Gestão Colaborativa de Sistemas Socioecológicos Complexos na Amazônia Brasileira

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Curso de Pós-graduação Lato Sensu Gestão Colaborativa de Sistemas Sócio-Ecológicos Complexos na Amazônia Brasileira Realização: Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT) e Universidade da Flórida (UF-EUA) Instituições colaboradoras : Instituto Centro de Vida - ICV e Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Mato Grosso SEMA-MT Equipe de Coordenação: Prof. Dr. Robert Buschbacher (UF), Prof. Dra. Rosane Seluchinesk (UNEMAT), Dra. Simone Athayde (UF/ISA), Dra. Wendy-Lin Bartels (UF) e Dr. Renato Farias (ICV). Julho de 2010 a Agosto de 2012

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Curso de Pós-graduação Lato Sensu

Gestão Colaborativa de Sistemas

Sócio-Ecológicos Complexos na

Amazônia Brasileira

Realização:

Universidade do Estado do Mato Grosso

(UNEMAT) e

Universidade da Flórida

(UF-EUA)

Instituições colaboradoras : Instituto Centro

de Vida - ICV e Secretaria de Estado do Meio

Ambiente do Mato Grosso – SEMA-MT

Equipe de Coordenação: Prof. Dr. Robert

Buschbacher (UF), Prof. Dra. Rosane

Seluchinesk (UNEMAT), Dra. Simone Athayde

(UF/ISA), Dra. Wendy-Lin Bartels (UF) e Dr.

Renato Farias (ICV).

Julho de 2010 a Agosto de 2012

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Metodologia usada na Avaliação de Resiliência

• Entendimento dos atores

• História

• Diagnóstico

1. FASE EXPLORATÓRIA

• Atributos e variáveis

• Fatores desencadeantes

• Escalas e interações

2. FASE ANALÍTICA • Cenários

• Estatégias para atingir cenário desejado

• Cruzamento de cenários

3. APLICAÇÃO NA GESTÃO

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• Entender a história do sistema a partir da visão dos diferentes grupos de atores sociais

1. FASE EXPLORATÓRIA

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Enfocamos a análise por grupo social

Visando entendimento da diversidade de atores como ponto de partida para gestão colaborativa:

Grupo Indígena: Povo Rikbaktsa, Noroeste do MT, Terra Indígena Escondido

Agricultura familiar: assentados e produtores rurais

Médios/grande produtores rurais: com destaque para as atividades econômicas de pecuária e exploração florestal

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Povo Rikbaktsa, Julho/2010

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Agricultura Familiar

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Project Groups = Sectors

• Forestry

• Mid-large Ranching

• Family agriculture

• Indigenous

• Water resources

Produtores rurais

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Produção Florestal

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LINHA DO TEMPO AGRICULTURA FAMILIAR

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“ESPIRAL” DO TEMPO GRUPO INDÍGENA

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2. FASE ANALÍTICA

• A partir do contato com atores e da história do sistema, nosso grupo define:

–Resiliência do quê? Atributos do sistema

–Resiliência contra quê? Fatores desencadeantes de mudanças

– Interações e escalas

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Resiliência do quê?Atributos-chave que os atores visam manter

AgriculturaFamiliar

Indígena Médios e Grandes

Diversificaçãoprodutiva

Soberania territorial Controle sobre a terra

Renda Viabilidadeeconômica

Organização social Auto determinação Organização social

Perfil (status, reconhecimento)

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Operacionalizando os AtributosVariáveis

Exemplo Médios e Grandes Produtores Rurais

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Resiliência contra quê?Fatores desencadeantes (drivers)

– Identificados a partir da história do sistemae de seus ciclos e reorganizações

– Exemplos:

Legislação ambiental

Demarcação da TI Escondido (positivo para Indígenas e negativo para Médios e Grandes)

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Alguns “Achados” da parte Analítica

• A maioria dos fatores desencadeantes vêm da escala maior. – Ex: Operação curupira, taxa de câmbio, código florestal

• Ocorrência de surpresas e fatores inesperados levando a “colapso” e reorganização (ex. Morte subita pastagem, hidreletrica TI Escondido).

• Importância de interações entre grupos sociais –fatores afetam os grupos de diferentes formas.– Demarcação da Terra Indígena Escondido

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3. APLICAÇÃO NA GESTÃO

• Ferramenta de Cenários

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Método: Elaboração de Cenários

1- Trabalhar três cenários: o desejável, o indesejável, e o que é o mais provável de acontecer.

2- Cada cenário foi descrito em forma de texto e em forma visual. Descrição de como os fatores desencadeantes interferem no sistema, e como o sistema reage para levar a um cenário desejável ou indesejável.

3- Discutir quais foram as características do sistema que contribuíram para o regime se manter ou mudar.

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Possíveis futuros - CenáriosFatores desencadeantes prováveis (baseado em

conhecimento dos grupos e história)

AgriculturaFamiliar

Indígena Médios e Grandes

Limitação de novas áreas

(-)

Hidroelétricas (-) Aumento de consumode alimentos (+)

Degradação ambiental (-) Mudanças na legislação

(-)

Asfalto (+)

Aumenta da demanda

mundial de alimentos (+)

Divisão do município

(-)

RegularizaçãoAmbiental (-)

Melhoria de infrastrutura

do município (+)

Novas fronteirasagrícolas mundiais (-)

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AgriculturaFamiliar

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GrupoIndígena

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Cenário negativo

Grupo Médiose Grandes

Cenário positivo

Grupo Médiose Grandes

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Como Cenários podem contribuir para Gestão?

• Um processo de aprendizagem e diálogo

– Estratégias para atingir o cenário desejado

– Cruzamento entre cenários: grupos de atoressociais (rodada de diálogo)

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Um exercício integrando os setores

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

Florestania Agriculturaintensiva

Paisagemdegradada

Val

ore

sm

ed

ios/

Atr

ibu

tos

Regimes ou Cenarios

Indigena

Ag Familiar

M/G Produtores

Atores Atributos

Indígena Auto-determinação Soberania territorial Segurança econômica

Ag. Familiar Org. Social Tradicional Matriz produtiva

diversificada

Renda

Médios/grandes Respeito, status,

reconhecimento

Controle sobre a terra

(título)

Produtividade e

lucratividade

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Evento de Devolutiva para a População de Cotriguaçu

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Conclusões: Aplicação na Gestão

• Vai faltar terra no futuro (pressão por terra e recursos)

• Importância do município como instância chave de gestão (escala menor)

• Importância de fortalecer a organização social para todos os grupos de atores

• Poder x processo de tomada de decisão (na prática)

• Atingir cenário positivo para todos é inviável, necessário uns “perderem” para outros “ganharem”

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Possíveis aplicações

• Ferramenta para diálogo– No setor ou grupo de atores

sociais

– Entre setores ou entre grupos de atores

– Instâncias de gestão: municipal, estadual, federal/instituições

• Base para futuras pesquisas acadêmicas

• Os participantes levam para suas instituições e trabalho

Próximos passos

• Analisando edocumentando nossaexperiência

• Outras iniciativas com osparticipantes– Cursos em outras

universidades

– Curso para ONGs locais

– Grupo pesquisasintegrativas de barragens

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