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Repetiram-se as conferências e clicg*ou-se a um resultado, que não. muito desconhecido entre nós ; arreou-se do poder um g-rupo ve- lhoe cançado", para guindar-se outro que se confessa vigoroso e muito dèscauçado. Mas até hoje ainda não conhecemos ollicial- mente a nova equipf,g*em da, garrida náo do "i Estado. Até hoje (5), dizemos nós, ao escrevermos este artigo, nem as folhas uovelleiras, nem o Jornal do Commercio, sempre serio e mui cir- cumspecto em dar noticias desta ordem, nada avançaram. De modo, que a anciedade publica ainda "está por satisfazer, o que é um facto estranho em um paiz constitucional, onde o.s partidos militantes devem estar sempre promptos á voz do general que os dirige. E o novo gabinete ainda está em encubação na monte de quem se incumbio de organisàl-o. Deu-se, porém, um facto desta vez, quo ai- teta as praticas seguidas nas substituiç.ões de partidos. O vago, o incerto, e talvez o acagp tem de- terminado quasi sempre a retirada dos gabi- netes e de seu partido, e pelas mesmas causas se tem formado os novos gabinetes e subido outro partido. Desta vez, porém, as conferências, talvez para acompanhar a mania dominante, vieram representar um grande papel; pelo monos, procurou-se mostrar que se queria estudar a situação, tirando o eleitor dos ministros a res- ponsabilidade de sobre si, para pôl-a com toáo o seu peso sobro dous grandes persona- gens, que representam as idéas do seu par- tido. Effcctivamente, se houve seriedade nas conferências, os responsáveis por tudo que resultar desta nova situação silo os referidos ' personagens, que se devem defender da enor- midade do seu acto. O paiz tem obrigação de ser informado e FOLHETIM DO APÓSTOLO APONTAMENTOS O folhetinista escapo do fiaufragio. Entrada dc 1878.—A Providencia Divina. —José de Alencar e Zacarias dc Góes c Vaseoncellos.— O que foram ambos, O enterro do conselheiro Zacarias. Recordações de 1877. —Os horrores da sôcca no Ceará. Os insensatos quo negam a Providen- cia de Deus. Os sacrilégios c a sua punição. Offensas 6. Deus. Justiça do Deus. As cala- midades que nos tem aífiigido. O único meio de combatel-as. Ponto final. Graças ao Todo Poderoso c á nossa indignidade social, política e litteraria escapamos sãos o salvos do naufrágio, em que pereceram tantos c tão perc- grinos talentos que abrilhantavam a litteratura dos dous mundos.- Entramos no anno dc' 1878, cuja aurora a muitos não foi dado vor despontar no ho- risonte. * * .v: Graças ainda uma vez ti Providencia, que tudo re- solve para melhorem sua infinita sabedoria, quei- ram, ou nao queiram, os positivistas, darwinistas c mais impingidores dc bullas falsas que se andam acotovelando uns aos outros por esto mundo do Christo.¦ . . ** O anno do 1877 deixou-nos bem tristes refílr- dações. O rijo tufão da morte tombou duas arvores ma- gostosas, que, nascidas no solo da Pátria so vestiam de flores na primavera c sc enchiam do fruetos no outomno. Do seu tronco robusto, da sua folhagem verdejante, do suas flores aromaticas c de seus fruetos saborosos, restam apenas um montão do cinzas recolhidas na urna da saudade. Morreu José de Alencar e morreu Zacarias dc Góes .^Vaseoncellos I Dous astros dc esplendido fdlgôr, dous guerreiros intrépidos, duas cabeças* provilegiadas,- dous homens de sentimento, de in- tolligenoia, de vont-ido, dc caracter e de solida il- luãtração.I/y José de. Alencar éra jurisconsulto e orador e lit- exige informações taés que o satisfaçam e justifiquem aquelles cidadãos de terem prefe- rido seu coinmodo ao serviço da nação e do seu partido, oque é uma traição. E venha a luz, porque a escuridão é tal, que receiamos ser envolvidos n'clla por tal modo, que nos re- suite a cegueira. Nós estamos no nosso posto, a- espera dos acontecimentos, que não queremos precipitar. Juizo e prudência é o que podemos receitar á quem fòr iiícumbidb. dos melindrosos ns- gocios públicos.b Deos o illuminc. Htta-a i'»j.y»>.«i .nu»»iiuujM.j smaga ™« EXTERIOR :....¦ i ¦ ¦- V,,; CORRESPONDÊNCIA DO APÓSTOLO LiOiidros 8 de Dezembro, 1877. Summamo,—I.—Pnsmosa invenção e rápidos pro- gresos ann iniciados na nppliciição dó" Trleiilwiie, cm transmissão de mensagens c'noticias fitllíidns, em vez de cifradas.—II.—Importantíssima reve- lação do que é a Maçonaria ingleza, e da separa- çãó que imitação da de Irlanda) faz du dc França, em conseqüência. I.—Mais de uma vez tenho refiectido—e não sei se alguma a isso adverti nesta cor- respondencia—sobre a sabedoria admirável do Allissiino(perdão, senhores materiaes— quero dizer materialistas do « Acaso »—sendo cousa muito mais sensata o razoável, enten- der e sustentar, que fora esto senhor o não o relojoéiró, quem fez o meu relógio)—na admirável sabedoria, pois,'do senhor a A caso», em vista da curiosa e atyrtylivisão que fez dos conhecimentos humanos em duas classes dis- tinetas. Este sapieníissiino « Acaso », « Nalu- reza » ou « Fado », ou qualquer outro nome que lhe queiram .dar, salvo o do DEOS—ao jogar assim mesmo a sua divertida cabra- cega; acertou n'uma curiosa divisão dos ditos conhecimentos humanos. Fez logo d'elles dous quinhões, o disso :—A porção queabso- latamente é necessária para a boa ordem c bem estar da humana bicharia que, por mi- uha casual vontade, linde formigar sobre esta* bola que aqui estou arredondando, essa heide cnsiiiar-lli'a logo cVestouro toda inteira, e tão intelligivél c completa .que lhes sirva ¦perfeitamente, nem quanto a ella tenham •que fazer descobertas. « Mas é preciso (continuou) dar a estas crianças, emquanto vão crescendo e multipli- cando-so por esses séculos fora, (coitadas!) alguma cousa com que se entrètenhain c di- virtam, para que se não enfastiem da vida, e se deitem a dormir. . « Pois bem; destine-se-lhes, por acaso, outra classe vastíssima, curiosissiina e utilis- siraa de conhecimentos e de investigações, em que tenham com que se ir entretendo, in- teressando e divertindo, á medida que vou terato; mas litterato no verdadeiro sentido da palavra. Não mercadejava com as letras, não pertencia á esse grupo de vagabundos que por ahi andam a sirzir retalhos de pensamentos informes, de idéas absoletas, de cousas banaes, para recommen- dal-as como preciosidades rubricadas por alguns nomes que elles apregoam por conta c ordem da associação do elotjio-miUuo, mas quo ninguém co- nhece, ninguém snbe d'onde vieram c para onde vão. José de Alencar não andava distribuindo diplo- mas dc poeta, de romancista, dc dramaturgo c pu- blicista á qualquer qui yuae Iptod, qiie ainda não pôde conciliar-se com a grammtitica, não rclacio- nou-sc com o bom senso c distingue-se apenas pela generosidade com quo retribuo os elogios que lhe fazem. O insigne litterato que o Brazil acaba de perder, era uma fronte ornada com o diadema da maior realeza que ha no mundo, a realeza da intelligen- cia. paliava com elegância o escrevia com por- feição. Ahi estão seus discursos, seus romances c seus dramas para attestar o brilhantismo o a fe- cundidade do seu talento admirável. Hoje dorme o somno da morte sob esto céu azul que elle tantas vezes contemplou em seus arroubos do poeta I Zacarias,de Góes c VaseoncellosI Quo nome e que recordações! Quem não * conheceu o mestre da jurisprudência, o orador eloqüente, o publicista notável, que sabia prender a attenção, ganhar affectos c impor o respeito dc todos, quando se er- guia altivo na tribuna, ou empunhava a penna va- lente o inspirada? Que serio de factos memoráveis não illustram n vida deste" grande homem I Sua instrucçâo, sua actividade, sua energia, sua inteireza, sua tibne- gação, seu- patriotismo sellam os actos de uma existência que todos conhecem,quo todos admiram e que todos applaudem. Caracter incorruptível,' catholico dc coração e dc convicção, cheio do temor de Deus que é o princi- pio de toda a sabedoria, extremoso para com a fa- jnilia, leal para com os amigos, e para tudo dizer em uma palavra, abrazado sempre nas chamam s encontrando novidades mais ou'monos úteis, mais ou-menos maravilhosas; njudando-se umas ás outras, o dando motivo a distinguir- se i particularmente algum desses animaes, para utilidade geral, e ao mesmo tempo es- tiinulo, dos companheiros. » Dito e feito—porque o tal « .-1 caso » é mui despotico, e quando quer fazer qualquer cousa, não ha resistir-lhe. Ahi começou,'pois, a bicharia logo a tirar o partido que pôde e soube ou escogitou, dos objectos que a rodeavam ; servindo-se d'elles á medida que Ihos ia descobrindo os presfci- mos e o modo de aproveital-os. Não tardou a fazer excursões nos reinos animal, Vegetal, minorai, e a d'ellcs ir ti- rando partido, segundo quo lhes iaprogres- si vãmente descobrindo a .serventia e pro- priédâdes. Foi com-isso alongando, a um tempo, os seus conhecimentos, os seus meios, as suas commodidades, o.s seus divertimentos e re- creios—e lambem, mais de uma vez, infeliz- monte, os seus vícios1: dando motivou que os progressos leitos por uns o descobertas —que não podiam deixar de adquirir a estes certo merecimento, superioridade e consido- ração desejáveis—estimulassem outros a es- forçarem-se por conseguir igualmente honra e proveito por meios semelhantes. Espero que os leitores do Apóstolo, como costumados que devem estar um tanto ás mi- nhas extravagâncias, me desculpem esta, de assim reduzir a duas grandes províncias as idéas e conhecimentos humanos, como intro- duççãó a um assumpto qne começou, pode- mos dizer, hontem, o hoje manifesta pro- pòrçOés proinettedoras do resultados, a.o mesmo tempo, os mais pasmosos e os maisiin- porta n tes. A invenção, por assim dizer, de hontem, e' boje em considerável uso, c parecendo pro- inetter, o fazer-se dispense em grande parte, ou do todo, outro milagre dos desenvolvi- mentos scientificos de nossa época—o Tele- i/raplio. Quero fallar da novíssima, e, ao que pa- rece, utiiissima e diversidissima invenção do Telephone;, que, coineçado a ensaiar, pode dizer-se, hontem apenas, nos Estados-Unidos, principia a estar cm serviço, não expc- ri mental, mas pratico—pois so aflirma po- sitivamente, entre outros casos, que Bis- mark, de sua residência' no campo, a 200 milhas de Berlim, conversa e consulta instan- taneamente com os empregados da sua secre- taria, e os dirige na capital Prussiana, por esta communicação telephonica. E dc outros casos semelhantes faliam as folhas pu- blicas. Eis aqui uma amostra, que vou extrahir do Weckly Renisler, de hoje mesmo, que não faz mais que noticiar, ou resumir, noticias, do patriotismo, Zacarias dc Góes c Vaseoncellos, ora a personificação do que a honra tem-do.*mais nobre, do que a sciencia tem do mais brilhante," do quo a caridade tem do mais sublime. Sim, elle era amigo do pobro, da viuva ò- do orphão. Ello teve sempre unia esmola para o nc- cessitado, um consolo para o afflicto c um amparo para o infeliz. Elle era caridoso aconselhando, re- commendando c protegendo, sem annuncio, sem vangloria, sem ostentação. Quantos olhos que choraram sua .miséria perante o grande cidadão, não orvalham agora os goivos e perpétuas que ornam o seu túmulo? Quem Hão viu áo destilar o prestito quo- o conduzia íi sua ultima morada, agglomcrar-so o povo quo sc descobria, reverente o muitos olhos iunundados de pranto? Elle quo arrancava applausos na tribuna, que colhia louros no fài-0« qitô cru geralmente admi- rado na imprensa, teve abundantes lagrimas para regar as palmas quo conquistou no ninado c levou comsigo ú posteridade. Foi o seu ultimo triumphò ,, . A sua família perdeu um cltele estremecido, O catholicismo. um defensor valente e a pátria uin, verdadeiro patriota. Traçando estas linhas, rendemos-lhe ainda uma vez o tributo da. nossa amisade c respeito' que sc foi grande durante a sua vida, mais sc afervorou depois dc sua morte.' . Doscança em paz soldado fiel e valoroso que nunca dosortàátós das bandeiras da Cruz I Anno fatal para o Brazil foi o de 1877 qüe jil per- tenco ao domínio do passado, com todas as suas illusões, desenganos c calamidades. Aqui, a morte, ceifando cruelmente o que tinha- mos dc mais proeminente no mundo das lettras c' de mais incorruptível no mundo da política; ali, o rei dos astros, com o.rosto afogucado a disparar seus raios abrazadores sobro montes, vallcs e pia- nicies dc vastas regiões do Império. Trancos des- carnados, ressequidos como um esqueleto e de no deserto da campina; vallas abertas donde a água se ausentou; a erva escassa aqui, amarclle- cida ali c sumida além; o.s elementos -conspirando contra o homem; como o homem conspira contra que varias outras folhas têm dado, até muito mais explicitamente : « O Telephone está sondo posto pasrnosa- incute em uso por toda a parte. » Convirá explicar, para alguns leitores que ainda não tenham attendido a esta novissi- ma invenção, que o Telephone (como bèrh o defino a derivação grega), significa a rápida communicação ou transmissão dos sons. Aqui, porém, significa ainda mais particularmente, a transmissão dos mesmos sons articulados, modulados e entoados; - pois que so trans- imitem as palavras pronunciadas, e taes so ouvem e discernem a largas distancias, coino se o ouvinte estivesse distante alguns passos ou varas do fallánte," o sendo ns palavras cantadas, ouvem-se na musica mes- ma om quo sc cantam. De sorte quo, so tivéssemos estabelecida uma communicação telephonica, tal como os aperfeiçoamentos que sc vão fazendo-parecem eu prornotter ou antes assegurar, em vez de estar eu rabiscando estes borrões, poderia estar dictandn isto mesmo viva você aa com- positor quo ha dc soletrar estas linhas na rua Nova do Ouvidor. Continua o li'', llegisler : « Algumas sorprehendentes experiências bem. suecedidas se fizeram com elle (tele- phone) no sabbado á noite, 1" do corrente, entre Aberdeen e Invériiess, distancia de Í08 milhas (cousa do 80 léguas), canções, coros, foram distinetamente transmiiiidos, ao mesmo tempo quo, por vezes se estavam mantendo conversações com distincç.fto ma- ravilhosa, não obstante ser o tempo desfavor ravel. «Em uma experiência recente om com- municação com o cabo submarino, de 2-14 mi- lhas do longo, entre Dover c Calais, não houve a mais leve falha durante o periodo de duas horas. Ainda que tres outros arames estavam trabalhando" telegrapliicamente ao mesmo tempo, ouvia-se cada palavra o se re- conhecia até a voz da pessoa que foliava cada vez. « Fez-se a serie de experiências na torça- feira, 13 de Novembro, pondo-se Dover em communicação com a aldèa de Sangatte, em França, 5 milhas ao poente de Calais, onde vai prendei* o cabo telegraphíco, partindo da bahia de Santa Margarida, na Inglaterra. Poz-se primeiro um arame em connexão com os instrumentos tclegraphícos ordinários, e fazendo-se então os necessários arranjos tele- phonicos, requereu-s'*. a um correspondente em Sangatte que connexasso o Telephone. Effectuado isso: fez-se de França a pergunta: —« Estais prompto '?*>. que veio tão distiu- ctamonte ao ouvido como se houvera sido feita do quarto immediato, « Seguio-se então a conversação, como dissemos, por dua-i horas, em françoz e in- glez. .Deus,e a miséria, o a fome, o a morto, e a angustia, e o horror por toda a parte, eis o quadra ufilictivo c enternecedor que se desenrola aos nossos olhos ! Digam.o que quizerem os raciontüistás, pan- theistas, positivistas e toda essa caterva de insen- satos, que proclamara a alteza da razão humana, c negam a Providencia -Divina a mão do Omnipo- tente peza sobre o Império do Brazil! Se Deus é infinitamente misericordioso, também é infinita- mente justo. As creaturas não podem zombar impunemente do seu Creador! Os livras santos estão cheios de exemplos do quanto o Senhor é cheio de bondado para soíTror, mas do quanto é também capaz so ontende que deve desfechai1 o raio de sua justiça. Quantos sacrilégios, quantos attentado-*, quan- tos insultos o impropérios ,' Jesus Christe, á sua Mãe Santíssima, sua Egreja, ao seu Vigário o aos ministros do Sciis altaresI Pois seria possível, que aquelle que disse quo o zelo ik sua casa o devorava, que expeliiú oS vendilhões do templo, qüe castigou com a morte o quo tocava na Arei, qüe fez abra- zarSr-doma e Gomorra, que flogcllôu o Fgyptò com pragas, qüe üopiiltoit til-haraó no Mar Ver- Bielho. que castigou sempre os que zombavam dc Scú nonle, desobedeciam os sjHtè'; mandamentos c tocavam nos mis ÇJimigs seria iJtkisivelj qito este mesmo Deus, deixasse ficar impune o insulto vil, cobaveíé e sácrilego coiii que nas ruas publicas desta Corte se vilipendiou a Virgem do Nazárctll, que apparcceii em Lourdes o ali tem operado gran- des prodígios ?!... Não é crivei. ¦Um filho nunca esquece a aíTranta feita á sua mãe, c sc este filho é Jesus e esta niãe é Maria, como concebei* seinêlhnute olvido? Os Bispos cncarccrados,osSácc'rdotes perseguidos ou expatriados, a religião ridiculisada, o culto rcpeÚido, Deus expulso do seio da família, da so- ciedade c do Estado! I Pois tudo isto será motivo para.alegrja no céu o prosperidade na terra"? Tivemos a guerra do Paraguay, que hoje não é mais de que um vasto cemitério onde repousam os nossos heróicos soldados. Tivemos a febre amarelía que encheu as vallas- de cadáveres e lançou a dor, o luto. o o desespero no seio da sociedade fluminense. « Uma senhora que estava presente poi*-- guutoit: —« Conhece quem eu sou ? » Veio logo em resposta : —« Não; mas conheço que é voz do.se-- nliorà. » « Um cavalheifo que applicoi**o Telephone- ao ouvido, depois do ter dito alguns gracejos, exclamou : —« Ouço distinctainento Varias pessoas a ri rom. ª- ¦ « üe uma e outra parte das d,uas costas, so pediu que se assobiasse, se cantasse, e os tons eram claramente repetidos no lado opposto. <( Notou-se uma feição singular-. Como disse, o cabo continha quatro arames con- diietores, o durante a conversação pelo arame usado para o Teleplione, os sigune-' elcctri- cq-i ordinário..;,- que passavam pelos outros tres aramos, ouviram-se n'.im confuso ínur- murio, até que dous d'elles cessaram, e então nma communicação ti-ansmifctida pelo código de Mosse de Londres para Pariz fui decifrada com a maior facilidade. « Parecia inteiramente aniqnillur-so o os- paço, pois não *se percebia limite algum á rapidez no fallar, ou cantar, a condição necessária sendo o tom ou a pronunciaçfto distinetos.' « Ás applieaçOes praticas do Telephone são por vários modos, do maior interesse. Usa-se . com applicação ás minas do carvão, para conhecer n'ellas a velocidade das correntes de ar nas mesmas. « D-Allemanha se annuncia quo o chefe geral dos correios resolveu fazer grande uso . das novas facilidades para a communicação, logo que se experimente o seu prestimo entre o correio geral do Berlim o a oíllcina geral íelegraphica. Parece até que o systema ge- ral tolegraphico foi s.ubstitui.do polo tele- phonico entre Berlim o. algumas àldôàs do contorno. . « Progresso tão rápido para uso geral do uma nova invenção,, raras vezes, ou jamais teve lugar, o difficil ó prever, segundo um d js papeis da farde, até que ponto este novo uso. dos fios eléctricòs poderá revolucionar todos os nossos arranjos tclegraphicos ; dis- pensando, como dispensa; aquella delicada manipulação de complicados instrunicntos, que até aqui tem sido o obstáculo ao emprego geral do telegraphò por pessoas particulares. « E' sabido que o príncipe Bisinark ostabe- leceu communicação telephonica entre a chancellaria do Berlim o a sua residência na Pomérànin, communicando o conversando assim vocalmente, com a, maior facilidade, á distancia de umas'230 milhas. « Em menor escala se diz quo a invenção está sendo usada em varias cidades dos Estados-Unidos, o pelos pasmosos passos que a consajá faz em Washington e Nova-York, Tivemos a varíola que fez numerosas victimas cm diversos pontos do Império! Tivemos a renovação de uma das praga?» do lígypto, os gafanhotos, que aind.i infestijm nossos campos, roubando-uos asprimicias da lavoura. Tciijos agora a fomi**, a maior dc todas as cala- midades, ceifando preciosas vidas no opulento im- porio Santa Cruz! Peste, fome e guerra I Uma após outra, em sc- guida, sem interrupçãoJ não ha Providencia, o Deus e surdo,cego c mudo? C cada um vai pensan- do, fallando e praticando, como sO nada bouvesse a temer neste o n'outro mundoI Não; riam-se o.s parvos, mofemos incrédulas, blasphcmem os ímpios, não hesitaremos em dc- clarar com a que nos inspiram os livros santos:, —estamos sob as vistas da Providencia, a espada dc sua justiça está pendente dc nossas cabeças. Não é pois sufflòientè matar a fome aos famintos, vestir os íiús, e exercer a. caridade como recom- monda o Evangelho, ou como o.mundo a recom- mendn. E'preciso mais de que isso; ú preciso aproxi- mar-nos do Altar sagi'adò;o dobrar os joclhes,e ini- piorar a misericórdia d;Aquelle que castiga não o individuo, mas'ti família, inás asociedade j mus o gênero humano. SfíO immensas ns nossas faltas, a.partir*do alto até o mais baixo d.i escala social; o arrependi-' mento, a contricçao e* a emenda devem ser emite vnlenteã, São publicas calamidades; como foram pu- blicas as irreverências c os sacrilégios ; pois bem, spjam também públicos c sòlemnes os actos de (Jo»aggrttvo e as preces dos penitentes. Abram-se os templos, exponha-se o Rei de immensa miJ-ges- tacle, e subam us nossas supplicas"de envolta coni o fumo do incenso até o throno das misericórdias. Este é o meio mais cfficaz, mais adequado, e di- remos até o infallivel para vermos cessar os males que nos aflligem: Os que crêem em Dcus.o o amam? ' sobro todas as cousas, devem orar por si, pelos quo I soffrem c por esses desgraçados que hão de rir-se -1 estupidamente ao correi* os olhos por estas linhas. *•*_- Efazemos ponto aqui. . •¦•'¦£#¦•'' /ír-v..:

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REDACÇÂO E ADMINISTRAÇÃO

14—16 Rua Nova do Ouvidor 14—16PUBLICA-SE ÁS QUARTAS, SEXTAS. E DO!

|1 PREÇO DA ASSIGNATURA ADIANTADA

I Por anno . lô-^GOO | Por semestre -8.^000

Dum lucem habetis,. credite in lucem. (S. Joào, cai-, 12, v. 30.) Clama itaque, clama, ne cesses. (Carta do Pio IX ú redacçSÒ do Apóstolo.)

ANNO XIII DOMINÍÍ0 G DE JANEIRO DE 4878 NUMERO 2?

G-uardamos os diassantifleados.

0 APÓSTOLO

Rio, 0 do Janeiro dc 1878.

•Crise X>orpetna

Continua a naveg-ar sem tripulação, que adirija, a nào do Estado.

Em mares procellosos, coino os actuaes, éuma maravilha, se nao é uma anomalia, o

. que se está passando entre nós.Desde sabbado, 29 do mez findo, quo so

iniciaram as conferências palacianas, man-dando-se arrancar de suas fazendas, onde*ointeresse particular, o bem-estar domésticoretinhacertos personagens, reputados almas

-do Brazil.Repetiram-se as conferências e clicg*ou-se a

um resultado, que não. ií muito desconhecidoentre nós ; arreou-se do poder um g-rupo ve-lhoe cançado", para guindar-se outro que seconfessa vigoroso e muito dèscauçado.

Mas até hoje ainda não conhecemos ollicial-mente a nova equipf,g*em da, garrida náo do

"i Estado.Até hoje (5), dizemos nós, ao escrevermos

este artigo, nem as folhas uovelleiras, nem oJornal do Commercio, sempre serio e mui cir-cumspecto em dar noticias desta ordem, nadaavançaram.

De modo, que a anciedade publica ainda"está

por satisfazer, o que é um facto estranhoem um paiz constitucional, onde o.s partidosmilitantes devem estar sempre promptos ávoz do general que os dirige.

E o novo gabinete ainda está em encubaçãona monte de quem se incumbio de organisàl-o.

Deu-se, porém, um facto desta vez, quo ai-teta as praticas seguidas nas substituiç.ões de

partidos.O vago, o incerto, e talvez o acagp tem de-

terminado quasi sempre a retirada dos gabi-netes e de seu partido, e pelas mesmas causasse tem formado os novos gabinetes e subidooutro partido.

Desta vez, porém, as conferências, talvez

para acompanhar a mania dominante, vieramrepresentar um grande papel; pelo monos,

procurou-se mostrar que se queria estudar asituação, tirando o eleitor dos ministros a res-

ponsabilidade de sobre si, para pôl-a comtoáo o seu peso sobro dous grandes persona-gens, que representam as idéas do seu par-tido.

Effcctivamente, se houve seriedade nasconferências, os responsáveis por tudo queresultar desta nova situação silo os referidos

' personagens, que se devem defender da enor-midade do seu acto.

O paiz tem obrigação de ser informado e

FOLHETIM DO APÓSTOLO

APONTAMENTOSO folhetinista escapo do fiaufragio. — Entrada dc

1878.—A Providencia Divina. —José de Alencare Zacarias dc Góes c Vaseoncellos.— O que foramambos, — O enterro do conselheiro Zacarias. —Recordações de 1877. —Os horrores da sôcca no• Ceará. — Os insensatos quo negam a Providen-cia de Deus. — Os sacrilégios c a sua punição. —Offensas 6. Deus. — Justiça do Deus. — As cala-midades que nos tem aífiigido. — O único meiode combatel-as. — Ponto final.

Graças ao Todo Poderoso c á nossa indignidadesocial, política e litteraria escapamos sãos o salvosdo naufrágio, em que pereceram tantos c tão perc-grinos talentos que abrilhantavam a litteratura dosdous mundos.- Entramos no anno dc' 1878, cujaaurora a muitos não foi dado vor despontar no ho-risonte. * * .v:

Graças ainda uma vez ti Providencia, que tudo re-solve para melhorem sua infinita sabedoria, quei-ram, ou nao queiram, os positivistas, darwinistasc mais impingidores dc bullas falsas que se andamacotovelando uns aos outros por esto mundo doChristo. ¦ . . **

O anno do 1877 deixou-nos bem tristes refílr-dações.

O rijo tufão da morte tombou duas arvores ma-gostosas, que, nascidas no solo da Pátria so vestiamde flores na primavera c sc enchiam do fruetos nooutomno. Do seu tronco robusto, da sua folhagemverdejante, do suas flores aromaticas c de seusfruetos saborosos, restam apenas um montão docinzas recolhidas na urna da saudade.

Morreu José de Alencar e morreu Zacarias dcGóes .^Vaseoncellos I Dous astros dc esplendidofdlgôr, dous guerreiros intrépidos, duas cabeças*provilegiadas,- dous homens de sentimento, de in-tolligenoia, de vont-ido, dc caracter e de solida il-luãtração.I/y

José de. Alencar éra jurisconsulto e orador e lit-

exige informações taés que o satisfaçam e

justifiquem aquelles cidadãos de terem prefe-rido seu coinmodo ao serviço da nação e doseu partido, oque é uma traição. E venhaa luz, porque a escuridão é tal, que receiamosser envolvidos n'clla por tal modo, que nos re-suite a cegueira.

Nós estamos no nosso posto, a- espera dosacontecimentos, que não queremos precipitar.

Juizo e prudência é o que podemos receitará quem fòr iiícumbidb. dos melindrosos ns-

gocios públicos. bDeos o illuminc.

Htta-a i'»j.y»>.«i .nu»»iiuujM.j smaga ™«

EXTERIOR

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V,,;

CORRESPONDÊNCIA DO APÓSTOLO

LiOiidros

8 de Dezembro, 1877.

Summamo,—I.—Pnsmosa invenção e rápidos pro-gresos ann iniciados na nppliciição dó" Trleiilwiie,cm transmissão de mensagens c'noticias fitllíidns,em vez de cifradas.—II.—Importantíssima reve-lação do que é a Maçonaria ingleza, e da separa-çãó que (á imitação da de Irlanda) faz du dcFrança, em conseqüência.

I.—Mais de uma vez tenho refiectido—enão sei se alguma a isso adverti já nesta cor-respondencia—sobre a sabedoria admiráveldo Allissiino (perdão, senhores materiaes—

quero dizer materialistas do « Acaso »—sendocousa muito mais sensata o razoável, enten-der e sustentar, que fora esto senhor o não orelojoéiró, quem fez o meu relógio)—naadmirável sabedoria, pois,'do senhor a A caso»,em vista da curiosa e atyrtylivisão que fez dosconhecimentos humanos em duas classes dis-tinetas.

Este sapieníissiino « Acaso », « Nalu-reza » ou « Fado », ou qualquer outro nome

que lhe queiram .dar, salvo o do DEOS—ao

jogar assim mesmo a sua divertida cabra-cega; acertou n'uma curiosa divisão dos ditosconhecimentos humanos. Fez logo d'ellesdous quinhões, o disso :—A porção queabso-latamente é necessária para a boa ordem cbem estar da humana bicharia que, por mi-uha casual vontade, linde formigar sobre esta*bola que aqui estou arredondando, essa heidecnsiiiar-lli'a logo cVestouro toda inteira, etão intelligivél c completa .que lhes sirva¦perfeitamente, nem quanto a ella tenham•que fazer descobertas.

« Mas é preciso (continuou) dar a estascrianças, emquanto vão crescendo e multipli-cando-so por esses séculos fora, (coitadas!)alguma cousa com que se entrètenhain c di-virtam, para que se não enfastiem da vida,e se deitem a dormir. .

« Pois bem; destine-se-lhes, por acaso,outra classe vastíssima, curiosissiina e utilis-siraa de conhecimentos e de investigações,em que tenham com que se ir entretendo, in-teressando e divertindo, á medida que vou

terato; mas litterato no verdadeiro sentido dapalavra.

Não mercadejava com as letras, não pertencia áesse grupo de vagabundos que por ahi andam asirzir retalhos de pensamentos informes, de idéasabsoletas, de cousas banaes, para recommen-dal-as como preciosidades rubricadas por algunsnomes que elles apregoam por conta c ordem daassociação do elotjio-miUuo, mas quo ninguém co-nhece, ninguém snbe d'onde vieram c para ondevão.

José de Alencar não andava distribuindo diplo-mas dc poeta, de romancista, dc dramaturgo c pu-blicista á qualquer qui yuae Iptod, qiie ainda nãopôde conciliar-se com a grammtitica, não rclacio-nou-sc com o bom senso c distingue-se apenaspela generosidade com quo retribuo os elogiosque lhe fazem.

O insigne litterato que o Brazil acaba de perder,era uma fronte ornada com o diadema da maiorrealeza que ha no mundo, a realeza da intelligen-cia. paliava com elegância o escrevia com por-feição. Ahi estão seus discursos, seus romancesc seus dramas para attestar o brilhantismo o a fe-cundidade do seu talento admirável.

Hoje dorme o somno da morte sob esto céu azulque elle tantas vezes contemplou em seus arroubos• do poeta I

Zacarias,de Góes c VaseoncellosI Quo nome eque recordações! Quem não * conheceu o mestre dajurisprudência, o orador eloqüente, o publicistanotável, que sabia prender a attenção, ganharaffectos c impor o respeito dc todos, quando se er-guia altivo na tribuna, ou empunhava a penna va-lente o inspirada?

Que serio de factos memoráveis não illustram nvida deste" grande homem I Sua instrucçâo, suaactividade, sua energia, sua inteireza, sua tibne-gação, seu- patriotismo sellam os actos de umaexistência que todos conhecem,quo todos admirame que todos applaudem.

Caracter incorruptível,' catholico dc coração e dcconvicção, cheio do temor de Deus que é o princi-pio de toda a sabedoria, extremoso para com a fa-jnilia, leal para com os amigos, e para tudo dizerem uma palavra, abrazado sempre nas chamam

s

encontrando novidades mais ou'monos úteis,mais ou-menos maravilhosas; njudando-seumas ás outras, o dando motivo a distinguir-se i particularmente algum desses animaes,

para utilidade geral, e ao mesmo tempo es-tiinulo, dos companheiros. »

Dito e feito—porque o tal « .-1 caso » é muidespotico, e quando quer fazer qualquercousa, não ha resistir-lhe.

Ahi começou,'pois, a bicharia logo a tiraro partido que pôde e soube ou escogitou, dosobjectos que a rodeavam ; servindo-se d'ellesá medida que Ihos ia descobrindo os presfci-mos e o modo de aproveital-os.

Não tardou a fazer excursões nos reinosanimal, Vegetal, minorai, e a d'ellcs ir ti-rando partido, segundo quo lhes iaprogres-si vãmente descobrindo a .serventia e pro-priédâdes.

Foi com-isso alongando, a um tempo, osseus conhecimentos, os seus meios, as suascommodidades, o.s seus divertimentos e re-creios—e lambem, mais de uma vez, infeliz-monte, os seus vícios1: dando motivou queos progressos leitos por uns o descobertas—que não podiam deixar de adquirir a estescerto merecimento, superioridade e consido-ração desejáveis—estimulassem outros a es-forçarem-se por conseguir igualmente honrae proveito por meios semelhantes.

Espero que os leitores do Apóstolo, comocostumados que devem estar um tanto ás mi-nhas extravagâncias, me desculpem esta, deassim reduzir a duas grandes províncias asidéas e conhecimentos humanos, como intro-duççãó a um assumpto qne começou, pode-mos dizer, hontem, o já hoje manifesta pro-pòrçOés proinettedoras do resultados, a.omesmo tempo, os mais pasmosos e os maisiin-

porta n tes.

A invenção, por assim dizer, de hontem, e'

já boje em considerável uso, c parecendo pro-inetter, o fazer-se dispense em grande parte,ou do todo, outro milagre dos desenvolvi-mentos scientificos de nossa época—o Tele-i/raplio.

Quero fallar da novíssima, e, ao que pa-rece, utiiissima e diversidissima invenção doTelephone;, que, coineçado a ensaiar, podedizer-se, hontem apenas, nos Estados-Unidos,

principia a estar já cm serviço, não só expc-ri mental, mas pratico—pois so aflirma já po-sitivamente, entre outros casos, que Bis-mark, de sua residência' no campo, a 200

milhas de Berlim, conversa e consulta instan-taneamente com os empregados da sua secre-taria, e os dirige na capital Prussiana, poresta communicação telephonica. E dc outroscasos semelhantes já faliam as folhas pu-blicas.

Eis aqui uma amostra, que vou extrahirdo Weckly Renisler, de hoje mesmo, que nãofaz mais que noticiar, ou resumir, noticias,

do patriotismo, Zacarias dc Góes c Vaseoncellos,ora a personificação do que a honra tem-do.*maisnobre, do que a sciencia tem do mais brilhante," doquo a caridade tem do mais sublime.

Sim, elle era amigo do pobro, da viuva ò- doorphão. Ello teve sempre unia esmola para o nc-cessitado, um consolo para o afflicto c um amparopara o infeliz. Elle era caridoso aconselhando, re-commendando c protegendo, sem annuncio, semvangloria, sem ostentação. Quantos olhos quechoraram sua .miséria perante o grande cidadão,não orvalham agora os goivos e perpétuas queornam o seu túmulo? Quem Hão viu áo destilar oprestito quo- o conduzia íi sua ultima morada,agglomcrar-so o povo quo sc descobria, reverente omuitos olhos iunundados de pranto?

Elle quo arrancava applausos na tribuna, quecolhia louros no fài-0« qitô cru geralmente admi-rado na imprensa, teve abundantes lagrimas pararegar as palmas quo conquistou no ninado c levoucomsigo ú posteridade.

Foi o seu ultimo triumphò , .A sua família perdeu um cltele estremecido, O

catholicismo. um defensor valente e a pátria uin,verdadeiro patriota.

Traçando estas linhas, rendemos-lhe ainda umavez o tributo da. nossa amisade c respeito' que scfoi grande durante a sua vida, mais sc afervoroudepois dc sua morte. ' .

Doscança em paz soldado fiel e valoroso quenunca dosortàátós das bandeiras da Cruz I

Anno fatal para o Brazil foi o de 1877 qüe jil per-tenco ao domínio do passado, com todas as suasillusões, desenganos c calamidades.

Aqui, a morte, ceifando cruelmente o que tinha-mos dc mais proeminente no mundo das lettras c'de mais incorruptível no mundo da política; ali, orei dos astros, com o.rosto afogucado a dispararseus raios abrazadores sobro montes, vallcs e pia-nicies dc vastas regiões do Império. Trancos des-carnados, ressequidos como um esqueleto e de péno deserto da campina; vallas abertas donde aágua se ausentou; a erva escassa aqui, amarclle-cida ali c sumida além; o.s elementos -conspirandocontra o homem; como o homem conspira contra

que varias outras folhas têm dado, até muitomais explicitamente :

« O Telephone está sondo posto pasrnosa-incute em uso por toda a parte. »

Convirá explicar, para alguns leitores queainda não tenham attendido a esta novissi-ma invenção, que o Telephone (como bèrh odefino a derivação grega), significa a rápidacommunicação ou transmissão dos sons. Aqui,

porém, significa ainda mais particularmente,a transmissão dos mesmos sons articulados,modulados e entoados; - pois que so trans-imitem as palavras pronunciadas, e taes soouvem e discernem a largas distancias, coinose o ouvinte estivesse distante só alguns

passos ou varas do fallánte," o sendo ns

palavras cantadas, ouvem-se na musica mes-ma om quo sc cantam.

De sorte quo, so tivéssemos já estabelecidauma communicação telephonica, tal como osaperfeiçoamentos que sc vão fazendo-parecemeu prornotter ou antes assegurar, em vez deestar eu rabiscando estes borrões, poderiaestar dictandn isto mesmo viva você aa com-

positor quo ha dc soletrar estas linhas na ruaNova do Ouvidor.

Continua o li'', llegisler :« Algumas sorprehendentes experiências

bem. suecedidas se fizeram com elle (tele-phone) no sabbado á noite, 1" do corrente,entre Aberdeen e Invériiess, distancia deÍ08 milhas (cousa do 80 léguas), canções,coros, foram distinetamente transmiiiidos,ao mesmo tempo quo, por vezes se estavammantendo conversações com distincç.fto ma-ravilhosa, não obstante ser o tempo desfavorravel. «Em uma experiência recente om com-municação com o cabo submarino, de 2-14 mi-lhas do longo, entre Dover c Calais, nãohouve a mais leve falha durante o periodo deduas horas. Ainda que tres outros aramesestavam trabalhando" telegrapliicamente aomesmo tempo, ouvia-se cada palavra o se re-conhecia até a voz da pessoa que foliavacada vez.

« Fez-se a serie de experiências na torça-feira, 13 de Novembro, pondo-se Dover emcommunicação com a aldèa de Sangatte, emFrança, 5 milhas ao poente de Calais, ondevai prendei* o cabo telegraphíco, partindo dabahia de Santa Margarida, na Inglaterra.Poz-se primeiro um arame em connexão comos instrumentos tclegraphícos ordinários, efazendo-se então os necessários arranjos tele-

phonicos, requereu-s'*. a um correspondenteem Sangatte que connexasso o Telephone.Effectuado isso: fez-se de França a pergunta:

—« Estais prompto '?*>.

que veio tão distiu-ctamonte ao ouvido como se houvera sidofeita do quarto immediato,

« Seguio-se então a conversação, como jádissemos, por dua-i horas, em françoz e in-

glez.

.Deus,e a miséria, o a fome, o a morto, e a angustia,e o horror por toda a parte, eis o quadra ufilictivoc enternecedor que se desenrola aos nossos olhos !

Digam.o que quizerem os raciontüistás, pan-theistas, positivistas e toda essa caterva de insen-satos, que proclamara a alteza da razão humana, cnegam a Providencia -Divina — a mão do Omnipo-tente peza sobre o Império do Brazil! Se Deus éinfinitamente misericordioso, também é infinita-mente justo. As creaturas não podem zombarimpunemente do seu Creador! Os livras santosestão cheios de exemplos do quanto o Senhor écheio de bondado para soíTror, mas do quanto étambém capaz so ontende que deve desfechai1 oraio de sua justiça.

Quantos sacrilégios, quantos attentado-*, quan-tos insultos o impropérios ,' Jesus Christe, á suaMãe Santíssima, ,í sua Egreja, ao seu Vigário o aosministros do Sciis altaresI Pois seria possível, queaquelle que disse quo o zelo ik sua casa o devorava,

que expeliiú oS vendilhões do templo, qüe castigoucom a morte o quo tocava na Arei, qüe fez abra-zarSr-doma e Gomorra, que flogcllôu o Fgyptòcom pragas, qüe üopiiltoit til-haraó no Mar Ver-Bielho. que castigou sempre os que zombavam dcScú nonle, desobedeciam os sjHtè'; mandamentos ctocavam nos mis ÇJimigs — seria iJtkisivelj qitoeste mesmo Deus, deixasse ficar impune o insultovil, cobaveíé e sácrilego coiii que nas ruas publicasdesta Corte se vilipendiou a Virgem do Nazárctll,

que apparcceii em Lourdes o ali tem operado gran-des prodígios ?!... Não é crivei.

¦Um filho nunca esquece a aíTranta feita á suamãe, c sc este filho é Jesus e Sé esta niãe é Maria,como concebei* seinêlhnute olvido?

Os Bispos cncarccrados,osSácc'rdotes perseguidosou expatriados, a religião ridiculisada, o cultorcpeÚido, Deus expulso do seio da família, da so-ciedade c do Estado! I Pois tudo isto será motivopara.alegrja no céu o prosperidade na terra"?

Tivemos a guerra do Paraguay, que hoje não émais de que um vasto cemitério onde repousam osnossos heróicos soldados.

Tivemos a febre amarelía que encheu as vallas-de cadáveres e lançou a dor, o luto. o o desespero noseio da sociedade fluminense.

« Uma senhora que estava presente poi*--guutoit:

—« Conhece quem eu sou ? »Veio logo em resposta :—« Não; mas conheço que é voz do.se--

nliorà. »« Um cavalheifo que applicoi**o Telephone-

ao ouvido, depois do ter dito alguns gracejos,exclamou :

—« Ouço distinctainento Varias pessoas ari rom. - ¦

« üe uma e outra parte das d,uas costas, sopediu que se assobiasse, se cantasse, e os tonseram claramente repetidos no lado opposto.

<( Notou-se uma feição singular-. Como jádisse, o cabo continha quatro arames con-diietores, o durante a conversação pelo arameusado para o Teleplione, os sigune-' elcctri-cq-i ordinário..;,- que passavam pelos outrostres aramos, ouviram-se n'.im confuso ínur-murio, até que dous d'elles cessaram, e entãonma communicação ti-ansmifctida pelo códigode Mosse de Londres para Pariz fui decifradacom a maior facilidade.

« Parecia inteiramente aniqnillur-so o os-paço, pois não *se

percebia limite algum árapidez no fallar, ou cantar, a só condiçãonecessária sendo o tom ou a pronunciaçftodistinetos. '

« Ás applieaçOes praticas do Telephone sãopor vários modos, do maior interesse. Usa-se .já com applicação ás minas do carvão, paraconhecer n'ellas a velocidade das correntesde ar nas mesmas.

« D-Allemanha já se annuncia quo o chefegeral dos correios resolveu fazer grande uso .das novas facilidades para a communicação,logo que se experimente o seu prestimo entreo correio geral do Berlim o a oíllcina geralíelegraphica. Parece até que o systema ge-ral tolegraphico foi já s.ubstitui.do polo tele-phonico entre Berlim o. algumas àldôàs docontorno. .

« Progresso tão rápido para uso geral douma nova invenção,, raras vezes, ou jamaisteve lugar, o difficil ó prever, segundo umd js papeis da farde, até que ponto este novouso. dos fios eléctricòs poderá revolucionartodos os nossos arranjos tclegraphicos ; dis-pensando, como dispensa; aquella delicadamanipulação de complicados instrunicntos,que até aqui tem sido o obstáculo ao empregogeral do telegraphò por pessoas particulares.

« E' sabido que o príncipe Bisinark ostabe-leceu já communicação telephonica entre achancellaria do Berlim o a sua residência naPomérànin, communicando o conversandoassim vocalmente, com a, maior facilidade, ádistancia de umas'230 milhas.

« Em menor escala se diz quo a invençãoestá sendo usada já em varias cidades dosEstados-Unidos, o pelos pasmosos passos quea consajá faz em Washington e Nova-York,

Tivemos a varíola que fez numerosas victimascm diversos pontos do Império!

Tivemos a renovação de uma das praga?» dolígypto, os gafanhotos, que aind.i infestijm nossoscampos, roubando-uos asprimicias da lavoura.

Tciijos agora a fomi**, a maior dc todas as cala-midades, ceifando preciosas vidas no opulento im- •

porio dè Santa Cruz!Peste, fome e guerra I Uma após outra, em sc-

guida, sem interrupçãoJ Ií não ha Providencia, oDeus e surdo,cego c mudo? C cada um vai pensan-do, fallando e praticando, como sO nada bouvessea temer neste o n'outro mundoI

Não; riam-se o.s parvos, mofemos incrédulas,blasphcmem os ímpios, não hesitaremos em dc-clarar com a fé que nos inspiram os livros santos:,—estamos sob as vistas da Providencia, a espadadc sua justiça está pendente dc nossas cabeças.

Não é pois sufflòientè matar a fome aos famintos,vestir os íiús, e exercer a. caridade como recom-monda o Evangelho, ou como o.mundo a recom-mendn.

E'preciso mais de que isso; ú preciso aproxi-mar-nos do Altar sagi'adò;o dobrar os joclhes,e ini-piorar a misericórdia d;Aquelle que castiga não sóo individuo, mas'ti família, inás asociedade j muso gênero humano.

SfíO immensas ns nossas faltas, a.partir*do altoaté o mais baixo d.i escala social; o arrependi-'mento, a contricçao e* a emenda devem ser emitevnlenteã,

São publicas aâ calamidades; como foram pu-blicas as irreverências c os sacrilégios ; pois bem,spjam também públicos c sòlemnes os actos de(Jo»aggrttvo e as preces dos penitentes. Abram-seos templos, exponha-se o Rei de immensa miJ-ges-tacle, e subam us nossas supplicas"de envolta conio fumo do incenso até o throno das misericórdias.

Este é o meio mais cfficaz, mais adequado, e di-remos até o infallivel para vermos cessar os males

que nos aflligem: Os que crêem em Dcus.o o amam? '

sobro todas as cousas, devem orar por si, pelos quoI soffrem c por esses desgraçados que hão de rir-se-1 estupidamente ao correi* os olhos por estas linhas.

*•*_- Efazemos ponto aqui. .

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1Domingo G dc Janeiro de. 1878

Bf.j«m-B^^«j««^^.«j«g-^-^Tsn»r^^aiv.T,.iM«...«

Pároco provável cnid, cin breve tempo, o.ciarames telegrapliicos (ouHelephonicos) distri-huidos pelas cnsas pàrtiçülai-os, serão tãocoinmuns como os tubos do gaz o os canos, daágua I I »

Eis ahi, pois, mais uma das muitas mara-•vilhas quo a Providencia Divina (c'i para nós-chvistáós, o o • « acaso » para os phüozopHos(com z) de quo hoje abunda tanto o mundo),destinou este século a testemunhar, e quotodos—menos o vapor—tenho visto brotai- ocrescer, no quasi meio século que estou nestepaiz. Isto em objectos e sciencias, como noprincipio desta carta. notei, que o Croadoi-quiz-deixar para exercício de nossa activi-dade physica e montai ao mesmo tempo, ò emcuja provincia ou repartição se tem, na ver-dado feito em nosso tempo passos lárgilissi-* mo-i.

Ií', porém sandice a pretensão alvar dos•tploirGes que arrotam liberalismo parvo e

palavrorio do^ « progresso », do quo só tèmuma idéa vaga o confusa, nem elles próprios.sabendo o que a cousa significa. O « pro-grosso » iFellos é, da luz para as* trevas, dai-ázaq para o absurdo, da ordem para a desor-dom— 'i, retrogrado, é de caranguejo.

(Coniinwi),

INTERIOR

O consolliolro Zacarias doGóos o Vasconccllos

(Gazetilha do Jornal do Commercio)

O anno de 1877 não quiz deixar-nos seminscrevei' mais uma victima illustre no seujá tão doloroso necrológio.

Foram dados á sepultura hontem, uo ce-miterio de S.- Francisco do Paula, os restosmortaes de um homem de estado, cujo nome

-nlo se apagará facilmente nos fastds nácio-nãos. O futuro historiador do Brazil não po-<lerá, com effeito, narrar òs acontecimentosda nossa época sem recordai' o nome do con-solheiro Zacarias de Góesc Vasconcellos.

A natureza dotara-o com as qualidades queconstituem os estadistas eminentes : tinha aintelligoncia lúcida, o caracter independente,a vontade inflexível, a resolução prompta ea confiança em si próprio. Com o estudo ad-quirira vasta ilíustração o avig-oi-ai-a o seujá robusto talento. A altivez nelle ora con-vicção.

Por si só, ou quasi só, soube elevar-se ásmais altas posições no seu paiz. Representou;como deputado, Sergipe fo Paraná o depois aBahia, provincia do seu nascimento, na cn-mara dos deputados o no senado com brilhopouco commum ; administrou varias provin-cias o entre ellas a do Paraná, logo depois dasua creação, o.rganisando ali todos os servi-cos públicos; foi ministro dò estado o pre.V:-dente do conselho de ministros, c no des3111-

ponho destes altos cargos não cedeu jamais á

pressão das circumstancias; Sáíi nome acha-S3 ligado indissoluvclmcnto a um acontêci-mento importante da nossa historia, a guerrado Paraguay ; e os serviços que prestou nessaépoca de (sacrifícios e de difficuldados de todaa espécie, como ministro dá fazenda, hão desor sempre lombi-ados.

Lente na faculdade de Olinda, concorreucom as suas lições para a illusti-ação dos seuscontemporâneos.

Como provedor da Santa Casa da Misei-i-cordia, mostrou as qualidades de administra-dor zeloso e enérgico. No exercício de sua

profissão de advogado conquistou invejável' nome, sendo o seu parecer ouvido com res-

' peito pelos jiírisconsultos.

Com.a palavra abundante, a pln-ase colo-rida, mas sem atavios, obteve na tribuna

parlamentar assignaladas victorias.Escrevia como fallavn, antes expondo a

doutrina, que não admittia fosse contestada,do que discutindo argumentos dos adversáriosou esteiando com outros u 'própria opinião.

O seu biographo, estudando-lhe o caractere as acções, poderá mostrar-se severo paracom o homem político; mas, procedendo com

justiça, não negará ao • conselheiro Zacariasdc Góes e Vasconcellos a homenagem devidaa* uma intelligoncia superior, a uma pvobi-dade immaculada o à uma rigidez de princi-¦pios não muito commum.

E' a homenagem que desejamos presta}' á

sua- memória traçando estas linhas.A's 5 horas da tarde, realisou-se o sahi-

mento. partindo da residência do finado, nomorro de Santa Thci-eza. .

'O corpo achava-se depositado na capellada casa c d'ali foi conduzido para o carrofúnebre, segurando nas ulças do foretro osSrs. senadores visconde de Mui-itiba, cònse-lheiros Figueira de Mello, Manoel Francisco

' Corrêa e Paranaguá, Dr. Cândido Mendes do

Almeida e barão da Laguna.O concurso do convidados e amigos era

numeroso, como não nos recordamos dc ter

visto igual' Achavam-se presentes alguns

dos membros do gabinete, senadores, depu-

tados, mesarios da Santa Casa da Miscricor-dia, grande numero de irmãs de caridade c

representantes de todas as classes da nossa

sociedad.', qu à formaram o prestito até o ce-

miterio de"S. Francisco do Paula.

íS" - O. Sr. conde dCBaápendf, na ausência do••onde do J i<ru*..-y. fípeiias soube do•ffessores'

fallecimento do conselheiro Zacarias, convo-cou os membros da mesa do senado.

Na conferência que se celebrou resolvou-so :Quo se lançasse na acta a declaração de

qüe a noticia da morte do conselheiro Zaca-rias dc Góos e Vasconcellos fòi-a recebida pelamesa do senado com o mais profundo pezar.

Que se nomeasse uma deputaçãp de soissenadores afim do acompanhai- o fei-otro 'da

casa de residência do finado até o cemitério.Que se fizesse a communicaçãodo fallcci-

monto do conselheiro Zacarias na fôrma dalei da reforma eleitoral.

Que, em demonstração de sentimento;, osmembros da mesa tomassem luto poi- tresdias, convidando os empregados do senadopara ácòmpánhal-os em tal demonstração, oque a secretaria se conservasse fechada porigual tempo.

A depulação nomeada pela mesa ficou com-postados Srs. visconde de Muíitiba, JoséThomaz Nabuco de At-aujo, João Lustosa daCunha Paranaguá, Antônio Marcellino Nu-lies Gonçalves, Jeronymo Martiniano Fi-gueirá de Mello, e Manoel Francisco Corrêa.

O provedorinterino da Santa Casa da Mi-soi-icordia convidou os empregados das di-versas repartições da mesma Santa Casa paratomarem luto por dito dias, em demonstraçãode pezar pelo fallecimento do conselheiro Za-carias.

Temos os seguintes apontamentos biogi-a-

phicos do illustre finado : Zacarias dc Góeso Vasconcellos nasceu om Valençn, provinciada Bahia, a 5 do Novembro de 1815; Edil-cado com solicitude paternal por seu irmãomais velho o conselheiro João Antônio deVasconcellos, actualmente ministro do su-premo tribunal de justiça,, estudou o for-mou-se em Olinda em 1837. Teve por colle-gas o barão do Cotegipe, conselheiro Taquos,o Dr. Tibevio Moncorvo, o barão de Penedo eoutros, que teem avultado no paiz.

Em 181.0 foi nomeado lente do Olinda,ande exerceu o magistério, notabilisando-sepelos seus talentos e profunda sciencia.

Foi o professor que, com os conselheirosPaula Baptista c Autran, arrebatava os ap-

plausos da mocidade acadêmica.No ministério do visconde de Macahé foi

nomeado presidente do Piauhy; cm 1818achava-se como presidente de Sergipe, o foi(deito por esta provincia para a legislaturade 1850, concorrendo nesta oceasião com oDr. Siqueira Queiroz ; resolveu, porém, acâmara pela admissão do Dr. Zacarias deGóes.

Quando o senador Rodrigues Torres (de-pois visconde de Itaborahy) rcorgauisou ogabinete Montc-Alegre, convidou o senadorGonçalves Martins (visconde de S. Lourenço)e este exigio a entrada do Dr. Zacarias doGóes, abrindo-lhe assim a scena condigna dosseus vastos talentos e erudição.

O deputado Zacarias foi ministro da mari-nha, perdeu o posto, subindo o marquez deParaná, a quem .algumas vezes combateuvehemontementc.

Deixou de ser reeleito deputado pela Ba-hia, e fora do parlamento dedicou-se ao exer-cicio da advocacia.

Foi nomeado presidente do Paraná, inau-gurando esta nova provincia.

Em 1830 foi eleito deputado pelo Paraná.

Quando o conselheiro Saraiva creou o par-tido dos conservadores moderados, o conse-lheiro Zacarias foi dos mais.poderosos auxi-liares e separou-se dos antigos conservadores.

Cooperou efllcazmente na creação da liga ;foi presidente da câmara temporária, e nessedaracter chamado a organisar um gabinete,que. durou dc 27a 30 de Maio de 18,61. Aeste gabinete suecedeu o do marquez deOlinda.

Em 30 de Janeiro de 1861 foi de novo in-cumbido de organisar um ministério. Du-rante esta administração resolveu-se a mis-são Saraiva ao Rio da Prata,-e manifestaram-se os prelúdios da guerra do Paraguay.

¦ Uma divergência a propósito do projectoda dotação da Princeza Imperial e da sub-venção á companhia de navegação* dos Es-tados-Unidos fèl-o deixar o poder, sueceden-do-lhe a 31 de Agosto o senador Furtado.

O marquei de Olinda reappareceu, emMaio de 1865, depois do ephemera duraçãodo gabinete de 31 de Agosto, c ao marquezde Olinda suecedeu o conselheiro Zacariascomo presidente do conselho em 3 dé Agostode 1866, sahindo do ministério cm 15 de Ju-Iho de 1868, por haver suscitado a questãoda prerogativa da coroa na escolha de sena-dor pelo Rio-Grande do Norte.

Dasde então manteve-se na estacada comoum dos mais esforçados lidadóres* da opposi-ção liberal.

O ministério de 29 de Setembro do Sr.marquez de S. Vicente nomeou-o conselheirode Estado, cargo que não aceitou.

Foi eleito senador pela provincia da Bahiae escolhido em 1865, na vaga deixada pelosenador Valhisqües;

Foi deputado provincial na Bahia, geralpor Sergipe, Bahia c Paraná; serviu nas'•pastas da marinha, dá justiça, do imp"erio eda fazenda,

O partido conservador o a repellindo a doutrina Aaêecularisação, que nãoEgreja Hcria senão p atheismo inoculado 110 povo

pelo próprio governo.Pareço incrivel a desordem moral o intcl-(Editorial àn, Senlinella, às S. Paulo)

O partido conservador no Brazil pôde estarde accordo com os que combatem o Syllabusoa infallibilidado pontifícia?

E' esta a verdadeira questão, que algunshomens, dc crenças religiosas debilitadas oumesmo desvanecidas, procuram baralhar, au-xiliando-se das astucias do interesso, dasfraudes do calculo, ou dos furores dus niaspaixões.-

À escola conservadora não é senão a affir-inação da autoridade legitima; porque aau-toridado legitima é a base sobre quo assentam¦solidainente as sociedades civis, d scint ella adesordem se installa immediatamente paraproduzir mais cedo ou mais tarde a dissolução.•E' essencial, portanto, simplificar os termosda argumentação, afim de que o debate tragaalgum útil resultado.

Não so trata dc ser o conservador o únicopartido constitucional. Nem é admissívelque, no regimen do systema representativo,possa haver um único partido constitucional:desappareceria o equilíbrio, e a coroa, ante aimposta perpetuidade de um só partido 110poder, ver-se-hia impossibilitada do fazer áevolução indispensável ao movimento govor-nativo. A iudifferença consiste em que opartido conservador desenvolve as thesos dopacto fundamental segundo o espirito, a dou-trina, e as tendências da escola conservadora,ao passo que .0 "

partido liberal procedesegundo o espirito, a doutrina e as tendeu-cias da escola liberal. Tudo isto é feito pormeio das leis ordinárias c regulamentarei,quando um ou outro partido está no poder.Até esse deve ser o único signal-pelo qualpossam ser conhecidas c descriminadas assuecessivas situações políticas. Por mais queo aífirincm, não são conservadores os que pro-movem a votação de leis saturadas de libera-usino.

Mas, vamos á questão.As regras geraes da hermenêutica obrigam

também os políticos; e ninguém pretenderáaltribuir á Constituição Política outro valorque não seja o de direito publico, determinandoa organisação da sociedade, a fôrma do go-verno, a hicrarchia e a acção dos poderes.Ora, o direito suppõc a lei, porque é da leique procede o direito. Qual é esta lei? E'a lei- eterna, natural ou revelada, oral ouescripta; é a lei divina, com a qual se devemconformar c de encontro á qual não podemser entendidas as leis humanas, segundo aregrajmiák-ã—nnluraliajura, divina quadàmpronidentia conslüiãa, semper firma et immu-liibUiapcrmanent. (.IusTiNUNO,Instit, 1,2,11.)

«Sendo assim, em que se apoia umcerto grupo de conservadores para pre-tender que a Constituição Política do Impe-rio está em dosaccordo com o Syilabus e como dogma da infallibilidado pontifícia ? Porquerazão, em vez dc entenderem a ConstituiçãoPolítica do Império, conforme a lettra o o esTpirito do art. 5.", visto como não ha outra re-ligião catholica apostólica romana senão aque é presidida pelo Santo Padre, elles a en-tendem segundo a doutrina revolucionaria,em prejuízo da autoridade espiritual, que foiinstituída por Jesus Christo, e que portantoóimmutavel, incondicional, universal?

E mais sorprehende o facto, por isso que éincontestável conterem taes documentos eccle-siasticos a mais solcmne affirmação do prin-cipio da autoridade.

E' verdade' que a noção deste principioanda muitíssimo alterada e pervertida emmuitos espíritos: — dahi também as falsasdoutrinas sobre a origem e a* natureza da au-toridado. Não tratamos do direito divino,segundo o entendia uma escola monarchicaa beneficio de certas dynastias ; mas do di-reito divino, segundo o entenderam sempreos bons theologos: — a essência do podervem de Deus, embora sob esta ou aquellafôrma, absoluta ou limitada, hereditária ouelectiva, permanente ou temporária. Nãoha, em assim pensarmos mdifferença pelafôrma monarchica constitucional, que é anossa ; ha somente uma afirmação simplesda origem divina da autoridade, esteja estana mão de um só, na de alguns, ou na detodos. A forma é uma questão secundaria,quando já não está estabelecida pelo pactofundamental, caso este cm quo impõe-se nãosomente ao respeito mas sobretudo á obedien-cia da nação. Mas, relativamente, a fôrmamonarchica tem a apreciável vantagem deenfreiar os partidos dentro dos limites consti-tueionaes, forçando-os mesmo á uma toleran-cia indispensável ao jogo parlamentai'.

Denominados conservadores, que entendemser-lhes licita a guerra á Egreja, devem pro-curar outra bandeira sol) a qual se alistem.Esses que, separando a política c a religião,não fazem senão nivellar todos os cultos, apa-gar a diffèrençá entre o b.em o o mal, elevará cathegoria de verdade e do justiça o êxitobrutal ou o facto consummado, são demoli-dores da autoridade, e portanto não perten-cem á escola conservadora.

Os. verdadeiros conservadores não separamda política a religião, porque propugnampelo completo reinado social cie. Jesus Clivistó.

locfcuiü quo lavra e assola a sociedado brazi-loira I Ató certo ponto, isto provém das in-certezas, dns contradicções o dos remorsostardios do ] odor silprento, ila litta qito o ins-tinclo de conservação obriga-o a sustentarcom a Revolução. Em vez de reconhecer queas

SECÇÃO NOTICIOSA

relações entre a Egreja o o Estado não podemser sob o regimen .constitucional represou-tativo as niesnias quo formam sob o regimenabsoluto, eil-o a ressuscitar legislação, se nãocaduca por força do novo direito publico, im-potente por força das circumstancias quo nestee século são muito diversas.

Conhecemos bem que esses conservadorescollocam-so .no terreno do regalismo paracombaterem a Egreja; mas,-hoje, não sendosemelhante o direito publico ou-idêntica a le-gislação, assim como sendo divorsissimasas situações, é manifesto quo o regalismo éum phantasma, c trabalha pela Revoluçãoquem suppuzer que combato por essa stultapretenção dos antigos réis.

E, sem embargo dá relação intima entre areligião e a política sob todas as relações so-ciaes, exclamam ossos conservadores-rovolu-cionarios: « Não discutimos a religião com-batendo o Syilabus e od ogma da infallibilidadopontifícia I « Como se a política no mundo,inteiro, principalmente hoje, não seja umagrande questão religiosa I Ora, bem o dizum publicista modernissimo: « Para quemsabe observar os acontecimentos, todas as ro-voluçõcs e todas as guerras, ha quasi um se-culo, não são senão revoluções c guerrasreligiosas: o que por toda a parte está cmquestão é verdadeiramente a religião. »

Digamos toda a verdade. Ha falta de prin-cipios em muitos; nelles subsistem apenas oshábitos, os interesses, as rivalidades. E' umasociedado corroída por todos os vicios o do-minada por vários erros essa que se rebcllacontra a Egreja. Tudo isso que já o celebreRoYiiu-Cou,A.nn assignalava na sociedade cmpoeira, os desgostos, as utopias, os desesperosas loucuras, tudo, tudo blasphcma contraDeus e conspira directa ou indirectamentecontra o Imperador.

" Um revolucionário, PuoumiON, que teve a

grande virtude de sc mostrar sincero e lógicona sua propaganda contra a Egreja, não du-vidou gritar bem alto: « Destruído o Papadoo catholicismo desapparecerá ; desde esse dianão haverá mais religião no mundo civili-sado. » E nós accrcscentamos: « Destruídoo Papado, os thronos se alhíirão, por faltar-lhes o seu único apoio moral nestes dilliceistempos. «

E dizem-se conservadores — esses quebre-pellcm a autoridade suprema do Papa I

Por Deus I Não provoqueis a gargalhadado bom senso.

Felicitação.— Ao Exm. Sr. D.An-tonio Maria Corrêa do Sá o Benovides, foiidi-rígida a seguinte:

«.Exm.. o Rvm. Sr. — Humildes Sacerdotese obscuras ovelhas do rebanho do que V. Ex.é prcclarissiino Pastor, vimos perante V. Ex.manifestar o nosso regosijo por vermos estaDiocese, despindo as vestes da viuvez, tra-

jar-se de galas, e ataviar-se das esplendidasvestimentas nupcíaes, para receber o Dignis- -

situo Esposo, que a Providencia Divina se di-

gnou conceder-lhe. Parece-nos, Exm. Sr.,com os olhos do espirito vêr a figura vene-randa dc D. Antônio Ferreira Viçoso debru-

cada sobre os hombros dc V. Ex., inebriada

SECÇÃO LITTERARIA

Almaiiacli "Graziloiro

Illustrado

PAU A.'O ANNO nE 1878

lllm. Sr. — Com grande satisfação c crês-cido reconhecimento, fui entregue do pre-cioso mimo do Almanach Brazileiro Tlluslrado,com que V. honrou a redacção do Ilem Pihblico, e que é o terceiro desta nova evoluçãode combate contra as doutrinas perversas, quepor todos os lados atacam a Egreja de Christoe a sociedade civil.

Li com o interesse que não pôde deixar deinspirar o grandioso fim a que se destina estanova producção de seu fecundo talento, egostei sobremodo da intelligente escolha dosartigos que exomam o instruetivo livrinho,offerecendo aos leitores, sob a fôrma de brevese deleitaveis aneedotas, variada,, utilissima epermanente lição moral.

E como já não existe o Bem Publico, ondepodesse consignar as minhas impressões,como fiz a respeito do segundo, resolvi diri-gir a V. pessoalmente o testemunho, aindaque tão débil, da minha gratidão por estegrande beneficio aos indivíduos que não po-dem recorrer a estudos graves e profundos;e que, a não ser por esto meio ficariam pri-vados dos ensinamentos que tão convenientese necessários são, quer ao viver social e ineli-vidual, quer principalmente á salvação dasalmas.

Ainda faltava esto meio de defeza que oppôrao systema geral de ataque dos inimigos fi-gadaes de- Christo e dos catholicos, mas aperspicácia de V. oceorreu. a esta falta; evejo com indizivel satisfação que também poreste lado os nossos gratuitos e implacáveisadversários acham quem vantajosamente Osrepilla. Deos lh'o pague.

Na minha humildado só posso pedir-lhequcabençòe- esta boa obra; e, repetindo.aoconcluir o que

'disse ao começar, reconhe-cer-me

DeV.Muito obrigado e attento venerador.

José Maria, de Souza Monteiuo.

Lisbòü, 9 de Outubro de 1877,

de júbilo, o radiante de contentamento, dc-leitar-se em vêr as justas alegrias daquelles

que, tendo sido seus filhos dilectos no tempo,ainda lhe merecem na eternidade o amor e oscarinhos de um bom e extremoso Pae. Sim,Exm. Sr., na mansão celeste o Santo Ante-cessor dc V. Éx. terá por esta oceasião, diri-

gindo-sc ao Altíssimo, prorompido na seguinteexclamação:

« Graças infinitas vos dou, Senhor, portordes concedido a este rebanho querido umPastor vigilante,' douto, virtuoso c experi-montado, que affastará para longe o lobovoraz, quo sempre so acórCa-do redil; a esta.vinha amada um cultivador desvelado, quefará com que ella permaneça sempre virente,e dê sazonados o saborosos fruetos.»

« Acompanhando com toda aeffiisãod'almaeste regosijo da Egreja militante, paciente etriumphante, nós, vindo depor aos pés deV. Ex. os protestos dc nossa submissão, obe-dioncia, amor e respeito filial, enchemo-nosigualmente de júbilo, o rendemos graças aoPae Celeste por ter-nos concedido na pessoadc V.,Ex. um Prelado com todos os predica-dos precisos para desempenhar sua grande esagrada missão, e que oecupará um lugarcondigno na illustre galeria de respeitáveis evirtuosos Bispos, com que a Bondado Divinatem até hoje felicitado esta Diocese. Beijamosrespeitosamente as mãos de V. Ex. Rvma.,cuja benção supplicamos.

Deos Guarde a V. Ex". Rvma.—Campa-nha, 20 dc Dezembro dc 1877.

Exm. e Rvm. Sr. D. Antônio Maria Corrêade Sá e Benovides, muito digno Bispo de Ma-rianna.

Math.ias Anlonio Moinhos dc Vilhena.Domingos de Oliveira Carvalho de Vilhena;Malhias Antônio Moinhos de Vilhena Júnior.Vigário José Theophilo Moinhos do F?7%.wt.Padre Paulo Emiliò Moinlws de Vilhena.João Draulio Moinhos de Vilhena.Manoel Ignaeio Gomes Valladão.Seraphim Antônio de Paiva Pereira.Antônio de Souza e Silva Brito.

Os Lazarlstas. — S. Vicente dcPaulo prestou á humanidade maiores serviçosde que teria podido prestar qualquer governo.

Por sua morte deixou o seu espirito á suafamilia, e esse espirito fez cousas ainda maio-ros no inundo inteiro.-

Em toda a parte estima a população pos-suir os missionários vicentinos e as irmãs dacaridade, excepto somente nos lugares infes- ;,-tados pela revolução.

Na França dirigem os Lazaristas dezoito

grandes seminários, nove pequenos semina-rios e algumas instituições livres. -

Na Algeria dirigem tres grandes semina- <rios e um pequeno, administram varias paro-chias e fazem missões.

Fora da França a Congregação vicentiua

possue vinte e sete casas na Itália, dez naHespánha, quatro em Portugal, «ove na Ir-landa, tres ua Polônia austríaca, quatro na .Áustria, quatro na Turquia, tres na Pérsia,

quarenta e seis nu China, quatro naManilha,tres na Abyssinia, diias na ilha Mauricia,treze nos Estados-Unidos,,nove, no México;oito na America central, doze no Brazil e tresna Republica Argentina, por tudo cento e se-tenta e cinco casas-.

As missões ao povo são em maximà parte oobjecto principal desta Congregação, a qualnão se descuida também da instrucção.

Fôra da França regem os Lazaristas trintae cinco grandes seminários, on^e pequenosseminários, vinte collegios. As escolas popu-lares são mui freqüentadas em muitíssimasdas residências dess.es .padres, os quaes naPérsia estabeleceram uma typographia, fun-daram na China vários asylos para orphãos oadministram ila America do Sul doze hospi-taes.

« Pregadores, diz o Padre Lesmayoux,mestres de escola, enfermeiros, profoctores eguardas das creanças sem apoio, elles se im-põem todo o sacrifício, desprezam toda a fa-diga e todos os perigos quando se trata desoecorrer os desgraçados ;¦ são ,a providenciade todos aquelles que soffrom onde quer quose acham estabelecidos.»

JPrcsideiicia do Hio deJaiioiro.—S. Ex/ o Sr. conselheiroFrancisco Xavier Pinto Lima pedio exonera-ção.de Presidente do Rio de Janeiro e passoua administração ao respectivo substituto.

Nos é grato reconhecer neste momento osserviços prestados por S. Ex. á provincia quecom tino e prudência administrou por tantotempo, • •. -

Page 3: G-uardamos os dias santifleados.memoria.bn.br/pdf/343951/per343951_1878_00002.pdf · ¦¦$m *.;y*.'i mim WÊ.4 i*"!-^** ...*'-'**'i t ™ C i!ík7'*T'*vJ c'V'T?*'V'"^^á-í-JTV

0.

Domihiço 6 dc Janeiro de 1878 3».i.'»-_ia..u..i^i.M^i^*T.Bv....*iiikiJji-^i-j-e!nrMCTi^w 'A^iwea^ssíi^ssancs^^izz'. -¦ -. .-il j38BflSB5PflBBWBBBBt

ISTlctlioroy. —A dcvoçã.o do MeninoJesus, quo so venera no Presépio da rua doMaurity, faz celebrar uma Missa, hoje, pelas10 horas, na Matriz de S. João Baptista.

O Sr. C o m m o ii cl a cl o rSouza Broves.-Soubemos comgrande pezar quo esto distiucto cidadão ofervoroso catholico sc acha gravemente cn-formo.

Fazemos votos ao Todo Poderoso pelo seurestabelecimento.

t>la do filiados no Japão.— Eis como se celebra ali esto dia:

A' noitinha os devotos encaminham-se pro-cessionalmente no cemitério o collocam lan-ternas illurainadas sobre ns campas.

Os parentes o amigos levam comestíveis ecom especialidade fruetos, que destinam nosmortos, o que nao impede quo sejam comidosem parte; o resto éque fica sobre a sepultura.

Todavia, a costumeira mais curiosa do lito-ral consisto na construcçftò de varias embar-cações de palha, com 10 a 12 metros de com-primento, que silo illuminndas e cheias defruetos egualmente para os mortos: lançam-nsdepois ao mar, e 14 so'apósscím delles e dellasmendigos e pescadores.

A. impiodad© protestando—O celeberrhno Correio Mercantil, de Pe-lotas, transcrevendo o artigo que o Jornal doCommercio publicou sob o titulo: — Mortetrágica de homens e mulheres celòns, aceres-centa uma nota nestes termos,:

« Jesus Christo, Deus e homem, n Re-demptor da humanidade (i) morre crucifí-cando entre dous ládrOss.»

Eis a nota do Correio Mercardií:«(1) E a humanidade continua pedida1, *\ on-¦bronhiir-so enda vpjs mnis noa abysmos da con i.ii-

çilp, dns guerras, ri i- púxOcs c dns vinganças.Prot-estii-sc contra semelhante rodempçSq.'

(N. DAR.)'»Nunca se viu tanta ignorância, tanta

blilsphemia e tanto atrevimento ICausa lastima I

Santa Caza da IVIisoi-icor-dia— Assistimos hontem ao Officio e Missasolemne que por alma do illustre ConselheiroZacarias dc Góes e Vasconcellos, seu dignis-simo e sempre lembrado Provedor, mandoucelebrar a digna administração da SantaCaza.

0.templo estava todo coberto de pesadoluto, destacando-se no Altár-irióí a imagemdo Senhor com os braços abertos sobre aCruz da Redempçilo,

Um sumptuosocatafalco erguia-se no meioda nave,' rodeado de cyprostes, de ramallic-tes de prata, e de numerosas luzes, que allu-miavam o túmulo que o rematas» fúnebre-mente.

No segundo plano, e em cada angulo divi-sava-so um Anjo de mármore, com uma mílooceultandoas lagrimas e tendo pendente daoutra uma coroa de saudades.

No mesmo plano e no centro, coberto comum véo sobresahia o busto perfeito do grandehomem que o Brazil acaba de perder o cujovácuo jamais será preenchido. „

Na frente e na parte que olha para o Altar-mór, liam-se as seguintes inscripções, cerca-das de goivos e perpétuas, postas ali por umamílo amiga é christã :

Timor Dominiprincipium sapientiw. Sapien-liam, alque doctrinum slulli despiciunt.

O temor do Senhor é o principio da sabedó-ria. Os insensatos despresam a sabedoria e adouetrina,

Qui sequitur juslitiam et misericordiam,in-veniet vitam, juslitiam, et gloriam.

Aquelle que exercita a justiça e a misori-cordia, achará vida, justiça e gloria.

In memória (eterna eril justas: ah audacionemala iwn timebil.

A memória do justo será .eterna-, i.jI,-mera ouvir a palavra má.

Seio cnim quod Redemplor mnis vivil, et innovíssimo die de terra súrfcti mis sum.

Eu sei que o mau iLucmptor vive, e queeu no derradeiro di \ resurgirei da terra.

A' solemne o tocante ceremonia assistirama illustre familia do finado, toda a adminis-tração da Santa Caza, as orphás da mesma,estando alli representadas a roligiílo e a*lettras pelo ¦ que a nossa sociedade tem demais distineto.

O zeloso secretario da Santa Caza, amigoestremecido do illustre morto, o- Sr. Sá, ódigno dos maiores encomios pelo muito quecontribuiu afim de realçar a demonstração doapreço e de saudade tributada ao ConselbeiroZacarias cie Góes e Vasconcellos, de saudosamemória.

«O Cruzeiro.»- Recebemos o' n. 4 deste importante órgão dc publicidade,

que acaba do estrear sua carreira jornalística.O Cruzeiro riflo é orgilo de partido algum

político ; não representa uma classe, nem umgrupo; não ambiciona o poder; conforme io-clara no seu programma.

Dispondo de recursos materiaes ede hábeis,pennas, está fadado, o novo -lidador, a pres-tar bons serviços á causa publica.

Nós o saudámos, desejando-lhe todas asprpsperidades;

Oonoursp musical* — O realinstituto de Florença abriò .rim concurso ciecomposição vocal para o anno que começasobre a oração latina :¦

Ave, Regina cadorum.Ave, Domina Angeloruni.Salve, radix; saloe, portei. ¦Exrpia mundo liw orla.Gaude, virgo gloriosa.Super omnes speciosa;Vale, ú valde decora,El pro nobis Chrislum exora.

A composição posta, oin musico para quatrovozes (soprano, con trai tn*, tenòr o baixo) de-verá estar no Instituto rio dia 1." do Julho do1878.

Quostíío roliaiosa. Lemosna Senlinella, de S. Paulo:

Mais um facto que; demonstra que a ques-tão religiosa vai assumir do novo o caracterde conílicto entro o poder civil eo poderocelo-siastico. Referimos-nos aos recentes acoiite-cimontos na capital do Pará, a propósito dapretenção da mesa regedora da irmandadede Nazarcth, apoiada polo juiz de capella"»,de apoderar-se dos objectos do culto. O vi-gario entregou a chave da Egreja sol) pro-testo; e foi exercer provisoriamente as suasfuncções na capella da Santíssima Trindade,tendo deixado consumidas a* sagradas espe-cies que estavam no sacrario da matriz, ondedesde então sacerdote algum poderá olflciaraté que a Egreja seja restituida ao poder ec-clesiastico.

Louvamos o prelado paraense pela sua at-titude enérgica ante este novo assalto á inde-pencia da Egreja.

O Darwinisnío. —Escreve ElEvangelista, folha protestante de Montevidéo-

« O nome mais proeminente que figura nasinvestigações sciêhtificas neste continente é ode Luiz Agassiz. Sua opinião acerca doabsurdo do darwinismo foi expressada destemodo significativo: « Eu não creio quedescendi do momo; Deus é meu pai. »

fA. policia o o tlioatro. —Es-crêve a Senlinella, do S. Paulo:

A propósito da licença dada para a repre-senttieão do drama Os Apóstolos do mal, vamosregistrar a resposta da policia, que quer pro-var não estar' in albis a respeito de cousas daEgreja I

Registremos a resposta da policia, quantoaos motivos que determinaram o seu procedi-mento:

« Que o drama condemna a demasiadacubiça dos bens terrenos o todas as demaispaixões que o Santo Padre Clemente xiv con-demnou na sua Bulla, em forma dc Breve,

' Dominas ac Redemplor nosler, de 21 de Julhode 1773, que teve beneplácito pela lei de 9de Dezembro do mesmo anno.»

Mas, om verdade, q Papa Clemente xivexpedio Bulhid Não é, ao contrario, um sim-pies Breve, e, ainda assim, sem as formalida-des requeridas para taes documentos eçclé-siasticos?

A policia quiz mostrar-se entendida omcousas da Egreja; mas não duvidou dizer queha Bullas cm fôrma de Breves I São documen-tos distinetos. E até é esso um dos árgiiinon-tos contra o acto pontificio da supprcssão daCompanhia de Jesus.

Diz, porém, a policia que o drama está emharmonia com o acto pontificio I Isso é umairrisão. «Este Breve (escreve o protestanteSiioell, no seu Curso de historia dòs Estadoseuropeus, XLIV, 83, citado por Cuetinea.u-Joly, na sua História da Companhia de Jesus,V, 295), este Breve nfio condemna, nem adoutrina, nem os costumes, nem a disciplinadosjesuilns; ahi são somente nllogada,s, comomotivos únicos de suppressão, as queixas dascortes contra a Companhia. » E é esta a ver-ciado constante desse documento.

Frederico, n, rei da Prússia, também pro-testante, escrevia em 1770 a dIàlemdeut:« Quaes os progressos que a philosophia temfeito? Conseguiio a expulsão dos Jesuítas,direis. Convenho; mas provar-vos-hei, se qui-zerdes, que somente a vaidade, as vingançassecretas, as cabalas, e emfim o interessa tèmfeito tudo. »

Seria útil que a policia dos tlieatros nãoescarnecesse tanto do bom senso publico. Omesmo Papa Clemente xiv louvara constan-temente a.Companhia de Jesus pelo seu zòloreligioso.

Em todo o caso, é bojo uma instituição res-tnbelecida no mundo inteiro; nuo póde .ser

oinjuriada nos [tlieatros em um paiz que é ca-tholico-apostolico-romano. A policia, deve sersincera o séria nas seus juizos; não lhe é licitoo equivoco para occultar a fraqueza.

O « Correio .Paulistano »© o a Syllalms ». —O grande esforçofqito pelo novo órgão que se diz conservador,embora mantenha as mesmas idéas arití-reli-giosas do tempo em que se dizia republicanoou liberal adiantado, nada produziu para pró-var a antinomia entre" o Sylkibiis o a. Consti--tuição Politica do Império.

Tudo depende do modo de entender as 'lis •:>-sições conslüuçionaes, ainda cr repetimos, ii oart. 5" da Constituição é precisamente o maisforte argumento para harmonisal-:! com nsprescripçõos da Egreja.

Nilo podemos respondei' amplamente rio

que,, a este respeito, òxpendo hoje o CorreioPaulistano'. Fal-ò-homos no próximo numero.Entretanto, desde já protestamos contra asseguintes proposições; com referencia áCons-titúiçiló Politica do Império,

\d A liberdade de cultos.Não é verdadeira esta proposição, porque

ha apenas entre nós a permissão do' culto do-moslicó,

¦ 2." Somente o poder civil podo empregar aforça.

0 quo tem o art. 118 dá Constituição coma 2J-**' proposição do SyÜàbüsl A força do quetrata o Syllabus, à a, mesma do que trata aConstituição?

Reclamamos mais b-oa fé o lealdade na ar-gumentaçao.

3.1 Competindo.ao poder legislativo dana-ção a confecção das leis, dado um conílictoentro os poderesecclesinstico o civil, o Estadopóde legislar para solvol-o.

Baata o simples enunciada para demonstraro basiirclo do uma tal proposição. Que relaçãotem o art. 15 § 8" c o art. 179 í. 1" da Consti-tuiçtlp com o conílicto entre aquelies dous po-deres?

Estupenda argumentação I4.** Todas as outras religiões são toleradas

no Império.E' preciso attendér para o art. 5" da Cons-

iituicão. Vem.)-; ali sómonrte a permissão doculto, o isto mesmo em casa particular, sem aforma exterior de templo. E, demais, cumpredistinguir entro a tolerância canouiea e a to-lerancia social;

5.** Sem licença o consentimento do governocivil o poder ecclesiastico não deve exercei* asua autoridade I

E o'Correio Paulistano cita o art. 102 §§ 2"o 14 da Constituição, dos quaes o |> 2" refe-rc-se á eleição dos bispos e ao provimento dosbenefícios ccclcsiasticos, e o t; 1-1 á famosa

questão do beneplácito IO que tem esta disposição constitucional,

quo no i. 2" presuppõo uma anterior concessão(la Santa Sé, e no § 11* apenas parece dar ounegar o effeito civil aos decretos do poder ec-clesiastico, segundo fôr ou não dado o bene-

placito ?Nem é serio acreditar que o poder ecclo-

siastico precise do beneplácito do poder civil

para fazer valei* praticamente os sous dc-crotos.

Eis tudo o que a gente conservadora do ex-órgão democrata encontrou no Syllabus eniopposiçâo á Constituição I

E cumpro notar que todas essas questõessão velhas, o já estavam decididas em favordá Egreja".qtíanclp foi promulgada a Consti-tuição Politica do Império. Se a religião ca-tholicn-apostolica-romnnu continuava a ser areligião do Estado, conforme o art. 5", é nmcòritrãseriso pretender que haja outra tal re-ligião que não seja a presidida pelo SantoPadre, mestre infalTivel da fé, impondo nosróis e aos-povos as suas decisões.

E' melhor quea gente do Correio Paulistanotenha a coragem dá apostasia.

Coragem!Coragem I »

., São muito lógicas eopportu nas as observa-ções feitas pela Seniindla, que tem pulverisadoossóphisinas do Correio Paulistano.

Oaxaiiionto do Roi tiaI-Iospaiilia. —O governo hespanholcommunicou ao governo imperial, por inter-médio do seu ministro plenipotenciario nestaCorte, que Sua Magestade El-Rei D. AílbnsoXII resolveu coütrahir matrimônio com sua.augusta prima D. Mercedes, filha dos duquesde Montpensier.

A cerimonia se verificará na capella doreal palácio do Madrid, no dia, 23 do correu-te, com assistência de todos os membros dafamilia real.

O liberalismo cie ©ui ase a-rado. — Tal é o titulo de um livro im-portàritissiirio, cujo primeiro volume acabade ver a luz em Guimarães (Portugal) edita-do pelo Sr. Teixeira de Freitas.

Eseripto pelo illustre Padre Henri lia-mière, que teve por còllaboraclores vários au-tores de nota, inclusive os próprios libéraes,Oíibercdiispio desmascarado—como o mesmotitulo indica éuina alialysc profunda edocu-montada, unia verdadeira autópsia do libe-ralismp em suas differentes phases.

E' obra muito para ler-se e meditar-se,attònta a gravidade dos.faclos incontestáveisque. cila patonléa. Ahi se verá que o libera-lismo é a falsa liberdade, comp ophilosophis-moéa falsa philosophia, como o raçionalis-mo é o inverso da recta razão.

- Além de bem escripta, a obra a qno nosreféritrips joga com dados históricos demuita importância e opportunidade. Niu-guem lera O liberalismo desmascarado .somquo admire o appláuda as repetidas palavrasdo condimuação ijrie o iirimòrfcál Pio IX temproferido conlra o llhoráliáinò catholico.

f) livro tvnkdcx-professi) das seguintes ques-tios : l-**-—-A banya-1'oi-.t do liberalismo. 2"—O liberalismo.catholico. ¦'»"—O liberalismo eo cesarismo. 4"—O liberalismo desmascaradopor si mesma ou por suas obras, 5"—A escolade direito das gentes e a da reforma social. '

Por aqui so vê que é uma obra de fôlego,o:cupando-se de um assumpto que affirmadopoi* uni! p.negado por outro*1*, constitúe heije

tuna polemica permanente tanto no velhoconio no novo mundo.

¦ Esperámos com anciedade a publicação do2" volume para melhor externarmos o nossojuizo acerca de um livro tão substancial como.verdadeiro.

Os que se interessam no movimento reli-gioso que agita-os dous mundos, isto é,os.quesão pela Egreja, o os que são contra a Egreja,devem procurar o ler O liberalismo desmasca-rado,—os primeiros para mais se precaveremcontra a astucia do"um inimigo tão perigosocomo insinuante, o os segundos para refutar,se puderem, essa exposição fiel, essa de-moristráção cáthégoriçá o essas provas iricori-cassas quo ferem do morte o liberalismo ca-tholicó.

Nossos parabéns ao illustrado traduetor oao Sr. Teixeira de Freitas pelo relevante ser-viço que presta á Egreja, á sociedade' e áslettras com a publicação dc uma obra, quomerece ser lida por quantos faliam a béllis-sima lingua de Camões e de Garrett.

Ori£-j;oiii do© vogetaos. — Osvegetacs, diz o sábio cliimicó inglez Sir Hmn-

pliry Davy, vivem, mas não dão signal algumde percepção; são privados da faculdade loco-motiva, que possuem os animaes; não tèm or-

gãos senão'para se nutrir e reproduzir-se:tudo-se limita nolles á conservação e ao desen-volvimento doindividuo ou a multiplicaçãodas espécies.

Por ser curiosa e instruetiva, vamos daruma noticia bastante desenvolvida dos lu-c*ares de onde são originários muitos vegetacse muitas fruetas.

A acácia provém de Bary, donde veioem 1870.

O alho, do Oriente.As amêndoas, da Mauritânia.O ananaz. da America.O anis (herva doce) do Egypto.A- alcachofra, da Sicilia ou da Andaluzia.Òasphòdeló, da Itália.O aipo, de França.A abóbora, cPAstráchvOs agriões, de Créta.A alface, de Cos (Stanco).As avelãs, do Ponto e da Ásia.As azeitonas, da Grécia. Os Phoceos plaíi-

taram a oliveira em Provença.A ameixa, da Syriá.O arroz, do Oriente.A batata, da, America.A borracha da Syria.A. beldrooga, da Ásia.0 café da Arábia e das Antilhas.A cinara, da Itália.A cenoura, da França,O ecrefolio, da Itália.A cereja, do Ponto.O cariamq e olinho. da vVsia.A castanha, de Surdes, na Lydia.A couve branca, do Norte.A couve-flor, de Chypre.A coúve vermelha e a, verde, dos romanos,

que a receberam dos egypcios.A chalota, de Ascalon, cidade da Phenicia.O cravo da Lídia, das Molucas.O castanheiro bravo, das grandes índias.As cebolas, do Egypto.O centeio, da 'fartaria c da Sibéria.O chá, da China e do Japão.0 damasco, da Armênia,Õ espargo, da Ásia.A esconcioneira, da África.O espinafre, da Ásia menor.O furiclio, das Canárias.O figo, da Mesopotamia.A framboesa, da França.0 feijão, da índia.O jasmim, das índias orientaes.

* 0 limão, da Media,O lúpulo (pó de galo), cVArtois.O loureiro, do Créta.A lentilha, da Ásia.A luzerna, da Ásia.As laranjas, da índia ou de Tryo.

.A'maçã, daNeustria.A maçã-raineta, da Syria.O niarmelo, da Ásia.O morango-auanaz, da Luisiania.O melão, do Oriente ou da África.O mastruço, do México e do Peru.Os nabos, de França. *A noz, da Ásia.O pecego, da Pérsia.A pera, de França.A romã, da Ásia,0 rainunculo, do Levante.

*A salça. de Sardenlm. '

O tabaco, do Brazil.0 topinambor (batata do Brazil), da Ame-

rica.O trigo, da Ásia.

"Blliliotliecaiís de IPai^iz.—De uma estatística oiíicial, publicada pelo go-verno çla Republica Franceza, oxtrahimosasseguintes informações sobre as bibliothecasde Pariz :

A' Bibliòthoca Nacional, que não tomigual no mundo,, possue. l,OQO,O00de volu-mes".

A dos Archivos, que foi croácia por Daunonem 1808, conta 20,000.

A do Arsenal, fundada no século.passadopor Saulmy d'Argue.son, tem 200,000,volu-lhes e 8,000 ínanuseriptos. Esta bibliothecaé principalmente rica em documentos rela-üvõs no thoátro.

• A Bibliotheca dos Advogados, no paço daJustiça, 12,000 volumes.

A da Repartição das.Longitudes com 5,000volumes.

A do Collegio de França tom 0,000.A do Conservatório das Artes o Oflieios

20,000.A do Corpo Legislativo 50,000.A do Supremo Tribunal 40,000. -A da Faculdade de Direito 9,000.A. da Faculdade de Medicina 35,000. 'A da Casa da Moeda'2,000.A da Typographia Nacional 3,000.A do Instituto 100,000.A do Asylo do Inválidos 25,000.A do Louvre 100,000. ..* -A da Secretaria de Estrangeiros* 1-1,000.A Bibliotheca Mazarina (lliblolhecaa fiov-

dalore Mazarinea,), fundada no segundo meia-do do XVII século, tem 160,000 volumes.

A do Muzoudo Historia Natural 35^000,' A de Santa Genoveva 170,0,00.A do Palácio de Luxemburgo 20,000.A de Sorbona 125,000.Todas as bibliothecas de Pariz possuem,

portanto, 2,130,000 volumes.

Missas convontuaos.—Nosdomingos e dias santificados ha missas nasseguintes egrejas:

A's 4 lioras :S. Francisco da Prainha e Sant'Anua.A's 5 horas :Candelária, Mosteiro do S. Bento e Imperial

Quinta e Convento do Carmo.A's 0 horas :S. Sebastião, Candelária e Recolhiihento

das Orphãs.Ás (5 1/2 lioras : .

. Seminário de S. José.A's 7 horas.:Sacramento, Nossa Senhora do Parto,

Nosso Senhor dos Passos, S. Sebastião, Con-vento de Santa Thereza, Candelária, SantaRita, S. José, na ilha das Cobras, SaiifAnná,Freguezia de Nossa Senhora da Gloria oGloria do Outeiro.

A's 7 1/2 lioras:Convento d'Ajuda e S. João Baptista da

Lagoa.A/s 8 lioras: _No curato da Capella Imperial, S. José,

convento dc Santo Antônio, S. Sebastião,Hospício de Jerusalém, convento de SantaThereza, Candelária, Mosteiro dc S. Berito,SanfAnna, Hospital dos Lázaros, cemitériocle.S. Francisco Xavier, internato de Pedro II,Nossa Senhora das Victorias, Nossa Senhoradas Neves, freguezia do Nossa Senhora dá ¦Gloria, Nossa Senhora da Lapa do Deslprro,Hospício de Pedro II, freguezia do Espirito-Santo o Conceição do Engenho-Novo e Con-vento do Carmo.

A's 8 1/2 horas:Sacramento, S. Gonçalo Garcia, Seminário

de S. José, ¦ S. Francisco Xavier, Hospitalmilitar do Andarahy e Convento do Carmo.

A's 9 horas:S. Domingos, Bom-Jesus, S. Francisco dc

Paula, Nossa Senhora do Parto, Ordem Ter-ceira da Penitencia, Nosso Senhor dos Passos,S. José, S. • Sebastião, Arsenal de Guerra,Santa Luzia, Convento d'Ajuda, Candelária,Cruz dos Militares, Nossa Senhora da Saúde,S.Francisco da Prainha;Mosteiro de S.Bento,Arsenal de Marinha, Sant'Anna, S. Christo-vão, Nossa Senhora da Conceição, na rua deS. Januário, S. João Baptista, na rua Bellade S. João, S. 'José e Dores, Sauto Antônio,Meninos Cegos, freguezia de Nossa Senhorada Gloria, Gloria do Outeiro, Nossa Senhorada Lapa do Desterro, capella Visconde deSilva, Nossa Senhora da Copacabana, fre-guezia do Espirito-Santo, Conceição do En-.genho-Novo e Convento do Carmo.

A/s 9 1/2 horas :Convento cVAjuda.A's 10 lioras:Sacramento (conventual), L a m p a d o s a,

Santa Ephigenia, S. Gonçalo Garcia, Con-ceição (Ordem), Rosário, S. Francisco ciePaula, S. José, Misericórdia, Santo Ignaciode Loyola, Candelária, Nossa Senhora daMãidos Homens, S. Pedro, Conceição eBoa-Morte, Lapa dos Mercadores, Santa Rita,SanfAnna, S. Christovão, Bomfim, SantoAntônio, Capella de Nossa-Senhora do Montedo Carmo, freguezia de Nossa Senhora daGloria, Beneficência Pòrtugueza e Conceiçãoda Gavoa.

A's 11 lioras:Santo Christo dos Milagres, Noss.a Senhora

do Parto, S. Josó, Caudelaria e Santo An-tonio. '^'¦'¦d

Ao meio-dia:S. José e Candelária.

SECÇÃO PARTICULAR

O Ooii.soineiro ^acliarlasToldam-se dc nuvens os horizontes da pátria*

lugubremente dobram os sinos dá Egreja, e aconsciência' nacional, despertando de prolon-gado lcthargo, ergue-se a meio no seu leitode dor e murmura, entre lagrimas o soluços:aquelle que tanto trabalhou pela grandeza:

desta terra, aquelle que tão denodadameute

A;j^,*W \ •

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4•o dc .878

odas

lutou pela Egreja o pela Liberdade,-o conse-

lheiro Zacharias de Góes o Vasconcelos»-jánão existe I

Pareço sina maldita: o prosei.to anuo, ao

sou findar, nao nos poupa os golpes tremendose encho-nos do luto.

La so foram Thomaz Poinpeu 'o Pinheiro

Guimarães, boas almas apezar dc seus erros;hontem os amigos acompanhavam â sua der-

radeira morada os ossos de José do Alencar.,e hoje a Pátria, debruçada sobre outro túmulo,chora lagrimas de sangue pela perda do con-

selheiro Zacharias.E' muito soffrer, santo Deus I E' muito

para este Império tao novo e já tão ator-

mentado, para elle que tanto .precisa do

estabilidade, que tanto necessita das luzes

de todos os seus filhos, e que vê sumirem-seum por um, arrebatados pela desapiedadamao da morte, os seus mais distinetos repre-

sentantes, os seus mais dilectos estadistas,

aquelles que mais se esforçam para erguel-p

â altura de uma nação civilisada e christã.José de Alencar e Zacharias I

Quo nomes e qne recordações I Que gloriase que vicíssitudes I Quanto patriotismo na-•quelles dous corações moldados em bronze

romano, d quanta ingratidão uaqucllea quenunca deveriam esquecer os serviços prestadosa causa da Pátria, que é a causa da humani-

dade, a causa de Deus INem recriminemos. A posteridade saberá

fazer justiça as paixões mesquinhas e aos

interesses tacanhos: a posteridade ha de viu-

gar as victimas do Poder Pessoal. Dos ser-

vos da Tyrannia nada ha de ficar, a não ser

um 'nome execrando, ao passo que o nome

dos fieis servidores do Poder Christão,. dos

que antopuzeram a dignidade á corrupção c

Christo a Casar, ha de passar ás geraçõesvindouras, coberto de bênçãos e coroado de

estrellas.Nãorecreminemos...Sepultou-se hontem o grande vulto que

assombrou-toda uma geração com os arroubos

de sua eloqüência gigantesca, em cujos ac-

centos sentíamos soprar o mesmo espirito que

em eras não mui remotas inspirava a O' Con-

nell eMontalembert; de sua eloqüência po-

tente como o trovão, electrica como a idéa,

em cuja vertiginosa fascinação liamos os con-

tomporaneos a mais bella expressão do epge-

nho humano, o symbolo mais puro de um

talento maravilhoso.Zacharias foi grande no parlamento e na

imprensa; foi iusignq na jurisprudência e nas

fiuanças. , rGrande na política, Zacharias foi o chefe

mais prestigioso de um partido outr'ora ho-

moo-eneo e brilhante, hoje porém sem pro-

Rramma, sem bandeira, de todo desbaratado;

de umpartido a quem elle tanto engrande-

cera, e que por fim como que renegou-o por

causa de suas convicções altamente catho-

licas. . . ,.Nem podia deixar de ser^ssim. As tneses

do liberalismo moderno, excêntricas e revo-

lucionarias, incompatíveis com toda a ordem

social e política, o espirito lúcido e expen-

mentado dc Zacharias repellia-as com todas

as forças de um crente e de um patriota.Aquella grande alma afastava de si a idéa

monstruosa da secularisação de todas as nos-

¦sas instituições; sonhava o consórcio da Reli-

rrião e da Liberdade, e consequentemente o

consórcio da Liberdade e da Autoridade. Fi-

zeril-s3 o campeão do ultramontamsmo, e

pensam, e afirmava ser o Syllabus amais

sabia das constituições, o código mais liberal

das nações modernas.Defendeu os Athanaziosbrazileiros, quando

arrastados á barra de um tribunal iníquo pelo

ominoso gabinete de 7 de Março, padrão de

vergonha da situação conservadora. E os

ataques de que tornou-se desde então alvo o

illustre senador são o mais bello titulo de

gloria e constituem a mais significativa re-

commendação. .Não podiam os rapazolas do Club da lie-

forma hão podiam os conferentes alcazarinos

perdoarão chefe regressista a admirável defesa

do Bispo de Olinda!Não traçaremos as phases de uma carreira

tão brilhante quão fecunda, a qual chegou a

tudo quanto pôde almejar licitamente a am-

bicão de um estadista: foi presidente de pre-

vincia, foi senador, foi ministro e presidio o

Conselho.... Baüta acerescentarmos que em

todos os degráos da escada ascendente do -po-

der o conselheiro Zacharias nunca desmentio

Bua probidade e reçtidão, virtudes estas apa-

na-iocomo que exclusivo das intelhgencias

oue se pautam pelos preceitos de nossa sacro-

santa Religião Catholica Apostólica Romana.

Migg1Eggggga--sEsgr^

Domingo P» dc J qnei. (EcaE-ffi_r.:i-Er_OTzrr_E^

'jtsicanasoasasaraaEnBHnBi

res, para nós os catholicos que o seguimos emtodas as manifestações do sua alma trio ,m:i-:

nifieamente fadada pela Divindade, em to-as manifestações do seu caracter tão

elevado,, tão intrépido e tão integro :-elevadocomo o dé um Malheserbés, intrépido comi) ode um Boissy d.Vnglas, integro como o de um.Berryer.

Descança nos umbraes da morte. Des-cançii no seio dc Dous. Tu não morreste : nãoé a morte a vida ? Não ha do teu nome pas-Sar incólume e glorioso á posteridade? E nãoé esta a immortalidado?

No dizer de um grande escriptor níodor-nisshnb, tua alma—qual peregrina cansada

pela viagem — voltou ao seio do Eterno : éa Volta definitiva do filho pródigo á casa pa-terna, e por isso nós todos podemos enxugarnossas lagrimas, seccár nossos prantos.Agora, já' não- U03 Íris de deixar ; agora, éstodo nosso I

. S. Paulo, 30 do Dezembro de 1877.

Estuvam Leão.

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HjLUSTRADO_a.ua

CONTENDO MUITOS . VÁnh-DÒS ASSU.IPTDS Dl'1NTH1UWSH __..:.. . UMA. PAUTE

SCIENTIFICA, HTTEIlAaiA, NOTICIO? A J.!U-C_E.-TiV..

l'l',U)

3

Ao cc Ooitoío l^axilistaiio j>

No noticiário do 11. 6,839 do Correio Pau-Uniam, sob o titulo Decisões, noticiando-se

quo foi reformada a decisão do juiz de direito,

quo pronunciou o juiz municipal c delegadoda villa dq Patrocínio das Araras, pelo crimealli praticado em Abril do corrente íinno,acerescenta-se que esta decisão responde'ásaccusaçOps feitas contra as ditas autoridades

por oceasião do pronunciamento da popula-cão dessa villa contra as doutrinas subversi-vas da ordem social, pregadas por ianaticosJesuítas.

Pelo que dissemos na assembléa provinciala respeito do facto qu. serviu deháse ao pro-

algu-pra.'i'

cesso, julgaino-nos obrigados a fazermas considerações sobro o enunciado

Não se tendo publicado o inteiro teor dadecisão c nem os seus fundamentos, não se

pódc afirmar que ella justificasse o crime, o

que achamos impossível Jejn face dos nomes

que a firmaram ; ou, se apenas se fundou nafalta de provas, neste caso nada so pôde de-duzircVella contra a força jurídica das leis

que garantem a liberdade da Egreja Catho-lica c seus ministros.

Quando se discutiu essa questão pela im-

prensa, os amigos das autoridades orados-

pronunciadas negaram que ellas tivessemtido parte no facto, reconhecendo assim queeste era criminoso.

Quanto á asserção relativa ao pronuncia-mento da população, continuámos a aífirmar

que nunca o houve no sentido quo se aííirmaem dito noticiário, sondo os padres Bárth,Taddei o Ben. Graciosi recebidos com asym-

patina e respeito dcquesão merecedores pulassuas qualidades pessoaes e polo fim que allios levava, c que apenas um grupo como-cado, e excitado por quem não o devera fa-zer, commetteu o crime,

'fatiando o figurando

,em nome do grupo os que tinham asou cargoa manutenção da ordem e liberdade indi-vidual.

O noticiaristanospénhoraria summamentese quizesse indicar quaes são as doutrinassubversivas da ordem social pregadas • pelosJesuítas.

O epitheto fanáticos, na questão á que serefere, a noticia, pôde ser applicado com todaa propriedade aos perseguidores quo não re-cuaram perante o crime: é uma irrisàÓapplical-o aos perseguidos.

Rio Claro, 22 de Dezembro de 1877.

A. A. ns. Fonseca.

|stlt8..! BÕ |l.?ffÍVa |iUí_Íí Jjiiirt to? |tlíE Al'1-tOVAUD PFI.OS

Exius._ Rvms.Srs, .Vroobispo tid polila,I-lsi-.o tio f-j. T»_ul<>, Bispo ilo Ociii-is,Bispo ao nlaCtrajulo Ao Sul. JSlsiio.iloMariun-iiãi Bispo <iu Diamantina; Bispodo IJává, Bispo OloltO do MuMo-Orosso,XJlspo olol.o <lo MaranUSò. RvOVlspi;c.-oi-al rto B-spculq «to Hló.Grcrp.ao rtoPi-,»1. Vi_á_.o Capitular ao snu-laniin oiouvaáb í?olà Ii>i_ í-o-isii ji:\elo'ial o os-¦tiraxigôirtt.

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De 2õ exemplares para cima fr.z-so o alia-timento de 25 0/0, o, a typógraphi.a se cucar-rega do remettel-os para qualquer parte(excepto pelo correio)-, som mais clèspezaspara 0 comprador.

Recebem-se encommendas do qualquerporção.

antãílo

Esta obra escripta com toda a imparciuli-dado, o baseada om documentos autlienücospõe á descoberto o que é a seita maçonica eOH fins que elbi tem em mira.

Vi admirável a exlracção que tein tido estaobra.

Henrique Úassémo, — I__fl.fiê- So.-Jüííts.<fo F:l_í{a!i%ll*w.—Obra. 'honrada com umbreve .especial de Sua Santidade o PapaPio IX, traduzida em portuguez.

Rceommendamos muito aos catholicos estaexcellente obra que narra a iippurição deNossa Senhora e os grandes prodígios que sotem operado 1111 gruta do Lourdes. A obrade 11. Lasscrro é a melhor que ha, e tem sidotraduzid(i cm diversas línguas.

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llenri Coiisciènce. — Hoa^íos €|iUSaol!-<sm, scenas históricas do século V, versão deCunha Viunua. O 1" volume com cerca de300 paginas .85.0

Ilenrico pumas.—fl.V«ictaü|_ «Io pèú-ssai__ justa cury cum coinméhtàrio superConstitiicidne SS..D. Ni PapiePití IX. Die 19Octobris 1869 edita. 1 vol DÍ000

kbbade de Tounissowo.—toá alfi-K-ia__H.«ra'eá ali. cloro éaíl-oBIco. Traduzido porA.M.lvol S600

D. Maria'de Pilar.—A liei cl© ©OMS,collecção de lendas baseadas nos preceitos doDecalogò.

E' tun livro digno de penetrar no seio detodas as famílias. Contém lendas intercssan-íissimas e cheias do grandes ensinamentos.

Um bebo volume de cerca de 300 pajri-2^.000

;}000Vigário Francisco

Monte . .' . • •Baroneza de Itamby .D. Guilhermina Torre; Guima-

Dorme agora em paz o ingente lutador

repousa á sombra do cypreste, longe do re

i:Í: illimn.no. lonffe do referver das paixõebo-

iiixões eliço humano, longdas injustiças. - .

A águia tomou seu vôo para a mansão si-

der.nl °c

elle era digno de contemplar face a

face a luz celeste, já que na terra elle chegara

«ela pratica do bem e pela profundeza do

pensamento, á verdade,-ao Cathohcismo.

]>ÍKa um exemplo grande e nobre, um

exemplo fecundo á nossa geração estragada

«ela Revolução e corrompida pelos miasmas

da tyrannia paga. Deve ser nina donsohição

deve ser uma consolação para seus admirado-

rães ,.-'..:.;.D. Clara B. •Marte Le SellierD. Maria Luiza R. . . . \DanielD. Sophia Carlos .... .Luiz Gama ....;..D. Maria Luiza Gonzaga. . .D. Adelia Maria Gonzaga.. . .João Maria .......D. R.sa HaydenMarg White .......Uma ovelhinha ........E. R. M. . . . •> . : .As • •Visconde de Tamandaré . . .Padre Aniceto Martin de Bilbao.

Somma

nasEncadernado'.. 5;

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2603000

SECCÃ0 DE ANNUNCI0S

JU I)':'!

Recebe-se as assignaturas na casa

LOÜRDESdo

D. Maria Sallaberry, rua de S. José n.

Para o interior» a corte .

23500 por anno.23000. »

',[. I. Ronuele.—3__B3táçsSò;.«S© Chriáto,Traducção nova, acompanhada de piedosasreflexões nos fins dos capit lios e precedida deroacões para assistir ao Ôaiít* Sacrifício daMissa.

Um volume bem encadernado e douradocom finas estampas ¦;..'.... 33000

jdem.—_Bí.-_.íií-lil «Ia SBissía <c «Ia £/©-]..SlswsãiD.—Nova edição, augmentada com va-rias devoções.

Um bello volume nitidamente impresso,encadernado e dourado, com finas estam-

33000íxlefn,—?_•» .'fflfl lloras l|a_°âí.__ii_ás ou

Officio menor da Santíssima Vir.q-em MariaNossa Senhora, novamente traduzido o novodevocionario mui completo de orações e exer-cicios de piedade.

Um volume elegante, dourado e ornado definas estampas 33000

. Mons. Bourrel.—SBospósta á_ ÍMíliici-ipaosi _3aajp8B-a«.S®.i_ que se fazem á Egrejana épochaproseii-e. Traducção do padre Jero-nymo José do Amaral. .Y _.. 3400'E'

um livro escripto cóm muito critério eelegância. Recommendamol-o aos catholicosbraziíèiros.

Visconde de A zeuedo.—€oajt_»_t'«iV(_;S|í«>s-ta ..asila «ais volla© I5bóa?al:.. 1 volumeQm12 $800

Cardeal ./. S. _r.».^i..----__a»©v© «3S|í»sb-cã_ «los 4?:uE'así©_"©_ «ia v^áMl&âoSr».•©ligâS®.

Um volume brochado 3500Padre F. X. Gaulrelel.— '! Sa^iác-aaía©©»

R.5.- _ía © a s'©ry._Sj-«5ão,' com- approvaçãoda

'autoridade ecclesiàstica. Traduzida peloCondo de Samodães. 3 vols. iu-8°, encader-nados ' 03000

6?i 7f, 83, 9% 10',li» o 12" cadernetas (cada uma) com 98 pa-"•'mas, o contendo uma dellás o retrato dePio IX ' «800

Encadernadas, 3 vols 123000Cardeal Wisenv.in. — ii .iliâola €»a_ a

j_-ga*oja ihis CalãoHiaaSíasi. E' a historiado estado da Egreja christã na sua primeiraidade média, e, por assim dizer', a epopéa doberoismo catholico, o poema do martyrioevangélico; e o cântico dos triumphos da .fé;

Escripta sob a forma dé romance, com sim-plicidade elegante, a Fabiola tem o grandemerecimento de estar ao alcance de todas asintelligencias: a propriedade do estylo e a pu-reza'da doutrina rccommendam tão famosaobra, que é digna do illustre autor da Alam-pada do Sancluario.—l grosso volume comumabonita cartonagem vinda de Pari,z, enca-domado 63000

Darão General A mberl.—O IIoroiSM-O «1©físíD.i.DBata. Baseado sobre a campanha franc-prussiana de 1870.

Esta obra que já conta seis edições, põe pa-tente os mais-adiniraveis episódios da guerrafranco-prussiana,descreve scenas commoveu-tes e mostra o papel que tão brilhantementenella! desempenhou o padre catholico.

Um volume nitidamente impresso commais de 300 paginas • 2^00

Padre Senna . Grilas.—Discurso sobroa _'cligIs-o catlaolica ©aaa Saco (Ba sao-lillca, pronunciado ua associação catholicaportuense, por oceasião da academia religiosaque teve lugar no

'dia da Immaculada Con-cèicão de Maria, a 8 de Dezembro de18.. ; ^00

Um.—A toaailá «1© aaiostro Biincas,bistoria de um pobre de Deus, contada porelle mesmo. o.rnn

Um volume encadernado M'MOIdvm.—Sàn Prosby.torio © aao Toaai-

nlo. Litteratura christã, sermOes.praticas etc.Dous èrossos volumes nitidamente im-

7f(000pressos • / . ' ¦:wyj

Esta obra tem tido grande açM|_çao e ódigna de ler-se pela sua doutrina e elegância

^ggggg_S5S__S5-_--_3yPadre Mach,—® 'Maósburo «So fSJaccr-

«lói_j repertório das principaes pousas queo padre deve saber para sesantiíicar a si oaos outros, o 1" e 2" volumes, encaderna-dos 103000

Idem:—© «lia fiolSas báa i-ccordiawaoí_í_ nirú•â__H4.3i*£_ cojiaaíasaaaSaíSo.

1 voh cartonado. $400 .V(/,)m',__í\Mc©3.. «Ia í_alvttç_io, 1 vol.

broch. 13500,'cartonado o com uma bellaestampa 23000

Idem.—|-tanaa. «Io _iac©r_©!e,' 1 vol. *broch. 13500, cartonado e com urna bellaestampa 23000

Debvèytie.— Esiüdbsi «ío Vheologia,1 volume 23400

Encadernado 33400• Dr. Francisco,IleUiwjer.— Agaolojgâa «6»iplaristiaíáismibi excellente obra appro-vada por muitos Bispos, traduzida da 5a edi-ção allemã pelo Conde de Samodães, 3 volu-mes encadernados (cada um) 43000

A obra'constará de 5 volumes nitidamenteimpressos.

Dr. fíraz Florenlino Henrique de Souza.—B_f>i___._» _oí-à'© o roc.aivyo á <C«»a'èa ápropósito do projecto de lei approvado pelaCâmara dos Deputados na sessão de IbtíB,revogando o art. 2o do decreto n. 1,911 de26 de Março de 1857. Um volume. 8500_

Dr. L. M. da Silva Ramos.— S©a*aaaS-»'splíà.o à «Hlvâsailaíl© «Io Mi. fii. Josíi.síDasj.wto, recitado na Sé Cathedral deCoimbra . $500

D, Mauro WoUer.—As Caiacuauba»«Io__«jsaa o a doutrina catholica.

1 volume brochado 13000Padre C**f.—Aaaiar a B. o«as © a í.ai-

.a.s« v.i«la ou colloquios da alma com o ssiiCreador.

1 vol. broch $800Encadernado 13400E' um excellente livro tirado das obras de

Santo Agostinho.Monsenhor Landriot.—__ asa.sllaca* Itts1.»,

versão da 10a edição franceza por AlfredoCampos, 1 vol 23000Encadernado 33000E' um livro de ouro que deve penetrar no

seio de todas as famílias catholicas. A grandeacceitação desta obra excellente, é uma provacabal de seu grande merecimento.

Padre .1. M. Curique.—Voascs 6*a,o|»Sse-ticas oaa Àjij»ari$©©s © EVoíS-CçjI©..,tiradas principalmente dos animes da Egrejaa respeito dos grandes acontecimentos do so--*culo XIX e do próximo fim dos tempos.

Um volume brochado •... 13000Conselheiro Figueira de Mello.—Observa-

çffics sobre a consultada secção dos Ne-gocios do Império do Conselho de Estado re-lativamente ao recurso da Irmandade do San-tífsimo Sacramento da egreja matriz defianto Antônio do Recife, contra o acto peloqual o Rvdm. Bispo de Pernambuco a decla-rou interdicta, etc, Um volume.... 3500

Padre José Joaquim Corrêa de Almeida.—iSatyras, Epigraniaanás e outras poesias.

E' uma collecção interessante e que foi re- ,,cabida com muitos 'applausps por toda a im-prensa. Um bello volume com cerca de 200paginas 23000

P. Blol.—T_© Ooaa aa»H a•©coEaSnec©a,©»aaaos. Cartas de consolação traduzidas dádécima nona edição franceza.

1 vol. broch./ 36001 vol. ene 13000Conego Christovão Schimid.—Goaiovcva,

com que está escripta.Idem.r-.06 IX; Discurso gratulatorio

pronunciado na Egreja do Seminário Patriar-clial de Santarém por oceasião do 30° anm-versario da exaltação do N. SS. Padre Pio IX

Ewstãclaâo © Ignèz, tres bellissimos con-tos moraes, em um volume cartonado e dou-do 23000

or.icâo «Ia :§©_aaaaaa Saaita, enca-domado 33000

S©a«aaa_es de Frei Firmino de Centelha,brochado 23000Encadernado SgOOOCarvalho e João de Deus.—Piccioasaa'.*

S»a'o«oil_co, ene " 33000

/). Miguel SoUo-Mayor.—:A Egroja'fa .sasaaioSaasato aao Coaacâlio «1» . .a.i-«naa«», explicação dogmática, philosophicae histórica dos decretos do Concilio Ecume-uico'do Vaticano.

Um bello vol. in-8° de 308 paginas enca-dernado 33000Brochado 23000E' um livro primoroso no fundo e na forma

e digno de ser manuseado pelos catholicos epor todos que desejarem ter conhecimentoperfeito dos dogmas definidos pelo Conciliodo Vaticano.

Dr. Antônio José de Souza.—Ex|ilicaeão'los i«Biotisaaao_ ©as gaa*ogaa _c«la«l«s «Iasl.aaftqiai* hebauaica © gro£ça encontradosfreqüentemente nas Sagradas Escriptu-ras v. .. 3200

Remette-se pelo correio qualquer obra,correndo a importância do registro por conta'do comprador.

TíPOfiMPniA 1)0 APÓSTOLO16 RUA NOVA DO OUVIDOR 16

aosolio pontifício. 3600OTffiçia Movissinia pro Dioecesi Flumi-

nis-Januarii a Summis Pontificibus approba-ta et còncessa a mencis plurimis accuratissi-me expurgata,- et a sitperiori auetontaterpcoomitòr Onera et studio unius SacerdotisFhíminensis - ,}4!UU

dr. A. Secioso Moreira de Sá.—® i_uavo«ia i_5b©a_lâ«l©.—Um bello volume de cercade 300 paginas in~4n 23000

D. Jaipne Dalmes.—Darias a aasaa mv$>~tíeo-'e_f_ mate», a "•!« rollgiao, \ vo-lume brochado ;Jíj000Encadernado • pSv.UyIdem.—9 CJriíorib- Philosophia pratica.E'um livro excellente a todos os respeitos

e cuja primeira edição da traducção portu-gmeza, já se esgotou.

Um volume encadernado -»uu.Idem. ® Í^B'oi©sáaBatâSBBao ©os.apffi-

a«í-sib ©osm b CsallaolicisBiao. Io, 2o, 3o c4" volumesícada um) encadernado. 33000

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Brochado.Idem.

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