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HIMENOLEPÍASE
◼SARA OLIVEIRA PEREIRA
◼LÍVIA ERNANDES SIMAS
◼SHAYANA HADDAD DE SOUZA
◼LEVI ALBUQUERQUE GOUVEIA
◼LETÍCIA RIGONATO
CARACTERÍSTICAS EPDEMIOLÓGICAS
É a infecção por cestódeos mais comum em seres humanos
Tem ampla distribuição mundial, por ter ciclo direto e curto tempo de vida
Comum em creches, escolas e prisões
Comum no sul dos EUA, América Latina, Austrália, países do mediterrâneo, Oriente médio e Índia
Tem maior incidência nas regiões urbanas que nas rurais
AGENTE ETIOLÓGICO
◼ Hymenolepis nana e
Hymenolepis diminuta
MORFOLOGIA
Ovos:
Semiesféricos
Encontrados nas fezes dos hospedeiros definitivos
É transparente
Tem membrana externa delgada e membrana interna
Larva cisticercóide:
Tem escólex invaginado
É envolto por uma membrana
Presente nas cavidades intestinais
Verme adulto:
Tem vida curta (14 dias)
Seu habitat é no intestino delgado
Possui escólex e proglotes (de 100 a 200)
CICLO DE VIDA
PODE SER MONOXÊNICO OU HETEROXÊNICO
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: INSETOS
(PULGAS, BESOUROS, CARUNCHOS)
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: SÍMIOS, ROEDORES E
HOMENS
HOSPEDEIROS DEFINITIVOS
Himenolepis nana
Himenolepis diminuta
MODO DE TRANMISSÃO
• Os ovos eliminados pelo hospedeiro infectado já são infectantes
Ingestão de ovos do parasita (alimento/mão contaminada)
• Ovos eclodem no duodeno
• Local preferencial de parasitismo: transição do intestino delgado para o intestino grosso
Possibilidade de ocorrência de auto-infecção na luz intestinal (auto-infecção interna)
Auto-infecção externa
• Artrópodes se infectam com os ovos e desenvolvem os cisticercóides em seu interior
Ingestão acidental de insetos contendo a larva cisticercóide
ASPECTOS CLÍNICOS
Depende da carga parasitária
Infecções por pequeno número de parasitas Assintomático
Aumento do número da população de vermes Reação inflamatória da mucosa acompanhada de pequenas ulcerações
Sintomas comuns: dor abdominal, diarréia, anorexia, perda de peso.
Sintomas sistêmicos: prurido, irritabilidade, cefaléia, insônia, convulsões (raro)
Eosinofilia periférica
Crianças são mais acometidas
Em imunodeprimidos e crianças desnutridas observam-se infecções intensas
DIAGNÓSTICO
◼ Exame de fezes
◼ Encontro de ovos
◼ Com auxilio do método de Hoffman, Pons e Janer ou
Lutz (HPJ) – método de sedimentação espontânea
TRATAMENTO
Praziquantel
• Dose única 25 mg/kg
• Repetir o tratamento mais de uma a duas vez com intervalo de 2 semanas
Niclosamida
• Dose de 1g por dia durante 6 dias
• Repetir o tratamento após 2 semanas
Ambos são eficazes contra o verme adulto, mas não são eficazes contra a larva. Por isso a necessidade de repetir o tratamento.
Deve-se realizar um controle de cura após 1 mês através do exame de fezes.
PROFILAXIA
Medidas preventivas:
• Higiene pessoal – lavar bem as mãos, como forma de impedir a contaminação fecal das mãos, água e alimentos
• Higiene das residências – saneamento básico, uso de instalações sanitárias
• Eliminação dos roedores do meio doméstico
• Combate as pulgas e carunchos (presentes nos alimentos, por exemplo, café, farinha de trigo, feijão)
• Proteger os alimentos e água da contaminação das fezes de seres humanos e roedores
Medidas que devem ser realizadas em situações de surto:
• Investigação epidemiológica - Deve haver notificação do(s) caso(s) suspeito(s), a fim de identificar e eliminar o veículo comum de transmissão
• Atenção especialmente quando os casos ocorrem em creches, escolas e outras instituições fechadas
• O controle em escolas e instituições assistenciais pode ser efetuado de forma eficaz através do tratamento das pessoas infectadas. Deve-se ter maior precaução em relação à higiene pessoal e familiar.
OUTROS ASPECTOS
RELEVANTES
◼ É conhecida como uma “tenia anã” que
infecta o homem sem um hospedeiro
intermediário obrigatório. Os ovos infectantes
de Hymenolepis nana são liberados com as
fezes e podem sobreviver mais de 10 dias
exposto no meio ambiente.
ARTIGO PARA DISCUSSÃO
Paciente do sexo feminino, 24 anos de idade, em sua 35ª semana de gestação, apresentou-se ao ambulatório médico com queixas de fezes moles não associadas a sangue, com frequência de 10 vezes ao dia nos últimos dois dias. O paciente relatou dois episódios de vômito e dor no abdome. Não havia história de febre, erupção cutânea, micção em queimação, corrimento branco e sangramento vaginal. O primeiro e o segundo trimestres foram sem intercorrências. O paciente deu uma história de apendicectomia há cinco anos. O exame físico geral foi normal. O hemograma completo revelou anemia leve (hemoglobina: 9,5 g%) e não havia eosinofilia. A ultrassonografia revelou feto intra uterino vivo único (SLIUF) em apresentação cefálica com idade gestacional média de 35 a 36 semanas e polidrâmnio leve. Exame de fezes para parasitas intestinais e para a presença de sangue oculto foi recomendado. O exame direto das fezes, utilizando um simples suporte úmido com solução salina e iodo, revelou ovos / óvulos que se assemelham morfologicamente a H. nana, como mostra a Figura 1.
Em média, havia cerca de dois ovos por campo de alta potência indicando infestação pesada. As fezes para sangue oculto foram negativas. O paciente foi informado de uma dose única de albendazol (400 mg). A repetição do exame de fezes direto após dois dias de tratamento não revelou ovos, mas mostrou as formas adultas, como mostra a Figura 2.
Em vista de polidrâmnio leve, o paciente foi orientado a ser internado no hospital para observação atenta. Mas o paciente decidiu deixar o hospital contra o conselho do médico.
Figura 1
Figura 2
BIBLIOGRAFIA
◼ Muehlenbachs A, Bhatnagar J, Agudelo CA, Hidron A, Eberhard ML, Mathison BA, Frace MA, Ito A, Metcalfe MG, Rollin DC,
Visvesvara GS, Pham CD, Jones TL, Greer PW, Vélez Hoyos A, Olson PD, Diazgranados LR, Zaki SR. Malignant
Transformation of Hymenolepis nana in a Human Host. N Engl J Med. 2015 Nov 5;373(19):1845-52.
◼ Kandi V, Koka SS, Bhoomigari MR. Hymenolepiasis in a Pregnant Woman: A Case Report of Hymenolepis nana Infection.
Cureus. 2019 Jan 1;11(1)
◼ http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/homem-morre-de-cancer-formado-por-celulas-de-verme-e-intriga-cientistas.html
◼ https://www.infoescola.com/doencas/himenolepiase/
◼ https://biomedicinaunic.blogspot.com/2010/11/himenolepiase.html
◼ https://www.cdc.gov/dpdx/hymenolepiasis/index.html
◼ https://estudeparasitologia.wordpress.com/2016/05/29/hymenolepis-sp/
◼ http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-
agua-e-alimentos/doc/parasitas/himeno.pdf
◼ http://www.saudedireta.com.br/catinc/drugs/bulas/atenase.pdf