Gestão emocional do concurseiro

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tuctor 3.0 Uma Revolução na Usabilidade. coleção guia da preparação para concursos e exames Gestão Emocional do Candidato vol 10

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tuctor 3.0Uma Revolução na Usabilidade.

coleção guia da preparação para concursos e exames

Gestão Emocional do Candidato

vol 10

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Cara leitora, caro leitor,

Este documento reúne um conjunto de textos que produzi sobre a preparação para concursos, mais especi!camente abordando o tema da Gestão das Condições Emo-cionais do Candidato.

A intenção é que as informações trabalhadas nos textos possam contribuir com a sua almejada aprovação no concurso ou exame pretendido.

Tal tentativa de contribuição consiste na indicação de caminhos e possibilidades, com a apresentação de conceitos, propostas, estratégias, bem como provocações à re"exão. Mas sempre pautado pelo compromisso ético de nunca ‘vender’ verdades absolutas ou soluções mágicas e milagrosas.

Tenha a certeza de que este trabalho é fruto, por um lado, da minha experiência de candidato a concursos públicos, bem como de alguém que se dedica ao acompan-hamento de candidatos há alguns anos. Por outro lado, o presente trabalho também é fruto de estudos e pesquisas nos campos de conhecimento voltados à gestão e às ciências cognitivas, aplicados à preparação para concursos.

Espero que, efetivamente, traga alguma contribuição.

Aproveito para agradecer a colaboração dos parceiros nominados no documento, os quais de pronto se colocaram à disposição para ajudar na divulgação.

Caso você goste, aproveite para enviar o link para baixar o documento aos seus ami-gos, colegas, fóruns, listas de discussão e redes sociais.

Boa leitura, bom estudo!

Rogerio Neiva

SOBRE O AUTOR

Rogerio Neiva é Juiz do Trabalho desde 2002, foi Procurador de Estado e Advogado da União. Atua como Professor de Direito e Processo do Trabalho de Pós Graduação em Direito e Cursos Preparatórios para Concursos.

Contando com formação inter-disciplinar, é Psicopedagogo com especialização em Psicopedago-gia Clínica e Institucional, pós graduado em Administração Financeira e pós graduando em Neuroaprendizagem.

Textos

5 Os Estudos Precisam ser Sofridos???

9 Ocultar ou Divulgar a Preparação para Concursos?

13 Cuidado com Profecias Autorrealizadoras!!!

16 Diga com Quem Andas e Direi que Concurseiro És?!

20 Motivação nos Estudos: uma proposta de estratégia!

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Se vamos à biblioteca estudar ou assistir aula num curso prepara-tório numa tarde de sábado ensolarada, pensando nas pessoas que estão na praia ou no clube, o deslocamento e a experiência vivenciada tende a ser sofrida. Certo? Se vamos à mesma biblio-teca estudar ou ao mesmo curso preparatório numa manhã fria e chuvosa de domingo, a sensação experimentada será desagradá-vel na mesma intensidade? Provavelmente, não!

E o que estas constatações indicam?

Os Estudos Precisam ser Sofridos???

TEXTO 1

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Primeiramente, a relatividade da sensação de desprazer e/ou sofrimento nas mencionadas experiências e situações envol-vendo os estudos.

Hoje temos o que chamo de  industria psicológica do sofri-mento, no contexto da preparação para concursos e exames, alimentadas por manifestações que reforçam tal visão nega-tivista do referido processo, inclusive muitas vezes de forma inconsciente e não intencional. Colocações no sentido de que o concurso público é uma batalha, uma guerra, uma dor, um sofrimento, um combate, uma luta a ser travada contra um inimigo invisível, acabam por contribuir com a mencio-nada visão.

A identi!cação da mencionada relatividade do sofrimento ou do desprazer, in"uenciada pelo referencial considerado (tar-de de sábado ensolarada e manhã de domingo chuvosa) pode ser um elemento de desconstrução da referida visão negati-vista.

Outra grande conclusão consiste na compreensão de que  a forma de percepção da realidade traz uma série de conse-qüências, positivas ou negativas.

Ou seja, vamos enxergar o copo meio-cheio ou meio-vazio? A quantidade de água e o tamanho do copo são as mesmas, em ambas as constatações.

O neurologista e neurocientista Antonio Damásio, uma das maiores autoridades na área atualmente, autor de uma re-cente tese que tem revolucionado diversos campos do saber, segundo a qual a emoção consiste num componente impor-tante da racionalidade – quebrando um paradigma reforçado na idade moderna com a visão de mundo cartesiana, apre-senta algumas construções de grande utilidade.

Segundo o autor, “se você olhar pela janela para uma paisagem de outono, se ouvir a música de fundo que está tocando, se desli-zar seus dedos por uma superfície de metal lisa ou ainda se ler es-tas palavras, linha após linha, até o !m da página,  estará for-mando imagens de modalidades sensoriais diversas. As imagens assim formadas chamam-se imagens perceptivas. Mas você pode agora parar de prestar atenção à paisagem, à música, à superfície metálica ou ao texto, e desviar o  pensamento para outra coisa qualquer…Qualquer desses pensamentos é também constituído por imagens, independente de serem compostas principalmente por forma, cores, movimentos, sons ou palavras faladas ou

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omitidas. A natureza das imagens de algo que ainda não aconte-ceu, e pode de fato nunca vir a acontecer, não é diferente da natu-reza das imagens acerca de algo que já aconteceu e que retemos….Não sabemos, e é improvável que alguma vez venha-mos a saber, o que é realidade absoluta” (O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 123/124).

Com isto, fundamentado nas referidas colocações, o desa!o e provocação que proponho consiste em trabalhar nossas percepções e a forma como construímos nossa realidade, ao longo do processo de preparação para concursos públicos e exames.

E como fazer isto?

Conforme tenho sustentado de maneira reiterada, o primei-ro passo importante consiste na tomada de consciência e compreensão de nossos processos e mecanismos comporta-mentais, emocionais e cognitivos.

Inclusive, talvez muitos já tenham desenvolvido de forma intuitiva a capacidade de contar com a mencionada compre-ensão.

A partir da minha experiência, re"etindo sobre o meu pró-prio processo de preparação, destaco algumas atitudes que entendo passíveis de avaliação:

• quando for à biblioteca, à aula ou a outro local de es-tudo, evite ir pensando e construindo imagens sobre o contexto no qual você gostaria de estar.  É bem verdade que esta atitude poderia ser usada como fonte de motivação e estímulo ao esforço, mas talvez o risco de geração de sensações negativas seja eleva-do;

• procure se deslocar para o referido local com um es-pírito leve. Isto é, procure dar leveza à referida ati-tude, não a transformando em algo pesado e carre-gado. A!nal,  não é possível que a mobilização de nossas estruturas cognitivas possa ser considerada uma tortura. E obviamente que o local de estudo pode in"uenciar;

• eu tinha a sensação de que uma determinada biblio-teca onde algumas vezes estudava consistia num lo-cal mais pesado, no qual as pessoas que lá freqüenta-vam se olhavam com olhos de concorrentes. Já outra

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biblioteca, pela qual tinha preferência, considerava o ambiente mais leve, o que entendo ser re"exo inclu-sive do traje das pessoas. Esta segunda biblioteca era a da Universidade de Brasília, freqüentada não ape-nas por concurseiros, que alimentavam a menciona-da tensão do contexto da preparação, mas também por estudantes de graduação, os quais viviam um momento de vida completamente diferente. E eu procurava me nutrir deste espírito dos alunos da graduação;

• ao me deslocar e durante os estudos, procurava nu-trir e vivenciar o prazer em aprender;

• ainda neste espírito do prazer em aprender, também procurava pensar não no clube, mas no quanto avan-çaria no meu plano de estudos, o quanto avançaria em termos de conhecimento  intelectualmente apro-priado, bem como na sensação de que viria a experi-mentar no !nal do dia, tendo cumprido aquilo que me propus a fazer.

Naturalmente que várias outras atitudes podem ser adota-das. Inclusive peço que, se você tem alguma sugestão a partir da sua experiência, entre em contato, não apenas para cola-borar, mas para que suas percepções se transformem em ma-terial de pesquisa.

Esta tentativa de mudança de percepção da realidade tam-bém pode ocorrer em relação ao  processo de realização de provas. Podemos ir fazer a prova com o espírito do sofrimen-to ou do desa!o e autossuperação.

No !lme Matrix há um conhecido trecho no qual o persona-gem Morpheus dá opções de pílulas ao personagem Neo, sendo que cada uma o levaria para realidades distintas. Apropriando-me de forma metafórica da referida passagem, entendo que é possível ao candidato a concursos públicos e exames fazer da sua preparação algo mais ou menos sofrido.

Então, qual pílula você pretende tomar?

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Qual será a postura mais adequada por parte do candidato: execu-tar a preparação para o concurso público de forma reservada e si-gilosa ou não ocultar e divulgar o envolvimento no presente pro-jeto? Alguns candidatos a concursos públicos não fazem qualquer questão de omitir que estão envolvidos nesta empreitada. Inclu-sive, na realidade, estes fazem até questão de divulgar nos círcu-los familiares e de amizade. Já outros fazem de tudo para que não se saiba que estão na trajetória de preparação. E tais atitudes po-dem ser adotadas de forma re"etida e avaliada ou não.

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Ocultar ou Divulgar a Preparação para Concursos?

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TEXTO 2

O objetivo do presente texto consiste exatamente na abordagem deste assunto, o qual pode não ser consi-derado por muitos, mas tem grande importância e si-gni!cativas repercussões.

Para começar a re"exão, vamos às possibilidades e va-riáveis envolvidas, em termos devantagens e desvan-tagens.

Divulgar ou não ocultar o fato de estar se preparando para o concurso pode ter uma série de motivos, os quais podem ser considerados de forma consciente ou não. Tal atitude pode ser adotada de modo a prestar uma satisfação às pessoas à volta do candidato,  no sentido de mostrar que está comprometido, envolvido e envidando esforços em busca de determinado objeti-vo. Para aqueles que estão exclusivamente se dedican-do ao concurso, por vezes se trata de uma atitude ne-cessária e natural, inclusive no sentido de prestar con-tas, diante da falta de ocupação de natureza tipica-mente pro!ssional.

Outro motivo considerado consiste na busca de estí-mulos externos e incentivos. Não se pode negar que manifestações de apoio, sendo sinceras, incenti-

vadoras e positivas, são relevantes. Podem redundar inclusive num elemento motivacional.

Outra possibilidade, nem sempre assumida, seria um tipo de  exercício de ostentação, como se fosse uma vantagem, por vezes associada à atitude de se colocar como se já tivesse passado. Traduzindo, existem can-didatos que revelam a condição de candidato, como se já fossem titulares do cargo e promovendo tal mani-festação em tom de ostentação, isto é, o candidato diz “estou fazendo concurso para o cargo de…”, mas que-rendo dizer “serei ocupante do cargo de…”. E para pio-rar, por vezes tal colocação vem com uma dose de ar-rogância, soberba e exercício de vaidade intelectual. Já vi muito isto.

Portanto,  existem motivos mais ou menos louváveis que levam à atitude de não ocultar o envolvimento na preparação para o concurso público.

Já quanto à atitude de ocultar, o primeiro fator rele-vante consiste em evitar as cobranças externas. Pen-sando na lógica da psicologia do comportamento, ba-seada na noção de estímulo/resposta, não tenho dúvi-da de que o fato ou a possibilidade do fato de ser co-

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brado quanto a resultados se traduz em verdadeiro es-tímulo negativo.

Faça um exercício de imaginação e tente comparar uma situação na qual você entra no local de provas sa-bendo que há um exército de parentes e amigos irão lhe perguntar como foi ou consultar na internet o re-sultado do concurso. Já na outra situação, não há ab-solutamente ninguém que sabe que você esta fazendo prova. Inclusive, para incrementar ainda mais o cená-rio, imagine que você está fazendo prova numa cidade que não é a sua e não há ninguém que lhe conhece, sendo que seus amigos e parentes imaginam que você fez uma viagem a lazer.

Em qual das duas situações se sentirá melhor, inclusi-ve para fazer a prova, bem como na conferencia do ga-barito? Na primeira ou na segunda?

Conceitualmente, re"etindo sobre o primeiro cená-rio,  no qual várias pessoas próximas, em relação às quais se atribui relevância às opiniões, as quais estão a cobrar ou aguardar resultados, há um estímulo poten-cialmente negativo, correspondente à cobrança, que se traduz em pressão e expectativas.

Se o resultado da prova não for a aprovação, o fato desta quantidade expressiva de pessoas terem conhe-cimento tende a potencializar ainda mais a negativi-dade do estímulo. Talvez possa ser mensurado multi-plicando pela quantidade de pessoas. E  acrescente a esta equação, como uma variável de ponderação para aumentar o resultado, a importância que damos à opi-nião destas pessoas, o que inclusive tem relação com a lógica da imagem que procuramos manter e construir perante as mesmas.

Considerando tais premissas, ou seja, a possibilidade do resultado frustrante agregado à potencialização ne-gativa,  o tema relacionado a qual atitude tomar, em termos de divulgação ou ocultação da condição de candidato a concursos públicos, não pode ser tratado de forma neutra. Inclusive pela real possibilidade de que a divulgação gere um desnecessário fator de di!-culdade e de geração de desconforto no momento da prova.

Assim,  revelar às pessoas que está estudando para o concurso gera um preço. A questão é qual o seu tama-nho, o que pode variar, objetivamente, conforme as

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circunstâncias, bem como, subjetivamente, diante da estrutura psicológica e emocional do candidato.

E tudo isto precisa ser avaliado, considerado, mensu-rado e calculado.

Para o caso de considerar que a ocultação da execução da preparação para o concurso público impede o esta-belecimento de parcerias com outros candidatos, sugi-ro a leitura do texto no qual o tema foi abordado de forma especí!ca.

De qualquer forma, o fato de dividir com alguns can-didatos o envolvimento na preparação para concursos não signi!ca ter que divulgar e tornar público isto en-tre os amigos e familiares.

E tais avaliações também passam pela forma de enca-rar e compreender o processo de preparação para o concurso.

Tenho sustentado reiteradamente a importância de trabalhar a forma de encarar a preparação para o con-curso, procurando dar leveza ao presente contexto. Muitos candidatos adotam postulas e atitudes que acabam por gerar um peso maior e uma carga emocio-

nal desnecessária ao contexto do concurso. As conver-sas e atitudes nas rodinhas que se formam nos !nais de prova re"etem o que quero dizer. Não faltam pes-soas que estão muito mais interessas em saber no que erramos, exaltando tal situação, do que, efetivamente, buscar as respostas e entender a prova.

Trata-se do famigerado “concurseiro espírito de porco” – com todo respeito aos porcos, pobres animaizinhos que não contam com um pingo de maldade.

Neste sentido, merecem destaque dois conceitos fun-damentais, os quais envolvem idéia de  trabalhar o prazer em aprender e a lógica do foco no processo.

Mas concluindo, avalie com muito cuidado e seriedade a atitude mais adequada. Avalie os custos e benefícios dos caminhos da discrição ou da divulgação. E assim, tome uma decisão e!ciente, a qual lhe faça sentir bem e traga resultados.

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TEXTO 3

Cuidado com Profecias Autorrealizadoras!!!

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A adequada preparação para o concurso público deve envolver três dimensões fundamentais, as quais correspondem ao plane-jamento, à  aprendizagem  e à  gestão das condições emocionais. Adotando uma  compreensão sistêmica, necessária ao desenvol-vimento do presente processo, cumpre reconhecer a importância de todas as mencionadas dimensões, inclusive ante o potencial de comprometimento da conquista da aprovação em função do descuido com alguma destas.

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Assim,  além de estruturar o planejamento de estudos e se preocupar com a e!cácia da aprendizagem e processos cogni-tivos, é preciso que o candidato promova a gestão das suas condições emocionais. Neste sentido, dentre as frentes a se-rem trabalhadas, há uma preocupação relevante a exigir o cuidado do candidato: trata-se das profecias autorrealizado-ras.

É bem verdade que o referido conceito já faz parte do senso comum. No entanto, no campo da aprendizagem e da educa-ção, existem diversas pesquisas que demonstram o alcance e o potencial de estrago que o mencionado fenômeno das pro-fecias autorrealizadoras pode provocar. Muitos estudos indi-cam o quanto pode ser determinante inclusive para o fracas-so escolar.

No texto “Profecias que se autocumprem”, publicada na obra “A realidade inventada” (Editorial Psy, 1994), Paul Watzla-wick  apresenta pesquisa na qual foi dito a professores que alunos tidos por mais comprometidos e adequadamente comportados contavam com per!l problemático, sendo que em relação a outros alunos, com per!l efetivamente proble-mático e comportamento inadequado, foi dito que se tratava de alunos comprometidos. E qual foi o resultado !nal? Os

alunos que contavam com histórico mais comprometido en-traram em situação de fracasso escolar, ao passo que o outro grupo vivenciou o êxito escolar.

Ou seja,  com freqüência a profecia é a causa principal do acontecimento profetizado!!!

Muitos estudiosos da educação que se dedicaram à análise do mencionado fenômeno apontam estudos semelhantes ao re-latado como elemento de comprovação da mencionada tese da profecia auto realizável no ambiente educacional. Inclusi-ve, existem experiências até mesmo com portadores de dis-túrbios cognitivos que, colocados em outros contextos, com pessoas que desconhecem a patologia, se comportam como se não as tivessem, inclusive apresentado capacidades de ra-ciocínio e ação que teoricamente não teriam condições de apresentar.

E qual a relação entre a mencionada construção e a prepara-ção para concursos? 

É preciso que o candidato a concursos públicos não caia na armadilha da profecia autorrealizadora. Ou seja, se construir a referida profecia no sentido de que não irá passar, isto pode ser determinante para o comprometimento da aprova-

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ção. Inclusive, esta compreensão guarda uma íntima relação com a aplicação do conceito da Síndrome do Impostor, o que foi objeto de texto especí!co que publiquei sobre o tema.

E como evitar ser vítima da profecia auto realizável? Primei-ramente tomando consciência de que este fenômeno negati-vo existe e conta com grande potencial para causar prejuízos.Aliás, em muitos casos pode ser determinante para o fracasso na busca da aprovação.

Uma segunda atitude importante consiste em  trabalhar a crença na aprovação.

Para tanto, o candidato deve desenvolver uma !rme convic-ção,  a partir de compreensão racional e lógica da viabilidade da aprovação. E para o estabelecimento desta convicção exis-tem duas premissas fundamentais a serem consideradas.

A primeira consiste na premissa de que o concurso público consiste num mecanismo extremamente democrático, tendo como critério apara a aprovação a disponibilidade intelectual e cognitiva das informações solicitadas pelo examinado no momento da prova. Trata-se daquilo que venho denominan-do de condição material da aprovação.

O segundo elemento a ser compreendido decorre do fato de que, enquanto ser humano,  temos um equipamento biológi-co chamado cérebro ou encéfalo, dotado de uma série de funcionalidades cognitivas voltadas à apropriação e manu-tenção destas mesmas informações, passíveis de solicitação pelo examinador no momento da prova.

Inclusive, daí vem um conceito com o qual venho trabalhan-do envolvendo a  idéia de certeza da aprovação. E esta cons-trução não consiste em autoajuda enlatada e super!cial para concursos públicos.  Trata-se de uma compreensão lógica e racional.

Outro cuidado importante, o qual venho reiteradamente sustentando, fazendo parte das construções relacionadas à  preparação de alto rendimento para concursos públicos, consiste na noção do foco no processo. Ou seja, ter como foco não na preocupação com o resultado, mas na execução do planejamento de estudos.

Portanto,  muito cuidado com as profecias autorrealizado-ras! Estabeleça a sua !rme convicção acerca da viabilidade da aprovação no concurso público e empreenda a sua prepara-ção mantendo o foco no processo.

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TEXTO 4

Diga com quem andas e direi que concurseiro és?!

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Todos sabemos que existem determinismos e in"uências para o êxito ou fracasso a partir de crenças muitas vezes inconscientes. Exata-mente este foi o tema central de outros dois textos publicados aqui no Blog. Um tratava do fenômeno da “Síndrome do Impostor” e outro abordava as “Profecias Autorrealizadoras”.

Inclusive, esta mesma temática faz parte das produções de autoajuda, também estando impregnadas no senso comum. Ou seja, ainda que sem fundamentos e carente da compreensão dos mecanismos psi-cológicos envolvidos, todo mundo tem alguma explicação ou solução terapêutica para vender a idéia do “você pode vencer!”.

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Porém, um aspecto relevante, não abordado nos textos ante-riores e objeto de recentes publicações sobre o tema, é que e-xiste uma forte relação entre os fenômenos de autossabota-gem e as construções da psicologia social, principalmente envolvendo a teoria da identidade social. Ou seja, trata-se de uma lógica do “diga com quem andas, que direi quem tu és!”.

No livro que escrevi sobre o tema da metapreparação para concursos (Como se Preparar para Concursos com Alto Ren-dimento, Ed. Método, pág 178), relatava um conceito cons-truído por  Malcom Gladwell, em sua obra denomina-da Outliers, na qual constatou que a grande maioria dos jo-gadores de Hóquei no Canadá, modalidade esportiva bastan-te popular no país, tinham nascido nos primeiros meses do ano. Investigando o referido cenário, o autor constatou que estes jogadores, considerando os critérios de datas para en-quadramento nas categorias conforme a idade, por uma questão cronológica, contam com maior desenvolvimento do corpo nos momentos das seleções, sendo que a partir daí en-tram no “time dos melhores” e, com isto, ganham uma gran-de vantagem competitiva, seguindo adiante nesta condição.

Resumindo, o fato de receber, logo no início da carreira es-portiva, o carimbo de fazer parte do time dos melhores, seria determinante para os resultados futuros. Vale lembrar que “outliers”  consiste em conceito estabelecido no âmbito das ciências estatísticas, correspondendo às extrapolações do li-mite superior ou inferior de!nidos por desvios padrões da média, de modo que as pessoas nestas condições são aquelas que podemos chamar não apenas de acima da média, mas acima do limite superior do desvio padrão da média.

O referido fenômeno, numa avaliação inicial, tem toda rela-ção com a teoria das profecias autorrealizadoras. No entan-to, existem estudos indicando que há algo mais a ser consi-derado: trata-se da teoria dos estereótipos sociais.

Muitos estudos estão demonstrando a força e o perigo deste determinismo dos estereótipos sociais. Em texto de publica-ção conjunta sobre o tema, os professores de psicologia soci-al  Alexander Haslam, Jessica Salvatore, omas Kessler e Stephen Reicher, sustentam que segundo a teoria da identi-dade social “…quando as pessoas se de!nem como integrantes de um grupo (como ‘nós’ em vez de ‘eu’), o comportamento é molda-do por normas estereotipadas…Portanto, quando uma identida-

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de social em evidência entra em con#ito com as motivações pes-soais, para se sair bem em determinado domínio, a pessoa viven-ciará  con#ito psicológico que tende a interferir com o desempe-nho…” (A psicologia do Sucesso. in  Mente & Cérebro, ano XVIII, no. 218, pág. 25).

Ou seja,  o grupo social no qual está inserido o candidato pode in"uenciar nos resultados dos concursos públicos em relação a este mesmo candidato. Tal compreensão é real e tem fundamentos cientí!cos, não consistindo em teoria da conspiração! Porém, obviamente que não se trata de um de-terminismo absoluto, mas no mínimo de uma in"uência, que pode contar com intensidade maior ou menor a depender da situação.

No universo da preparação para o concurso público, entendo que há dois conceitos de grupo social nos quais o candidato pode estar inserido. Um seria o grupo social efetivamente de origem do candidato, ao passo que o outro seria o grupo de concurseiros com os quais o candidato convive.

Não é incomum histórias de grupos de concurseiros, princi-palmente focados em determinado concurso especí!co, nos

quais há um efeito cascata positivo. Ou seja, um ou dois pas-sam e os demais, na maioria ou na totalidade, são aprovados logo em seguida.

Enquanto me preparava para o concurso público que tinha como objetivo principal, correspondente à Magistratura do Trabalho, havia um grupo de candidatos ao qual era ligando, ainda não tivesse laços tão fores assim. Mas de uma forma de outra, o referido fenômeno ocorreu, de modo que houve o efeito cascata da aprovação.

Assim, pensando no grupo numa perspectiva mais especí!ca, ou seja, no grupo de concurseiros, você, em tese, tem alguma opção de mobilidade. Isto é, você pode tentar se aproximar e conviver com candidatos mais comprometidos e em melho-res condições de lograr êxito. E provavelmente, para isto, te-rá que incorporar as rotinas e compromissos do grupo, o que tende a signi!car mais comprometimento com os estudos.

Porém, no caso do grupo social original, as opções de mu-danças são mais limitadas.

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E no caso, o que fazer? Isto é, como reverter estas in"uências ou determinismos da teoria da identidade social?

O primeiro passo consiste em  reconhecer que o fenômeno existe, ou seja, tomar consciência da sua existência. Como venho sustentando, a compreensão da realidade e a verdade nos liberta, consistindo num primeiro passo importante para que possamos avançar!

Mas além da tomada de consciência, conforme o menciona-do estudo publicado,  existem atitudes passíveis de adoção para a ruptura com os determinismos sociais. Segundo os mesmos autores, “quando os indivíduos são confrontados com obstáculos à autopromoção associados à inferioridade aparente de seu grupo, eles podem lidar com os obstáculos de múltiplas maneiras. A primeira consiste em adotar uma estratégia de ‘mo-bilidade social’…Uma segunda estratégia é a‘criatividade social’. A proposta é desviar o impacto de pertencer a um grupo desfavo-recido” (idem, pág. 26).

Inclusive, a criação de condições de mobilidade e construção de referencias positivas consiste num dos fundamentos ado-

tados pelos defensores do sistema de cotas raciais nos con-cursos públicos.

Mas o fato é que existem inúmeros casos de candidatos que, talvez de forma intuitiva e sem a elaboração consciente, ado-taram a referida estratégia de mobilidade. No Blog que man-tenho veiculando conteúdo de orientação voltada à prepara-ção para concursos há inúmeros exemplos nos textos da Ca-tegoria “Relato de Êxito”.

Portanto, diante das considerações apresentadas,  tome cui-dado com as in"uências e determinismos identi!cados pela teoria da identidade social. E a partir desta percepção, adote estratégias que contribuam para fugir destas armadilhas, de modo a ser mais uma exceção à regra dos determinismos ne-gativos.

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TEXTO 5

Motivação nos Estudos: uma proposta de estratégia!

Existem muitas construções e idéias que podem ser adotadas para trabalhar a motivação na preparação para concursos públicos, al-gumas com fundamentos de caráter técnico e outras decorrentes de abordagens mais super!ciais e intuitivas. O objetivo do pre-sente texto consiste em propor mais uma estratégia passível de adoção para melhorar suas condições motivacionais, e assim fa-cilitar a manutenção do necessário empenho nos estudos.

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Esta nova proposta voltada a trabalhar a motivação nos es-tudos tem como base uma das construções de um economis-ta e cientista político denominado Mancur Olson. O referido autor, enquanto um dos responsáveis pela inserção de ele-mentos econômicos no pensamento político contemporâ-neo, desenvolveu uma idéia que chamou de Lógica da Ação Coletiva.

Segundo esta idéia, que procura explicar a atitude daqueles que promovem ações voltadas à busca de bens comuns – como por exemplo os dirigentes da associação do bairro, o síndico do prédio e os políticos bem intencionados, estas pessoas fazem mentalmente um raciocínio matemático, con-forme o qual os esforços que empreendem são resultados de duas variáveis, as quais correspondem ao custo de obtenção do bem comum e ao benefício que este bem proporciona. Ou seja, fazem a seguinte operação mental:

ação coletiva = valor do bem comum – custo de obtenção

Se o valor atribuído ao bem comum é maior que o custo de obtenção, a ação individual que trará benefícios coletivos

será disparada. Daí, enquanto muitas vezes os bene!ciários do bem comum !cam parados, mesmo desfrutando de tais benefícios, aqueles que lutam pelos benefícios coletivos o fa-zem ou por uma valorização (do benefício) além dos demais, ou por não enxergarem custo tão elevado quanto os demais enxergam.

Mas aí você pode estar se perguntando: e qual a relação entre esta idéia e a preparação para concursos públicos? Toda!

Quando você se prepara para o concurso público é possível identi!car uma lógica bastante semelhante. Isto é,  há um custo de obtenção do resultado (aprovação), o qual corres-ponde aos esforços empreendidos ao longo do processo de preparação. E também há um benefício no resultado, corres-pondente a todas as conseqüências positivas decorrentes da aprovação.

Cada candidato tem uma percepção do tamanho do custo, bem como do benefício e da satisfação que se enxerga com a obtenção do resultado.

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Assim,  para trabalhar a motivação é importante que você atue nas duas variáveis. Ou seja,minimize a percepção de custo e aumente a percepção de satisfação com o resultado.

E como fazer isto?

Bem,  compreendendo a sua realidade  a partir da referida operação e das mencionadas variáveis,  ou seja,  tendo uma visão clara do cenário no qual está submetido, você já pode construir suas próprias estratégias.

Mas de modo a colaborar, quanto à percepção de custo, en-tendo que uma primeira atitude, que venho sustentando de forma reiterada, consiste em trabalhar o prazer em aprender, de modo a minimizar os esforços cognitivos nos estudos.

Outra atitude importante envolve a idéia de trocar a concep-ção de foco no resultado por foco no processo, o que também tenho sustentado reiteradamente. Assim, sugiro a leitura do texto.

Na outra ponta, ou seja, quanto ao resultado, também é im-portante trabalhar a percepção de satisfação (sobre o resul-tado). E neste sentido, entendo aplicável a idéia da motiva-

ção a partir da Teoria das Necessidades de Abhram Maslow. Segundo o referido autor, todo ser humano conta com ne-cessidades !siológicas, de segurança, sociais, estima e autor-realização.

Dessa maneira, é importante que você compreenda quais as necessidades busca atender ao passar no concurso, estando claro, a todo momento, as respostas às seguintes perguntas: porque quero me titularizar neste cargo? O que me faz feliz? O que preciso alcançar? Quais as necessidades busco aten-der?

A construção das respostas, a partir da identi!cação das ne-cessidades, pode aumentar a percepção sobre a satisfação com o resultado, ou seja, a aprovação.

Portanto, procure trabalhar com as duas variáveis apresen-tadas. E com isto, crie condições para que a sua conta tenha um resultado positivo, no sentido matemático e psicológico!

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