m'offrait, je

voulais en faire mon "vrai" métier.

Dans " La Cage Dorée " tu inter-

prètes le rôle de Paula Ribeiro. Qu'est

ce qui t’a poussée à participer dans

ce beau projet du réalisateur Ruben

Alves?

Ruben m'a contactée pour ce rôle et il

voulait savoir avant tout quelle était ma re-

lation avec le Portugal, sans que je ne con-

naisse le projet, je lui ai ouvert mon coeur

et lui ai raconté une partie de ma vie, et de

mon attachement à ce pays. Quand notre

rendez vous s'est terminé, il m'a donnée le

scénario et m'a dit que si j'aimais le rôle, il

était pour moi. Que rêver de mieux! J'ai

alors lu le scénario le soir même, j'y ai re-

trouvé toutes les scènes que j'avais déjà

vécues, l'univers, et aussi la relation que

Je trouve que les Portugais en

France ne sont pas les mêmes

qu'au Portugal, ils sont très

discrets, très humbles, ils ne

communiquent pas suffisam-

ment avec les autres, c'est aussi

ce qui fait leur charmes car il

suffit que vous leur parliez, et ils

s'ouvrent tout de suite, ils vous

invitent chez eux, et communi-

quent, mais les premiers pas

sont très difficiles...

BARBARA CABRITA

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CINEMA 27JUNHO 2013

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l'on peut avoir dans sa famille, les non-dits,

s'aimer sans se le dire. C'est aussi ça qui

m'a beaucoup touché dans le film, et dans

le personnage de Paula, c'était un peu moi,

une fille qui mène sa vie, qui est française,

mais qui est tiraillée par un sentiment sur

lequel elle n'arrive pas à mettre de mot.

Elle veut contrôler les choses mais c'est tout

le contraire au final, elle se laisse emporter

et réalise ce qui lui correspond réellement,

la vie qu'elle veut réellement vivre au fond

d'elle sans se l'avouer. Je trouve que le film

est très touchant, très vrai, très sincère,

sans prétention, il est drôle et profond, et

c'est ce genre de film que j'aime.

Travailler sous la direction de

Ruben Alves, comment c’était ?

Ruben nous a laissé très libre de ce

qu'on voulait faire, il nous dirigeait, nous

donnait ses indications, et une fois qu'il

avait ce qu'il voulait, il nous disait: "vas-y,

fais ce que tu veux maintenant". Donc nous

avions une grande direction mais aussi une

grande liberté, c'est très rare de trouver

ces deux aspects lors d'un tournage, il était

vraiment à l'écoute.

Quel a été ton plus beau souve-

nir pendant le tournage ?

Je me souviendrai toujours de la scène

du Fado, elle nous a tous bouleversés, c'est

une scène très importante en plus pour mon

personnage, une scène de "révélation", et

que ce soit pour mon personnage ou pour

moi, c'est exactement ce que j'ai ressenti,

une révélation, les paroles de cette chan-

son sont tellement puissantes et vraies, el-

les nous touchent au plus profond et j'ai

franchement eu des sanglots et des fris-

sons quand j'ai écouté pour la première fois

Catherina Walenstein. Une scène muette

pour nous les comédiens mais qui expri-

me tellement de choses, tellement de sen-

timents.

Quelle est ton opinion sur la com-

munauté portugaise de France ?

Je trouve que les Portugais en France

ne sont pas les mêmes qu'au Portugal, ils

sont très discrets, très humbles, ils ne com-

muniquent pas suffisamment avec les au-

tres, c'est aussi ce qui fait leur charmes car

il suffit que vous leur parliez, et ils s'ouvrent

tout de suite, ils vous invitent chez eux, et

communiquent, mais les premiers pas sont

très difficiles. Au Portugal il y a cette même

humilité et sincérité mais je trouve qu'ils

sont plus ouverts.

Quels sont tes projets à court et

long terme ?

Je vais réaliser un documentaire sur la

jeunesse sur l'ile de Saint Martin dans les

Antilles, un 52 minutes, il parlera de ces

jeunes qui se battent tous les jours pour

trouver un sens à leur vie, qui luttent con-

tre la délinquance, la drogue et les facilités

à cause de leur environnement, leur con-

texte familial, mais aussi l'existence de trop

peu d'associations pour les aider à trouver

leur chemin.

Un dernier mot pour la commu-

nauté portugaise et les lecteurs de

Portugal Magazine en particulier ?

Je vous remercie infiniment de

m'avoir lu! Je vous conseille d'aller voir

le film car il parle enfin de nous, de vous,

il montre ce que nous vivons, qui nous

sommes, vous allez rire, mais aussi

pleurer! Je suis heureuse que ce film

existe car pour une fois, les Portugais

sont mis à l'honneur, et cela me tient à

coeur de partager ces sentiments avec

vous.

Merci à Barbara Cabrita pour sa dis-

ponibilité. Portugal Magazine vous re-

commande ce très beau film.

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Mélissa Gomes, fala-nos das tuas origens e da relação que tens comPortugal.Eu nasci em França, mais precisamente em Nogent-sur-Marne. Todos osanos passo grande parte das minhas férias de Verão em casa dos meusavós paternos que moram perto de Caldas da Rainha e do meu avô ma-terno em Ourèm. Eles nasceram em Portugal, emigraram para a França evoltaram novamente para lá. Meu pai também nasceu em Portugal, masficou connosco a viver cá, em França.

Como nasceu a tua paixão pelo futebol, e o que te levou a seguir uma carrei-ra neste desporto ?Eu sempre gostei de ver e jogar futebol, desde pequena que o meu brinque-do favorito é a bola. Comecei então a jogar com os meus amigos na escolaprimária quando tinha mais ou menos 8 anos. O meu primo pediu-me paraintegrar uma equipa no clube onde eu moro (UMS Pontault-Combault)onde ele ia ser treinador.Acabei por decidir seguir este desporto na equipa dele porque adorojogar. E foi assim que iniciei minha carreira.

O que sentiste quando aprendeste que ias fazer parte da equipa interna-cional portuguesa U19 ?É algo difícil de explicar, é um sentimento único. Nunca pensava que iapoder, um dia, integrar essa equipa. É um orgulho para mim representara selecção Portuguesa que faz parte do meu pais de originem, é umsonho alcançado.

Qual a tua melhor recordação na tua ainda jovem carreira ?A minha melhor recordação é sem dúvida quando integrei a equipa daseleção nacional feminina sub19 para disputar o campeonato da Europaem Antalya, na Turquia, onde chegamos nas meias finais contra Espanha,no dia 11 de Julho 2012. Perdemos 1-0, mas lutamos do inicio até ao fim dojogo, ninguém desistiu porque somos uma família!

Quais os teus projetos a curto e longo prazo ?O meu próximo objetivo é conseguir jogar na equipa sénior na 1a divisãoFrancesa para poder continuar a evoluir e a trabalhar mais. Um dos outros obje-tivos é chegar à Selecção AA para continuar a vestir essa camisola que me dá muitoorgulho e vontade de representar o nosso pais. Ouvir o Hino dentro do campo antesde cada jogo é uma coisa incrível, é um sonho para todas as jogadoras portuguesas!Quem tem a possibilidade de vestir essa camisola, ouvir o Hino e representar o seupais vive um grande momento que não poderá esquecer na sua vida.

Para os nossos leitores que desejam seguir a tua carrei-ra, como fazer ?É fácil, eu tenho uma página no facebook que con-têm todas as informações sobre mim: Mélissa Go-mes.

Uma última palavra para os leitores da PortugalMagazine ?Espero que continuem a acompanhar-me e a apoiaro futebol feminino, inclusa as nossas selecções, quetêm crescido estes últimos anos.

Mélissa Gomes, jogadora de futebol da EquipaNacional Portuguesa Sub-19 e do FCF Juvisy.

Mélissa

Foto : Giovani Pablo

Gomes

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EVENTO 31JUNHO 2013

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38.ª Festa Franco-Portuguesade Pontault Combault

DECORREU NOS DIAS 18 E 19 DE MAIO a 38ª edição da Festa Franco-Portuguesa de Pontault Combault,

organizada pela A.P.C.S. : Associação Portuguesa Cultural e Social em parcearia com a Municipalidade desta localidade.

Esta grande festa enraizada na comuni-

dade portuguesa contou com um elenco

musical rico e variado com Pedro Abrunho-

sa e Roberto Leal como cabeças de cartaz.

Foram dois dias de grande animação ape-

sar da chuva que escureceu o céu durante

todo o fim de semana, impedindo a nume-

rosos portugueses de se deslocarem até

ao Parque Municipal da cidade de Pontault-

Combault. Apesar do mau tempo, foi uma

vez mais possível verificar nesta festa que

os portugueses estão plenamente integra-

dos na comunidade francesa, foi de salu-

tar o convívio entre os portugueses e os

vários franceses que também marcaram

presença. Durante dois dias, tivemos a im-

pressão de se encontrar numa qualquer ro-

maria tradicional portuguesa onde a músi-

ca, a cultura e a boa disposição reinaram

sobre as dificuldades e adversidades do dia-

a-dia, sem esquecer a presença dos nu-

merosos stands que apresentavam as suas

especialidades.

Como todos os anos, a APCS apostou

num elenco musical Franco-Português de

alta qualidade pisando o palco no dia 18

os artistas Fabricio e Manuel Campos, o

grupo Guarana Goal, Aldebert, a marca

VIP com o desfile da coleção Primavera-

Verão e o cantor-compositor português

PORTUGAL MAGFOTOS : MARLA, MARILYNE,

TERESINA E STÉPHANE

Pedro Abrunhosa acompanhado da sua

banda, os " Comité Caviar ", para uma

noitada que terminou às 1h da manhã.

Logo no início da tarde do segundo dia,

pisaram o palco a escola de dança MK Stu-

dio com seus alunos de diversas idades,

seguindo o grupo Cabadzi, Sabrina Si-

mões, Dona Gi, Luis Manuel, Enzo Silva e

para terminar Roberto Leal.

Todos os presentes foram unânimes

ao afirmar o mérito de toda a organização

desta festa, que além de proporcionar

momentos de diversão e convívio, tam-

bém contribui bastante para uma maior

união dos laços entre as comunidades por-

tuguesa e francesa.

A Portugal Magazine dá os parabéns à

APCS através do seu presidente Mario Cas-

tilho e a todas as pessoas que colaboraram

que esta festa fosse um sucesso e permitis-

se que todos os portugueses se aproximas-

sem um pouco mais do seus pais natal e

das suas raízes apesar do mau tempo.

A 38ª Festa Franco-Portuguesa de Pon-

tault Combault teve como parceiros ofici-

ais o Banco Caixa Geral de Depósitos, Fi-

delidade Mundial, TAP Portugal, a Seine

et Marne, Super Bock e Lua Vista.

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EVENTO32JUNHO 2013

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A APCS

apostou num

elenco musical

Franco-

Português

de alta

qualidade...

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Todos os

presentes foram

unânimes ao

afirmar o mérito

de toda a

organização...

EVENTO 33JUNHO 2013

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edita o seu últimotrabalho “Seguindo

meu Caminho”

MIKE DA GAITA JÁ FAZ PARTE DOREPORTÓRIO de artistas portugueses

que a comunidade portuguesa admira e

reclama nos seus espetáculos. Seu último

trabalho "Seguindo meu caminho" já está

a ser um sucesso.

Portugal Magazine dá-vos a conhecer

melhor este artista que consegue

verdadeiramente "animar a malta" nos

seus espetáculos onde podemos ouvir

temas populares, desgarradas e cantigas

divertidas que refletem sua criatividade.

As sonoridades populares e a mestria de

tocar concertina são constantes em cada

música do Mike.

Mike é considerado pela crítica como

um artista dinâmico, simpático, com um

verdadeiro carisma em palco, sua energia

transbordante e a união com o público é

uma das suas maiores virtudes.

A carreira de Mike da Gaita está cada

vez mais ascendente, e continuará a

animar o público nos seus magníficos

concertos.

PORTUGAL MAGAZINE

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ENTREVISTA 35JUNHO 2013

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Mike da gaita, quais as tuas ori-

gens de Portugal?

Nasci em França, na região de Parise sou filho de pais portugueses. O meupai é de Moimenta da Beira (Beira Alta)e a minha mãe é de Arcos de Valdevez(Minho), lugar donde vem as minhas rai-zes à musica popular e tradicional por-tuguesa.

Como começou a tua carreira

musical?

Comecei a tocar concertina com 5anos de idade nos ranchos folcloricosna região de Paris. Fui evoluindo e de-senvolvendo a minha arte na concertinacom vários grandes tocadores que mederam o nome de "MIKE DA GAITA".

Com 23 anos decidi gravar um ál-bum em auto-producão com um estilomais traditional, o ano seguinte fiz outroálbum igualmente em auto-producãocom um estilo misturando mais o po-pular e o tradiotional, porque já tinhana ideia de trazer um estilo novo nopanorama da música portuguesa, e foinesse álbum que nasceu o meu primeirosuccesso com a música "c'est sa ksébom". Dai a maior editora portuguesa(Espacial) decidiu produzir e divulgar omeu trabalho, mas desta vez de manei-ra profissional. E a aventura começou!

Como defines o teu estilo mu-

sical?

Antes de me dedicar à música por-tuguesa, fui deejay em discotecas emParis e gostava de misturar estilos dife-rentes e tentei a concertina com rag-gaeton e e vários sons com batidas ori-ginais e modernas.

O meu estilo é um pouco de ritmosmodernos com a concertina quase sem-pre a acompanhar, o que dá um resul-tado bastante alegre e rítmico.

A nível de letra, gosto muito de des-garradas, de musicas malandras e tudode bom para animar e fazer festa comoo povo, mas também tenho um ladomais sentimental pois gosto muito dasmusicas mais românticas, admiro artis-tas como o Tony Carreira, Leandro, Mi-guel e André e muitos mais, mas aminha referência é Zézé di Camargo.

Editastes agora o teu 3° álbum

na grande editora "Espacial", os

anteriores "Um bocadinho de mim"

e "Estou a Kiffar" foram disco de

ouro. Estavas à espera deste re-

sultado?

Quando gravei o meu 1° álbum na

"Espacial", nunca pensei que iam aderirassim tanto.

Já percorri vários cantos do mundoe várias comunidades portuguesas gra-ças à música e nunca esperava um talsucesso. Mas tudo isso é graças às pes-soas que gostam do que faço, sem elesnão havia nada disso!

Ultimamente a tua carreira teve

uma grande evolução, tens atua-

do em diversas televisões e parti-

cipaste a espetáculos em vários

palcos por todo o mundo. A que

se deve este crescimento tão gran-

de?

Em cada palco que pisei, em cadatelevisão ou radio, não sou um actormas simplesmente eu mesmo, sou umrapaz simples, humilde e sem mania,

gosto de boa música e de fazer festa,faço tudo para transmitir a minhapaixão, tenho trabalhado por isso, nãoconto as horas de trabalho, sou umapessoa que sei onde vou e sei o quequero e sou muito perfectionista no quefaço, tento fazer o melhor que posso.

O teu novo trabalho "Seguindo

meu caminho" saiu no mercado

nos finais do mês de maio. Como

está a ser aceite pelo público?

O álbum está mesmo fresquinhoporque saiu à poucos dias, ainda nãoposso dizer muito, mas do que veijo edo que me dizem, estou muito satisfei-to, é um trabalho mais completo emtermos de produção e de escritura. Amúsica "wesh wesh" teve mais de 15.000visitas no "youtube" em poucos dias. Éum bom sinal.

Em cada álbum tens feito duos

com vários artistas, como Cláu-

dia Martins (Minhotos Marotos),

Nadia Bastos (Banda Lusa), Sylvie

Ribeiro, Jorge Ferreira e neste úl-

timo convidaste o Augusto

Canário e R-Nestinho. Porque

é que convidas outros artistas

para participarem nos teus ál-

buns?

Gosto de partilhar momentosmusicais com vários artistas,sendo ou não do meu estilomusical. Acho que é criativo

criar algo de novo, a música épaixão, arte e criação.

Gostei de gravar com essesgrandes artistas da música por-

tuguesa como Jorge Ferreira ouAugusto Canário, foi um sonho depequeno que tive oportunidade derealizar. Quanto ao R-Nestinho, éum amigo de outro estilo musical,mais kuduro, reagaeton… Adoreieste duo com ele, acho que o re-sultado está mesmo fixe! A SylvieRibeiro é uma voz nova na músicaportuguesa, mas tem uma voz ma-gnífica, por isso decidi gravar comela. Mas outros projetos estão empreparação, fiquem atentos!

Certamente irei fazer duoscom outros artistas, basta ter-mos um bom filling e gostarmosdo universo musical um dooutro.

Portugal Magazine teve

o prazer de ouvir o teu

álbum, pensamos que é

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ENTREVISTA36JUNHO 2013

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bastante alegre musicalmente e

com bastante diversidade nos te-

mas. Onde te inspiras nos teus

temas e musicas?

Inspiro-me de caso reais da vida,minha ou não, passagens do dia a dia,às vezes são histórias inventadas, brin-cadeiras que se dizem com os amigos,a inspiração pode surgir em qualquermomento, logo que tenho uma ideiapego no telefone e gravo para não meesquecer.

Qual a tua melhor recordação

musical que guardas?

Já tive várias recordações que memarcaram, houve duas em especial, aprimeira foi na grande festa de PontaultCombault em 2012 com mais de 30.000pessoas, foi uma experiência enormeque vai ficar gravada para sempre .

Também recordo o meu 1° disco deouro em direto do programa "Allo Por-tugal" na SIC apresentado por José Fi-gueiras e entregue por ele, foi um mo-mento mesmo mágico e muito forte ememoção... O disco de ouro é uma pren-da do público, então acho que foi mes-mo a minha melhor recordacão musi-cal.

Depois destes teus 3 trabalhos,

para quando um vídeo musical?

Estou a preparar vários projetos devídeo clip, dvd, porque o público alémde ouvir as músicas também gosta dever o espetáculo. Estou neste momentoa preparar o video clip da música "WeshWesh" que estará pronto brevemente.

Quais os teus futuros projetos,

tanto musicais como pessoais?

Tenho o futuro projeto de fazer al-gumas músicas em Português e Fran-cês com concertina. Vou tentar trazer amúsica "pimba" em França, a ver vamos

se Deus quiser.

Mike, como te contactar para

espetáculos?

Através da empresa "FP Produc-tions", que me representa e agenda to-dos os meus espectáculos, email:[email protected] ou pelo telefone:06 63 78 17 13, também podem utilizaro facebook Mike da Gaita ou o email :mikedagaita@gmailcom.

Tens alguma mensagem a

deixar?

Queria agradecer às pessoas que se-guem a minha carreira, a todo o pú-blico que vem ver os espectáculos, queé graças a vocês que sou hoje um ho-mem feliz. Um grande obrigado pelasmessagem que me enviam, pelo carin-ho que me dão no meu dia a dia, nãome canso de dizer que vocês são aminha força!

Obrigado.

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A equipa “US Créteil Lusitanos”foi homenageada pela promoção à

segunda liga FrancesaA EQUIPA DEFUTEBOLPRESIDIDA PELOEMPRESÁRIOPORTUGUÊSARMANDOLOPES, US Créteil

Lusitanos, foi

homenageada na

Câmara Municipal

daquela região como

forma de "agradecer

aos jogadores e à

direção" pela

promoção à segunda

liga francesa.

O comendador ArmandoLopes confessou estar "muitofeliz, como presidente, por le-

DESPORTO 37JUNHO 2013

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Pub.

var uma equipa, em França, à2.ª divisão nacional".

Armando Lopes reconheceo trabalho de equipa efetuadopelos jogares e treinadores doclube, que culminou com o pri-meiro lugar da "Ligue National"(equivalente à II Divisão emPortugal) permitindo a subidade divisão da equipa Lusa deCréteil, seis anos depois.

O empresário adianta queexistem planos para que, nospróximos dois anos, se crie umaescola de formação de futebolque treine "jovens que possamdepois integrar a equipa".

Armando Lopes diz queestá nos seus planos continu-ar a reforçar a equipa com vis-

ta a atingir "o auge" nos próxi-mos anos, que seria "a 1.ª Ligafrancesa".

A equipa técnica e os joga-dores da US Créteil Lusitanosforam recebidos na Câmara Mu-nicipal de Créteil pelo deputado epresidente da Câmara, LaurentCathala, assim como centenas depessoas que não quiseram per-der a homenagem à equipa lusa.

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TEMPOS de POESIA – V

POESIA38JUNHO 2013

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Escolha de Isabel MeyrellesColaboração de Maria Fernanda Pinto

E faz os velhos murmuzelos,enruça os mancebelhões,e não atenta por nada :pedem-lhe em Coimbra cevada,e Ele dá-lhes mexilhõese d’ás solhas em cambada.»

a moralidade religiosa, versando o temada Redenção ; a fantasia alegórica, porexemplo o auto das barcas. Auto da Barca

do Inferno, escrito em 1517, conta a históriamuito longa de duasbarcas uma qua vaipara o Paraíso e outrapara o Inferno.

Excerto :

« Esta barca onde vai ora,que assi está apercebida ?Vai pera a ilha perdidae há-de partir logo ess’ora,Pera lá vai a Senhora ?Senhor, a vosso cortiço…Porque a vedes lá de fora.

Porém, a que terra passais ?Pera o Inferno, senhor.Terra é bem sem sabor.Quê ? E também cá zombais ?e passageiros achaisPera tal habitação?Vejo-vos eu em feiçãopera ir ao nosso cais…

Parece-te a ti assi.Em que esperas ter guarida ?

Que leixo na outra vidaquem reze sempre por mi.Quem reze sempre por ti ?…Hi hi hi hi hi hi hi hi !…E tu viveste a teu prazer,cuidando cá guarecerpor que rezam lá por ti ?

a farsa episódica, que tem por assunto umsimples quadro ; o auto narrativo, um ro-mance ou um conto, por exemplo Farsa da

Inês Pereira, um dos mais célebres, versandosobre tipos e instituiçõessociais, escrito em 1528 noConvento de Tomar. O seuargumento é baseado nodiatado « mais quero asno

que me leve que cavalo que

me derrube ».

Excerto :

« Renego deste lavrare do primeiro que o usou !Ó Diabo que o eu dou,que tão mau é d’aturar !Ó Jesu ! que enfadamento,e que raiva, e que tormento,que cegueira, e que canseira !Eu hei-de buscar maneirad’algum outro aviamento.

Coitada, assi hei-de estarencerrada nesta casacomo panela sem asaque sempre está num lugar ?E assi hão-de ser logradosdous dias amargurados,que eu possa durar viva ?E assi hei-de estar cativaem poder de desfiados ? »

Pranto de Maria Parda, escrito em1522, ano de terrível fome, este livro foi umsucesso. Retrata a lamentação de uma velhabêbeda na busca devinho. Enquanto as go-elas lhe secam de tan-to prantear uma cana-da de vinho, MariaParda é cómica, bur-lesca e exorciza, decerta forma, o dramareal da fome que seviveu naquela época.

Excerto :

« Eu só quero pranteareste mal que a muitos tocaqu’estou já como minhocaque puseram a secar.Triste desaventuradaque tam alta está a canadapara mi como as estrelas.Ó coitadas de goelasó goelas da coitada.

Triste desdentada escuraquem me trouxe a tais mazelas?Ó gengibas e arnelasdeitai babas de secura.Carpi-vos beiços coitadosque já lá vão meus toucadose a cinta e a fraldilha.Ontem bebi a mantilhaque me custou dous cruzados. »

E assim chegamos ao início do Teatroem Portugal com Gil Vicente. Não se sabeao certo em que ano nasceu. Sabe-se que foino reinado de D. Afonso V, talvez em Gui-marães e que faleceu entre 1536 e 1540.

Testemunhou porém, das lutas políticasdo reinado de D. João II, da descoberta dacosta africana, da chegada de Vasco daGama à Índia, das conquistas de Afonso deAlbuquerque, Francisco de Almeida, etc., datransformação de Lisboa no cais mundial dapimenta, das construções dos Jerónimos,convento de Tomar e outros, das persegui-ções sangrentas aos cristão-novos, a Inquisi-ção e a Companhia de Jesus com o ambientesimultâneamente austero e hipócrita dessaépoca. Conta-se que foi talvez ourives deprofissão, mas não há certeza.

A única certeza que há, é que durante 35anos o nosso autor foi nas cortes de D. Manu-el I e de D. João III, o organizador oficial dosespectáculos e festejos palacianos, nimbadosmesmo de liberdades e audácias, como umcélebre sermão aos frades de Santarém, ex-plicando-lhes que o terramoto ocorrido na-quele ano de 1531, era um fenómeno naturale não culpa dos judeus, que deviam ser con-vertidos sem violência, pela persuasão.

Além disso, Gil Vicente aproveitou daprotecção do rei, para críticas atrevidíssi-mas dizendo respeito à nobreza e ao clero.

Provindo de todas estas fontes, o teatrovicentino apresenta-semuito variado nas suasformas. Podemos dis-tinguir os seguintes gé-neros : o auto pasto-

ril, monólogos ou diá-logos de pastores :

Excerto de umAuto Pastoril

«Às vezes faz Deos cousas,cousas faz, Ele às vezes,a través, como homem diz…nega se eu me embeleco…Vai poer as pipas em seco,e enche d’água o Mondego.Fará mais um demenesteco ?Engorda os Vereadores,e seca as pernas às moçasde cima bem t’ós artelhos.E faz os frades vermelhos,e os leigos amarelos.

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O «Quase» do Benfica, o «campeão»do Porto, a «revelação» do Paços de Ferreira

e a «Vitória» do Vitória de GuimarãesTERMINOU RECENTEMENTE A ÉPOCA futebolística em Portugal, tendo sido um campeonato muitoequilibrado e cheio de emoções, onde o FC Porto acabou por triunfar.

Numa época que ficou marcada peloequilíbrio entre FC Porto e Benfica, foipreciso esperar pela última jornada parase saber quem seria o campeão portu-guês. O Benfica andou muito tempo naliderança, chegando mesmo a ter 4 pon-tos sobre o seu mais directo rival, masum empate contra o Estoril e a derrotafrente ao FC Porto na penúltima jornadadeitaram tudo a perder, e a equipa en-carnada acabou por ser apenas segundoclassificado.

As grandes revelações da liga por-tuguesa foram o Paços de Ferreira, quegraças a um brilhante terceiro lugar con-seguiu apurar-se para a pré-eliminató-ria da Liga dos Campeões e o Estorilque garantiu também um lugar na LigaEuropa.

A nível interno disputou-se tambéma final da taça de Portugal, entre o Vitó-

DESPORTO40JUNHO 2013

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MÁRIO PRATA PINA

VITÓRIA DE GUIMARÃESCAMPEÃO DA TAÇA DE PORTUGAL EQUIPA UNIDA DO PAÇOS DE FERREIRA JORGE JESUS, DESILUDIDO

ria de Guimarães e o Benfica, sendo quea equipa lisboeta voltou a desiludir e per-deu por 2-1, num jogo que ficou marca-da pelo empurrão de Óscar Cardozo aoseu próprio treinador, já depois de ter-minada a partida.

A nível internacional o Benfica mar-cou também presença na final da LigaEuropa, onde disputou a partida contrao Chelsea de Inglaterra. A equipa portu-guesa acabou por ser derrotada, apesarde muitos questionarem a justiça desteresultado devido à grande exibição que oBenfica realizou. Ficou assim completa adescida do Benfica ao «inferno», que apósuma temporada brilhante onde podiamter ganho três competições, acabarampor perder duas finais e ainda o jogo quedecidiu o vencedor do campeonato, di-ante do FC Porto.

A nível internacional disputou-se ain-da a final da Liga dos Campeões. A pri-meira final disputada por duas equipasalemãs. O Bayern de Munique acabou porser superior ao Borussia Dortmund e ven-ceu o encontro por 2-1.

Termina assim mas uma época fute-bolística e só após as férias voltará o fu-tebol, com novas emoções e novos ob-jectivos.

BAYERN DE MUNIQUE CAMPEÃO DA LIGA DOS CAMPEÕES CHELSEA CAMPEÃO DA LIGA EUROPA

F.C PORTO O CAMPEÃO NACIONAL

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Em poucos anos, São Domingostransformou-se num dos maiores com-plexos mineiros da Europa. Ao longode mais de cem anos, os homens es-ventraram a terra em busca de cobre eenxofre. Primeiro em galerias subter-râneas, depois a céu aberto. Com oaproximar do esgotamento do filão, aexploração terminou em 1965. Os seus

Mina de São Domingos“em concelho de Mértola”A HISTÓRIA DA MINA DE SÃO DOMINGOS é anterior aos tempos do Império Romano.Se os primeiros testemunhos da atividade mineira na região de São Domingos remontam àépoca romana, foi só em 1857, que a exploração, em larga escala arrancou, em resultado daconcessão atribuída a uma sociedade de origem espanhola, que no ano seguinte acabou porarrendar os direitos de prospeção aos ingleses.

REDESCOBRIR PORTUGAL42JUNHO 2013

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MANUEL DONASCIMENTO

objetos, as suas memórias, os seus sím-bolos. Esta mina foi no passado, a mai-or mina de pirite e cobre da PenínsulaIbérica. A exploração era essencialmentefeita a céu aberto, embora também sepraticasse uma exploração subterrâneaque ia até cerca dos 120 m de profun-didade, tendo os trabalhos continuadopor meio de poços e galerias até aos400 m. Foi explorada em larga escaladurante cerca de 100 anos. Hoje res-tam apenas vestígios de edifícios, develhas construções, de vias-férreas queagora se encontram em ruína, são assombras do passado. Em redor vêem-se lagoas ácidas. A Casa do Mineiro, é

o primeiro pólo permanente do Museuda Mina de São Domingos. A Casa doMineiro (pequeno museu) procura mos-trar a realidade física do espaço de vi-vência de uma família mineira alenteja-na. Hoje, Mina de São Domingos é umapacata aldeia, um excelente refúgio paraquem queira passar uns dias de tran-quilidade. A praia fluvial, instalada naTapada Grande é inserida no ParqueNatural do rio Guadiana. Mina de SãoDomingos é uma antiga aldeia mineira,situada na freguesia de Corte do Pinto,no concelho de Mértola, no Baixo Alen-tejo.

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DIREITOS DO LEITOR44JUNHO 2013

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Isto significa que um Portu-guês residente no estrangeiropara ver reconhecido em Portu-gal a alteração do seu estado civil(seja pelo casamento ou divór-cio), ou o reconhecimento de umfilho seu, deve, obrigatoriamen-te proceder à inscrição destesactos na Conservatória de Re-gistos em Portugal.

Ao realizar na França umacto civil, este apenas é regis-tado perante o ordenamentojurídico Francês, ou seja, paraque o acto seja reconhecidopelo nosso ordenamento jurí-dico deve ser transcrito para oslivros portugueses. Então comopodemos ter estes chamados«actos da vida civil» reconheci-dos em Portugal?

Há dois caminhos a tomar:o primeiro é mesmo em Fran-ça, através do consulado dePortugal da sua área de resi-dência (há doze consuladosportugueses no território fran-cês) ou então directamente emPortugal junto a uma conser-vatória do registo civil. Atravésdeste registo está-se a validaro acto civil realizado fora donosso país, o que significa queo estado civil do cidadão por-tuguês também se vai alterarem Portugal. Sem que este re-gisto seja efectuado, não se re-conhece o acto, ou seja, ima-ginemos um casamento con-traído na França perante os re-

O reconhecimento em Portugaldo divórcio feito na FrançaEM PORTUGAL É OBRIGATÓRIO O REGISTO DE DIVERSOS actos da nossa vida civil para que estessejam válidos e produzam os seus efeitos, os exemplos mais comuns são o nascimento, a filiação, a adopção,o casamento e o divórcio.

gistos civis Franceses mas quenão foi averbado em Portugal,assim este casamento não exis-te perante os registos civis e,consequentemente, sistema ju-rídico de Portugal.

O mesmo sucede perante odivórcio, ou seja ao ser-se de-cretado um divórcio na Fran-ça, seja o casamento contraídoentre dois portugueses ou umportuguês e um cidadão deoutra nacionalidade, o divórcioterá que ser transcrito no re-gisto civil português. Caso nãoseja realizado o averbamento dodivórcio, a pessoa não podecontrair segundas núpcias poisestará a incorrer na prática docrime de bigamia, punível compena de prisão e multa.

Quais os procedimen-

tos para registar um di-

vórcio feito no estrangei-

ro?

Caso o divórcio tiver sidorealizado na França, graças aoregulamento comunitário 2201/2003 de 27 de Novembro de2003 relativo à competência, re-conhecimento e execução dedecisões em matéria matrimo-nial e de responsabilidade pa-rental proferidas nos diferen-tes estados membros, a sen-tença que o decretou, é reco-nhecida automaticamente nonosso país. Assim, bastará queele seja legalizado através daapostila de Haia na França, tra-duzido e certificado em Portu-gal, para ser aceite pelas con-

servatórias de registo civil eposteriormente averbado à cer-tidão da pessoa em causa. Su-blinhamos que qualquer pes-soa interessada pode solicitarque não seja reconhecida a de-cisão do divórcio, no caso dadecisão ser contrária à ordempública portuguesa ou no casode o requerido não ter sidonotificado atempadamente, porforma a poder defender-se.

É de notar que este proces-so veio simplificar muito o actode registo, pois no caso dospaíses não signatários do regu-lamento, o qual dos estadosmembros apenas é a Dinamar-ca, ou outros países externos àUnião Europeia, para que a de-cisão produza efeitos em Por-tugal é necessário a interposi-ção de uma acção judicial juntoa um tribunal de 2.ª instânciapara reconhecer a sentença dedivórcio estrangeira o que im-plica custos elevados e tempo.

Com o reconhecimentoimediato das decisões dos Es-tados membros deixa de sernecessário qualquer procedi-mento judicial para a actualiza-ção do registo civil dos cida-dãos. De um modo relativa-mente rápido e económico osportugueses residentes no es-trangeiro podem transcreverpara o Registo civil Portuguêstodos os actos que dizem res-peito à sua vida civil.

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É IMPORTANTE ELIMINAR TOXINAS DO CORPO que se acumularam ao longo dos meses. Estastoxinas brincam com os órgãos vitais do corpo. Elas precisam ser eliminadas do organismo, umadesintoxicação é essencial para se manter saudável.

LUCIA

LOPES

Os fertilizantes químicosque usamos para as plantas éoutra fonte de toxinas queabrem o seu caminho para oslegumes e frutas que come-mos. A água que bebemos étratada com produtos e agen-tes de purificação, uma vezmais produtos químicos.

Outra grande fonte de to-xinas é a medicação que to-mamos para nos curarmos.Na verdade, qualquer forma deingestão de produtos químicosleva à acumulação de toxinasno sistema exterior. Por isso,é importante eliminar toxinasque afectam o nosso corpo.

Eliminar toxinas que

afectam o nosso sistema

As toxinas afectam todosos órgãos do nosso corpo.Elas atacam principalmenteos rins, fígado e cólon. Astoxinas prejudicam o funcio-namento do sistema imuno-lógico e deixam o corpo vul-nerável a ataques de doen-

Eliminar Toxinas

Afim de eliminar toxinas épreciso também limpar o có-lon. Embora os rins e o fígadosejam os principais responsá-veis, a limpeza das toxinas dosistema do cólon desempenhaum papel fundamental noapoio ao processo de desinto-xicação.

As toxinas são um pro-blema sério e pode até levara doenças. Câncro e outrasdoenças cardiovascular sãogeralmente causadas devidoao maior teor de toxinas nocorpo.

Desintoxicação ou limpezado corpo pode ajudar a aliviarestas doenças agudas e cróni-cas. O processo de desintoxi-cação envolve livrar-se dassubstâncias químicas nocivase toxinas presentes no orga-nismo.

Toxinas o que é e de

onde vêm

Existem muitas fontes detoxinas que entram no organis-mo através de cada aberturapossível, incluindo os minúscu-los poros da pele. O ar que res-piramos é uma rica fonte de to-xinas. Toxinas são depositadosno ar através dos fumos doscarros e a poluição das indústri-as. As hortaliças que comemosestão contaminadas com toxinasatravés da pulverização de insec-ticidas, para matar as pragas quedestroem as plantas.

ças, levando a problemas desaúde.

Alguns dos sintomas prin-cipais são o envelhecimento,erupções cutâneas e muitosoutras doenças de pele, indi-gestão, náusea...Outras doen-ças são alergias, obesidade,problemas de pele, artrite eoutros problemas de saúderelacionados.

Também a acumulação detoxinas leva a dores de cabeçaconstantes, fadiga, problemasgastrointestiais, dores no cor-po, tosse, assim como outrosproblemas que enfraquecem osistema imunológico.

Eliminar toxinas que afec-tam o nosso organismo é cru-cial para prevenir doenças emanter o nosso sistema fortee saudável.

Como eliminar toxinas

do corpo

Há uma certa quantidadede toxicidade apresentadamesmo em nutrientes, sódio

Eliminar Toxinas

e água. Em contraste, as toxi-nas produzidas internamentepelo corpo ocorrem devido afunções diárias normais.

Actividades corporais, bi-oquímicas e celulares produ-zem certas substâncias queprecisam ser eliminadas.

Esses radicais livres, tambémchamados de toxinas, podemcausar problemas como irritaçãoou inflamação das células e teci-dos, que pode causar problemasno funcionamento normal docorpo, células ou órgãos.

Uma das maneiras de eli-minar toxinas do organismo éfazer uma dieta de desintoxi-cação. Este é um programaque consiste em comer ape-nas vegetais e frutas e deve serfeito duas vezes por ano.

Uma dieta de desintoxica-ção alimentar, com a duraçãode 5 dias, a comer verduras efrutas frescas junto com pelomenos 4 litros de água todosos dias, ajuda a eliminar toxi-nas em cerca de 80%.

FORMA E SAÚDE46JUNHO 2013

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PUBLICIDADE 47JUNHO 2013

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Guida

Amaral

[email protected]

Dossier composto

por 10 artigos (5/10)

Neste dossier vamos

apresentar todos os Pre-

sidentes da Repúbl ica

Portuguesa, ordenados

cronologicamente desde

o estabelecimento da

forma de governo repu-

bl icano em 5 de Outu-

bro de 1910 até hoje.

1ª REPÚBLICA

(1910 a 1926)

BERNARDINO LUÍSMACHADO GUIMARÃES

Bernardino Luís MachadoGuimarães nasceu no Rio deJaneiro a 28 de Março de1851. Estudou Filosofia eMatemática na Universidadede Coimbra onde se douto-rou em 1876 e ganhou o con-curso para Lente de Matemá-tica quando contava apenas28 anos.

Em 1882 filiou-se no Par-tido Regenerador (monár-quico) tendo sido deputadoe ministro das Obras Públi-cas. Desiludido com a mo-narquia aderiu á Maçonaria

Cronologia e Biografia dos Presidentesda República Portuguesa

e ao Partido Republicano Por-tuguês, que pouco depois oelegeu para o seu Directório.Em 1907 tomou a defesados estudantes numa greveacadémica e foi forçado aabandonar a cátedra de pro-fessor.

Depois da Revolução do5 de Outubro de 1910, as-sumiu a pasta dos NegóciosEstrangeiros do GovernoProvisório. No desempenhodas suas funções, conseguiuque alguns países mais reti-centes em aceitar o novo re-gime português acabassempor reconhecê-lo como legí-timo.

Em 1911, candidatou-seàs eleições para Presidenteda República mas foi venci-do por Manuel de Arriaga.No ano seguinte foi para oBrasil como embaixador e alidesempenhou a sua missãocom grande êxito até 1914,altura em que foi nomeadoMinistro do Governo (1º Mi-nistro). Procurou intervir navida pública tentando apazi-guar os conflitos político-sociais que na época se en-

contravam muito agudiza-dos. Entretanto rebentou a IGuerra Mundial. Como Che-fe do Governo, defendeu aparticipação de Portugal naguerra e recebeu o apoio detodos os partidos represen-tados no Parlamento.

No final do seu mandatoa situação interna mantinha-se bastante agitada. Em 1915instalou-se a ditadura de Pi-menta de Castro.

Bernardino Machado foium dos políticos que se in-surgiu e que tomou iniciati-vas para tentar repor a or-dem democrática.

A 6 de Agosto de 1915foi eleito Presidente da Re-pública. Nessa qualidade en-frentou o golpe de SidónioPais a quem se recusou en-tregar os seus poderes pre-sidenciais. Encarcerado e ba-nido do País só regressou nofinal de 1919. Voltou a as-sumir a chefia do Governoem 1921, mas apenas pordois meses. No dia 11 de De-zembro foi de novo eleitoPresidente da República. De-sempenhava o cargo de Pre-sidente da República quan-do rebentou o Movimento de28 de Maio de 1926. Paratentar evitar a guerra civil,entregou os poderes presi-denciais ao então capitão demar-e-guerra Mendes Cabe-çadas, pois considerava-oum republicano convicto. Foicom grande mágoa que as-sistiu à implantação do re-gime que iria abolir os direi-tos e liberdades pelos quaislutara toda a vida.

Em 1944 foi internadonuma casa de saúde em Fa-malicão, onde morreu com83 anos vítima de pneumo-nia aguda.

JOSÉ MENDESCABEÇADAS JÚNIOR

Nasceu em Loulé a 19 deAgosto de 1883.

Oficial de Marinha. Tevepapel importante no 5 deOutubro de 1910, revoltan-do o Adamastor.

Foi deputado desde 1911até 1915.

A quando do 28 de Maioestava ligado há vários anosà oposição ao Partido Demo-crático, então no Governo.Chefia a conspiração em Lis-boa. Obteve do PresidenteBernardino Machado a che-fia do Governo a 31 de maiode 1926, assumindo tambémquase todas as pastas e re-cebe, nesse mesmo dia, arenúncia deste à chefia doEstado, que passa a acumu-lar, enquanto chefe do Minis-tério.

A sua perspectiva seria ade um golpe anti Ministérioe anti Partido Democrático,reformista, mas que não po-ria em causa o essencial doregime constitucional vigen-te. O afastamento expedito

HISTÓRIA48JUNHO 2013

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BERNARDINO LUÍSMACHADO GUIMARÃES

JOSÉ MENDESCABEÇADAS JÚNIOR

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a 17 de junho de 1926 desteaparente primeiro homemforte da Ditadura, que de fac-to nunca teve força paraexercer minimamente os po-deres, nomeadamente presi-denciais que supostamentetinha, e o triunfo a curto pra-zo de Carmona, marcaram avitória da perspectiva repu-blicana autoritária e conser-vadora.

Desde então, passou paraas fileiras da oposição, es-teve envolvido em conspira-ções militares desde 1946até ao ano 1947, e o seu úl-timo gesto político significa-tivo foi ser um dos três pri-meiros subscritores do Pro-grama para a Democratiza-ção da República em 1961.

Morreu em Lisboa a 11 deJunho de 1965.

MANUELDE OLIVEIRA GOMES

DA COSTA

Oficial de cavalaria. Seupai foi oficial subalterno demodesta origem camponesa.Tendo, por isso, tomadopara si as palavras de ummarechal de Napoleão: "Oantepassado sou eu!" Típicomilitar colonial das campa-nhas de ocupação, marcadopela figura de Mouzinho. Até1915, esteve quase ininter-ruptamente na Índia e em

HISTÓRIA 49JUNHO 2013

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MANUEL DE OLIVEIRAGOMES DA COSTA

Pub.

África, Moçambique, Ango-la, São Tomé. Aí conquistouo prestígio que a I Repúbli-ca procurou utilizar, ao no-meá-lo comandante da lª di-visão do CEP (Corpo Expe-dicionário Português). Acampanha da Flandres, nãobeliscou, pelo contrário, re-forçou esse prestígio. Comoquase todos os africanistas,tinha pouca ou nenhumasimpatia pelo republicanismoe imprudência típica nelenão fez segredo de que acre-ditava que se fosse ele a co-mandar as forças governa-mentais, outro teria sido oresultado do 4 e 5 de Outu-bro de 1910.

Também típico e genera-lizado o facto de não se terdemitido com a instauraçãoda República, que, por suavez, tem de contemporizarcom estes oficiais prestigio-sos. Mesmo quando no iní-cio dos anos 20 parece quemotivado por problemas fi-nanceiros, além de razõespolíticas e de temperamentose envolve em conspirações,a solução preferida pelo Go-verno foi enviá-lo ao Ultra-mar, como inspector militarno ano 1922 até 1924. Deregresso à Metrópole, filia-se no Partido RepublicanoRadical, dirigido por CunhaLeal, de oposição de direitaao PRP (Partido Republicano

Português) Partido Democrá-tico.

Convidado à última horapor Sinel de Cordes para che-fiar o golpe que se prepara-va, foi bem sucedido, in ex-tremis, a 28 de Maio de1926, quando já contempla-va a fuga e o exílio. Marchaentão de Braga para Lisboa,onde entra triunfalmente, acavalo, à frente das forçasrevoltosas no dia 6 de junhode1926. Afasta Mendes Ca-beçadas, assume deste a pre-sidência do Ministério e, ain-da que de forma não explí-cita, a chefia do Estado. Noentanto, a sua passagem porambas as posições a 17 dejunho ate 9 de junho 1926,foi pouco menos transitóriaque a do seu antecessor. Foi

afastado por Carmona e Si-nel de Cordes, devido à suaincapacidade para gerir osdelicados equilíbrios da novasituação, tendo demitidoCarmona e outros ministrosa 7 de julho de 1926 e, pe-rante a pressão de diversasunidades militares, recusadorecuar, foi declarado depos-to. Manteve, no entanto, oseu prestígio. Daí ter-lhesido proposto afastar-se ape-nas da chefia do Governo,mas manter-se na Presidên-cia da República, o que re-cusou. Foi então preso e de-portado para os Açores no11de julho de 1926, para evi-tar que cristalizassem des-contentamentos em torno desi. Ainda aí, Carmona fê-lomarechal o que se repetirácom frequência entre os ex-presidentes militares. Auto-rizado a regressar o que fezem Setembro de 1927.

Quando a situação foiconsiderada suficientementeestabilizada; e para evitar orisco de que morresse emmártir nos Açores. SegundoSalazar, manteve longas con-versas com ele em 1928. Fa-leceu pobre e desiludido a 9de Julho de 1926.

Cont inua

no próximo

n ú m e r o .

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AGENDA50JUNHO 2013

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A G E N D A

Du 18/05 au 08/06 : 10h00 -

19h00 (en semaine) et 14h00 -

20h00 (le week-end)

Expos i t ion

Raúl da Costa Camelo

Rétrospective de l’oeuvre du peintre

portugais Raúl da Costa Camelo.

Vernissage de l’exposition et concert

de piano de Pedro Gomes, lauréat du

14e Concours Santa Cecília (Porto), le 18 mai à 18h30.

Avec Claude da Costa Camelo et Thierry Tessier. Lectu-

res de textes de Raúl da Costa Camelo par les comédiens

de la compagnie Cá e Lá.

Dans le cadre de la Nuit Européenne des Musées et des

Complicités des Parfums de Lisbonne, et en association

avec le Centre Culturel Camões/Ambassade du Portugal.

Maison du Portugal - André de Gouveia

7 P boulevard Jourdan - 75014 Paris

Du 29/05 au 04/06 à 20h45

Film Tabu

Film de Miguel Gomes avec Teresa Ma-

druga, Laura Soveral, Ana Moreira, Hen-

rique Espírito Santo, Carloto Cotta.

Tabu est la saga en noir et blanc d’un amour fou vécu

dans l’Afrique coloniale portugaise. Une histoire contée

en deux parties distinctes marquées par de forts con-

trastes dans le fond et la forme : vieillesse/jeunesse,

monotonie/aventure, ville/forêt vierge.

Le film a été distingué à Berlin (Prix Alfred Bauer), il est

le troisième long-métrage du réalisateur portugais à qui

l’on doit Ce cher mois d’août (2008) et La gueule que tu

mérites (2004).

Cinéma Les Toiles

Place François Truffaut

95210 Saint Gratien

Du 04 au 08/06

Festival du Monde :

A Descoberta!

La ville de Saint-Gratien consacre la

dernière édition de son festival Un

Monde ... des Cultures à la lusophonie,

avec de nombreux spectacles gratuits, dont un concert

de l’immense António Zambujo !

Au programme, du cinéma (Tabu et Waste Land), des

initiations à la danse, des expositions, des conférences,

des bals, des défilés, un marché, de la gastronomie, de la

capoeira ...

www.ville-saintgratien.fr

Le 09/06 de 10h à 21h

Dia de Camões

L’association Musicale Franco-Portu-

gaise Ile de France et Verde Minho de

Maisons-Alfort organisent une journée

Dia de Camões avec la présence de nom-

breux groupes Folkloriques et animée

par Dj Jolyver.

Service de restauration à partir de 11h

Parking Gambetta

Avenue Gambetta - 94700 Maisons-Alfort

Le 13/06 à 17h00

Pessoa fête ses 125 ans

Lectures de textes de Fernando Pessoa, à l’occasion du

125e anniversaire de sa naissance, le 13 juin 1888. Dans

le cadre des Chantiers d’Europe 2013 / Théâtre de la

Ville / Pacte d’amitié Paris-Lisbonne.

Maison du Portugal - André de Gouveia

7 P boulevard Jourdan - 75014 Paris

Le 13/06 à 18h30

Concert de fado avec Shina et pré-

sentation de son CD « Sinto-me

Fa d o »

Depuis la sortie de son premier album : «

Sinto-me Fado » Shina emmène le Fado

de l’extérieur vers l’intérieur du Portugal

ce qui est inédit. Née loin de son pays

d’origine elle transporte avec elle quel-

que chose de triste et de gai à la fois.

Shina représente une génération d’enfants d’immigrés, la

mixité de deux cultures et de deux langues.

Consulado Geral de Portugal em Paris

6 rue Georges Berger – 75017 Paris

Le 15/06 à 11h00

Film : La dernière fois

que j’ai vu Macao

Film franco-portugais de João Pedro Ro-

drigues et João Rui Guerra da Mata avec

Cindy Scrash, João Rui Guerra da Mata,

João Pedro Rodrigues.

La projection sera suivie d’une conféren-

ce - débat avec les réalisateurs (sous réserve), discutant

Fernando Curopos.

Les Regards sur le cinéma lusophone (séances du 1, 8 et 15

juin) sont réalisés en collaboration avec le Centre culturel

Camões/Ambassade du Portugal, Chaire Lindley Cintra-uni-

versité Paris Ouest Nanterre et université Paris 8 et égale-

ment programmés dans le cadre des Chantiers d’Europe

2013 / Théâtre de la Ville / Pacte d’amitié Paris-Lisbonne

15e anniversaire.

MK2 Beaubourg

50 rue Rambuteau - 75004 Paris

Le 21/06 (18h30)

et le 30/06 à 19h30

Roda do Cavaco

Pagode, en portugais du Brésil désigne

une rencontre de musiciens qui se retrou-

vent autour d’une table pour faire la fête en musique. C’est

dans cette ambiance conviviale que Roda do Cavaco donne

à entendre et à voir un pagode puissant, soutenu par une

section rythmique jubilatoire. Aux compositions origina-

les se mêlent des reprises des grands sambistes comme

Zeca Pagodinho, Grupo Fundo de Quintal, Paulinho da Vio-

la. São Paulo, Rio et Paris, Roda do Cavaco tire un trait

d’union entre ces trois villes pour le plus grand plaisir d’un

public toujours plus nombreux.

Studio de l’Ermitage

8 rue de l’Ermitage - 75020 Paris

Programação VOZ DE PORTUGAL:

Sábado 01 de junho : Os responsáveis

da festa da Lusofonia do 4-8 de junho em

Saint Gratien com o maire Mme Eusta-

che-Brinio

Sábado 08 de junho : Apresentação

das novidades de Fabricio.

Sábado 15 de junho : Emissão especial, 2 horas de

sucessos musicais.

Sábado 29 de junho : Entrevista Armando das Neves,

acordeonista.

Voz de Portugal todos os sábados

das 14h30~16h30 no 98.00 fm

e na internet www.idfm98.fr

Para participar : 01 34 12 12 22. Para mais infor-

mações Joaquim Parente : 06 48 24 85 53

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Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de serbastante simples, é divertido e viciante. Basta completarcada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a 9.Não há nenhum tipo de matemática envolvida.

Sudoku

PROVÉRBIOSQuanto maior a nau, maior a tormenta.

Quanto mais alto se sobe, maior o trambolhão.Quanto mais barato estiver o pão, melhor canta o coração.

Quanto mais conheço os homens, mais gosto dos cães.Quanto mais depressa, mais devagar.

Quanto tens, quanto vales.Queijo com pão faz homem são.

Queimada a casa, acudir com água.

LAZER52JUNHO 2013

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?SOLUÇÃOEDIÇÃO 40

SABIA QUE?• A Padroeira de Portugal é Nossa Senhora da Conceição.Foi proclamada padroeira do país em 1646 pelo Rei D. João IV.• São Jorge, mártir cristão, é o Padroeiro de Portugal, Brasil e Inglaterra.• O léxico nipónico não continha nenhum vocábulo que exprimisse agradecimentoaté à vinda dos portugueses ao arquipélago do Japão no séc. XVI altura em queadoptaram a palavra portuguesa "obrigado" que hoje aparece na língua japonesacomo "arigato".

www.aeiou.pt/humor

Entre amigas:- Então o teu marido está de cama há

dois meses?- Está. O médico disse-lhe para não se

levantar até ele voltar...- E então- O médico morreu...

No Tribunal, o Juiz pergunta:- Porque é que não devolveu a pulseira?- Porque dentro dizia: "Tua para sempre".

Perguntas estúpidas:Fui à loja comprar veneno para ratos.- Tem veneno para ratos?- Sim!, Vai levar? - responde o indivíduo.- Não, vou trazer os ratos para comer aqui!!!

O Zézinho, no intervalo da aula, vira-se para a Marieta,aponta para a pilinha e diz:- Ah ah eu tenho isto e tu não!- Ah - diz a Marieta apontando para as cuecas - mas aminha mãe disse que com isto, vou ter muitas dessas.

P: Porque é que a maioria das mulheres conduz mal?R: Porque todos os instrutores de condução são homens.

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Ingredientes:- 300 gramas de bifanas(porco ou vaca)- 3 dentes de alho- sal a gosto- pimenta a gosto- um pouco de colorau- 3 folhas de louro- 1 dl de vinho branco azeite

Preparação:Tempere as bifanas dentro de uma tige-la com sal, pimenta, alho picado e olouro cortado aos bocados.Regue com o vinho branco e vinagremisture. Deixe tomar gosto por algumas

Bifanas

AS RECEITAS DA

SUGESTÃO: Recorte as receitas e arquive

PORTUGAL MAG

Ingredientes:- 4 Maçãs descascadas e cortadas em 6gomos- 5 Colheres de sopa de açúcar- 40 Gramas de manteiga- 2 Casquinhas de laranja- 1 Pau de canela- Sumo de 1 limão- Sumo de 2 laranjas- 90 ml de Vinho do Porto

Preparação:Numa frigideira leve ao lume a mantei-ga e deixe derreter. Junte o açúcar emisture. Adicione as cascas de laranja

Maçãs na Frigideira

Tempo de preparação:35 minutos

Tempo de preparação:15 minutosIngredientes para 1 pessoa

Quer dar a conhecer as suas receitas aos leitores da Portugal Mag?Mande-as para [email protected] juntamente com a sua foto e serão publicadas neste espaço.

e o pau de canela.Mexa e deixe cozinhar em lume médioaté que o açúcar comece a derreter e aficar com uma cor acastanhada.Junte o sumo de laranja, o sumo de li-mão e o Vinho do Porto. Mexa até que oaçúcar fique dissolvido e a calda comecea ferver.Adicione as maçãs. Deixe cozinhar emlume forte durante 10 minutos.Mexa de vez em quando. Quando asmaçãs estiverem cozidas e o molho apu-rado, retire.Sirva quente e acompanhado de umabola de gelado de baunilha ou de nata.

horas.Leve uma frigideira ao lume com umpouco de azeite.Escorra as bifanas e deite-as na gordurajá quente, vá virando com um garfo eem lume forte.Logo que estejam bem passadas, juntea marinada e deixe fervilhar um pouco,até quase desaparecer e ficar quase sógordura.

Estão prontas a ser servidas no pão commostarda ou no prato com um ovo ebatatas fritas e azeitonas pretas.

Fonté NovaCafé – Restaurant

Baptêmes,Anniversaires…

37 rue Louis gaillet94 250 Gentilly

Tél.: 01 45 46 63 78

LE TRIANON

Café – RestauranteSpécialités Franco-

Portugaises

125, rue du Général de Gaulle

94350 Villiers sur Marne

Tel: 01 49 30 15 57

Le ScorpionBar Restaurant

Spécialités FrancoPortugaises

52-54 Rue de Paris77200 Torcy

Tél.: 01 60 06 51 89

recomenda

Ilha DoceRestaurant

TraiteurSpécialitésportugaises

11 Avenue du Généralde Gaulle

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BélierVous aurez la bou-geotte durant tout cemois de juin 2013 etvotre entourage aura

bien du mal à vous suivre. Spon-tané, profitant de l'instant pré-sent, vous mettrez tout enœuvre pour sortir de la routi-ne, tant dans le domaine amou-reux que professionnel.

TaureauVotre mois de juin2013 sera sous le si-gne de l'introspec-tion et de la réflexion

; en effet vous aurez besoin devous mettre en retrait afin deprendre un peu de recul danstous les domaines de votre vie.

GémeauxC'est un mois de juin2013 plutôt sympaqui vous attend. Ilne vous reste plus

qu'à canaliser votre énergie dé-bordante et tout se passera aumieux sur l'ensemble du mois,surtout si vous veillez à ne pasêtre trop dans l'exigence vis-à-vis de votre entourage.

CancerC'est un beau moisde juin 2013 quivous attend, la com-munication est de

rigueur et les échanges fruc-tueux. C'est donc dans ce cli-mat harmonieux et ouvert quevous évoluez, vous n'aurez decesse que de faire plaisir toutautour de vous !

LionVotre mois de juinsera mitigé, vousaurez tendance à vousoublier un peu trop

pour vous occuper de votre en-tourage, du coup on vous en de-mandera plus, plus et encore plus.Posez vos limites, et écoutez-vous.

ViergeC'est un mois de juin2013 morose quis'annonce. Vous cher-cherez votre placedurant tout le mois,

vous sentant constamment endécalage vis-à-vis de votre en-tourage. Rien de méchant, maisun mal être persistant qui vousfera beaucoup douter de vous.

BalanceC'est un très jolimois de juin 2013qui vous attend,vous avez la pêche,

votre moral est au beau fixeet tout vous semble simple.C'est cette positive attitudequi vous permettra de com-muniquer facilement sur latotalité du mois.

ScorpionVotre mois de juin2013 s'annonce plu-tôt bien, vous voussentirez bien dans

vos baskets et vous saurez vousmontrer disponible pour votreentourage. Harmonie et dou-ceur de vivre seront donc aurendez-vous.

SagittaireVous aurez un trèsbon moral sur cemois de juin 2013 etça vous rendra bien

plus tolérant et compréhensifque ces dernières semaines.Vous saurez faire la part deschoses et vous serez bien moinstendu.

HOROSCOPE54JUNHO 2013

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CapricorneC'est un mois de juin2013 léger qui arri-ve, tout ira pour lemieux et c'est donc

serein et apaisé que vous ap-prochez cette fin de printemps.Votre entourage n'aura pas letemps de s'ennuyer et sera bienheureux de vous retrouver si gaiet avenant!

VerseauC'est en grande for-me que vous abor-dez ce mois de juin2013 et vous verrez

la vie en rose, les dialogues etéchanges sont facilités, vousêtes sociable et ça se voit ! Ducoup on recherche votre com-pagnie et vous allez pas malélargir vos cercles relationnels.

PoissonsLa communicationsera à l'honneur du-rant ce mois de juin2013, et vous aurez ef-

fectivement envie de vous rappro-cher de vos proches. Vous êtes endemi-teinte, et l'affection de vo-tre entourage sera votre réconfort.

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