Gastronomia2+_300811
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SALVADOR TERÇA-FEIRA 30/8/20114 SALVADOR TERÇA-FEIRA 30/8/2011 52 2
tem, o grupo ganhou o prêmiodemelhorvideoclipederockporWalk, no Video Music Awards,maior premiação da emissora,atualmente dominada pelo pope o hip-hop.
De peito aberto, os integran-tes (atéaquelesque jádeixaramo grupo) falam sobre as brigas,decepções,sucessos,osgrandesshows e as relações internas.
CARVÃO ANIMAL / ANA PAULA MAIA
Editora Record/ 159páginas/ R$ 29, 90/www.record.com.br
Se há uma certaviolência nos seustextos, juram quevocê é leitor fiel deRubem Fonseca. Euli três livros dele. Limuito mais JulioVerne. A violênciados meus textosestá em mim.Acredite. Está emmim, não no que li
ENTREVISTA Ana Paula Maia, escritora
“ESCREVER ÉBUSCAR O LADOSOMBRIO DOSER HUMANO”KÁTIA BORGES
Autora de narrativas consideradas sombrias, Ana Paula Maia estáanimada com a perspectiva de conhecer a ensolarada Salvador. Aescritora carioca de 32 anos participa do Café Literário na Bienal doLivro da Bahia, que acontece entre 28 de outubro e 4 de novembronoCentrodeConvenções.Traznabagagemonovoromance,CarvãoAnimal, que fecha a trilogia A Saga dos Brutos, iniciada com asnovelas Entre Rinhas de Cachorros e Porcos Abatidos e O TrabalhoSujo dos Outros, e experiências criativas que pretende compartilhar.Comovisitanteemprimeiraviagem,querpasseartambéme“visitaro máximo de lugares que conseguir”. Admite estar cansada dorótulo de literatura pulp fiction, que acompanha seu trabalho desdeo primeiro livro, O Habitante das Falhas Subterrâneas, lançado em2003. Talentosa e autêntica, confessa que nem imagina o que vaiescrever agora que a saga acabou: “Não costumo planejar”.
Em Carvão Animal, fogo e mor-te simbolizam certa brutalida-de libertadora. Como esses te-mas entram em sua obra?
Ofogoestápresentenasduasprimeiras novelas que inte-gram a trilogia A Saga dosBrutos. É um elemento po-deroso,deforçaepurificação.A morte é outro elementoconstante, e eu a trabalho emdiferentes aspectos. Em Car-vão Animal, ela é tratada deforma material, quase palpá-vel, despida do glamour que,às vezes, a intervenção lite-rária pode conferir. Em EntreRinhas de Cachorros e PorcosAbatidos, ela é banal, violen-ta e cotidiana. Já em O Tra-balho Sujo dos Outros, elatem uma função redentora.
Mas, na morte, entra em jogotambém uma carga emocionale cultural que torna a mani-pulação do corpo quase here-sia, não é?
Sim. A morte sublimada émais suportável, pois permi-te um distanciamento, doqual a morte física, palpável,não. A ideia da morte no livroé tratá-la como fenômeno co-tidiano, falar da vida de ma-neira objetiva. Quem lidacom cadáveres, tendo quecremá-los ou enterrá-los, ouaqueles que os preparam pa-ra a cerimônia funesta, lidamcom o término, com o últimoestado material.
O que pede administrar os pró-prios fantasmas.
A literatura cava buracos, se-gue em direção aos subter-râneos. No fim das contas,escrever é buscar o lado mais
tação é uma responsabilida-de que não é minha, estálonge do meu alcance. Fizuma adaptação para cinemado romance Santa Maria doCirco, do mexicano David Tos-cana. O projeto é do ator Gui-lherme Weber e está em fasede produção.
Já está meio cansativa essa coi-sa de associarem sua literaturaà pulp fiction?
Sim. Muito. Lido de um jeitode quem já está saturada. Ge-ralmente corto o assunto,pois realmente não dá mais.Se alguém realmente ler osmeus textos verá que elesnão se enquadram nessacomparação. Mas, se há umacerta violência nos seus tex-tos, as pessoas juram que vo-cê é leitor fiel de Rubem Fon-seca. Eu li três livros dele. Li
Editora Record / Divulgação
sombrio do ser humano.Sombrio, neste caso, lê-setambém, oculto, encoberto.É com essa finalidade que es-crevo. Interesso-me pelo quehá de oculto na alma; minhae na dos outros.
E depois da trilogia?Ainda não sei o que vou pu-blicar em seguida. Não cos-tumo planejar.
Você fala que sua interferênciacomo narradora foi "muito pe-quena" em Carvão Animal. Masa sensação de quem lê é de quehá ali uma narração precisa.
Os personagens me dão mui-to conteúdo ao longo da nar-rativa. Eu os observo e narroos seus feitos. Os diálogostambém ajudam o leitor aentender melhor cada umdos personagens. E ajudam a
mim também. Sinto a minhainterferência muito pequenaem praticamente tudo o queescrevo, pois vejo o que es-crevo, tenho a sensação dereportar. Pode ser estranho,mas sinto isso. É uma impres-são interiorizada. Acredito,que para os outros, eu tenhaum controle grande sobre anarrativa, provavelmente te-nha mesmo, mas não tenhoconsciência ampla disso.
Seus livros já viraram roteiro?Algumas sequências são bas-tante visuais.
Há uma adaptação de doisdos meus livros em anda-mento, mas não sei em quepé as coisas estão. Não es-crevi o roteiro, não o li ainda,não quero me envolver. A his-tória eu já escrevi, o que eutinha a dizer e como; a adap-
muito mais Julio Verne. A vio-lência dos meus textos estáem mim. Acredite. Está emmim, não no que li.
Outra coisa meio cansativa éessa eterna discussão sobre li-teratura on line.
Continua tudo quase na mes-ma, só que agora os livrospodem ser compartilhadospela internet. Você pode pu-blicá-lo num formato em PDFou colocar em capítulos numsite ou blog. Dá no mesmo.
VocêvemparaaBienaldaBahiaeste ano, o que traz na mala?
Devo ler trechos de CarvãoAnimal, falar um pouco sobreo processo criativo da trilogiae bater um papo com a pla-teia. Quero visitar o máximode lugares que conseguir.Acho que vou gostar.
Livro propõereflexão sobre arelação entre labore identidade
Nem sempre a vida é fácil, comoeste ou outros confortáveis cli-chês. Na literatura de Ana PaulaMaia o desafio tem sido traba-lhar, na pedra bruta da vida di-fícil, as feições de um rosto hu-mano que fale. É assim que ela,escutando o que esculpe, vaiconstruindo sua obra.
Em Carvão Animal, livro comque encerra a trilogia A Saga dosBrutos, a autora carioca vai ain-da mais fundo em mundos quepedem um olhar sem precon-ceito. Seus protagonistas nãosão heróis, mas sobrevivem àmargem, em subempregos quelhes exigem, muitas vezes, a su-blimação da delicadeza.
Trabalhando a morte em seuaspecto culturalmente maiscomplexo – o da manipulação edestinação dos mortos –, AnaPaula Maia nos põe em contatocomouniversodoscrematórios,que oferecem a quem pode pa-gar a alternativa de transformarentes queridos em cinzas.
Fogo e morteMas aqui não são urnas fune-rárias ornadas ou tristes rituaisde despedida que interessam.Os cenários que o leitor é con-vidado a visitar incluem os som-brios e potentes fornos.
Tantohorrornãoégratuitoouartificial. O crematório e o per-sonagem que nele trabalhacompõem um todo, pois seu ca-ráter é moldado pelo labor. “Nofim o que resta são os dentes,eles permitem identificar quemvocê é”, avisa o narrador.
E, se de um lado temos ofuncionário do crematório, dooutro temos seu irmão, bom-beiro, que lida com os mesmoselementos – fogo e morte – maspossui outro status. Carvão Ani-mal propõe uma reflexão sobreo modo como o que fazemos emvida pode nos relegar a um tipobem cruel de morte social.
Cedida pela Ciranda Comunica /Divulgação
Foo Fighters: documentário registra os 17 anos da banda, desde a estreia ao CD recente, Wasting Light
DESTAQUES DA CARREIRADA BANDA AMERICANA
1994 Kurt Cobain morre echega ao fim o Nirvana, doqual Grohl era baterista
1995 É lançado o 1º discoa partir de uma demogravada apenas por Grohl
1997 O baterista WilliamGoldsmith deixa o grupo.Taylor Hawkins, ex-AlanisMorissette, entra na banda
1998 Pat Smear,ex-Nirvana, pede para sair.Franz Stahl assume, masacaba substituído no discoseguinte por Chris Shieflett
2000 A banda ganha oGrammy de melhor discode rock por There's NothingLeft To Lose
2002 Sai o CD One By One
2005 É lançado o discoduplo In Your Honor
2007 Sai o 6º cd: Echoes,Silence, Patience & Grace
2011 Wasting Lighttorna-se o 1º cd do grupo aficar em 1º lugar nos EUA
MÚSICA
Filme sobre a banda Foo Fightersé lançado no Brasil em DVD
LUCAS CUNHA
O rock anda mal das pernas. Ogênero que sempre foi referên-cia quando se pensa na músicapop não é mais o preferido dosjovens no Brasil e no exterior.
Por isso, é importante des-tacar aqueles poucos artistasque ainda conseguem se man-ter, com um bom trabalho, nasparadas de sucesso.
Este é o caso dos Foo Fighters,banda norte-americana lidera-da pelo competente Dave Grohl,ex-baterista do Nirvana.
A história da banda ganhaimportante registro sobre osseus 17 anos de carreira no lan-çamento do documentário BackAnd Forth.
ClipesDirigido por James Moll (diretordo documentário vencedor doOscar Running The Sahara, TheLast Days), o filme foi exibido noferiado junino nos cinemas bra-sileiros (e de Salvador também)e agora ganha sua versão na-
cional em DVD.Back And Forth é uma viagem
no tempo, especialmente paraquem acompanhou a carreirado grupo desde o início, pormeio dos seus hilários e inven-tivos clipes exibidos pela MTV,principal canal de divulgação dogrupo em todo o mundo.
Não à toa, esta relação com aMTV é tão forte que, anteon-
Tudo aquilo que, nós sabe-mos, é apenas rock'n'roll. Masisto parece estar tão em des-crédito nos tempos atuais que ébom ver uma banda se man-tendo íntegra a estes valores.
CADERNO2MAIS.ATARDE.COM.BR
Veja trailer do documentário, vídeos emais sobre a banda no blog do 2+
BACK AND FORTH / FOO FIGHTERS
SONY MUSIC BRASIL / R$ 39,90 (EM MÉDIA)
GASTRONOMIA Senac reúne especialistas para lançar um olharcontemporâneo sobre as tradições em torno da comida baiana
Seminário debate aalimentação comopatrimônio imaterialDANIELA CASTRO
Boa notícia para os que não seprogramaram com antecedên-cia: ainda há vagas disponíveispara o Seminário de Gastrono-mia, que acontece hoje à tarde,no Teatro Sesc-Senac Pelouri-nho. A quinta edição do eventocoincide com a comemoraçãodos cinco anos do Museu daGastronomia.
Raul Lody, que assina a cu-radoria de ambos, acrescentaum adendo ao convite. “Comessesemináriovamos iniciarumprojeto de longa duração para acriação de um banco de dadosde receitas baianas”, avisa o an-tropólogo carioca radicado emRecife.
Para dar forma ao projeto,que terá atualização permanen-te através da internet, o Senacespera contar com a colabora-çãodopúblico.Qualquerpessoapoderá compartilhar receitas defamília ou que possuam signi-ficado memorial, bastando en-tregar o material impresso ougravado em CD.
Século da comidaA iniciativa de criação do bancode receitas está alinhada com otema do seminário, que destavez irá focar Receitas Tradicio-nais da Bahia: Memória e Et-nogastronomia.
O tema estará presente emconferências, mesa-redonda edebate com o público, além deum painel que contará com par-ticipação de alunos do bacha-relado de gastronomia da Uni-
versidade Federal da Bahia, sobacoordenaçãodoprofessorOdi-lon Braga.
A programação reunirá espe-cialistas em áreas como nutri-ção, antropologia, sociologia,história, comunicação e turis-mo. Sinal de que a aposta é namultiplicidade de olhares.
“Queremos criar um olhar va-lorativosobreacomida,alémde
motivar leituras e questiona-mentos. Na verdade, a vocaçãodo seminário sempre foi essa:ser um grande palco de discus-sões”, reforça Lody, que coman-dará a solenidade de abertura apartir das 14 horas.
O antropólogo, que se dedicaao estudo da alimentação hácerca de quatro décadas, fazsuas apostas para os tempos dehoje. “O século XXI é o século dacomida. Não só da perspectivamidiática, visto a quantidade deprogramas de televisão, livros erevistas sobre o tema, comotambém do ponto de vista pro-fissional”, considera Lody, autorde livros como Santo TambémCome (1979), Tem Dendê, TemAxé (s/d) e À Mesa com GilbertoFreyre (2004).
Oficinas gratuitasVoltado para profissionais e es-tudantes de gastronomia eáreas afins, o seminário contarácom uma programação comple-mentar amanhã. Serão realiza-das três oficinas práticas combase em receitas que serão ofe-recidas ao público durante oevento de hoje.
As inscrições para esta ativi-dades são gratuitas e devem serfeitas no ato da inscrição para oseminário, mas as vagas são li-mitadas.
V SEMINÁRIO DE GASTRONOMIA / HOJE,
DAS 13 ÀS 18H / TEATRO SESC-SENAC
PELOURINHO / INSCRIÇÕES: R$ 30, NAS
SEDES DO PELOURINHO, AQUIDABÃ OU CASA
DO COMÉRCIO / INFORMAÇÕES: (71)
3186-4000.
Jorge Sabino / Divulgação
O antropólogo Raul Lody assina a curadoria do evento e do museu
Museu dedicado àgastronomia foca ovalor cultural doshábitos alimentares
O seminário de hoje inclui ascomemorações do aniversáriodo MGBA (Museu da Gastrono-mia Baiana), que em 2006 as-sumiu o título de primeiro naAmérica Latina a se dedicar ex-clusivamente ao tema.
A proposta é promover a va-lorização de ingredientes e há-bitos alimentares locais comoum patrimônio cultural tão re-levante quanto artes cênicas,música ou artes visuais – nãoporacasotemcomovizinhosumteatro, uma loja de souvenir eum restaurante-escola.
Visita virtual“Nosso museu tem como mis-são integrar a gastronomia aoscenáriosculturaisdoEstadocomprojeções em âmbito nacional einternacional”, anota Raul Lody,no site da instituição.
Além de artigos do curador, ocanal oferece a opção de umavisitavirtualaomuseu,queabri-ga exposição de fotos e objetos,com direito a espaços especial-mente reservados ao acarajé e àmandioca. Mas nada se com-para a saboreá-lo ao vivo.
MUSEU DA GASTRONOMIA BAIANA / LARGO
DO PELOURINHO / SEG A SAB, DAS 9H ÀS
11H E DAS 12 ÀS 17H / ENTRADA FRANCA
Detalhe do Museu da Gastronomia Baiana, primeiro dedicado ao tema comida na América Latina
CURTAS
Funceb itinerante percorre municípios
Dirigentes da Fundação Cultu-ral do Estado da Bahia circulampor seis macroterritórios baia-nos para discutir políticas paraas Artes Visuais, Audiovisual,Circo, Cultura Digital, Dança, Li-teratura, Música e Teatro. Tra-ta-se do projeto Funceb Itine-rante. Domingo o projeto pas-sou por Itaberaba, hoje estaráem Barreiras, de onde seguepara Vitória da Conquista (1/9)e Ilhéus (3/9), até o retorno aSalvador, no domingo, totali-zando 11 dias de excursão. Aequipe é formada pela diretorageral da Funceb, Nehle Franke,os coordenadores de lingua-
gens artísticas da entidade,além de assessores técnicos eda Assessoria para Juventude eCultura Digital da SecultBA.
Os encontros sãoabertos ao públicoe acontecem das 8às 18 horas, comintervalo de almoçoentre 12h e 14h
Seu Bomfimcomemora 11 anos
O espetáculo Seu Bomfim, quecomemora 11 anos este ano,sera reapresentado, de sexta adomingo, no Teatro GamboaNova, dentro do Projeto Cone-xões Vidal, que mostra peças dorepertório do ator, autor e di-retor,FábioVidal.Aaberturadaprogramação acontece ama-nhã, a partir das 14 horas, como lançamento do site TerritórioSirius e abertura da exposiçãoRastros criativos. Até o dia 2 deoutubro o público poderá con-ferir, no espaço, os solos deVidal: Erê- Eterno Retorno, Ve-lôsidade Máxima e Sebastião.
Zélia Uchôa / Divulgação
Seu Bomfim, com Fábio Vidal, integra o projeto Conexões Vidal
Xangai e Margarethna Barroquinha
Dando continuidade ao projetoAbençoada Terça – que segueem temporada no Espaço Cul-tural da Barroquinha todas asterças até 20 de dezembro – ocantor, compositor e intérpreteXangai recebe hoje MargarethMenezes, das 18h30 às 20 ho-ras. A iniciativa, que busca pro-porcionar um happy hour di-ferente para os soteropolita-nos, conta com um quiosque dobar Cantina da Lua, de ClarindoSilva. A bilheteria abre às17h30 e o público poderá usu-fruir dos serviços do bar até às21h30. Ingresso: R$ 20.
MÚSICA
Luiz Caldas revisa sua carreira no TCAPEDRO FERNANDES
Os 48 anos de vida e quase 40de carreira de Luiz Caldas, secontarmos o fato de que desdecriança ele está no palco, serãopassados a limpo hoje, em maisuma edição do Projeto MúsicaFalada, que acontece na SalaPrincipal do Teatro Castro Alves,às 21h. Em paralelo à sua his-tória, também será repassadaparte considerável da históriada música baiana produzida apartir dos anos 1980.
A partir das suas canções, omúsicolembrará, instigadopelotrio André Simões, FernandoGuerreiro e Jonga Cunha, his-tórias de sua vida e de momen-tos que foram cruciais para aformatação da axé music, gê-nero musical do qual ele é umdos principais criadores.
“O tema principal será a mi-nha história, vai ser uma sínteseda minha vida, porque não teriatempo de fazer algo muito mi-nucioso. Mas musicalmente se-rá bem detalhado. Esse projetoé maravilhoso porque conseguedesnudar o artista por meio do
sentadas em ordem cronológi-ca, mas à medida em que asquestões forem surgindo, cadauma delas ilustrará uma fase davida do cantor.
Acordes VerdesUm momento esperado da noi-te é um possível reencontro dabanda Acordes Verdes, bandaque acompanhava Luiz Caldasnos anos 1980 e era formadapor Alfredo Moura (teclados),Cezinha (bateria), CarlinhosMarques (contrabaixo), Silvi-nha Torres e Paulinho Caldas(vocais) e Tony Mola e CarlinhosBrown (percussão).
O reencontro não está garan-tido,poisCarlinhosBrownaindanão confirmou sua presença,por um conflito de agendas, eCaldas faz questão de que a ban-da só volte a tocar com a for-mação original. “É uma questãode respeito à história. Não sedeve apresentar a história in-completa”.
MÚSICA FALADA COM LUIZ CALDAS, SALA
PRINCIPAL DO TEATRO CASTRO ALVES, 21H,
R$ 60 (INTEIRA) E R$ 30 (MEIA)
“Esse projeto émaravilhoso porqueconsegue desnudaro artista por meiodo seu trabalho”LUIZ CALDAS, músico
ISABELA ROSEMBACKE CAMILA BRANDALISEFolhapress
Na ficção, a investigação sobre amorte do empresário da noveladas onze da Globo segue emritmo lento. Mas delegados es-pecializados em homicídios, emSão Paulo, já apontam Magda(Rosamaria Murtinho) como aprincipalsuspeitadocrime.Comas pistas apresentadas e umaanálise aprofundada da cena docrime, a tia de Clô (Regina Duar-te), que era apaixonada por Sa-lomão Hayalla, teria condiçõesde ter provocado a morte doempresário.
Sua motivação seria passio-nal. "Ela aceitava o relaciona-mento dele com a sobrinha.Mas, quando o viu ao lado de Lili(AlinneMoraes), foi tomadaporum ódio e pelo desespero de serdeixada”, arrisca Cesar Camar-go, delegado da 5ª DelegaciaSeccional Leste.
Para ele, o mordomo Inácio(Pascoal da Conceição) pode ter
ajudado Magda. Entretanto, elee os demais delegados ouvidospela reportagem ressaltam queé preciso considerar que a ficçãopermite manobras do escritor.
"O autor simula os aconte-cimentos e, aos poucos, acres-centa elementos que o públicodesconhece”, diz a delegada-as-sistente Ana Cristina LutérioDias, da mesma seccional.
Na versão original da novelade Janete Clair, o assassinato foicometido por Felipe (Edwin Lui-si). Na adaptação de Alcides No-gueira e Geraldo Carneiro, o cri-minoso pode ser outro. "Esta-mos fazendo uma releitura, masos ícones estão sendo preser-vados”, despista Nogueira.
"Os autores, se quiserem cau-sar impacto, devem fugir do ób-vio. Eu começaria a investigarpelo jardineiro”, diz a delegadaElisabete Ferreira Sato Lei, da 5ªSeccional. Os delegados dizem,ainda, que os investigadores daficção estão muito caricatos. AGlobo se defende: “Uma novelaé uma obra ficcional.
seu trabalho”, diz Luiz Caldas.De acordo com ele, o público
pode esperar a performance declássicos de sua carreira comoNega do Cabelo Duro, Ajayô, Ha-ja Amor e Beverly Hills, quantocanções do seus novos traba-lhos, nos quais gravou desdeheavy metal a canções em tupi,além de músicas inéditas.
As canções não serão apre-
Erik Salles / Ag. A TARDE / 6.4.2011
Cantor vai reviver sua trajetória e a música baiana dos anos 1980
NOVELA
Delegados apontam suspeitos doassassinato de Salomão Hayalla
PROGRAMAÇÃO
13H Credenciamento
14H Abertura
14H20 Conferência deabertura: Receitas, Memórias,Identidades (Lígia Amparo)
15H Conferência: Receitas deMatriz Africana (Ericivaldo daVeiga)
15H40 Intervalo
16H Mesa-redonda Receitasda Bahia: Acaçá de Leite(Elmo Alves); Doce Amoda(Rita Santos) e Ensopado dePalma (Revecca CazenaveTaple)
16H30 Debate com o público
17H Painel Receitas, Históriase Atualidades (coordenaçãode Odilon Castro)
18H Encerramento