Iluminismo
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Transcript of Iluminismo
EM Nazira Anache
Campo Grande, 28 de Abril de 2014.
Professor: Douglas
CSPTEC: Delziene Perdoncini
8º ano matutnino
Alunos:
ILUMINISMO
O QUE FOI? um movimento cultural, artístico, social, político, intelectual...
ONDE? que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e França,
QUANDO? nos séculos XVII e XVIII.
Desde o Renascimento, os filósofos e economistas que difundiam as idéias de liberdade política e econômica, defendidas pela burguesia, julgavam-se propagadores da luz e do conhecimento (iluministas).
O Iluminismo trouxe consigo grandes avanços que, juntamente com a Revolução Industrial, abriram espaço para a profunda mudança política determinada pela Revolução Francesa.
O precursor desse movimento foi o matemático francês René Descartes (1596-1650), considerado o pai do racionalismo. Em sua obra “Discurso do método”, ele recomenda, para se chegar à verdade, que se duvide de tudo, mesmo das coisas aparentemente verdadeiras.
Segundo Descartes a partir da dúvida racional pode-se alcançar a compreensão do mundo, e mesmo de Deus.
Desde que foram formulados, os princípios cartesianos (de Descartes) têm servido para o avanço da ciência. Na gravura,
Descartes cercado por estudiosos e admiradores.
Segundo Kant,
"O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem
para se fazer uso do entendimento independentemente da
direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da
tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo.”
CARACTERÍSTICASRazão: o mais importante instrumento para se alcançar o conhecimento; Questionamento, investigação e experimentação: forma de conhecimento (tanto da natureza quanto da sociedade, política ou economia);Leis naturais: crença em normas da natureza que regem todas as transformações (do comportamento humano, das sociedades e da natureza); Direitos naturais: crença que todos os indivíduos os possuem em relação à vida, à liberdade, à posse de bens materiais; Crítica: ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilégios da nobreza e do clero; à Igreja Católica, apesar de não excluir a crença em Deus. Defesa: da liberdade política e econômica e da igualdade de todos perante a lei;
PENSADORES ILUMINISTAS
John Locke (1632-1704)Filósofo inglês, precursor do
ILUMINISMO. Dizia que os homens formavam a
sociedade e instituíam um governo para que este lhes garantisse alguns direitos naturais, como o direito à vida, à felicidade, à propriedade, etc. (caso o governo abusasse do poder, poderia ser substituído). Obra: Ensaio Sobre o Entendimento Humano (1690), onde propõe que a experiência é a fonte do conhecimento, que depois se desenvolve por esforço da razão. É o principal representante do empirismo naquele país, e ideólogo do liberalismo.
Outra de suas afirmações era que todos os indivíduos nascem iguais, sem valores ou idéias preconcebidas.
Voltaire
François-Marie Arouet (1694 – 1778).
Foi o maior dos filósofos iluministas e um dos maiores críticos do Antigo Regime e da Igreja.
Defendeu a liberdade de pensamento e de expressão.
Como forma de governo, era a favor de uma monarquia esclarecida, na qual o governante fizesse reformas influenciado pelas idéias iluministas.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).
Defendia a idéia de um estado democrático que garanta igualdade para todos.
Foi um filósofo, escritor, teórico político e um compositor musical autodidata. Uma das figuras marcantes do Iluminismo francês, Rousseau é também um precursor do romantismo.
Criticava a burguesia e a propriedade privada.
Considerava os homens bons por natureza e capazes de viver em harmonia, não fosse alguns terem se apoderado da terra, dando origem à desigualdade e aos conflitos sociais.
Propunha um governo no qual o povo participasse politicamente e a vontade da maioria determinasse as decisões políticas. Expôs suas idéias principalmente em duas obras: “O contrato social” e “Discurso sobre a origem da desigualdade.”
Rousseau
A Propriedade como fonte de desigualdade, segundo Rousseau
“O primeiro que cercou um terreno, advertindo: ‘Este é
meu’, e encontrando gente muito simples que acreditou, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Que crimes, guerras, assassinatos, misérias e horrores teria poupado ao gênero humano aquele que (...) tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Não escutem este impostor; vocês estarão perdidos se esquecerem que os frutos são de todos, que a terra não é de ninguém’. (...) Desde o instante em que um homem teve necessidade da ajuda de um outro, desde que ele percebeu ser conveniente para um só ter provisões para dois, a igualdade desapareceu, a propriedade se introduziu, o trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas se transformaram em campos risonhos que passaram a ser regados com o suor dos homens e nos quais vimos então a miséria e a escravidão germinarem e crescerem com a colheita.”
ROUSSEAU, Discursos sobre a origem das desigualdades
Charles-Louis de Secondat (1689-1755)
Outro crítico do Antigo Regime; propunha a divisão do poder em Legislativo, Executivo e Judiciário (os três em equilíbrio permanente).
Escreveu “O espírito das leis” e “Cartas persas”.
Defendeu ainda que somente as pessoas de boa renda poderiam ter direitos políticos, ou seja, direito de votar e de candidatar-se a cargos públicos.
Barão de Montesquieu
Os regimes de governo e a divisão de poderes,
segundo Montesquieu:
“Existem três espécies de governos: o republicano, o monárquico e o despótico (...) o governo republicano é aquele no qual o povo reunido, ou somente uma parte do povo, tem o poder soberano; a monarquia, aquela na qual um só governa, mas por meio de leis fixas e estabelecidas; enquanto que no despotismo apenas um, sem leis e sem regras, arrebata tudo sob a sua vontade e seu capricho (...).
Existe em cada Estado três tipos de poderes: o poder legislativo, o poder executivo das coisas que dependem da vontade das gentes e o poder executivo da quilo que depende do direito civil. Pela primeira, o príncipe ou magistrado faz as leis por um certo tempo ou para sempre, e corrige ou substitui aquelas que estão feitas. Pela segunda, se faz a paz ou a guerra, se enviam ou recebem os embaixadores, se estabelece a segurança, se previnem as invasões. Pela terceira, se punem os crimes ou se julga as diferenças particulares.”
MONTESQUIEU. O Espírito das Leis
Denis Diderot (1713-1784)
Jean Le Rond d´Alembert (1717-1783)
Organizaram uma ENCICLOPÉDIA (França, séc. XVIII), que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.
Diderot
d’Alembert
Capa da Enciclopé
dia
Compreendia 28 volumes, 71.818 artigos, e 2.885 ilustrações.
Os escritores da enciclopédia viram-na como a destruição das superstições e o acesso ao conhecimento humano.
A enciclopédia elogiava pensadores protestantes e desafiava os dogmas da IGREJA CATÓLICA ROMANA.
A obra foi CONDENADA, mas porque ela tinha apoio de pessoas em altos cargos, o trabalho continuou e cada volume posterior foi entregue clandestinamente aos subscritores.
Foi também um vasto compendium das tecnologias do período, descrevendo os instrumentos manuais tradicionais bem como os novos dispositivos da Revolução Industrial.
A Encyclopédie desempenhou um papel importante na atividade intelectual anterior à Revolução Francesa.
Frontispício da Encyclopédie.
A teoria do contrato social em Diderot:
O poder político emergindo do consentimento da nação.
“O príncipe recebe de seus súditos a autoridade
que ele tem sobre eles e esta autoridade é nascida das leis da natureza e do Estado. As leis da natureza e do Estado são as condições às quais eles são submetidos (...). Uma destas condições é que não existe o poder da autoridade sobre eles a não ser pela sua escolha e consentimento e ele não pode jamais empregar esta autoridade para cassar o ato ou contrato pela qual ela lhe foi deferida: ele agirá assim contra ele mesmo, pois que sua autoridade não pode subsistir a não ser pelo título que a estabelece (...). O príncipe não pode pois dispor do seu poder e de seus súditos sem o consentimento da nação.”
DIDEROT. Enciclopédia
Microscópio de Robert Hooke
OUTROS ILUMINISTAS FAMOSOSBENTO DE ESPINOSA (1632–1672), filósofo. É considerado o precursor das correntes mais radicais do pensamento iluminista. Escrito mais importante: Tratado Teológico-Político (1670).
MARQUÊS DE POMBAL (Sebastião de Melo)(1699-1782), estadista português. Destacou-se pela sua capacidade de liderança, demonstrada durante o TERREMOTO DE LISBOA em 1755. Implementou políticas econômicas regulando as atividades comerciais e industriais em Portugal.
BENJAMIN FRANKLIN (1706-1790), político, cientista e filósofo estadunidense. Participou ativamente dos eventos que levaram à INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS e da Constituição de 1787.
DAVID HUME (1711-1776), filósofo e historiador escocês.
ADAM SMITH (1723-1790), economista e filósofo escocês. O seu escrito mais famoso é A RIQUEZA DAS NAÇÕES.
GOTTHOLD EPHRAIM LESSING (1729–1781), dramaturgo e filósofo alemão. É um dos principais nomes do teatro alemão na época moderna. Defendeu que os fiéis cristãos deveriam ter o direito à liberdade de pensamento.
EDWARD GIBBON (1737–1794), historiador inglês. O seu escrito mais conhecido é o famoso DECLÍNIO E QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO.
RESPONDA (no caderno):
1- Que tipo de “revolução” foi o Iluminismo?
2- Em que época e onde ocorreu?
3- As idéias iluministas chegaram até nós? Exemplifique.
4- Escolha a citação de pensador com a qual você mais concorda e explique por que.
Complete a tabela:
PENSADOR PRINCIPAIS IDÉIAS
Locke
Voltaire
Rousseau
Montesquieu
Diderot