FUCHAMENTO FIGUEIRÔA
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7/26/2019 FUCHAMENTO FIGUEIRA
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TPICOS PRESENTES EM FIGUEIRA,
Balano historiogr!o "o #$ro!%sso "% instit&!ionali'a(o "as !i)n!iasnat&rais no Brasil oito!%ntista* +$-./0
#a existncia de atividades cientficas no Brasil noperodo que se estende do final da Colnia implantao dos institutos de pesquisamicrobiolgica (incio da Repblica! " expressiva# e at" mesmo bem maior do que osenfoques mais otimistas esperavam encontrar$$% &al concluso no difere do que vemsendo confirmado para o restante da 'm"rica atina em igual perodo )istrico# e [quebra dapgina 111]corrobora# empiricamente# a negao que *+enson fe, id"ia de um -.acondocientfico-nessa parte do mundo/ ''Os homens modernos da Amrica Latina esto, e estiveram,envergonhados de um passado imaginrio carente de aprendizagem cientfica
pura. (...) chegada a hora de construir uma descri!o, c"ara e comp"eta, da ci#ncia
moderna na Amrica Latina (...). Os resu"tados de ta" estudo reve"ariam mi"hares de
indivduos f"orescendo em centros de ensino ou de investiga!o$%%.
0m segundo ponto# praticamente a definir um padro de desenvolvimento doprocesso de institucionali,ao das cincias naturais no Brasil nesse perodo# di,respeito ao crescimento quantitativo e continuidade temporal dos espaos institucionais%1e no incio do s"culo 232 se contavam# basicamente# o&ardim otnico(4565!# aAcademia ea" *i"itar (4546! e o*useu +aciona" (4545!# a transio ao22 vai constatar# al"m da permanncia dessas institui7es 89 ento quase centen9rias(algumas reformadas e subdivididas# como foi o caso da Academia *i"itar, que nosanos de 45:6 separou o ensino militar do civil!# a multiplicao de museus regionais#escolas profissionais# associa7es de cientistas# comiss7es de servios afeitos aoslevantamentos do territrio e um observatrio astronmico# que foram surgindo nopassar do s"culo%; do exposto decorre um terceiro ponto/ a especiali,ao dos espaos institucionais
que# se de um lado foi respons9vel pela multiplicao# de outro implicou sucessivasreformas nas institui7es pr"
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que se ocupavam de cincias naturais e ainda# como# 89 proximamente doadvento da Repblica# os ares de um movimento descentrali,ador se manifestaram naregionali,ao das atividades cientficas ligadas agricultura%Aonseca>F# por sua ve,# encamin)a conclus7es em idntico sentido/ -a po"tica
fomentista oficia", o-etivando o fomento da economia co"onia" e, conseuentemente,
da economia da metr/po"e, contriuiu para o incremento do conhecimento de recursos
rasi"eiros, atravs da transp"anta!o de a"gumas cu"turas, da cria!o de -ardins
otnicos, da promo!o de pesuisas minera"/gicas e do apoio ao estae"ecimento
de associa!0es cientficas e "iterrias''.(p% 444# 44> e 44G!
;32@1 ?; ?31C011H@/
Icincia e a construo daidentidade nacionalJ papel dos modelos institucionais estrangeirosJ ausncia de universidadese existncia de atividades cientficasJ cincia -til- e ideologia de progressoJatividade dos cientistas locais e diversidade de seus -pap"is profissionais-%K (p% 44G!
C3LEC3' ; C@E1&R0MH@ ?; 0.' 3?;E&3?'?; E'C3@E'
I@s estudos de Aigueira e ?omingues# 89 acima mencionados# identificam emmomentos da vida do 3mp"rio uma forte relao entre promoo e desenvolvimentode atividades cientficas e desafios da construo do ;stado nacional% *ara a primeiraautora# o perodo de 45GN a 45F6 tra, a marca do $esfor!o de constru!o de uma$ci#ncia naciona"$ < uma c"ara manifesta!o, no domnio cientfico, do nativismoue se manifestou em outros campos, como na "iteratura, p. e1.$%%. .ais especificamente#locali,a em dois espaos institucionais (2nstituto 3ist/rico e 4eogrfico rasi"eiro(45G5! e 5ociedade 6e""osiana (45:6! ! um ntido esforo de associao entrenature,a brasileira# investiga7es em cincias naturais e construo da nacionalidade
pelo vi"s das concep7es deterministas%K (p% 44O!
C3LEC3' -P&3- ; 3?;@@Q3' ?@ *R@QR;11@
I' concepo de cincia como algo til# de aplicao# que persiste desde a "pocailustrada at" os primeiros anos do s"culo 22# " outro ponto que se destaca e se confirmanesse con8unto de trabal)os recentes ora sob an9lise% 'o longo do processo desua institucionali,ao# as cincias naturais foram encaradas e estimuladas emfuno do retomo pr9tico que trariam ao desenvolvimento econmico# a ponto dealgumas institui7es terem sofrido interveno quando o governo entendeu que noatendiam a suas demandas (esse foi o caso# p% ex%# da 7omisso 4eogrfica e 4eo"/gicade 1o *aulo em 4N6:!% 3sso se deveu# de um lado# adoo e longa permanncia
temporal dos ideais caros 3lustrao% ;# de outro# porque num certo sentido acincia -pura- " uma inven!o do s"culo 22% Eo " demais recordar que $nossoscientistas no viveram em sua prtica cotidiana uma separa!o to drstica como a
ue foi introduzida pe"o 8ositivismo do scu"o 929$: (p. ;;
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penso -ustamente ue, ao invs de ostcu"o, o carter ap"icado constituiu a pr/pria
ase para ue a atividade cientfica se imp"antasse e se instituciona"izasse$'%.
Aalando mais especificamente do*useu +aciona", opes mostra o quanto a faceaplicada das cincias naturais foi essencial ao afirmar que essa instituio ''funcionou,desde seus primeiros anos at praticamente o fina" do scu"o S232T# como um/rgo consu"tor governamenta" para assuntos de 4eo"ogia, minera!o e recursos
naturais. >a decorreu a importncia de seu "aorat/rio de an"ises, das amostras
de sua co"e!o ue orientariam viagens (,..). A significa!o dessa rea de conhecimentos
no *useu "evou, inc"usive, a ue ao "ongo de muitos anos, seus diretores
fossem esco"hidos e1atamente em fun!o de seus conhecimentos umicos, minera"/gicos
e geo"/gicos$$%%%K (p% 44U
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escolas profissionais% Eo caso da Bot=nica# o mencionado Arei eandro do 1acramento Squebrada p9gina 445T articulava em seu curso deotnica e Agricu"tura sua pr9tica inseparavelmentecientficae aplicadaON# tra,endo para as aulas na Academia *dico@7ir=rgica suas investiga7ese experincias no8asseio 8="ico, inicialmente# e no&ardim otnico, depois%opes# por sua ve,# constatou que/ $o *useu +aciona" desde suas origens, (...)-atuava como um centro irradiador e de apoio s atividades de ensino de 7i#ncias
+aturais, uma vez ue as pr/prias co"e!0es ue constituram as ases de seu acervo
tratavam@se de co"e!0es de estudo dos a"unos da sco"a *i"itar do io de &aneiro.
Ao "ongo do scu"o, o *useu no ministrou apenas au"as de 3ist/ria +atura" e *inera"ogia
para a sco"a *i"itar. O *useu comparti"hou professores e cedeu sa"as,
"aorat/rios, co"e!0es e instrumentos para a Bacu"dade de *edicina, para as sco"as
+ormais da 5ociedade Au1i"iadora da 2nd=stria +aciona", para os cursos
iso"ados, como os de Cumica e *edicina Lega", para o 7o"gio 8edro ;;$%%.: (p. ;;D@;;EF
C3;E&31&'1 @C'31 ; ?3X;R13?'?; ?; *'*\31 *R@A3113@E'31
I*ara finali,ar# " oportuno fa,er a ressalva de que# embora o papel do ;stado ten)asido destacado e recon)ecido como essencial# esse no deve ser encarado como um Squebra dap9gina 44NT ator Pnico# onipresente e onipoderoso% @s estudos recentes sobre o processo deinstitucionali,aodas cincias no Brasil que vimos apresentando tm indicado quealguns espaos institucionais# como por exemplo a 7omisso 4eo"/gica do rasi"(45F:!# resultaram de iniciativas de cientistas que# interessados em conseguir sustentaopara suas pesquisas e se afirmarem profissionalmente em suas carreiras#lograram covencer o governo 6!
3EA@R.'M];1
a criao dos institutosde pesquisa microbiolgica Sa saber#acterio"/gico (45N>!#*anguinhos(45NN!#utantan (4N64! e8asteur (4N6G!T na transio para o s"culo 22 (p%46F!
1ilvia Aigueira demonstra que o seu trabal)o# somado s produ7es das pesquisadoras.argaret) opes# ^eloisa Bertol ?omingues# .aria 'm"lia ?antes vem# nos ltimos anos#
enfati,ando que o Iprocesso de institucionali,ao das cincias naturaisK no Brasil remonta