GERENCIAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO SEMI...

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II Simpósio Brasileiro de Geomática Presidente Prudente - SP, 24-27 de julho de 2007 V Coquio Brasileiro de Ciências Geodésicas ISSN 1981-6251, p. 203-209 J. R.. G. Marinho; A. L. B. Candeias GERENCIAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO UTILIZANDO O APLICATIVO SISGDA JOSÉ ROSEMÁRIO GALINDO MARINHO ANA LÚCIA BEZERRA CANDEIAS Universidade Federal de Pernambuco - UFPE Departamento de Engenharia Cartográfica, Recife - PE [email protected] [email protected] RESUMO – Este trabalho mostra um banco de dados denotado, Sistema de Gerenciamento de Distribuição de Água (SISGDA), que surgiu a partir de uma necessidade do Exército Brasileiro no controle da distribuição de água no semi-árido nordestino. O software desenvolvido mostrou-se viável e prático sendo adotado como uma ferramenta padrão pelo Ministério da Integração Nacional. Este software foi desenvolvido na plataforma Delphi e tem sido um instrumento valioso e essencial para o gerenciamento de água potável no semi-árido brasileiro. Busca-se a atualização desta ferramenta, para o mapeamento e análise de itinerários, desde o manancial até o ponto final da distribuição, podendo constituir um novo modelo de gerenciamento desse recurso mineral, que é indispensável à vida da população que vive naquela área. As áreas testes escolhidas são as localidades pertencentes aos municípios de Arcoverde e Serra Talhada, Pernambuco, Brasil. ABSTRACT - This work shows a database called of Sistema de Gerenciamento de Distribuição de Água (SISGDA), that it appeared from a necessity of the Brazilian Army in the control of the water distribution in the half-barren northeastern. Developed software revealed viable and practical being adopted as a tool standard for the Ministry of the National Integration. This software was developed in the Delphi platform and it has been a valuable and essential instrument for the drinking waters management in the half-barren Brazilian. It search update of this tool, for the mapping and analysis of itineraries, since the source until the end point of the distribution, being able to constitute a new model of management of this mineral resource, that is indispensable to the life of the population that lives in that area. The chosen areas tests are the pertaining localities to the cities of Arcoverde and Serra Talhada, Pernambuco, Brazil. 1 INTRODUÇÃO A região semi-árida do Nordeste Brasileiro, conhecida como Polígono da Seca, compreende uma área de 1.663.200 km 2 , com uma população total de aproximadamente 24 milhões de pessoas, das quais 14 milhões vivem na área urbana e cerca de 10 milhões na área rural, e nessa região os regimes de chuvas é caracterizado por períodos longos de estiagem com secas devastadoras, onde a falta de água faz com que a população rural e das pequenas cidades fiquem submetidas a condições de extrema dificuldade (Padilha et al., 2004). Esta região engloba os Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Segundo Teixeira, et al. (2005), a escassez e a dificuldade para a obtenção de água no semi-árido exigem que o seu manejo ocorra de forma racional. Sendo um recurso indispensável à sobrevivência, tem se tornado cada vez mais difícil o seu acesso (Miranda Neto,1999). O problema do semi-árido não é a situação da seca em si, mas a forma como estão estruturadas as reservas e potenciais hídricos (Souza et al., 2003). Durante décadas acreditava-se que os graves problemas da seca poderiam ser resolvidos através da construção indiscriminada de reservatórios e infra- estrutura hídrica complementar para aumentar a oferta de água e muito pouco era feito para a gestão propriamente dita e para a manutenção apropriada da vasta infra-estrutura hídrica (MIN, 2005). Segundo as prioridades apresentadas pela Associação Internacional de Ciências Hidrológicas – IAHS (2003) existe uma necessidade de uma variedade de instrumentos que possam gerar previsões de sistemas hidrológicos, para o gerenciamento sustentável de águas sobre perspectivas econômicas, sociais e ambientais.

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II Simpósio Brasileiro de Geomática Presidente Prudente - SP, 24-27 de julho de 2007V Co ló qu i o B ra si l ei ro d e Ci ên ci a s Geod ési ca s ISSN 1981-6251, p. 203-209

J. R.. G. Marinho; A. L. B. Candeias

GERENCIAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO SEMI-ÁRIDOBRASILEIRO UTILIZANDO O APLICATIVO SISGDA

JOSÉ ROSEMÁRIO GALINDO MARINHOANA LÚCIA BEZERRA CANDEIAS

Universidade Federal de Pernambuco - UFPEDepartamento de Engenharia Cartográfica, Recife - PE

[email protected]@ufpe.br

RESUMO – Este trabalho mostra um banco de dados denotado, Sistema de Gerenciamento deDistribuição de Água (SISGDA), que surgiu a partir de uma necessidade do Exército Brasileiro nocontrole da distribuição de água no semi-árido nordestino. O software desenvolvido mostrou-se viável eprático sendo adotado como uma ferramenta padrão pelo Ministério da Integração Nacional. Estesoftware foi desenvolvido na plataforma Delphi e tem sido um instrumento valioso e essencial para ogerenciamento de água potável no semi-árido brasileiro. Busca-se a atualização desta ferramenta, para omapeamento e análise de itinerários, desde o manancial até o ponto final da distribuição, podendoconstituir um novo modelo de gerenciamento desse recurso mineral, que é indispensável à vida dapopulação que vive naquela área. As áreas testes escolhidas são as localidades pertencentes aosmunicípios de Arcoverde e Serra Talhada, Pernambuco, Brasil.

ABSTRACT - This work shows a database called of Sistema de Gerenciamento de Distribuição deÁgua (SISGDA), that it appeared from a necessity of the Brazilian Army in the control of the waterdistribution in the half-barren northeastern. Developed software revealed viable and practical beingadopted as a tool standard for the Ministry of the National Integration. This software was developed in theDelphi platform and it has been a valuable and essential instrument for the drinking waters managementin the half-barren Brazilian. It search update of this tool, for the mapping and analysis of itineraries, sincethe source until the end point of the distribution, being able to constitute a new model of management ofthis mineral resource, that is indispensable to the life of the population that lives in that area. The chosenareas tests are the pertaining localities to the cities of Arcoverde and Serra Talhada, Pernambuco, Brazil.

1 INTRODUÇÃO

A região semi-árida do Nordeste Brasileiro,conhecida como Polígono da Seca, compreende umaárea de 1.663.200 km2, com uma população total deaproximadamente 24 milhões de pessoas, das quais 14milhões vivem na área urbana e cerca de 10 milhões naárea rural, e nessa região os regimes de chuvas écaracterizado por períodos longos de estiagem comsecas devastadoras, onde a falta de água faz com que apopulação rural e das pequenas cidades fiquemsubmetidas a condições de extrema dificuldade(Padilha et al., 2004).

Esta região engloba os Estados do Piauí, Ceará,Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do EspíritoSanto.

Segundo Teixeira, et al. (2005), a escassez e adificuldade para a obtenção de água no semi-áridoexigem que o seu manejo ocorra de forma racional.

Sendo um recurso indispensável à sobrevivência, temse tornado cada vez mais difícil o seu acesso (MirandaNeto,1999).

O problema do semi-árido não é a situação daseca em si, mas a forma como estão estruturadas asreservas e potenciais hídricos (Souza et al., 2003).

Durante décadas acreditava-se que os gravesproblemas da seca poderiam ser resolvidos através daconstrução indiscriminada de reservatórios e infra-estrutura hídrica complementar para aumentar a ofertade água e muito pouco era feito para a gestãopropriamente dita e para a manutenção apropriada davasta infra-estrutura hídrica (MIN, 2005).

Segundo as prioridades apresentadas pelaAssociação Internacional de Ciências Hidrológicas –IAHS (2003) existe uma necessidade de uma variedadede instrumentos que possam gerar previsões desistemas hidrológicos, para o gerenciamentosustentável de águas sobre perspectivas econômicas,sociais e ambientais.

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O quadro de escassez de água pode sermodificado em determinadas regiões, através de umagestão integrada dos recursos hídricos superficiais esubterrâneos. (Beltrão et. al., 2005).

A CPRM (Serviço Geológico do Brasil) possuium site sobre poços que mostra o Atlas Digital dosRecursos Hídricos Subterrâneos de Pernambuco e deoutros Estados e pode ser acessado em:,http://www.cprm.gov.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=36 .

O SIAGAS (Sistema de Informação de ÁguasSubterrâneas) disponível na INTERNET em:http://siagas.cprm.gov.br/wellshow/indice.asp?w=1280&h=768&info=1 possui dados de localização, poréminexistem informações importantes sobre os poços.

Neste trabalho é apresentado o SISGDA, umsistema de gerenciamento de água que surgiu a partirde uma necessidade do Exército Brasileiro, paracontrolar a distribuição de água nas regiões do semi-árido nordestino. O SISGDA pode ser visto como umaferramenta de gestão daquela área.

Este software foi elaborado com a utilização daferramenta Delphi 5 (Borland & Cantú, 2000) e deum Banco de dados Access que pudesse monitorar asatividades de abastecimento.

2 ÁREA DE ESTUDO

O município de Arcoverde está localizado namesorregião Sertão e na microrregião Sertão doMoxotó do Estado de Pernambuco, onde se limita aonorte com o Estado da Paraíba, ao sul com Buíque ePedra, ao leste com Pesqueira, e a oeste com Sertânia.A sede do município possui as seguintes coordenadasgeográficas: 08º25’08”S e 37º03’14”W. A áreamunicipal ocupa 379 km2 e representa 0.38 % doEstado de Pernambuco. Distando 254 km da capital,cujo acesso é feito pela BR-232.

Serra Talhada é um município situado na partesetentrional da microrregião do Pajeú, porção norte doEstado de Pernambuco, limitando-se geograficamente,ao norte, com o Estado da Paraíba, ao sul, comFloresta, a leste com Calumbi, Betânia e Santa Cruz daBaixa Verde e, a oeste, com São José do Belmonte eMirandiba. Possui uma área de 2980 Km2 . O acesso aomunicípio é efetuado através da rodovia federal BR-232 que interliga Recife à Parnamirim, distante decerca de 515 km da capital.

3 O PROBLEMA

Nessas localidades a captação da água é quasesempre inadequada e sem nenhum tratamento, sendolevada para as residências, na maioria das vezes, emlatas d’água com capacidade para 18 litros earmazenada sem nenhuma condição de higiene,conforme ilustra a Figuras 1 e 2.

Fonte: J.R.G. Marinho

Figura 1 – Caixa d'água com armazenamento de águaimprópria para o consumo humano.

Fonte: J.R.G. Marinho

Figura 2 – Consumo de água, diretamente da caixad'água, sem condições de saneamento.

Por outro lado, o mapeamento dos poços dosmunicípios são, em alguns casos, plotados fora doslimites do mapa municipal. Tais casos ocorrem devidoà imprecisão nos traçados desses limites, seja pelapequena escala do mapa fonte utilizado no banco dedados (1:250.000), seja por problemas ainda existentesna cartografia estadual, ou devido a informaçõesincorretas prestadas aos recenseadores ou,simplesmente, erro na obtenção das coordenadas. Otrabalho de campo vem auxiliando neste problema.

A organização dos dados dos poços, e seu fácilacesso é o de influenciar diretamente em sua gestão.

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4 MAPEAMENTO DE PONTOS D’ÁGUA EITINERÁRIOS

Na elaboração dos mapas de pontos d’água ede mapeamento de itinerários, foi utilizada ametodologia proposta por Beltrão et. al. (2005), combase cartográfica nos mapas municipais estatísticos emformato digital do IBGE, elaborados a partir de cartastopográficas da SUDENE e DSG, em escala1:100.000, sobre as quais são inseridos os dadosreferentes aos poços e fontes naturais, já contidos embanco de dados.

São analisadas e avaliadas as coordenadas dospontos, através de uma nova plotagem de poços e deum levantamento de coordenadas geográficas, com autilização de um GPS (Global Positioning System) eneste aspecto são locados os poços d’água ativos, ouseja, com capacidade de fornecimento de água potávele os poços inativos, aqueles já abandonados, mas quecom um sistema de tratamento adequado possam sernovamente reativados.

O mapeamento de itinerários de transporte deágua se estende desde o manancial até o ponto final dadistribuição, que representa a localidade favorecidacom a distribuição da água potável.

5 SISTEMA DE GERENCIAMENTO DEDISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

O SisGDA é um aplicativo, desenvolvido porJosé Rosemário Galindo Marinho, Walter GomesCoelho Junior e Guilherme Nunes Martins (5º. Centrode Telemática de Área do Exército), destinado aauxiliar as atividades de cadastro, controle efiscalização da distribuição de água às localidades dosmunicípios em estado de emergência (declaradosassim, pelo MIN – Ministério da Integração Nacional,mediante publicação em Portarias periódicas), Permitiro controle documental e gerencial da distribuição deágua, e o acesso às informações referentes ao perfil decada usuário do sistema, realizando o controlefinanceiro dos gastos com a contratação de pipeiros,

Está sendo criada uma nova atualização noSISGDA, atualmente em uso pelo Ministério daIntegração Nacional) e Ministério da Defesa, com afinalidade de gerar um banco de dados dinâmico,integrado a um sistema de geoinformação capaz deidentificar as regiões de interesse e possibilitar ofornecimento de uma ampla pesquisa sobre aespacialização dos pontos críticos e não críticos para agestão de águas nas áreas de estudo. A Figura 3 mostrao modelo de entidade e relacionamento do SISGDA,onde:

EF_MISSÃO: Responsável pela fiscalizaçãoda distribuição de água.

MILITAR: A pessoa contratada para prestarserviço junto ao Ministério da Integração Nacional.

PST_GRAD: É a identificação do militardentro de sua hierárquia.

ARMA: É a classificação da formação decada militar.

MOV_IMPORT: Permite realizar aimportação do arquivo gerado pelo sistema,

HIST_ND: Possibilita verificar um históricode todas as solicitações de Natureza de Despesasanteriores.

OM: Organização Militar responsável pelocadastro dos Municípios e Localidades pertencentes asua área.

MEM_COM: Membros das Comissõesfiscalizadoras da distribuição de água nas localidades.

ND: Natureza das Despesas.

HIST_OBS_MUN: Histórico referente aosmunicípio que não receberam abastecimento.

LOC_MAN: Permite incluir as distânciasentre os mananciais e as localidades

MANANCIAL: Permite o cadastro dosmananciais subordinados.

USUÁRIO: Cadastrar os usuários do sistema.

CONTRATO: Permite incluir os contratosque os Proprietários de veículos assinam com osmunicípios.

MUNICÍPIO: Cadastrar os municípiossubordinados a sua Organização Militar.

PROPRIETÁRIO: Permite cadastrarproprietários de carros pipas que assinaram contrato defornecimento de água para determinado município.

PORTARIA: Permite o cadastro das portariasque regulamentam o fornecimento de água para osmunicípios.

VIGÊNCIA: Após o cadastro da portaria énecessário cadastrar a vigência para cadamunicípio.

LOCALIDADE: Permite o cadastro daslocalidades subordinadas a um determinado município.

MOTORISTA: Permite o cadastro demotoristas dos caminhões envolvidos na distribuiçãode água.

A Figura 4 mostra as telas do SISGDA, comsuas entidades e relacionamentos.

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LEGENDA: # Chave primária Campo obrigatório Campo não obrigatório Transferência de chave estrangeira(uso da metodologia case do oracle)

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Figura 4 – Mostra as telas do Quadro de Estimativas de Despesas, Quadro Resumo de Informações do Município, osMunicípios, Localidades de Entrega de Água, Manancial e Distribuição de Água.

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6 DADOS DE ENTRADAS DO SISGDA

Os dados de entrada do SISGDA estão relacionadosabaixo:

• Cadastros das Organizações Militares• Cadastro de Município.• Cadastro de Localidade.• Cadastro de Manancial.• Cadastro de Proprietário• Cadastro de Motorista• Cadastro de Veículo

7 DADOS DE SAÍDA DO SISTEMA

Os dados de saída estão relacionados a seguir:

• Relatório Mensal• Relatório Quadro de Estimativa de Despesas• Relatório Quadro Resumo de Informações de

Município

8 CONCLUSÕES

O acesso a água potável para a população dosemi-árido, há décadas, tem sido um problema cadavez mais eminente. Apesar da preocupação política,refletida através de programas sociais, poucos estudostêm sido realizados na área de engenharia de software,habilitados para o gerenciamento de água potável e quevenham possibilitar uma boa qualidade de vida para apopulação, principalmente àquela que depende desserecurso mineral para sobreviver.

Atualmente, o SISGDA é destinado a auxiliar asatividades de cadastro, controle e fiscalização dadistribuição de água nas localidades dos municípios emestado de emergência, declarados assim, peloMinistério da Integração Nacional.

Inserido nessa problemática se mantém umsistema eficiente, destinado ao acesso às informaçõesreferentes ao perfil social e econômico de cadalocalidade contemplada com o abastecimento de água,monitorando e fiscalizando a sua distribuição nasregiões mais castigadas pelas secas, e declaradas comoprioridade pelo Ministério da Integração Nacional, e aomesmo tempo possibilita gerar registros de ocorrênciasda não distribuição de água a qualquer município,relatando-se os respectivos motivos.

Estudos baseados em geoinformação integradosao desenvolvimento da engenharia de software sãointeressantes para o gerenciamento de água e podeoferecer um arcabouço teórico e valioso, viabilizandoum conhecimento básico sobre a localização,caracterização e identificação de importantes fontes deágua, como mananciais e poços, em áreas críticas, ondeo abastecimento de água é deficiente ou quase nãoexiste.

Além disso, poderão fornecer subsídios valiosossobre as áreas de estudo, para pesquisadores dediversas áreas do conhecimento e interessados noassunto, no que diz respeito ao emprego da cartografiae a sua integração com a engenharia de software.Deseja-se incorporar o software aqui apresentado auma representação especial para melhor visualizaçãodos resultados.

AGRADECIMENTOS

Ao Departamento de Engenharia Cartográfica da UFPEpelo apoio, ao Ministério da Integração Nacional e aoExército Brasileiro e o 5º. Centro de Telemática deÁrea (Walter Gomes Coelho Junior e Guilherme NunesMartins) .

REFERÊNCIAS

BELTRÃO, G. A.; MASCARENHAS, J. C.,MIRANDA, J. L. F.; SOUZA JUNIOR, L. C.;GALVÃO, M. J. T. G.; PEREIRA, S. N. CPRM -Serviço Geológico do Brasil Projeto cadastro defontes de abastecimento por água subterrânea.Diagnóstico do município de Arcoverde, Estado dePernambuco. Recife, PE: CPRM/PRODEEM. 2005

BELTRÃO, G. A.; MASCARENHAS, J. C.,MIRANDA, J. L. F.; SOUZA JUNIOR, L. C.;GALVÃO, M. J. T. G.; PEREIRA, S. N. CPRM -Serviço Geológico do Brasil Projeto cadastro defontes de abastecimento por água subterrânea.Diagnóstico do município de Serra Talhada, Estadode Pernambuco. Recife, PE: CPRM/PRODEEM.2005.

CANTÚ, MARCO. Dominando o Delphi 5 – ABíblia. São Paulo: Makron Books. 2000.

IAHS. Década da IAHS sobre Previsões em Baciassem Dados (PUB): 2003-2012. Penúltimo Plano paraDiscussão (Versão 4). 2003.

IBGE. Mapas Base dos Municípios do Estado dePernambuco. 2006.

PADILHA, J. A.; ZANGHETIN, M. F. L.; ORTEGA,E. O Uso da Água nas Micro-Bacias Hidrográficasdo Semi-Árido do Nordeste Brasileiro e o ConceitoBase Zero. Proceedings of IV Biennial InternationalWorkshop “Advances in Energy Studies”. Unicamp,Campinas, SP, Brazil. June 16-19, 2004. Pag. 65-72

MIN. Avaliação da Contribuição doPROÁGUA/Semi-Árido na Evolução Institucionaldos Estados da Paraíba e Piauí. PRO-RE-003-R2.Relatório Final. 2005.

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MIRANDA, N. Água, recurso vital, Jornal oLiberal. Belém, PA. 1999. 2 p.

SOUZA, F. D.; CAMPOS, J. D.; NETO, J. R. SistemaIntegrado Familiar de Captação, Manejo eGerenciamento. 4º Simpósio Brasileiro de Captaçãoe Manejo de Água da Chuva. Juazeiro-BA. 2003

TEIXEIRA, N. S.; LIMA, M. H. R.; NASCIMENTO,F. M. F. O Potencial Mineral e a Irrigação no SemiÁrido. In: XIII Jornada de Iniciação Científica -CETEM, Rio de Janeiro. XIII Jornada de IniciaçãoCientífica - CETEM. 2005.