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Clínica Cirúrgica Guia de Especialidades Clínica Médica

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Guia de Especialidades Clínica Cirúrgica

Guia de Especialidades Clínica Médica

Organizadores Atílio G. B. Barbosa - Débora de Alencar Soranso - Fernanda Antunes Oliveira - Victor Ales Rodrigues

Produção Editorial: Fátima Rodrigues Morais - Viviane Salvador

Coordenação Editorial e de Arte: Martha Nazareth Fernandes Leite

Projeto Gráfico: SONNE - Jorlandi Ribeiro

Diagamação: Jorlandi Ribeiro - Diego Cunha Sachito

Criação de Capa: Larissa Câmara

Assistência Editorial: Tatiana Takiuti Smerine Del Fiore

Revisão Final: Henrique Tadeu Malfará de Souza

Revisão: Marcela Zuchelli Marquisepe - Mariana Rezende Goulart

Serviços Gráficos: Thaissa Câmara Rodrigues

Organizadores Débora de Alencar Soranso Graduada em Medicina pela Universidade Anhembi-Morumbi.

Fernanda Antunes Oliveira Graduada em Medicina pela Universidade Santo Amaro (UNISA).

Victor Ales RodriguesGraduado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Atualização

Viviane Aparecida Queiroz Graduanda em Medicina pela Universidade Anhembi-Morumbi.

A Arte da Medicina ...................................................................... 5

O recém-formado ........................................................................ 6

Residência Médica no exterior ................................................ 7

1. Alergia e Imunologia ............................................................... 9

2. Cardiologia ................................................................................. 12

3. Endocrinologia .......................................................................... 14

4. Gastroenterologia ................................................................... 17

5. Geriatria ...................................................................................... 19

6. Hematologia e Hemoterapia ............................................... 22

7. Medicina Intensiva ................................................................... 25

8. Nefrologia .................................................................................. 27

9. Nutrologia .................................................................................. 30

10. Oncologia Clínica .................................................................. 33

11. Pneumologia ............................................................................ 36

12. Reumatologia ......................................................................... 38

ÍNDICE

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A Arte da Medicina

A Medicina tem, como uma de suas raízes mais conhecidas, a desenvolvida por Hipócrates, considerado o “pai da medicina”. Na Grécia Antiga, onde viveu, desenvolveu inúmeras teorias e teve vários discípulos, alguns dos pioneiros na arte de entender os sintomas causados pelas patologias. A partir de então e à medida que os séculos passavam, surgiam mais ques-tionamentos sobre as práticas médicas e a necessidade delas à população. Na Idade Média, era comum o médico procurar curar praticamente todas as doenças utilizando o recurso da sangria, principalmente com a utiliza-ção de sanguessugas. Porém, nesse período, os conhecimentos avançaram pouco, pois havia uma forte influência da Igreja Católica, que condenava as pesquisas científicas e as considerava práticas demoníacas.No período do Renascimento Cultural, nos séculos XV e XVI, a Medicina vi-veu um notável avanço. Movidos por uma intensa vontade de descobrir o funcionamento do corpo humano, médicos buscaram explicar as doenças por meio de estudos científicos e testes de laboratório. Posteriormente se descobriu o funcionamento do sistema circulatório, e mais ensinamentos foram desenvolvidos com base na anatomia e na fisiologia. No século XIX, todo o conhecimento ficou mais apurado com a invenção do microscópio acromático, pela qual Louis Pasteur alcançou um enorme avanço ao descobrir que as bactérias são responsáveis por grande parte das doenças.Atualmente temos uma Medicina moderna e em constante renovação por meio das pesquisas, nada comparável a tantos séculos de acúmulo de conhecimento. É uma Medicina que proporciona maiores técnicas de diagnóstico e medicamentos mais potentes e capazes de melhor combater inúmeras doenças. Os procedimentos cirúrgicos contam com instrumen-tos mais delicados e técnicas cirúrgicas menos invasivas que propiciam melhoras mais rápidas no pós-operatório. Trata-se de uma ciência mutável, que se constrói a cada descoberta. É com estudos de décadas e a prática médica diária que a Medicina se renova e quebra tabus. Mas, mesmo com os diversos progressos, muito ainda há de ser descoberto ou reestruturado. São as infinitas doenças que acome-tem o homem que permanecem precisando de tratamento ou mesmo de diagnóstico. Muito se fez, mas muito ainda se fará por uma ciência tão no-bre e enriquecedora, que representa a arte de curar.

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A Medicina é uma profissão construída após 6 anos de estudo integral, passando por suas cadeiras básicas e avançadas e pelo internato. São muitos anos de dedicação e abdicação, mas sempre em busca do propó-sito de ser um estudioso da arte médica, entender a base das doenças e, a partir disso, poder desenvolver técnicas de diagnóstico e tratamento, curativo ou paliativo. Após esse embasamento, o recém-formado e agora jovem médico deve escolher e se dedicar ao estudo de uma das várias subdivisões da Medi-cina – seja ela a Clínica Médica, a Cirurgia Geral, a Ginecologia e muitas outras. Essa especialidade será alcançada por meio de um estudo na Re-sidência Médica, que terá duração de acordo com o programa escolhido.É durante a Residência Médica que o jovem médico se tornará apto a exer-cer plenamente uma área com mais dedicação e ensinamento mais apro-fundado, deixando de ser generalista. Para isso, ele deve estar consciente de suas escolhas e de que a área que escolheu o preencherá como pro-fissional e pessoalmente, para que possa estar satisfeito com as próprias escolhas. Já ao concluir a especialidade, novos desafios surgem a esse jovem pro-fissional, novas dificuldades se apresentam na carreira e outras tantas devem ser ultrapassadas para só então se firmar, em um emprego em serviço público ou privado, abrindo o próprio consultório ou realizando procedimentos mais invasivos. Para o jovem médico, o que permanece são os ensinamentos de construir aos poucos sua carreira, em bases sólidas e com decisões precisas, as quais se refletirão no seu futuro mais distante.

O recém-formado

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Residência Médica no exterior

Existe a possibilidade de o recém-formado realizar a sua Residência Médica fora do Brasil, mas esse é um processo bastante complexo e varia de país para país. Aqui abordaremos o tema apenas de maneira geral. Como exemplo, expli-caremos os passos gerais para o ingresso nos Estados Unidos.O fato de haver uma avaliação e de ser um processo extenuante não é regra só para aqueles que partem do Brasil. Se um profissional de outro local de-seja ingressar na carreira médica em terras brasileiras, deve se submeter a uma validação de seu diploma, processo sabidamente muito complicado. Para se ter uma ideia, o Revalida, que revalida os diplomas de médicos for-mados fora do país, já teve 1.184 candidatos, com apenas 67 aprovados (cerca de 5%).O consenso para atuar em outros locais são as avaliações de conhecimento bá-sico, clínico e prático, bem como o conhecimento aprofundado do idioma local. Além disso, existem as peculiaridades da Medicina em cada região, nas condu-tas propriamente ditas ou nos aspectos legais e culturais.

Nos Estados UnidosO médico formado fora dos Estados Unidos e interessado em fazer Resi-dência nesse país deve submeter-se a alguns exames a fim de se qualificar. Eles constam de um conjunto de provas concentradas nas áreas de Ciências Médicas e Ciências Clínicas (o chamado United States Medical Licensing Ex­amination – USMLE). As avaliações são dividas em etapas, os chamados steps, e funcionam da seguinte forma: - Step 1: é a 1ª etapa do processo e tem como objetivo avaliar se o candi-dato tem a capacidade de compreender e aplicar conceitos importantes das ciências básicas para a prática médica. De maneira geral, abrange os seguintes temas: Anatomia Humana, Fisiologia, Bioquímica, Farmacologia, Patologia, Microbiologia, Epidemiologia e Tópicos Interdisciplinares, como Nutrição, Genética e Envelhecimento. Os resultados, então, são relatados com uma pontuação de 3 e outra de 2 algarismos. A pontuação mínima para ser aprovado é de 189, no escore de 3 algarismos. Teoricamente, a pontuação máxima é de 300; - Step 2: essa é a 2ª etapa do processo. Visa avaliar se o candidato pos-sui conhecimentos, habilidades e compreensão da ciência clínica essencial para a prestação de assistência ao paciente, sob supervisão. O Step 2 é subdividido em 2 exames:•Step 2 CK (do inglês, Clinical Knowledge) é um exame de múltipla escolha

com o intuito de avaliar a clínica por meio de um conhecimento tradicio-nal. O exame dura 9 horas e é constituído de 8 blocos de 46 perguntas cada. Uma hora é destinada a cada bloco de perguntas. Os temas inclu-sos nesse exame são as Ciências Médicas, como Clínica Médica, Cirurgia, Pediatria, Psiquiatria, Ginecologia e Obstetrícia;•Step 2 CS (do inglês, Clinical Skill) é um exame prático que pretende ava-

liar habilidades clínicas simuladas com pacientes por meio de interações, em que o examinando interage com doentes padronizados retratados por atores. Cada examinando enfrenta 12 casos clínicos e tem 15 minutos para concluir a anamnese e o exame clínico de cada paciente, além de 10 minutos para escrever uma nota descrevendo os resultados, o diagnós-

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tico diferencial e a solicitação de exames complementares. O Step 2 CS é aplicado desde 2004 e, ao contrário do Step 1 e do Step 2 CK, deve ser feito obrigatoriamente nos Estados Unidos. O exame é oferecido em 5 ci-dades americanas: Filadélfia (PA), Chicago (IL), Atlanta (GA), Houston (TX) e Los Angeles (CA);

- O Step 3 é a última etapa do processo e se destina a avaliar se o candi-dato é capaz de aplicar desacompanhado o conhecimento e a compreen-são da Ciência Biomédica e clínica essencial para a prática da Medicina. Os diplomados em escolas médicas americanas normalmente realizam esse exame no final do 1º ano de Residência. Médicos estrangeiros recém-licen-ciados poderão fazê-lo antes de começarem a Residência, em cerca de 10 estados americanos.O Step 3 ocorre em 2 dias de exame. Cada dia deve ser concluído dentro de 8 horas. O 1º dia de testes de múltipla escolha inclui 336 itens divididos em blocos, cada qual constituído de 48 itens. Examinandos devem preencher cada bloco dentro de 60 minutos. O 2º dia de testes de múltipla escolha inclui 144 itens, divididos em blocos de 36 itens. E os examinandos devem completar cada bloco dentro de 45 minutos.

Por fim, é fundamental ter cartas de recomendação de professores de uma universidade americana, inclusive específica da área em que está pres-tando. Isso é importante para o momento “colocação” (placement), em que o candidato finalmente irá tentar ingressar nas universidades escolhidas, o que é possível por contato direto do médico com os hospitais. Para sa-ber dos hospitais em determinada área de especialização, o médico deve consultar o The Directory of Residency Training Programs. Além de contato direto, uma maneira de pleitear uma Residência é o serviço nacional com-putadorizado de colocação em Residências, o National Resident Matching Program (NRMP).Após esses procedimentos, o candidato aplica-se para algumas universida-des e aguarda ser chamado para entrevistas. Ele, então, deve ranquear as universidades, as quais fazem o mesmo. Os dados são, dessa forma, cruza-dos, obtendo-se o resultado final.

Fellowship Fellowship é uma especialização realizada após a Residência Médica, que tem por objetivos a atuação clínica e/ou a pesquisa. O fellowship clínico (clin­ical fellowship) de modo geral pressupõe uma Residência Médica feita nos Estados Unidos. Esse tipo de fellowship, por envolver contato clínico com o paciente, requer que o candidato siga as mesmas normas estabelecidas para uma Residência, submetendo-se, inclusive, às provas.

Observação e pesquisa Médicos com Residências completas podem passar uma temporada de obser-vação e/ou pesquisa em hospitais ou clínicas, em programas menos formais do que o fellowship, sem contato clínico com pacientes. A possibilidade disso, no entanto, depende de vários fatores: primeiro, a entidade precisa dispor de tempo e pessoal para acomodar o observador e/ou pesquisador. Segundo, é necessário saber onde existe a possibilidade de fazer um desses programas. Geralmente, é preciso conhecimento pessoal com um profissional envolvido nos projetos. Sempre que o médico estrangeiro pede permissão para se in-cluir nesses projetos, ele deve esclarecer muito especificamente suas qualifi-cações e objetivos profissionais. Para o médico que não tenha conhecimentos pessoais com profissionais de destaque, pedidos de orientação podem ser feitos diretamente para as faculdades de Medicina.Esse foi o exemplo de Residência Médica nos Estados Unidos. Para maiores detalhes sobre outros lugares do mundo, devem-se procurar informações nos programas de Residência Médica do país em questão. Diversas organi-zações trabalham apenas com programas de intercâmbio e podem auxiliar os candidatos nos diversos trâmites do processo.

1 Alergia e Imunologia

1. IntroduçãoA Sociedade Brasileira de Alergia foi criada em 1946 no Rio de Janeiro. Já em São Paulo, 25 anos de-pois, foi criada a Sociedade de Investigação em Alergia e Imunopatologia. Finalmente, em 1972, essas 2 sociedades uniram forças e formaram a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Os pila-res dessa especialidade estão sobre a ciência básica e a Epidemiologia. O médico alergista tem como objetivos o diagnóstico e o tratamento de doenças alérgicas.

Para ser um especialista, depois de terminar o curso de medicina, é necessário cursar 2 anos de Clínica Médica e, em seguida, fazer mais 2 anos de Residência em Alergia e Imunologia. O alergista-imuno-logista é capacitado, sobretudo, para realizar e interpretar procedimentos e testes que vão auxiliar o diagnóstico e o tratamento dos doentes.

Residência Médica

Entrada Pré-requisito: Clínica Médica

Duração 2 anos

Rodízio nas áreas

- Treinamento básico: asma, rinite, alergia cutânea, reações adversas a drogas, reações a venenos de insetos, imunodefi ciências primárias e secundárias (AIDS e desnutrição), autoimunidade, incluindo imu-nogenética, imunoterapia e vacinas;

- Laboratório abrangendo imunologia, citologia nasal, realiza-ção e interpretação de testes imediatos e tardios, preparo de extratos alergênicos, realização e interpretação de provas de função pulmonar, identificação e contagem de alérgenos, testes de provocação com drogas e alimentos, provas de provocação brônquica e nasal, indicação e avaliação de imunoterapia, des-sensibilização por drogas, noções fisioterápicas e de reabilitação do asmático;

- Unidade de treinamento: ambulatório, enfermaria e laboratório de provas especiais (provas “ in vivo”).

Média de vagas no país

12:- Nordeste: 2;- Sul: 1;- Sudeste: 9.

GUIA DE 10 ESPECIALIDADES

3. Vantagens e difi culdadesA vantagem dessa carreira é poder agradar tanto quem admira a Clínica Médica, o contato com o paciente, quanto quem prefere desenvolver pesquisas para a busca de novas fontes de diagnósti-cos precoces e tratamentos. Desse modo, o profi ssional tem um amplo campo de trabalho em que pode desenvolver a sua carreira. Outro ponto gratifi cante é saber que pode melhorar a vida de, por exemplo, um paciente asmático, que, se não tratado, pode vir a falecer devido à doença.

Como em toda carreira, as difi culdades estão no começo da profi ssão. É difícil estabilizar-se em um emprego, principalmente em se tratando de consultório próprio, pois muitas vezes há demora em conseguir um número de pacientes que possam sustentá-lo fi nanceiramente.

O que o tornará um bom alergista e imunologista?- Ter bom raciocínio clínico;

- Ter bons conhecimentos gerais de Medicina Interna e Pediatria;

- Promover a integração do médico em equipes multiprofi ssionais de saúde;

- Interessar-se por pesquisas científi cas;

- Saber lidar com pacientes crônicos;

- Saber trabalhar com ações de saúde de caráter preventivo.

4. Situação atual e perspectivasAs doenças alérgicas são normalmente doenças crônicas, capazes de interferir na qualidade de vida da população acometida. Nesse sentido, as pesquisas em Alergia e Imunologia têm se desen-volvido notavelmente, com o intuito de buscar tratamento que reduza a morbimortalidade que podem causar. Porém, a busca pela especialização em Alergia e Imunologia Clínica por médicos recém-formados tem se mantido estável, embora em alguns locais do país haja uma demanda reprimida.

Alergistas e imunologistas em atividade (dados em 2014)Cerca de 1.465

2. Áreas de atuaçãoO campo de atuação é bastante amplo, podendo-se trabalhar em consultórios, clínicas, hospi-tais, como docente e pesquisador. Está diretamente envolvido com a prática clínica, por isso precisa aliar-se às 2 maiores fontes de informação: a experiência obtida no dia a dia do trabalho com pacientes únicos; e a reflexão sobre essa experiência e as informações vindas da pesquisa clínico-epidemiológica de qualidade sobre domínios básicos da atividade clínica: diagnóstico, tratamento, prognóstico e etiologia.

Remuneração (média)De R$6.500,00 a R$12.500,00

11ALERGIA E IMUNOLOGIA

5. Estilo de vida O estilo de vida que esse profissional terá ele mesmo decidirá, pois, com um campo de atuação tão amplo e a falta de profissionais em algumas regiões do Brasil, ele poderá definir o que realmente quer para a sua vida futura. Existem aqueles que irão dedicar-se quase integralmente à carreira, trabalhando em mais de 2 empregos, envolvidos na área acadêmica e na pesquisa, e existem ou-tros que irão optar por uma carreira menos atarefada, tendo, com isso, tempo livre para ficar com a família, fazer atividades físicas e tirar férias.

2Cardiologia

1. IntroduçãoA história da Cardiologia tem início com o interesse em aprofundar os conhecimentos sobre a cir-culação, e isso ocorreu em aproximadamente 3.000 a.C. Na década de 1920, em decorrência do seu desenvolvimento e complexidade crescentes, a área desligou-se defi nitivamente da Clínica Médica, tornando-se uma especialidade autônoma e bem defi nida. Assim, o médico clínico geral se torna ape-nas o detector de possíveis problemas cardíacos, e a partir desse momento o paciente deve ser enca-minhado para o cardiologista.

No Brasil, a especialidade só foi instituída em 1941, com o Dr. Dante Pazzanese, que lançou o 1º serviço especifi camente designado para o diagnóstico e o tratamento das enfermidades cardíacas, além de cursos para a formação de profi ssionais, que existem até hoje. Essa especialidade se responsabiliza pelo diagnóstico e tratamento de enfermidades e alterações ligadas ao sistema cardiovascular.

Residência MédicaEntrada Pré-requisito: Clínica Médica

Duração 2 anos

Rodízio nas áreas

- Ambulatório;- Urgência e Emergência;- Métodos Diagnósticos não Invasivos e Hemodinâmica;- Unidade de Terapia Intensiva (incluindo Unidade Coronariana);- Estágios obrigatórios: Pós-Operatório de Cirurgia Cardiovascular e

Cardiologia Pediátrica.

Média de vagas no país

661:- Norte: 10;- Nordeste: 116;- Centro-Oeste: 42;- Sul: 120;- Sudeste: 373.

2. Áreas de atuaçãoO especialista pode atuar em Clínica Médica e na realização de exames, em clínicas e consultórios tanto públicos quanto particulares, em hospitais, em centros de saúde gerais e em clínicas especializadas, na área de pesquisas, e também em universidades, atuando como docente. Nesses locais, ele pode

13CARDIOLOGIA

3. Vantagens e difi culdadesUma das vantagens é que o cardiologista conta com excelentes oportunidades, tanto em hospitais quanto em clínicas. O mercado é bastante promissor no Brasil, pois continuam faltando profi ssio-nais qualifi cados na área. Como difi culdade, há a complexidade da especialização, pois a exigência é rígida por essa área lidar com enormes responsabilidades.

O que o tornará um bom cardiologista?- Ter um raciocínio rápido;

- Ser um líder;

- Inspirar confi ança ao paciente;

- Ser capaz de convencê-lo a seguir o tratamento e a mudar os hábitos.

4. Situação atual e perspectivasA Cardiologia é uma das áreas da Medicina mais conhecidas e conquista cada vez mais pacientes de todas as idades. O avanço do conhecimento e das tecnologias permite ao cardiologista usufruir de sofi sticadas técnicas diagnósticas que mostram o coração de modos jamais imaginados. Esses exames, conciliados com o conhecimento clínico, epidemiológico e farmacológico, conseguem ofe-recer a opção de escolha do melhor procedimento terapêutico para cada paciente. A perspectiva na área é crescente, principalmente pela falta de profi ssionais.

Cardiologistas em atividade (dados em 2014)Cerca de 13.420

5. Estilo de vida Devido à larga disponibilidade de empregos na área, o profi ssional pode optar por se realizar pro-fi ssionalmente e defi nir a sua vida pessoal. Se o cardiologista deseja se dedicar somente à carreira, pode trabalhar em mais de 2 empregos, trabalhar na área acadêmica e desenvolver pesquisas, so-brando pouco tempo para a vida social. Porém, se pretende ter um tempo para família, tirar férias, entre outras atividades pessoais, esse profi ssional também consegue desenvolver a sua carreira, fazendo o que gosta e tendo um bom salário.

trabalhar com um público de qualquer faixa etária, fazendo diagnósticos, tratamentos, exames fí-sicos e clínicos, interpretando o resultado de exames laboratoriais cardíacos e orientando hábitos de vida mais saudáveis.

Remuneração (média)De R$6.500,00 a R$12.500,00

3 Endocrinologia

1. IntroduçãoNo Brasil, a Endocrinologia teve início na década de 1950, quando foi criada a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), e estuda as disfunções do sistema endócrino, com enfermida-des hormonais e metabólicas. O nome tem origem grega: “endo” signifi ca interno e “krino”, separar, secretar. Assim, endocrinologia quer dizer “secreção interna”, uma forma de mencionar os hormônios.

Diferentemente do que muitos pensam, o endocrinologista não trata somente de diabetes e obesi-dade, tendo as diversas glândulas do corpo, hipófi se, pâncreas (endócrino), suprarrenais, pineal, ti-reoide, paratireoide e gônadas, como objeto de estudo. Quando essas glândulas apresentam alguma alteração, quem diagnostica e trata é o endocrinologista. Para tornar-se um, é necessário fazer 2 anos de Residência em Clínica Médica e 2 anos de Residência em Endocrinologia. Esse profi ssional deve ter bom raciocínio clínico para fornecer os diagnósticos, embora algumas vezes precise utilizar exames dinâmicos para avaliar o funcionamento de uma glândula ou um órgão.

Residência Médica

Entrada Pré-requisito: Clínica Médica

Duração 2 anos

Rodízio nas áreas

- Unidade de internação;- Ambulatório;- Urgência e Emergência;- Laboratórios de Hormônios, Radioimunoensaio e Patologia.

Média de vagas no país

117:- Norte: 5;- Nordeste: 35;- Centro-Oeste: 12;- Sul: 2;- Sudeste: 63.

2. Áreas de atuaçãoA área de atuação dessa especialidade é essencialmente ambulatorial, na qual o especialista depara com pacientes com obesidade, diabetes mellitus, doença da tireoide, distúrbios do desenvolvimento gonadal e tumores benignos e malignos das diferentes glândulas. A Endocrinologia está centrada no

15ENDOCRINOLOGIA

3. Vantagens e difi culdadesAs vantagens de seguir essa especialidade, além de ser um mercado promissor, é poder trabalhar com todas as faixas etárias, utilizar-se de todo o raciocínio fi siopatológico e de todo o mecanismo complexo e maravilhoso que é o circuito hormonal do nosso organismo. É gratifi cante saber que, conhecendo todo esse mecanismo e ajustando algumas doses hormonais, é possível tornar a vida do paciente muito melhor e ativa. As difi culdades, sem dúvida, começam no início da carreira, pois, ao terminar a Residência, surgem a incerteza e a inconstância do atendimento ambulatorial, a difi -culdade em decidir como prestará o seu serviço, escolhendo entre somente atendimento particu-lar – demora um pouco para conseguir uma boa clientela, mas a remuneração pode ser satisfatória – e o atendimento de convênio, que gera um grande fl uxo de pacientes, porém com remuneração baixa.

O que o tornará um bom endocrinologista?- Ter bom raciocínio fi siopatológico;

- Apreciar tratar pacientes crônicos;

- Saber lidar com todas as faixas etárias;

- Ser bom observador;

- Ter visão diagnóstica.

4. Situação atual e perspectivasA especialidade vem obtendo projeções com o passar dos anos, pois as enfermidades endócrinas têm aumentado na população brasileira e no mundo. Além das doenças mais comuns, a especiali-dade é procurada por pacientes com tireoidopatias, osteoporose e outras disfunções hormonais, o que aumenta o prestígio, pois grande parte da população já apresentou, apresenta ou vai apresen-tar um desses sintomas, principalmente pelo envelhecimento em geral.

Endocrinologistas em atividade (dados em 2014)Cerca de 4.396

raciocínio sobre os diferentes eixos hormonais e os mecanismos envolvidos em cada patologia. Ou-tra área de atuação, além do atendimento ambulatorial, pode ser oferecer suporte a internados de outras especialidades que possam vir a ter alguma desregularização endócrina. Essa área permite ao profi ssional trabalhar com pacientes desde a mais tenra idade até as mais avançadas, e alguns também podem seguir a carreira de pesquisa básica e translacional, trabalhando em laboratórios de investigação médica com o suporte da própria instituição em que fazem a Residência ou com suporte do governo estadual (FAPESP) ou federal (CNPq e CAPES), os quais fornecem ajuda fi nan-ceira para pesquisa.

Remuneração (média)De R$8.500,00 a R$17.000,00

guia de 16 ESPECIALIDADES

5. Estilo de vida O estilo de vida dependerá do que esse profissional espera para o futuro, pois pode querer se en-tregar totalmente à profissão, trabalhando em diversos lugares e não desfrutando de muito tempo livre. Ou pode optar por mais tempo livre para ter vida social, estar presente com a família, praticar algum esporte e viajar, devendo escolher trabalhar em menos locais ou ter apenas o próprio con-sultório, além da possibilidade da carreira acadêmica.

4 Gastroenterologia

1. IntroduçãoA Gastroenterologia é a especialidade médica responsável por estudar, diagnosticar e tratar molés-tias que acometem o trato gastrointestinal.

A especialidade surgiu no Brasil em meados da década de 1940. Para ser um gastroenterologista, é necessário fazer primeiramente 2 anos de Residência em Clínica Médica e 2 anos dentro da própria especialidade. O profi ssional, quando termina a Residência, é capaz de lidar com as doenças do sis-tema gastrintestinal, podendo fazer a prevenção, o diagnóstico e o tratamento clínico das diversas enfermidades que acometem o sistema. O profi ssional também faz a leitura de exames e pode reali-zar a endoscopia.

Residência MédicaEntrada Pré-requisito: Clínica Médica

Duração 2 anos

Rodízio nas áreas

- Unidade de Internação;- Ambulatório;- Urgência e Emergência; - Serviço de Endoscopia Digestiva.

Média de vagas no país

158:- Nordeste: 30;- Centro-Oeste: 10;- Sul: 30;- Sudeste: 88.

2. Áreas de atuaçãoO gastroenterologista pode atuar tanto na clínica quanto na realização de exames como hepatologia, endoscopia digestiva e nutrições enteral e parenteral. Os locais de serviço podem ser consultórios, clínicas, hospitais, centros de atendimentos gerais e especializados, tanto públicos quanto particula-res. Não há um público-alvo específi co, atendendo desde as menores idades até idosos, apesar de a subespecialidade de Gastroenterologista Pediátrica necessitar, como pré-requisito, da Residência em Pediatria.

GUIA DE 18 ESPECIALIDADES

3. Vantagens e difi culdadesA vantagem é a considerável disponibilidade de áreas de atuação, podendo-se trabalhar em di-versos locais e com variedade dentro do próprio sistema, já que é responsável pelo diagnóstico, tratamento e disfunções do sistema digestório por completo (boca, faringe, esôfago, estômago, intestino, ânus e órgãos anexos como fígado e pâncreas). A difi culdade da especialização está re-lacionada à sua complexidade e aos obstáculos que os profi ssionais da área atravessam para se fi rmarem.

O que o tornará um bom gastroenterologista?- Ter facilidade de lidar com pessoas;

- Ter bom raciocínio lógico;

- Ter capacidade de diagnóstico.

4. Situação atual e perspectivasO mercado de trabalho é amplo e com grandes perspectivas de crescimento. O especialista encon-tra amplo campo de atuação na área clínica, diagnosticando, tratando e fazendo a prevenção das enfermidades, sugerindo a mudança de hábitos alimentares e realizando exames.

Gastroenterologistas em atividade (dados em 2014)Cerca de 4.375

5. Estilo de vida O gastroenterologista pode decidir como deseja seguir a carreira. A variedade de locais de tra-balho e a complexidade do sistema permitem-no escolher onde vai trabalhar e como fará a sua jornada de trabalho. Além disso, pode escolher se quer desenvolver somente a carreira ou se pre-tende ter uma vida um pouco menos atarefada, conseguindo ter tempo para outras atividades diárias, para a família e o lazer e as férias.

6. SubespecialidadeNo Brasil, a Hepatologia não é considerada uma especialidade médica, mas uma área de atuação da Gastroenterologia. Dessa forma, para seguir carreira, é necessário fazer 2 anos de Clínica Mé-dica, 2 anos de Gastroenterologia e 2 anos de treinamento focado na fi siologia e nas fi siopatologias do fígado. Depois disso, esse será o profi ssional capacitado e qualifi cado para tratar pessoas com doenças hepáticas.

Remuneração (média)De R$7.500,00 a R$15.000,00

5 Geriatria

1. IntroduçãoA Residência em Geriatria teve início na década de 1980 no Brasil. Para se especializar o médico pre-cisa, primeiramente, fazer 2 anos de Residência em Clínica Médica e, em seguida, 2 anos de Geriatria. Depois de formado, será responsável pelas características clínicas do envelhecimento e pelos varia-dos cuidados de que o idoso necessita. Trabalha com aspectos mentais, sociais, físicos, funcionais e nos tratamentos crônicos, agudos, preventivos, de reabilitação e paliativos dos idosos. Oferece um tratamento complexo, muito além da Medicina focada em órgãos e sistemas, com envolvimento in-terdisciplinar promovendo a capacidade funcional e aperfeiçoando a qualidade de vida e a autonomia dos idosos.

É imprescindível relembrar que a Geriatria não é a Clínica Geral dos idosos; há variadas diferenças entre os jovens adultos e os idosos, desde o que é senilidade (desenvolvimento patológico do enve-lhecimento), senescência (desenvolvimento natural do envelhecimento), até a clínica das doenças e as particularidades dos tratamentos farmacológicos. O geriatra cuida do idoso e não somente de suas enfermidades.

Residência MédicaEntrada Pré-requisito: Clínica Médica

Duração 2 anos

Rodízio nas áreas- Unidade de Internação, Ambulatório e Assistência Domiciliar, Ambulatório e

Assistência Domiciliar, Urgência e Emergência;- Estágios obrigatórios: Medicina Física e Reabilitação, Psiquiatria e Neurologia.

Média de vagas no país

119:- Norte: 2;- Nordeste: 17;- Centro-Oeste: 8;- Sul: 15;- Sudeste: 77.

2. Áreas de atuaçãoPode atender em diversas áreas, como consultórios ou ambulatórios, hospitais (acompanhando os seus próprios pacientes ou em interconsultas para outras especialidades), atendimento domiciliar,

GUIA DE 20 ESPECIALIDADES

3. Vantagens e difi culdadesA gratifi cação com a especialidade é imensa, fundamentalmente quando se trata da otimização que pode ser oferecida em relação à qualidade de vida dos pacientes e familiares. Esse acompa-nhamento e cuidado prestados levam a profunda satisfação, bilateral, já que grande parte das enfermidades é crônica ou incurável mas é controlada. As difi culdades estão relacionadas ao pre-conceito com a especialidade (pois muitos ainda não entendem a função efetiva do geriatra), tempo da consulta mais demorado, necessidade de equipe multidisciplinar para aperfeiçoar o diagnóstico e tratamento e preocupação em enfrentar confl itos familiares, falta de suporte social e doenças avançadas.

O que o tornará um bom geriatra?- Apreciar o cuidado com os idosos;

- Ser paciente;

- Gostar de tratar pacientes crônicos;

- Estar acostumado com longos tratamentos;

- Ser um bom observador;

- Conseguir trabalhar com equipe multidisciplinar;

- Ter o conhecimento sobre múltiplos tratamentos e suas interações;

- Saber lidar com doenças avançadas.

4. Situação atual e perspectivasEssa área apresenta um grande potencial de crescimento, visto que, com o passar dos anos, a ex-pectativa de vida está cada vez maior. Por isso, com mais idosos no país, o papel do geriatra se for-talece e se destaca entre as especialidades médicas. O campo de trabalho é bem variado dentro do setor público e está crescendo no setor privado. Apesar de ainda existirem mitos em torno dessa especialidade, aos poucos ela vem demonstrando o que é ser verdadeiramente um geriatra e como é importante para a promoção, a prevenção e a reabilitação do idoso.

Geriatras em atividade (dados em 2014)Cerca de 1.405

instituição de longa permanência para idosos, programas de promoção em saúde, avaliação clí-nica, solicitação de exames, saúde pública (em atenção secundária ou terciária), hospital-dia ge-riátrico, gerenciamento de pacientes crônicos, cuidados paliativos e, por fi m, a carreira acadêmica como professor universitário. O salário é variável, dependendo do local de atuação do profi ssional. O geriatra atua com uma visão total no idoso e tem a capacidade de priorizar o que é mais urgente naquele momento.

Remuneração (média)De R$9.000,00 a R$17.500,00

21GERIATRIA

5. Estilo de vida Essa é uma das especialidades que dependem de como o profissional deseja viver, ou seja, diante de tantas opções de emprego e da pequena quantidade de profissionais na área, além de poder escolher um local de trabalho e programar em quantos lugares quer trabalhar. Para o médico que pretende se dedicar inteiramente à carreira, é possível ter ocupação para todos os dias e horários. Já o profissional que pretende uma vida um pouco mais tranquila consegue um tempo de des-canso, ficar com a família, tirar férias e viajar, além de poder se encaixar em um só ou até 2 serviços e ter uma vida menos atarefada.

6Hematologia e Hemoterapia

1. IntroduçãoEssa especialidade estuda, sob todos aspectos, o sangue e os órgãos hematopoéticos, como os distúr-bios e as doenças que os comprometem.

A Hematologia é uma especialidade médica, clínica, que trata doenças como anemias congênitas e adquiridas, leucopenias, hemofi lia e outros distúrbios da coagulação, hemoglobinopatias (doença fal-ciforme, por exemplo), leucemias agudas e crônicas, mieloma múltiplo, púrpuras, doença de Von Wil-lebrand, entre outras.

Hemoterapia é a especialidade médica que se utiliza do sangue e de seus componentes (hemocompo-nentes) e derivados (hemoderivados) para auxiliar na terapêutica de doenças hematológicas ou não, assim como no manejo de pacientes traumatizados, grandes queimados, e no preparo cirúrgico.

Residência MédicaEntrada Pré-requisito: Clínica Médica

Duração 2 anos

Rodízio nas áreas

- Unidade de Internação, Ambulatório, Urgência e Emergência e Unidade de Terapia Intensiva, Serviço de Hemoterapia;

- Laboratório geral e especializado de citologia/citoquímica, hemostasia, sangue periférico e medula óssea.

Média de vagas no país

135:- Nordeste: 15;- Centro-Oeste: 6;- Sul: 19;- Sudeste: 95.

2. Áreas de atuaçãoO hematologista/hemoterapeuta é um médico que pode atuar na Área Clínica, na assistência direta ao paciente, assim como na área da Hemoterapia e laboratório. É ele quem realiza as punções de mie-lograma e medula óssea, fazendo a análise citológica dessas amostras, e quem gerencia as unidades hemoterápicas (bancos de sangue e hemocentros), podendo também ser responsável por laborató-rios de análises clínicas, além de atuar em parceria com os oncologistas, no tratamento das doenças

23HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA

3. Vantagens e difi culdadesAtualizações periódicas e cursos de educação continuada e pós-graduação são fundamentais. Com os avanços da biologia molecular, todos os dias mudam os protocolos para tratamento das princi-pais afecções hematológicas.

Cabe ao hematologista lidar com o paciente e a família de doentes graves.

O que o tornará um bom hematologista e hemoterapeuta?- Atualizar-se (pois são muitos os avanços na área);

- Ter raciocínio clínico perspicaz;

- Ser capaz de lidar com pacientes oncológicos graves.

4. Situação atual e perspectivasAtualmente, no Brasil, o mercado para hematologistas não está saturado; vagas não faltam. O es-pecialista tem a oportunidade de trabalhar em hospitais públicos e privados, além de ambulatórios de referência. Há, ainda, a possibilidade de trabalhar no próprio consultório.

Hematologistas e hemoterapeutas em atividade (dados em 2014)Cerca de 2.348

neoplásicas (câncer). Do ponto de vista da legislação vigente (RDC MS 153), cabe ao hematologista a responsabilidade pela atividade hemoterápica. Veja o que diz a Portaria:

- Princípios gerais:

Artigo 3: a responsabilidade técnica e administrativa pelos serviços de Hemoterapia deve fi car a cargo de um médico especialista em Hemoterapia e/ou Hematologia, ou ser qualifi cado por órgão competente devidamente reconhecido para esse fi m pelo Sistema Estadual de Sangue. A esse mé-dico, o responsável técnico, cabe a responsabilidade fi nal por todas as atividades médicas, técnicas e administrativas. Essas responsabilidades incluem o cumprimento das normas técnicas e a deter-minação da adequação das indicações da transfusão de sangue e de componentes.

Em alguns centros, os hemoterapeutas também são responsáveis pelas transfusões de substituição (exsanguineotransfusão), pela transfusão intrauterina e recuperação de sangue intraoperatório.

Ainda sob a responsabilidade do hematologista, encontra-se o setor de Hemaférese, terapêutica que utiliza a troca e a substituição plasmática, por meio de equipamentos especiais, por solu-ções coloides ou plasma humano, como forma de retirar do sangue substâncias indesejáveis, assim como a coleta de células-tronco para o transplante de medula óssea.

Remuneração (média)De R$8.000,00 a R$15.500,00

guia de 24 ESPECIALIDADES

5. Estilo de vida A vida é semelhante à das demais especialidades clínicas. Quando vinculado aos serviços, deve-se cumprir horário como qualquer outro profissional celetista. No entanto, caso tenha consultório próprio, há maior flexibilidade de horários. Um bom hematologista/hemoterapeuta deve estar sempre atualizado e, para tanto, deve estar vinculado a alguma instituição de pesquisa/ensino.

6. Subespecialidades - Anemias Carenciais; - Anemias Hereditárias; - Avanços no Diagnóstico das Leucemias Agudas e Síndromes Mielodisplásicas; - Citogenética Hematológica: Clássica e Molecular; - Doenças Linfoproliferativas Crônicas (Linfoma não Hodgkin e Mieloma Múltiplo); - Doenças Linfoproliferativas Crônicas (Linfoma de Hodgkin); - Doenças Linfoproliferativas Crônicas (Leucemia Linfocítica Crônica); - Hemostasia e Trombose; - Hemoterapia; - Imuno-Hematologia; - Insuficiência Medular; - Transplante de Medula Óssea.

7 Medicina Intensiva

1. IntroduçãoA Medicina Intensiva é a especialidade médica que presta suporte avançado de vida a pacientes com desarranjo agudo de alguma função vital, que em geral necessitam de um acompanhamento intensivo e monitorizado.

Peter Safar, o 1º médico intensivista nos Estados Unidos, nasceu na Áustria. Filho de 2 médicos, tem certifi cação anestesista e, na década de 1950, começou a desenvolver a disciplina de Urgência e Emergência. Foi nesse momento que surgiu o “ABC” (via aérea, respiração e circulação), que protocolos foram formados e que foi instituída a ventilação artifi cial, bem como a ressuscitação cardiopulmonar. A 1ª UTI cirúrgica foi criada em Baltimore, em 1962, na Universidade de Pittsburgh, onde foi criada a Residência de Medicina Intensiva, com sede nos Estados Unidos. Em 1970, foi formada a Society of Critical Care Medicine, a primeira no mundo.

Residência MédicaEntrada Pré-Requisitos: Clínica Médica, Cirurgia ou Anestesiologia

Duração 2 anos

Rodízio nas áreas Unidades de Terapia Intensiva em: Pediatria, Clínica Médica, Pneumologia, Car-diologia, Neurologia/Neurocirurgia, Nefrologia, Cirurgia Geral, Semi-Intensiva

Média de vagas no país

378:- Norte: 16;- Nordeste: 83;- Centro-Oeste: 30;- Sul: 80;- Sudeste: 169.

2. Áreas de atuaçãoO médico intensivista atua basicamente onde há monitorização de pacientes graves ou potencial-mente graves, ou unidades intensivas/semi-intensivas, clínicas e cirúrgicas.

Remuneração (média)De R$9.000,00 a R$17.500,00

GUIA DE 26 ESPECIALIDADES

3. Vantagens e difi culdadesCom ótima remuneração e fl exibilidade na agenda, a especialidade do intensivista vem sendo fun-damentada no Brasil há pouco tempo. Quem trabalhava nas UTIs, até pouco tempo, eram os pró-prios clínicos (clínicos gerais, cardiologistas, nefrologistas), cirurgiões e anestesistas. Se, por um lado, o intensivista graduado como tal tem vantagem na formação, por outro compete com médi-cos de outras especialidades.

O que o tornará um bom intensivista?- Ter conhecimento simultâneo das diversas áreas: Neurologia, Nefrologia, Cardiologia, Pneumologia e

Anestesiologia;

- Permanecer relaxado e confi ante mesmo sob extrema pressão;

- Realizar procedimentos com destreza em pacientes graves.

4. Situação atual e perspectivasOs hospitais estão sempre aumentando as vagas de UTI, o que, com a evolução da Medicina, tem se tornado cada vez mais necessário. Sendo uma especialização recente, que vem se fundamentando no Brasil, há poucos profi ssionais especialistas na área.

Intensivistas em atividade (dados em 2014)Cerca de 5.112

5. Estilo de vida do profi ssionalO profi ssional é geralmente contratado nos serviços e trabalha em esquema de plantão. Dessa forma o médico tem muita disponibilidade para organizar a própria agenda.

Há médicos intensivistas, no entanto, que fazem o seguimento horizontal das UTIs. São contrata-dos e estão encarregados de administrar e tomar as condutas principais em cada unidade.

Uma difi culdade é a carga horária de trabalho do intensivista ao longo dos anos. Caso não faça se-guimento horizontal, ele continuará a trabalhar em esquemas de plantão, e sabe-se que a maioria dos médicos não deseja trabalhar nesse regime por toda a vida.

6. Subespecialidades - UTI em Pediatria; - UTI Cirúrgica; - UTI em Clínica Médica; - UTI em Neurologia.

8 Nefrologia

1. IntroduçãoA Nefrologia é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, principalmente as relacionadas ao rim. A maioria das doenças que o atingem não está limitada somente a esse órgão, sendo desordens sistêmicas. A Nefrologia refere-se ao diagnós-tico da doença renal e ao seu tratamento, à medicação e à diálise, e ao acompanhamento dos pacien-tes de transplante renal. Concomitantemente, a maioria dos nefrologistas é especialista nos cuidados das desordens dos eletrólitos e da hipertensão.

Dentre as diversas atividades dos nefrologistas, podemos destacar o diagnóstico e tratamento de insufi ciência renal aguda ou crônica, hematúria, proteinúria, cálculos renais, infecções crônicas do sis-tema urinário, transtorno hidroeletrolítico etc.

Residência Médica

Entrada Pré-requisito: Clínica Médica

Duração 2 anos

Rodízio nas áreas

- Serviç o de Diá lise;- Hemodiá lise;- Transplante Renal;- Serviç o de Nutriç ã o e Dieté tica;- Laborató rio Clí nico;- Patologia;- Medicina Nuclear;- Urologia.

Média de vagas no país

264:- Norte: 13;- Nordeste: 44;- Centro-Oeste: 19;- Sul: 45;- Sudeste: 143.

GUIA DE 28 ESPECIALIDADES

3. Vantagens e difi culdadesAs vantagens da Nefrologia concentram-se, por exemplo, na capacidade de manter os pacientes vivos, mesmo que sem função renal por muitos anos, obtendo uma enorme gratidão dos pacientes e familiares.

Persiste certa difi culdade da população em conhecer o papel do Nefrologista. Muitas vezes, quando há um problema relacionado aos rins, tende-se a procurar um urologista, daí a falta de conheci-mento como uma das difi culdades da área.

O que o tornará um bom nefrologista?- Gostar de Clínica Médica;

- Ser um bom conhecedor de fi siologia e das demais ciências básicas;

- Lidar bem com patologias que não são de resolução imediata;

- Saber conversar bem com os pacientes e lembrar que provavelmente será o médico de referência para muitos deles.

4. Situação atual e perspectivasA procura pela Nefrologia tem caído um pouco entre os recém-formados, o que pode decorrer de um desgaste da imagem da área, talvez por conta das famosas clínicas de diálise, hoje erronea-mente vistas como locais apenas para ganhar dinheiro, sem se importar com os pacientes, em que o maior número de pessoas em tratamento signifi ca apenas mais dinheiro.

Porém, não se devem esquecer a importância desse profi ssional, o tratamento importante destinado aos renais crônicos, o crescente número de transplantes renais, sendo o Brasil um dos líderes mundiais, tendo o nefrologista um papel fundamental no preparo do doador e do receptor, além do acompanha-mento contínuo pós-cirúrgico. Há também as técnicas que têm surgido, como a Nefrologia Intervencio-nista, que realiza pequenas tarefas invasivas, como a colocaç ã o de cateteres vasculares temporá rios e permanentes para hemodiá lise em pacientes com doenç a renal aguda ou crônica e a colocaç ã o de cateter intraperitoneal para diá lise peritoneal e bió psia renal guiada por ultrassonografi a.

Nefrologistas em atividade (dados em 2014)Cerca de 3.813

2. Áreas de atuaçãoO nefrologista tem diversas áreas de atuação, como em equipes de Nefrologia, acompanhando in-divíduos internados, clí nicas de diá lise, consultórios e transplantes. Os pacientes geralmente têm mú ltiplas comorbidades, logo sã o casos de alta complexidade e gravidade. Atualmente, existem cada vez mais casos de lesões renais, agudas ou crônicas, o que leva a uma atuação também cada vez maior em clínicas de diálise.

Vale lembrar que a atuação de nefrologistas em grandes hospitais é fundamental, do meio acadê-mico ou não.

Remuneração (média)De R$6.500,00 a R$12.500,00

29NEFROLOGIA

5. Estilo de vida Como em todas as carreiras médicas, o início da vida profissional é difícil. Durante os anos de Resi-dência, não haverá quase nada além da sua formação. Ao final, o profissional ainda terá dificulda-des, pois provavelmente não terá um consultório particular, trabalhando geralmente em hospitais, públicos ou privados.

Posteriormente, o profissional começa a reunir uma gama de pacientes e consegue montar seu consultório, organizando a vida da maneira que acha ideal ao seu perfil. Cada profissional acaba escolhendo como vai querer lidar com suas atividades, podendo aceitar uma carga horária que preencha todos os seus horários e os finais de semana ou atender em consultório e operar uma quantidade menor de pacientes.

6. Subespecialidades - Litíase e Infecção do Trato Urinário; - Nefrites; - Insuficiência Renal Crônica, Uremia e Diálise; - Hipertensão Arterial; - Nefrologia Pediátrica; - Transplante Renal.

9 Nutrologia

1. IntroduçãoA Nutrologia é a especialidade médica que estuda, pesquisa e avalia os benefícios e os malefícios causados pela ingestão dos nutrientes, aplicando esse conhecimento na avaliação de nossas necessi-dades orgânicas, visando à manutenção da saúde e à redução de risco de doenças, assim como o tra-tamento das manifestações de defi ciência ou de excesso.

O acompanhamento do estado nutricional do paciente e a compreensão da fi siopatologia das doenças diretamente relacionadas aos nutrientes permitem ao nutrólogo atuar no diagnóstico, na prevenção e no tratamento dessas condições, contribuindo para a promoção de uma longevidade saudável.

A Nutrologia foi reconhecida como especialidade médica em 1978. Antes disso, era conhecida como Nutrição Clínica, um ramo da Clínica Médica, termo ainda usado em outros países.

Residência Médica

Entrada Pré-Requisito: Clínica Médica ou Cirurgia Geral

Duração 2 anos

Rodízio nas áreas

- Geriatria;- Gastroenterologia;- Obesidade;- Oncologia;- Avaliaç ã o Nutricional;- Distú rbios de Conduta Alimentar;- Nutriç ã o Integral;- Nutriç ã o Parenteral;- Centro Cirú rgico;- Unidade de Preparo de Nutriç ã o Parenteral;- Unidade de Preparo de Nutriç ã o Enteral;- Laborató rio de Lipídios, Proteí nas e Vitaminas;- Laborató rio de Nutriç ã o;- Ambulató rio de Aminoacidopatias;- Ambulató rio de Enterectomizados.

Média de vagas no país4:- Sul: 1;- Sudeste: 3.

31NUTROLOGIA

3. Vantagens e difi culdadesTrata-se de uma área com poucos profi ssionais, o que leva a grandes oportunidades a quem esco-lhe segui-la. Porém, da mesma forma que proporciona oportunidades, a população em geral não tem muito conhecimento sobre ela, sempre procurando os nutricionistas para questões da área. Portanto, são necessárias campanhas para divulgação da especialidade.

O que o tornará um bom nutrólogo?- Ser profundo conhecedor de fi siologia digestória;

- Gostar de atendimento clínico;

- Gostar de trabalhar com uma equipe multidisciplinar.

4. Situação atual e perspectivasVivemos em uma sociedade marcada pela obesidade. Dessa forma, os profi ssionais que escolhem essa especialidade médica têm uma grande procura. O trabalho em equipe com outros profi ssio-nais, como endocrinologistas, médicos do esporte etc., pode ser uma grande promessa da área, com clínicas especializadas na reformulação da rotina alimentar e de atividade física do paciente. Outras oportunidades são as indústrias alimentícias, com a intenção de promover a inclusão cada vez maior de alimentos nutricionalmente mais adequados no mercado, além de possibilitar a forti-fi cação de alimentos com nutrientes de difícil reposição por meio da dieta e desenvolver produtos que possam ser usados tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças; e ainda, na indús-tria farmacêutica, a busca contínua de avanços terapêuticos, em benefício dos pacientes.

Nutrólogos em atividade (dados em 2014)Cerca de 1.536

2. Áreas de atuaçãoNutrólogos podem atuar principalmente em consultórios, podendo trabalhar, ainda, em hospitais e clínicas, com as unidades de nutrição parenteral e enteral.

Esses profi ssionais podem diagnosticar e tratar as doenças nutricionais (como a obesidade, a hiperten-são arterial e o diabetes mellitus), identifi car possíveis “erros” alimentares, propor mudanças de hábitos de vida, enfatizar a necessidade de acompanhamento sistemático do estado nutricional por meio de uma avaliação nutrológica periódica, bem como participar da composição da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional para atendimento aos que necessitam de Nutrição Enteral ou Parenteral.

Remuneração (média)De R$5.000,00 a R$9.500,00

guia de 32 ESPECIALIDADES

5. Estilo de vida A Nutrologia é uma área que permite excelente qualidade de vida ao profissional. A forma de tra-balho é primordialmente em consultórios, fazendo o médico escolher a melhor maneira de atuar, com horários de trabalho totalmente flexíveis. Obviamente não existem urgências, o que faz elevar ainda mais a qualidade de vida dos nutrólogos.

6. Subespecialidades - Nutrição Parenteral e Enteral; - Nutrição Parenteral e Enteral Pediátrica; - Nutrologia Pediátrica.

10Oncologia Clínica

1. IntroduçãoA Oncologia Clínica é uma subespecialidade da Clínica Médica voltada para a atenção de portadores de algum tipo de neoplasia. Visa realizar o acompanhamento desses pacientes a fi m de lhes proporcionar tratamento curativo ou paliativo, administrando quimioterápicos, imunomoduladores ou mesmo in-dicando a radioterapia. Esse profi ssional acompanha por mais tempo um paciente com tumor, tra-balhando em conjunto com o cirurgião oncológico a fi m de indicar ou não uma ressecção neoplásica, seguida ou não de quimioterapia neoadjuvante.

Trata-se de uma área que envolve muitas pesquisas clínicas para identifi car os genes envolvidos em um determinado câncer e, com a sua análise, escolher a melhor opção farmacológica que venha tra-zer benefícios e reduzidos efeitos colaterais. A ciência tem avançado largamente nessa área: foram desenvolvidos fármacos cada vez mais específi cos e que atuam de diversas maneiras no tumor, e as pesquisas têm descoberto inúmeros genes, proto-oncogenes e receptores envolvidos na patogênese tumoral. Muito se tem avançado nessa área, o que pode ser notado com a maior sobrevida e a me-lhora da qualidade de vida de quem antes não dispunha de tratamento e que apresentava prognóstico bem reservado.

O oncologista clínico é um profi ssional que visa trazer maior conforto aos pacientes com câncer e coordena todo o tratamento disponível e necessário a cada paciente, de acordo com o seu estado clí-nico. Ele faz o acompanhamento da evolução tumoral e coordena o atendimento multidisciplinar de que o paciente venha a necessitar, como fonoaudiólogos, nutricionistas, fi sioterapeutas, psicólogos e interconsultas com médicos de outras especialidades clínicas ou cirúrgicas.

Residência Médica

Entrada Pré-requisito: Clínica Médica

Duração 3 anos

Média de vagas no país

200:- Norte: 4;- Nordeste: 24;- Centro-Oeste: 6;- Sul: 41;- Sudeste: 125.

GUIA DE 34 ESPECIALIDADES

3. Vantagens e difi culdadesO especialista tem como vantagem permitir abordagem mais ampla e completa do paciente, pois está apto a atuar diante das alterações clínicas que decorrem do desenvolvimento tumoral e da sua disseminação.

As difi culdades encontradas por esse profi ssional são as advindas de sua atuação em hospitais públicos, que apresentam restrições de exames e fármacos para um tratamento adequado. Essas restrições do sistema de saúde deixam o profi ssional, muitas vezes, frustrado.

O que o tornará um bom oncologista clínico?- Ser confi ante e ter uma boa prática médica para atuar diante do paciente oncológico;

- Manter uma boa relação médico–paciente, pois dela dependerá o sucesso ou o fracasso de um trata-mento coerente;

- Ter carisma e transmitir fatos coerentes e viáveis aos pacientes;

- Não ser intempestivo e saber o momento certo de agir e parar;

- Tomar condutas coerentes e, se for o caso, individualizadas;

- Buscar sempre estar atualizado perante as pesquisas.

4. Situação atual e perspectivasA Oncologia Clínica é uma especialidade em constante avanço, com pesquisas e o desenvolvimento de novos fármacos para trazer melhorias aos que sofrem dessa enfermidade. Desde a década de 1950, com o surgimento dos quimioterápicos, muito se conquistou nessa área. As perspectivas são grandes para esse profi ssional, pois todos trabalham em prol da tão sonhada cura defi nitiva do câncer, mas enquanto isso não acontece muito ainda tem de ser feito para os pacientes, a fi m de lhes proporcionar maior sobrevida, com qualidade e sem sofrimento, por meio de metas terapêu-ticas curativas ou de cuidados paliativos.

Oncologistas em atividade (dados em 2014)Cerca de 3.419

2. Áreas de atuaçãoO oncologista clínico atua em hospitais e clínicas realizando consultas e acompanhando os porta-dores de neoplasias nas enfermarias.

Remuneração (média)De R$5.500,00 a R$10.500,00

35ONCOLOGIA CLÍNICA

5. Estilo de vida Como as diversas outras áreas médicas, esse profissional almeja uma qualidade de vida que lhe proporcione satisfação profissional somada aos cuidados com a família e a momentos de lazer. Pode atuar em grandes centros de Oncologia, com mais recursos e que lhe proporcionem maior tranquilidade em sua prática diária, com a oportunidade de uma vida mais tranquila e possibili-tando-lhe decidir como quer estabelecer sua rotina.

11 Pneumologia

1. IntroduçãoA Pneumologia é a especialidade responsável por estudar, diagnosticar e tratar as patologias das vias aéreas. Dentre as principais patologias abordadas, destacam-se asma, pneumonia, tuberculose, doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquites, bronquiectasias, câncer de pulmão, infi ltrados in-tersticiais, insufi ciência respiratória etc.

O pneumologista é o profi ssional da área de Medicina que diagnostica, trata e acompanha pacientes com patologias pulmonares e respiratórias contraídas de diversas formas, indicando-lhes o melhor tratamento, ou ainda a Cirurgia Torácica. As doenças respiratórias, como todas as outras, não de-vem ser negligenciadas, pois se observando uma busca de solução adequada estaremos zelando pela nossa saúde e pelo nosso bem-estar, protegendo a nós mesmos e a terceiros.

Residência MédicaEntrada Pré-requisito: Clínica Médica

Duração 2 anos

Rodízio nas áreas

- Clínica;- Asma;- Câncer de Pulmão;- Circulação Pulmonar;- Doença Pulmonar Avançada;- Doenças Intersticiais;- Doenças Respiratórias Ambientais e Ocupacionais;- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica;- Epidemiologia;- Fibrose Cística;- Infecções Respiratórias;- Pleura;- Tabagismo;- Terapia Intensiva;- Tuberculose.

Média de vagas no país

101:- Norte: 2- Nordeste: 17;- Centro-Oeste: 9;- Sul: 14;- Sudeste: 59.

37PNEUMOLOGIA

3. Vantagens e difi culdadesComo vantagem, tem-se que o médico pneumologista atua em uma área muito ampla, com a opor-tunidade de atender pacientes em vários graus de comprometimento. A necessidade de exames é intensa; se a logística do sistema onde trabalha não funciona bem, há difi culdades em trabalhar com destreza.

O que o tornará um bom pneumologista?- Associar a clínica do paciente aos resultados de exames de imagem;

- Trabalhar em equipe;

- Relacionar-se com a enfermagem/fi sioterapeutas;

- Ter ótima destreza em manipular equipamentos ventilatórios.

4. Situação atual e perspectivasO mercado não está saturado. O pneumologista tem vagas em todas as áreas, além de os progra-mas de pós-graduação estarem cada vez mais consolidados no país, oferecendo a oportunidade de se subespecializar numa determinada área. É possível, ainda, realizar exames/procedimentos como broncoscopia, espirometria e ergoespirometria.

Pneumologistas em atividade (dados em 2014)Cerca de 3.253

5. Estilo de vida Os pneumologistas, por atuarem em uma área muito grande, podem escolher o tipo de vida que desejam levar. Aqueles que se vinculam ao regime ambulatorial podem manipular horários e pa-cientes da maneira que desejam. Já os que trabalham em regime hospitalar (enfermaria/intercon-sultas hospitalares) estão sempre sob aviso do hospital. Há também aqueles ainda em regime de plantão.

2. Áreas de atuaçãoO pneumologista é um médico de formação clínica que trabalha em regime ambulatorial/hospita-lar/UTI. O público-alvo consiste em pacientes de todas as idades, graves ou não. É possível traba-lhar, ainda, na realização de exames.

Remuneração (média)De R$6.500,00 a R$12.500,00

12 Reumatologia

1. IntroduçãoA Reumatologia constitui-se numa subespecialidade da Clínica Médica voltada para a atenção a por-tadores de patologias que acometem o tecido conjuntivo. As doenças reumáticas estão entre as prin-cipais causas de incapacidade física e afastamento temporário ou defi nitivo do trabalho. As doenças mais frequentes que a especialidade abrange são osteoartrite, artrite séptica, gota, osteoporose, fi -bromialgia, febre reumática, doenças autoimunes, como o lúpus eritematoso sistêmico, tendinites, bursites e diversas doenças que acometem a coluna vertebral.

O público que necessita de atendimento com o reumatologista é composto de adultos, idosos e até crianças, que em algum momento da vida acabam desenvolvendo sinais e sintomas articulares ou sis-têmicos de alguma doença reumatológica.

Residência MédicaEntrada Pré-requisito: Clínica Médica

Duração 2 anos

Média de vagas no país

121:- Norte: 4;- Nordeste: 18;- Centro-Oeste: 10;- Sul: 17;- Sudeste: 72.

2. Áreas de atuaçãoO reumatologista atua em hospitais, tanto atendendo nos ambulatórios quanto avaliando os inter-nados nas enfermarias. Ele também atende em clínicas particulares, realizando novas consultas ou acompanhando pacientes que já se tratam há muitos anos.

Remuneração (média)De R$6.500,00 a R$12.500,00

39REUMATOLOGIA

3. Vantagens e difi culdadesAs vantagens em ser um médico clínico especializado em Reumatologia é a comodidade de atuar em uma área mais restrita e poder atender àqueles com sintomatologias mais características e que lhe são familiares na sua área de atuação, o que lhe proporciona confi ança ao realizar suas intervenções.

As difi culdades encontradas são as advindas da atuação em hospitais públicos, que apresentam restrições de exames e fármacos para o tratamento adequado de cada paciente, já que muitos dos medicamentos têm alto custo e os pacientes devem enfrentar certa burocracia para adqui-ri-los. Isso deixa o profi ssional, muitas vezes, frustrado diante das restrições do sistema de saúde e da difi culdade em ajudar o paciente. Outra difi culdade é encontrada no começo da carreira, em que o reumatologista necessita trabalhar como plantonista Clínico Geral, já que difi cilmente se en-contram serviços que paguem um profi ssional com essa especialidade para atender emergências reumatológicas.

O que o tornará um bom reumatologista?- Ser confi ante e ter uma boa prática médica para atuar com o paciente reumatológico;

- Manter uma boa relação médico–paciente, pois dela dependerá o sucesso ou o fracasso de um tratamento coerente;

- Ter carisma e transmitir fatos coerentes e viáveis aos pacientes;

- Não ser intempestivo e saber o momento certo de agir e parar;

- Tomar condutas coerentes e, se for o caso, individualizadas;

- Buscar sempre estar atualizado diante das pesquisas em sua área de atuação.

4. Situação atual e perspectivasA Reumatologia é uma área que obteve muitas melhoras para auxiliar seus pacientes. As pesquisas clínicas e farmacológicas vêm proporcionando melhores resultados para eles, que antes padeciam com o agravo causado por sua enfermidade. Portanto, vemos que as perspectivas são boas para essa área de atuação e o profi ssional se torna mais confi ante em ofertar melhorias mais consisten-tes aos seus pacientes.

Reumatologistas em atividade (dados em 2014)Cerca de 2.053

5. Estilo de vida do profi ssionalComo em outras diversas áreas médicas, esse profi ssional também almeja uma qualidade de vida que lhe proporcione satisfação profi ssional somada aos cuidados com a família e momentos de lazer. Muitos, para alcançarem essa estabilidade, buscam atuar em seus próprios consultórios ou atendendo pacientes internados em enfermarias, longe das portas de prontos-socorros de Urgên-cia e Emergência.

Guia de Especialidades Clínica Cirúrgica

Guia de Especialidades Clínica Médica