Historia Da Igreja Josimar

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    Centro de Treinamento Bblico Rhema Brasil

    HISTRIADAIGREJA CRIST

    Pesquisa realizada por:Pastor Josimar Lima do Nascimento

    Professor do Rhema Brasil

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    1. INTRODUOO que torna o estudo da histria da igreja empolgante, o fato dela mostrar como

    Deus est agindo no passar dos tempos.A histria da igreja tem sido sempre, desde o seu surgimento at o presente, a histria

    da graa de Deus para com o homem.Estudando a histria da igreja vemos como Deus usou naes, povos, pessoas e osmais diversos meios, para manifestar seu filho Jesus Cristo ao mundo, estabelecendo a igrejacomo uma realidade. Com este estudo vamos conhecer a origem da igreja crist e seudesenvolvimento durante os tempos.

    2. A PALAVRA IGREJAO termo Igreja provm do grego Ekklesia e teve origem na antiga Grcia, sculos

    antes de nossa era crist surgir. Ekklesia significava uma reunio de cidados convocadoss assemblias para decidir questes relacionadas com os estados gregos.

    No cristianismo o termo foi empregado para designar uma comunidade assemblia,

    convocada para o culto cristo (Ef 1.22-23).Os radicais gregos EkKlesia, significam para fora de e chamados. A igreja foichamada para fora do mundo (Jo 15.19).

    A palavra igreja aparece pela primeira vez no Novo Testamento em Mt 16.18, quandoJesus Cristo declarou: E sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do infernono prevalecero contra ela.

    Inicialmente no se dava o nome de Ekklesia para se descrever a igreja. Muitoprovavelmente, devido tradio judaica, via-se como o remanescente eleito de Israel,aguardando "a restaurao de todas as coisas".

    3. DIVISO EM PERODOS FEITA POR HISTORIADORESA Igreja apostlica Da asceno de Cristo (cerca de 33 d.C.) at a morte do apstoloJoo (Por volta de 100 d.C.)A Igreja perseguida Da morte do apstolo Joo at o Edito de Milo (ou edito datolerncia), 100 d.C. a 313 d.C.A Igreja Imperial Do Edito de Milo at a queda do imprio Romano, no comeo desteperodo o imperador Constantino decreta o Cristianismo como religio oficial do imprio(313 d.C a 476 d.C.)A Igreja Medieval Da queda do Imprio Romano at a queda de Constantinopla (476d.C. a 1453 d.C.)A Igreja Reformada - Da queda de Constantinopla at o final da Guerra dos Trinta Anos(1453 d.C. a 1648 d.C.), a guerra comeou em 1618 d.C.

    A Igreja Moderna Da Guerra dos Trinta Anos at os dias atuais (Desde 1648)Poderamos acrescentar nesta diviso a igreja ps-moderna, formada pelas igrejas

    do avivamento da f, a pentecostal, a neo-pentecostal e a tradicional renovada.

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    1. OUTRAS MANEIRAS QUE HISTORIADORES DIVIDEM A HISTRIA DA IGREJA

    a) POR FASES1. Infncia Da chamada dos primeiros discpulos a Constantino (Cerca de

    300 d.C.), tudo era novidade

    2. Adolescncia De Constantino, at a Reforma protestante (cerca de 1500d.C.), perodo das descobertas, das loucuras, da auto-suficincia, das rebeldias e dosgrandes desastres de ordem mora e espiritual

    3. Maturidade Da Reforma protestante at os dias atuais a partir da aIgreja comea a amadurecer e encontrar o verdadeiro propsito de Deus para suaexistncia

    b) POR PERODOS

    1. Perodo do Imprio Romano Crescimento, perseguies e martrios

    2. Perodo da Idade Mdia Apostasia, poder poltico e econmico

    3. Perodo Moderno Reforma protestante

    4. Perodo Ps-moderno Evangelismo e Avivamento

    2. GRANDES DIVISES DA IGREJA CRISTO catolicismo romano Resultado do cristianismo primitivo com o paganismo grego-romano.

    A igreja ortodoxa grega Igreja voltada para os costumes do povo oriental contrariandoas doutrinas da Igreja Catlica Romana.

    O cristianismo protestante o esforo para o restabelecimento do cristianismo primitivopuro, baseado somente na Palavra de Deus.

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    1. JESUS CRISTO, O FUNDADOR DA IGREJAO Cristianismo originou-se no mundo mediterrneo, o maior e mais importante centro

    da civilizao de ento. Jesus nasceu no governo de Csar Augusto e o seu primeiroperseguidor foi Herodes (Mt 2).

    Jesus veio a este mundo para os judeus inicialmente, mas no para resgat-los

    fisicamente, mas espiritualmente, manifestando o amor de Deus no s para eles, mas paratodo o mundo (Jo 3.16). Os judeus religiosos rejeitaram Jesus como o Messias prometido e olevaram a Cruz.

    Jesus anunciou o evangelho e tornou-se o fundador da Igreja, que cresceuprincipalmente aps sua morte e ressurreio. Jesus foi tentado em tudo e no pecou, foiprovado e aprovado, morreu, ressuscitou e est a destra do Pai, deu-nos poder para viver emnovidade de vida e nos capacitou para dar continuidade a sua Igreja.

    A vida e ministrio de Jesus, no devem ser apreciados somente pelo nmero dos queo seguiram; devem ser apreciados principalmente pela influncia que eles exerceram sobregeraes futuras.

    Jesus a raiz, o nosso fundamento, a nossa pedra angular, o nosso princpio.

    2. OS POVOS QUE DOMINAVAM NA VINDA DE JESUS Os romanos (domnio) Os gregos (cultura) Os Judeus(religio).

    Os Romanos - Quando o cristianismo surgiu os romanos eram os Senhores do mundo, elesdominavam tudo pela fora. A extenso do domnio romano no ano de 50d.c. era da Europaao sul dos rios Reno e Danbio, a maior parte da Inglaterra, o Egito e toda a costa Norte da

    frica, grande parte da sia, desde o Mediterrneo Mesopotmia. Sabiam administrar egovernar politicamente. Era um povo idolatra, reverenciavam imagens de Reis e pessoas deinfluncia no ImprioOs Gregos - Influenciavam nas regies do Mar Mediterrneo. Antes da era crist os gregos j

    possuam vida intelectual. Era um povo educado para as descobertas e de braos abertospara receber coisas novas (At 17.21). Levaram o povo a pensar. O grego era uma lnguauniversal, o evangelho foi pregado pela primeira vez em grego.Os Judeus - Prepararam o caminho para o cristianismo. Eles alimentavam a esperana davinda do Salvador Divino, do Messias. O cristianismo encontrou nos judeus os seus primeirosseguidores. Sua religio era considerada a mais pura naquela poca. Eles esperavam emJesus, um libertador do jugo do Imprio Romano. Mas Jesus veio trazer uma liberdadeespiritual.

    3. O MINISTRIO DE JESUS Jesus veio buscar e salvar os perdidos Jesus veio inicialmente para os judeus Anunciou um reino espiritual e o evangelho (boas novas) Viveu uma vida irrepreensvel e chamou todos ao arrependimento Ensinou com autoridade e ousadia Predisse sua morte e ressurreio Anunciou sua ascenso e vitria Veio estabelecer o Reino de Deus nos coraes humanos Realizou muitos milagres e curas Foi perseguido, preso, julgado e morto na Cruz Ressuscitou ao terceiro dia e durante 40 dias aps sua ressurreio, andou com os

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    1. A PLENITUDE DOS TEMPOSApesar de haver muitas religies e filosofias (A poltica dos romanos era, em geral,

    tolerante em relao religio e aos costumes dos povos conquistados) o mundo estavavazio espiritualmente e pronto para receber algo novo.

    A "plenitude dos tempos" no quer dizer que o mundo estivesse pronto a se tornar

    cristo, mas quer dizer que, nos desgnios de Deus, havia chegado o momento de enviar oseu filho ao mundo.Jesus veio na plenitude dos tempos (Gl 4.4), isto no tempo em que o PAI

    determinou, quando todas as coisas tinham sido dispostas de tal modo que a vinda deleobtivesse xito.

    2. A ORIGEM DA IGREJAAlguns historiadores crem que a igreja comeou em Abrao. Por ter Abrao sido

    justificado pela f em Deus e ser considerado o pai da f.Abrao aparece na genealogia de Jesus, dando a entender que a Igreja invisvel

    estava sendo preparada para ser inaugurada em Jesus.

    A igreja de Cristo sempre existiu na mente e no corao do Pai, desde antes dafundao do universo (Ef 1.4 e I Pe 1.20).O plano de Salvao j estava traado por Deus desde o eterno passado. O sacrifcio

    fora feito antes da fundao do universo, isto , antes mesmo de ser efetuado no calvrio, ocordeiro j era conhecido pelo Pai.

    A igreja crist no nasceu em Roma, ela teve sua origem em Jerusalm. O povo judeufoi escolhido por Deus para ser seu povo. Deus queria preparar um a linhagem familiar quefosse voltada inteiramente para Ele. Quando os Judeus rejeitaram Jesus, a promessa passoupara todos os povos (Jo 1.12).

    Mas a verdadeira origem da igreja divina e comeou quando Jesus chamou os 12discpulos (Mt 10.1), depois foram chamados mais 70 (Lc 10.1-3). Aps a sua ressurreio,mais de 500 irmos o viram (I Co 15.6). No dia de Pentecostes estavam cerca 120 reunidos

    (At 1.15), todos foram cheios do Esprito Santo (At 2.1-4).Com o poder do Esprito Santo se movendo na igreja o nmero cresce para 3.000 (At2.41) e depois para 5.000 (At 4.4).

    Em sua origem a igreja vivia em comunidade (At 4.32-35) e os apstolos realizavammuitos milagres, ela crescia na graa e na simpatia do povo (At 5.12-16) em Jerusalm.

    3. O CRISTIANISMO CONSIDERADO SEITA DENTRO DO JUDASMOEm princpio a comunidade era conhecida como uma seita hertica dentro do

    Judasmo, tendo sido chamada "seita dos nazarenos". Internamente chamavam a sua fdistintiva de "o caminho". O desenvolvimento da comunidade e a participao regular nainstruo apostlica, bem como a comunho familiar, fez com que a nova comunidade viesse

    a ser descrita como sendo "unnime no partir do po e nas oraes".4. O PRIMEIRO CONCLIO

    A comunidade crist primitiva foi tolerada por quase 30 anos pelo judasmo, quando oseu relacionamento com os cristos gentios, ocasionou perturbao junto s autoridades

    judaicas. Por volta do ano 49/50 d.C., acontece o Conclio de Jerusalm, onde questesrelativas ao cumprimento da lei por parte dos gentios, que se convertiam ao Cristianismo,foram resolvidas. Pedro, Paulo e Tiago, foram s figuras de destaque deste Conclio.

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    1. A VIDA DA IGREJA PRIMITIVAA comunidade crist era um pequeno grupo de pessoas, no meio de uma vasta

    populao paganizada. Socialmente constituda de pobres e escravos, muito poucospertenciam s altas classes sociais.

    No seio da Igreja no havia distino entre ricos e pobres; escravos e livres eram

    nivelados. As mulheres, antes desprezadas pela tradio judaica, alcanaram posio dehonra e de influncia, que jamais conseguiram na sociedade secular.A comunidade se distinguia por seguir os princpios de amor, delineados pelo Senhor

    da Igreja, Jesus Cristo. Havia fervor e pureza moral, entre os cristos. Segundo carta dePlnio, o jovem, dirigida ao Imperador, os cristos "obrigavam-se por juramento, no a algumcrime, mas absteno de roubos, rapinas, adultrios, perjrios e sonegao de depsitosreclamados pelos donos".

    Havia uma expectativa constante da volta de Cristo a fim de instaurar o Reino erestaurar todas as coisas. Isto se expressava at mesmo na saudao dos cristos entre si,quando diziam : "Maranata", que significa, "Vem Senhor!".

    A unidade da igreja no primeiro sculo fazia diferena entre os cristos e os pagos. Aigreja era unida na f e no amor. Os irmos cuidavam dos rfos, das vivas e dos ancios e

    dos enfermos.

    2. O GOVERNO DA IGREJA PRIMITIVA.Evidentemente, podemos atribuir a Jesus, a origem da administrao da igreja, visto

    que escolheu 12 apstolos, dentre muitos outros discpulos que o seguiam, objetivando a queestes fossem base de sustentao para a Igreja.

    Os ministrios na Igreja so estabelecidos em funo da direo do Esprito de Deus eas necessidades da Igreja. Houve por parte do apstolo Paulo designao de cinco destesministrios, quais sejam : apstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Pedro, Tiago,irmo de Jesus e Joo, o apstolo, so mencionados como lderes da Igreja primitiva. Filipe cognominado o evangelista. As filhas de Filipe, eram consideradas como profetisas.

    O ministrio de socorro, surge com necessidade de no sobrecarregar o trabalho dos

    apstolos.

    3. QUALIDADES DA IGREJA PRIMITIVA (Atos 2.41 a 47)Eram batizados no Esprito Santo e perseverantes na doutrina dos apstolos, na

    comunho, no partir do po e nas oraes.Em cada um havia temor. Muitas maravilhas e sinais eram feitos. Os irmos viviam

    juntos e tinham tudo em comum. Eles repartiam seus bens com os pobres, comiam juntoscom alegria e singeleza de corao.

    A igreja louvava a Deus e sendo simptica ao povo, ela crescia em nmero.

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    1. A EXPANSO DA IGREJAA igreja em meio perseguio severa partiu de Jerusalm para alcanar

    primeiramente os judeus, depois com a converso do apstolo Paulo os gentios. Suaexpanso comeou em Jerusalm.

    Em Atos 6.1-7, surge o diaconato. O apstolo Paulo comea seu ministrio em Atos 9,

    ela era um perseguidor e tornou-se um pregador para os gentios. Em Antioquia somoschamados pela primeira vez de Cristos.A Igreja em Antioquia envia os primeiros missionrios, surge a igreja missionria (At

    13.1-6). Paulo e Barnab so enviados como missionrios. Paulo fez duas longas viagensmissionrias (sia Menor, Sudoeste da Europa, Macednia e Grcia).

    Por volta do ano 100 d.C., havia inmeras Igrejas espalhadas pela sia Menor, Sria,Macednia, Roma, Alexandria.

    2. AS IGREJAS FUNDADAS PELOS APSTOLOSAs Igrejas fundadas por Paulo estavam situadas nos grandes centros populacionais,

    de onde pela propagao da Palavra, atingia aos camponeses. Muitas vezes utilizava-se dapregao nas sinagogas destas cidades, quando lhe era permitido falar.

    As Igrejas eram autnomas. Nenhuma congregao local tinha autoridade sobre asoutras, mas reconhecia-se que Jerusalm era a "origem das bnos espirituais".O Antigo Testamento, como conhecido na poca, traduzido para o grego, era as

    Escrituras sagradas, usadas em todas estas Igrejas. Havia tambm outras "tradies"referentes ao ministrio e aos ensinos de Jesus, que eram entregues em cada Igreja.

    Sabe-se que Paulo, Barnab e Filipe, no foram os nicos missionrios da Igrejaprimitiva. Apenas no se tem informao sobre as realizaes destes missionrios, bem comodos outros apstolos.

    Andr, irmo de Pedro pregou em regies do Oriente Antigo. A tradio sobre JudasTadeu fala de suas atividades na Prsia, onde teria sido martirizado. Matias, que substituiuJudas, pregou na Etipia e a conheceu o martrio. O nome de Bartolomeu associado proclamao do Evangelho na ndia, por uma tradio. O nome do mais ctico dos discpulos,

    Tom, ligado ao trabalho em Parto, mas outros relatos colocam o seu trabalho e martrio nandia.Havia uma Igreja bem estabelecida em Roma, por volta do ano 56 d.C., quando Paulo

    escreve a carta aos Romanos. Seus membros eram judeus e gentios, dentre eles Andrnico eJnias, parentes de Paulo, que foram convertidos ao Cristianismo antes dele.

    A epstola de Pedro, no Novo Testamento, mostra que havia um grupo de Igrejasespalhadas pela costa sul do Mar Negro e pelo seu interior : "Ponto, Capadcia, sia eBitnia". Nesta regio Paulo foi impedido de entrar, o que mostra que outra pessoa,provavelmente Pedro, ali lanou a semente.

    A responsabilidade de "alimentar o rebanho", em cada uma dessas Igrejas, era tarefaexercida pelos ancios.

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    1. A IGREJA PERSEGUIDALogo nos primeiros anos de vida a igreja primitiva sofreu terrveis perseguies, por

    parte dos judeus, e depois por parte do Imprio Romano. Visto que o Imperador era tido comoum "deus", e a ele devia ser prestados culto e adorao.

    As primeiras perseguies foram em At 4.18 Pedro e Joo, 1.54 - Estevo e 9.23

    Paulo. As perseguies resultaram na disperso dos cristos pelo mundo o que facilitou apropagao do Evangelho de Jesus Cristo.

    O perodo de perseguio no primeiro sculo foi chamado de Era sombria, em razode as trevas da perseguio estarem sobre a igreja, e a falta de maiores informaes sobreeste perodo. As piores perseguies vieram com os imperadores romanos.

    2. AS PERSEGUIES IMPERIAISO Governo romano no considerava o cristianismo uma religio. Por serem

    imperialistas, consideravam o cristianismo um ameaa, pois os cristos denotavam supremalealdade a Jesus Cristo e no aos imperadores romanos

    Os romanos respeitavam todas as religies e cultuavam vrios deuses. Mais oscristos jamais adorariam os deuses romanos e combatiam a idolatria.Confessar ser cristo passou a ser uma afronta ao imprio romano e comea o

    perodo das maiores perseguies. Os cristos no foram perseguidos no por adorarem aCristo, mais por adorarem somente a Cristo.

    Os perseguidores imperiais foram:Nero (64 d.C.) Imperador romano considerado louco e cruel, no vero de 64 d.C com o fimde reedificar Roma, fez lanar fogo a um bairro da cidade, e a pedido de Poppea, sua esposa,aconselhada pelos romanos judeus, acusou os cristos. O fogo durou seis dias e sete noitese depois voltou a se acender em diversos lugares por mais trs dias. Muitos cristos foramcaados como feras e mandados para o Coliseu como comida para as feras e divertimentopara o pblico. Outros eram revestidos de piche e colocados em postes eram incendiados

    para iluminar os jardins deste imperador.Domiciano (96 d.C.) - No ano 81 Domiciano sucedeu ao imperador Tito que invadira edestrura Jerusalm no ano 70. Com a destruio de Jerusalm Domiciano ordenou que todosos judeus deviam enviar a Roma as ofertas anuais, que eram enviadas a Jerusalm, estes,por sua vez no obedeceram, o que desencadeou a segunda perseguio, no somente aos

    judeus mas tambm aos cristos. Ele acusava os cristos de serem ateus por no prestaremculto aos deuses romanos. Durante esses dias milhares de cristo foram mortos,especialmente em Roma e em toda a Itlia. Nesta poca o apstolo Joo, que vivia em feso,foi preso e exilado na ilha de Patmos, foi quando recebeu a revelao do Apocalipse. Ele foimais cruel do que Nero e no poupou nem os membros da sua famlia convertida aocristianismo,Trajano (98-117 d.C.) Apesar de ter sido um dos bons imperadores romanos, manteve as

    leis do imprio que perseguia igreja. Estabeleceu a Lei, que sendo o cristo acusado dequalquer coisa e no negar a f, seria castigado, no tendo acusao seria livre. Mandavacrucificar e lanar s feras.Plnio Enviado a sia Menor, castigava os que no negaram a f em Jesus.Adriano (117-138 d.C.) Perodo de brandura, os cristos alcanaram prestgio, riqueza einfluncia social.Antonio, o Pio (138-161 d.C.) Manteve a lei que obrigava o culto aos imperadores,castigando os cristos por no valorizarem os deuses do imprio.Marcos Aurlio (161-180 d.C.) - Mandava decapitar e lanar s feras. Apesar de possuirboas qualidades como homem e governante justo, contudo foi acrrimo perseguidor doscristos. Opunha-se, pois, aos cristos por consider-los inovadores. Milhares foram

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    decapitados e devorados pelas feras na arena. Os Imperadores acima mencionados, foramconsiderados como os "bons imperadores ", nenhum cristo podia ser preso sem culpadefinida e comprovada. Contudo, quando se comprovava acusaes e os cristos serecusavam a retratarem-se, os governantes eram obrigados, a por em vigor a lei e ordenar aexecuo.Sptimus Severus (193-211 d.C.) Liderou uma cruel perseguio que atingiu com maisintensidade o norte da frica, inclusive o Egito, onde os cristos mais sofreram. Mandava

    decapitar e lanar s feras. Possua uma natureza mrbida e melanclica; era muito rigorosona execuo da disciplina. To cruel fora o esprito do imperador, que foi considerado pormuitos como o anticristo.Maximino (235-238 d.C.) Perodo de uma perseguio intensa e muitos lderes forammortos.Dcio (249-251 d.C.) Observava com inveja o poder crescente dos cristos, e determinoureprimi-lo. Via as igrejas cheias enquanto os templos pagos desertos. Por conseqencia,mandou que os cristos tivessem que se apresentar ao Imperador para comunicar a suareligio. Quem renunciava recebia um certificado, que no renunciava era consideradocriminoso e conduzidos s prises e sujeitos s mais horrorosas torturas. Estendeu aperseguio por todo o Imprio Romano e milhares de pessoas foram mortas mediantetorturas tanto em Roma, como no Egito, frica e sia Menor.

    Valeriano (253-260 d.C.) Perseguiu e matou muitos lderes do cristianismo, ele queriadestruir o cristianismo.Diocleciano (284-305 d.C.) A ltima, a mais sistemtica e a mais terrvel de todas asperseguies deu-se neste governo, tendo a durao de 10 anos. Ele cria que os cristosprovocavam a ira dos deuses romanos e por isso Roma ia de mal a pior. Em uma srie deeditos determinou-se que : - Todos os exemplares da Bblia fossem queimados. - Todos ostemplos construdos em todo o imprio durante meio sculo, fossem destrudos. - Todos ospertencentes s ordens clericais fossem presos. - Ningum seria solto sem negar oCristianismo. - Pena de morte para quem no adorasse aos deuses. Prendiam os cristosdentro dos templos e depois ateava fogo, caou-os como feras.

    3. O SURGIMENTO DE OUTRO MESSIAS PARA O JUDEUSCom a destruio do Segundo Templo de Jerusalm em 70 DC, sessenta anos mais tarde,surge um movimento poltico-messinico de grandes propores, com Shimeon Bar Kochba(tambm: Bar Kosiba) como lder. Este lder da revolta contra Roma foi saudado como o Rei-Messias pelo Rabi Aquiva. Este suposto messias para os judeus, apesar de ter conseguido oapoio generalizado da nao judaca, foi morto perto das muralhas de Bethar em uma guerrafrente contra Roma. O seu movimento messinico acabou em derrota e na misria dossobreviventes. Em 135 D.C. a revolta foi esmagada pelo Imperador Romano Adriano.Centenas de milhar de judeus foram massacrados, os sobreviventes dispersaram-se peladispora ou foram feitos escravos. Adriano decretou a expulso de todos os judeus deJerusalm, autorizando o seu retorno apenas por um dia ao ano, em Tisha Be'av, parademonstrar luto pela destruio do Templo. Aps esta tremenda derrota dos judeus, a cidade

    de Jerusalm seria reconstruda pelos Romanos, tendo o imperador Adriano ordenado amudana do nome de Jerusalm para Aelia Capitolina, e o nome da Judia para SriaPalestina, para evitar qualquer associao judaica e com a terra de Israel. O desaire marcoutambm uma nova etape do cristianismo. At ento, os cristos eram sobretudo judeus. Apartir de aqui foram obrigados a dispersar-se para outras zonas. Se at ento a psicologiados lderes cristos tinha uma perspectiva judaica, depois de 135 D.C. a maioria dos cristosseriam gentios (no judeus), e adquiririam uma perspectiva diferente, de pessoas que vivemna Grcia, ou so romanos e que mais facilmente adoptariam posies antijudaicas. Apsesse outros judeus que se proclamaram ou foram tidos como Messias.

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    1. PRINCIPAIS ACUSAES CONTRA OS CRISTOSOs rumores populares Diziam que os cristos bebiam at se embriagarem, e

    praticavam orgias davam vazo s paixes carnais. Diziam que os cristos adoravam umasno crucificado e tinham praticas religiosas absurdas.

    Os rumores intelectuais Os cristos eram pessoas ignorantes cujas doutrinas,

    eram contraditrias, para eles os cristos eram gente desprezvel.

    2. COMO MORRERAM OS MRTIRES DA IGREJA PRIMITIVAMateus Sofreu martrio pela espada na EtipiaMarcos Foi arrastado por um animal pelas ruas de Alexandria at morrerLucas Foi enforcado em uma oliveira, na GrciaJoo Foi lanado numa caldeira de leo fervente, desterrado para a ilha de Patmos,morreu em fesoTiago, irmo de Joo Foi decapitado, por ordem de Herodes, em JerusalmTiago, o menor foi lanado templo abaixo, ao verificar que ainda estava vivo, mataram-no com pauladas

    Filipe foi enforcado em HierpolisBartolomeu Tiraram a sua peleTom foi amarrado a uma CruzAndr Atravessado por uma lanaJudas Morto a flexadasSimo, o zelote Crucificado na PrsiaMatias Foi apedrejado e decapitadoPedro Foi crucificado de cabea para baixoPaulo Acorrentado em um crcere romano, foi decapitado por ordem do imperador Nero.

    3. OS PAIS DA IGREJA

    Nos primeiros quatro sculos da Igreja, santos homens destacaram-se pela piedade edevoo a Cristo, em meia s tribulaes e perseguies. Alguns deles conviveram eaprenderam com alguns discpulos que gozaram da companhia de Jesus.

    Eles foram denominados os "Pais da Igreja". Reconhece-se que os Pais possam estarenganados sobre pormenores doutrinrios particulares, visto que h muitas discordncias,mas ainda podem ser contados e lidos, com respeito, como Pais da Igreja, obedecidos aoscritrios mencionados:

    Sua obra literria foi produzida entre 95 e 150 d.C. Por esta ocasio, os escritos doNovo Testamento j estavam completos e eles estavam familiarizados com o NovoTestamento

    O estilo literrio dos Pais da Igreja informal; suas expresses de f e piedade,

    mostram muito pouca influncia da filosofia grega. Os Pais tinham grande apreo peloVelho Testamento, no qual fundamentam as suas idias, da perceberem-se nosescritos deles uso excessivo de interpretao tipolgica.

    Clemente de Roma (30-100 d.C.) - Era o principal presbtero da Igreja de Roma. Algunssupem que seja o mesmo mencionado em Filipenses. 4.3, tendo trabalhado com Paulo emFilipos. Outros acham que tenha sido o terceiro na linhagem papal em Roma. De qualquermodo Clemente era um nome comum na ocasio. Clemente cita o Antigo Testamentoatribuindo-lhe autoridade divina; as citaes do Novo Testamento de um modo geral soimprecisas, mas mostram que em Roma, os escritos do Novo Testamento eram aceitos.Clemente deveria ter conhecido Lucas. O livro de Atos e o de Mateus lhe eram familiares. Faz

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    meno de Paulo, de uma das cartas aos Corntios. Parece haver evidncia de que conheciaRomanos, Hebreus, II Corntios, I Timteo, I e II Pedro, a Literatura joanina, Mateus, Marcos eLucas. A principal obra de Clemente uma carta em grego, endereada aos crentes emCorinto, mais ou menos no ano 97, perodo da perseguio de Domiciano. Trataprincipalmente da ordem e da paz da Igreja, apelando para a lembrana da analogia daadorao ordeira do Antigo Israel, e do princpio apostlico de apontar uma continuao dehomens de reputao. A carta importante porque reflete a autoridade dos bispos da Igreja

    Primitiva e porque faz referncias explcitas ao ministrio de Paulo. A teoria das duas prisesde Paulo e um perodo intermedirio de liberdade, surgiu devido a essas referncias deClemente de Roma. H referncia a uma segunda epstola de Clemente aos Corntios,entretanto no foi escrita por ele. tratada como escritos dos Pais da Igreja.Incio de Antioquia (67-110 d.C.) - Era bispo de Antioquia da Sria. Escreveu 7 cartas sIgrejas asiticas em feso, Magnsia, Trales, Filadlfia e Esmirna, e para Roma. O objetivoda carta a Roma, era solicitar que os irmos no impedissem seu martrio, pois estava acaminho de Roma, durante o reinado de Trajano (98 - 117). Estas cartas foram reunidasnuma nica coleo e mostrava como Incio era conhecedor do Novo Testamento. Osevangelhos de Mateus e Joo, parecem os que lhe eram familiares. Conhecia bem asepstolas paulinas. Parece citar em alguns pontos um evangelho desconhecido ou de um livroapcrifo. Incio foi o primeiro a citar o termo "cristianismo" na epstola aos filadelfos, paralelo

    a judasmo. O contedo doutrinrio das cartas ope-se as heresias que ameaavam a paz e aunidade da Igreja. O gnosticismo e o docetismo, enfatizavam que Cristo era um serpuramente espiritual e livre de qualquer contaminao de um corpo material, por isso arealidade do corpo material de Cristo era negada, afirmando-se que o Cristo que morreu nacruz era um puro esprito. Com respeito autoridade na Igreja, Incio declara que ahierarquia era do bispo monrquico (um dentre os presbteros, o mais importante), presbteroe diconos. Embora faa distino entre bispo monrquico e presbtero, no considera que "obispo de Roma", seja o mais importante dos bispos. Para ele sem esta ordem trplice nohaveria Igreja. Foi martirizado sendo lanado s feras.Policarpo(69-159 d.C.) - Era bispo de Esmirna. Foi um mrtir porque no se retratou comrespeito a Cristo, que s lhe tinha causado bem. Aps ele, a perseguio a Igreja arrefeceu.Foi discpulo de Joo. Ensinou a Irineu. Policarpo uma testemunha da vida e obra da Igreja

    Primitiva no sculo II. No ano 110 escreveu uma carta Igreja de Filipos, exortando-a a umavida virtuosa de boas obras e firmeza na f em o Senhor Jesus Cristo. Seu estilo informal,com muitas citaes do Velho e Novo Testamento, particularmente 34 citaes de Paulo,evidenciando que conhecia a carta de Paulo aos Filipenses, bem como outras epstolas.Registra alguns ditos de Jesus, consoante os encontrados no Sermo da Plancie, em Lucas,e uma clusula na forma de Mateus. Ofereceram-lhe a liberdade se amaldioasse a Cristo eterminou sendo queimado vivo.Papias (70-155 d.C.) - Em meados do sculo II era bispo em Hierpolis, Frgia. SegundoIrineu, teria sido discpulo de Joo. A ele so atribudos 5 livros intitulados "Exposies Sobreos Orculos do Senhor". No prefcio de sua obra, afirma no ter sido discpulo ocular eauricular dos apstolos, mas recebeu a norma de f, de familiares dos apstolos. Seutrabalho desapareceu, mas alguns textos foram preservados por Eusbio e Irineu em seus

    escritos. Segundo os fragmentos preservados por Eusbio, Papias, transmite os discursos doSenhor e as tradies derivadas de Joo, o Ancio. Papias afirma que Marcos foi o intrpretede Pedro, escrevendo todas as coisas sobre os ditos e feitos do Senhor, que lhe foramrelatados, embora pessoalmente nunca O tenha visto ou seguido, mas viveu com Pedro. Nosfragmentos preservados por Irineu, Papias evidencia suas idias milenaristas.

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    1. OS APOLOGISTASOs Apologistas, eram escritores literrios que surgem com a tarefa de defender a f

    diante de crticas ao cristianismo. Eles tinham por objetivo defender a Igreja nos primeirossculos da era crist, contra o Estado e autoridades, e o povo de modo geral. A igreja estavasendo perseguida quando eles surgiram.

    Os Apologistas defendiam a Igreja contra as acusaes de atesmo, canibalismo ,incesto e outras prticas anti-sociais que lhes eram atribudas por seus opositores. Em contra-partida desenvolveu-se uma perspectiva de demonstrao de que o Cristianismo eraequilibrado e so, ao contrrio das outras religies pags e o culto ao Estado, imposto pelosImperadores Romanos. H que se mencionar que os Apologistas defendiam o Cristianismo,contra o prprio Judasmo reinante no princpio da Igreja crist.Justino Mrtir (100-170 d.C.) Flvio Justino Mrtir, era filho de pais pagos; nasceu emSiqum, na Palestina, filsofo; convertido ao cristianismo;martirizado em Roma no ano de170. Justino revela ter lido Mateus e Joo em feso, e posteriormente em Roma, leu Marcose Lucas. Cita principalmente Mateus e Lucas. Menciona os Evangelhos como Memrias dos

    Apstolos. Justino dizia : "O mundo vive das oraes dos cristos e da obedincia doscristos lei do Estado. Os cristos preservam o mundo e, por outro lado, por causa dos

    cristos Deus tambm preserva o mundo". Nos seus escritos Justino exortava os ImperadoresRomanos a serem justos para com os cristos, mostrando que eles no so ateus ouidlatras. Tambm procura convencer os judeus da messianidade de Jesus Cristo.Taciano (II Sculo) - Estudioso oriental; possivelmente discpulo de Justino. A importnciados seus escritos que o primeiro dirigido ao povo grego. E a sua segunda obra a maisantiga harmonia dos Evangelhos, de que se tem notcia. Em grego, escrita por volta de 170. um atestado de que os 4 Evangelhos j eram conhecidos naquela poca.Atengoras (Fins do II Sculo) - Professor em Atenas; convertido ao Cristianismo. Seuescrito "Splica pelos Cristos", defende o Cristianismo e os cristos contra as acusaes deincesto e canibalismo; demonstra tambm que as entidades pags so simples criaturashumanas. Apresentou a sua apologia ao Imperador Marco Aurlio. Argumentava em favor daexistncia de Deus, baseado em noes monotestas, em diversos poetas e filsofos gregos.

    Combinava idias religiosas e filosficas, em se tratando da ressurreio dos mortos.Irineu (130-200 d.C.)- Nascido em Esmirna; ouvinte de Policarpo, discpulo de Joo. Bispode Lyon, na Glia, em 180. Suas obras so escritas em grego. Escreve contra o gnosticismoreinante naquela poca. Em "Demonstrao da Pregao", uma espcie de catecismo,enfatiza Cristo como cumprindo as profecias do Antigo Testamento. Foi martirizado aos 70anos de idade.Clemente de Alexandria (155-225 d.C.) - Nasceu em Atenas, filho de pais pagos; filsofo,discpulo de Panteno. Nos seus escritos procura demonstrar a superioridade do Cristianismocomo verdadeira filosofia, superior a filosofia grega. Cristo apresentado como O Mestre quedeixou seus ensinamentos para a vida crist.Hiplito (160-236 d.C.) - Apologista e autor cristo romano. Discpulo de Irineu. Algunshistoriadores o consideram o primeiro antipapa, visto que se ops ao papa Calisto. Faleceu

    na ilha da Sardenha, para onde foi exilado por Maximino. Suas obras incluam escritos contraos grupos herticos, particularmente os gnsticos. Escreveu um tratado doutrinrio, intitulado"O Anticristo". Escreveu um comentrio exegtico sobre o livro de Daniel, sendo a mais antigaobra proveniente da Igreja primitiva. Sua principal obra intitula-se "Tradio Apostlica", commuitos esclarecimentos quanto liturgia romana.Tefilo de Antioquia - Convertido ao Cristianismo. Seu escrito, datado de 180, "Apologia A

    Autlico", composto de 3 livros. Tefilo de Antioquia o primeiro Pai da Igreja a usar apalavra "trias" para "trindade".Tertuliano de Cartago (150-230 d.C.) Nasceu em Cartagi (Cidade ao nordeste da frica),

    chamado o pai do cristianismo latino. Advogado, conhecedor de grego e latim, ensinouoratria e advogou em Roma. Convertido ao cristianismo, usou sua oratria na defesa dos

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    princpios cristos. Por seu um homem influente, defendeu com seus escritos as falsidadesque levantavam contra os cristos.Orgenes(185-254 d.C.) - Discpulo de Clemente, e seu sucessor na direo da Escola de

    Alexandria. Nasceu num lar cristo, precoce desde a infncia e asceta.Estudioso do neo-platonismo, dos sistemas herticos, inclusive o gnosticismo. Erudito, um dos principais Paisda Igreja. No final da sua vida, foi condenado por heresia. Segundo uma estimativa, escreveucerca de seis mil pergaminhos. Poucos homens tem escrito tanto, tm sido to admirados, to

    desprezados e atacados por outros. Nos seus escritos, enfatiza a mudana de vida que oCristianismo produz nos seus adeptos, a constante busca da verdade pelos cristos, e apureza e influncia de Jesus Cristo. Em "Os Princpios", Orgenes desenvolve o primeirogrande tratado de teologia sistemtica dos cristos. A sua obra "Hexapla", constitue-se devrias verses hebraicas e gregas do Antigo Testamento., arrumadas em colunas paralelas.Cipriano(200-285 d.C.) - Filho de famlia pag rica; culto;professor de retrica; convertido aoCristianismo em 246; bispo de Cartago. Sua principal obra foi "A Unidade da Igreja Catlica".Era dirigida contra os separatistas Novacionistas, que estavam interessados na destruio daunidade da Igreja. Em Cipriano, encontramos expresses como "No cristo aquele queno est na igreja de Cristo"; "no pode ter Deus como Pai aquele que no tem a igreja comome"; "no h salvao fora da igreja".Eusbio de Cesria (264-340 d.C.) Bispo de Cesrea quando Constantino era imperador,

    desfrutava de prestgio junto a este. Foi considerado o pai da histria eclesistica por terescrito a obra Histria Eclesistica, incentivado por Constantino.Jernimo (340-420 d.C.) Erudito das escrituras e tradutor da Bblia para o latim. Nasceuem Aquilia (Veneza), extremo norte do Mar Adritico, na Itlia. Viveu em Roma durantemuito tempo, onde foi educado. Sua traduo da Bblia para o latim ficou conhecida como aVulgata Latina ou a Bblia do Povo e foi amplamente utilizada nos sculos posteriores comocompndio para o estudo da lngua latina, assim como para o estudo das escrituras, foi ltima aceita por muitos sculos pela igreja romana.Crisstomo (344-407 d.C.) Criado em Antioquia, seus grandes dotes de graa eeloqncia, como pregador, levaram-no a ser chamado Constantinopla, onde se tornoupatriarca (ou acerbispo). Como os outros apologistas, harmonizou o ensinamento cristo coma erudio grega, dando novos significados cristos a antigos termos filosficos, como a

    caridade. Por pregar uma mensagem piedosa, tornou-se impopular na corte imperial, etambm entre alguns membros do clero de Constantinopla, levando-o a ser banido e exilado,morrendo no exlio.Aurlio Agostinho (354-430 d.C.) Nasceu na cidade de Tagaste de Numdia, provnciaromana ao norte da frica, atual regio da Arglia. Ensinou retrica e gramtica, tanto nonorte da frica como na Itlia. Ficou conhecido como o filsofo e telogo de Hipona. Erapolemista, pregador, telogo, administrador episcopal competente. Foi convertido aocristianismo em Milo, e voltou ao norte da frica, onde foi ordenado sacerdote e, mas tarde,consagrado bispo de Hipona.

    2. AS PRIMEIRAS SEITAS E HERESIAS DENTRO DO CRISTIANISMO

    Juntamente com o desenvolvimento da igreja, desenvolviam-se tambm as seitas, oucomo lhes chamavam, as heresias na igreja crist. Os cristos no s lutavam contra asperseguies, mas contra as heresias e doutrinas corrompidas, entre as quais pode-se citar:Os Gnsticos - Do grego "Gnsis = Sabedoria, Conhecimento". Tatiano, um cristo deorigem sria convertido em Roma, cria uma seita gnstica que acreditavam que DeusSupremo esprito absoluto e causa de todo bem, enquanto a matria completamente mcriada por um ser inferior que Jeov, eles reprovam o casamento e celebravam a eucaristiacom gua em vez de vinho. O propsito deles era escapar deste corpo que aprisiona oesprito. Afim de chegar libertao, era necessrio que viesse um mensageiro do reinoespiritual. Cristo portanto no era matria, possua somente a natureza divina. Influenciou ocristianismo atravs de Mrcion (95-165 d.C.), que rejeitava o Antigo Testamento e pregava

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    que Cristo no era Deus e que o nico apstolo fiel ao evangelho era o Apstolo Paulo. Faziaoposio ao Deus vingador dos judeus e apresentava o Deus bondoso do Novo Testamento,apresentado por Cristo; ele elaborou um Livro Sagrado feito a partir de passagens retiradasdo Evangelho de Lucas e das epstolas de Paulo. Ele ensinava sobre o batismo dos mortos.Os Ebionitas - Do hebraico que significa "Pobre" eram judeus-cristos que insistiam naobservncia da lei e dos costumes judaicos. Rejeitavam as cartas escritas por Paulo. Eramconsiderados como apostatas pelos Judeus no convertidos.

    Os Maniqueus - De origem persa, foram chamados por esse nome, em razo de seufundador ter o nome de Mani. Desenvolveram-se fora do cristianismo e acreditavam que ouniverso compe-se do reino das trevas e da luz e ambos lutam pelo domnio do homem.Rejeitavam a Jesus, porm criam em um "Cristo celestial".

    3. DEFINIO DA MORAL E DA F DA IGREJA CRISTPara o Cristianismo o perodo que se abre em 70 e que segue at aproximadamente 135caracteriza-se pela definio da moral e f crist, bem como de organizao da hierarquia eda liturgia. No Oriente, estabelece-se o episcopado monrquico: a comunidade chefiada porum bispo, rodeado pelo seu presbitrio e assistido por diconos

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    http://pt.wikipedia.org/wiki/135http://pt.wikipedia.org/wiki/135
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    1. O INCIO DO DECLNIO DA IGREJA CRIST (313 d.C. a 476 d.C.)No segundo sculo, surge Constantino, Imperador Romano. Suas decises

    eram tomadas sob o prisma poltico. Ele via o cristianismo como um elemento importante paraa unificao do imprio. Uma s lei, um s imperador, uma nica cidadania, queria formaruma s religio.

    2. O CRISTIANISMO COMO A RELIGIO OFICIAL DO IMPRIO ROMANOConstantino creu que Deus foi seu aliado na luta contra o imperador Maxnio, no ano

    325 d.C. convoca o 1 Conclio das igrejas que foi dirigido por Hsia Crdova com 318 bispospresentes e torna o cristianismo a religio oficial do imprio romano.

    Ele construiu a igreja do Salvador e os Papas passaram a ocupar um palcio oferecidopor Fausta. No sculo XV demoliram a igreja do Salvador para dar lugar Baslica de SoPedro.

    3. A IGREJA ROMANA TEM UM RPIDO CRESCIMENTO

    A igreja teve um grande e rpido crescimento sob a proteo de Constantino (Inchou!)e tornou-se uma grande fora poltica, e o papa o seu senhor soberano.Constantino passou a fazer doaes para construo dos templos e sustento dos

    ministros. A igreja estava cheia de pessoas que no possuam o mnimo de conhecimento deCristo, nem eram nascidas de novo. Ele passou a interferir nos assuntos administrativos edoutrinrios da igreja, mas s se deixou batizar na hora de sua morte em 22 de maio de 337.

    4. A PRIMEIRA OPOSIO A IGREJA ROMANAEle fez surgir e permitir uma grande quantidade de heresias no seio da Igreja

    crist, o que provocou o aparecimento de grupos rebeldes a esta igreja oficial romana,incluindo uma grande maioria herege ao extremo, mas muitos grupos, que formaram as

    igrejas bblicas mais tarde, apelidados de "Anabatistas", ou "Rebatizadores", j querebatizavam todos que queriam estar com eles, vindos da igreja oficial romana.

    5. A CIDADE DE CONSTANTINOPLA E A DIVISO DO IMPRIO ROMANO (330 d.C.)Em 330 d.C. Constantino muda a centralizao do Imprio Romano de Roma para a

    cidade de Constantinopla (hoje Turquia). Ele compreendeu que a cidade de Roma estavaintimamente ligada a adoraes pags, cheias de templos e esttuas pags e desejou umacapital sob os auspcios da nova religio.

    Logo depois da fundao da nova capital, deu-se a diviso do imprio. As fronteiraseram to grandes que um imperador sozinho no podia defender seu vastssimo territrio.

    Constantinopla foi fundada em uma antiga colnia grega da cidade-estado de Megara,

    chamada Byzantion.O programa de construes ambicioso do novo imprio planejado segundo a cidadede Roma, com as avenidas, o hipdromo, as igrejas e os banhos pblicos.

    Na nova capital a cultura grega e a tradio helnica eram predominantes. Construdanum local estratgico e extremamente fortificada pelos imperadores, permaneceu intacta at1204, quando foi tomada e saqueada pelos latinos durante a quarta cruzada.

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    1. A IGREJA RECEBE UM NOME (381 d.C.)Se tivssemos que dar um nome para a igreja original certamente seria aps Antioquia

    de Igreja Catlica Apostlica Crist.Igreja (Assemblia dos Santos) Catlica (Universal) Apostlica(dos apstolos) Crist(de Cristo)

    A igreja crist recebeu o nome de Catlica no Concilio de Constantinopla, presididopelo imperador Romano Teodsio I no ano de 381 d.C. Ficando denominada de IgrejaCatlica Apostlica Romana. Dados histricos atribuem a Teodsio I a declarao docristianismo como a religio oficial do Imprio Romano.

    A igreja no poderia ser considerada apostlica por ter abandonado a doutrina dosapstolos e nem catlica (universal) pois no se pode ser universal e romana ao mesmotempo.

    2. A PRIMEIRA DIVISO DA IGREJA ROMANACom a diviso do Imprio Romano, no demorou muito para que viesse a diviso da

    igreja. Em 445 d.C. o papado introduzido pelo uso da fora. Para alguns historiadores Leo

    I (440 a 461), mereceu o ttulo de primeiro papa, mais um grande nmero preferiu aclamarGregrio I (590 a 604).Em 869 d.C. ouve uma diviso entre a cristandade do oriente e a do ocidente, uma

    com a sede em Roma e outra em Constantinopla, ouve lutas amargas por causa de doutrinase ritos; o patriarca de Constantinopla e o papa se excomungam, cada um buscava para si averdadeira igreja catlica. A nova posio no beneficiou a vida da igreja.

    3. O SURGIMENTO DOS MONGESPara se afastarem do declnio moral da igreja alguns sacerdotes se tornaram monges,

    surgindo o monoquismo. Do monge era exigido abandono da propriedade, abstinncia, ouseja, afastamento de certos alimentos, obedincia dos superiores, silncio, meditao,

    renncia, humildade e f.

    4. A IGREJA ROMANA E SUA QUEDA MORAL E ESPIRITUALO reinado de Cristo deu lugar a uma liderana ditadora. Os bispos tornaram-se

    arrogantes e opressores. A igreja perdeu sua humildade e tornou-se rica, poderosa ecorrupta. A igreja dependia inteiramente do imprio, a entrada de milhares de pessoas nosalvas, foi um impedimento para seu crescimento e maturidade espiritual, dificultou o preparode novos discpulos. Comea uma grande queda moral e espiritual.

    5. SURGE OUTRO INIMIGO DO CRISTIANISMO (610 d.C.)

    Em 570 d.C. na cidade de Meca, nasce o fundador da religio Islmica, Maom. Eleera neto de governador, e ao visitar a Sria ficou revoltado com a pompa e idolatria da igrejacatlica e jurou varrer o cristianismo da face da terra.

    Em 610 d.C., na caverna do Monte Hira, onde meditava, afirmou ter recebido umasrevelaes de Deus as quais colocou em um livro, dando-lhe o nome de Coro, conhecidoatualmente como Alcoro. No aceito em Meca, fugiu para Medina, l formou um estadoteocrtico e determinou aos seus seguidores que orassem inclinados para Meca.

    Em 630 d.C., tornou a entrar em Meca com um Exrcito e destruiu todas as imagensreligiosas e realizou um grande avano no Islamismo.

    Maom apareceu exatamente ao tempo em que a igreja trocava sua identidadeapostlica, pela pompa, luxo e favores do imprio romano.

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    1. DOUTRINAS QUE SEPARAM A IGREJA ROMANA DO VERDADEIRO EVANGELHO310 d.C. - Reza pelos defundos320 - Uso de velas376 - Culto aos santos394 - Instituio da missa

    431 - Culto virgem Maria500 - Uso de roupa sacerdotal503 - Doutrina do purgatrio606 - Bonifcio III se declara Bispo Universal Papa709 - Obrigatoriedade de beijar os ps do Bispo Universal751 - Doutrina do Poder temporal da Igreja783 - Adorao das imagens e relquias850 - Uso da gua benta890 - Culto a So Jos993 - Canonizao dos Santos1074 - Celibato sacerdotal1076 - Dogma da nfalibilidade da Igreja

    1090 - Inveno do Rosrio1129 Proibio da leitura da Bblia1184 - Instituio da santa inquisio1190 - Vendas de Indulgncias1208 - O po foi substitudo pela hstia1215 - Criou-se a confisso auricular e o dogma da transubstanciao1246 Uso das campainhas na missa1316 Instituio da reza da Ave Maria1415 Eliminao do vinho na comunho1546 Doutrina que equipara a tradio com a Bblia e introduo dos livros apcrifos1600 Inveno do escapulrio (Bentinho)1654 Dogma da imaculada concepo de Maria

    1664 Condenao da separao da igreja do estado1870 Dogma de que o papa era infalvel1908 Anulao de todos os casamentos que no foram efetuados por sacerdotes

    catlicos1950 Asceno de Maria

    2. A IGREJA ORTODOXA GREGA (1054 d.C.)Em 1054 d.C., em razo de divergncias entre os bispo de Roma e o Patriarca de

    Constantinopla, faz surgir a Igreja Ortodoxa Grega.As principais divergncias eram: 1-Viso teolgica ortodoxa da igreja ocidental em

    contraposio da viso filosfica da teologia oriental; 2-Com respeito as datas de celebraoda Pscoa; 3-Quanto a celibato obrigatrio; 4-A igreja oriental no permitia que os seus

    clrigos raspassem a barba e 5-Foram abolidas dos templos ortodoxos as imagens deescultura para evitar acusaes de idolatria vinda dos mulumanos.

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    1. A IGREJA NA IDADE MDIA APOSTASIA ( 476 d.C. a 1453 d.C.)Continua o declnio moral e espiritual, o supremo Deus revelado por Cristo j no era o

    nico a quem era dirigido culto.A igreja era uma fora poltica nas conquistas do imprio romano.Aumenta os escndalos entre os sacerdotes.

    Surgem os sete sacramentos: batismo, confirmao, eucaristia, penitncia, extrema-uno, ordem e o matrimnio. Os sacerdotes ensinavam que cumprindo os 7 sacramentosobtinham-se a salvao.

    O clero no pagava imposto e a igreja recebia muitas terras de oferta. Os bispostinham o controle financeiro, a igreja tornou-se ainda mais rica e corrupta.

    2. O DISTANCIAMENTO DO VERDADEIRO EVANGELHOEntra a Idolatria, surge a canonizao isto , a elevao santidade, de algum

    falecido, era realizada por decises papais.A igreja comea a venerar os santos, principalmente a Maria, surgem as

    peregrinaes aos tmulos dos santos, acreditava-se que a peregrinao a Terra Santa,

    apagaria todos os pecados que algum houvesse cometido.O papa Inocncio II ordenou cruzadas, confirmou a confisso de pecados aos ouvidosdos padres, proibiu a leitura da Bblia Sagrada e formalizou a INQUISIO. Indulgnciasforam concedidas s pessoas que denunciassem os hereges.

    3. ORIGEM DO VATICANO (741 d.C.)Sua origem foi entre os anos 741 e 752 com o Papa Estevo II. Foi estabelecido aps

    uma conquista de terras pela espada em territrio Italiano a mando do Papa Estevo II.Foi legalizado em definitivo por um tratado em 1929 e controlado por 18 cardeais

    italianos. Possui 2 bancos e um imenso patrimnio imobilirio ao redor do mundo, inclusive noBrasil. Sua histria marcada por escndalos e corrupo.

    O Vaticano derramou muito sangue at ser invadido por Napoleo Bonaparte em1806.

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    1. PROMESSA DE RESTAURAO DA IGREJADeus prepara a restaurao do seu reino aqui na terra, trabalhando segundo um

    cronograma, e tem tudo sob controle (Jl 2.18-32).O perodo escuro na igreja deixaram-na muda e cega espiritualmente (Is 42.18-22).

    A igreja havia perdido seu contato com o Esprito de Deus, o Esprito de Deus j no

    mais guiava e dirigia a igreja.As tradies de homens enganaram, roubaram e espoliaram o povo. A palavrarestaurao no grego indica a volta do legtimo proprietrio posse de sua casa ou fazenda,restaurar significa literalmente estabelecer algo de novo em sua ordem original.

    A luz do verdadeiro evangelho nunca se apagou (At 3.21) e assim o como naapostasia dos filhos de Israel, Deus em sua infinita misericrdia preservou um remanescenteque no largaram a verdade. Deus preservou um povo que zelavam por sua palavra Averdadeira igreja. Deus sempre teve um povo disposto a servi-lo, sem importar o preo.

    2. SINAIS DO PERODO DE RESTAURAO (1.184 d.C.)Em 1184, era grande a atividade evanglica por toda a Europa, para o cristianismo

    voltar aos moldes primitivos.A voz de jbilo e de alegria ser ouvida na casa de Deus, a voz da noiva ser ouvidaoutra vez, a voz do noivo ser ouvida entre o povo de Deus, a voz daqueles que dizem louvaiao Senhor outra caracterstica da restaurao (Jr 33.11).

    Restaurao inclui a recolocao de ministrios que traro de volta o sacrifcio delouvor a Igreja. A restaurao abrange a volta de verdadeiros juzes, conselheiros e mestres igreja (Is 1.25; 30.8, 19-21).

    Homens que amam o Senhor, que tinham conhecimento de sua palavra e estavamsintonizados com o Esprito Santo, so motivados por um genuno desejo de servir ao povode Deus.

    A restaurao vem com um crescimento de f em f e de glria em glria (Rm 1.17, IIco 3.17-18). Deus comea a restaurar a verdade, os ministrios, o povo, a verdadeira

    adorao. (I Co 15.24 e Rm 14.17)

    3. OS PRIMEIROS MOVIMENTOS DE PROTESTOSurgem os primeiros protestos, um deles o Petrobrussiano que sob a chefia de

    Pedro de Bruys e Henrique de Lausanne, se opunham decididamente superstio reinantena igreja, a certas formas de culto e imoralidade do clero.

    Outra grande fora de protesto contra a impureza da Igreja naquela poca foi umpoderoso partido religioso chamado de Cataristas. Expandiu-se grandemente no sculo XII,chegando ao apogeu no sculo XIII. Na realidade era uma outra igreja com seus prpriosministrios.

    Outro grande movimento de protesto situao decadente da Igreja, foi o dos

    Valdenses, chefiado por Pedro Valdo, um negociante de Lio. Esse, movido pelo ensino docaptulo 10 do evangelho de Mateus. Comeou a distribuir todo o seu dinheiro entre ospobres.

    Outros dissidentes se chamavam a si mesmos de irmos, e eram muito parecidoscom os Valdenses. Possuam uma f muito simples e eram conhecidos pela vida santa queviviam. Praticavam a leitura da bblia e promoviam um trabalho missionrio ativo.

    Mesmo debaixo da inquisio, a igreja comea a sair do declnio para a restaurao.Aps o estabelecimento da inquisio, surge duas grandes revoltas, lideradas por

    Jonh Wycliffe na Inglaterra e Jonh Huss, na Bomia (atualmente Tchecoslovquia) nossculos XIV e XV.

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    1. A RESPOSTA DA IGREJA ROMANA - A INQUISIO (1179 d.C.)A inquisio exigia que o povo prestasse informaes sobre pessoas herticas, ou

    suspeitas de heresias, incluindo os reformadores.A primeira inquisio comeou pelo Decreto de Teodsio, em 381, quando ele nomeou

    o primeiro Inquisidor da f, mas ainda no se chamava inquisio.

    Em 1179, o terceiro Conclio de Latro decreta perseguio permanente aoshereges.Em 1187, os fundamentos da inquisio foram lanados no Conclio de Verona.Em 1215, o quarto Conclio de Latro decretou que os governadores seculares

    confiscassem os bens dos considerados hereges e depois os executassem.Em 1223, a inquisio foi declarada um departamento especial do governo da igreja.

    Qualquer tipo de denncia era aceita, at por carta annima.As penas eram as mais variadas, como tortura, trabalho forado e morte. O papa

    Gregrio (1227 a 1241) organizou a verdadeira inquisio em 1233, tornado-a maisabrangente, alcanando toda a esfera do poder secular e religioso.

    Em 1488, o papa Inocncio decretou a intensificao das perseguies, e osevanglicos foram mortos nos campos, nas cidades e at dentro das igrejas. Mas de 30

    milhes de homens, mulheres e at crianas foram mortos na condio de inimigos da fcatlica.

    2. SURGIMENTO DAS CRUZADAS (1096 d.C.)Surgem as cruzadas para impedir o avano dos mulumanos. Em 1096 o Papa

    Urbano II faz um apelo aos nobres europeus para a libertao da Palestina ocupada pelosmuulmanos. O chamamento do Papa, realizado durante um torneio de cavalaria emClermont, Frana, deu incio ao que se poderia chamar de Primeira Guerra Mundial de fato.

    No perodo compreendido entre os sculos XI e XIII aconteceram importantesmudanas no ocidente, fruto da crise do sistema feudal, promovendo um processo de grandemarginalizao, impossvel de ser absorvido pelas cidades ento existentes ou que se

    formavam principalmente na Europa.Durante duzentos anos cavaleiros e peregrinos plebeus lutaram em 8 expedies quesaindo da Europa e atacaram territrios no Oriente Mdio. Todas com exceo da primeiradestas expedies foram derrotadas e algumas delas sequer chegaram a atingir a Palestina,preferiram ficar pelo caminho e saquear a Bizncio ortodoxa.

    As cruzadas so vistas como uma vlvula de escape para a crise provocada pelamarginalizao scio econmica. Milhares de europeus marcharam em direo TerraSanta obedecendo ao chamado da Igreja Catlica, mas ao mesmo tempo, movidos pelointeresse na possibilidade de saque ou de conquista de terras.

    Alguns reis participaram do movimento, pretendendo o aumento de poder, numapoca de crise feudal, como por exemplo na 3 cruzada, tambm conhecida como cruzadados reis.

    No entanto a 4 Cruzada (1202-04) considerada a mais importante, pois foiresponsvel pela reabertura do Mar Mediterrneo. Esse movimento foi a primeira cruzadamartima, financiado pelos mercadores de Veneza que passaram a monopolizar o comrciocom Constantinopla.

    A 5 Cruzada tambm se tornou muito famosa, conhecida como Cruzada dasCrianas. Acreditavam os catlicos que os jovens, inocentes, derrotariam os muulmanos.Quando desembaraaram em Alexandria foram vendidos como escravos.

    Importante lembrar que a Guerra de Reconquista, na Pennsula Ibrica, tambm foium movimento cruzadsta. Partindo da idia de luta contra os mouros (Que no batizado,que no tem a f considerada verdadeira; infiel), o movimento foi responsvel pela expansodo catolicismo e pela formao das monarquias nacionais na regio, a comear por Portugal.

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    3. AS CRUZADAS REALIZADASPrimeira cruzada(1096 a 1143) - O Papa Urbano II lana o seu apelo cruzada.Segunda cruzada(1147 a 1189) - Proclamada pelo Papa Eugnio III.Terceira cruzada (1189 a 1197) - Frederico Barba-Roxa, imperador alemo, Filipe

    Augusto, rei de Frana, e Ricardo Corao de Leo, rei de Inglaterra, organizam umaCruzada a pedido do papa Gregrio VIII.

    Quarta cruzada (1202 a 1212) - O Papa Inocncio III proclama a 4. cruzada, que

    ser pregada por Foulques de Neuilly e dirigida por Bonifcio I de Montferrat e Balduno IX deFlandres.Quinta cruzada(1217 a 1221) - Inocncio III lana um novo apelo cruzada durante

    o sermo de abertura do 4. Conclio de Latro. Ser dirigida por Joo de Brienne, rei deJerusalm e Andr II, rei da Hngria.

    Sexta cruzada (1228 a 1244) No papado de Gregrio IXStima cruzada (1248 a 1269) - Os Franceses embarcam para a Cruzada, decidida

    no Conclio de Lyon.Oitava cruzada (1270) - Lus IX decide organizar uma nova cruzada.

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    1. FATORES QUE CRIARAM CONDIES VITAIS PARA O INCIO DA REFORMAO Renascimento A humanidade acorda do sono milenar que foi a idade mdia,reacendendo o interesse pela cultura clssica, a pesquisa cientfica e literria com o uso dalngua grega, que por sua vez, possibilitou o acesso dos estudiosos a Bblia nas lnguasoriginais.

    Perodo de grandes descobertas e invenes Permitiu que o europeu entrasse emcontato com os outros povos e civilizaes. Vieram as viagens martimas intercontinentais,as descobertas geogrficas e principalmente a inveno da imprensa por Joo Gutembergem 1540. Segundo alguns historiadores a Bblia foi o primeiro livro impresso. A palavra deDeus comeou a ser semeada na lngua nativa, fazendo o povo descobrir o quantoestavam distantes dos ensinos e da simplicidade do evangelho.Sentimento Nacionalista - A obrigao financeira imposta aos estados europeus pelaigreja e o clero, levavam elevadas somas de dinheiro e bens para Roma, causando umaingerncia indevida nos negcios estrangeiros. Gerando conflitos na Alemanha, Frana eInglaterra.

    2. OS PRINCIPAIS REFORMADORES Cladio de Turim (834 DC) Os petrobrussianos (Sudoeste da Frana) Os cataristas (Sculo XII) Os valdenses (perseguidos pela inquisio) Os irmos parecidos com os valdenses Petrarca (1304-1374) Italiano Jonh Wycliffe (1328-1384) Inglaterra, famoso por sua inteligncia, levantou-se

    contra o direito do papa em cobrar impostos na Inglaterra . Seu maior trabalho foitraduzir a Bblia para o Ingls

    Jonh Huss (1373-1415) Bomia - Defendia a idia de ensinar as verdades de Cristosem depender do dogmatismo papal. Foi condenado a morrer na fogueira, por no se

    retratar. Sua morte causou revolta contra a Igreja papal Jernimo Savanarola (1452-1498) Os anabatistas Conhecidos tambm como os rebatizadores. Erasmo (1466-1536) holands, trouxe um reavivamento cultural Martim Lutero (1483-1546) Ulrico Zuinglio - teve sua primeira parquia em Glarus, Suia. Copiou o novo

    testamento e as epstolas de Paulo mo e lia sempre. No conformava com aidolatria e supersties alimentadas pela igreja romana, em 1519, j era consideradoum pregador notvel e sua fama se espalhou por toda regio. Atravs de suainfluncia a Sua rompeu com a Igreja em Roma

    Jonh Calvino Nasceu em 10 de julho de 1509 em Noyon, na Picardia, Frana. Feza reforma na Suia e na Frana. Aos 27 anos, em 1535 publicou As Institutas da

    religio Crist (o escopo do pensamento reformado) sob o nome depresbiterianismo. Na Frana estes mesmos presbiterianos foram chamados deHuguenotes.

    Jonh Knox Esccia, em uma orao disse a Deus: Ou d-me a Esccia ou mata-me. Foi um dos fundadores da Igreja Presbiteriana.

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    1. AS PRINCIPAIS CAUSAS DA REFORMACausas religiosas Um clima de reflexo crtica e de inquietao espiritual espalhou-seentre diversos cristos europeus. Com a utilizao da imprensa, aumentou o nmero deexemplares da Bblia disponveis aos estudiosos. A divulgao da Bblia e de outras obrasreligiosas contribuiu para a formao de uma vontade mais pessoal de entender as verdades

    divinas, sem a intermediao dos padres. Desse novo esprito de interiorizao eindividualizao da religio, que levou ao livre exame das Escrituras, surgiram diferentesinterpretaes da doutrina crist.

    Analisando o comportamento do clero, notou-se uma srie de abusos e de corrupesque estavam sendo praticados. (O alto clero de Roma estimulava inmeros negciosenvolvendo a religio, como, por exemplo, o comrcio de relquias sagradas espinhos quecoroaram a fronte de Cristo, panos que embeberam o sangue de seu rosto, objetos pessoaisdos Santos etc.). Alm do comrcio de relquias sagradas, a Igreja passou a venderindulgncias, isto , o perdo dos pecados. Assim, mediante certo pagamento destinado afinanciar obras da Igreja, os fiis poderiam comprar a sua salvao. No plano moral, asituao de inmeros membros da Igreja tambm era lastimvel, sendo o objeto de vriascrticas. Multiplicavam-se os casos de padres envolvidos em escndalos amorosos, de

    monges que viviam bbados como vagabundos e de bispos que somente acumulavamriquezas pessoais, vendiam os sacramentos e pouco se importavam com a religio.Causas scio-econmicas A concepo teolgica da igreja, desenvolvida durante o

    Perodo Medieval, estava adaptada ao sistema feudal, que se baseava na economiafechada e na auto-suficincia dos feudos. Por isso, a teologia tradicional catlicacondenava a obteno do lucro excessivo, da usura, nas operaes de comrcio,defendendo a prtica do preo justo. Com o incio dos tempos modernos, desenvolveu-se a expanso martima e comercial, e dentro desse novo contexto a moral econmicada Igreja comeou a entrar em choque com a atividade da grande burguesia. Essaclasse, empenhada em desenvolver ao mximo as atividades comerciais, sentia-seincomodada com as concepes tradicionais da Igreja, que taxava de pecado a buscaimpetuosa do lucro. Assim, essa burguesia comeou a sentir necessidade de uma nova

    tica religiosa, mais adequada ao esprito do capitalismo comercial.Causas polticas O sculo XVI foi um perodo de fortalecimento das monarquias nacionais.A Igreja Catlica, com sede em Roma e falando latim, apresentava-se como instituiode carter universal, sendo um fator de unidade do mundo cristo. Essas noes,entretanto, perdiam fora, na medida em que os sentimentos nacionais desenvolviam-se com grande vigor. Cada Estado, com sua monarquia, sua lngua, seu povo e suastradies, estavam mais interessados em auto-afirmar-se enquanto nao do que emfazer parte de uma cristandade obediente Igreja. Opondo-se ao papado e ao comandocentralizador da Igreja Catlica, a Reforma religiosa atendia aos anseios nacionalistas,permitindo a autonomia de Igrejas nacionais.

    2. O INCIO DA REFORMA (1170 d.C.)

    Grandes movimentos de reformas surgiram na igreja; contudo, o mundo noestava preparado para receb-los, de modo que foram reprimidos com sangrentasperseguies.Os Albigenses - "Puritanos" surgiram em 1170 no sul da Frana. Eles rejeitavam aautoridade da tradio, distribuam o Novo Testamento e opunham-se s doutrinas romanasdo purgatrio, adorao de imagens e s pretenses sacerdotais. O papa Inocncio III,promoveu uma grande perseguio contra eles, e a seita foi dissolvida com o assassinato dequase toda a populao da regio.Os Valdenses -Apareceram ao mesmo tempo, em 1170, com Pedro Valdo, que lia, explicavae distribua as Escrituras, as quais contrariavam os costumes e as doutrinas dos catlicosromanos. Foram cruelmente perseguidos e expulsos da Frana; apesar das perseguies,

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    eles permaneceram firmes, e atualmente constituem uma parte do pequeno grupo deprotestante na Itlia.Jonh Wycliffe (1328-1384)- Nascido em 1329, na cidade de Yorkshire, Inglaterra, terminou odoutorado de Teologia em 1372. Recusava-se a reconhecer a autoridade do papa e opunha-se a ela. Era contra a doutrina da transubstanciao, considerando o po e o vinho merossmbolos. Traduziu o Novo testamento para o Ingls e seus seguidores foram exterminadospor Henrique V.

    Jonh Huss (1373-1415) - Nascido em Hussinec, na Bomia, hoje Tchecoslovquia, em 1373.Ele fez seu mestrado em Filosofia na Universidade de Praga (capital atual da RepblicaTcheca), no ano de 1396. Dois anos depois, Huss comeou ensinar na Universidade, e em1401, veio a ser o seu reitor. Em 1400, Huss foi separado como padre e foi-lhe entregue aresponsabilidade da prestigiada Capela de Belm. Aps o casamento do rei ingls, Ricardo IIda Inglaterra com Ana, filha do imperador Carlos IV da Bomia em 1382, os ensinamentos deWycliff foram logo introduzidos no pas. Estudando-os bem de perto, Huss comeou no s apregar, como tambm traduzir as obras de Wycliff na lngua Tcheca. Comeou a proclamar anecessidade de se libertar da autoridade papal. Foi excomungado pelo papa, e ento retiroupara algum esconderijo desconhecido. Ao fim de dois anos voltou a convite da igreja paraparticipar de um conclio catlico-romana de Constana, sob a proteo de um salvo-conduto.Entretanto, o acordo foi violado sob o pretexto de que "No se deve ser fiel a hereges". Assim

    Joo Huss foi condenado e queimado. Huss morreu entoando salmos.Jernimo Savonarola (1452-1498) - Nascido em 1452 em Florena, Itlia, e tornou-semonge Dominicano, daquela cidade. A grande catedral enchia-se de multides ansiosas, nos de ouv-lo, mas tambm para obedecer aos seus ensinos. Pregava contra os male sociais,eclesisticos e poltico de seu tempo. Foi preso, condenado e enforcado e seu corpoqueimado na praa de Florena em 1498.William Tyndade (1494-1536) Nascido na parte oeste da Inglaterra, graduou-se naUniversidade de Oxford em 1515, onde estudou as Escrituras no hebraico e no grego. Mudou-se para Alemanha devido a uma grande perseguio para continuar a traduo da Bblia parao Ingls que tinha comeado. Conclui a traduo do Novo Testamento em 1525 e foramimpressas 15.000 cpias em 6 edies para distribuio na Inglaterra. Comeou a traduodo Velho Testamento mas no viveu bastante para completar. Foi condenado morte por ter

    colocado as escrituras na mo do povo ingls. No dia 6 de outubro de 1536, foi estranguladoe queimado publicamente em uma estaca. Suas ltimas palavras antes de morrer foram:Senhor, abre os olhos do rei da Inglaterra.

    3. A QUEDA DE CONSTANTINOPLA (1453 d.C.)Em 1453, foi assinalada como linha divisria entre os tempos medievais e os tempos

    modernos. Provncia aps provncia do grande imprio foi tomada, at ficar somente a cidadede Constantinopla, que finalmente, em 1453, foi tomada pelos turcos sob as ordens deMaom II. O templo foi transformado em mesquita. Constantinopla (Istambul) tornou-se acapital do Imprio Turco e assim terminou tambm o perodo da Igreja Medieval.

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    1. A REFORMA COM MARTINHO LUTERO (1517 d.C.)Na morte de Jonh Huss, ele declarou antes de sua execuo: Podem matar o ganso

    (na sua lngua huss ganso), mas daqui a cem anos surgir um cisne que no poderoqueimar. Cem anos depois, em 10 de novembro de 1483, em Eisleben, na Saxnia, nasciaMartim Lutero.

    Deus chamou um homem, chamado Martim Lutero e o vale de ossos secos comeoua adquirir vida (Ez 37). A promessa de Deus para a Igreja (Jl 2.13-26), era para restaurartudo.

    Martinho Lutero (1483-1546) nasceu em Eisleben, na Saxnia, sendo filho de umempreiteiro de minas que atingiu certa prosperidade econmica. Influenciado pelo pai,ingressou em 1501 na Universidade de Erfurt, para estudar direito, mas seu temperamentoinclinava-o vida religiosa, Em 1505, aps quase ter morrido em uma violenta tempestade,ingressou na Ordem dos Monges Agostinianos, cumprindo promessa feita a Santa Ana.

    Estudioso, srio, metdico e aplicado, Lutero conquistou prestgio intelectual,tornando-se, em 1508, professor da Universidade de Wittenberg.

    2. O JUSTO VIVER POR FEm 1510, viajou a Roma, de onde regressou decepcionado com o clima de corrupoque percebera no alto clero, Nos anos de 1511 a 1513, aprofundou-se nos estudosteolgicos, at que comearam a amadurecer em seu esprito as idias para a criao deuma nova doutrina religiosa. Nas epstolas de So Paulo, encontrou uma frase que lheparaceu fundamental: o justo viver por f.

    Concluiu Lutero que o homem, corrompido em razo do pecado original, s poderiasalvar-se pela f incondicional em Deus. Somente a f, e no as obras praticadas, seria onico instrumento capaz de justificar os pecados e de conduzir salvao, graas misericrdia divina. Deus comeou a restaurar a igreja, em primeiro lugar, por sua palavra,restituindo uma verdade fundamental, estas palavras como labaredas de Deus, incendiaram-lhe a mente, com vislumbres da verdade que procurava h tanto tempo. A verdade que

    liberta, libertou Lutero aos 18 anos, de tanta angstia e incertezas.

    3. O DIA DA REFORMA (1517 d.C.)Em 31 de outubro de 1517, eclodiu o incidente que provocaria o rompimento entre

    Lutero e a Igreja Catlica, girando em torno do episdio conhecido como venda deindulgncias. Tendo como o objetivo arrecadar fundos para financiar a reconstruo daBaslica de So Pedro, o Papa Leo X permitiu que se concedesse indulgncias (perdo dospecados) a todos os fieis que contribussem financeiramente com a Igreja.

    4. AS NOVENTA E CINCO TESES

    Escandalizado com essa salvao comprada a dinheiro, Lutero afixou na porta daIgreja de Wittenberg um manifesto pblico (as 95 teses), em que protestava contra a atitudedo Papa e expunha os elementos de sua doutrina. Iniciava-se, ento, uma longa discussoentre Lutero e as autoridades eclesisticas, culminando com sua excomunho pelo Papa, em

    janeiro de 1521.Demonstrando descaso e revolta diante da Igreja, Lutero queimou em praa pblica a

    bula Papal Exsurge dimine, que o condenava.As teses percorreram 15 dias por toda a cristandade e ele recebeu estimulo de amigos

    e no negou a f. livre da morte, quando simularam um seqestro, quando ele voltava paraWinttenberg. Quando convidado para ir a dieta imperial para ser retratar em Worms. Ao

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    chegar na cidade todos queriam ouvi-lo. Quando viajava e viu os castelos de Worms cantouseu hino preferido Castelo forte.

    Traduziu o Novo Testamento para o alemo, exilado em um Castelo e para o povoalemo traduziu toda a Bblia.

    A palavra protestante surge em 1529, depois de um histrico protesto em Espira.

    5. PRINCIPAIS DOUTRINAS LUTERANASIgreja: proclamava a criao de Igrejas nacionais autnomas. O trabalho religiosopoderia ser feito por pessoas no obrigadas ao celibato sacerdotal (obrigao de casar).Lutero aceitava a dependncia da Igreja ao Estado. O idioma das cerimnias religiosasdeveria ser aquele de cada nao e no o latim, que era o idioma oficial das cerimniascatlicas.

    Rito Religioso: a cerimnia religiosa deveria obedecer a ritos mais simples, reduzindoa pompa existente nos cultos catlicos. Santos e imagens foram abolidos.

    Livro Sagrado: A Bblia era o livro sagrado do Luteranismo, representando a nicafonte da f. Sua leitura e interpretao deveriam se feitas por todos os cristos. Lutero, em1534, traduziu para o alemo um original grego da Bblia.

    Salvao Humana: O homem se salva pela f em Deu e no pelas obras que pratica.

    Sacramentos: preservaram-se como sacramento bsico o batismo e a eucaristia.

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    1. A REFORMA DE CALVINO (1534 d.C.)Joo Calvino (1509 - 1564) nasceu em Noyon, na Frana, e desenvolveu nesse pas

    seus estudos de Teologia e de Direito. Influenciado por Guillaume Farel, aderiu s idiasprotestantes. Quando, em 1534, as autoridades catlicas francesas comearam a perseguiros suspeitos de heresias, Calvino fugiu para a Suia, onde o movimento reformista j tinha se

    iniciado, sob a liderana de Ulrich Zwingli (1484-1531).

    2. A CRENA DA PREDESTINAONas pregaes de Zwingli se dava maior importncia do que Lutero crena na

    predestinao dos homens para a salvao, valorizando menos o aspecto da justificao pelaf. Com seu esprito racionalista, Zwingli conquistou o apoio da burguesia mercantil da Sua,que admirava a objetividade de suas aes e o lado prtico de suas idias. Seu trabalhoreligioso preparou o caminho para que ali se desenvolvessem as idias de Joo Calvino.

    Em 1536, Calvino publicou sua principal obra, a Instituio da Religio Crist, na qualafirmava que o ser humano estava predestinado de modo absoluto a merecer o Cu ou oInferno. Explicava Calvino que, por culpa de Ado, todos os homens j nasciam pecadores(pecado original), mas, Deus tinha eleito algumas pessoas para serem salvas, enquanto

    outras seriam condenadas maldio eterna. Portanto, nada que os homens pudessem fazerem vida poderia alterar-lhes o destino, j previamente traado.A f, existente em algumas pessoas, poderia ser interpretada como um sinal de que

    elas pertenciam ao grupo dos eleitos por Deus salvao. Tais pessoas, os eleitos, sentiriamdentro do seu corao um irresistvel desejo de combater o mal que povoa o mundo,simplesmente para a glria de Deus.

    A prosperidade econmica de algumas pessoas, sua riqueza material, tambm passoua ser interpretada pelos seguidores de Calvino como um sinal da salvao predestinada.

    Em 1538, Calvino foi expulso da Sua, devido aos seus excessos de rigor e deautoritarismo. Entretanto, conseguiu retornar em 1541 e consolidou seu poder na cidade deGenebra, tornando-se senhor absoluto do Governo e da nova Igreja Calvinista, at o ano de1561. Durante esse perodo, Genebra viveu um regime de carter teocrtico, em que se

    confundiam princpios religiosos e polticos.

    3. O CONSISTRIOEntre os rgos criados pelo Governo calvinista, destacava-se o Consistrio,

    encarregado da vigilncia moral dos cidados e da solicitao de castigos ao Estado. Entreas atitudes condenadas pelo Calvinismo citam-se, por exemplo, o jogo, o culto a imagens, adana, o adultrio e a heresia, sendo que as penas impostas aos infratores variavamconforme a gravidade do crime. Muitos foram condenados morte.

    H que se mencionar o lamentvel episdio com Miguel Servet, polemista, telogo,mdico, contra o qual Calvino foi chamado a testemunhar, e contra as expectativas de todos,foi condenado como herege, pena de morte, para ser queimado vivo. Direta ouindiretamente, consciente ou inconscientemente, fato que houve participao de Calvino, o

    julgamento deste cabendo Histria.4. O CALVINISMO E O CAPITALISMO

    Criou-se, com base no Calvinismo, um modelo ideal de homem, religioso etrabalhador, para quem o sucesso econmico e a conquista de riquezas eram um sinal dapredestinao divina ao Paraso.

    Essa ideologia foi bem aceita pela burguesia mercantil, na medida em que suaganncia pelo lucro era justificada pela tica religiosa. Identificando-se com a burguesia, oCalvinismo espalhou-se por diversas regies da Europa, como Frana, Inglaterra, Esccia eHolanda pases onde se expandia o capitalismo comercial.

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    1. A REFORMA SE ESPALHA PELA EUROPAA reforma se espalha pela Europa principalmente na Frana pelos Huguenotes, onde

    em 1559 foi organizada uma igreja protestante nacional.Na Frana acontece um terrvel massacre aos protestantes. Em um casamento em

    So Bartolomeu em 1572, por ordem de Catarina de Mdicis, milhares de Huguenoses foram

    mortos, est noite ficou na histria como a noite de So Bartolomeu. Cerca de 70 milprotestantes foram mortos em toda a FranaNa Esccia, com Jonh Knox. O maior lder da causa reformista. Surge a Igreja

    Reformada da Esccia.Na Inglaterra, no reinado de Eduardo Vi, surge uma liberdade para o crescimento da

    reforma. A Inglaterra torna-se um dos principais baluartes da causa protestante na Europa.

    2. O RESURGIMENTO DOS ANABATISTASAlm dos luteramos e reformados, reaparece os Anabatistas. O ideal deles era

    organizar uma sociedade de cristos verdadeiramente convertidos, em bases voluntrias.Surgem os irmos menonitas e os modernos batistas na Inglaterra e Holanda. Os

    menonitas vieram do seu lder Meno Simons que era lder dos anabatistas.

    3. O PIETISMODevido a muita disputa teolgica entre os luteranos e os calvinista na Alemenha.

    Surge o pietismo, liderado por Filipe Jac Spener, que levaria o povo a alcanar uma vidacrist pura, sincera e ardente.

    4. A REFORMA CATLICA OU CONTRA-REFORMA (1545 d.C.)Diante dos movimentos protestantes, a reao inicial e imediata da Igreja Catlica foi a

    de punir os lderes rebeldes, na esperana de que as idias dos reformadores no sepropagassem e o mundo cristo recuperasse a unidade perdida.

    Essa ttica, entretanto, no deu bons resultados, j que o movimento protestanteavanou pela Europa, conquistando crescente nmero de seguidores. Era foroso, assim,reconhecer a ruptura protestante.

    Diante disso, ganhou fora dentro do Catolicismo um amplo movimento demoralizao do clero e reorganizao das estruturas administrativas da Igreja.

    Esse movimento de reformulao da Igreja Catlica ficou conhecido como ReformaCatlica ou Contra-Reforma. Seus principais lderes foram os Papas Paulo III (1534-1549,Paulo IV (1555-1559), Pio V (1566-1572) e Xisto V (1585-1590).

    A reao da igreja catlica objetivava:Expurgar a igreja, comeando pelo cleroQuebrar as foras da ao protestante. Reconquistar o terreno perdido e dar novo vigor as atividades missionrias

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    1. AS MEDIDAS DA CONTRA-REFORMA PARA DETER O PROTESTANTISMOAprovao da Ordem dos Jesutas - No ano de 1540, o Papa Paulo III aprovou a criao daOrdem dos Jesutas ou Companhia de Jesus, que tinha sido fundada pelo militar espanholIncio de Loyola, em 1534. Inspirando-se na estrutura militar, os jesutas consideravam-se ossoldados da Igreja, sua tropa de elite, cuja misso era combater a expanso do

    protestantismo. Entretanto, o combate deveria ser travado com as armas do esprito, e paraisso Incio de Loyola escreveu um livro bsico, chamado Os exerccios espirituais, em quese propunha a programar a converso do indivduo ao catolicismo, mediante tcnicas decontemplao. A criao de escolas religiosas foi um dos principais instrumentos daestratgia dos jesutas. Outra arma utilizada foi a catequese dos no-cristos, isto , os

    jesutas empenharam-se em converter ao catolicismo os povos dos continentes recm-descobertos. O objetivo era expandir o domnio catlico para os demais continentes; eresultado disto foi uma tremenda perseguio aos protestantes, eles queriam esmagar osdissidentes, principalmente os evanglicos.

    Os principais mtodos de contra-atacar o protestantismo foram:Nas igrejas que estabeleceram ou naquelas que conseguiram controlar, colocavam

    hbeis pregadores e promoviam reunies atraentes.

    Dispensavam tambm muita ateno a obra educacional.Abriram escolas primrias que logo se enchiam, pois o ensino era gratuito e bom. Os

    alunos eram, naturalmente, treinados a demonstra devoo a Igreja CatlicaRomana. Queriam ganhar os pais com os filhos e trabalhavam muito nos meiospolticos.

    Convocao do Conclio de Trento - No ano de 1545, o Papa Paulo III convocou umConclio, cujas primeiras reunies foram realizadas na cidade de Trento, na Itlia. Ao final delongos anos de trabalho, terminados em 1563, o Conclio apresentou um conjunto dedecises destinadas a garantir a unidade da f catlica e a disciplina eclesistica. Reagindos idias protestantes, o Conclio de Trento reafirmou diversos pontos da doutrina catlica,como, por exemplo:

    Salvao humana: depende da f e das boas obras humanas. Rejeitava-se,

    portanto, a doutrina da predestinao; Fonte da f: o dogma religioso tem como fonte a Bblia, cabendo Igreja dar-

    lhe a interpretao correta, e a tradio religiosa, conservada pela Igreja etransmitida s novas geraes. O Papa reafirmava sua posio de sucessor dePedro, a quem Jesus Cristo confiou a construo de sua Igreja;

    A missa e a presena de Cristo: a Igreja reafirmou que no ato de eucaristiaocorria a presena real de Jesus no po e no vinho. Essa presena real de Cristo erarejeitada pelos protestantes.

    O Conclio de Trento determinou, ainda, a elaborao de um catecismo com ospontos fundamentais da doutrina catlica, a criao de seminrios para a formaodos sacerdotes e a manuteno do celibato sacerdotal;

    Foi um dos abominveis e desumanos, instrumentos de combate reforma, durou

    dezoito anos. No final do conclio a Igreja Romana tinha preparado uma declarao completade sua doutrinaRestabelecimento da Inquisio - No ano de 1231 a Igreja Catlica criou os Tribunais deInquisio, que, com o tempo, reduziram suas atividades em diversos pases. Entretanto, como avano do protestantismo, a Igreja decidiu reativar, em meados do sculo XVII ofuncionamento da Inquisio, que se encarregou, por exemplo, de organizar uma lista delivros proibidos aos catlicos, o Index librorum prohibitorum. Uma das primeiras relaes delivros proibidos foi publicada em 1564 que continha todas as verses da Bblia, exceto aVulgata. Os lderes defenderam o uso da fora contra as heresias. O protestantismo foiesmagado pela inquisio na Espanha e na Itlia. Muito dos perseguidores eram sinceros nozelo daquilo que julgavam cristo. O papa Pio V, teve o auxlo de fortes governos na Europa.

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    1. A GUERRA DOS TRINTA ANOS INCIO DA IGREJA MODERNA (1618-1648 d.c.)A Igreja Romana passa por um reavivamento, visando restaurar a f e zelo romanista.

    A Europa invadida pela contra-reforma e em muitos pases a reforma foi abafada. Com otratado de paz de Augsburgo, estabeleceu-se por algum tempo a normalidade na Europa, topertubada por questes religiosas.

    Os sculos XVI e XVII na Europa foram marcados por guerras de religies, que naverdade traduzem as diversas disputas polticas e os interesses econmicos existentesSegundo o Pacto de Augsburgo, assinado em 1555, os prncipes alemes tinham que

    escolher entre o catolicismo e o protestantismo. O desfecho de 25 anos de guerrarepresentava o enfraquecimento do poder imperial-catlico e o fortalecimento da nobreza e departe da burguesia, que havia aderido ao protestantismo.

    As tenses religiosas na regio da Bomia haviam se radicalizado desde a criao(1608) da Unio Evanglica, aliana para defesa dos prncipes e cidades protestantes, e daSanta liga Alem (1609), organizao similar formada por catlicos.

    Em 1618 iniciou-se na regio da Bomia (atualmente incorporada Repblica Checa,localizada na Europa Central) uma guerra que envolveu diversos pases europeus envolvendocatlicos e luteranos. Esta guerra durou at 1648, e ficou conhecida como a Guerra dos 30

    anos. Neste perodo a Europa viveu em hostilidades, massacres e guerras que s terminoucom o tratado da Paz em Vesteflia. O papa declarou esta paz prejudicial religio catlica,pois cedeu aos hereges a liberdade de culto

    2. OUTRA ESTRTEGIA DA IGREJA ROMANA INVESTIMENTO EM MISSESA igreja catlica romana comea a investir em misses. As novas terras descobertas

    no ocidente e no oriente, no fim dos sculos XV e XVI, tornaram-se sua seara, principalmentepelos franciscanos e dominicianos.

    Os Jesutas foram os maiores missionrios catlicos. O espanhol Francisco Xavier,companheiro de Incio Loyola leva o catolicismo romano para ndia e Japo.

    O jesuta Mateo Rocci, levou o romanismo para China em 1582. Os jesutas chegaramno Brasil e Paraguai nas possesses francesas na AmricaA igreja catlica se fortalecia, principalmente na Frana. Mas os Jesutas sofrem

    oposio pela igreja Catlica francesa e a Frana no queria que o papa interferisse em seugoverno. Os jesutas foram expulsos e o papa Clemente XIV sob presso dos reis, dissolveuo movimento Jesuta.

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    1. O ARMINIANISMO - OUTRA VISO DOUTRINRIA DA REFORMA (1604 d.C.)Em 1604, na Holanda, em oposio a doutrina calvinista da predestinao, surge um

    movimento "revolucionrio" liderado por Jacobus Arminius, de onde inclusive vem adenominao da doutrina por ele fundada: o arminianismo. Essa doutrina ensina que Deusaceita quem, usando seu livre-arbtrio, se arrepende e cr na palavra de salvao dada por

    Jesus. A igreja comea a voltar para o evangelismo pessoal e de massa.

    2. OS PURITANOS NA INGLATERRA (1654 d.C.)Por volta de 1654, surge na Inglaterra um grupo de protestantes radicais que

    desejavam uma igreja igual s que se estabeleceram em Genebra e na Esccia. Este grupoficou conhecido, como "os puritanos", e opunha-se de modo firme ao sistema anglicano nogoverno de Elisabete, e por essa razo muitos de seus drigentes foram exilados.

    Os puritanos tambm estavam divididos entre si: uma parte mais radical, era favorvel forma presbiteriana; a outra parte desejava a independncia de cada grupo local,conhecidos como "independentes" ou "congregacionais". Apesar dessas diferenas,continuavam como membros da igreja inglesa.

    Aps a Revoluo de 1688, os puritanos foram reconhecidos como dissidentes daigreja da Inglaterra e conseguiram o direito de organizarem-se independentemente.

    3. INFLUNCIA DOS PURITANOS NO GOVERNO INGLSOs puritanos influenciaram tanto o governo Ingls que ele aprovou leis polmicas que

    trouxe uma reao negativa da sociedade. Eles conseguiram aprovar leis que: Fecharam os teatros; Proibiam os esportes brutais; No permitiam alguns divertimentosO povo reagiu e a monarquia foi restaurada e os puritanos foram perseguidos. Deste

    movimento iniciado pelos puritanos surgiram trs conhecidas denominaes, a saber, a

    Presbiteriana, a Congregacional e a Batista.

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    1. OS PRIMEIROS REFORMADORES NO BRASIL (1555 d.C.)Villegaignon, comandante da expedio francesa que aportou na Guanabara em 1555

    e teve o apoio do huguenote Gaspard de Coligny, que escreveu a Calvino e Igreja deGenebra pedindo que enviassem para o Brasil crentes reformados.

    Eles vieram com o objetivo de fundar aqui uma colnia chamada Frana Antrtica, que

    deveria se caracterizar pela tolerncia religiosa.Eram os primeiros protestantes a pisar em terras brasileiras. Trs pastoresprotestantes lideravam o grupo.

    2. A PERSEGUIO EM SOLO BRASILEIROChegando ao Rio de Janeiro, Villegaignon denunciou os protestantes as autoridades

    contra-reformistas. Alguns conseguiram escapar, mas cinco deles Jean Jacques le Balleur,Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e Andr la Fon, foram presos econdenados morte. Eles foram presos no somente por aportarem no pas que era colniaportuguesa, mas por estarem difundindo o Evangelho da Graa, que contrariava as doutrinaRomana de salvao por f e obras (o poder de Deus necessitaria da ajuda do homem no

    processo de salvao), agarrando-se doutrina Bblica defendida por Lutero - Somente pelaf.

    3. OS PRIMEIROS MRTIRES NO BRASILAntes de serem executados porm, os protestantes eram obrigados a confessar sua

    crena uma vez mais, era um direito do governador exigir dos sditos uma confisso de f.Era como uma ltima chance de renegar suas "heresias", ou para que pudessem serindiscutivelmente condenados. Foi-lhes dado um prazo de 12 horas para que escrevessemnum documento tudo quanto criam. Em doze horas aqueles quatro homens, com ajudaapenas de suas Bblias (pois no dispunham de outros livros com eles) escreveram o queseria a primeira confisso de f das Amricas, mostrando aos clrigos jesutas tudo aquilo no

    que criam. Foi uma espcie de Credo, e eles sabiam que com ele estavam assinando suasentena de morte. Apenas Jean Jacques le Balleur no subscreveu a Confisso tendofugido para So Vicente (So Paulo), escapando da morte naquele momento.

    Dos quatro missionrios, trs foram mortos (sofreram estrangulamento e, ainda vivos,tendo as mos e ps atados, foram lanados ao mar, na Baa da Guanabara). Eram ospastores Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil e Pierre Bourdon. Todos foram mortos numasexta-feira, em 09 de fevereiro de 1558. O quarto missionrio, Andr la Fon, era alfaiate,negou a f, e foi poupado. Enquanto aprisionados, esperando a morte, repetiam a mesmaatitude de Paulo e Silas (Atos 16.25): cantavam, louvavam e trocavam palavras de nimo.Villegaignon ficou conhecido como o "Caim da Amrica".

    4. A FUGA DA MORTE PARA EVANGELIZARDiante do sacrifcio dos companheiros, Jean Jacques le Balleur fugiu para So Vicente(So Paulo), onde realizou intensa atividade evangelstica. Aprisionado em 1559, foiconduzido para a Bahia onde permaneceu encarcerado por oito anos, at 1567. Foicondenado a morrer queimado