INTERPRETAÇÃO - CESPE - CASA DO CONCURSEIRO

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    Interpretao de Texto

    Prof. Maria Tereza Faria

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    Interpretao de Texto

    Professora: Maria Tereza Faria

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    Interpretao de Texto

    CONTEDO

    Compreenso e interpretao de textosde gneros variados.

    Reconhecimento de tipos e gneros tex-tuais.

    Substituio de palavras ou de trechosde texto.

    Retextualizao de diferentes gneros enveis de formalidade.

    PROCEDIMENTOS

    Observao de

    1. fonte bibliogrfica;

    2. autor;

    3. ttulo.

    Convite Filosofia

    Quando acompanhamos a histria dasideias ticas, desde a Antiguidade clssicaat nossos dias, podemos perceber que,em seu centro, encontra-se o problema daviolncia e dos meios para evit-la, diminu-la, control-la.

    Diferentes formaes sociais e culturaisinstituram conjuntos de valores ticos comopadres de conduta, de relaes intersubjetivase interpessoais, de comportamentos sociaisque pudessem garantir a integridade fsica epsquica de seus membros e a conservao dogrupo social.

    Evidentemente, as vrias culturas esociedades no definiram nem definema violncia da mesma maneira, mas, ao

    contrrio, do-lhe contedos diferentes,segundo os tempos e os lugares. Noentanto, malgrado as diferenas, certosaspectos da violncia so percebidos damesma maneira, formando o fundo comumcontra o qual os valores ticos so erguidos.

    Marilena Chau. Disponvel em: (com adaptaes).

    1./2. Observao da fonte e do autor: o

    conhecimento prvio de quem escreveu

    o texto constitui-se numa estratgia

    de compreenso, visto que facilita a

    identificao da inteno textual. Ao

    reconhecermos a autora do texto

    Marilena Chau, filsofa e historiadora daFilosofia brasileira , bem como o veculo

    de publicao internet podemosafirmar que ele um artigo (linguagem

    culta formal) e que, portanto, estamos

    diante de um texto cuja opinio de

    inteira responsabilidade do autor, visando

    persuaso.

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    3. Observao do tulo: o tulo pode constuiro menor resumo possvel de um texto. Por

    meio dele, certas vezes, idencamos aideia central do texto, sendo possvel, pois,descartar armaes feitas em determinadas

    alternavas. No texto em questo, o tulo Convite Filosoa, somado a expresses queremetem Filosoa (ideias cas, formaes

    sociais e culturais, padres de conduta), permite-nos inferir que o texto remete ao conjuntode estudos, de sistemas de pensamento e dereexes intelectuais que visam a compreender

    a realidade absoluta, as causas elementares,

    os fundamentos dos valores e das crenashumanas, o sendo da existncia.

    Julgue os itens a seguir.

    1.( ) Depreende-se do texto que, apesar de

    diferenas culturais e sociais, por meiodos valores cos estabelecidos em cada

    sociedade que se conserva o grupo social e seprotegem seus membros contra a violncia.2.( ) A repeo no emprego do verbo denir

    em no deniram nem denem refora, na

    argumentao do texto, a dimenso temporalassociada signicao de violncia.

    3.( ) No terceiro pargrafo, a signicao

    do verbo denir corresponde a atribuir

    contedo.

    PROCEDIMENTOS

    4. Idencao do tpico frasal.

    5. Idencao de termos de aparecimento

    frequente (campo semnco/lexical).

    Brasil e frica do Sul assinam acordo decooperao

    O Ministrio da Educao do Brasil e o dafrica do Sul assinaram no incio de julhoum acordo de cooperao internacional narea da educao superior. Alm de apoiaro ensino universitrio e prever a promooconjunta de eventos ciencos e tcnicos, o

    acordo contempla o intercmbio de materiaiseducacionais e de pesquisa e o incenvo

    mobilidade acadmica e estudanl entre

    instuies de ensino superior, instutos de

    pesquisa e escolas tcnicas.Para incenvar a mobilidade, alm de projetos

    conjuntos de pesquisa, os dois pases devempromover a implantao de programas deintercmbio acadmico, com a concesso debolsas, tanto a brasileiros

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    na frica do Sul quanto a sul-africanos no Brasil,para professores e alunos de doutorado e ps-doutorado. Ainda nessa rea, a cooperao

    tambm prev a criao de um programa defomento a publicaes ciencas associadasentre representantes dos dois pases.Segundo o ministro da Educao brasileiro,Fernando Haddad, as equipes de ambos osministrios da Educao trabalham h temposna construo de um acordo para incrementara cooperao entre os dois pases. Brasil efrica do Sul tm uma grande similaridadede pensamento, oportunidades e desaos.

    Espervamos h tempos a formatao de umacordo slido.

    Disponvel em: (comadaptaes).

    4. idencao do tpico frasal: percebido,via de regra, no 1 e no 2 perodos, por meio

    das palavras-chave (substanvos e verbos).No texto em questo, Ministrio da Educao/acordo/rea da educao.

    5. idencao de termos cujo aparecimentofrequente conrma o tpico frasal: ensino =Ministrio da Educao/acordo = promooconjunta / educacionais; acadmica eestudanl = rea da educao.

    Julgue os itens a seguir quanto compreensodo texto.

    4. ( ) A ideia central do texto est resumida noprimeiro perodo do primeiro pargrafo.

    5. ( ) Depreende-se do texto que o acordofoi assinado de modo intempesvo, o que

    surpreendeu as autoridades brasileiras da reada educao superior.

    6. ( ) O ministro da Educao brasileiropronunciou-se favoravelmente ao acordo,assinalando os pontos em comum existentes

    entre os dois pases.

    RESPOSTA CORRETA: parfrase* daquilo quefoi armado no texto.

    *verso de um texto, geralmente maisextensa e explicava, cujo objevo torn-lo

    mais fcil ao entendimento.

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    Estratgias Linguscas

    1. PALAVRAS DESCONHECIDAS = PARFRASES eCAMPO SEMNTICO

    1. Como regra, a epidemia comea nos2. grandes centros e se dissemina pelo3. interior. A incidncia nem sempre 4. crescente; a mudana de fatores5. ambientais pode interferir em sua6. escalada.

    7. ( ) Como o interior (l. 3) uma regio mais

    ampla e tem populao rarefeita, a expresso sedissemina (l. 2) est sendo empregada com o

    sendo de se atenua, se dissolve.

    2. PALAVRAS DE CUNHO CATEGRICO NASALTERNATIVAS:

    advrbios;

    artigos;

    expresses restritivas, de nfase e decerteza;

    formas verbais;

    expresses de tempo.

    Advrbios

    Na verdade, o que hoje denimos como

    democracia s foi possvel em sociedades depo capitalista, mas no necessariamente de

    mercado. De modo geral, a democrazaodas sociedades impe limites ao mercado,assim como desigualdades sociais em geral

    no contribuem para a xao de uma tradiodemocrca.

    8. ( ) Seria manda a coerncia entre as ideias

    do texto caso o segundo perodo sintco fosse

    introduzido com a expresso Desse modo, emlugar de De modo geral.

    Argos

    H cem anos nasceu o poeta mais popular delngua espanhola, com uma obra cuja fora lricasupera todos os seus defeitos. Sem dvida,h um problema Pablo Neruda. Foi o outrogrande poeta chileno, seu contemporneoNicanor Parra (depois de passar toda uma

    longa vida injustamente sombra de Neruda),quem o formulou com maliciosa conciso.9. ( ) Do fragmento Foi o outro grande poetachileno, infere-se que houve apenas doisgrandes poetas no Chile.

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    Expresses de certeza ou de nfase

    Na verdade, o que hoje denimos como

    democracia s foi possvel em sociedades depo capitalista, mas no necessariamente de

    mercado. De modo geral, a democrazao

    das sociedades impe limites ao mercado,assim como desigualdades sociais em geralno contribuem para a xao de uma tradio

    democrca. Penso que temos de reer um

    pouco a respeito do que signica democracia.Para mim, no se trata de um regime comcaracterscas xas, mas de um processo que,apesar de constuir formas instucionais, no

    se esgota nelas. [...].

    LESSA, Renato. Democracia em debate.Revista Cult, n. 137, a. 12, p. 57, jul. 2009 (com

    adaptaes).

    10. ( ) Depreende-se da argumentao do textoque o autor considera as instuies como

    as nicas caracterscas xas aceitveis de

    democracia.

    Formas verbais

    Na verdade, a integrao da economia mundialapontada pelas naes ricas e seus prepostoscomo alternava nica vem produzindo, deum lado, a globalizao da pobreza e, de outro,uma acumulao de capitais jamais vista nahistria, o que permite aos grandes gruposempresariais e nanceiros atuar em escala

    mundial, maximizando oportunidades e lucros.11. ( ) Provoca-se incoerncia textual e perde-se a noo de connuidade da ao ao se

    substuir a expresso verbal vem produzindopor tem produzido.

    Expresses de tempoIndependente de quo caloroso seja odebate, as estascas esto corretas: mais

    armas potencializam a ocorrncia de crimes,sobretudo em um ambiente em que essassejam obdas por meios clandesnos. A parr

    da, qualquer fato corriqueiro pode tornar-se

    letal.12. ( ) De acordo com o desenvolvimento dasideias no texto, a expresso da marca o

    momento do debate.

    As Questes PropostasCompreenso do texto: resposta correta =parfrase textual.

    eInferncia: entrelinhas.

    INFERNCIA= ideias implcitas, sugeridas, quepodem ser depreendidas a parr da leitura do

    texto.Enunciados = Infere-se, Deduz-se,

    Depreende-se, etc.

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    O brasileiro que quiser parar de fumar teracesso a tratamento e remdios custeados

    pelo governo federal. No Dia Internacional deCombate ao Tabagismo, o Ministrio da Sadepublicou uma portaria incluindo no Sistemanico de Sade (SUS) o suporte completopara o dependente de cigarros abandonar ovcio: adesivos e gomas de mascar de nicona

    para substuir a dose mnima da substncia

    em quadros de crise de absnncia e um

    andepressivo que auxilia no abandono do

    fumo. Nos postos de sade, tambm estar disposio do fumante um programa de

    psicoterapia em grupo, coordenado porprossionais treinados pelo Instuto Nacional

    do Cncer (INCA), no Rio de Janeiro.O Globo, p. A3, 01 jun. 2004, (com

    adaptaes).13. ( ) Infere-se do texto que o tabagismo,alm de criar dependncia qumica, envolveaspectos emocionais e psicolgicos, o queexplica a deciso ministerial de oferecerprograma de psicoterapia em grupo para

    atendimento queles que se dispuserem aabandonar o vcio.14. ( ) Pressupe-se que, ao contrrio do queocorria no passado, atualmente se amplia atendncia de destacar os malecios causados

    pelo tabaco sade humana.

    Intertextualidade = um texto remete a outro,contendo em si muitas vezes trechos ou

    temca desse outro com o qual mantmdilogo.

    Debruando-se sobre o estudo do exerccioda polca, Maquiavel dissecou a anatomia do

    poder de sua poca: dos senhores feudais e daigreja medieval. E, por isso mesmo, por botar odedo na ferida, foi considerado um autor maldito.Ele se mostra preocupado com o fato de quena polca no existem regras xas. Governar,

    isto , tomar atudes polcas, um trabalho

    extremamente criavo e, por isso mesmo, sem

    parmetros anteriores. Assim, essa preocupaodo lsofo, por incrvel que parea, torna-se um

    bom instrumento para repensarmos a ca.

    Hoje, com o m das garanas tradicionais,

    estamos todos mais ou menos na posio doprncipe de Maquiavel isto , em um mundode incertezas, dentro do qual temos de inventarnossa melhor posio.15. ( ) Considerando que intertextualidade

    a retomada das ideias de um texto em outro, otexto em questo apresenta intertextualidadeentre as ideias de Maquiavel e a discusso sobreatudes polcas atuais.

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    Extratextualidade= a questo formulada pormeio do texto encontra-se fora do universo

    textual, exigindo do aluno conhecimentomais amplo de mundo.

    No se pode negar que o advento dosregimes liberais em 1989-90, em todos osgrandes Estados da Amrica do Sul, criou umailuso de modernidade. Por que iluso demodernidade? Porque o Brasil e seus vizinhosprovocaram, com as novas orientaes daconduo polca, dois efeitos perversos.

    Primeiro, a modernidade no agregou ao

    mundo do bem-estar a populao pobre;ao contrrio, em pases que no conheciamgraves desigualdades, como a Argenna

    e o Uruguai, a desigualdade oresceu,

    aproximando-os de Brasil e Venezuela. [...]16. ( ) Subentende-se pela argumentaodo texto que os vizinhos so pases sul-

    americanos.

    TIPOLOGIA TEXTUAL

    Narrao: modalidade na qual se contam um oumais fatos ccio ou no que ocorreram em

    determinado tempo e lugar, envolvendo certospersonagens. H uma relao de anterioridade eposterioridade. O tempo verbal predominante o passado.

    Descrio: a modalidade na qual se apontamas caracterscas que compem determinado

    objeto, pessoa, ambiente ou paisagem.

    Argumentao: modalidade na qual se expemideias gerais, seguidas da apresentao deargumentos que as defendam e comprovem.

    Exposio: apresenta informaes sobre assuntos,expe ideias, explica e avalia e reete. No faz

    defesa de uma ideia, pois tal procedimento caractersco do texto dissertavo. O texto

    exposivo apenas revela ideias sobre um

    determinado assunto. Por meio da mescla entretexto exposivo e narravo, obtm-se o que

    conhecemos por relato.Exemplo: aula, relato de experincias, etc.

    Injuno: indica como realizar uma ao. Tambm ulizado para predizer acontecimentos e

    comportamentos. Uliza linguagem objeva

    e simples. Os verbos so, na sua maioria,empregados no modo imperavo.

    Exemplo: Previses do tempo, receitas culinrias,manuais, leis, convenes, regras e eventos.

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    GNEROS TEXTUAIS

    EDITORIAL:texto opinavo / argumentavo,

    no assinado, no qual o autor (ou autores) noexpressa a sua opinio, mas revela o pontode vista da empresa. Geralmente, abordaassuntos bastante atuais. Busca traduzir aopinio pblica acerca de determinado tema,dirigindo-se (explcita ou implicitamente) sautoridades, a m de cobrar-lhes solues.

    O homem, como ser histrico, o construtor dasociedade e o responsvel pelo rumo que elavenha a tomar. Tornamo-nos seres humanos

    na dialca mesma da hominizao, aoproduzirmos e transformarmos colevamente

    a cultura e nos construirmos como sujeitos.A nossa cultura atual, eivada de violnciassicas e simblicas, tem levado os seres

    humanos massicao, desumanizao e

    autodestruio. Fazendo frente a essa crise,a Cultura da Paz surge como uma propostada ONU que tem por objevo conscienzar a

    todos governos e sociedades civis para quese unam em busca da superao da falnciado nosso paradigma atual, conclamando paraa construo de um novo modelosubstuvo,assentado em aes, valores e princpioscalcados em uma nova ca social, no respeito

    diversidade cultural e na diminuio dasdesigualdades e injusas.

    Editorial. Revista da FEEB.

    18. ( ) As expresses paradigma atual e novo

    modelo correspondem a duas possibilidades

    diferentes de cas sociais: a primeira leva

    desumanizao e autodestruio; a segundabusca a superao da violncia pela paz.

    ARTIGOS: so os mais comuns. So textosautorais assinados, cuja opinio da inteira

    responsabilidade de quem o escreveu. Seuobjevo o de persuadir o leitor.

    Podemos denir duas grandes atudes de

    navegao opostas, cada navegao realilustrando geralmente uma mistura das duas.A primeira a caada. Procuramos uma

    informao precisa, que desejamos obter o maisrapidamente possvel. A segunda a pilhagem.

    Vagamente interessados por um assunto, masprontos a nos desviar a qualquer instante de

    acordo com o clima do momento, sem saberexatamente o que procuramos, mas sempreacabando por encontrar alguma coisa, derivamosde siteem site, de linkem link, recolhendo aquie ali coisas de nosso interesse. A pilhagem

    na Internet pode apenas ser comparada com ovagar em uma biblioteca-discoteca.

    LVY, Pierre. Cibercultura. So Paulo: Editora 34,1999 (com adaptaes).

    19. ( ) Ao empregar a primeira pessoa do pluralnas formas verbais e pronominais, o autoraproxima-se do leitor, o que impe ao texto umcarter pessoal e subjevo incompavel com o

    po de texto dissertavo, ao qual o fragmento

    apresentado pertence.

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    NOTCIAS: so autorais, apesar de nemsempre serem assinadas. Seu objevo to

    somente o de informar, no o de convencer.Quase todo mundo conhece os riscos de seter os documentos usados de forma indevidapor outra pessoa, depois de t-los perdidoou de ter sido vma de assalto. Mas um

    sistema que comeou a ser implantado naBahia pode resolver o problema em todo opas. A tecnologia usada atualmente para aemisso de carteiras de idendade na Bahia

    pode evitar esse po de transtorno. A foto

    digital, impressa no documento, diculta

    adulteraes. A principal novidade do sistema o envio imediato das impresses digitais, porcomputador, para o banco de dados da PolciaFederal em Braslia. Dessa forma, elas podemser comparadas com as de outros brasileirose estrangeiros cadastrados. Se tudo esver

    em ordem, o documento entregue em cincodias. Ao ser rerada a carteira, as digitais so

    conferidas novamente.

    Disponvel em: (comadaptaes).

    20. ( ) A nova tecnologia de emisso de carteirade idendade, criada na Bahia, reduz o risco

    de fraudes e adulteraes.21. ( ) O texto, predominantemente descrivo,

    apresenta detalhes do funcionamentodo sistema de idencao que deve ser

    implantado em todo o Brasil.

    22. ( ) Depreende-se do texto que a implantaoda nova carteira de idendade proporcionar

    mais agilidade aos servios prestados pelosinstutos de idencao do Brasil.

    CRNICA: fotograa do codiano, realizadapor olhos parculares. Geralmente, o cronista

    apropria-se de um fato atual do codiano,

    para, posteriormente, tecer crcas ao status

    quo, baseadas quase exclusivamente em seuponto de vista. A linguagem desse po de texto

    predominantemente coloquial.

    Testes

    Dia desses resolvi fazer um teste propostopor um site da Internet. O nome do teste eratentador: O que Freud diria de voc. Uau.

    Respondi a todas as perguntas e o resultado foio seguinte: Os acontecimentos da sua infnciaa marcaram at os doze anos, depois disso

    voc buscou conhecimento intelectual para seuamadurecimento. Perfeito! Foi exatamente o

    que aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu haviarealizado uma consulta paranormal com o pai dapsicanlise, e ele acertou na mosca.

    MEDEIROS, Martha. Doidas e santas. PortoAlegre: L&PM, 2008 (adaptado).

    23. ( ) Quanto s inuncias que a Internet pode

    exercer sobre os usurios, a autora expressauma reao irnica no trecho Fiquei radiante:eu havia realizado uma consulta paranormalcom o pai da psicanlise.

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    BREVE ENSAIO: autoral; trata-se de textoopinavo/argumentavo, assinado, no qual

    o autor expressa a sua opinio. Geralmente,aborda assuntos universais.

    Entre os primatas, o aumento da densidadepopulacional no conduz necessariamente violncia desenfreada. Diante da reduo doespao sico, criamos leis mais fortes para

    controlar os impulsos individuais e impedira barbrie. Tal estratgia de sobrevivnciatem lgica evolucionista: descendemos deancestrais que veram sucesso na defesa

    da integridade de seus grupos; os incapazesde faz-lo no deixaram descendentes.Denivamente, no somos como os ratos.

    Druzio Varella.

    24. ( ) A questo do espao sico como um

    dos fatores intervenientes no processo de

    intensicao da violncia vista sob o prismada densidade populacional excessiva.25. ( ) Como a escolha de estruturas gramacais

    pode evidenciar informaes pressupostas esignicaes implcitas, o emprego da forma

    verbal em primeira pessoacriamosautorizaa inferncia de que os seres humanos pertencem ordem dos primatas.

    Gabarito:1.C2.C3.C4.C5.E6.C7.E8.E9.C10.E11.E12.E13.C14.E15.C16.C

    17.C18.C19.E20.E21.E22.C23.C24.E25.C

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    EXERCITANDO

    De acordo com o comando a que cada um dos itens se refira, marque, na folha de respostas,para cada item: o campo designado com o cdigo C, caso julgue o item CERTO; ou o campodesignado com o cdigo E, caso julgue o item ERRADO. A ausncia de marcao ou a marcaode ambos os campos no sero apenadas, ou seja, no recebero pontuao negativa. Para asdevidas marcaes, use a folha de respostas, nico documento vlido para a correo das suasprovas.

    TEXTO 1

    Brasil e frica do Sul assinam acordo de cooperao

    O Ministrio da Educao do Brasil e o da frica do Sul assinaram no incio de julho um acordo decooperao internacional na rea da educao superior. Alm de apoiar o ensino universitrioe prever a promoo conjunta de eventos cientficos e tcnicos, o acordo contempla ointercmbio de materiais educacionais e de pesquisa e o incentivo mobilidade acadmica eestudantil entre instituies de ensino superior, institutos de pesquisa e escolas tcnicas.

    Para incentivar a mobilidade, alm de projetos conjuntos de pesquisa, os dois pases devempromover a implantao de programas de intercmbio acadmico, com a concesso de bolsas,

    tanto a brasileiros na frica do Sul quanto a sul-africanos no Brasil, para professores e alunosde doutorado e ps-doutorado. Ainda nessa rea, a cooperao tambm prev a criao de umprograma de fomento a publicaes cientficas associadas entre representantes dos dois pases.

    Segundo o ministro da Educao brasileiro, Fernando Haddad, as equipes de ambos os ministriosda Educao trabalham h tempos na construo de um acordo para incrementar a cooperaoentre os dois pases. Brasil e frica do Sul tm uma grande similaridade de pensamento,oportunidades e desafios. Espervamos h tempos a formatao de um acordo slido.

    Disponvel em: (com adaptaes)

    Julgue os itens a seguir quanto compreenso do texto e tipologia textual.

    1. A ideia central do texto est resumida no primeiro perodo do primeiro pargrafo.

    2. Depreende-se do texto que o acordo foi assinado de modo intempestivo, o que surpreendeuas autoridades brasileiras da rea da educao superior.

    3. O ministro da Educao brasileiro pronunciou-se favoravelmente ao acordo, assinalando ospontos em comum existentes entre os dois pases.

    4. Quanto tipologia, o texto caracteriza-se como informativo.

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    TEXTO 2

    A FGV e o IBOPE acabam de jogar mais luz sobre as mazelas do ensino no Brasil. A FGV ps porterra o mito de que a evaso escolar motivada pela demanda por trabalho e renda. Pouco

    mais de um quarto (27,1%) dos jovens de 15 a 17 anos de idade afirma ser essa a razo deabandonarem as salas de aula, enquanto 40% simplesmente admitem no se sentirem atradospelos estudos. J o IBOPE ouviu 2.022 pessoas com mais de 16 anos de idade em todo o paspara saber quais so, na opinio deles, os principais problemas da educao. No se pode dizerque aqui houve surpresas: a desmotivao dos professores em razo dos baixos salrios (19%);a falta de segurana e a penetrao de drogas nas escolas (17%); o nmero insuficiente deunidades de ensino (15%) e de professores (12%); e a falta de qualificao dos docentes (11%).

    Correio Braziliense, p. 12, 20.04.2009 (com adaptaes).

    Julgue os itens subsequentes, relativos s ideias do texto acima.

    5. O texto enumera problemas do ensino no Brasil revelados em pesquisas realizadas recentemente.

    6. Segundo as percentagens reveladas pela FGV, de cada 10 jovens de 15 a 17 anos de idade,4 abandonam a escola por no se sentirem atrados pelos estudos.

    7. O estudo da FGV confirmou uma realidade de que j se tinha conhecimento: a necessidadede se sustentar e ajudar a famlia tira muitos jovens da sala de aula.

    8. O segundo perodo admite, sem prejuzo do sentido original, a seguinte reescritura: A lendade que a evaso escolar motiva a necessidade de trabalho e renda foi derrubada pela FGV.

    TEXTO 3Estudo recente afirma que os pases pobres podem sofrer mais de 90% dos efeitos humanos eeconmicos da mudana climtica. Os cinquenta pases mais pobres, no entanto, contribuemcom menos de 1% das emisses globais de dixido de carbono, o principal gs do efeito estufa. Africa a regio mais ameaada: quinze dos vinte pases mais vulnerveis ficam no continente.O sul da sia e os pequenos pases insulares em desenvolvimento tambm esto ameaados.

    Os pases pobres querem que os ricos assumam metas mais ambiciosas de reduo dasemisses de gases do efeito estufa e que transfiram dinheiro e tecnologia para ajudar nareduo dos efeitos da mudana climtica nas naes em desenvolvimento.

    Jornal do Brasil, p. A20, 25.08.2009 (com adaptaes).

    Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando a abrangncia do tema nele abordado,julgue os itens seguintes.

    9. Os especialistas acreditam que os efeitos negativos da mudana climtica sero igualmentesentidos nas diversas regies do planeta.

    10. Depreende-se do texto que os pases mais industrializados e ricos so os que mais emitemgases poluentes na atmosfera, que ampliam o efeito estufa.

    11. A maioria dos pases sujeitos a sofrerem mais intensamente o impacto do aquecimentoglobal localiza-se no continente asitico.

    12. O Protocolo de Kyoto tem por objetivo a reduoprincipalmente pelos pases em desenvolvimentoda quantidade de gases ampliadores do efeito estufa que tais pases lanam na atmosfera.

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    TEXTO 4

    A soberania popular no deve ser, apenas, mais uma pea de retrica. Deve ser um meio eficaz, porintermdio do qual o povo exera plenamente seus direitos e prerrogativas constitucionais e legais.

    Na poca de implementao dos direitos sociais, como o direito de moradia, de trabalhar,de viver decentemente, no mais possvel a incluso de normas programticas no texto daConstituio da Repblica. H necessidade de que os princpios e as normas constitucionaissejam eficazes, produzindo, de logo, os efeitos jurdicos que todos esperam.

    No h, evidentemente, direitos sem garantia. No basta tambm a Constituio proclamaruma srie de direitos e garantias, se estes e estas no se podem concretizar.

    SARAIVA, Paulo Lopo.A soberania popular e as garantias constitucionais.

    Introduo crtica ao direito. p. 141-2 (com adaptaes).

    De acordo com o desenvolvimento das ideias do texto 4, infere-se que

    13. o autor coloca a soberania popular como um objetivo mais fcil de ser atingido que oestabelecimento de direitos.

    14. direitos eficazes so aqueles com garantias.

    15. normas programticas devem ser substitudas pela implementao de direitos sociais.

    16. a eficcia de princpios e normas constitucionais est diretamente ligada aos efeitosjurdicos que produzem.

    17. a concretizao de direitos e garantias resulta de sua proclamao na Constituio.

    TEXTO 5

    Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida poroutra pessoa, depois de t-los perdido ou de ter sido vtima de assalto. Mas um sistema quecomeou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o pas.

    A tecnologia usada atualmente para a emisso de carteiras de identidade na Bahia pode evitar

    esse tipo de transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulteraes. A prin-cipal novidade do sistema o envio imediato das impresses digitais, por computador, para obanco de dados da Polcia Federal em Braslia. Dessa forma, elas podem ser comparadas comas de outros brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento entregue em cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais so conferidas novamente.

    Voc pode at ter a certido de nascimento de outra pessoa, mas, quando tentar tirar a car-teira por ela, a comparao das impresses digitais vai revelar quem voc, diz a diretora do

    Instituto de Identificao da Bahia.

    Na Bahia, a troca pelo modelo novo ser feita aos poucos. As atuais carteiras de identidade vo

    continuar valendo e sero substitudas quando houver necessidade de emitir-se a segunda via.Por enquanto, s a Bahia est enviando os dados para a Polcia Federal. Segundo o Ministrio

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    da Justia, a partir de 2011, 28 outros estados devem integrar-se gradativamente ao sistema. Apreviso que, em nove anos, todos os brasileiros estejam cadastrados em uma base de dadosunificada na Polcia 31 Federal.

    Disponvel em: (com adaptaes).

    Com relao ao texto acima apresentado, julgue os itens a seguir.

    18. A nova tecnologia de emisso de carteira de identidade, criada na Bahia, reduz o risco defraudes e adulteraes.

    19. No texto, tanto o termo todo quanto todo o expressam totalidade.

    20. O texto, que , predominantemente, descritivo, apresenta detalhes do funcionamento dosistema de identificao que deve ser implantado em todo o Brasil.

    21. Depreende-se do texto que a implantao da nova carteira de identidade proporcionarmais agilidade aos servios prestados pelos institutos de identificao do Brasil.

    TEXTO 6

    Polcia

    uma funo do Estado que se concretiza em uma instituio de administrao positiva e visa prem ao as limitaes que a lei impe liberdade dos indivduos e dos grupos, para salvaguarda

    e manuteno da ordem pblica, em suas vrias manifestaes: da segurana das pessoas segurana da propriedade, da tranquilidade dos agregados humanos proteo de qualquer outrobem; tutelado com disposies penais. Esta definio de Polcia no abrange o sentido que o termoteve no decorrer dos sculos: derivando de um primeiro significado diretamente etimolgico deconjunto das instituies necessrias ao funcionamento e conservao da cidade-Estado, o termoindicou, na Idade Mdia, a boa ordem da sociedade civil, da competncia das autoridades polticasdo Estado, em contraposio boa ordem moral, do cuidado exclusivo da autoridade religiosa. NaIdade Moderna, seu significado chegou a compreender toda a atividade da administrao pblica.

    Este termo voltou a ter um significado mais restrito, quando, no incio do sculo XIX, passou aidentificar-se com a atividade tendente a assegurar a defesa da comunidade dos perigos internos.

    Tais perigos estavam representados nas aes e situaes contrrias ordem pblica e seguranapblica. A defesa da ordem pblica se exprimia na represso de todas aquelas manifestaesque pudessem desembocar em uma mudana das relaes poltico-econmicas, entre as classessociais; enquanto que a segurana pblica compreendia a salvaguarda da integridade fsica dapopulao, nos bens e nas pessoas, contra os inimigos naturais e sociais.

    Estas duas atividades da polcia so apenas parcialmente distinguveis do ponto de vista poltico:na sociedade atual, caracterizada por uma evidente diferenciao de classes, a defesa dos bens dapopulao, que poderia parecer uma atividade destinada proteo de todo o agregado humano,se reduz tutela das classes possuidoras de bens que precisam de defesa; quanto defesa da ordempblica, ela se resume tambm na defesa de grupos ou classes particulares. A orientao classistada atividade de polcia consentiu, alm disso, que normas claramente destinadas salvaguardada integridade fsica da populao contra inimigos naturais tenham sido utilizadas com finsrepressivos: pensemos, por exemplo, nas normas sobre a funcionalidade dos locais destinadosa espetculos pblicos (cinemas, teatros, estdios etc.) e no uso que deles se fez em tempos e

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    pases diversos para impedir manifestaes ou reunies antigovernamentais. nesse sentidoque se confirma a definio de Polcia acima apresentada, j que a defesa da segurana pblica, na realidade, uma atividade orientada a consolidar a ordem pblica e, consequentemente, oestado das relaes de fora entre classes e grupos sociais.

    Considerando a tipologia textual do texto acima, julgue os itens a seguir.

    22. A estrutura do pargrafo acima de natureza dissertativa, sendo a linguagem predominan-temente denotativa.

    23. O texto admite uma subdiviso em partes menores, segundo as ideias expostas, conformeindicao a seguir: introduo - apresentao do assunto: definio do termo (1 perodo);desenvolvimento evoluo do sentido do termo, em um enfoque histrico crtico (dalinha 5 ao final do 2 pargrafo); conclusoretomada do tpico inicial: a concepo de

    policia (ltimo pargrafo).24. O texto apresenta uma conceituao atual, de base poltica, e mostra uma definio etimo-

    lgica, sem que ocorra qualquer exemplificao nessa parte do texto.

    25. No desenvolvimento do significado do termo, em meio a outras abordagens, aparece oconfronto entre as esferas de atuao de duas instituies sociais responsveis pela ordempblica: o Estado e a Igreja.

    26. Ao comentarem as duas fundamentais atividades da polcia, os autores do texto inserem--se no texto, apresentam abonaes e expressam julgamentos valorativos quanto aos fatosobservados, sem violarem as normas aconselhadas a essa tipologia textual.

    Para se compreender a abrangncia de um texto, necessria uma leitura atenta, observandoos aspectos que so abordados na explicitao do termo. Evidenciando a leitura compreensivado texto, quanto atuao da polcia ao longo dos tempos, julgue os itens abaixo.

    27. O texto atribui atuao policial grande parte da responsabilidade pela diferenciao dasclasses, na sociedade atual.

    28. Ocorrido a partir do sculo XIX, o gerenciamento das atividades de polcia pelos detentoresdo poder estatal o responsvel pelos desvios dos objetivos originais da instituio poli-

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    cial, principalmente nas aes antipopulares, historicamente constantes, em vrias comu-nidades do mundo.

    29. No texto, fica explcito que no apenas as classes possuidoras de bens necessitam da in-

    terveno policial, quanto defesa de seus bens, mas todas as camadas da populao.

    30. H uma crtica desabonatria atuao da policia na sociedade contempornea, conformeesta caracterizada no texto, no que tange ordem pblica: ela se resume tambm nadefesa de grupos ou classes particulares.

    Com referncia ao valor semntico de termos ou expresses utilizados no texto, julgue os se-guintes itens.

    31. No texto, esto empregados com o mesmo sentido os termos indivduos e grupos,agregados humanos, sociedade civil e comunidade.

    32. O emprego da inicial maiscula ou minscula na grafia do termo polcia no evidencia mu-dana de sentido: todas as vezes em que o vocbulo aparece refere-se substantivamente instituio de administrao poltica.

    33. Conforme caracterizadas no texto, ordem pblica e segurana pblica so expressesde sentido contrrio, ou seja, antnimas.

    Com respeito ao vocabulrio empregado no texto, julgue os itens a seguir.

    34. Predominam na constituio do texto palavras provenientes do vocabulrio tcnico, espe-

    cficas da atividade policial.

    TEXTO 7

    COMPRAR REVISTA

    1. Parou, hesitante; em frente banca de jornais. Examinou as capas das revistas, umapor uma. Tirou do bolso o recorte, consultou-o. No, no estava includa na relao de

    ttulos, levantada por ordem alfabtica. Mas quem sabe havia relao suplementar, fei-ta na vspera? Na dvida, achou conveniente estudar a cara do jornaleiro. Era a mesma5.de sempre. Mas a talvez ocultasse alguma coisa, sob a aparncia habitual. O jornalei-ro olhou para ele, sem transmitir informao especial no olhar, alm do reconhecimen-to do fregus. Peo? Perguntou a si mesmo. Ou melhor sondar a barra?

    Como vo indo as coisas?

    Vo indo, meio paradas.

    10.No tem vendido muita revista?

    O jornaleiro fitou-o, srio:

    Nem todo o dia dia de vender muita.

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    - Eu sei, mais tem revista e revista?

    L isso .

    15.A lista est completa?Que lista?

    Das revistas proibidas.

    Ah, sim, o listo. O senhor queria que no estivesse completo?

    Eu? Perguntei, apenas. Gosto de saber das coisas com certeza. s vezes a gente pede20.uma revista que no tem mais, que no pode mais ter venda, e...

    Por isso que perguntei. No quero grilo, entende?

    Entendi.

    Nem para o senhor nem para mim, lgico.

    T legal.

    25. Alm do mais, gosto de cumprir a lei. O senhor tambm no gosta?

    Muito.

    Sou assim. Sempre gostei. Cumpro a lei, cumpro o decreto, cumpro o regulamento,cumpro a portaria, cumpro tudo.

    Eu tambm, e da?

    30. Da, no estou vendo a revista que eu queria, e fico sem saber se posso que-rer, se a lei me autoriza a querer minha revista.

    Bem, se no est no listo, eu tenho.

    E por que no expe?

    No posso expor tudo ao mesmo tempo. Tenho que mostrar as revistas esportivas,as 35.de palavras cruzadas, as de cozinha, os fascculos de bichos e viagens, as leis deimpacto... Como que sobra lugar?

    Compreendo. Mas no achando a revista exposta, receei que ela no pudesse maiscircular.

    Por qu? Tem muita mulher nua, colorida, pgina dupla?

    40. No.

    Marmanjo nu, como est na moda?

    Tambm no. De vez em quando publica umas fotos pequeninas, de cenas de filmesou peas de teatro, com barrigas e pernas de fora. Me interessa as notcias, como

    vai o mundo, e o que se comenta sobre ele. Quero uma revista de ao atualidades.

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    45. Por que no disse logo?

    Porque tem atualidade e atualidade, ento no sei? Pode me vender o Time, ou tambmele j foi proibido? Veja bem, no desejo compromet-lo. E muito menos a mim, evidente.

    Mas s quero o Time se o senhor garantir que posso levar ele para casa sem infringir a lei.

    Evidencie a compreenso deste texto, em comparao ao analisado anteriormente, julgando ositens abaixo.

    35. correto afirmar que este texto exemplifica uma situao apresentada no texto 6: umperodo da histria em que a atuao da polcia foi repressiva.

    36. A multiplicidade de pargrafos, muitos dos quais introduzidos por travesses, indicaque este texto , diferentemente do anterior, uma pea em que h muita transcrio daoralidade para a escrita.

    37. O protagonista deste texto, conforme apresentado no primeiro pargrafo, revela-setemeroso frente situao poltica e obediente legislao, agindo de maneira conscientee precavida.

    38. Nas linhas 6 e 7, apesar das duas sentenas interrogativas, e diferentemente do desenrolarda histria da compra da revista, no h um dilogo.

    Carlos Drummond de Andrade, notvel escritor da Literatura Brasileira, d ao seu texto primorosoacabamento estilstico. Com base na estilstica dos dilogos, julgue os itens a seguir.

    39. Com a repetio dos termos revista (l. 10) e atualidade (l. 46), o autor atribui distinta cargasemntica s palavras: h revistas e atualidades de diferentes valorizaes sociopolticas.

    40. A passagem situada nas linhas de 15 a 18 sugere a existncia de outras listas alm da listacom grande quantidade de ttulos proibidos.

    41. Em No quero grilo, entende? (l. 21), h um exemplo de linguagem grupal, chamada degria, com o emprego conotativo do nome do animal.

    42. A passagem situada nas linhas de 37 a 40 indicia a existncia de outra ordem de proibio,dessa feita de cunho moral, e no poltico.

    43. Sabendo que time uma palavra inglesa que significa tempo e que Time o nome deuma revista de grande circulao internacional, percebe-se a utilizao da ironia e doparadoxo, frente ao cerceamento da liberdade de imprensa, por parte do autor, ao redigir:Pode me vender o Time, ou tambm ele j foi proibido? (l. 46-47).

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    TEXTO 8

    1. J existe, felizmente, em nosso pas, uma conscincia nacionalem formao, certo

    , que vai introduzindo o elemento da dignidade humana em nossa legislao e paraa qual a escravido, apesar de hereditria, uma verdadeira mancha de Caim que oBrasil traz na fronte. Essa conscincia, que est temperando a nossa alma e, por fim, h5. de humaniz-la, resulta da mistura de duas correntes diversas: o arrependimento dosdescendentes de senhores e a afinidade de sofrimento dos herdeiros de escravos.

    No tenho, portanto, medo de no encontrar o acolhimento por parte de um nmerobastante considervel de compatriotas meus, a saber: os que sentem a dor do escravocomo se fora prpria, e ainda mais, como parte de uma dor maiora do Brasil, ultrajado10. e humilhado; os que tm a altivez de pensare a coragem de aceitar as consequnciasdesse pensamento que a ptria, como a me, quando no existe para os filhos mais

    infelizes, no existe para os mais dignos; aqueles para quem a escravido, degradaosistemtica da natureza humana por interesses mercenrios e egostas, se no infamantepara o homem educado e feliz que a inflige, no pode s-lo para o ente15. desfigurado e oprimido que a sofre; por fim, os que conhecem as influncias sobre onosso pas daquela instituio no passado e, no presente, o seu custo ruinoso, e preveemos efeitos da sua continuao indefinida.

    Possa ser bem aceita por eles esta lembrana de um correligionrio ausente, mandada doexterior, donde se ama ainda mais a ptria do que no prprio pas. Quanto a mim, julgar-20. me-ei mais do que recompensado, se as sementes de liberdade, direito e justia deremuma boa colheita no solo ainda virgem da nova gerao.

    (Londres, 8 de 31 abril de 1883)

    NABUCO, Joaquim. O abolicionismo. In: Intrpretes do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. I,2000. p. 21 (com adaptaes).

    Em relao ao texto acima e ao tema nele abordado, julgue os itens a seguir.

    44. A expanso do sistema educacional brasileiro, especialmente nas redes escolares pblicas,resultou na eliminao quase total das diferenas quanto a acesso e permanncia nasescolas e desempenho escolar de brancos, negros e pardos. Essa realidade transportou-se

    para o mercado de trabalho, como demonstra a igualdade de salrios pagos a cidados dediferentes raas.

    45. A ideia principal do texto pode assim ser expressa: O amor ptria mais forte quando seest longe dela e a dor do escravo sentida como se fosse prpria.

    46. O autor do texto sugere que no teme as divergncias polticas, porque conta com areceptividade de nmero significativo dos compatriotas contrrios escravido.

    47. Nos trechos uma verdadeira mancha de Caim que o Brasil traz na fronte (l. 3-4) e uma

    boa colheita no solo ainda virgem da nova gerao (l. 21), foi utilizada linguagem conotativa.

    48. Sem prejuzo para os sentidos do texto, a forma verbal inflige (l. 14) poderia ser substitudapor suporta.

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    Com relao s ideias desenvolvidas no texto acima e a seus aspectos gramaticais, julgue o itemsubsequente.

    50. Depreende-se da argumentao apresentada que a autora do texto, ao aproximar concei-

    tos presentes nos estudos de Marx e de Freud, busca demonstrar que, nas sociedades demercado, a diviso do sujeito (l. 10) se processa de forma anloga na subjetividade dos

    indivduos e na relao de trabalho.

    TEXTO 11

    1. Imagine que um poder absoluto ou um texto sagrado declarem que quem rou-bar ou assaltar ser enforcado (ou ter a mo cortada). Nesse caso, puxar a corda, afiara faca ou assistir execuo seria simples, pois a responsabilidade moral do veredicto

    no estaria conosco. Nas sociedades tradicionais, em que a punio decidida por uma5.autoridade superior a todos, as execues podem ser pblicas: a coletividade festejao soberano que se encarregou da justiaque alvio!

    A coisa mais complicada na modernidade, em que os cidados comuns (como voc eeu) so a fonte de toda autoridade jurdica e moral. Hoje, no mundo ocidental, se algum executado, o brao que mata , em ltima instncia, o dos cidadoso nosso. Mesmo10. que o condenado seja indiscutivelmente culpado, pairam mil dvidas. Matar umcondenado morte no mais uma festa, pois difcil celebrar o triunfo de uma moraltecida de perplexidade. As execues acontecem em lugares fechados, diante de pou-cas testemunhas: h uma espcie de vergonha. Essa discrio apresentada como umprogresso: os povos civilizados no executam seus condenados nas praas. Mas o dito15. progresso , de fato, um corolrio da incerteza tica de nossa cultura.

    Reprimimos em ns desejos e fantasias que nos parecem ameaar o convvio social.Logo, frustrados, zelamos pela priso daqueles que no se impem as mesmas renn-cias. Mas a coisa muda quando a pena radical, pois h o risco de que a morte do culpa-do sirva para nos dar a iluso de liquidar, com ela, o que h de pior em ns. Nesse caso, a20. execuo do condenado usada para limpar nossa alma. Em geral, a justia sumria isto: uma pressa em suprimir desejos inconfessveis de quem faz justia. Como psi-canalista, apenas gostaria que a morte dos culpados no servisse para exorcizar nossaspiores fantasiasisso, sobretudo, porque o exorcismo seria ilusrio. Contudo possvelque haja crimes hediondos nos quais no reconhecemos nada de nossos desejos repri-

    midos.

    CALLIGARIS, Contardo. Terra de ningum 101 crnicas. So Paulo: Publifolha, 2004. p. 94-6(com adaptaes).

    Com referncia s ideias e aos aspectos lingusticos do texto acima, julgue os itens a seguir.

    51. De acordo com o texto, nas sociedades tradicionais, os cidados sentem-se aliviadossempre que um soberano decide infligir a pena de morte a um infrator porque se livramdas ameaas de quem desrespeita a moral que rege o convvio social, como evidencia oemprego da interjeio que alvio! (l. 6).

    52. Na condio de psicanalista, o autor do texto adverte que a punio de infratores das leis uma forma de os indivduos expurgarem seus desejos inconfessveis, ressalvando, noentanto, que, quando se trata de crime hediondo, tal no se aplica.

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    TEXTO 12

    1. A polmica sobre o porte de armas pela populao no tem consenso nem

    mesmo dentro da esfera jurdica, na qual h vrios entendimentos como: o cidado temdireito a reagir em legtima defesa e no pode ter cerceado seu acesso aos instrumentosde defesa, ou a utilizao da fora direito exclusivo do Estadoou o armamento da

    5.populao mostra que o Estado incapaz de garantir a segurana pblica. Indepen-dente de quo caloroso seja o debate, as estatsticas esto corretas: mais armas po-tencializam a ocorrncia de crimes, sobretudo em um ambiente em que essas sejamobtidas por meios clandestinos. A partir da, qualquer fato corriqueiro pode tornar-seletal. O porte de arma pelo cidado pode dar uma falsa sensao de segurana, mas na10.realidade o caminho mais curto para os registros de assaltos com morte de seuportador.

    Disponvel em: . Acesso em: 28.09.2004(com adaptaes).

    A respeito do texto 12, julgue o item a seguir.

    53. Pelo tema, impessoalidade e clareza, o texto poderia constituir parte de um documentooficialcomo, por exemplo, um relatrio ou um parecer, mas o emprego das aspas lheconfere uma coloquialidade que o torna inadequado s normas da redao oficial.

    TEXTO 13

    1. No se pode negar que o advento dos regimes liberais em 1989-90, em todos osgrandes Estados da Amrica do Sul, criou uma iluso de modernidade. Por que iluso demodernidade? Porque o Brasil e seus vizinhos provocaram, com as novas orientaes daconduo poltica, dois efeitos perversos. Primeiro, a modernidade no agregou ao mundo5.do bem-estar a populao pobre; ao contrrio, em pases que no conheciam gravesdesigualdades, como a Argentina e o Uruguai, a desigualdade floresceu, aproximando-os de Brasil e Venezuela.

    Segundo, porque a modernidade, ao invs de aumentar a riqueza bruta dessas naes,induziu enormes transferncias para fora com o movimento de capitais externos que

    10.sugavam a renda regional.

    A partir de 1995, a iluso comeou a desfazer-se e a dura vida real transformou sonhosem pesadelos.

    CERVO, Amado L. Sob o domnio do pensamento nico. UnB Revista, a. III, n. 7 (com adapta-es).

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    Julgue os itens que se seguem, a respeito do texto acima.

    54. A organizao dos argumentos no texto mostra que os dois efeitos perversos (l. 4) so

    desenvolvidos nos pargrafos seguintes e que o pargrafo conclusivo retoma a ideia deiluso de modernidade (l. 2).

    55. No perodo em que ocorre, o conectivo ao invs de (l. 8) estabelece relaes semnticasde concesso e de restrio, e pode ser substitudo por apesar de, sem prejuzo para a coe-rncia e a correo gramatical do texto.

    TEXTO 14

    1. Na verdade, a integrao da economia mundialapontada pelas naes ricas eseus prepostos como alternativa nicavem produzindo, de um lado, a globalizao dapobreza e, de outro, uma acumulao de capitais jamais vista na histria, o que permiteaos grandes grupos empresariais e financeiros atuar em escala mundial, maximizando5.oportunidades e lucros.

    O discurso pretende impor essa ideia como caminho nico para o desenvolvimento dasnaes, sejam elas ricas ou pobres. Na prticahoje mais do que ontem, o mercado uma via de mo nica: livre para os pases ricos e pleno de barreiras e restries snaes emergentes. Os nmeros comprovam isso. Segundo estimativas da Associao10.Brasileira de Comrcio Exterior, as barreiras impostas aos produtos brasileirosreduziram nossas exportaes em cerca 16 de US$ 20 bilhes nos ltimos quatro anos.

    A farsa neoliberal: o Brasil perde duas dcadas no pesadelo da globalizao. InfoAndes,maio/2000 (com adaptaes).

    Com base no texto acima, julgue os itens subsequentes.

    56. A argumentao do texto mostra que podem no ser apenas as naes ricas que apontama integrao da economia mundial (l.1) como alternativa nica para o desenvolvimento

    de naes.

    57. Duas maneiras de marcar a oposio de ideias no texto so expressas por de um lado (l.2) e de outro (l. 3); e por O discurso (l. 6) e Na prtica (l. 7).

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    TEXTO 15

    1. H trs situaes inditas na presente conjuntura mundial. Primeiro, os Estados Unidos

    da Amrica nunca travaram uma guerra no seu territrio, nunca foram alvo de ataques, selevarmos em conta que o Hava um territrio extracontinental e com poucas caractersticasnorte-americanas.

    5. O corao do pas foi atingido. O segundo fato indito a guerra contra o terror. Naverdade no h uma guerra no sentido substantivo da palavra. Ela adjetiva, quer dizer, estacontecendo: h um longo conflito, no uma longa guerra.

    Terceiro, indita a conduo do conflito. Do final de setembro aos primeiros dias deoutubro, ficou muito claro que estamos assistindo a algo absolutamente novo e 1310.fantstico: o surgimento de uma entidade governante anglo-sax. No mais o governonorte-americano que faz a guerra: so os governos britnico e norte-americano.

    SILVA, Francisco Carlos T. da. O mundo mudou? Cincia Hoje, nov/2003 (com adaptaes).

    Com relao ao texto acima, julgue os seguintes itens.

    58. Subentende-se da argumentao do texto que o Hava j foi alvo de ataques.

    59. Textualmente, o advrbio mais (l. 10) est empregado com o valor de ainda, pelo qualpoderia ser substitudo, sem que houvesse alterao do sentido e da correo do texto.

    TEXTO 16

    Merecemos uma chance

    1. At amanh.

    Eram mais de 22 horas de uma segunda-feira quando me despedi de minha amiga ecolega M. At amanh, respondeu M. E no amanh M. no estava mais dando duro

    em sua cadeira, linda e jovial como a cada dia, cumprindo compromissos e agendando5. tarefas. No dia seguinte M. estava num hospital, com hematomas da cabea aos ps,nariz quebrado, dentes amolecidos e hemorragia interna.

    Acontece que entre o at amanh e o amanh a juventude e a jovialidade de M deramde cara com trs psicopatas em busca de diverso. Eles a levaram a Osasco, na GrandeSo Paulo, e bateram nela at se cansar. M. foi abandonada numa estrada seminua e10. ensanguentada, enquanto seus carrascos procuravam outra vtima, mais nova doque essa. Que tipo de pessoa capaz de cometer uma brutalidade dessas?

    No basta uma classificao psiquitrica ou sociolgica. Tente imaginar a alma de umsujeito assim, e o que se v um poo sem fim, o mal em estado puro. O horror, ohorror. Certos tipos de crime so independentes da sociedade em que se inserem. Em

    15. pases ricos ou pobres, em povos cultos ou ignorantes, materialistas ou religiosos,capitalistas ou social-democratas, entre suecos ou tanzanianos, sempre existir gente

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    que sai s ruas para brutalizar mulheres. Assim como existem torturadores compulsi-vos, assassinos seriais, estupradores etc. De alguma maneira, isso faz parte da naturezahumana.

    20. No se trata aqui de uma aposentada na misria furtando remdios na farmcia (eprovavelmente sendo presa). Estamos falando no crime como modo de vida. Existe genteque literalmente vive disso. Se quer dinheiro, rouba. No para matar a fome, mas para

    comprar a melhor cocana e o ltimo Honda Se gente assim quer se divertir, junta algunsamigos do mesmo carter e escolhe mulheres ao acaso no trnsito. Na mesma delegacia25. onde M. prestou queixa, estavam arquivadas 10 outras ocorrncias iguais.

    Para casos assim existe essa instituio chamada polcia. Polcia um servio pblico,pago com nossos impostos, e no a encarnao do mal, este papel simplista queintelectuais, jornalistas e artistas costumam Ihe reservar. Seu dever proteger os no-criminosos dos criminosos. Mas a polcia no est cumprindo seu papel. H uma guerra

    30. nas ruas. um assalto dos marginais ao resto da sociedade. E as primeiras vtimasdessa guerra so os mais pobres, os marginalizados, a to decantada classe trabalhadora. na periferia das grandes cidades que esses degenerados fazem suas primeiras vtimas.Assassinatos, crimes sexuais, roubo, tudo acontece primeiro e pior em bairros populares.

    Qual a soluo? Educao? Sim, mas... Um marmanjo que escolhe suas vtimas ao acaso35. no precisa exatamente de educao. Alis muitos criminosos tm educao esmerada,e at mesmo dinheiro. So violentos porque so. Policiamento? bvio. Mas no Brasil asegurana da populao no prioridade. O salrio dos policiais foi enterrado no ltimoprejuzo do Banco do Brasil. A verba das armas foi distribuda entre cabides de empregosde prefeituras falidas. Sem estrutura, paralisada pela burocracia, a polcia brasileira no

    40. protege a sociedade de seus criminosos. o tipo de problema que parece noter soluo. Mas pode ter. Temos que buscar opes, e no apenas chorar o sanguederramado. O importante que M. no seja mais atacada por psicopatas sem freios.Nem N., nem P., nem O. Ns, os no-criminosos, merecemos uma chance.

    A compreenso de um texto decorre de vrios fatores. Com referncia tipologia textual e aonvel de linguagem utilizado pelo autor, julgue os itens a seguir.

    60. O texto eminentemente dissertativo, apesar de conter trechos narrativos.

    61. O primeiro pargrafo reproduz, em discurso direto, as ltimas palavras que o autor ouviude M., na noite anterior morte de sua amiga.

    62. H, no segundo e no terceiro pargrafos, passagens descritivas relativas vtima e aos seusassaltantes.

    63. A intensa pontuao, a repetio de vocbulos e de estruturas frasais semelhantes e o em-prego de aspas so indicaes de que, no texto, se mesclam as funes emotiva e referen-cial da linguagem.

    64. No texto, predomina o registro coloquial culto.

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    Ler no s compreender a superfcie textual, mas estabelecer inferncias. A partir da leiturado texto, julgue os itens abaixo constituem inferncias corretas.

    65. [...] com sua beleza, juventude e jovialidade, sobrevivia da prostituio.66. O autor manifesta uma posio favorvel pena de morte, para criminosos como os que

    assaltaram M.

    67. O autor partilha do seguinte pensamento: o homem naturalmente bom; a sociedade que o corrompe.

    68. A crtica atuao policial deve-se ao fato de que, com baixos salrios, no h estmulospara a exposio pessoal aos riscos decorrentes da ao dos criminosos.

    69. Fatos como os apresentados, que necessitam da repressiva atuao policial, ocorrem exclu-sivamente na periferia das grandes cidades.

    Analisando a semntica, o vocabulrio e o estilo utilizados no texto, julgue os itens seguintes.

    70. O vocbulo segunda-feira (l. 2) e a expresso segunda feira tm o mesmo sentido.

    71. A construo o at amanh e o amanh (l. 7) apresenta um pleonasmo, devido aproxi -mao de palavras de significados semelhantes.

    72. A palavra diverso (l. 8) est empregada conotativamente, para expressar o sentido deviolncia.

    73. No quarto pargrafo, ocorrem vrias antteses e um smile (comparao).

    74. O primeiro perodo do quinto pargrafo serve como exemplificao da ideia expressa noperodo seguinte.

    Ainda com referncia ao vocabulrio do texto, julgue as associaes apresentadas nos itensabaixo, sob o foco da sinonmia.

    75. compulsivos (l.17)impulsivos

    76. encarnao (l.27)personificao

    77. decantada (l.31) celebrada

    78. marmanjo (l.34) adulto

    79. esmerada (l.35) polida

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    TEXTO 17

    1. A anlise que a sociedade costuma fazer da violncia urbana fundamentada

    em fatores emocionais, quase sempre gerados por um crime chocante, pela falta desegurana nas ruas do bairro, por preconceito social ou por discriminao. As conclusesdos estudos cientficos no so levadas em conta na definio de polticas pblicas. Como5. reflexo dessa atitude, o tratamento da violncia evoluiu pouco no decorrer do sculoXX, ao contrrio do que ocorreu com o tratamento das infeces, do cncer ou da AIDS.Nos ltimos anos, entretanto, esto sendo desenvolvidos mtodos analticos maisprecisos para avaliar a influncia dos fatores econmicos, epidemiolgicos e sociolgicosassociados s razes sociais da violncia urbana: pobreza, impunidade, acesso a10. armamento, narcotrfico, intolerncia social, ruptura de laos familiares, imigrao,corrupo de autoridades ou descrdito na justia.

    VARELLA, Druzio. Disponvel em: (com adaptaes).

    Em relao ao texto acima, julgue os itens que se seguem.

    80. As informaes do texto indicam que, alm da considerao de fatores emocionais (l. 2)

    que geram violncia, as polticas pblicas voltadas para a segurana dos cidados baseiam-sefrequentemente nas concluses dos estudos cientficos (l. 3-4) que focalizam esse tema.

    81. correto inferir do texto que houve evoluo no tratamento de certas doenas porqueesto sendo desenvolvidos mtodos analticos mais exatos para avaliar seus fatores

    econmicos, epidemiolgicos e sociolgicos associados s razes da violncia.

    TEXTO 18

    1. Diversos municpios brasileiros, especialmente aqueles que se urbanizaramde forma muito rpida, no oferecem populao espaos pblicos para a prtica deatividades culturais, esportivas e de lazer. A ausncia desses espaos limita a criao e ofortalecimento de redes de relaes sociais. Em um tecido social esgarado, a violncia 5.cada vez maior, ameaando a vida e enclausurando ainda mais as pessoas nos espaosdomsticos.

    Disponvel em: (com adaptaes).

    Considerando o texto 17, julgue os seguintes itens.

    82. A expresso tecido social esgarado (l. 4) est empregada em sentido figurado e representa

    a ideia de que as estruturas sociais esto fortalecidas em suas instituies oficiais.

    83. A expresso ainda mais (l. 5) refora a ideia implcita de que h dois motivos para oenclausuramento das pessoas: a falta de espaos pblicos que favoream as relaessociais com atividades culturais, esportivas e de lazer e o aumento da ameaa de violncia.

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    TEXTO 19

    1. A violncia urbana uma enfermidade contagiosa. Embora acometa indivduosvulnerveis em todas as classes sociais, nos bairros pobres que ela se torna epidmica.Os ndices de preponderncia variam de cidade para cidade e de um pas para outro.Como regra, a epidemia comea nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A5.incidncia nem sempre crescente; a mudana de fatores ambientais podeinterferir em sua escalada. Sabe-se tambm que os genes herdados exercem influnciafundamental na estrutura e funo dos circuitos de neurnios envolvidos nos mecanismosbioqumicos da agressividade. bom ressaltar, porm, que os fatores genticos nocondicionam o comportamento futuro: o impacto do meio ambiente decisivo. Os10.mediadores qumicos liberados e a prpria arquitetura das conexes nervosas queconstituem esses circuitos so dramaticamente modelados pelos acontecimentossociais da infncia.

    VARELLA, Druzio. Disponvel em: (com adaptaes).

    Considerando o texto acima, julgue os seguintes itens.

    84. De acordo com as informaes do texto, os fatores ambientais so insuficientes parainterferir na crescente escalada da violncia em qualquer local.

    85. Infere-se do texto que fatos ocorridos na infncia podem modificar o funcionamento doscircuitos de neurnios envolvidos nos mecanismos biofsicos da agressividade.

    TEXTO 20

    1. At que ponto a banalizao de atos violentos, exibidos nas salas de visita pelopas afora, na programao diria, dos desenhos animados aos programas de mundo-co, contribui para a escalada da violncia urbana? Essa questo mais antiga do que seimagina. Surgiu no final da dcada de 40 do sculo XX, assim que a televiso entrou nas5.casas das famlias. Nos Estados Unidos, pas com maior nmero de aparelhos porhabitante, a autoridade mxima de sade pblica do pas (Surgeon General) j afirmavaem comunicado nao, no ano de 1972: A violncia na televiso realmente tem efeitosadversos em certos membros de nossa sociedade. Desde ento, a literatura mdica j

    publicou sobre o tema 160 estudos de campo, que envolveram 44.292 participantes, e10.124 estudos laboratoriais com 7.305 participantes. Absolutamente todosdemonstraram a existncia de relaes claras entre a exposio de crianas violnciaexibida pela mdia e por videojogos e o desenvolvimento de comportamento agressivo.

    Idem, ibidem (com adaptaes).

    Acerca do texto acima, julgue o item subsequente.

    86. As informaes numricas relativas s pesquisas que evidenciam a influncia da mdia e dos

    videojogos no comportamento agressivo constituem um argumento que refora a tese do texto.

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    TEXTO 21

    1. No filmeJustia, por meio da interao entre rus e magistrados, surge uma

    evidncia importante, que o papel ordenador da linguagem. A princpio, h um fossogigantesco entre a fala desarticulada dos presos e a oratria empolada dos juzes. Elestraduzem os primeiros para os registros do escrivo, convertendo grias e elipses em

    5. prosa especializada. medida que o ru se familiariza com o jargo jurdico, passa aus-lo tambm, seja para causar boa impresso pessoal, seja para alegar conhecimentodas leis. no gume de uma lmina que Justiamonta sua mquina de observao.Maria Augusta Ramos, diretora do filme, triunfa, porque sabe equilibrar-se nesse fiotnue com arte, tica e percia.

    MATTOS, Carlos Alberto. Corredores sem sada. Disponvel em: .Acesso em: jun. 2004 (com adaptaes).

    A respeito das ideias e das estruturas do texto acima, julgue o item a seguir.

    87. A informao sobre a diretora do filme permite a inferncia de que ela participou das cenase foi filmada como personagem no cenrio do tribunal de justia.

    TEXTO 22

    1. Perguntamo-nos qual o valor da vida humana. Alguns setores da sociedade

    acreditam que a vida do criminoso no tem o mesmo valor da vida das pessoas honestas.O problema que o criminoso pensa do mesmo modo: se a vida dele no vale nada, porque a vida do dono da carteira deve ter algum valor? Se provavelmente estar morto5.antes dos trinta anos de idade (como vrias pesquisas comprovam), por que sepreocupar em no matar o proprietrio do automvel que ele vai roubar?

    BUORO, Andra et al. Violncia urbana Dilemas e desafios. So Paulo: Atual, 1999. p. 26(com adaptaes).

    Em relao ao texto acima, julgue os itens que se seguem.

    88. H um consenso na sociedade de que o valor da vida no hierrquico, equivalente paratodos os seres humanos.

    89. Os criminosos acreditam que o valor da vida das pessoas que so por eles roubadas supe-rior ao valor de sua prpria vida.

    90. Ouso da primeira pessoa do plural em Perguntamo-nos (l. 1) tem a funo generalizadorade estender o questionamento a qualquer ser humano.

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    TEXTO 23

    Tolerncia e perverso

    1. A primeira vez que li O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, era ainda pr-adolescente. Fiquei apavorado com a histria do rapaz que fez um pacto com o diabo,para manter a beleza e a juventude, e cujo retrato vai registrando as marcas viciosas desua vida. Mantinha a aparncia e apodrecia por dentro. Lembrei-me dele por um processo5. tortuoso de associaes. Conversava sobre Leonel Brizola e sua luta pela educao. Chegueia Darcy Ribeiro e ao sonho da educao que se moderniza para ser modernizante. As escolhasde Brizola refletiam o aprendizado, em sua prpria vida, do valor da educao e da dificuldadede acesso a ela quando se pobre e se est na periferia da sociedade dominante. Sua melhordeciso, no governo do Rio, foi pedir a Darcy Ribeiro que pensasse a poltica de educao.

    10. Darcy era um doido do bem. Sua inteligncia vertiginosa ia produzindo ideiase, na vertigem criativa, desconsiderava os aspectos terrenos de sua viabilidade. Mas dessas loucuras que os povos precisam para evoluir. Fui beneficirio do desenho queDarcy Ribeiro sonhou para a Universidade de Braslia. Tudo era avanado para a poca.A estrutura integrada. O campus articulado. Na UnB, conheci primeiro a extenso15. universitria, os cursos avulsos. Eles faziam a universidade ferver, depois das aulas.Formava-se uma comunidade, que extravasava a sala de aula e invadia nossa prpriavida. Essa vida, pulsando de inteligncia, essa sede de conhecer e fazer, aprender ecriticar faziam daquela universidade, ainda fisicamente em construo, a expresso dosonho louco de Darcy.

    20. O leitor, impaciente, pergunta-se, com razo, sobre a relao com DorianGray. O monstro de Wilde tem a ver com a escola de hoje, to longe da minha prpriaexperincia de estudante e que me faz devedor da sociedade brasileira. Com auniversidade de hoje, to distante dos planos de Darcy. Mas o Dorian Gray, agora, ummonstro coletivo, somos ns, que aceitamos esse descalabro.

    25 A sociedade no o retrato apenas de seus governantes, o retrato de seuscidados, em destaque, de suas elites. o nosso retrato, do Brasil todo, de todos ns,que est l, debaixo do pano, mostrando seu rosto monstruoso. Dorian Gray no eracapaz de lidar com as implicaes de suas escolhas: era um suicida. E ns?

    ABRANCHES, Srgio. Tolerncia e perverso. Veja, 30 jun. 2004 (com adaptaes).

    Julgue os seguintes itens, referentes ao texto 22 e aos mltiplos aspectos relativos ao tema porele abordado.

    91. Leonel Brizola, uma das figuras centrais do regime nascido com a queda do Estado Novo,teve sua carreira poltica marcada por preocupaes de natureza trabalhista.

    92. A Universidade de Braslia (UnB) foi a primeira instituio de educao superior federal aimplantar o sistema de cotas para negros em seu processo seletivo de ingresso em cursos

    de graduao, concretizando proposta de Darcy Ribeiro apresentada no projeto de criaoda UnB, reflexo da fora do movimento em prol de polticas afirmativas quela poca.

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    TEXTO 24

    ADORNO, T. W. Palavras e sinais, modelos crticos. RUSCHEL, Maria Helena (Trad.). Petrpolis:Vozes, 1995 (com adaptaes).

    Considerando os sentidos e aspectos lingsticos do texto acima, julgue os prximos itens.

    93. Como, de acordo com o texto, as caractersticas essenciais ao tempo livre se baseiamna oposio entre este e o tempo no-livre, correto concluir que as formas de uso do

    tempo livre sero as mesmas em qualquer poca.

    94. Conclui-se da leitura do texto que tanto o tempo no-livre quanto o tempo livre socondicionados pela sociedade.

    95. Do primeiro pargrafo do texto, depreende-se que a ideia de tempo livre, isto , a de tempono ocupado pelo trabalho, no nova.

    96. Nas linhas de 1 a 6, nos trechos em que se afirma que tempo livre ope-se a tempo no-livre e que tempo livre acorrentado ao seu oposto, a justaposio de ideias contrrias

    entre si fragiliza a coerncia textual e impossibilita a definio do conceito de tempo livre.

    97. Na linha 11, o termo encantamento faz referncia ao poder exercido pela sociedadesobre as pessoas.

    98. A diferena existente entre tempo livre e tempo no-livre a mesma que distingue aspessoas que esto convictas de que agem por vontade prpria (l.12) daquelas pessoas

    no-livres (l. 19-20) que desconhecem a sua no-liberdade em si mesma (l.20).

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    TEXTO 25

    Considerando o desenvolvimento das ideias e as estruturas lingusticas do texto acima, julgueos itens a seguir.

    99. Na orao O resultado acabou sendo, de certa forma, nefasto para o trabalhador (l. 3-4),a retirada da expresso para o trabalhador, que complementa o vocbulo nefasto, no

    alteraria as relaes semnticas do texto, visto que o emprego desse vocbulo suficientepara que se compreendam as informaes relativas ao resultado referido no trecho.

    100. No desenvolvimento da argumentao, o emprego de At (l. 5) enfatiza que otempo para outras atividades, alm das citadas, foi diminuindo, exceto o tempo para otrabalho.

    15.E16.C17.E18.E19.C20.E21.C22.C23.C24.E25.C26.C27.E28.E

    29.C30.C31.E32.E33.E34.E35.C36.C37.C38.C39.C40.C41.C42.C

    43.C44.E45.E46.C47.C48.E49.E50.C51.E52.E53.E54.C55.E56.C

    57.C58.C59.E60.C61.E62.E63.C64.C65.E66.E67.E68.E69.E70.E

    71.E72.E73.C74.E75.E76.C77.C78.C79.C80.E81.E82.E83.C84.E

    85.E86.C87.E88.E89.E90.C91.C92.E93.E94.C95.C96.E97.C98.E

    99.E100.C