Historiadaartegeral

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Linguagens e formas da arte

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Uma abordagem geral da História da Arte associada à História das Religiões.

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Linguagens e formas da arte

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As obras de uma exposição

As obras a serem expostas podemos denominar de objetos da exposição.

Estes objetos são resultado de processos de criação, que partem de uma concepção prévia na mente, corporificada fisicamente depois.

Isto é projetar: imaginar e materializar.

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OBJETOS DE ARTE

Para fins didáticos vamos começar falando de objetos “artísticos” dentro de uma visão mais conservadora, da história da arte oficial.

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OS OBJETOSEstes objetos são criados através de várias formas

de linguagem, como veremos a seguir:

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PINTURAS RUPESTRES

Parque da Serra da Capivara, Piauí. 12.000 a.C.

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Os primeiros exemplos de desenho e de pintura usam as paredes de cavernas, e de grutas ou locais de difícil acesso como superfície.

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AFRESCOS

Afrescos representando a Rainha Nefertari – 1570 a 1505 a.C.

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Após as pinturas rupestres, surgem os afrescos, que utilizam a superfície de templos, palácios e túmulos, como este exemplo egípcio.

Faça um passeio virtual pela tumba de Nefertari também:http://superdownloads.uol.com.br/download/134/tumba-nefertari/

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Ou esse do Palácio de Knossos – Ilha de Creta – parte da Grécia atual

1550 a 1400 a. C.

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Quer fazer um tour pelas ruínas do Palácio de Cnossos

http://www.bsa.ac.uk/knosos/index.htm

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Agora vamos continuar nossa sequência, através de um histórico dessa forma de linguagem da arte na cultura ocidental.

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Pintura Grega

Pintura em vaso de cerâmica – VI a V a. C.

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Na Grécia as pinturas eram feitas em vasos, de uso cotidiano, exportados para todo o mundo mediterrâneo da época.

Não haviam afrescos como em Creta, com uma civilização denominada creto-micênica que precedeu a grega.

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Afrescos Romanos

Herculano 79 d. C.

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Com a civilização Romana temos novamente os afrescos como este exemplo de Herculano, cidade destruída pelo Vesúvio junto com Pompéia e por isso muito bem preservado. Eles decoravam casas, templos e edifícios públicos.

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Além do afresco, teremos os mosaicos também como meio de linguagem extremamente difundido.

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Mosaico das Termas de Caracala em Roma – 212 a 217 d. C.

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Com a ascensão do Cristianismo, a partir de 314 d.C., como religião oficial do Império Romano, pelo Imperador Constantino, os temas religiosos começam a ser um dos eixos da produção artística.

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Mosaico Romano

Igreja Santa Prassade

Roma

Século V d. C.

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AFRESCOS NA IDADE MÉDIA

O Beijo de Judas – 1304 a 1306 d. C. – Giotto di Bondone

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Tornando-se dominantes por toda a Idade Média, até chegarmos ao Renascimento, quando começa a surgir uma nova visão da arte em que os mitos pagãos, ou seja, da antiguidade greco-romana, são retomados.

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PINTURA EM TELA

Alegoria da Primavera de Sandro Botticelli - 1478

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Além do tema mitológico, surge no Renascimento a pintura em tela, passível de ser transportada e deslocada mais facilmente que as anteriores com base em madeira.

Outro uso que se inicia intensivamente no Renascimento é o dos retratos, como o que veremos a seguir.

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Retrato de Battista Sforza

Duquesa de Urbino

Autoria de Piero della Francesca

1465 a 1472

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Os retratos irão continuar a reproduzir os patrocinadores dos artistas, sendo importante instrumento de documentação das épocas em que foram realizados. Seguirão as tendências das artes de cada período.

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Os retratos consagraram o uso da tinta a óleo, como neste auto-retrato de Rembrandt. Procurando reproduzir uma realidade.

Auto-retrato de Rembrandt - 1642

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Retrato Barroco

Retrato de Luis XIV

Hyacinthe Rigaud

1701

Veja os excessos de ornamentos e a dramaticidade do retrato barroco, muito bem exemplificado neste do Rei Sol da França, Luis 14. É o contrário de um certo comedimento do retrato renascentista de Battista Sforza.

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Retrato de Battista Sforza

Duquesa de Urbino

Autoria de Piero della Francesca

1465 a 1472

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Retrato Neoclássico

Delphine Ramel Pintura de Ingres1859

No neoclássico voltamos

a uma estética que retoma

o Renascimento, mais

comedida.

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Esta procura do realismo começa a ser questionada com o surgimento da fotografia, que seria uma representação “real” do mundo.

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A FOTOGRAFIA

Paris – Vista do Rio Sena no Século XIX – Realista?

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Miss Dorothy Draper

por John W Draper 1840

Retrato Fotográfico

Este é considerado o primeiro retrato de mulher, feito na cidade de Nova Iorque, nos EUA em 1840, pelo irmão da retratada.

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A libertação do realismoDa procura do realismo, começam a surgir novas idéias do que seria a pintura, que começa a assumir-se como uma leitura da realidade, deixando sua representação para a fotografia

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Campo de Papoulas perto de Giverny de Claude Monet - 1885

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Oliveiras Van Gogh 1889

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Dora Maar com Gato

Pablo Picasso

1941

E o retrato começa a fugir

da representação realista

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A pintura então acaba se tornando também uma interpretação da realidade.

Aliás essa é uma boa pergunta:

Pintura deve ser uma expressão da realidade ou é uma interpretação da realidade?

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E a fotografia com o tempo também começa a se desvincular desta necessidade de ser realista.

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Experiência de Cinema - Rosangêla RennóRealista ou interpretação?

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A verdadeira pintura é realista?

Existe um certo preconceito com a pintura não realista, como se a abstração fosse mais fácil de executar. É comum se dizer que qualquer criança seria capaz de fazer uma tela abstrata. No Brasil uma das razões que justificariam esse preconceito com a abstração é que tivemos um marco nas artes plásticas com a vinda da Missão Artística Francesa em 1816.*

* A MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA por Marcelo O. Uchoa

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A Missão Artística trouxe pintores ligados à Academia Francesa que eram realistas, ligados ao Neo Classicismo. Um deles, Jean Baptiste Debret ficou no Brasil de 1816 a 1831.

Retrato de Índia – Jean Baptiste Debret

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A Missão Artística Francesa

Quando em 1808 a família real se viu obrigada a vir para o Brasil, trouxe com ela, mesmo que inconscientemente, a semente da criação desta, que seria a precursora do ensino de arte no Brasil, a missão artística francesa de 1816. Composta por importantes nomes das artes francesas veio para ser o marco inicial do ensino de arte no Brasil.

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E esse marco do ensino das artes plásticas no Brasil deixou sua marca, da pintura realista, depois denominada acadêmica, que só foi questionada na década de 20 do século passado, como na Semana de Arte Moderna de São Paulo.

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A Boba

Anita Malfatti

1916

Temos no Brasil artistas que entraram em contato com as renovações da arte na Europa, como Anita Malfatti

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E outros que ainda estão apegados à visão realista e acadêmica da pintura.

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Ramos de Azevedo – Oscar Pereira da Silva - 1929

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Mudanças e Convivências

Os movimentos e formas de ver a arte vão se sucedendo e convivendo entre si, de modo que formas de expressão de épocas diversas convivem em cada momento histórico, junto com outras que serão as futuras. Não há uma ruptura drástica em que tudo era de um jeito e fica de outro.Poderíamos dizer que o OLHAR muda de tempos em tempos gradativamente.

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As pessoas de gosto nos dizem hoje que Renoir é um grande pintor do século XVIII. Mas, dizendo isso, esquecem o Tempo e que muito precisou decorrer, mesmo em pleno século XIX, para que Renoir fosse saudado como um grande artista. Para desse modo conseguirem ser reconhecidos, o pintor e o artista originais procedem à maneira de oculistas. O tratamento pela sua pintura, pela sua prosa, nem sempre é agradável. Quando está acabado, o clínico nos diz: "Olhe agora." E eis que o mundo (que não foi criado só uma vez, mas tantas vezes quantas apareceu um artista original) nos surge inteiramente diverso do antigo, mas perfeitamente claro. Mulheres passam pela rua, diferentes das de outrora, visto que lidamos com Renoirs, esses Renoirs onde nos recusávamos antigamente a ver mulheres. As carruagens também são Renoirs, assim como a água e o céu: temos vontade de passear pela floresta idêntica à que no primeiro dia nos parecia tudo, menos uma floresta, e como, por exemplo, uma tapeçaria de numerosos matizes, mas onde faltavam justamente os matizes próprios às florestas. Tal é o universo novo e perecível que acaba de ser criado. Há de durar até a próxima catástrofe geológica que um novo pintor ou um novo escritor originais desencadearão.

No Caminho de Guermantes - Marcel Proust

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Mais pinturas

http://vivercomarte2007.blogspot.com/2007_10_01_archive.html

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Agora vamos à linguagem tridimensional das artes plásticas com o desenvolvimento da escultura na tradição ocidental.

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ESCULTURAS

As primeiras esculturas surgem em 30.000 A.C., como a Vênus de Willendorf (Áustria) que vemos aqui.

São estatuetas femininas de pequenas dimensões, identificadas como possíveis ídolos para o culto da fertilidade e sexualidade. Estas figuras apresentam características semelhantes entre si: são representadas nuas, de pé e revelam os elementos mais representativos do corpo feminino em linhas exacerbadas.

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Posteriormente nas primeiras civilizações que são a base da cultura ocidental: a Egípcia, na África, e a Suméria na região onde hoje se situa o Iraque; surgem as primeiras esculturas de pessoas e deuses, procurando representar sua vida cotidiana e suas crenças.

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ESCULTURAS

Touro Alado Assíria 716 a 713 a. C.

Egito – Ankhwa

2686 a 2613 a. C.

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A GRÉCIA

Na Grécia com seus Deuses semelhantes ao homem, surge toda a escola realista de escultura, que permaneceria como paradigma até o advento das vanguardas artísticas do final do Século XIX e início do Século XX, que quebraram essa idéia e caminharam para a abstração.

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Grécia – esculturas típicas

Palas Athenas - 490 a.C. a 430 a.C. Kouros Kroisos – 540 a 515 a. C.

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Esculturas Romanas

Os Romanos se apropriaram da escultura grega, inclusive fazendo réplicas que preserveram a imagem dos originais perdidos. Os Imperadores e cidadãos ricos da sociedade romano foram retratados em esculturas.

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Caio Júlio César

Cerca 60 a. C.

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ESTÁTUAS MEDIEVAIS

Na Idade Média o tema das estátuas como da arte em geral será religioso e cristão.

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Construída entre 1283 e 1490.

Como na Arquitetura Gótica das Catedrais, onde as estátuas eram feitas por artesãos anônimos, fazendo parte da decoração.

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Renascimento

No Renascimento retoma-se a Antiguidade Greco-Romana que influencia as esculturas produzidas nesse período.

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Davi de Michelângelo 1501 a 1504

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Moisés de Michelangelo - 1515

Observe como esse Moisés lembra uma estátua do Deus Grego Zeus

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Zeuspelo escultor Fídias século V a.C.

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Estilos e esculturas

Como foi tratado na pintura começamos a ter a influência dos estilos de cada época na execução das esculturas como a que segue.

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Escultura Barroca

Êxtase de Santa Teresa

Gian Lorenzo Bernini

Século XVII

Como vimos na pintura, existe na escultura uma dramaticidade e um excesso de elementos formais, fugindo da estética econômica do Renascimento.

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Escultura Barroca Brasileira

Profeta Daniel – Aleijadinho

1795 a 1805

A Estética barroca brasileira, como as outras que se seguirão em geral, acontece tardiamente frente ao cenário das Tendências Européias. Tem uma cara própria porém, representada aqui por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Quer ver mais:

ttp://www.museualeijadinho.com.br/

http://www.starnews2001.com.br/aleijadinho.html

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O Pensador

Rodin

1884

O escultor Rodin começa a se afastar da idéia de uma representação realista da escultura, causando polêmica na época.

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Links legais

Museu Rodin Paris:

http://www.musee-rodin.fr/

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Como na pintura a escultura segue retratando com realismo pessoas e coisas, até que começa a sofrer um processo de abstração que chega noinício do século XX com novos rumos.

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As Vanguardas

Cabeça de Mulher Pablo Picasso1932

Em 1932 Pablo Picasso, se afasta do realismo na escultura, mas não de forma completa, porque ainda podemos nos remeter a uma imagem que o título evoca.

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Mais Picasso. Veja no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o famoso

Moma:

http://search.moma.org/?q=pablo+picasso&q1=The+Collection&x1=category

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E hoje temos nessa sequência, da abstração, caminhos como o desta escultura do artista britânico de ascendência indiana Anish Kaapor, que nem título tem.

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Novamente a convivência

Lembrando novamente: Os movimentos e formas de ver a arte vão se sucedendo e convivendo entre si, de modo que formas de expressão de épocas diversas convivem em cada momento histórico, junto com outras que serão as futuras. Inclusive são ressuscitadas, como o Hiper-Realismo no final dos anos 60 do século XX.

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Big SplashDavid Hockney1967

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Vanguardas e Modernidade

Todo este processo de questionamento dos parâmetros acadêmicos realistas, e sua retomada em novas bases, coincide com mudanças que começaram em outras esferas da vida na segunda metade do século XIX e começo do século XX: a ascensão de uma nova classe dominante formada pelos burgueses, da industrialização e urbanização crescente, dos movimentos operários, etc.

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Tudo isso era conduzido por pensadores e líderes, tanto políticos como artísticos e intelectuais, e por vezes uma somatória dos três, que são denominados hoje vanguardas. Elas contestavam um mundo que desvanecia-se, dos nobres e da terra como fonte de riqueza, e apontavam para o futuro, com muitos ideais e um projeto unificador denominado projeto moderno. Assim as vanguardas da pintura estavam associadas ao modernismo na arquitetura. Essa tentativa de contestação seria marca da produção artística, até que este projeto de um mundo novo não se realizou, e as vanguardas foram virando arte oficial. Dessa crise das vanguardas surge a perspectiva pós-moderna, onde não mais se procura unificação através de um projeto coletivo.

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Vanguardas e autoritarismo

Vistas com a devida isenção que o tempo nos dá, as vanguardas acabavam, por sua tentativa unificadora, se tornando autoritárias, considerando-se a ponta de lança da sociedade e tendo dificuldade em dialogar com a diferença, assim como com a maior parte da população, que continuou a preferir uma arte e arquitetura mais tradicionais.

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Voltando ao nosso percurso que parou em Anish Kaapor, chegarmos a novas formas de expressão artística, que usam intencionalmente o espaço onde se situam como parte do trabalho: as instalações.

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Instalações

Names de Jac Leiner - 1989

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E AS PERFORMANCES

Performance de Maurício Iânes na Galeria Vermelho em 2007

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Surgem então boas perguntas:

O que é realidade?

Será que todas as linguagens artísticas

não seriam nada mais que interpretações

da realidade.

E as exposições seriam então uma reinterpretação de interpretações da realidade.

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Links legais

Performance de Maurício Iânes:

http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI16385-15571,00.html

Galeria Vermelho:

http://www.galeriavermelho.com.br/v2/index.asp

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A DiSSOLUÇÃO DA ARTE

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Isso não quer dizer que a arte se desmaterializou de todo e sim que ela atualmente acontece fora dos ambientes protegidos dos Museus, Galerias e centros culturais.

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GrafiteO grafite começa nas ruas

Os Gêmeos – Grafite na Av. 23 de maio na cidade de São Paulo - 2008

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E vai para a galeria

Exposição dos Gêmeos na Galeria Fortes Villaça na cidade de São Paulo - 2006

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ARTE E VIDA

E temos enfim essa discussão sobre se:

- A vida imita a arte? (frase de Oscar Wilde)

- A arte imita a vida?

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Arte e vida interagem, e assim temos as novas ações artísticas denominadas intervenções urbanas.As intervenções urbanas levam a arte para a vida cotidiana, usando de linguagens do teatro, das artes plásticas, da ação política, através de eventos usando a cidade como cenário de suas ações.Essas intervenções são propostas por grupos que se denominam “Coletivos”, que tem formação variável, sem hierarquias rígidas, que retomam as utopias, mas procurando um diálogo com a população e com os problemas cotidianos da cidade.

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Pets de Eduardo Sur – rio Tiête cidade de São Paulo - 2008

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Coletivo Poro de Belo Horizontevídeo: http://poro.redezero.org/videos.html

Coletivo Lotes Vagos de Belo Horizontehttp://lotevago.blogspot.com/

Um bom site de arte contemporânea brasileirahttp://www.canalcontemporaneo.art.br/_v3/site/index.php

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OUTROS OBJETOS

Além dos objetos artísticos toda sorte de objetos criados pelo homem tem algo a dizer e podem fazer parte de uma exposição.

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Móveis

Estilo Luís XV – século XVIII

Thonet Século XIX

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Cadeiras Luis XV cópia de original do século XVIII e versão do designer Phillipe Starck -2002

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VESTUÁRIO

Issey Myake

Vestido

2007

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DESIGN

Abajur Miss Sissi

Phillipe Starck

1991

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E como dito no vídeo inicial do módulo os objetos na sua casa são uma exposição. Podemos expor de tudo, basta adicionar intencionalidade a cada arranjo que fazemos no espaço. Agora onde tudo isso começou? Onde associamos um objeto, um espaço e uma intenção primeiramente na história da humanidade?

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Arte Rupestre. Lascaux

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A entrada da Gruta

Observe que ela foi construida depois. Antes ela ficava escondida e foi descoberta por acaso, por quatro adolescentes, em 1940. A gruta é conhecida como "capela Sistina pré-histórica" e tem pinturas rupestres datadas de 17.000 a 15.000 a.C..

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Grande Salão ou Salão dos Touros

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Observe o uso do relêvo da caverna no desenho do torso do touro

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Galeria Lateral

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Galeria Lateral direita

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O Alvorecer da Arte• Uma das grandes discussões da Antropologia é o surgimento da

civilização. Para algumas correntes ela surgiu junto com a escrita. Outras correntes porém estabelecem que a expressão artística foi o início da civilização ou, ainda mais enfaticamente, o crescimento da população do Homo Sapiens que superou o Homus Neanderthalis ocorreu em função da capacidade do Sapiens em fazer arte. Afora os registros de objetos em tumbas e ferramentas de caça, as primeiras criações artísticas de impacto criadas pelos homens que foram descobertas são as pinturas rupestres. A Gruta de Lascaux é uma das mais impressionantes dessas manifestações artísticas e pode ser tratada como uma das primeiras exposições feitas pelo homem contemporâneo.

• LinkS Antropologia:• http://houaiss.uol.com.br/• http://www.antropologia.com.br/• http://www.fflch.usp.br/da/vagner/antropo.html

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Como coloca Steven Mithens, em seu livro A pré-história da Mente Uma busca das origens da arte, da religião e da ciência:

“Os arqueólogos frequentemente descrevem a passagem do Paleolítico médio ao superior como a explosão cultural...durante essa transição, ou logo antes dela, observamos a colonização da Austrália, a disseminação dos artefatos de osso...e a criação das pinturas rupestres…Embora essa seja a primeira arte de que o homem tem conhecimento, não há nada primitivo a seu respeito.Arte como produto da fluidez cognitiva, a mente humana moderna criando artefatos/imagens com significados simbólicos como meio de comunicação, isto é, arte.”

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Vejamos agora uma vídeo sobre Lascaux:

Link Vídeo de lascaux: http://www.s4web.com.br/videoyoutube.php?ident=DV0xrbvVAQw

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A Primeira Exposição

• No vídeo anterior linkado em gruta de Lascaux você pode ver a dimensão nada modesta da gruta. Um dado interessante é que a primeira exposição começa com perspectivas mágicas, onde os animais representados são ligados a ritos iniciáticos das religiões Xamânicas primordiais. Lascaux é famosa pela qualidade de suas pinturas, porém existem muitas outras grutas com arte rupestre. Todas elas são exemplo das primeiras exposições do homem moderno. Lascaux ganhou fama pela qualidade de suas pinturas, que fascinaram intelectuais como Georges Bataille que disse: "A Caverna de Lascaux, no Vale de La Vézère, a dez quilometros da pequena cidade de Montignac; é, em suas origens, o primeiro signo sensível que encontramos do homem e da arte.“

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Assim o homem começa a dizer coisas com imagens e espaços muito antes de criar qualquer linguagem escrita.

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Lição de casa

• Arte rupestre:http://www.s4web.com.br/videoyoutube.php?

ident=bzShXDxm2v8• Xamanismo: http://www.xamanismo.com.br/Universo/

SubUniverso1186617496http://www.sobresites.com/xamanismo/http://www.siberianshamanism.com/inglese/

buriaziaing.html• Georges Bataille: http://www2.ee.ufpe.br/codec/bataille.pdf

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DO OBJETO AOS ESPAÇOS

De Lascaux onde tinhamos:

1 - Objetos: as pinturas rupestres,

2 - Um espaço: a gruta

3 - A intenção: fins de culto religioso

Começa a haver um desenvolvimento histórico do que são os objetos a expor e os espaços onde devem ser exibidos. Iniciamos assim o nascimento da era dos Museus na Grécia, tema da próxima aula.