Hidrovia Do Guamá Capim - AHIMOR _ AHIMOR

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Hidrovia Guamá-Capim Introdução A utilização do rio Capim, afluente da margem esquerda do rio Guamá, como via navegável para o transporte de minérios e outras cargas, ocorre desde a década de 60 com a descoberta de ricas jazidas de caulim e de bauxita. O Governo do Estado do Pará, levando em consideração o valor estratégico da hidrovia Guamá-Capim, tem desenvolvido programas voltados à ampliação da área agricultável, melhoria da infra-estrutura de armazenamento e beneficiamento de grãos e de apoio à produção, bem como o aumento da oferta de insumos, serviços e mão-de-obra. Hoje, ainda com as jazidas minerais determinando o perfil econômico da hidrovia, observa-se a formação de relevantes pólos agropecuários, especialmente na região de Paragominas e Ulianópolis, capazes de ampliar sensivelmente os benefícios sócio-econômicos gerados pela hidrovia Guamá-Capim. Generalidades Antecedentes Os rios Guamá e Capim, no Estado do Pará, vêm sendo utilizados como vias navegáveis, para transporte de minérios e outras cargas, a partir da década de 60. Uma série de estudos e levantamentos têm sido realizados nestes últimos 25 anos, por empresas interessadas no transporte fluvial dos minérios da região atravessada pelo rio, por organismos governamentais de incentivo à navegação, pelos próprios usuários e, até, como trabalhos acadêmicos. Na realidade o rio Capim tem sido navegado, desde épocas bem anteriores, por pequenas embarcações para transportes de passageiros e para abastecimento das populações dispersas ao longo do rio. Ainda que o tráfego de “lanchas” e de “montarias” não seja suficiente para demonstrar a existência de condições satisfatórias para um transporte comercial de carga, é indício seguro da não ocorrência de sérios obstáculos ao tráfego de embarcações de maior porte num longo percurso de mais de 400 km do rio. Aliando a este fato a navegabilidade do rio Guamá, de que é afluente o rio Capim, e que garante o acesso direto a Belém e ao transporte marítimo, justifica-se o interesse de seu aproveitamento para o transporte das reservas de caulim e bauxita existentes a distâncias relativamente curtas de seu leito e produtos agrícolas, sobretudo em uma região sabidamente carente de transporte terrestre. Descrição Geral

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  • 16/07/2015 HidroviadoGuamCapimAHIMOR|AHIMOR

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    Hidrovia Guam-Capim

    IntroduoA utilizao do rio Capim, afluente da margem esquerda do rio Guam, como via navegvel para o transporte de minrios e outras cargas, ocorre desde a dcada de60 com a descoberta de ricas jazidas de caulim e de bauxita.

    O Governo do Estado do Par, levando em considerao o valor estratgico da hidrovia Guam-Capim, tem desenvolvido programas voltados ampliao da reaagricultvel, melhoria da infra-estrutura de armazenamento e beneficiamento de gros e de apoio produo, bem como o aumento da oferta de insumos, serviose mo-de-obra.

    Hoje, ainda com as jazidas minerais determinando o perfil econmico da hidrovia, observa-se a formao de relevantes plos agropecurios, especialmente naregio de Paragominas e Ulianpolis, capazes de ampliar sensivelmente os benefcios scio-econmicos gerados pela hidrovia Guam-Capim.

    GeneralidadesAntecedentesOs rios Guam e Capim, no Estado do Par, vm sendo utilizados como vias navegveis, para transporte de minrios e outras cargas, a partir da dcada de 60.

    Uma srie de estudos e levantamentos tm sido realizados nestes ltimos 25 anos, por empresas interessadas no transporte fluvial dos minrios da regioatravessada pelo rio, por organismos governamentais de incentivo navegao, pelos prprios usurios e, at, como trabalhos acadmicos.

    Na realidade o rio Capim tem sido navegado, desde pocas bem anteriores, por pequenas embarcaes para transportes de passageiros e para abastecimento daspopulaes dispersas ao longo do rio. Ainda que o trfego de lanchas e de montarias no seja suficiente para demonstrar a existncia de condies satisfatriaspara um transporte comercial de carga, indcio seguro da no ocorrncia de srios obstculos ao trfego de embarcaes de maior porte num longo percurso demais de 400 km do rio. Aliando a este fato a navegabilidade do rio Guam, de que afluente o rio Capim, e que garante o acesso direto a Belm e ao transportemartimo, justifica-se o interesse de seu aproveitamento para o transporte das reservas de caulim e bauxita existentes a distncias relativamente curtas de seu leito eprodutos agrcolas, sobretudo em uma regio sabidamente carente de transporte terrestre.

    Descrio Geral

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    Descrio GeralO rio Guam, no Estado do Par nasce em cotas inferiores a 100m, percorrendo cerca de 400 km, at lanar suas guas na Baa de Guajar, em Belm. Alm dacapital do Par, localizam-se s suas margens as cidades de Bujaru, So Domingos do Capim, So Miguel do Guam e Ourm, todas elas sedes de municpios. A fozdo Guam, juntamente com a foz do Acar, formam a Baa de Guajar, apresentando 900 m de largura de margem a margem ( Belm direita e ilha do Cumbu esquerda).

    O rio Capim, afluente da margem esquerda do rio Guam, nasce nos contrafortes da Serra dos Coroados, no Sudeste do Estado do Par. Sua extenso total daordem de 600 km dos quais cerca 470 km na plancie Amaznica, abaixo dos primeiros afloramentos de rocha. Neste trecho, o rio apresenta-se meandroso, comfortes curvas e as demais caractersticas tpicas de um rio de plancie.

    A bacia hidrogrfica do rio Capim, com uma rea de cerca de 40.000 km, tem a forma de um retngulo alongado e rede de drenagem irregular, devido poucadeclividade da regio. Alguns afluentes chegam mesmo a correr paralelamente ao curso principal, com sentido oposto.

    O leito do rio predominantemente arenoso, com fundo constitudo de dunas extensas e de pouca altura. Ocorrem, normalmente nas margens e fora do canal denavegao, alguns afloramentos de materiais resistentes: arenitos e canga. Praticamente no h pedregulho no leito do rio, havendo apenas, e raramente , algunsconglomerados com seixo fino rolado.

    As margens do rio, no trecho inferior, so baixas e alagadias. J nos trechos superiores, onde o relevo mais acentuado, com colinas suaves, as margens so maiselevadas, em processo de forte eroso. Normalmente uma das margens apresenta-se abrupta e a outra, baixa e pantanosa, com numerosas lagoas permanentes eterrenos alagveis em longas extenses.

    A eroso das margens fornece o sedimento do leito do rio e pode criar bancos de areia que, em certa situaes, dificultam o trfego de embarcaes de maiorcalado.

    A hidrovia Guam-Capim localizada inteiramente no Estado do Par, tem sua origem na foz do rio Guam (km 0), passando pela foz de seu principal afluente, o rioCapim (km 110), estendendo-se adiante at o entroncamento desse rio com PA-256, no municpio de Paragominas,PA (km 372).

    Os principais acessos rodovirios que permitem a integrao da hidrovia com o sistema virio da regio so constitudos pelas rodovias federais BR316 e BR010 epelas rodovias estaduais PA475, PA451, PA127, PA252 e PA256.

    Municpios e Populao da rea de InflunciaA rea de influncia da hidrovia abrange diretamente os municpios de Aurora do Par, Bujaru, Ipixuna do Par, Irituia, Me do Rio, Paragominas, So Domingos doCapim e So Miguel do Guam e contempla, em primeiro plano, a demanda de transporte dos produtos dessa regio. O quadro a seguir demonstra a distribuio dapopulao na rea de influncia da hidrovia segundo o censo do IBGE realizado em 2010.

    MUNICPIOS POPULAO

    Aurora do Par 26.546

    Bujaru 25.695

    Ipixuna do Par 51.309

    Irituia 31.364

    Me do Rio 27.904

    Paragominas 97.819

    So Domingos do Capim 29.846

    So Miguel do Guam 51.567

    TOTAL REGIO DE INFLUNCIA DIRETA 342.050

    Fonte: IBGE Censo 2010

    Extenso da HidroviaNo rio Guam a hidrovia compreende o trecho que vai da sua foz na baia de Guajar, junto a Belm, at a cidade de So Miguel do Guam/PA, passando pelaconfluncia do seu afluente de margem esquerda, o rio Capim, aproximadamente no km 110.

    O rio Capim integra a hidrovia no km 110, altura de sua desembocadura no rio Guam. Deste ponto em diante a hidrovia continua ao longo do rio Capim,estendendo-se at o entroncamento desse rio com a PA256 em Paragominas,PA (km 372).

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    Mapa da Extenso da Hidrovia

    Rio Guam Rio Capim

    Trecho km Trecho km

    Belm (km 0) at So Domingos do Capim (km 110) 110So Domingos do Capim (km 110) at a Regio deIpixuna (km 230)

    120

    So Domingos do Capim (110) at So Miguel doGuam (km 157)

    47Regio de Ipixuna (km 230) at a Travessia p/Paragominas (km 372)

    142

    Considerando-se ainda 60 km a distncia da foz do Guam ao porto de Vila do Conde, a extenso total da hidrovia Guam-Capim fica em 479 km.

    Condies de NavegabilidadeO rio Guam, no trecho da foz, na cidade de Belm, at o km 157, na cidade de So Miguel do Guam, possibilita em qualquer poca do ano, a navegao paraembarcaes com calados de at 2.0 metros. A partir de So Miguel do Guam, devido ao afloramento de vrias formaes rochosas, at as primeiras corredeiras,prximo a cidade de Ourm, a navegao impraticvel.

    Melhoramentos na HidroviaO rio Guam possibilita, em qualquer poca do ano, uma navegao segura para comboios com calados de at 2,0 metros, necessitando apenas de um balizamento,j implantado, em carter experimental, desde a foz desse rio at a cidade de So Miguel do Guam.

    Os melhoramentos em termos de desobstruo de passagens crticas concentram-se totalmente no leito do rio Capim onde so encontrados as passagens maisdifceis da hidrovia. Em algumas dessas passagens, mais precisamente nas localizadas no trecho compreendido entre So Domingos do Capim, km 110 e Ipixuna, km220, esto sendo executadas as intervenes necessrias para atender s condies de navegabilidade previstas no projeto executivo, restando o trecho de Ipixuna,km 220, ao entroncamento com a PA 256, km 372, em Paragominas,Pa.

    Profundidades DisponveisEm seus 55 quilmetros iniciais at a cidade de Bujaru, o rio Guam apresenta conformao em planta praticamente retilnea, com larguras variando de 2 a 5,5 km eprofundidades variando respectivamente de 2,0 a 16,0m.

    Nos 55 quilmetros seguintes at a cidade de So Domingos do Capim (km 110), observa-se uma sinuosidade suave no rio Guam, com larguras variando de 1,0 a2,5 km e profundidades mnimas da ordem de 1,6m.

    O rio Capim, em seus 55 quilmetros iniciais, at a vila de Santana do Capim (km 165) apresenta uma conformao praticamente retilnea, com larguras variandoentre 0,3 e 1,1 Km e profundidade da ordem de 3m, em relao ao nvel mdio das mnimas.

    O trecho seguinte, com cerca de 98 km, at a vila de Badajs (km 262), apresenta uma sinuosidade acentuada com larguras variando entre 100 e 700m, eprofundidade mnima em torno de 1,5m.

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    Mehorias das Condies de NavegaoComboio TipoPara o rio Capim foi adotada, como embarcao tipo, um comboio de empurra com 4 chatas, duas a duas, e um empurrador.

    CARACTERSTICAS BSICAS DIMENSES

    BALSAS (tipo semi integrada, com casco duplo):

    Comprimento 50 m

    Boca 8 m

    Calado 1,5 m

    Capacidade de carga 525 t

    EMPURRADOR

    Comprimento 20 m

    Boca 5 m

    Calado 1,5 m

    COMBOIO (formao E: 2: 2) Um empurrador e quatro balsas

    Comprimento 120 m

    Boca 16 m

    Calado 1,5 m

    Capacidade de carga 2.100 t

    Forma de OperaoOs comboios operaro com capacidade de carga mxima nas viagens de ida e de volta.

    Durao Mdia de ViagemTRECHO

    IDA(Horas) VOLTA(Horas)Rio Guam

    Belm(km 0) So Domingos do Capim (km 110) 11 11

    So Domingos do Capim(110) So Miguel do Guam (km 157) 5 5

    Rio Capim

    So Domingos do Capim(km 110) Ipixuna(km 230) 10 9

    Ipixuna(km 230) entrocamento com a PA-256 em Paragominas (km 372) 15 13

    Caractersticas Bsicas da Via FluvialPara atender ao comboio-tipo adotado, o canal de navegao dever ter as caractersti-cas bsicas indicadas a seguir.

    Largura Mnima do CanalCONDIO DE TRFEGO LARGURA MNIMA (m)

    Com cruzamentos 64 m

    Sem cruzamentos 35 m

    Raio mnimo de curva horizontalPara curvas sem reduo de velocidade, com mesma largura do canal em trecho reto o raio de curvatura ser maior que 10 vezes o comprimento do comboio, ouseja, 1.200 m.

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