Gestão de estoques aula 02

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GESTÃO DE MATERIAIS E PATRIMÔNIO Profª. Sirlei Vieira Aula 02

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GESTÃO DE MATERIAIS E PATRIMÔNIO

Profª. Sirlei Vieira

Aula 02

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Objetivos desta aula

• Gestão de estoques.

• Controle de estoques.

• Nivelamento de estoques.

• Curva ABC.

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Gestão de Estoques Administração

São considerados estoques todos os bens e materiais mantidos por uma organização para suprir demandas futuras, ou seja, é a diferença entre a aquisição e a demanda momentânea.

Podem ser encontrados de várias formas, como matéria-prima, produto em processo, produto acabado, materiais, embalagens e produtos necessários para manutenção, reparo e suprimentos de operações, não necessariamente utilizados no processo de fabricação, acomodados em armazéns apropriados ou em almoxarifados.

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• O controle ou gestão de estoques engloba todas as atividades, procedimentos e técnicas que permitem garantir a qualidade correta, no tempo certo, de cada item ao longo da cadeia produtiva, tanto dentro como fora das organizações.

• Para gerir os estoques, é preciso levar em conta duas funções que norteiam sua finalidade, sendo a alimentação da produção e o suprimento das vendas.

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A primeira função tem como objetivo a produção continuada , almejando a eliminação dos riscos de paradas na produção resultantes de problemas como abastecimento, melhorando a eficiência do processo produtivo.

Já na função de suprir as vendas, os estoques visam atender com segurança à sazonalidade da demanda e, por consequência, melhorar o serviço ao cliente.

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• Na moderna administração, os estoques são geridos por indicadores, sendo refletidos tanto na eficiência operacional quanto nas finanças das empresas.

• Vemos atualmente grande influência da administração de estoques para elaboração de estratégias de caixa, cujo indicador é o Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE). Esse indicador fornece o número de dias, semanas ou meses existentes de cobertura de estoques e mede a eficiência com que a empresa administra os seus investimentos em estoques. Ele deve ser o menos possível, com risco mínimo de sua falta no estoque.

PMRE= Estoques

CMV (Custo das Mercadorias Vendidas)

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• Outro indicador que norteia a empresa na administração de estoques é o Lote Econômico de Compras (LEC), que representa a quantidade ideal de compra, aquela que proporciona o menor custo de manutenção e o menor custo de aquisição do estoque.

• É preciso considerar a evolução das técnicas de administração dos materiais a partir da figura do velho almoxarife até os dias atuais, em que se utilizam sofisticados programas informatizados integrados com a produção planejada. No entanto, basicamente a administração de material sempre esteve assentada no famoso “tripé”: controle de estoque, compras e almoxarifado.

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• Quando se fala nessa estrutura, deve-se imediatamente entender como atividade comercial e/ou industrial a empresa, visto que o almoxarifado referido tem sentido de armazém, onde são acomodados os estoques.

• A figura 2,1 fornece uma noção dessa estrutura básica:

Figura 2.1:

Administração de Material

Controle de Estoque

Compras Almoxarifado

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Controle de Estoque

• O controle de estoques é importante para todos e qualquer tipo de empresa e significa investir “dinheiro”, portanto deve ser racionalmente dimensionado. Não pode ser muito maior do que o necessário para que a empresa não comprometa seu capital de giro, porém se for pouco demais, pode comprometer os suprimentos das necessidades da empresa.

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• Existe uma inter-relação do setor de suprimentos com os setores de produção, financeiro e de vendas principalmente, visto que pode acarretar sérios problemas de desempenho operacional se as compras forem efetuadas por pessoas independentes, causando descontrole dos estoques.

• O descontrole dos estoques traz sérias consequências à empresa, como aumento de custos e de despesas financeiras, ociosidade de recursos e redução de lucratividade.

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Nivelamento de Estoque

• O nivelamento determina a condição ideal do fluxo financeiro dos estoques. Em uma primeira abordagem, a gestão econômica dos estoques visa mantê-los em constante equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo dos investimentos.

• Tal fator somente é obtido ao manter os estoques mínimos, sem correr o risco de não tê-los em quantidades suficientes e necessárias para manter um fluxo de produção da encomenda em equilíbrio com o fluxo de consumo.

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• A quantificação, em número de dias de venda, idealizada acima da necessidade do estoque mínimo, por exemplo, induz a empresa a injetar mais capital de giro, assim como a quantificação idealizada, em número de dias de venda, abaixo da necessidade do estoque mínimo, leva à falta de estoque e, consequentemente, à perda de venda.

• A quantidade ideal do estoque mínimo deve ser em mensurada, considerando, entre outros, os seguintes parâmetros:

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Possíveis atrasos na entrega por parte do fornecedor;

Possíveis variações nas médias de vendas;

Identificação da sazonalidade.

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Devemos considerar dois fatores de fundamental importância para a determinação

de estoques:

• 1. Quanto maior for a quantidade estocada, maiores serão os custos com a manutenção dos estoques. Por outro lado, vemos um aspectos a ser levado em conta que é a garantia da não paralisação da empresa por falta de material.

• 2. Qualquer redução nas quantidades em estoque reduz também os custos de estocagem, mas aumenta os custos de obtenção dos materiais, o que pode provocar a paralisação das atividades da empresa por falta de material.

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É preciso levar em conta que a gestão dos estoques apresentam os seguintes sintomas

Quando mal planejada gera:

Incapacidade de cumprir promessas de entrega d produto final;

Crescimento do estoque quando a demanda for inferior à prevista;

Falta constante de espaço de armazenagem;

Aumento dos itens de materiais obsoletos, entre outros.

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Quando bem planejada verifica:

Melhoria nas relações com usuários;

Redução dos custos dos materiais comprados;

Redução dos custos com perdas de estoque, entre outros.

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CURVA ABC

A classificação ABC é um método de controle criado na Itália por Walfredo Paretto, em meados do século XIX, com a finalidade de medir a distribuição de renda da população do país. Esse método revelou que poucos indivíduos concentravam a maior parte das riquezas existentes. Vale a pena comparar esses resultados com os atuais, que mostram praticamente a mesma situação

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• Esse método de Walfredo Paretto aplicado à administração dos estoques foi colocado em prática e posteriormente comprovado nos EUA logo após o fim da Segunda Guerra Mundial (1951), pela General Eletric (G.E.), e vem constituindo uma importante ferramenta de controle e gerenciamento.

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• Em uma organização, o método da curva ABC é muito utilizado para a administração de estoques, mas também para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação da produção, entre outras aplicações.

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• Desta forma, esses materiais podem ser agrupados em três classes, que receberam as denominações de classe A, classe B e classe C, sendo:

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• Classe A = poucos itens e maiores valores, peso ou volume;

• Classe B = itens em situação

• intermediária;

• Classe C = muitos itens e menores valores, peso ou volume.

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• Por esse método podemos tratar de uma maneira diferente os distintos itens de material da seguinte forma: controlar rigidamente a classe A, de modo mais leve a classe B e de maneira superficial a classe C.

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• Por esse método podemos tratar de uma maneira diferente os distintos itens de material da seguinte forma: controlar rigidamente a classe A, de modo mais leve a classe B e de maneira superficial a classe C.

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• Os parâmetros citados não são uma regra matematicamente fixa, pois podem variar de acordo com a organização nos percentuais distintos.

• O que importa é que a análise desses parâmetros propicia o trabalho de controle de estoque do que o analista, cuja a decisão de compra pode se basear nos resultados obtidos pela curva ABC

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• Os itens considerados de classe A merecem tratamento preferencial. Assim, a consequência da utilidade dessa técnica é a otimização da aplicação dos recursos financeiros ou materiais, evitandos desperdícios ou aquisições indevidas e favorecendo o aumento da lucratividade.

• Obtém-se a curva ABC pela ordenação dos itens a serem analisados, conforme sua importância relativa no grupo.

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• A montagem dos grupos pode parecer um pouco trabalhosa, mas pode ser que seja feita uma única vez, ou mesmo esporadicamente. Os itens de cada grupo permanecem enquanto conservaram-se as condições que possam afetar os itens (consumo, vendas, preço, etc.). A montagem dos grupos pode ser feia em duas etapas, como mostra o exemplo seguinte:

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Primeira Etapa

• Relacionam-se todos os itens que foram consumidos em determinado período(1);

• Para cada item registram-se o preço unitário (2) e o consumo (3) no período considerado (se a análise fosse sobre vendas ou transporte, em vez de consumo, seria usada a quantidade vendida ou transportada etc.).

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• Para cada item calcula-se o valor do consumo (4), que é igual ao preço unitário x consumo

• Registra-se a classificação (5) do valor do consumo (1 para o maior valor, 2 para o segundo maior valor e assim por diante).

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Segunda etapa

• Ordenam-se os itens de acordo com a classificação (5)

• Para cada item, lança-se o valor de consumo acumulado (6), que é igual ao seu valor de consumo somado ao valor de consumo acumulado na linha anterior.

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• Para cada item calcula-se o percentual sobre o valor acumulado (7), que é igual ao seu valor de consumo acumulado dividido pelo seu valor de consumo acumulado do último item.

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• Para a definição das classes A, B e C, adotamos o critério de que A=20%, B=30% C=50% dos itens. No exemplo são dez itens, 20% são os dois primeiro itens, 30% os três itens seguintes 50% os cinco últimos itens, resultando os seguintes valores:

• Classe A = códigos 3 e 5 (dois primeiros itens = 74,79%

• Classe B = códigos 6,1 e 4 (três itens seguintes) = (94,79% - 74,79%) = 20,00%

• Classe C = códigos 2,9,8,10 e 7 (cinco itens restantes) = (100% - 94,79%) = 5,21%

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BIBLIOGRAFIA

• Castiglioni, José Antônio Mattos, Logística Operacional 2º edição

• Martins, Petrônio Garcia , Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais 4º edição.

• Martins, Petrônio Garcia , Administração da Produção 2º edição.

• http://famanet.br/Ambientes/adm/pdf/md_max.pdf.aceso em 24/05/2014

• http://centraldefavoritos.files.wordpress.com/2011/02/recursos-materiais.pdf em 24/05/2014