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I Fórum Estadual de Emergência
Médica do CREMEC
Dr. Frederico Arnaud Presidente da Associação Brasileira de
Medicina de Emergência
Situação Gerencial das Emergências
Médicas no Ceará
Dr. Frederico Arnaud
Emergência
Emergência
Emergência
Ceará
Macrorregiões
Emergência
Microrregiões
Hospitais Polos
Situações
1- Plantão no Hospital de Messejana as 3h
da madrugada chega ambulância do interior
de 300km de distancia sem
encaminhamento, sem contato telefônico,
sem regulação. Paciente grave intubado
acompanhado de um auxiliar e o motorista
O que fazer?
Situações
2- Samu liga para sala de parada do
Messejana dizendo que esta levando um
paciente que teve uma PCR. Sala de
parada do Messejana está com DEZ
pacientes em ventilação Mecânica não há
mais pontos de oxigêncio nem ventilador,
O que fazer?
Situações
• 3- Médico do Hospital da região
Metropolitana liga para o CE dizendo que
tem um paciente com dor Precordial e que
não tem aparelho de ECG e quer
encaminhar o paciente. Hospital no
momento tem 75 pacientes no corredor.
O que fazer?
4-Colega médico liga para hospital
solicitando transferência porque o paciênte
está passando mal e acha que ele está
infartando. Não tem ECG e nao sabe
caracterizar a DOR.
O que fazer ?
Situações
5 -Paciente vindo do interior ás 2h da
madrugada para o IJF com história de
acidente de moto há 6 dias com fratura de
Fêmur.
O que fazer?
Situações
7- Médico de cidade do interior há 200km da
capital solicita tranferência de um paciente
porque acabou a cota do hospital.
O que fazer?
Situações
• Sou chefe de equipe de um hospital
secundário, tenho um cirurgião mas não
tenho anestesista e só um clínico.
O que fazer?
Conclusões
Rede não funciona;
Central de regulação sem poder de
coordenação;
Ausência de gerências nos hospitais pólos e
secundários;
Conclusões
Ausência de corpo clínico nos hospitais;
Fragilidade técnica do corpo clínico;
Infraestrutura inadequada das emergências
Número de leitos insuficientes
Sugestões
Definição da rede com pactuações
concretas
Profissionalização do Médico da
Emergência com a criação da especialidade
e treinamento através da residência
Profissionalização das gestão
Coordenador Geral
G.
Clínico
G.
Cirurgico G.Paciente
Grave G. Adm G.Enf
Chefe de Equipe
Corpo clínico
Emergência
Definição
• Medicina de emergência é uma especialidade baseada nos
conhecimentos e habilidades necessárias para o diagnóstico
e tratamento de situações de emergência que afetam todas
as idades, pacientes clínicos, cirúrgicos, ginecológicos etc e
com diversas apresentações, muitas vezes indiferenciadas
• Tempo é fundamental para o prognóstico
• Necessita de raciocínio rápido, de treinamento e de
conhecimento específico
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UE
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✚ Fonte: International Federation for Emergency Medicine
Por que sou a favor (2)
• Porque mais de 60 países já reconheceram a
medicina de emergência como especialidade Anderson P, et al. Worldwide growth of Emergency Medicine as a recognized medical specialty. Acad Emerg Med 2011, 18(5):22-23
Emergência
As mais importantes associações e sociedades
internacionais de medicina de emergência apoiam,
acreditam e trabalham para formação de um profissional
treinado, capacitado e motivado para esta área
American Board of Emergency Medicine
American College of Emergency Physicians
American Academy of Emergency Medicine
Canadian Association of Emergency Physicians
Royal College of Physicians and Surgeons of Canada
European Society for Emergency Medicine
The Australasian College for Emergency Medicine
College of Emergency Medicine (UK)
Italian Society for Emergency Medicine
Associación Colombiana de Especialistas en Medicina de
Urgencias y Emergencias
Associación Mexicana de Medicina de Urgencia
Association des Medicins Urgentistes Hospitalieres de France
Sociedad Espanola de Medicina de Urgencias y Emergencias
Societe Francaise de Medecine d'Urgence
Sociedad Mexicana de Medicina de Emergencias
Sociedad Argentina de Emergencias
Emergência
• Mais de 280 estudos
publicados mostraram
que houve:
– Melhora significativa nos
serviços de emergência
– Benefício para o sistema de
saúde
– Benefício para a população
– Benefício para o médico
Holliman CJ et al. International J Emerg Med.
2011; 4:44 (1-10).
Emergência
• Redução da mortalidade
• Médicos emergencistas
são custo-eficazes
Holliman CJ et al. Internat J Emerg Med.
2011; 4:44 (1-10).
Emergência
• Porque o treinamento em medicina de emergência
reduz a má prática no pronto-socorro
Emergência
• Porque estudos mostraram
que emergencistas treinados
realizam de forma segura
e efetiva os cuidados iniciais
necessários aos pacientes
graves
• Realizam da forma correta os
procedimentos invasivos
Academic Emerg Med. 1999; 6: 728-735
• Residência de acesso direto à emergência
resultou no melhor atendimento ao paciente no PS
• Medicina de emergência é um importante
componente para todos os sistemas de saúde
internacionais
Emergência
Sexton JD, et al. Impact of emergency medicine residents on ancillary test utilization. Am J
Emer Med 1998, 16:245-248.
Gallagher JE, et al. Medicine residents: who performs them in the emergency department.
Acad Emerg Med 1995, 2:630-633.
Emergência
• Porque os locais que reconheceram a especialidade
passaram a contar com um profissional dedicado,
empenhado, participativo e presente:
– O corpo clínico passou a ser composto pelos
emergencistas formados
– A maioria deles com dedicação exclusiva e presença
diária no PS
– Houve grande redução dos médicos que apenas
atuavam como “bico”
Jouriles NJ, et al. Faculty development in emergency medicine. Acad Emerg Med 1997, 4:1078-
1086
Berk W, et al. The effect of clinical experience on the error rate of emergency physicians. Ann
Emerg Med 2008, 52:497-501
Emergência
• Porque os locais que reconheceram a especialidade
passaram a formar um profissional com maior
capacidade de definir:
– Caso grave: cuidado imediato
– Caso não emergencial: alta hospitalar de forma
segura
– Casos intermediários: observação breve e mais
rápida definição entre alta ou internação
Emergência
• Medicina de emergência oferece custo-
efetividade ao sistema de saúde
Williams RM. The costs of visits to emergency departments. New Eng J Med 1996, 334:642-646
Lateef F, et al. The short-stay emergency observation ward is here to stay. Am J Emerg Med
2000, 18:629-634
Mais de 30 estudos…
McCusker J, et al. Costeffectiveness of a brief two-stage emergency department intervention
for high-risk elders. Ann Emerg Med 2003, 41:45-56
Magid D, et al. Emergency physician activation of the cath lab: saving time saving lives. Ann
Emerg Med 2007, 50:535-537
Emergência
• Médicos emergencistas podem implementar
várias medidas efetivas de saúde pública e
de medicina preventiva
D’Onofrio G, et al. Patients with alcohol problems in the emergency department:
intervention and referral. Acad Emerg Med 1998, 5:1210-1217
Kirsch T, et al. Feasiblity of an emergency department-based tuberculosis counseling
and screening program. Acad Emerg Med 1999, 6:224-231
McCammon K: Alcohol-related motor vehicle crashes: deterrence and intervention. Ann Emerg
Med 2001, 39:415-422.
Mais de 30 outras publicações
• Médicos formados em medicina de emergência:
– atendem com efetividade e segurança pacientes com
trauma
– garantem a via aérea de maneira prática, rápida e segura
(taxa de sucesso dos residentes em emergência superior a
97% na IOT na 1a tentativa)
Tayal VS, et al. Rapid-sequence intubation at an emergency medicine residency: success rate
and adverse events during a two-year period. Acad Emerg Med 1999, 6:31-37
Hartmann J, Gabram S, Jacobs L, Libby M: A model for an integrated
emergency medicine/trauma service. Acad Emerg Med 1996, 3:1136-1139
Bushra JS, et al. A comparison of trauma intubations managed by anesthesiologists and emergency
physicians. Acad Emerg Med 2004, 11:66-70
Friedman L, et al. Emergency department airway management before and after an emergency medicine
residency. J Emerg Med 1999, 17:427-431
• Porque o emergencista bem treinado tem maior segurança,
pede menos exames complementares, gasta menos e dá
alta hospitalar de forma mais segura e rápida:
– Indicação de internação mais precisa e rápida
– Economia com internações desnecessárias
– Consultas atendidas por emergencistas tem custo 3
vezes menor que as atendidas pelos não emergencistas
Baugh CW, et al. Emergency department observation units: a clinical and financial benefit for hospitals. Health
Care Management Review 2011; 36 (1): 28-37
William R: The costs of visits to emergency departments -revisited. Ann Emerg Med 2005, 46:471-472
Northington WE, et al. Use of an emergency department By nonurgent patients. Am J Emerg Med 2005,
23:131-137
• Houve diminuição dos custos em consultas
consideradas urgentes, e principalmente de
atendimentos não urgentes
• Houve diminuição de tempo de espera e na lotação em
serviços de emergência
Emergência
• O desempenho dos emergencistas é igual ao
dos radiologistas em uso de ultrassom de
emergência
• Na sala de emergência, o emergencista tem
desempenho semelhante ao cirurgião no que se
refere ao primeiro atendimento e estabilização
do paciente grave
Simon HK, et al. Societal savings by "Fast Tracking" lower acuity patients in an
urban pediatric emergency department. Am J Emerg Med 1997, 15:551-554
• Melhor desempenho e diminuição de custos em unidades de
dor torácica no serviço de emergência em comparação com
unidade instalada em outro departamento do hospital
• O emergencista
gastou menos
comparado ao
cardiologista em
uma unidade de
dor torácica
• Porque médicos que atuam em PS precisam ser treinados
nesta atividade
• Esse treinamento é útil em diversas circunstâncias
– Diminui o tempo para o início da trombólise comparado aos
não treinados Smith M, Eisenberg M. Ann Emerg Med. 2007; 50(5):520-6
– Segurança na analgesia e sedação Green SM et al. Acad Eemerg Med 1998; 5: 971-976
– Rápida intervenção em doenças cardíacas agudas:
cardioversão, marcapasso e ressuscitação Jacoby JL et al. J Emerg Med 2005; 28: 27-30
Birkhahn R, et al. Ann Emerg Med 2004; 43: 469-474
Emergência
• Emergencistas prescrevem antibiótico mais precocemente,
o que resultou em menor mortalidade menor por meningite
(de 29% para 7,9%).
Journal of Emergency Medicine:
Vol 21, No 4, pp 387–392, 2001
Emergência
• Diminuição de processos judiciais nos
departamentos de emergências dos hospitais que
implantaram residências específicas na área
• Processos são duas vezes mais frequentes em
médicos não formados em medicina de
emergência
• Custo total de processos:
– $ 4.440,95 - Médicos não formados em emergência
– $ 1.773,52 - Médicos formados em emergência
Branney SW, et al. Malpractice occurrence in emergency medicine: does residency training
make a difference? J Emerg Med. 2000;19:99–105.
Emergência
• Porque os programas de treinamento em
medicina de emergência de acesso direto
(3 a 4 anos) passaram a formar um
profissional capacitado, seguro e
motivado:
– Porto Alegre (desde 1996)
– Fortaleza (desde 2008)
Portaria N 180/2008- A
Residência no Ceará
Cursos
• ACLS
• ATLS
• PHTLS
• PALS
• BLS
• OUTROS
Primeira Turma
The PayScale Report, PayScale, Inc. (www.payscale.com)
• Porque o
emergencista
passa a ser
respeitado e
reconhecido
• Porque temos viajado o Brasil inteiro,
escutado médicos, estudantes e
residentes
• Mais de 400 mil acessos até esta data
• Porque é isso
que o Brasil
precisa e a
classe médica
quer
• Mais de 5 mil
pessoas no
Congresso de
2011
22 a 25 de Agosto de 2013 EXPO UNIMED Curitiba -
Paraná - Brasil
• Porque a especialidade (medicina de
emergência):
– Tem uma área de conhecimento próprio
– Tem uma área de atuação específica
– Preenche todos os pré-requisitos de uma
especialidade
– A criação da especialidade certamente
beneficiará a saúde da população
• Medicina de emergência necessita de um
profissional com raciocínio rápido, treinado,
testado e motivado. Tempo é fundamental para
o prognóstico
• Há mais de 300 publicações mostrando que
houve grande melhora no sistema de saúde
quando emergência foi reconhecida como
especialidade
Conclusões (1)
• Médicos emergencistas são custo-eficazes
• A experiência mundial mostrou que houve
redução da má-prática e da mortalidade logo
após o reconhecimento da especialidade
• Houve uma significativa melhoria do profissional
que atua na emergência com maior
capacitação, treinamento e motivação
Conclusões (2)
• A criação da especialidade cria um novo sentido
de valorização do médico que atende nas
emergências
• O especialista em medicina de emergência
diminui o problema da fragmentação do cuidado
do paciente no PS
Conclusões (3)
• A medicina de emergência não irá tirar o espaço
das outras especialidades
• Ao contrário, ressaltamos que nós queremos
trabalhar em cooperação com as demais
especialidades para juntos formarmos os futuros
emergencistas
Conclusões (4)
• O reconhecimento da especialidade não vai
piorar a grave situação em que se encontram
as emergências do Brasil
• Entretanto, vai ganhar um forte aliado na luta
por melhoria e que certamente irá beneficiar a
população, o sistema de saúde e a nós
médicos
Conclusões (5)
Congresso de curitiba
Emergência: BRASIL e no Mundo
Congresso de Urgência e
Emergência
Natal 20-21 de Abril de 2012
Emergência: BRASIL e no Mundo
Emergência: BRASIL e no Mundo
Emergência: BRASIL e no Mundo
Emergência: BRASIL e no Mundo
História
História
História
História
ATUALMENTE NO BRASIL
SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE EMERGÊNCIAS
ATUALMENTE NO BRASIL
PERFIL DOS MÉDICOS
ATUALMENTE NO BRASIL
PERFIL DOS MÉDICOS
ÁREA DE ATUAÇÃO vs. ESPECIALIDADE
VANTAGENS DO EMERGENCISTA
VANTAGENS DO EMERGENCISTA
VANTAGENS DO EMERGENCISTA
Aprendemos
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