Gazeta da Lagoinha - Fevereiro 2012

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Belo Horizonte, fevereiro de 2012 1 ANO V - EDIÇÃO 60 - JORNAL DE APOIO ÀS INICIATIVAS COMUNITÁRIAS - BELO HORIZONTE,FEVEREIRO DE 2012 - Distribuição Gratuita www.gazetadalagoinha.com.br Cosméticos, Bijouterias, Presentes e Brinquedos. P P R R O O N N T T A A E E N N T T R R E E G G A A Laís Cruz, musa da Banda Mole 2012. Início da Rua Pedro Lessa, onde nasceu o Leão da Lagoinha e funcionou Terrestre Futebol Clube, próximo ao Buraco Quente, embrião do que se tornou a Banda Mole. Foto: William Jansen, 1958. A Coluna do Savéia tira o chapeú para pessoas ilustres. Confira na pág.4 Sr. Sylvio: há mais de 70 anos vivendo e trabalhando na Lagoinha. Confira na pág.18 B B A A N N D D A A M M O O L L E E : : M M A A I I S S D D E E 6 6 0 0 M M I I L L N N A A A A V V E E N N I I D D A A V V e e j j a a a a s s f f o o t t o o s s n n a a s s p p á á g g . . 4 4 e e 5 5 Pegar peixe na mão é só com a turma do Betão Confira na pág.10

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Jornal de apoio às iniciativas comunitárias do Bairro Lagoinha, Belo Horizonte, MG.

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Belo Horizonte, fevereiro de 2012 1

ANO V - EDIÇÃO 60 - JORNAL DE APOIO ÀS INICIATIVAS COMUNITÁRIAS - BELO HORIZONTE, FEVEREIRO DE 2012 - Distr ibuição Gratui tawww.gazetadalagoinha.com.br

CCoossmmééttiiccooss,,BBiijjoouutteerriiaass,, PPrreesseenntteessee BBrriinnqquueeddooss..PPRROONNTTAA EENNTTRREEGGAA

Laís Cruz, musada Banda Mole2012.

Início da Rua Pedro Lessa, onde nasceu o Leão da Lagoinha e funcionou Terrestre Futebol Clube,próximo ao Buraco Quente, embrião do que se tornou a Banda Mole. Foto: William Jansen, 1958. A Coluna do Savéiatira o chapeú parapessoas ilustres.Confira na pág.4

Sr. Sylvio: há maisde 70 anos vivendoe trabalhando naLagoinha.Confira na pág.18

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Pegar peixe na mãoé só com a turmado BetãoConfira na pág.10

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MATRÍCULAS ABERTAS COM PREÇOPROMOCIONAL PARA 201 2.

A escola infantil mais antiga da Lagoinha!

AA Alcóolicos Anônimos ­ (31) 3224­7744Aeroporto Carlos Prates ­ (31) 3462­6455Aeroporto Confins ­ (31) 3689­2344Aeroporto Pampulha ­ (31) 3490­2000AGIT­Agência de Empregos ­ 0800­319­020Auxílio à Lista ­ 102Bombeiros ­ 193CEASA 0800­315­859CliDEC (31)3236­2100CEMIG ­ 0800 310 196COPASA ­ 195Correios ­ 159Corpo de Bombeiros ­ 193CW­ Centro dc Valorização da Vida ­(31)3334­41113444­1818 ou 141Defesa Civil 199DETRAN/ MG ­ (031)3236­3501/3525Disque Direitos Humanos ­ 0800­311­119Disque Ecologia ­ 1523Disque PROCON ­ (31) 3277­4548/9503/4547 ou 1512Disque Turismo ­ 1677GAPA/MG ­ (31)3271­2126MG Transplantes (Doação de órgãos)­ (31) 32747181Movimento das Donas de Casa eConsumidores ­ (31)3274­1033Ibama ­ 0800­618­080Polícia Civil ­ 197Polícia Federal ­ (31)3330­5200Polícia Militar ­ 190Polícia Rodoviária Estadual ­(31)2123­1901Polícia Rodoviária Federal ­ (31 )3333­2999Prefeitura Municipal ­ 156Pronto Socorro ­ 192Pronto Socorro (HPS João XXIII) ­(31)3239­9200Receita Federal ­ 0300­780­300SENAC ­ 0800­724­4440SINE­MG ­ (31)2123­2415SOS Criança (Centro de Referência ­Denúncia) ­0800 283 1244Sudecap Disque Tapa­ buraco ­(31)3277­8000

TELEFONES ÚTEIS

CCÉÉSSAARR -- PPIINNTTOORRIIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO

((3311)) 88556677--55112233

EDITORIALDuas notícias chamaram

a atenção da equipe da Gazetaeste último mês: o anúncio do localdefinitivo para onde será deslocadoo Terminal Rodoviário de BeloHorizonte e o início dos testes desubsolo para preparação das obrasda linha do metrô entre a Lagoinhae a Savassi. A primeira pode seruma ótima noticia porque podetrazer um alívio no afluxo depessoas na região da Lagoinha.Não é incomum nos grandescentros que as regiões próximasaos terminais sofram com a maiorincidência de violência. Atransferência das atividades deembarque e desembarque dotransporte rodoviário deverámelhorar o trânsito de veículos epessoas e, juntamente com outrasações, contribuir para a segurançada Lagoinha.

O segundo tema é mais

espinhoso. As obras do metrôdevem sim trazer transtorno. Háinúmeros relatos e queixas demoradores em São Paulo na épocada expansão do metrô por lá:inclusive porque trabalham atédurante a madrugada. É precisoexigir uma audiência pública paraque a população seja ouvida antesque os problemas se instalem. Atéporque as obras devem durar umbom tempo.

Por último, e não menosimportante, fica o destaque para amatéria de Cristiane Borges sobreo possível aumento do número demoradores de rua em nossaregião. Cada vez mais apreocupação e os transtornostomam conta do nosso dia-a-dia.Estamos sós e isso passa a sertriste e perigoso.

Um tempo melhor para aLagoinha!

De olho na Lagoinha!

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BBAANNDDAA MMOOLLEE:: EESSTTEE AANNOO AARRRREEBBEENNTTOOUU!!MMAAIISS DDEE 6600..000000 PPEESSSSOOAASS NNAA AAVVEENNIIDDAA

Terrestre Futebol Clube do Buraco Quente, anos60. Entre eles o maior goleiro que a váreza de BH játeve: o espetacular Zezé Carne Viva, o zagueiroJoão Galo, Luizinho. Ao centro, em pé, com bigode,o grande Eurico Bode, que passou por vários timesprofissionais, entre eles o América/MG. Uma penaque os filhos nunca jogaram nada.

Casados X Solteiros, anos 60, time do Terrestre FutebolClube. O forte ataque dos casados, formado por Dico Péde Pato, Fumanchu, Kabesete, Guará e Dico Barbeiro.

Time de futebol de salão do Conjunto IAPI. Váriasvezes campeão nos torneios interno do conjunto.Em pé, da esquerda para direita: TaquinhoMesquita, Tucalo, Galtinho (goleiro), Fernandinho.Agachados: Nivaldinho, Vânios, Caldeira e Alan.

RReevviissii ttaannddoo oo ffuutteebbooll aammaaddoorrddaa LLaaggooiinnhhaa!!

A casa do ex-estilista edeputado federal Clovodilestá à venda. Condições:você dá o que ele deu atéfalecer e o restante emprestações redondas.

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Cadê você?Cici, irmão do Jaci.Vamos aparecer!

Entre em contatocom o Savéia. Tel.(31 ) 9981 -7787

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Sabemos que o Brasil é um dospaíses em desenvolvimento onde oenvelhecimento da população estáacontecendo com maior rapidez. A ca-da ano, mais de 650 mil pessoas tor-nam-se idosas. A previsão é de queessa população atingirá cerca de 32milhões em 2025, o que colocará opaís em sexto lugar no mundo.

Essa realidade nosleva a refletir o que temque ser feito para me-lhorar a qualidade devida dos idosos, parti-cularmente os de baixarenda, para que elespossam escolher no-vos estilos de vida, oumelhor, para que eles tenham condi-ções de concretizar suas escolhas, tor-nando-as reais, possíveis.

Em primeiro lugar, é importantepensar no cuidado com a própria saú-de, adotando estilos de vida saudá-veis. Um dos mitos doenvelhecimento é que se torna tardedemais para se adotar tais estilos,uma vez que já são idosos. Pelo con-trário, o envolvimento em atividades fí-sicas adequadas como: caminhada,lazer, alimentação saudável, abstinên-cia do fumo e do álcool e fazer uso demedicamentos sabiamente podem pre-venir doenças e o declínio funcional,estender a longevidade e aumentar aqualidade de vida.

Não podemos deixar de lado a rea-lidade financeira dos idosos de baixarenda. Eles possuem, muitas vezes,apenas a aposentadoria e vivem comdificuldades financeiras sem acessoao lazer. Normalmente, têm gastoscom medicamentos, tratamentos, ali-mentação, o que consome boa partede suas rendas, fazendo com que mui-tos deles busquem trabalhos infor-mais como: vendedor de sorvete,vendedor de pipoca, e outros serviçosbraçais. O tempo livre também é outroproblema, muitas pessoas acreditamque os idosos os têm de sobra, masesta realidade não abrange a todos;

essas pessoas, em sua maioria, pos-suem algumas obrigações familiaresque limitam o tempo que poderia serdestinado aos cuidados próprios.

Considerando-se um envelheci-mento saudável, antes de tudo, é ne-cessário reduzir os fatores de riscoassociados às doenças crônicas de-generativas como: diabetes, hiperten-

são arterial, doençascardiovasculares, os-teoporose, doençaspulmonares, etc., eaumentar os fatoresque protegem a saú-de durante a vida; de-senvolver serviçossociais e de saúde

acessível, baratos, de alta qualidade;reconhecer e permitir a participaçãoativa de pessoas idosas nas ativida-des de desenvolvimento econômico,no trabalho formal, informal e nas ati-vidades voluntárias, de acordo comsuas necessidades individuais, comsuas preferências e capacidades, eincentivar a participação integral dosidosos na vida familiar e comunitária.

Portanto, cabe ao estado e a soci-edade minimizar os gastos com asaúde, evitar que o sistema previden-ciário entre em colapso, e agir positi-vamente no papel da família, sendonecessário investir na educação, for-mando um novo paradigma de culturasocial. Nós, especialistas, devemosajudar a sociedade na quebra de pre-conceitos, na criação de novos con-ceitos, dar apoio e incentivo atravésdos familiares e amigos e encorajaratitudes de que são capazes. Pode-mos também auxiliar os idosos cons-cientizando-os de sua amplaresponsabilidade pelo seu próprio en-velhecimento: na importância de luta-rem por um espaço na sociedadeonde a valorização está nos avançostecnológicos e nos jovens.

Elzimar de PaoliPsicóloga/Gerontóloga3422 4761 ­ 8827 4761

Envelhecer com qualidadeNada era mais interessante

para nós crianças, do interior de Minas,do que ouvir histórias contadas pelosnossos avós, tios e parentes ao iniciardo anoitecer. Muitos tinham medo e seagarravam nos outros meninos, quandoo assunto era mula sem cabeça, o fa-moso saci, bruxas e duendes. Lembro-me de ter ouvido a brincadeira de piqueesconde entre os sentimentos, mas, pe-la própria natureza do conto, e, pela mi-nha idade naquela época, o que merestou foi a lembrança do medo, da pre-guiça, pois, tínhamos um amiguinhoque era um fiel representante dela. Ah,e do amor, principal personagem.

Passados tantos anos, umamigo me mostrou o texto – A Loucurae o amor. Remetido novamente ao pas-sado, me propus a criar um cenário queme permitisse contar a referida história.Pedindo desculpas ao autor, pela ousa-dia de me meter neste mundo dos senti-mentos, tão bem descrito por ele, fizalgumas viagens nos meus sentimen-tos e encontrei, apesar de tanto tempo,a sensação, a ansiedade que se acerca-ram de mim quando me posicionava pa-ra ouvir as histórias; sentimentos estesque me permitiram adaptar ao meu esti-lo de ver e interpretar os contos que ou-vi. Vamos lá!

Conta-se que certa vez, emum lugar muito distante, estavam reuni-dos todos os sentimentos. Então, a lou-cura propôs que todos brincassem depique esconde. Proposta aceita, cadaum teve a chance de se mostrar esper-to e se divertir, menos o medo, que senegou a se esconder sozinho, pois, ti-nha muito medo. Como não poderia serdiferente, antes mesmo de se iniciar acontagem, lá estava a pressa em buscade um esconderijo. A pobrezinha nemse deu conta de que estava perto de-mais!Lançou-se atrás da primeira pedraque encontrou em seu caminho. Atémesmo a preguiça, que foi a última asair em busca de um local para se es-conder, ficou mais distante do ponto on-de a loucura se encontrava a contar:quarenta, quarenta e um, quarenta e

dois... Atrás de uma árvore, a pre-guiça, com muita calma, procurou se es-conder e descansar. Alguns tiveramque mudar de lugar, pois deram boas ri-sadas e se tornariam presas fáceis seali permanecessem, quando ouviram apreguiça dizer para a loucura:- Conte mais devagar, minha amiga, as-sim não consigo me esconder!- Seja mais rápida!- respondeu a loucu-ra.- Quem gosta de correr é maratonistaou a pressa, querida! - respondeu a pre-guiça.

A beleza corria de um ladopara o outro, pois não se via em qual-quer lugar. Ao passar perto de um lagode águas cristalinas, viu sua imagem re-fletida, e, sorrindo, acreditou ter encon-trado o esconderijo perfeito. O orgulho,que de longe a todos olhava, não se dei-xou influenciar pelos outros, afinal eradiferente dos demais e se atirou nas nu-vens. Alguém, de fora da brincadeira,saberia dizer quem seria encontrado pri-meiro. Seria o egoísmo que passougrande parte do tempo brigando comos outros, pois sempre achava queaquele esconderijo pertencia a ele.- Esse é meu! –dizia ele.- Mas eu cheguei primeiro e...- Não! Esse é meu!

Para não ser descoberto, acada conflito um sentimento saía embusca de outro ponto para se esconder,pois não tinha como convencer o egoís-mo, que sempre se acha o melhor, omaior e que sempre tinha direito sobreos demais. Aos poucos, todos se escon-deram, menos o amor que, de uma for-ma carinhosa e fraterna, sempreprocurava ajudar os demais, sem nadapedir em troca. Quantos lugares ele ce-deu! Inúmeros! Eles agradeciam e oamor sempre respondia:- Que bom que gostou! Sinto-me me-lhor agora por tê-lo ajudado!

Percebendo que a contagemchegava ao final, o amor olhou para umlado e para o outro, mas não encontroulugar vazio. Ao avistar um jardim de ro-sas, ele o elegeu como seu esconderi-

jo. Aquele perfume lhe agradava! Ocolorido das pétalas enchia seu cora-ção de bons fluídos. Procurou ficar qui-eto ao ouvir a loucura gritar os númerosnoventa e oito, noventa e nove, cem! Osilêncio se fez presente! Com os olhosabertos e ouvidos atentos, a loucura sepôs a procurar. Rapidamente ouviu osuspiro da preguiça que dormia tranqui-la e bem pertinho dali; nem precisouprocurar muito e encontrou a tristeza,que, inconformada por acreditar queseu esconderijo era fácil de ser achado,chorava e se lamentava. Não é precisoter poderes extraterrestres para saberquem se encontrava ao seu lado: a in-veja que queria fazer tudo que os ou-tros faziam. Ela também lamentava.

Como os outros estavammais longe e em melhores esconderi-jos, a loucura se cansou e foi beberágua. Lá encontrou a beleza que lheendereçou um sorriso não entendidopela loucura. Pulando e chamando osdemais pelo nome para que eles res-pondessem, a loucura se mostrava es-perta. Assim, ela encontrou quasetodos, inclusive o orgulho, no alto dasnuvens, que não resistiu ao ver queseu nome não era chamado; logo, logoencontrou o egoísmo, a raiva... Satisfei-ta, a loucura dizia que era esperta e ti-nha encontrado a todos. Bem pertinhodela, o medo, que não havia se escon-dido, comentou que faltava o amor. Aloucura, ao comprovar que de fato oamor ainda se encontrava oculto, vol-tou a procurar. Só faltava o jardim dasrosas. Lá se foi ela a procurar! Procu-rou, procurou e com gestos estabana-dos acabou ferindo os olhos do amorcom os espinhos. Desesperada, a lou-cura pediu perdão e implorou para queo amor permitisse que ela o guiassepelo resto da vida. O amor, acreditandoque se concordasse traria alegria paraa loucura, aceitou.E a história nos conta que, a partir des-se dia, o amor é cego e é guiado pelaloucura...Marco Antônio, enviado pelo leitorMarcelo Barros

A LOUCURA E O AMOR

_______________Reportagem: Luciana Rocha -JornalistaRegistro: 1 6.697/MGwww.lucianarocha.net@lucianarocha_net

O abandono de cães egatos nas ruas da capital de Be-lo Horizonte tem sido constante.Uma reportagem publicada em20 de janeiro de 2011 no JornalEstado de Minas mostrou que,sem um abrigo municipal capazde acolher os bichos, a prefeitu-ra de BH é obrigada a capturaros animais, examinar, castrar ossadios e devolvê-los para a rua.

Inconformados pela si-tuação de abandono e maus tra-tos, um grupo de protetoresindependentes que amam, res-peitam e protegem os animaisreuniram através da rede socialFacebook como uma forma detentar amenizar o problema. Es-se grupo formado por voluntári-os tem uma missão de resgatar

e tratar os animais (especialmen-te cães e gatos) abandonadosnos centros urbanos de Belo Ho-rizonte e região metropolitana.

A CORRENTE DOBEM PELOS ANIMAIS (CBA),tem o objetivo de resgatar osanimais abandonados. É feito to-do um processo de tratamento,recuperação e social ização doanimal, além de incentivar a ado-ção desses animais.

O fundador da Corren-te do Bem pelos Animais e prote-tor voluntário Oswaldo LopesJúnior, explicou à jornalista Luci-ana Rocha que é constante oabandono de animais na capitalmineira e que os voluntários res-gatam animais atropelados,abandonados, maltratados e atédoentes. “Após o resgate, essesanimais abandonados ficam dis-poníveis para adoção”. Oswaldoressaltou ainda que o projeto en-contra “dificuldades financeiraspara custear o tratamento des-ses animais resgatados”.

As principais funções dessaação são:

• Resgatar e abrigar animaisabandonados;

• Estimular a retirada e dosanimais das ruas;

• Educar e conscientizar acomunidade sobre a posse, oscuidados, o bem estar e saúdedo animal doméstico;

• Estimular o controle popula-cional através da castração;

• Contribuir para a diminui-ção da população de cães e ga-tos abandonados na grandeBelo Horizonte;

• Promover a responsabil ida-de social e o respeito ao meioambiente;

• Promover o respeito e ocuidado com os animais.

Você que gosta de animaise quiser contribuir com esse pro-jeto, poderá entrar em contatoatravés do e-mailcomunicacba@gmail .com paraobter mais informações ou atra-vés da rede social Facebook no

endereço https://www.facebo-ok.com/correntedobempelosani-mais?sk=info.

Voluntários em prol da causa animalAo lado uma cadelinha bastante feridaresgatada pelo grupo e, abaixo, cena deum resgate no Arrudas. Fotos: Facebookdo CBA

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São muitas as contro-vérsias e tabus que permeiamo tema da Sucessão no Bra-si l . O que é rotina em outrospaíses da Europa e EUA ain-da é pouco falado e discutidono país. O que muitos não sa-bem é que evitar tratar desseassunto pode sair MUITO CA-RO! As estatísticas mostramque 95% das empresas famil i-ares não sobrevivem após aterceira geração.

Não é segredo queos processos de inventário po-dem ser morosos, dolorosose de altíssimo custo para asfamíl ias brasileiras. Tamanhaburocracia, não raras as ve-zes, acabam por restringir aoperacionalidade dos negóci-os, privi legiam um dos herdei-ros e findam inevitavelmentena dilapidação do patrimôniocom a parti lha extemporâneados bens.

Outra realidade co-nhecida é o tratamento tributá-rio diferenciado entre pessoasfísicas e jurídicas. Com o ad-vento da Lei 1 2.441 /2011 épossível criar empresas deresponsabil idade limitada depropriedade de um único titu-lar, são as festejadas EIRELI .Com a recente entrada em vi-gor dessa Lei, novos e promis-sores desenhos societáriossão possíveis e acabam por

facil itar a implementação deeficientes módulos de planeja-mento sucessório.

A criação de “hol-dings famil iares” com objeto,cláusulas e requisitos específi-cos são mecanismos legais in-teressantes e podem seruti l izados por aqueles que sepreocupam com a preserva-ção do patrimônio conquista-do.

As pessoas morrem.As empresas não. Infel izmen-te, não há dor ou pudor que al-tere essa realidade. Sendoassim, porque não se anteci-par, economizar, evitar brigasfamil iares e garantir o futuroos herdeiros? A solução é pla-nejamento sucessório.

O advogado WalkerTonello sócio do escritório To-nello e Kali l advogados garan-te: “Nunca é cedo demaispara se planejar. Quanto an-tes maior a economia, melhoré a forma de preservação econstituição do patrimônio emenores as possibi l idades deconfl itos futuros.”

Esse assunto preci-sa e merece maior atenção edestaque! Toda famíl ia, inde-pendente do tamanho patrimô-nio, deve se planejar. Aadvogada Bárbara Botega só-cia do escritório Tonello e Kali lafirma: “deve ser feita uma

avaliação personalizada dasituação famil iar, assim épossível apresentar uma so-lução que atenda as necessi-dades presentes e futuras decada famíl ia. Com um bomplanejamento é possível evi-tar custos que podem passarde 1 5% do patrimônio. É oque chamamos de Governan-ça Famil iar. ”

A sucessão patrimo-nial e até mesmo empresarialdeve ser melhor discutida. Osbenefícios são indiscutíveisdesde que tratados com seri-edade e por profissionaisqualificados. O patrimônio e aforça empresarial são cons-truídos com ardor e perseve-rança pelos fundadores. Apreservação desse legadopode ser garantida com umaimportante iniciativa: o plane-jamento sucessório.

WALKER TONELLO JÚNIOR– OAB/MG 64.738

Rua Desembargador JorgeFontana, nº 476, cj. 607 -

Belvedere.CEP 30.320-690 - BeloHorizonte/MG - Brasil .Fone: (31 )3286-5303

e-mail :walker@tonellokali l .adv.br

SUCESSÃO PATRIMONIAL:Tabus que custam caroCentro de Saúde São Cristóvão e Centro de Referência de

Assistência Social Senhor dos Passos convidam acomunidade a participar da Semana da Mulher queocorrerá entre os dias 5 e 10 de março no Centro de

Saúde. Confira a programação:

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Ração PedigreeEquilíbrio NaturalCarne/vegetais/nuggets, carne/frango/cereais, ovelhas/cereais,raças pequenas, júnior, equilíbrio naturalExceto equilíbrio natural:raças pequenas ou júnior1KgR$ 13,90 cada

Ração PedigreeCarne/vegetais/nuggets,júnior, raças pequenasou carne/frango/cereais20KgR$ 129,90cada

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Carne/Vegetais 22kgR$ 77,80cada

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Ração KaninaCarne/cereais ouCarne/vegetais 15kgR$ 59,90cada

Ração Dog ChowAdulto light, adultoraças médias a grandesou papita15Kg - cadaR$ 89,9020Kg - cadaR$ 114,90

Ração Dog ChowFilhotes, raças pequenas,light, papita, raçaspequenas, filhotes raçasmédias a grandes,ou adulto raças médiasa grandes1Kg - cadaR$ 10,90

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Nas férias, ao viajar, deixeseu animal conosco.

Hospedagem com preçosespeciais para clientes da

Gazeta da Lagoinha.

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As pescari-as aconteciam a partir de umsimples telefonema naquelesanos 80 e 90. Foi quando Tuni-cão, meu irmão, me ligou e per-guntou se iríamos pescar nofinal de semana no Beltrão.Aceitei na hora! Era lua crescen-te, uma das minhas preferidas,e ficamos de convidar o Ricar-dão, meu irmão também e o Lui-zinho - gerente da agência daLagoinha do Banco Nacional -que estava doido para fazeruma pescaria com a nossa tur-ma devido à nossa grande famade pegar peixe e queria conhe-cer o Rio das Velhas, onde cos-tumeiramente fazíamosexcelentes pescarias. Fizemosaquela famosa reunião para osacertos, regada à gole e muitoentusiasmo. O combinado: sairdepois do almoço da sexta feirae voltar no domingo à tarde.

Na chegada à beira do rio,resolvemos acampar debaixodas árvores que ofereciam umaótima sombra, local em que erafácil para descer o barco e tinhauma prainha que sempre nasmanhãs ficava cheia de matrin-chãs curtindo a águas quenti-nhas de sol.

Na primeira noite pegamosvários peixes e eu - com dedica-ção e sorte, iscando sem misé-ria de minhocuçu e procurandoapoitar corretamente (isto por-que cada um de nós escolhia opesqueiro) - acabei pegando umsurubim de 1 6 quilos com a cer-teira bicheirada do Tunicão. Foiaquele grito de guerra: Oooh go-

le! E muita expectativa de pegarmais peixes. Mas ficou só nospeixes: mandis, piaus, piranhas,matrinchãs, pacu e o surubim.

No segundo dia, sábado, nocafé da manhã, a mesa era colo-cada de modo a ficar no jeito pa-ra vermos as matrinchãstomando banho de sol. Depoisera juntávamos as vasilhas paralavar na praia e acabavámoscom alegria delas. Na parte damanhã, rio l impíssimo, saimosprontos para tentar pegar doura-dos no currico. Tunicão no mo-tor, Ricardão no currico, eu deapoio com bicheiro l igado em tu-do, Luizinho só assistindo.

Na terceira subida, pertodas pedras, na corredeira, o bo-nitão entrou. Ricardão com ocurrico na mão (nessa época ocurrico era feito na mão, a l inhaenrolada numa tábua da largurada mão com linha 0,90) e quan-do o dourado entrava o caboclotinha que ser macho porque obaque era forte. Não deu outra:

Ricardão levou o baque. Caiudo banco sem largar a tábua. Odourado deu aquele salto parafora d’água, um metro e meiode altura. Beleza pura o amare-lo da cabeça, corpo amarelo pra-teado, até o preto entre overmelho amarelado do rabo!Coisa mais fascinante que opescador pode ter o prazer depresenciar em uma pescaria: apesca do dourado na vara, nocaniço, sua força, seu salto ten-tando escapar! Nesse momentoTunicão diminuiu a aceleraçãodo motor, Ricardão começou arecolher l inha trazendo o peixepara perto do barco. No pontocerto dei-lhe a bicheirada e comcalma coloquei o dourado paradentro do barco. Demos o gritode guerra do pescador Oooooo-ooooo Gooooooooooole e foramsó comprimentos e vários goles.Pesamos: nove quilos na pinta,um baita dourado.

Ainda pegamos alguns pei-xes e fomos para o acampamen-

to preparar o almoço regado derezenha e muita comemoração.À noite deu um vento danado,fomos cedo para o acampamen-to. Na manhã de domingo, de-pois do café, na prainha, entreas matrinchãs tinha uma de por-te grande, e quando Ricardão re-colheu as vasilhas para lavar ecomeçou a descer para chegarna praia as matrinchãs peque-nas foram saindo e ficando só agrande e virava de um lado paraoutro foi quando Ricardão - che-gando mais perto ela não fugiu -jogou as vasilhas no barranco,correndo até a matrinchã, quepegou com as duas mãos no co-

lo e saiu correndo subindo obarranco até o acampamento,foi uma alegria só! Ninguémacreditava no ocorrido. Comoela estava se debatendo, de-mos um sossego e ela quietou.Pesava inacreditavelmente no-ve quilos: o mesmo peso dodourado. Detalhe: teve umaépoca que no Rio das Velhasuns pescadores maldosos pes-cavam com bombas e a nossaamiga matrinchã estava total-mente atordoada e por isso foifacil pegá-la com as mãos. Sóestando na beira do rio pescan-do para ver os acontecimentosinacreditáveis como este.

Betão, Pescador da LagoinhaPEGAR PEIXE COM A MÃO,SÓ COM A TURMA DO BETÃO!

Pescaria: Rio das Velhas - Beltrão - Outubro de 1 984; Companheiros:Betão, Tunicão, Ricardão e Luizinho. Foto: Acervo pessoal.

_________________Victória Hanks

O cantor country cana-dense Dean Brody vem ao Bra-si l pela segunda vez para ver deperto o funcionamento do proje-to Meninadança Brasil . DeanBrody é o principal apoiador doMeninadança no Brasil e estevepor dez dias visitando o Centrode Convivência Pedra Viva alémde percorrer a BR-11 6 até a ci-dade de Medina no norte de Mi-nas onde pretendem abrir novoCentro de Convivência.

Dean se interessou pe-lo projeto após tomar conheci-mento das situações de risco dealgumas meninas ao longo dareferida BR. Em dezembro de201 0 após conversas com o jor-nal ista inglês Matt Roper ficou apar das situações de risco dasmeninas moradoras ao longo darodovia e também do sonho daprofessora Nilce Campos emmontar um espaço para ajudarcrianças e adolescentes na re-gião do Bairro Lagoinha em Be-lo Horizonte. Dean de imediatosolicitou a Matt Roper que procu-

rasse Nilce e lhe desse todo oapoio que ela precisava paramontar o então Centro de Convi-vência Pedra Viva e, em janeirode 2011 , Dean já estava em BHacompanhado de sua esposaIris Mcwhinnie para inaugura-ção da casa.

Na ocasião Dean e suaesposa tiveram " o prazer de co-nhecer a favela onde a maioriadas crianças vivem". Dean disseque ficou "muito fel iz" em conhe-cer o trabalho que seria desen-volvido ali e que foi " muito bemrecebido pelos moradores da co-munidade, pessoas simples ecom grande coração".

Após um ano , Deanvolta a BH para ver de perto oque ele chamou de " inacreditá-vel crescimento do projeto". OCentro atende hoje 25 meninasda comunidade com acompa-nhamento escolar, percussão,artesanto, aulas de pintura, infor-mática, psicólogos, inglês alémda dança. As crianças que estu-dam no turno da tarde entrampara o centro de convivência ás7:45 da manhã onde exercem to-das as atividades, lancham, al-

moçam, tomam banho e, emseguida, vão para as escolas.

No turno da tarde se-rão oferecidas aulas de informá-tica, inglês,acompanhamentopsicológico, aulas de dança derua e terapia para mães. Para to-das que foram ouvidas por De-an elas se dizem muito fel izes etambém ansiosas pois em abri lirão particpar pela primeira vezde uma festival de dança em ca-ráter competitivo. O que elas es-peram e Dean também é quesejam premiadas pelos grandestalentos que tem ali .

O cantor canadensedisse que se sente muito fel izcom todo o trabalho e já esperaestar inaugurando a próxima ca-sa na cidade de Medina em seismeses e para isso conta com ototal apoio de todos que traba-

lham aqui em BH e também al-gumas pessoas de Medina ondeele esteve.

O último dia da visitade Dean Brody ao Centro deConvivência Pedra Viva foi mar-cado com um jantar e muita mú-sica. As meninas mostraram asnovas coreografias que aprende-ram com a professora Liana Ro-sa e o professor Júnior,cantaram, tocaram teclado e De-an cantou alguns de seus suces-sos para todos os presentes.

Presentes também noevento estavam Dona Nenen(mãe da professora Graça Fer-raz) e Dona Elisa Gramiscelle,moradora do Bairro Lagoinha há

mais de 90 anos, que foramconhecer o espaço. As duas fi-caram encantadas com as me-ninas e o trabalho alidesenvolvido. Além das duasestavam presentes, ainda, osprofessores e voluntários doprojeto.

Dean disse estar muitofel iz com tudo que viu e já mar-cou sua próxima visita para omês de maio quando virá acom-panhado de amigos. O Centrode Convivência Pedra Viva fun-ciona na Rua Itapecerica 951no Bairro Lagoinha em BeloHorizonte e está aberto para vi-sitas de pessoas que queiramse envolver no projeto.

Cantor canadense Dean Brody vem ao Brasilpela segunda vez para visitar o Meninadança

Fotos:MattRopereNilceFaria

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Belo Horizonte, fevereiro de 2012 11

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Belo Horizonte, fevereiro de 2012 12

Homenagem a David Dias de Oliveira, irmãode Rafael, Salvador e de Drª Terezinha,antigos moradores do edifício 3 do IAPI.

___________________Cristiane Borges

O fluxo da populaçãode rua nas ruas da Lagoinha es-tá trazendo insegurança aos mo-radores do bairro. A estudanteValéria Sena, 25, conta que per-cebeu a progressiva ocupaçãodas ruas da Lagoinha por essapopulação. “Para ir à faculdade,atravesso a avenida Antônio Car-los sob os viadutos do complexoda Lagoinha. Há uns oito mesesa situação não estava assim.Não dá pra saber quem é cata-dor de recicláveis, usuário decrack, marginal… é um tanto degente que dorme, fuma e cozi-nha sob os viadutos. Dá medode passar por eles, de sofrer as-salto”, conta a estudante.

Valéria disse que nosfins de semana a situação seagrava, devido à diminuição domovimento de pessoas que atra-vessam a avenida. “Sinto-mepresa, afugentada dentro domeu próprio bairro. Para atraves-sar a avenida, da rua Diamanti-na para o lado da ruaItapecerica, por exemplo, só mesinto segura de táxi, pois aindanão diri jo. Está horrível andar pe-la Lagoinha. Só de carro mes-mo”, relata.

A aglomeração da po-pulação de rua sob os viadutosdo complexo da Lagoinha apon-tam também para o crescimentodo uso do crack, pela proximida-de que a região tem com pontosde tráfico de drogas. As con-sequências deste problema soci-al caem, novamente, sobre osmoradores da Lagoinha. Michel-le Oliveira, 34, que mora nasproximidades do Campo do Pi-tangui, na rua Itabira, conta queno início do ano sua casa foi in-vadida por ladrões caracteriza-dos como usuários de crack.“Ao acordar dei falta de uma gai-ola com um periquito de estima-ção. Percebi que meu quintalhavia sido invadido. Então procu-rei por outras coisas que poderi-am estar al i . Infel izmentelevaram as bicicletas que mi-nhas fi lhas haviam ganhado noNatal. Mais tarde dei falta de umamaciante de roupas fechado”,disse Michelle.

APrefeitura de Belo Ho-rizonte, por meio da SecretariaMunicipal Adjunta de Assistên-cia Social (SMAAS), não confir-ma que a população de rua dobairro Lagoinha tenha sofrido au-mento, pois se baseia em dadosobtidos no último Censo de po-pulação de rua, real izado em2006. De acordo com a secreta-ria, em 201 0, o Serviço Especia-l izado de Abordagem Socialreal izou no primeiro semestre5.063 atendimentos a pessoasem situação de rua, nas noveRegionais Administrativas da ci-dade.

A SMAAS informouque em Belo Horizonte o atendi-

mento à popula-ção de rua temsido uma cons-trução coletiva ecomparti lhadacom entidades,movimentos ediversas políti-cas públicas, embusca de solu-ções que visamestimular e pro-piciar a constru-ção de uma vidafora das ruas pa-ra esses cida-dãos. São maisde mil vagas deacolhimentos ins-titucional nasmodalidades de abrigo, repúbli-ca, albergue, além das vagas deBolsa Moradia. A capital contatambém com o Centro de Refe-rência Especial izado para a Po-pulação de Rua, com o serviçode Abordagem Social nas Ruas;oferece alimentação gratuitanos restaurantes populares, den-tre outros. Atualmente o serviçode Abordagem Social nas Ruasatende cerca de mil moradoresde rua em Belo Horizonte.

A secretaria também in-formou que a retirada desses ci-dadãos das ruas significainfringir a legislação brasileiraque garante a todos o direito deir, vir e permanecer nos espaçospúblicos, porém obstruir o espa-ço público com fogões, colchõesetc. não é permitido. A fiscal iza-ção e o zelo pela desobstruçãodas ruas cabe a cada regionaladministrativa da cidade. O cida-dão pode denunciar irregularida-des pelo telefone do BHResolve, o 1 56.

A PMMG não se mani-festou até o fechamento da ma-téria.

Quem é a população de rua

De acordo com a Se-cretaria Municipal Adjunta de As-sistência Social (SMAAS), apopulação de rua adulta em Be-lo Horizonte, com dados do Cen-so 2006, é predominantementemasculina, sendo 85% de ho-mens e 1 4,4% de mulheres.Quanto à faixa etária a maioriaestá na faixa de 25 a 45 anos,embora seja significativo o nú-mero de pessoas entre 45 e 60anos (1 9,6%) e de idosos, 60anos ou mais, (4,5%.)

Quanto à origem do pú-bl ico, observa-se que a maioriavem do interior do estado de Mi-nas Gerais (41 ,2%), em segun-do lugar está Belo Horizontecom 32,6%, e em terceiro outrosestados brasileiros (21 ,9%).Existem também aqueles quesão da Região Metropolitana deBH (4,2%), e de outros paísescomo Portugal e Argentina(0,2%).

Sobre o motivo da vin-

da para BH, a maioria alegaque veio procurar emprego(50,4%), os demais alegam de-savença famil iar, acompanha-mento da famíl ia e tratamentode saúde.

O grau de escolarida-de dos moradores de rua emBH, demonstram que 76,6% sa-bem ler e escrever, 9,2% nãosabem ler e escrever; e 1 5,2%só assinam o próprio nome. So-bre as atividades que realizam,estas são principalmente cata-dor de materiais recicláveis(42,8%); flanel inha (1 3%); cons-trução civi l (6,3%); 1 0% decla-raram ter carteira assinada, 9%disseram pedir esmolas, e 0,8%declararam que recorrem a fur-tos/roubo.

Quanto ao nível derenda, a maioria afirma receberentre R$1 9,00 e R$75,00 sema-nais, o que corresponde men-salmente de R$76,00 aR$300,00. Se compararmos oCenso de 2006, em Belo Hori-zonte, com a Pesquisa Nacionalreal izado em 2007 pelo Ministé-rio do Desenvolvimento Social(MDS), podemos afirmar quenão há variação significativaquanto ao perfi l dos moradoresde rua das 71 cidades pesqui-sadas pelo MDS com a cidadede BH.

Todavia, vale ressaltarque em Belo Horizonte a maio-ria da população de rua (42,8%)trabalha como catador de mate-riais recicláveis, enquanto quena pesquisa nacional apenas27,5% das pessoas na situaçãotrabalham neste tipo de ativida-de. De acordo com o 2º. Censoda População de Rua de BH,realizado em 2006, 11 ,8% dapopulação apresenta problemasde transtornos mentais e com-portamentais.

RETRATO DE UM DRAMA SOCIAL

Amovimentação da população de rua e dos usuários de crackprovocam insegurança nos moradores da Lagoinha

Aglomeração de população de rua sob o viaduto em frente a praçaGuilherme Vaz de Melo

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Belo Horizonte, fevereiro de 2012 13

O bairro da Lagoinha, palco das gran-des tradições, berço das primeiras resi-dências de operários de BeloHorizonte, através dela é que foramconstruídos vários bairros da capital.Local onde as pessoas andavam livre-mente, não havendo nenhum empeci-lho de qualquer tipo entre os seusmoradores e os seus visitantes queaqui chegavam. Até os pedintes eramcadastrados.

Nestes últimos tempos, tudomudou muito bruscamente, atingindoníveis alarmentes de calamidade públi-ca. Nossas ruas foram transformadasem Centros de Reabilitação em SaúdeMental – CERSAM – onde vivem milha-res de dependentes químicos, pedin-tes, vindo de todos os estados dafederação. Enquanto isso nossas auto-ridades pouco fazem para conter esta

pandemia. Co-mo no passadoem Barbacena,a Cidade dasRosas, tinha areputação man-chada pelosseus manicômi-os excludentes,para onde mui-tos iam e jamaisretornavam aos

seus lares, restan-do o título conhe-

cido mundialmente de Cidade dosLoucos, berço da desumanidade e daviolação de direitos humanos.

Que grande inversão de va-lores! Uma belíssima cidade com um tí-tulo reducionista de cidades de loucos!O mesmo está acontecendo à Lagoi-nha. A omissão das autoridades quantoà ações da Política de Saúde, de Segu-rança Pública geram um abandono eum descaso que é perceptível: umgrande pasto de seres humanos forade seus estados de sanidades mentaisnormais, tal como loucos pelas nossasruas, em sofrimento e nós, moradores,que presenciamos tantos transtornos,tanta indiferença. A situação atinge nos-sa vida cotidiana, as portas de lojas ecasas são constantemente defecadase urinadas. Uma situação não só desa-gradável como grave! Presenciar ges-

tos obscenos como o da foto, aliada àsujeira e à insegurança é uma situa-ção suportada há anos. Pior ainda:nossos direitos de verdadeiros cida-dãos não são reconhecidos pelas nos-sas autoridades, tendo maior valor osdependentes químicos com amparoslegais dos Direitos Humanos, e nóspessoas de bem, não portadores dearmas brancas e até mesmo de fogocomo alguns destes andarilhos quechegam ao bairro praticando roubos,urinando e defecando.

A comunidade já não acre-dita nos governantes. Fato que fazcom que o cidadão passe a agir con-forme o principio da Lei de Talião(Olho por olho, dente por dente) eacredite que só assim é que resolvere-mos este drástico problema. O cida-dão passa a acreditar que só assimnossas portas e ruas ficariam livres devez desta pandemia e que o bairro vol-taria a ser o lugar onde poderíamosdeixar nossas portas e janelas abertassem preocupação e nossos filhosbrincando na rua, vendo o adeus dodia e chegada da noite e o sorriso dalua sem medo.

Espero que nossas autori-dades mudem sua postura quanto aoproblema dos dependentes químicos,auxiliando as pessoas de bem, quepagam seus impostos e estão ficandoa mercê das injustiças.

Com a palavra, Milton Kabutê[email protected]

O Bairro Bonfim éum dos mais velhos da região da Lagoi-nha e de toda Belo horizonte, local on-de ainda se mantém as tradições dopassado, berço da Boemia, das dan-ças de salão e dos tradicionais botecose seus tira gostos dos mais variados ti-pos.

Também no Bonfim existe o maisantigo e famoso bar, o Bar do Zezinho– já falecido – hoje tocado pela sua es-posa Ivonilda que continua a fazerseus deliciosos tira gostos, não deixan-do faltar o tradicional torresminho a pu-ruruca, a famosa dobradinha amilanesa, farofas de miúdos, chouriçode porco e o frango a passarinho. Tudoisto acompanhado de boa cachaça daroça ou da cervejinha gelada, de qual-quer marca: Zeca Pagodinho, Ivete ouaté daquela que desce Redondinha. Vo-cês turistas de qualquer parte do pla-neta venham conhecer as delíciascaseiras deste bar! Dona Ivonilda estáde braços abertos para recebê-los.Existem também no Bonfim uma infini-dade de outros bares para lhes dar bo-as vindas.

Dona Ivonilda mantém a tradiçãode manter um serrote pendurado na pa-rede e outras frases admiradas pelosmilhares de fregueses! Com esta tradi-ção acolhedora os frequentadores sesentem à vontade, não sendo incomo-dados e tomando seu drinks e sabore-ando deliciosos quitutes, dando águana boca dos verdadeiros “serrotes”. Tu-do isto no coração da Rua Bonfim!

Começando pelo Bar da Portugue-sa, na praça Vaz de Melo, seguido pe-lo Bar do Camilo, logo mais o Gaúcho,a Dolores, o Zezinho e terminando noBar do comunicativo Ailton. Neste últi-

mo temos um frequentador ilustre: otreinador da velha guarda, o cruzeiren-se roxo Wilson, conhecido também porCanela, fiel às suas raízes e moradordo Bonfim. Um professor de futebol defazer inveja! Só treinava uma garotadaselecionada, boa de bola! Hoje, essameninada cresceu e tomou os várioscaminhos da vida. Somente o nossotreinador continua a manter presençanos seus lazeres cotidianos. ParabénsCanela!

Olha que estou falando até agorade botecos e bares, mas neste trajetoexistem também os melhores restau-rantes, assim como Demétrios, a Luci-nete e seu esposo Silvio. Venhamsaborear as deliciosas comidas casei-ras feitas com aquele jeitinho mineiro,no fogão de lenha. Espero você!

E você que gosta de obras de arte,depois ter percorrido o circuito dos ba-res, botecos e restaurantes, venha fa-zer uma visita ao maior museu abertodo mundo, o Cemitério do Bonfim! É

0800 para todos! Espero vocês turis-tas! De todo Brasil e nós aqui de Mi-nas, uai!

A Associação de Moradores da La-goinha, juntamente com o Bonfim, estátrabalhando no programa Segurançade Mãos Dadas para que nossos bair-ros e ruas sejam visitadas e admiradaspor todos, sentindo-se protegidos ecom segurança; são os desejos de to-dos para aqueles que vierem prestigia-rem a Copa de 2014 na Capital entreSerras e Montanhas de Minas. Nós,moradores da Comunidade da Lagoi-nha, sentimo-nos muito honrados emrecebê-los, juntamente com todos oscomerciantes da rua Bonfim. Espera-mos que todos vocês gostem e voltemsempre! Esperamos por vocês! Welco-me to Bonfim!P.S.: Alô Richard, despachante doDetran, nossa lembrança ao amigo efrequentador do antigo bar doZezinho, hoje bar da Ivonilda!

BAR DA IVONLINDA: ENCONTRO DE AMIGOS

LAGOINHA É CONSIDERADA UMA ANTIGA BARBACENA!

Estava na Praça Setedepois de degustar um deliciosocafezinho no tradicional Café Ni-ce. Fui rumando em direção aocentro do Poder Municipal, aPrefeitura, e para o entorno doParque Municipal. De repente,um flash iluminou minha mentee me veio uma associação deimagens: a mula e a urna eleito-ral. Continuei meu caminhar,olhei de relance e me depareicom uma tropa de burricos oumulas beirando o lago no interi-or do parque. Todos muito distin-tos caminhavam a passoselegantes e sôfregos para cum-prir sua sina: carregar sobre osseus ombros as alegrias das cri-anças que sonham com cavalga-das, batalhas e corridas.

Comecei minha refle-xão a respeito desse animalmanso e trabalhador. A mula éum bicho forte, de cabeça gran-de, orelhas compridas e móveis,corpo mais curto, sisudo, passofirme e prudente. Não atravessao pântano ainda que a matem. Éboa para montaria e para viajar.

Existe ainda no mundoda superstição da mula-sem-ca-beça. É uma lenda do folclore.O animal é l iteralmente uma mu-la sem cabeça, que solta fogopelo pescoço, local onde deve-ria estar sua cabeça. Possui emseus cascos ferraduras que sãode prata ou de aço e apresen-tam coloração marrom ou preta.Segundo a lenda, qualquer mu-lher que namorasse um padreseria transformada em um mons-tro. Dessa forma, as mulheresdeveriam ver os padres comouma espécie de “santos” e nãocomo homens. Caso cometes-sem qualquer pecado em rela-ção a um padre, mesmo quefosse apenas em pensamento,seriam transformadas em mu-las-sem-cabeça.

Amula é um animal em-blemático. A cada dois anosvem à tona um tipo de comporta-mento estranho, que induz auma caricatura de cidadania: a“mula eleitoral”. Esse ser ficaconfinado no seu estábulo deuma pseudo cidadania. A todo omomento cai no canto da sereia

e acredita em promessas quenão acabam mais. Tudo isso so-bre a chibata dos cabos eleito-rais, a mando dos senhorzinhospúblicos.

As “mulas eleitorais”não têm nenhum interesse coma repercussão dos “santinhos”que carregam e distribuem. Ofazem pela confiança de queserão beneficiadas pelos favo-res mútuos. É um misto de inge-nuidade e alienação. Aexplicação recorrente é quetransitam na indigência e poresta razão não seriam respon-sáveis pelo que fazem. Por al-guns trocados, as “mulaseleitorais” topam qualquer negó-cio e seja o que Deus quiser.

Peço perdão, caro lei-tor, pelas palavras grotescas erudes. A indignação produziuesse excesso. Desculpem-meos homens e as boas mulas.Afinal, o que a coitada da mula,animal trabalhador, tem a vercom o voto? A princípio, nada.Mas, se você olhar com cuidadoe minúcia, perceberá que o vototem um destino e um resultado.

É exatamente umacombinação desastrosa de pe-núria da consciência e indigên-cia para sobreviver, al imentadapor candidatos despreparadoscultural e moralmente para ativi-dade pública, que gera as “mu-las” eleitorais. Potencial izadapela pobreza educacional, misé-ria e ganância de uma socieda-de consumista.

A "mula eleitoral” carre-ga um fardo pesado sobre suascostas, pois são montadas porgordos e fartos senhores ambi-ciosos. O voto - que deveriaemancipar - se torna na verda-de algema e gri lhão que acor-renta a alma e empobrece aindamais a indigência social. Osmandatários manipulam e abu-sam da boa fé da “mula eleito-ral”. Este ser emblemático quehabita na consciência de muitose que faz toda a diferença nahora de decidir sobre o destinoda governança.

A “mula eleitoral”e o voto

Bar da Ivonilda: atração do Bonfim. Foto: Milton Kabutê.

Exemplo de desrespeito nas ruas da Lagoinha. Foto: MiltonKabutê.

Antônio de Pádua GalvãoEconomista e Psicanalista

www.galvaoconsultoria.com.br (31) 9956-9161

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_________________Assessoria de Comunicaçãodo SINDPOL/MG

Os diretores do SIND-POL/MG estiveram presentesnas Audiências Públicas realiza-das na ALMG com a final idadede discutir acerca da integraçãoentre as polícias e a manipula-ção de dados nos registros deevento de Defesa Social.

O destaque para essedebate se deu na fala do ex-se-cretário Adjunto de Defesa Soci-al, o sociólogo, Luiz FlávioSapori, que deixou bem claroque “são fortes os indícios e evi-dências de que os dados sobrea atuação policial e segurançapública em Minas Gerais, estãosendo alterados, e que a políti-ca de integração entre as políci-as realmente fracassou, pordesvio de final idade”.

Veja pontos importantes da fa-la do pesquisador nesta audi-ência e em alguns veículos decomunicação:

Sapori afirma que foi osegundo Estado que mais inves-tiu em segurança no Brasil , per-dendo apenas para Alagoas. Osociólogo se mostrou horroriza-do com a comparação com o es-tado nordestino, que é o maisviolento do país. E afirmou queo montante não foi investimen-to, pois serviu para pagamen-tos, na manutenção de saláriose ativos e inativos.

Não investindo naárea, que está defasada em ser-vidores, não há como investigar,o que estimula o criminoso. “Oinvestimento em segurança emMinas, em 2011 foi zero, e a vio-lência vai piorar em 201 2, infel iz-mente”, afirmou Sapori.

Na condição de pesqui-sador, Sapori confirmou que “háindícios seríssimos” de que osdados sobre a violência no Esta-do estão sendo manipulados.Nos últimos anos, segundo ele,

aumentou muito o registro de“encontro de cadáveres” em Mi-nas, enquanto as estatísticas de“homicídios” vêm diminuindo.“Esta é uma indicação clara deque alguma coisa está errada”,disse Sapori. Sua afirmaçãocoincide com as denúncias rece-bidas pelo deputado SargentoRodrigues (PDT) em seu gabine-te. “A maquiagem dos dadosprovoca a elaboração de políti-cas públicas equivocadas. É pre-ciso seriedade para tratar oproblema”, afirmou o parlamen-tar, que é um dos autores do re-querimento para a realização daaudiência pública.

Luís Flávio Sapori reve-lou o principal motivo por trásdessa suposta manipulação dedados. Ele disse que há uma po-lítica de metas na área da segu-rança pública em Minas, emque são definidos l imites paramais de 70 tipos de ocorrênciascomo roubos, homicídios, agres-sões e outros, dentro de determi-nada área. A obtenção ouextrapolação dessas metas, ex-pl icou, tem implicações diretasna carreira, no salário e no pres-tígio dos policiais.

“Minas Gerais passoua premiar quem atendia as me-tas e a punir quem não as atin-gia”, explicou o professor. Comtristeza, ele disse que foi umdos que pensou nesse modelo,“que é muito bom, mas que ago-ra infel izmente está vazandoágua”. Sapori disse que o gover-nador precisa tomar uma atitudedura e rever essa política de me-tas, “para que ela não seja umtranstorno para o policial queatua na ponta”.

Sindicalistas confirmam pres-são sobre policiais

A pressão sobre os po-l iciais civis e mil itares foi confir-mada pelos representantes dostrabalhadores das duas categori-as. Luiz Gonzaga Ribeiro, da As-sociação dos Praças Policiais eBombeiros Mil itares de MinasGerais (Aspra), afirmou categori-camente que há sim a orienta-

ção dos comandantes para queos policiais subnotifiquem casosde violência. Ele afirmou que osmil itares que se recusam rece-bem processo discipl inar e têmsua avaliação de desempenhoprejudicada. Denilson Martins,do Sindicato dos Policiais Civis(SINDPOL/MG), acrescentouque, para aumentar a estatísticade apreensão de drogas, os poli-ciais estão fracionando as quan-tidades capturadas. “Se forcrime violento, a maquiagem épara aparecer pouco; se forapreensão de armas e drogas,é para aparecer muito”, denunci-ou.

A “suposta manipula-ção” de dados foi contestada pe-lo subsecretário de Promoçãoda Qualidade e Integração doSistema de Defesa Social, Fre-derico César do Carmo. Ele afir-mou que diariamente sãoproduzidos mais de 6.000 regis-tros de eventos de defesa social(Reds), e que a imprensa se ba-seou em dois registros incorre-tos para publicar a denúncia.“Tentar fazer com que dois regis-tros sejam representativos é, nomínimo, leviano”, afirmou.

Na mesma linha, o dire-tor de Apoio Operacional da Po-lícia Mil itar, coronel CláudioAntônio Mendes, disse que “vi-vemos uma onda de denuncis-mo, as pessoas falam semcompromisso com a verdade”.Frederico do Carmo garantiuque esses Reds incorretos es-tão sendo investigados, masponderou que não se pode "acei-tar denúncias sem nomes esem fundamento”. O deputadoJoão Leite (PSDB), presidente

da Comissão de Segurança Pú-bl ica, também pediu os nomesdos policiais e comandantes en-volvidos com maquiagem de da-dos.

O ouvidor de Polícia doEstado de Minas Gerais, PauloAlkmin, lembrou a garantia de si-

gi lo dos denunciantes e pediuao deputado Sargento Rodri-gues que encaminhe à Ouvido-ria todas as denúncias quechegarem às suas mãos.

As Audiências foramrealizadas no dia 29 de feverei-ro.

_________________Oscar FernandesAssoc. Lagoinha Viva!

Berço das tradições daCapital mineira, o bairro da La­goinha vem se deteriorando ca­da vez mais, em suaconstrução era referência de bo­emia, lazer e religiosidade;mas, com o passar dos anos ea modernização da sociedade,o que era referência em outrorase tornou esquecimento por par­te de nós moradores.

As tradições de boe­mia com inúmeros botecos aolongo das ruas Itapecerica eBonfim, eram símbolo de des­contração para os boêmiosfreqüentadores da Lagoinha.Hoje, a violência descontroladae sem lei, levou este freqüenta­dores a buscarem novas op­ções de diversão nos bares deoutras regiões da capital.

Outro abandono da La­goinha e visto de longe, o sím­bolo de referência do bairroencontra­se cada vez mais tris­te, nos últimos 3 (três) anos, osímbolo da religiosidade da ruaAlém Paraíba, perdeu de manei­ra considerável seus valores. Afalta dos carrilhões não sãomais ouvida por nós moradoresdo bairro.

O silêncio tomou contade uma tradição do bairro queas mais 70 anos que soavamdurante o dia e a noite na comu­nidade.

O descaso e o desinte­resse por parte dos nossos re­presentantes religiosos calaramo que a Lagoinha tinha demaistradicional, os toques dos sinosque em quinze em quinze minu­tos controlavam os nossos afa­zeres. Aas três horas e

dezesseis minutos do relógioapontam que o tempo não pas­sou nos últimos anos, e que opouco caso permanece junta­mente com ele, ficando eterni­zado no tempo.

As tradições locais de­vem a ser preservadas, não po­demos colocar nossosinteresses pessoais sobre o in­teresse do coletivo ou vice­ver­sa. Buscamos o bom senso desaber adaptar as tradições demaneira correta e não acabarde maneira truculenta com acultura longínqua da nossaigreja.

Quanta saudade datradicional Hora dos Anjos, aosoar das seis badaladas, quemarcavam o término de um dia,às 18 horas ouvíamos felizes a“Ave Maria” que ao longo deuma década serviu de referên­cia no bairro.

A esperança se reno­va a cada momento e com esteintuito que recorremos aos nos­sos amigos Padres do Santuá­rio de Nossa Senhora daConceição, que em breve com­pletará 100 anos de existênciae em nosso querido bairro daLagoinha, sendo consideradareferência espiritual da região.Que busquemos a solução des­te vazio em que vivemos nosúltimos anos. Que voltem astradições que o nosso relógioque outrora serviu e serve deapoio nos momentos imprevisí­veis. Que o mesmo volte a fun­cionar como no passado equem sabe até poderíamos ain­da, demonstrar o nosso cari­nho e devoção a NossaSenhora da Conceição com aHora dos Anjos com o tocar daAve Maria.

Adeus àstradições

Direção do SINDPOL/MG participa de Audiências Públicas na ALMGsobre Integração e manipulação de dados da Segurança Pública

Toninho Pipoco – Vice-presidentedo SINDPOL/MG

Denilson Martins – Presidente doSINDPOL/MG

Luis Flávio Sapori – Sociólogo eEx-secretário de Defesa Social

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Olá torcedor e torcedo-ra da Gazeta da Lagoinha! Apro-veito minha coluna deste mêspara comentar sobre o históricoe, quase centenário, Campeo-nato Mineiro. A primeira compe-tição oficial de futebol emMinas Gerais aconteceu em1 91 5, organizada pela então Li-ga Mineira de Esportes Terres-tres, atual Federação Mineirade Futebol (FMF). O primeirocampeão mineiro foi o Atlético.O América, vice no primeiro,conquistaria então 1 0 títulos se-guidos, de 1 91 6 a 1 925, fatomarcante na história do clubecom direito a espaço no hino dainstituição!

Depois da hegemoniado América, em 1 926 surge aprimeira polêmica envolvendoAtlético e Cruzeiro: de quem foio título? Deixo a discussão pa-ra as sagradas mesas dos ba-res da vida! A história sedesenha desde então entre Cru-zeiro (na época Palestra I tál ia)que venceria de 1 928 a 1 930,Atlético, América e Vila Novaque se destacaria partir da dé-cada de 30. Ressalto que ape-nas o Siderúrgica, Ipatinga eCaldense foram capazes de sesagrarem campeões e quebra-rem uma vez, ao longo de qua-se 1 00 anos, a hegemonia deAtlético, Cruzeiro, América e Vi-la (que conquistou o último mi-neiro há 61 anos).

A competição se tor-nou profissional em 1 933 e ameta da FMF deveria ter sidotorná-la cada vez mais competi-

tiva e atrativa. Mas, apesar datradição, o Campeonato Minei-ro causa polêmica ao se discu-tir a qualidade dos jogos atuaisfrente ao futebol competitivo deoutros eixos como Rio e SãoPaulo. Hoje a competição, ape-sar de todo investimento envol-vido, deixa a desejar. Talvez asolução seja uma nova fórmu-la, uma fase inicial regionaliza-da e uma fase final por pontoscorridos com menos times.

O último clássicoAmérica x Atlético foi um amos-tra disso. Galo venceu por 2 x1 de virada num jogo fraco pelasua tradição. O time tem a res-ponsabil idade de representar,junto com a Raposa, os minei-ros nas competições nacionaisda primeira divisão. Mas o quese observa, por exemplo, noGalo é um time ainda desorga-nizado. Alguns questionamen-tos permanecem na cabeça dotorcedor como o banco impostoa Felipe Souto; a insistênciaem Richarlyson como lateral;as fracas atuações do jogadorMancini e a falta de um camisa1 0 para o time.

Vamos aguardar a re-ta final da competição. Existeuma linha tênue entre a reali-dade e a ilusão que o Campeo-nato Mineiro pode apresentarpara o torcedor em seu resulta-do final. Espero que Atlético,Cruzeiro e América estejam re-almente se preparando paraconquistar títulos em 201 2. Otorcedor mineiro merece muitomais!

Um time, para ser ex-cepcional, precisa ter grandes jo-gadores, organização, discipl inatática e ótimas qualidades físi-cas e emocionais. Almas frágeisl imitam a criatividade e a eficiên-cia. Alma, corpo e talento têmque andar juntos. Um ajuda ooutro.

Desde o ano passado,quando ganhou o Brasileirão, oCorinthians é o time mais organi-zado e discipl inado taticamentedo Brasil . Isso faz a diferençaquando há equilíbrio individual.O Corinthians não tem umagrande equipe porque faltam cra-ques e porque possui alguns ví-cios do futebol brasileiro, comocruzar demais a bola na área egostar de tumultuar, truncar o jo-go.

Já o São Paulo é, dosgrandes, o mais desorganizado.A defesa é muito fraca. Existemmais buracos do que nas estra-das brasileiras. Time bom temde atacar e defender bem. Co-mo o São Paulo possui bons jo-gadores do meio para frente,cria, faz muitos gols e pode atéser campeão em torneios mata-mata.

Por causa do marke-ting, os grandes clubes brasilei-ros só contratam jogadoresfamosos, caros e do meio parafrente. Quase todos os zaguei-ros são fracos, além de mal posi-

cionados. Os meias e atacanteshabil idosos deitam e rolam.

Apesar da fortuna quese paga a muitos técnicos e jo-gadores, o nível do futebol brasi-leiro é apenas razoável. ForaNeymar e Dedé, difici lmente ou-tro jogador seria titular das me-lhores equipes da Europa. Amaioria que vai para times médi-os fracassa e, mesmo assim,volta mais valorizada, comoWesley. Criaram até uma "vaqui-nha" entre os torcedores do Pal-meiras para contratá-lo, comose fosse craque.

No dia do jogo entreBotafogo e Fluminense, na semi-final da Taça Guanabara, os téc-nicos Abel Braga e Oswaldo deOliveira disseram, ao jornal "OGlobo", que está tudo bem no fu-tebol brasileiro. Essa prepotên-cia distorce a realidade emantém os altos salários dostécnicos.

Toda semana, surgemnovos melhores jogadores e ti-mes. Nesta, o Fluminense pas-sou o Vasco, que era melhor nasemana passada. Fred voltou aser o melhor centroavante dopaís. Diego Souza, de craque,voltou a ser um jogador comum.Ganso é chamado novamentede gênio. Arouca é pedido paraa Seleção. Na próxima semana,várias coisas serão diferentes.

Para enganar. A vitória

no último minuto, contra a Bós-nia, serve para enganar. Maisuma vez, faltou talento do meiopara frente. Júl io César e DaviLuís também foram mal. Melho-rou um pouco com Elias, Gansoe Hulk. Ronaldinho não dámais.

Lembranças

O Independência metraz boas lembranças. Primeiro,de minha infância, quando iaassistir aos jogos, com meu pai,de ônibus. Ficávamos no pri-meiro degrau da arquibancada,perto dos jogadores. Vi Garrin-cha driblar, em um jogo ines-quecível, quando o Botafogo,de Didi e Nilton Santos, virouuma partida contra o Atlético, de4 a 0 para 5 a 4. Vi grandes jo-gadores mineiros, como Ubal-do, do Atlético, que fazia golsesquisitos, chamados de espíri-tas. Vi também Zuca, meia doAmérica, Rossi, do Cruzeiro, eoutros.

Em 1 963, com 1 6anos, comecei a jogar no timetitular do Cruzeiro. Logo depois,chegaram Dirceu Lopes e Piaz-za. Era o início da formação deum grande time, que, a partir doMineirão, em 1 965, encantou oBrasil .

Esperança do Futebol Mi-neiro está em sua história

Flávio Domênico Twitter (@flaviodomenico)

Corpo, alma e talentoTostão

É cada vez maiscomum vermos

jogadores de futebol fora da for-ma física que o esporte exige. Écada vez mais comum, também,vermos esses mesmos jogado-res “fazendo beicinho” quandosão cobrados por tal postura an-ti-profissional. Exemplos no Bra-si l temos aos montes, já quenão é difíci l encontrar meda-lhões sendo titulares apenas pe-lo que já fizeram, mas não peloque fazem.

Ronaldo “Fenômeno”foi assim durante longo e tene-broso inverno no Corinthians –apesar de ter decidido algumaspartidas pela qualidade inquesti-onável, mas profissionalismo du-vidável. Como ele, DanielCarvalho no Atlético-MG (em201 0 e 2011 ) e Adriano, tam-bém no Corinthians, deramexemplos a não serem segui-dos. Um que parece não ter pro-blemas com a balança, mas queusa e abusa do estrel ismo paraconseguir vantagens é Ronaldi-nho Gaúcho. O meia, que já foiconsiderado o melhor jogadordo mundo duas vezes, conse-guiu, com a força do nome, der-rubar o técnico VanderleiLuxemburgo do Flamengo.

O problema de ter es-trelas com regalias num clube é

o transtornoque gera juntoao grupo de jo-gadores. “Seele que tem osalário mais al-to chega atra-sado, porqueeu não pos-so?”, pensamos “comuns”. Epor aí vai. Pioré para o técnicoque, boa partedas vezes, teveque aceitar uma imposição da di-retoria que traz o jogador com ointuito de vender camisa e pro-mover outras ações de marke-ting. Ele é quem tem deadministrar os confl itos geradospelo egocentrismo desse tipo deatleta, mas nem sempre conse-gue.

Dá gosto ver atletasempenhados de verdade! Comoé bacana acompanhar uma finalde Austral ian Open (aberto de tê-nis) com dois craques do espor-te como Djokovic e Nadal, comono início do ano. Dois jogadoresque se entregam a cada ponto,a cada game, a cada set. Joga-dores campeoníssimos e comcondição financeira estabil izadapara daqui até o fim da vida,que lutaram e se superaram fisi-camente numa partida que du-

rou quase seis horas. Maisprecisamente 5h53.

É incrível como faltaprofissionalismo a alguns “ZéNinguéns” (plural chatinho, es-se) que se acham os reis da co-cada preta, enquanto sobrampara os verdadeiros reis, aque-les que são os melhores no quefazem. A disparidade é grandequando comparamos Ronaldi-nhos e Adrianos com Djokovics,Gibas, Ciel los e, fel izmente,muitos outros. São de bonsexemplos que o esporte precisae não de sujeitos que fazem oque querem com os nossos clu-bes. Como gosta de dizer o téc-nico Emerson Leão: “existematletas e existem jogadores”. Ehá, sim, total diferença.

Estrelismo sem brilhoMatheus Oliveira

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____________________Cristiane Borges

Dona Maria trabalhava paraa famíl ia Pinto, da rua Diamantina ecom 1 5 anos essa famíl ia arrumou oseu casamento com o Manoel, queveio de Portugal. Eles tiveram sete fi-lhos. Entre eles, a Alzira e a Tininha.AAlzira casou com o Vicente Malaqui-as, que chegou em Belo Horizonte pa-ra trabalhar na padaria do tio, o JoséFonseca. Deste casamento nasce-ram dois fi lhos: a Lourdinha e o Syl-vio, que está há 70 anos naPanificadora Lagoinha, na rua PedroLessa.

A história do Sylvio se mistu-ra à história da panificadora, quealém de ser o seu ofício, foi o cenáriode grande parte da sua vida. SylvioAlves da Silva, 75, conta que chegouao mesmo endereço onde hoje é aPanificadora Lagoinha, quando as pa-redes do imóvel ainda eram de ado-be. Era padaria e a simples casinhade seus pais. “Aqui era um prédiomuito velho, era uma padaria que es-tava fechada”, lembra. Ele conta queos seus pais, padeiros, resolveramaproveitar dos conhecimentos que ti-nham para montar a própria padariae que desde sempre ele e a Lourdi-nha ajudaram no negócio. “Ficáva-mos no balcão, eu e minha irmã, equando chegava alguém nós gritáva-mos “tem gente, tem gente”, recorda.

Na década de 70 os pais deSylvio faleceram. Logo Sylvio tomoufrente da padaria e a refez. Derrubouas paredes de adobe e iniciou a cons-trução que está até hoje, de azulejosazuis.

O endereço da padaria foi oendereço da casa deSylvio, até que ele ca-sou no final dos anos60, com a advogadaMaria Piedade Paes daSilva. Eles têm uma fi-lha, a Sylmara, hojecom 39 anos, advoga-da e professora no Co-légio Tiradentes. Sylvioconta que logo que ca-sou sua famíl ia foi mo-rar no Centro, na ruaRio de Janeiro, masque depois precisaramvoltar para a Lagoinha

para que ele e Piedade, sua esposa,cuidassem da tia dela, que moravana rua Caxambu. No fim das contas,eles acabaram ficando por aqui. “Ne-nhum de nós quis mais sair da Lagoi-nha. Voltar pra lá a gente não volta”,enfatiza.

Sylvio conta que sua rela-ção com a comunidade é excelente.“Inclusive agradeço a esta comunida-de, que me ajuda muito”, exclama.

A Panificadora Lagoinhaconta hoje com um quadro de quatrofuncionários, entre eles um padeiro,o Hélio, que Sylvio considera “comoparte da famíl ia”, devido ao tempoque eles trabalham juntos. As portassão abertas todos os dias, de 6h às22h. Nos domingos e feriados a pa-daria fecha mais cedo.

Tininha

Com muito apreço, Sylvio cita e ren-de homenagem à sua tia Tininha, 98anos. “A Tininha ajudou muito osmeus pais, quando eu era criança.Ela cuidava da gente. É como umasegunda mãe”, considera. Mãe decoração do Sylvio, a Tininha é mãebiológica do Roberto “Carrapato” emora no prédio anexado à panifica-dora, onde morou a mãe do Sylvio.Ele contou que na véspera haviaapreciado um peixe que a Tininhapescou, lá em Três Marias. Comolhos que refletem muita vida, alémda simpatia, a senhora de 98 anosconta, depois de ter preparado o al-moço do dia, que a longevidade sedá na boa vivência, na busca pelapaz e pelo bom trato com todas aspessoas. “Pelejando, lavando e em-purrado, apesar do corpo já estarcansado”, explica.

Seu Sylvio: a história deuma vida que se mistura àda Panificadora Lagoinha

Seu Sylvio, há 70 anos na Panificadora Lagoinha. Foto: Cristiane Borges

Sylvio e sua "segunda mãe", dona Tininha. Foto:Cristiane Borges

Panificadora Lagoinha: rua Pedro Lessa, 1 88. Foto: Cristiane Borges

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FFaallaa LLaaggooiinnhhaa!!CCrriissttiiaannee BBoorrggeessVocê concorda com a comercialização de bebidasalcóolicas nos estádios de futebol? Por quê?

Cláudio Maia, 40 anos.Concordo, porque é gostoso ir aocampo e ver o jogo tomando

cerveja. Não vejo nenhum problemaem beber no estádio.

James Neres, 40 anos.Não concordo. Porque estatisticamentediminuiu-se o número de incidentes.

Nayara Prazeres, 23 anos.Não concordo. Porque a bebida é umadroga como qualquer outra einfluencia na atitude das pessoas.Quero levar meu filho no estádio e tercerteza que ele estará seguro.

Carlos Tertuliano, 38anos.Sim, porque não vejorazão, motivo oucircunstância de proibirbebidas no estádio setodo mundo já vaibêbado. Há 25 anosvou ao estádio, semprebebi e nunca deiproblema.

Viviane Santos, 42 anos.Não concordo. Porque a bebidaincentiva a violência que já existe noestádio por causa da rivalidade.